legislaÇÃo tributÁria - portal gran cursos online

80
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA IMPOSTO SOBRE A RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA Livro Eletrônico

Upload: others

Post on 17-Nov-2021

4 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

PÓS-EDITAL2018

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA IMPOSTO SOBRE A RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER

NATUREZA

Livro Eletrônico

Page 2: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro

VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado

COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes

ASSISTENTES PEDAGÓGICAS: Francineide Fontana, Jéssica Souza, Kamilla Fernandes, Larissa Carvalho e Yasmin Magno

SUPERVISORA DE PRODUÇÃO: Emanuelle Alves Melo

ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Giulia Batelli, Juliane Fenícia de Castro, Laís Rodrigues e Thaylinne Gomes Lima

REVISOR(A): Jéssica Gusmão

DIAGRAMADOR: Leandro Chaves Padilha

CAPA: Equipe Gran Cursos Online

Gran Cursos Online

SBS Quadra 02, Bloco J, Lote 10, Edifício Carlton Tower, Sala 201, 2º Andar, Asa Sul, Brasília-DF

CEP: 70.070-120

Capitais e regiões metropolitanas: 4007 2501

Demais localidades: 0800 607 2500 Seg a sex (exceto feriados) / das 8h às 20h

www.grancursosonline.com.br/ouvidoria

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – De acordo com a Lei n. 9.610, de 19.02.1998, nenhuma parte deste livro pode ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recupe ração de informações ou transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio consentimento do detentor dos direitos autorais e do editor.

© 07/2019

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 3: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

PAULA GONÇALVES

Mestra em Direito Tributário pela Universidade Católica de Brasília – UCB, formada em Direito pelo UniCEUB, com especializações em Direito Constitucional pelo Instituto Brasiliense de Direito Público – IDP e em Diplomado en Tributación pelo Centro Interamericano de Administrações Tributárias – CIAT. Professora de Direito Previdenciário da Pós-Graduação no IDP. Coaching de concursos pela VP Concursos. Auditora-Fiscal da Receita Federal do Brasil.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 4: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

4 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza .............................10

1. Critérios Orientadores ...........................................................................10

1.1. Renda e Proventos – Conceito ..............................................................34

1.2. Disponibilidade Econômica ou Jurídica ...................................................39

1.3. Acréscimo Patrimonial.........................................................................41

Resumo ...................................................................................................51

Questões Comentadas em Aula ..................................................................53

Questões de Concurso ...............................................................................63

Gabarito ..................................................................................................78

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 5: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

5 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Olá, concurseiro(a),

Estou aqui para abrir o seu caminho para a aprovação no próximo concurso de

Auditor-Fiscal da Receita Federal (AFRFB), um concurso que dará chance para mui-

ta gente ingressar em uma carreira de alto nível. Quero que você não perca tempo

e que assimile o que realmente importa para a sua prova – e esse negócio de não

perder tempo é realmente muito importante para mim. Lembro de quando estava

estudando para o meu segundo concurso (já tinha passado para Polícia Federal,

mas acabei pedindo exoneração), ralando com uma apostila de Direito Constitu-

cional que tinha pelo menos as vinte primeiras páginas, em letras bem miúdas, de

Histórico do Direito Constitucional. Ninguém mais faz isso, contudo, digo-lhe que

dei sorte à época: só li uma vez e rasguei essa parte da apostila. Sem nenhum

constrangimento, falo que devo ter lido aquela apostila umas cinco vezes, não

sabia nada de Direito Constitucional, estava começando meu caminho, fiz o que

qualquer pessoa racional teria feito, decorei a matéria e passei no meu segundo

concurso. Imagine se não tivesse arrancado as vinte primeiras folhas? Elas me to-

maram, na primeira leitura, duas horas; então, teriam sido pelo menos mais oito

horas de estudos perdidas. Isso é uma VIDA para o concurseiro. Como eu, diversos

concorrentes leram aquela apostila diversas vezes, alguns não tiveram a mesma

lucidez. Daí você sabe qual é o resultado...

Vou fazer uma breve apresentação (sem perder muito tempo;-)). Meu nome é

Paula Gonçalves Ferreira Santos, sou Consultora da área de Tributação da Câmara

dos Deputados desde abril de 2018, mas, antes, fui Auditora-Fiscal da Receita Fe-

deral do Brasil, passei no concurso de 2003. Fiquei quase treze anos na RFB. Antes

disso, fui Agente da Polícia Federal e cheguei a passar no concurso para Analista de

Planejamento e Orçamento (em 2003 também). Depois, fui aprovada em alguns

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 6: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

6 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

concursos, mas não quis sair da Receita. Atualmente, estou na Câmara dos Depu-

tados, fiquei em quarto no concurso de Consultor Legislativo – Área III – Direito

Tributário. Qualquer coisa, é só jogar meu nome no Google que vai perceber o quão

concurseira eu sou.

Contudo, não é só isso: além de concurseira, tenho Pós-Graduação em Direito

Constitucional pelo IDP e Mestrado em Direito Tributário pela UCB. Na RFB, traba-

lhei com LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA na Cosit (Coordenação-Geral de Tributação) –

DEU PARA VISUALIZAR A IMPORTÂNCIA PARA O QUE VAMOS FAZER AQUI.

Olhe lá, tenho estudado muito nesses últimos 15 anos e a minha matéria pre-

ferida é Direito Tributário. Estou jogando para você meu currículo, mas isso não

deve impressioná-lo. O que importa é o teor das aulas, como e quanto conteúdo

vou passar para você durante essas 10 semanas. O “como” é importante, pois você

tem de ser capaz de entender toda a matéria sem que se sinta perdendo tempo

(não pode ser nem muito difícil nem muito fácil). O “quanto” deve ser considerado

também, não pode ser pouco ou muito (claramente você quer ter acesso a tudo o

que vai cair na prova, mas não quer perder tempo lendo o que não tem chance de

cair – Histórico, por exemplo).

Depois de tudo isso, chega de lenga-lenga, vamos ao que interessa. A progra-

mação dos nossos encontros, em acordo com o edital do último concurso, é a se-

guinte:

Programação do Curso

Aulas Conteúdo

1 1. Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. 1.1. Critérios orientadores. 1.1.1. Renda e Proventos. Conceito. 1.1.2. Disponibilidade

Econômica ou jurídica. 1.1.3. Acréscimo patrimonial.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 7: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

7 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Programação do Curso

Aulas Conteúdo

21.2. Tributação das pessoas físicas. 1.2.1. Incidência. 1.2.2. Rendimento.

12.3. Rendimento Tributável. 1.2.4. Rendimentos isentos ou não tributáveis. 1.2.5. Tributação exclusiva. 1.2.6. Deduções.

31.2.7. Contribuintes. 1.2.8. Responsáveis. 1.2.9. Domicílio Fiscal. 1.2.10.

Base de cálculo. 1.2.11. Alíquotas. 1.2.12. Lançamento. 1.2.13. Cálculo do tributo.

41.2.14. Sistema de bases correntes. 1.2.15. Período de apuração. 1.2.16. Recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão). 1.2.17. Recolhimento Com-

plementar. 1.2.18. Tributação Definitiva.

51.3. Tributação das pessoas jurídicas. 1.3.1. Incidência. 1.3.2. Contribuin-

tes. 1.3.3. Responsáveis. 1.3.4. Domicílio Fiscal. 1.3.5. Base de cálculo

6

1.3.6. Receitas e rendimentos. 1.3.7. Omissão de receita. 1.3.8. Ganhos de capital. 1.3.9. Despesas dedutíveis e indedutíveis. 1.3.10. Remuneração de administradores. 1.3.11. Lucro real. 1.3.12. Lucro presumido. 1.3.13. Lucro arbitrado. 1.3.14. Lucros, rendimentos e ganhos de capital obtidos no exte-rior. 1.3.15. Preço de transferência. 1.3.16. Investimentos em sociedades

coligadas e controladas avaliados pelo método do patrimônio líquido.

7

1.3.17. Reorganizações societárias. 1.3.18. Gratificações e participações nos lucros. 1.3.19. Atividade rural. 1.3.20. Sociedades cooperativas. 1.3.21.

Isenções e reduções. 1.3.22. Imunidades. 1.3.23. Tributação na fonte. 1.3.24. Tributação das operações financeiras. 1.3.25. Período de apuração. 1.3.26. Regime de caixa e regime de competência. 1.3.27. Alíquotas e adi-cional. 1.3.28. Lançamento. 1.3.29. Planejamento tributário. 1.3.30. Livros

Fiscais.

8

2. Imposto sobre Produtos Industrializados. 2.1. Bens de capital. 2.2. Inci-dência. 2.3. Industrialização. Conceito. 2.4. Características e modalidades de industrialização. 2.5. Exclusões. 2.6. Contribuintes. 2.7. Responsáveis.

2.8. Estabelecimentos Industriais e equiparados. 2.9. Domicílio.

9

2.10. Base de cálculo. 2.11. Valor tributável. 2.12. Créditos. 2.13. Não Tri-butados. 2.14. Suspensão. 2.15. Isenção. 2.16. Redução e majoração do imposto. 2.17. Período de apuração. 2.18. Apuração do imposto. 2.19. IPI na importação. 2.20. Crédito presumido. 2.21. Classificação de produtos.

2.22. Regimes fiscais. 2.23. Lançamento. 2.24. Recolhimento.

102.25. Rotulagem e marcação de produtos. 2.26. Selos de controle. 2.27. Obrigações dos transportadores, adquirentes e depositários de produtos. 2.28. Registro Espe-cial. 2.29. Cigarros. 2.30. Bebidas. 2.31. Produtos industrializados por encomenda.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 8: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

8 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Bom, meu primeiro conselho para você que está começando a estudar é: leia

o edital do último concurso com bastante carinho. Quando entramos em um jogo,

devemos antes conhecer suas regras.

Meu segundo conselho vai para todos. Nossa matéria é Legislação Tributária.

Não tem como: se quiser passar, vai ter de ler e reler as leis correspondentes.

O consolo é: ainda bem que não esperou o edital sair, vai ganhar uma boa vanta-

gem em cima dos seus concorrentes.

Antes de passar para a legislação, leia as minhas aulas com carinho. Você vai

entender bem como e por que as normas dispõem da maneira que dispõem. De-

pois, vai ficar muito mais fácil digerir a legislação seca.

Com relação às questões aqui apresentadas, você já deve estar sabendo que a

ESAF não será a banca do seu concurso1. De qualquer forma, ainda vamos dar uma

olhada nas questões da ESAF. A Esaf foi a única banca responsável pelos concur-

sos para cargos da Receita Federal do Brasil (RFB) até o momento. Desprezar esse

banco de experiência seria loucura. Todavia, não exploraremos somente a ESAF

aqui, vamos ver outras bancas, vamos ver até questões inéditas, quando faltarem

questões interessantes de concursos anteriores. Sem instrumento para a hora da

prova você não vai ficar.

Em cada aula farei uma apresentação teórica, com utilização de esquemas, figu-

ras e outros recursos que ajudem no aprendizado, mas também comentarei muitas

questões de provas anteriores.

Um resumo será disponibilizado ao final com os principais tópicos abordados,

e mais duas listas de exercícios, uma com os que foram apresentados durante a

aula e outra com os novos. A ideia é que as questões entrem no sangue!!!

1 Resolução n. 01/CEG, de 21 de agosto de 2018.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 9: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

9 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Bom, planejei esta aula da seguinte maneira:

MATÉRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

1.1 Critérios Orientadores

1.1.1 Renda e Proventos. Conceito

1.1.2 Disponibilidade Econômica ou Jurídica

1.1.3 Acréscimo Patrimonial

Resumo da Aula

Questões Comentadas em aula

Novas questões

Gabarito

Qualquer dúvida, é só se dirigir ao fórum do curso, a que todos os matriculados

terão acesso. Pode entrar e perguntar – responderei de forma bem rápida, para que

você possa estar preparado para a prova.

Seja bem-vindo(a) ao curso!

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 10: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

10 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

IMPOSTO SOBRE A RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA

1. Critérios Orientadores

Caro(a) colega concurseiro(a), onde estão os critérios orientadores do Imposto

sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR) para a legislação tributária?

Ora, na Constituição Federal, não é mesmo? (aposto que acertou essa). Todos os

critérios orientadores do nosso ordenamento jurídico estão lá. Nós também vamos

nos voltar para ela.

O primeiro critério orientador para o IR que se encontra na CF/1988 está no

inciso I do seu art. 150:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

Sempre vou tentar colocar a legislação correspondente para que você entenda

como está disposto na norma.

Aqui é muito simples. É necessária uma lei para que se possa exigir ou cobrar o

IR. Na verdade, é necessária uma lei para instituir qualquer tributo. Para o aumen-

to de alíquota é que existem alguns tributos que são exceção. No entanto, não é o

caso do IR, que só pode ser aumentado por lei.

Vamos para o próximo critério fixado na CF:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...)II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 11: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

11 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Aí está o princípio da igualdade tributária. Agora, não basta que uma lei institua

o IR e defina suas alíquotas. É preciso que isso não seja feito de modo a tratar desi-

gualmente os contribuintes que se encontrem em situação equivalente, sendo proibi-

da qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,

independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.

Vamos ver uma questão.

Questão 1 (FCC/TJ-PE/JUIZ SUBSTITUTO/2015) Determine se é Verdadeira (V)

ou Falsa (F) a seguinte assertiva.

No que tange ao cálculo do imposto de renda da pessoa física, não fere o princípio da

igualdade tributária a sujeição dos pagamentos recebidos acumuladamente ao regi-

me de caixa uma vez que todo indivíduo será igualmente tributado à medida que per-

ceba seus rendimentos, respeitando-se a efetiva disponibilidade econômica da renda.

Falsa.

Questão bem difícil, essa. Na verdade, fere, sim, o princípio da igualdade tributária

a sujeição dos pagamentos recebidos acumuladamente ao regime de caixa. Esse

ponto foi tratado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no RE 614406/RS. Nesse

julgamento, considerou-se inconstitucional o art. 12 da Lei n. 7.713/1988, que

afirmava que no

caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá, no mês do recebi-mento ou crédito, sobre o total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com ação judicial necessárias ao seu recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas pelo contribuinte, sem indenização.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 12: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

12 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

De acordo com o tribunal, a sistemática feria o princípio da igualdade, pois, se o in-

divíduo recebesse, de uma só vez, uma indenização trabalhista ou algum benefício

previdenciário que estava atrasado, seria tributado pela alíquota correspondente

ao valor todo, ao passo que, se a verba tivesse sido recebida corretamente, mês a

mês, a alíquota seria mais baixa, porquanto corresponderia ao que foi recebido em

cada mês (lembre-se da tabela progressiva do IR pessoa física).

Isso quer dizer que não se pode tratar os contribuintes de modo diferente? Não,

não é isso que quer dizer. Vamos voltar no § 1º do artigo 145 da CF:

§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados se-gundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

Esse é um dispositivo muito importante (e muito cobrado também) que releva

o princípio da capacidade contributiva. Quer dizer, deve-se levar em conta a capa-

cidade econômica do contribuinte para determinar a incidência do imposto. Olhe aí

uma questão a respeito do assunto:

Questão 2 (MPE-MG/MPE-MG/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2012) Determine se é Ver-

dadeira (V) ou Falsa (F) a seguinte assertiva.

Com base nos princípios da capacidade contributiva, da modicidade tributária e do

não confisco, o Supremo Tribunal Federal vem autorizando, independentemente de

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 13: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

13 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

lei específica, a atualização monetária da tabela progressiva do imposto de renda e

das respectivas deduções.

Falsa.

O enunciado faz referência à seguinte jurisprudência do STF:

AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. TABELA PROGRESSIVA. CORREÇÃO MONE-TÁRIA. PREVISÃO LEGAL. PODER JUDICIÁRIO. LEGISLADOR POSITIVO. 1. O Poder Judiciário não pode arbitrar índice de atualização monetária na ausência de previsão legal. Precedente: RE 388312, de relatoria do Ministro Marco Aurélio, com acórdão redigido pela Ministra Cármen Lúcia, Tri-bunal Pleno, DJe 11.10.2011 2. Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação de multa, nos termos do art. 1.021, § 4º, do CPC/2015. (ARE 964734 AgR, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Primeira Turma, julgado em 30/09/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-221 DIVULG 17-10-2016 PUBLIC 18-10-2016)

O tribunal entende que o Judiciário não pode impor a atualização monetária, se

ausente previsão legal nesse sentido. Nem mesmo o princípio da capacidade con-

tributiva poderia desautorizar o uso regular do poder estatal de organizar a vida

econômica e financeira do país no espaço próprio das competências do Poder Exe-

cutivo e Legislativo.

Perceba que o princípio da igualdade demanda que se trate de modo igual os

que estão na mesma situação. Já o princípio da capacidade contributiva prescreve

o tratamento distinto para quem detém um diferente poder econômico.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 14: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

14 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Vamos para o próximo critério orientado do IR na CF/1988:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...)III – cobrar tributos:a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;

Coloquei esses três incisos juntos pois todos se referem ao princípio tributário

da não surpresa. O que se quer com eles é que o contribuinte não seja pego de

surpresa pela incidência de um novo tributo ou de uma alíquota majorada. Com

relação à alínea “a”, tem-se o princípio da irretroatividade, a proibição de que o le-

gislador eleve a alíquota do tributo para fato gerador que ocorra antes da vigência

da lei.

Por exemplo, uma lei que passe a viger no dia 29 de dezembro de 2018 sobre as

rendas que foram adquiridas (fato gerador do tributo) antes dessa data não pode

fazer incidir um tributo mais oneroso (aumento de alíquota).

Se fosse possível essa cobrança, seria difícil para o contribuinte poder se pla-

nejar. Nunca saberia o quanto iria realmente pagar para o Estado. O IR tem uma

particularidade que comentarei mais adiante.

O princípio da anterioridade anual está disposto na alínea “b”, e, ao IR, ele se

aplica. Não existe exceção para esse imposto (existe para outros, não para o IR).

Se o legislador elevou a alíquota do IR no dia 29 de dezembro de 2018 (a publi-

cação da lei foi nesse dia), o imposto só poderá ser cobrado no exercício seguinte,

em 2019.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 15: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

15 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Por último, a alínea “c”, fixa o princípio da anterioridade nonagesimal. De acordo

com ele, somente depois de passados noventa dias da publicação da lei é que o

aumento de alíquota pode ser exigido. Esse princípio não se aplica ao IR por força

do §1º do art. 150 da CF. Se a lei que majora a alíquota do IR foi publicada no dia

29 de dezembro de 2018, não é necessário esperar noventa dias.

Vamos fazer um esquema para que você possa visualizar melhor:

02 de dezembro de 2017(Publicação da lei)

1 de janeiro de 2019(Aplicação da lei que majora

a alíquota)

29 de dezembro de 2018(Vigência da lei)

Perceba que não é necessário aguardar os 90 dias da publicação para que se

aplique a nova alíquota, pois o IR é exceção ao princípio da noventena. Por outro

lado, a aplicação não pode se dar antes da vigência da lei (princípio da irretroativi-

dade), nem antes do exercício seguinte ao da publicação da lei (princípio da ante-

rioridade anual).

Até esse momento, a matéria foi simples. Se teve algo que você não entendeu

desses três princípios (irretroatividade, anterioridade anual, anterioridade nonage-

simal), volte e releia esse trecho. Tente partir para o próximo ponto sem dúvidas.

Você sabe que a arrecadação do Imposto de Renda tem dois momentos?

No caso do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), o primeiro momento é no

exercício que chamamos base, quando se aufere a renda que será tributada (como

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 16: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

16 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

se tivesse uma calculadora que vai somando tudo o que você ganha). No segundo

momento, temos a apuração, que ocorre com a declaração dos rendimentos pelo

contribuinte (aqui você lembra, não é mesmo?).

Se o que conta é a renda auferida (recebida) no ano-base, como é que se de-

termina o dia em que ocorre o fato gerador?

Simples, considera-se que o fato gerador ocorre no último dia do ano. É como se

o contribuinte tivesse recebido toda a renda adquirida durante o ano naquele dia.

A importância de se estabelecer esse marco temporal está em saber até quando uma

lei deve estar em vigor ou deve ser publicada para que as alíquotas do IR possam ser

elevadas sem ferir os princípios da irretroatividade e da anterioridade anual.

Por exemplo, uma lei que aumenta a alíquota do IR que tem sua vigência e pu-

blicação no dia 31 de dezembro de 2018 pode ser aplicada no dia 1º de janeiro de

2019? Para responder a essa pergunta, vamos dar uma olhada no Enunciado de

Súmula n. 584 do STF:

Súmula n. 584Ao imposto de renda calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração.

Olhe só: para o STF, se a lei foi publicada em 31 de dezembro de 2018, ela vai

ser aplicada sobre os rendimentos auferidos em 2018. Loucura? Eu sei. É um pouco

difícil de aceitar depois de tudo que vimos, mas é isso mesmo. Vamos lá:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 17: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

17 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Rendimentos auferidos em 2018

Publicação e vigência de lei que majora a alíquota do IR em 31 de dezembro de 2018

Declaração dos rendimentos de 2018 com base na nova alíquota

Ano-base Fato Gerador Ano da declaração do IR

O STF considera como importante o ano da declaração. É por isso que a lei com

vigência até dia 31 de dezembro do ano-base deve ser aplicada pelo contribuinte

quando da declaração do seu imposto. Parece errado, não é mesmo? Mas é assim

que funciona. Vamos ver uma questão para não restarem dúvidas.

Questão 3 (ESAF/ATRFB/2009) Entre outras limitações ao poder de tributar, que

possuem os entes políticos, temos a de cobrar tributos em relação a fatos geradores

ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.

Sobre essa limitação, analise os itens a seguir, classificando-os como verdadeiros

ou falsos. Depois, escolha a opção que seja adequada às suas respostas:

I – a irretroatividade da lei tributária vem preservar o passado da atribuição de

novos efeitos tributários, reforçando a própria garantia da legalidade, por-

quanto resulta na exigência de lei prévia, evidenciando-se como instrumento

de otimização da segurança jurídica ao prover uma maior certeza do direito;

II – o Supremo Tribunal Federal tem como referência, para análise da irretroati-

vidade, o aspecto temporal da hipótese de incidência, ou seja, o momento

apontado pela lei como sendo aquele em que se deve considerar ocorrido o

fato gerador;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 18: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

18 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

III – a mesma lei que rege o fato é também a única apta a reger os efeitos que ele

desencadeia, como a sujeição passiva, extensão da responsabilidade, base

de cálculo, alíquotas, deduções, compensações e correção monetária, por

exemplo;

IV – a lei instituidora ou majoradora de tributos tem de ser, como regra, prospec-

tiva; admite-se, porém, a sua retroatividade imprópria.

a) Todos os itens estão corretos.

b) Estão corretos apenas os itens I, II e III.

c) Estão corretos apenas os itens I, III e IV.

d) Estão corretos apenas os itens I, II e IV.

e) Estão corretos apenas os itens I e III.

Letra b.

Item a item:

�I. Perfeito é isso mesmo. A Esaf gosta de usar um vocabulário mais difícil para ten-

tar confundir o concurseiro. Não caia nessa.

�II. Exatamente o que falamos. No caso do IR, a hipótese de incidência ocorre no

dia 31 de dezembro.

�III. O princípio da retroatividade da norma tributária diz respeito à regra de que

os tributos devem ser cobrados segundo a lei vigente à época do respectivo fato

gerador. Assim, é lícito afirmar que a mesma lei que rege o fato gerador é também

a única apta a reger os efeitos tributários que por ele são desencadeados.

�IV. Bom, chegamos aonde eu queria chegar. Esse item foi muito polêmico à época

do concurso. Aqui, a banca ignorou a jurisprudência do STF e considerou o item

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 19: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

19 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

errado. Contudo, para que você entenda, preciso começar explicando o que é retro-

atividade imprópria. Aliás, você já sabe o que é, só ainda não ligou o nome. A re-

troatividade imprópria é o que ocorre devido à aplicação do Enunciado de Súmula

n. 584 do STF que vimos anteriormente. Quer dizer, no caso, a lei impropriamente

retroage para atingir fatos geradores que já haviam ocorrido quando da vigência

da lei.

Está claro para você? Apesar de a retroatividade imprópria ser aceita pelo STF,

a ESAF, nesse caso, considerou que ela não pode ocorrer.

E como eu faço para responder uma pergunta como essa, professora?

Primeiro, reze para não cair na sua prova rsrsrs. Se cair, tente ver o que a ban-

ca quer com a pergunta. O enunciado não faz referência à jurisprudência do STF,

o item II faz. Vá tentando buscar o que pode ajudar. Depois de dizer isso, digo a

você que essa questão foi mal formulada mesmo – dificilmente o aluno que sabe a

matéria acertaria. Isso não invalida nada do que foi dito até o momento. A banca

não vai errar desse tanto novamente com relação a esse assunto.

Por fim, cumpre dizer que a retroatividade imprópria não é aceita pelo Superior

Tribunal de Justiça (STJ) (REsp. 419.814/RS) e que existem ministros que a repu-

diam dentro do STF. Não obstante, deve-se ter o Enunciado de Súmula n. 584 em

mente, pois essa é a jurisprudência do tribunal hoje.

Acabamos com a retroatividade imprópria (rsrsrs), mas ainda existe um detalhe

a ser dito quanto à irretroatividade. O art. 104 do Código Tributário Nacional (CTN)

dispõe que:

Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimô-nio ou a renda:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 20: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

20 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

I – que instituem ou majoram tais impostos;II – que definem novas hipóteses de incidência;III – que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo 178.

De acordo com esse dispositivo, a extinção ou redução de uma isenção de IR

deve respeitar o princípio da anterioridade anual. Se cair o artigo, ou alguma refe-

rência ao CTN, deve-se marcar verdadeiro para a exigência do respeito à anterio-

ridade no caso de revogação de isenções. Tudo bem até agora? Posso complicar?

Bom, o STF tem jurisprudência consolidada de que o princípio da anterioridade

não se aplica aos casos de revogação de isenção:

Enunciado de Súmula n. 615O princípio constitucional da anualidade (§ 29 do art. 153 da Constituição

Federal) não se aplica à revogação de isenção do ICM.

Esse entendimento só não vale quando ocorre a outorga de uma isenção one-

rosa. Quando o Estado isenta o contribuinte por prazo determinado em razão de

alguma contrapartida.

Por exemplo, a União oferece a uma indústria isenção de IR por dez anos para ins-

talar uma fábrica sua no Brasil (isso é ficção científica rsrsrs).

Nesses casos, aplica-se o Enunciado de Súmula n. 544:

Enunciado de Súmula n. 544 do STF

Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livre-

mente suprimidas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 21: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

21 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Deu para entender? Se a isenção é concedida sem condição e por prazo indeter-

minado, pode ser suprimida a qualquer tempo, sem que se infrinja ao princípio da

anterioridade anual. Por outro lado, para as isenções onerosas, é necessário que se

espere o prazo para o qual foi instituída.

E qual é a confusão, professora? Por enquanto está até simples...

A confusão? Esta se refere a um julgado recente do STF que fixa a necessida-

de de atenção ao princípio da anterioridade quando da revogação de uma isenção

não onerosa. Vamos ver:

IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS – DECRETOS N. 39.596 E N. 39.697, DE 1999, DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – REVOGAÇÃO DE BENEFÍ-CIO FISCAL – PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE – DEVER DE OBSERVÂNCIA – PRECEDEN-TES. Promovido aumento indireto do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS por meio da revogação de benefício fiscal, surge o dever de observância ao princípio da anterioridade, geral e nonagesimal, constante das alíneas “b” e “c” do inciso III do artigo 150, da Carta. Precedente – Medida Cau-telar na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 2.325/DF, de minha relatoria, julgada em 23 de setembro de 2004. MULTA – AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Surgindo do exame do agravo o caráter manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil. (RE 564225 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 02/09/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-226 DIVULG 17-11-2014 PUBLIC 18-11-2014)

O julgado é filho único, depois dele o STF ainda não se posicionou sobre o as-

sunto. Além disso, trata-se do posicionamento de uma turma, que não pode ser

considerado como jurisprudência do tribunal.

Na prática, o que isso significa?

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 22: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

22 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Significa que você deve ler com carinho as questões. Em 99% das situações,

deve considerar que não se aplica o princípio da anterioridade às isenções não one-

rosas. Contudo, se a questão fizer referência expressa a esse julgado do STF, você

fica esperto(a) e o leva em consideração.

Questão 4 (ESAF/AFRFB/2009) Sobre a exclusão do crédito tributário, assinale a

opção correta.

a) Nas modalidades de exclusão do crédito tributário, verifica-se a ocorrência do

fato gerador, a declaração da obrigação tributária e a constituição do crédito tribu-

tário, porém, não subsiste a obrigação de pagamento.

b) A isenção é causa de não incidência tributária.

c) A União, mediante lei complementar e atendendo a relevante interesse social ou

econômico nacional, poderá conceder isenções de impostos estaduais e municipais.

d) Segundo orientação do Supremo Tribunal Federal, a revogação de isenção não

se sujeita ao princípio da anterioridade, fazendo com que o tributo volte a ser ime-

diatamente exigível.

e) As isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, podem ser suprimi-

das por conveniência da Administração.

Letra d.

Item a item:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 23: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

23 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

�a) Errada. A própria questão se contradiz: como é que com a exclusão do crédito

tributário pode-se verificar a constituição dele? Na isenção, o crédito tributário não

chega nem a se formar, pois inexiste lançamento.

�b) Errada. Causa de não incidência é a imunidade, não a isenção. Essas questões

são mais bem elucidadas em Direito Tributário – para a gente, não interessa muito.

�c) Errada. NUNCA. A União não pode conceder isenção heterônoma (para tributos

de competência de outros entes).

�d) Certa. Olhe a nossa questão aí! É isso que estávamos estudando. A revogação

de isenção não se sujeita ao princípio da anterioridade. Essa é a regra.

e) Errada. Outra que a gente também comentou. As isenções sob condição onero-

sas não podem ser revogadas por conveniência da Administração.

Vamos seguir em frente? Não vou entrar aqui nas imunidades. Elas nunca foram

cobradas nas provas de Legislação Tributária da ESAF e não têm perfil para serem

cobradas no futuro. Você vai vê-las com carinho em Direito Tributário. Só fica o re-

gistro de que elas são aplicáveis ao IR, pelo menos as imunidades subjetivas (que

concernem ao sujeito) e devem ser consideradas como um critério orientador.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:IV – utilizar tributo com efeito de confisco;

O princípio do não confisco está ligado à impossibilidade de o Estado, utilizando-

-se da tributação, retirar do contribuinte o seu patrimônio. Quer dizer, no exercício da

competência tributária, o ente público deve ser moderado, razoável e proporcional.

Nas palavras do ministro do STF Celso de Mello (ADI 1.075-MC), a proibição do

confisco em matéria tributária pode ser entendida como

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 24: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

24 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

a interdição, pela Carta Política, de qualquer pretensão governamental que possa con-duzir, no campo da fiscalidade, à injusta apropriação estatal, no todo ou em parte, do patrimônio ou dos rendimentos dos contribuintes, comprometendo-lhes, pela insupor-tabilidade da carga tributária, o exercício do direito a uma existência digna, ou a prática de atividade profissional lícita ou, ainda, a regular satisfação de suas necessidades vitais básicas.

O princípio do não confisco pode ser bem complicado quando se olha a recente

jurisprudência do STF com relação à multa (Agravo Regimental em Agravo de Ins-

trumento n. 727.872/RS), mas isso fica para a aula de Direito Tributário, não nos

interessa nesse momento. Vamos ao que interessa, então;-). O que é proveitoso

para nós agora é entender a dificuldade que existe em se definir o que é confisco:

O conceito de confisco é indeterminado. Não existe definição do limite a partir do qual se ultrapassa o que seria uma tributação pesada e passa-se a ter uma tributação con-fiscatória. [...] A vedação ao confisco pretende impedir que se ultrapasse, com essa carga, níveis considerados suportáveis por determinada sociedade, em certa época e sob condições conjunturas2.

Diante da dificuldade de se definir o que é confisco, o STF definiu no julgamento

da ADMIMC 2.010/DF que o efeito confiscatório não deve ser analisado levando em

conta apenas um tributo, isoladamente, mas sim a partir da carga tributária total

imposta ao contribuinte por determinada pessoa política. Somando-se múltiplas

incidências tributárias estabelecidas por uma MESMA entidade estatal.

Questão 5 (ESAF/AFRFB/2014) Sobre o entendimento do STF acerca da vedação

da utilização, por parte da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, dos tribu-

tos com efeitos de confisco, pode-se afirmar que:

2 PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado. Forense: São Paulo, 2010. p. 963.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 25: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

25 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

a) por veicular um conceito jurídico indeterminado, e não havendo diretriz objetiva

e genérica, aplicável a todas as circunstâncias, é permitido aos Tribunais que pro-

cedam à avaliação dos excessos eventualmente praticados pelo Estado, com apoio

no prudente critério do Juiz.

b) a chamada ‘multa moratória’, que tem por objetivo sancionar o contribuinte

que não cumpre suas obrigações tributárias, prestigiando a conduta daqueles que

pagam em dia seus tributos aos cofres públicos, não possui caráter confiscatório,

independentemente de seu importe.

c) o isolado aumento da alíquota do tributo em dez pontos percentuais é suficiente

para comprovar seu efeito de confisco.

d) não é cabível, em sede de controle normativo abstrato, a possibilidade de o Su-

premo Tribunal Federal examinar se determinado tributo ofende, ou não, o princípio

constitucional da não confiscatoriedade.

e) leis estaduais que estipulam margens mínima e máxima das custas, dos emo-

lumentos e da taxa judiciária e realizam uma disciplina progressiva das alíquotas

– somente sendo devido o pagamento dos valores elevados para as causas que

envolvam considerável vulto econômico – configuram ofensa ao princípio constitu-

cional do não confisco.

Letra a.

Item a item:

�a) Certa. Foi o que falamos antes, não existe um conceito de efeito confiscatório

definitivo. Por isso, os Tribunais devem efetivar a prudente avaliação de cada caso.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 26: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

26 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

�b) Errada. Essa está muito fácil. “Independentemente de seu importe” quer dizer

“o Estado poderia determinar uma multa de que valor fosse” – claro que não!

�c) Errada. Já vimos isso aqui, o STF considera o montante global de tributos ins-

tituídos pelo Ente. A alíquota isolada de um tributo (ainda mais de dez por cento)

não configura necessariamente confisco.

�d) Errada. Por que não? Claro que o STF pode examinar em controle abstrato se

um tributo ofende o princípio constitucional da não confiscatoriedade.

e) Errada. Está errada, pois NÃO ofende o princípio constitucional do não confisco.

A taxa judiciária não pode ser cobrada sem limite sobre o valor da causa (Enuncia-

do de Súmula n. 667 do STF), o que não é o caso.

Vamos passar rapidamente pelo inciso II do art. 151:

Art. 151. É vedado à União:II – tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;

Esse é daqueles dispositivos que nem precisavam estar na CF/1988, pois exis-

tem outros que já garantiriam que essa regra fosse cumprida. Se a União tributasse

a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-

nicípios de modo mais oneroso que suas próprias obrigações da dívida pública, todo

mundo ia comprar títulos da União e esquecer os dos demais entes federativos.

Não ia fazer sentido fazer um investimento que fosse mais tributado que outro que

oferece o mesmo (juros da dívida pública). Também seria mais vantajoso trabalhar

para a União se a remuneração de seus agentes fosse menos tributada. Perceba

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 27: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

27 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

que esse tipo de discriminação fere o princípio federativo, pois deixaria os demais

entes em posição muito desvantajosa, se comparada com a da União.

Questão 6 (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/PROFISSIONAL JÚNIOR/2014) Quando a

Constituição Federal estabelece que a União não pode tributar nem a renda das

obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nem

a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis supe-

riores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes, está sendo realizado

o princípio da

a) isonomia.

b) capacidade.

c) legalidade.

d) uniformidade.

e) proporcionalidade.

Letra a.

São poucas as questões sobre esse dispositivo. Essa eu achei uma das mais inte-

ressantes. Perceba que existe um princípio tributário que já dispõe sobre a questão

da igualdade na tributação de contribuintes na mesma situação. Exatamente, é o

princípio da isonomia.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 28: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

28 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Vamos entrar no art. 153, na parte que dispõe explicitamente a respeito do IR:

§ 2º O imposto previsto no inciso III (Imposto de Renda):I – será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressivi-dade, na forma da lei;

Essa é a diretriz maior do IR na Constituição Federal, que mostra como o impos-

to deve ser instituído. Ele deve deter:

• generalidade: atingindo a renda auferida por TODAS as PESSOAS;

• universalidade: incidindo sobre TODAS as espécies de RENDAS e proventos; e,

• progressividade: fazendo com que quem aufira (ganhe) mais pague mais tri-

buto.

Não é lindo? Imagine um tributo que incida sobre todas as pessoas, independente-

mente de quem seja, criança, adulto, idoso. Todos que auferem renda têm de pagar

o IR (generalidade). Lembre-se: o Direito Tributário não tem preconceitos, ninguém

é tratado de maneira diferente. Por outro lado, imagine que esse tributo incida sobre

todas as rendas. Não importa se ela é proveniente de furto, corrupção, de salário,

pró-labore, lucro (universalidade). De qualquer forma, sobre ela haverá o desconto

para que o Estado seja financiado. Enfim, todas as rendas de todas as pessoas serão

tributadas de modo que se tire o maior filão de quem tem mais (progressividade).

Por exemplo, quem tem uma renda de R$ 1.500,00 não tem de pagar IR. Já quem

aufere R$ 300.000,00 vai ter um desconto de 27,5% sobre a sua renda para finan-

ciar o Estado (estou desconsiderando que a renda não vai ser inteiramente tribu-

tada por essa alíquota – a gente vai ver isso mais tarde). Não acha lindo que um

tributo seja tão justo? Eu acho. ;-)

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 29: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

29 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Questão 7 (ESAF/AFRFB/2009) Determine se é Verdadeira (V) ou Falsa (F) a se-

guinte assertiva.

De acordo com a Constituição Federal, o imposto sobre a renda e proventos de

qualquer natureza será informado pela generalidade, universalidade e progressi-

vidade, na forma da lei. Pode-se afirmar que o critério da progressividade decorre

dos princípios da igualdade e da capacidade contributiva, na medida em que contri-

buintes com maiores rendimentos sejam tributados de modo mais gravoso do que

aqueles com menores rendimentos.

Verdadeira.

Olhe que interessante essa questão: ela releva de onde vem o princípio da progres-

sividade. E é isso mesmo, ele decorre dos princípios da igualdade (pois TODOS que

recebem menos pagam menos) e da capacidade contributiva (quem recebe menos,

paga menos). Quer ver?

Questão 8 (ESAF/CGU/ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE/2004) Determine se

é Verdadeira (V) ou Falsa (F) a seguinte assertiva.

Um sistema tributário é progressivo quando a participação dos impostos na renda

dos agentes diminui conforme a renda aumenta.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 30: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

30 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Falsa.

Claro que não! Um sistema tributário é progressivo quando a participação dos im-

postos na renda dos agentes AUMENTA conforme a renda aumenta.

Antes de passar para o próximo passo, vamos aproveitar o princípio da univer-

salidade (todas as espécies de rendas e proventos devem sofrer a incidência do IR)

e fazer referência ao princípio pecunia non olet (o dinheiro não tem cheiro), que

está fixado no art. 118 do CTN:

Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:I – da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsá-veis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;II – dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

Que fique claro: para sabermos se um fato se enquadra ou não na situação des-

crita na norma (hipótese de incidência), devemos levar em conta exclusivamente

os elementos constantes da norma legal.

A hipótese de incidência do Imposto de Renda (IR) serve bem como exemplo

(apesar de o princípio servir a todos os tributos). Sabe-se que a hipótese de inci-

dência do IR é auferir renda ou proventos de qualquer natureza.

Assim, se um indivíduo, sem diploma regular de médico, atender em seu consultó-

rio diversas pessoas e cobrar pelas consultas, esse indivíduo será contribuinte do

IR, pois, ao receber o pagamento pelas consultas, auferiu renda (fato gerador do

tributo). Crime ou não, não importa ao Direito Tributário.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 31: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

31 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Visto que já vi a historinha desse princípio cair em prova, vamos passar ra-

pidamente por ela. O nome do princípio veio de um diálogo entre um Imperador

Romano (Vespasiano) e seu filho (Tito), por conta da indagação que este fez ao pai

sobre a razão pela qual decidiu tributar os usuários de banheiros públicos na Roma

Antiga. O imperador justificou a incidência do tributo respondendo que dinheiro não

tem cheiro, não importando para o Estado a fonte de que provenha.

Questão 9 (CESPE/TRF – 5ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2013) Determine se é Verda-

deira (V) ou Falsa (F) a seguinte assertiva.

O CTN adota expressamente o princípio do non olet, cuja aplicação implica tributa-

ção do produto da atividade ilícita, bastando, para tanto, que a hipótese de incidên-

cia da obrigação tributária se realize no mundo dos fatos.

Verdadeira.

O mais importante em uma questão como essa é a sua leitura atenta. Veja bem,

ela dispõe que o princípio implica na tributação do PRODUTO. E é isso mesmo, o

princípio non olet possibilita a tributação do produto até mesmo de uma atividade

ilícita. Não é a atividade que é tributada (isso não pode), mas seu produto.

Seguindo. A alínea “a” do inciso III do art. 146 da CF/1988 determina que lei

complementar deverá estabelecer normas gerais em matéria de legislação tribu-

tária, especialmente sobre a definição de tributos e de suas espécies, bem como

em relação aos impostos discriminados na Constituição, a dos respectivos fatos

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 32: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

32 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

geradores, bases de cálculo e contribuintes. Aliás, a exigência de lei complementar

para tratar de normas gerais em legislação tributária vem da Constituição Federal

de 1967; contudo, desde então, não houve a publicação dessa lei. Assim, consi-

dera-se recepcionado o Código Tributário Nacional – CTN (Lei n. 5.172, de 25 de

outubro de 1966) como se lei complementar fosse. Preste bem atenção aqui: o CTN

foi formulado como lei ordinária. Contudo, como não houve a edição da lei comple-

mentar que definisse as normas gerais em matéria de legislação tributária, o CTN

faz as vezes, de modo a não deixar que se crie um vácuo jurídico. Para alterar o

CTN, há que ser uma lei complementar, pois o código foi recepcionado como se lei

complementar fosse.

Questão 10 (PGE-MS/PGE-MS/PROCURADOR DO ESTADO/2014) Determine se é

Verdadeira (V) ou Falsa (F) a seguinte assertiva.

As normas gerais de direito tributário contidas no Código Tributário Nacional foram

votadas como lei ordinária (Lei n. 5.172/1966), de forma que, de acordo com o

sistema constitucional vigente, uma nova lei ordinária poderá revogar ou alterar

essas normas gerais.

Falsa.

Olhe que maldade: está quase toda certa, o final é que estraga o enredo. Apesar

de ter sido votado como lei ordinária, o Código Tributário Nacional (CTN) foi recep-

cionado pela CF/1988 como se lei complementar fosse. Assim, só pode ser alterado

ou revogado por lei complementar.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 33: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

33 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Resta-nos ver o que essas normas gerais fixaram a respeito do IR.

Código Tributário Nacional (CTN)Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:

Esse artigo nos fala do fato gerador do IR, que é o recebimento de renda e pro-

ventos de qualquer natureza. Para não ficarem dúvidas:

Questão 11 (FCC/PGE-BA/ANALISTA DE PROCURADORIA/2013) O Imposto de

Renda de Pessoa Física

a) tem lançamento por declaração, na medida em que o Fisco só passa a exigir o

crédito tributário decorrente do imposto de renda após a apresentação, pelo con-

tribuinte, da Declaração de Ajuste Anual.

b) tem alíquota proporcional, pois as alíquotas vão aumentando gradativamente,

conforme vai aumentando a base de cálculo, que é a renda ou provento de qual-

quer natureza.

c) relativamente às rendas auferidas pelos servidores públicos estaduais e munici-

pais, é de competência do Estado e do Município, respectivamente.

d) pode ser instituído somente por lei complementar e não deve obediência à an-

terioridade anual e nonagesimal.

e) tem por fato gerador as rendas e proventos de qualquer natureza (acréscimos

patrimoniais líquidos) auferidos em determinado período de tempo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 34: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

34 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Letra e.

Item a item:

�a) Errada. Quer dizer que, se o contribuinte não apresentar a declaração, o Fisco

não pode exigir o crédito tributário? Por favor, essa é contra toda a lógica do siste-

ma, ninguém ia declarar, oras.

�b) Errada. A base de cálculo não é a renda ou provento de qualquer natureza, va-

mos vê-la mais adiante.

�c) Errada. Todas as rendas, não. De acordo com o artigo 157, I, da CF/1988, so-

mente o produto da arrecadação relativo aos rendimentos pagos pelos Estados e

pelo Distrito Federal a seus servidores pertencem a eles. Nesse mesmo sentido, o

artigo 158, I, da CF/1988, determina que o produto arrecadado relativo aos ren-

dimentos pagos pelos Municípios a seus servidores pertence, da mesma maneira,

aos Municípios.

�d) Errada. NÃO precisa ser instituído por lei complementar. Como vimos, o estabe-

lecimento de normas gerais é por lei complementar, mas não a instituição do tribu-

to, que é por lei ordinária. Ahhh, claro: deve obediência à anterioridade anual, sim.

e) Certa. Essa última é que está linda! Viu lá o fato gerador? Rendas e proventos

de qualquer natureza (acréscimos patrimoniais líquidos), isso mesmo.

1.1. Renda e Proventos – Conceito

Os incisos I e II do art. 43 do CTN conceituam renda e proventos (as bases de

cálculo do IR). Olhe lá:

I – de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 35: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

35 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

II – de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.

Eu podia jogar aqui um milhão de conceitos doutrinários para explicar o que é

renda e o que é provento. A verdade é que isso não cai. Muito mais relevante é

eu colocar para você como o STF define os dois institutos. Muito simples: renda e

provento de qualquer natureza significam sempre acréscimo patrimonial (RE n.

117.887-6/SP). Essa ideia é bem esclarecida no voto do ministro Carlos Velloso:

Por maiores que sejam as divergências doutrinárias sobre o conceito de renda, há um elemento de sua composição sobre o qual não pairam dúvidas: o de que ela envolve necessariamente a ideia de GANHO, DE ACRÉSCIMO.

Questão 12 (CETRO/TJ-RJ/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGIS-

TROS/2012) É correto afirmar que o imposto de renda

a) se sujeita ao princípio da noventena.

b) possui função predominantemente extrafiscal.

c) tem o seu lançamento por declaração.

d) tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica so-

bre a renda e proventos de qualquer natureza.

e) incide sobre verbas de natureza indenizatória.

Letra d.

Item a item:

�a) Errada. Claro que o IR não se sujeita ao princípio da noventena, já vimos isso.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 36: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

36 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

�b) Errada. A gente não viu isso, e essa explicação vai ficar para as aulas de Direito

Tributário, porque não cai aqui. Só para ficar claro em sua cabeça, a função predo-

minante do IR é fiscal.

�c) Errada. O tipo de lançamento é por homologação, mas é outra coisa que vai

ficar para o Direito Tributário.

�d) Certa. Essa é a resposta correta, e, normalmente, essa matéria cai assim mes-

mo, como está no CTN, é só decorar.

e) Errada. Isso a gente ainda vai ver com carinho, mas já fica aqui a dica: o IR

não incide sobre todas as verbas de natureza indenizatória. O raciocínio é simples.

Existem verbas de natureza indenizatória que não são acréscimo patrimonial, elas

simplesmente recompõem o patrimônio. Por isso, sobre elas, não incide o IR.

Vamos seguindo? O § 1º do art. 43 do CTN foi acrescentado pela LC n. 104, de

2001, com uma finalidade específica. A intenção foi retirar qualquer dúvida sobre a

qualidade da renda percebida. Assim, é irrelevante a denominação que se dá: ha-

vendo acréscimo patrimonial, considera-se como se a renda tivesse sido auferida.

§ 1º A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção.

Questão 13 (ESAF/ATRFB/2012) Constitui rendimento para fins do Imposto sobre

a Renda, exceto,

a) todo o produto do capital.

b) o provento de qualquer natureza.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 37: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

37 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

c) o acréscimo patrimonial não correspondente aos rendimentos declarados.

d) a pensão e os alimentos percebidos em mercadoria.

e) todo produto do trabalho.

Letra d.

Dessa questão, você percebe que quase todo o acréscimo patrimonial é considera-

do na incidência do IR. A exceção aqui são os produtos in natura. Essa questão foi

retirada do §1º do art. 3º da Lei n. 7.713, 22 de dezembro de 1988:

§ 1º Constituem rendimento bruto todo o produto do capital, do trabalho ou da combi-nação de ambos, os alimentos e pensões percebidos em dinheiro, e ainda os proventos de qualquer natureza, assim também entendidos os acréscimos patrimoniais não cor-respondentes aos rendimentos declarados.

É importante destacar aqui que nem todo o recebimento em bens estará livre do

IR. Se fosse assim, ficaria fácil driblar o Fisco, ninguém mais ia pagar em dinheiro

(rsrsrs). A Instrução Normativa RFB n. 1.500, de 29 de outubro de 2014, define

como será feita a tributação dos rendimentos recebidos em bens, os quais serão

“avaliados em dinheiro pelo valor de mercado que tiverem na data do recebimento”

(§ 2º do art. 3º da IN RFB n. 1.500, de 2014).

Você já está entendendo como funciona esse tributo. Ou pelo menos suas dire-

trizes básicas. Vamos para o § 2º do art. 43 do CTN:

§ 2º Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo.

Vou frisar aqui os seguintes fatos: a) de que os recebimentos oriundos do ex-

terior também são tributados; e, b) de que uma lei estabelecerá as condições e o

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 38: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

38 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

momento em que se dará sua disponibilidade. Veremos a matéria com detalhe mais

adiante. No entanto, para que fique claro, vamos para mais uma questão:

Questão 14 (ESAF/ATRFB/2012) São contribuintes do Imposto de Renda da Pessoa

Física

a) as pessoas físicas domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares de disponibili-

dade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza.

b) as pessoas físicas domiciliadas ou residentes no Brasil, e aquelas que mesmo

sem serem residentes no País, sejam titulares de disponibilidade econômica ou ju-

rídica de renda ou proventos de qualquer natureza percebidos no exterior.

c) as pessoas físicas brasileiras domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares de

disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza.

d) as pessoas físicas domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares de disponibili-

dade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza que per-

cebam os rendimentos somente de fontes situadas no País.

e) as pessoas físicas brasileiras domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares de

disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza,

que percebam rendimentos, independentemente da localização da fonte.

Letra a.

Item a item:

a) Certa. É isso. Sobre qualquer acréscimo patrimonial no país, haverá a incidência

do IR.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 39: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

39 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

b) Errada. Como é que quem não é residente vai receber uma renda ou provento

no exterior e, ainda assim, ser tributado? Não tem como, errado isso. Se ele é es-

trangeiro e está recebendo o salário dele no estrangeiro, não vai ser tributado aqui.

c) Errada. Pegadinha boba. Não são as pessoas físicas brasileiras. É qualquer pes-

soa física domiciliada ou residente no Brasil. Não precisa ser brasileiro.

d) Errada. Somente de fontes situadas no País? Olhe só, tem alguns concursei-

ros que tem o hábito suicida de não ler as alternativas até o final com atenção. As

bancas sabem disso. Se você faz isso, mude esse hábito. AGORA. As fontes não

precisam ser situadas no País, o contribuinte é que tem de ser domiciliado ou resi-

dente no País.

e) Errada. Não independe da localização da fonte. Isso é um pouco mais profundo.

Existem países que têm acordo de bitributação com o Brasil. Nesses casos, pode

acontecer de o contribuinte ser tributado lá fora e não ser tributado aqui.

Já falamos um bocado de renda e de proventos de qualquer natureza, não é

mesmo? Está faltando falar de Disponibilidade Econômica ou Jurídica. Afinal, o fato

gerador é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica que advém da renda

e do provento.

1.2. Disponibilidade Econômica ou Jurídica

Para dar um bom conceito desses termos, vou me voltar de novo ao STF, coisa

que as bancas em geral gostam de fazer. No julgamento do RE 172.058-1/SC, Pleno,

Rel. Min. Marco Aurélio, anotou que “a disponibilidade adquirida” pode, nos termos da

definição, ser “econômica” ou “jurídica” (CTN, art. 43, caput). Esclareceu, então, que:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 40: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

40 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

(...) a aquisição de disponibilidade econômica corresponde ao que os economistas cha-mam “separação” de renda: é a sua efetiva percepção em dinheiro ou outros valores. A aquisição de “disponibilidade jurídica” corresponde ao que os economistas chamam de “realização” da renda: é o caso em que, embora o rendimento ainda não esteja “eco-nomicamente disponível” (isto é, efetivamente percebido), entretanto o beneficiário já tenha título hábil para percebê-lo.

Vamos colocar em um esquema, para ficar bem fácil e claro:

Aquisição de disponibilidade econômica

Aquisição de disponibilidade jurídica

Efetiva percepção em dinheiro ou outros valores

O beneficiário detém o título hábil para receber o dinheiro ou outros valores

Vamos ver como isso é cobrado.

Questão 15 (FGV/CODESP-SP/ADVOGADO/2010) Os conceitos de disponibilidade

jurídica e de disponibilidade econômica de renda representam, respectivamente,

para fins de tributação pelo imposto de renda

a) a obtenção de qualquer direito de crédito e a faculdade de usar, gozar e dispor

de dinheiro ou de bens nele conversíveis, que ingressam no patrimônio do sujeito,

por ato ou fato gerador.

b) a utilização de direitos de crédito e a faculdade de dispor de pecúnia ou bens

conversíveis em pecúnia, que ingressam no patrimônio do sujeito passivo do fato

gerador respectivo.

c) a obtenção de direitos de crédito não sujeitos à condição suspensiva e a possibi-

lidade de usar, gozar ou dispor de dinheiro ou de coisas nele conversíveis, entradas

para o patrimônio do adquirente por ato ou fato gerador.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 41: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

41 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

d) a percepção de rendimentos em moeda ou equivalente e a aquisição do uso,

gozo ou disposição sobre dinheiro ou seu equivalente, que ingressam para o patri-

mônio do contribuinte em virtude do fato imponível.

e) a disponibilidade presumida de direitos de crédito, não sujeitos à condição sus-

pensiva e a possibilidade de adquirir a posse de dinheiro ou seu equivalente, que in-

gressam no patrimônio do adquirente, por ato ou fato gerador do tributo respectivo.

Letra c.

Item a item:

�a) Errada. Essa está toda errada. Qualquer direito de crédito? Ato gerador? (deu

uma vontade enorme de rir agora...)

�b) Errada. A utilização de direito de crédito não é a disponibilidade jurídica, como a

faculdade de usar o dinheiro não é disponibilidade econômica. Muito louco (rsrsrs).

�c) Certa. Esses são dois excelentes exemplos de disponibilidade jurídica e econô-

mica. :-)

�d) Errada. Os dois são disponibilidade econômica.

Disponibilidade presumida? De onde a banca tirou isso? (rsrsrs) Possibilidade de

adquirir a posse de dinheiro? Se é possibilidade, ainda não é disponibilidade, oras.

Vamos para o último ponto tratado nessa aula que está explícito no edital.

1.3. Acréscimo Patrimonial

Já definimos que, de acordo com o STF, o conceito de renda envolve as notas de

ganho e de acréscimo. Para ficar claro o fato gerador do IR, falta, assim, esclare-

cer que tipo de ganho ou acréscimo está sendo referenciado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 42: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

42 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

É fácil perceber que o acréscimo aqui é em relação ao patrimônio, ou seja, aos

bens que o contribuinte possui.

Questão 16 (ESAF/PGFN/2012) Sobre o Imposto sobre a Renda e Proventos de

qualquer Natureza, julgue os itens a seguir, para então assinalar a opção que cor-

responda às suas respostas.

I – Como renda deve-se entender a aquisição de disponibilidade de riqueza nova,

na forma de um acréscimo patrimonial, ao longo de um determinado período

de tempo.

II – Tanto a renda quanto os proventos de qualquer natureza pressupõem ações

que revelem mais-valias, isto é, incrementos na capacidade contributiva.

III – Limitações temporais ou quantitativas com relação às despesas e provisões

não necessariamente guardam estrita compatibilidade com a teoria do acrés-

cimo patrimonial e com a atividade do contribuinte.

IV – Embora haja diversas teorias que se destinem a delinear o conceito de renda,

em todas prevalece a ideia de que haja a necessidade de seu confronto com o

conjunto de desembolsos efetivados relativamente ao conjunto das receitas.

V – Pode-se afirmar, a partir de alguns julgados do Supremo Tribunal Federal,

que o conceito legalista/fiscalista de renda, assim considerado aquilo que a

legislação do imposto de renda estabelecer que é, está ultrapassado.

Estão corretos apenas os itens:

a) II, IV e V.

b) I, II e III.

c) II, III, IV e V.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 43: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

43 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

d) I, II, IV e V.

e) todos os itens estão corretos.

Letra d.

Item a item:

�I) Certo. Esse é exatamente o conceito de renda que temos visto, que está intrin-

secamente ligado à aquisição de patrimônio.

�II) Certo. Perfeita, novamente. É exatamente isso o que se pressupõe de renda

e provento. Para que fique claro, mais valia é o aumento de valor de um bem ou

patrimônio.

�III) Errado. Limitações temporais ou quantitativas com relação às despesas e

provisões guardam compatibilidade com a teoria do acréscimo temporal. A em-

presa recebe um determinado valor em razão de um serviço, mas esse valor não

significou um completo aumento do seu patrimônio – uma parcela dele serviu para

recompor as despesas que havia feito para prestar o serviço. Tudo bem?

�IV) Certo. Essa é consequência da anterior. Isso mesmo, prevalecem as teorias

em que haja a necessidade do confronto entre despesa e receita para que se che-

gue ao efetivo acréscimo patrimonial.

�V) Certo. O STF tem realmente considerado inconstitucional as legislações do IR

que tentam estabelecer o que é renda desconectado da ideia de ganho ou acrésci-

mo patrimonial. Olhe um exemplo:

IMPOSTO DE RENDA – BALANÇO PATRIMONIAL – ATUALIZAÇÃO – OTN – ARTIGOS 30 DA LEI N. 7.730/89 E 30 DA LEI N. 7.799/89. Surge inconstitucional a atualização prevista no artigo 30 da Lei n. 7.799/89 no que, desconsiderada a inflação, resulta na incidência do Imposto de Renda sobre lucro fictício. (RE 208526, Rela-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 44: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

44 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

tor(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 20/11/2013, DJe-213 DIVULG 29-10-2014 PUBLIC 30-10-2014 EMENT VOL-02754-03 PP-00346)

Ficou claro que quando há um acréscimo patrimonial, o IR incide. O problema é

que, em algumas situações, essa definição se demonstra muito difícil. No caso de

indenização, por exemplo. Existem algumas que simplesmente recompõem o patri-

mônio – sobre essas não incide o IR. Outras, no entanto, acrescem o patrimônio –

portanto, incide o IR. O mais certo é se recorrer aos tribunais superiores, como as

grandes bancas fazem, para fixar se incide ou não ou tributo. O STJ tem um julgado

muito bom para isso:

TRIBUTÁRIO – EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA – IMPOSTO DE RENDA – ART. 43

DO CTN – VERBAS: NATUREZA INDENIZATÓRIA X NATUREZA REMUNERATÓRIA.

1. O fato gerador do imposto de renda é a aquisição de disponibilidade econô-

mica ou jurídica decorrente de acréscimo patrimonial (art. 43 do CTN).

2. A jurisprudência desta Corte, a partir da análise do art. 43 do CTN, firmou

entendimento de que estão sujeitas à tributação do imposto de renda, por não possuírem natureza indenizatória, as seguintes verbas: a) ‘inde-

nização especial’ ou ‘gratificação’ recebida pelo empregado quando da rescisão

do contrato de trabalho por liberalidade do empregador;

b) verbas pagas a título de indenização por horas extras trabalhadas;

c) horas extras;

d) férias gozadas e respectivos terços constitucionais;

e) adicional noturno;

f) complementação temporária de proventos;

g) décimo terceiro salário;

h) gratificação de produtividade;

i) verba recebida a título de renúncia à estabilidade provisória decorrente de

gravidez; e

j) verba decorrente da renúncia da estabilidade sindical.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 45: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

45 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

3. Diferentemente, o imposto de renda não incide sobre:

a) APIP’s (ausências permitidas por interesse particular) ou abono-assiduidade

não gozados, convertidos em pecúnia;

b) licença-prêmio não gozada, convertida em pecúnia;

c) férias não gozadas, indenizadas na vigência do contrato de trabalho e res-

pectivos terços constitucionais;

d) férias não gozadas, férias proporcionais e respectivos terços constitucio-

nais, indenizadas por ocasião da rescisão do contrato de trabalho;

e) abono pecuniário de férias;

f) juros moratórios oriundos de pagamento de verbas indenizatórias decorren-

tes de condenação em reclamatória trabalhista;

g) pagamento de indenização por rompimento do contrato de trabalho no perí-

odo de estabilidade provisória (decorrente de imposição legal e não de libera-

lidade do empregador).

4. Hipótese dos autos em que se questiona a incidência do imposto de renda

sobre verbas pagas pelo empregador em decorrência da renúncia do período

de estabilidade provisória levada a termo pelo empregado no momento da res-

cisão do contrato de trabalho. 5. Embargos de divergência não providos (Pet

6.243/SP, Rel. Min. Eliana Calmon, DJe de 13.10.08);

Leia a ementa novamente com carinho, prometo que não vai se arrepender.

Vamos agora para uma questão. Veja se a matéria fica colada no cérebro (rsrsrs).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 46: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

46 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Questão 17 (CESPE/TRF – 2ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2009) No que se refere ao

imposto incidente sobre a renda e proventos de qualquer natureza, assinale a op-

ção correta.

a) As verbas pagas quando da rescisão de contrato de trabalho sem justa causa

não estão sujeitas à sua incidência, por terem caráter indenizatório, o que não se

dá com a quantia que ultrapassar tais limites por liberalidade do empregador.

b) Não incide sobre o pagamento de horas extras, uma vez que se trata de verba

indenizatória.

c) O pagamento de férias não gozadas por necessidade de serviço não é produto

de capital, do trabalho ou de combinação de ambos, mas representa acréscimo de

capital e sujeita-se à incidência do tributo.

d) O rateio do patrimônio entre os associados, no caso de liquidação de entidade

imune, serve de base de cálculo para incidência desse imposto.

e) As verbas recebidas em caráter indenizatório não são passíveis de tributação, o

que não ocorre com os juros incidentes sobre elas.

Letra a.

Item a item:

a) Certa. Olhe a letra “g” do item 3 do julgado, em verbas indenizatórias sobre as

quais o imposto não incide. Viu? Isso já está pacificado no STJ.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 47: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

47 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

b) Errada. Olhe a letra “c” do item 2 do julgado, verbas indenizatórias sobre as

quais o imposto incide. Viu? Também já está pacificado no STJ.

c) Errada. De jeito nenhum! Olhe lá a letra “c” do item 3 do julgado: verbas inde-

nizatórias sobre as quais o imposto não incide. Ficou muito fácil (rsrsrs).

Esse não está na nossa lista, mas também é jurisprudência do STJ:

TRIBUTÁRIO – IMPOSTO DE RENDA – DISSOLUÇÃO DE ENTIDADE DE PREVI-

DÊNCIA PRIVADA – RATEIO.

1. O patrimônio de entidade imune ao Imposto de Renda, se rateado

entre os associados, quando liquidado, não serve de base de cálculo

para o referido imposto.

2. Importâncias recebidas que não se subsumem no conceito de renda

(art. 43 do CTN).

3. Recurso especial provido.

(REsp 413.291/RS, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado

em 13/08/2002, DJ 09/09/2002, p. 219)

d) Errada. Não incide, não. Olhe a letra “f” do item 3 do julgado, verbas indeniza-

tórias sobre as quais o imposto não incide.

Você entendeu? Não é que precisa decorar. É bom dar uma olhada na lista e

entender como funciona a lógica do acréscimo patrimonial. Vamos ver mais uma:

Questão 18 (CESPE/TRF – 5ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2013) Determine se é Ver-

dadeira (V) ou Falsa (F) a seguinte assertiva.

Incide IR sobre a indenização por danos morais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 48: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

48 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Falsa.

Trata-se da Súmula n. 498 do STJ:

Enunciado da Súmula n. 498 do STJ

Não incide IR sobre a indenização por danos morais.

Estamos quase terminando. Quero ver mais duas coisinhas com você para ter

certeza de que estará afiado(a) para a prova. Vamos para o art. 44 do CTN:

Art. 44. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis.

Aqui está fixada a base de cálculo para o IR Pessoa Jurídica (IRPJ). Como o

Código é antigo, ainda não havia o Simples Nacional, que é um regime unificado

de pagamento de tributos. Para esse regime, a base de cálculo é a receita mensal

auferida pela pessoa jurídica.

Calma! (rsrsrs) Na verdade, você não tem de saber nada disso agora, estou te

mostrando como está no CTN, mas vamos estudar isso com carinho nas próximas

aulas. Inclusive, esse artigo nem fala da base de cálculo para o IR Pessoa Física

(IRPF). Só que, de vez em quando, ele aparece em prova.

Questão 19 (TRF – 4ª REGIÃO/TRF – 4ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL SUBSTITU-

TO/2014) Determine se é Verdadeira (V) ou Falsa (F) a seguinte assertiva.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 49: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

49 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

A base de cálculo do imposto sobre a renda e os proventos de qualquer natureza

é o montante real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis.

Verdadeira.

Quando for a letra da lei, mesmo que a questão se apresente incompleta, como

é o caso aqui, marque verdadeiro. Já vimos que a base de cálculo do IR não se

restringe ao art. 44 do CTN; mas, se ele cair como está, é verdadeiro. Viu como é

importante ler e reler a lei? Com o passar do tempo, você vai ver que não tem jeito,

não tem como fugir disso.

Terminando! Uffffaaaa! rsrsrs. Vamos lá para o último artigo do CTN, que é um

critério orientador para o IR que se deve relevar:

Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis.Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributá-veis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam.

O sujeito passivo da relação jurídico tributária (estou falando bonito para que

entenda quando a banca falar assim) – contribuinte do IR – é aquele que recebe

a renda ou o provento, titular da disponibilidade a que se refere o art. 43 do CTN.

Certo? Só que a lei pode atribuir a condição de sujeito passivo ao possuidor dos

bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis. Por quê? Porque assim fica

mais fácil de arrecadar.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 50: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

50 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Para uma indústria, por exemplo, é muito mais econômico cobrar o IR da fonte

pagadora que dos inúmeros empregados. Pela mesma razão, o parágrafo único

possibilita que uma lei atribua à fonte pagadora a condição de responsável pelo

imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam.

Questãozinha final:

Questão 20 (CESPE/MPU/ANALISTA – FINANÇAS E CONTROLE/2013) Determine

se é Verdadeira (V) ou Falsa (F) a seguinte assertiva.

Nos rendimentos pagos a terceiros pela entidade, esta atua como responsável pela

retenção do imposto de renda e, nessa condição, o tributo não representa despesa,

devendo ser contabilizado como obrigação até o respectivo recolhimento.

Verdadeira.

É isso mesmo. A entidade atua como responsável pela retenção do imposto de

renda. O tributo não representa despesa porque o dinheiro não é dele, nunca foi. A

sua responsabilidade está em reter, mas o valor já era do terceiro (rendimento) e

foi descontado como IR para ser repassado ao Fisco.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 51: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

51 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

RESUMO

• Os critérios orientadores do IR estão na CF/1988 e no CTN.

• Não se pode exigir ou aumentar o IR sem que lei o estabeleça.

• Não se pode instituir tratamento desigual entre os contribuintes do IR – prin-

cípio da igualdade tributária.

• Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados

segundo a capacidade econômica do contribuinte – princípio da capacidade

contributiva.

• O princípio da não surpresa é composto pelos seguintes princípios:

− Princípios da irretroatividade: não se pode cobrar tributos em relação a

fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver

instituído ou aumentado – aplica-se ao IR;

− Princípio da anterioridade anual: não se pode cobrar tributo no mesmo

exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou

aumentou – aplica-se ao IR;

− Princípio da noventena: o tributo não pode ser cobrado antes de decorridos

noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou

aumentou – não se aplica ao IR.

• A retroatividade imprópria ocorre por conta da Súmula n. 584 do STF, que

considera como importante o ano da declaração do IR. Assim, a lei impropria-

mente retroage para atingir fatos geradores que já haviam ocorrido antes da

vigência da lei.

• O princípio da anterioridade anual não se aplica a isenção não onerosa (o STF

começa a modificar essa jurisprudência).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 52: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

52 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

• É proibido aos entes federativos utilizar o tributo com efeito de confisco –

princípio do não confisco.

• O efeito confiscatório não deve ser analisado levando em conta apenas um

tributo, isoladamente, mas, sim, a partir da carga tributária total imposta ao

contribuinte por determinada pessoa política.

• O IR deve ser informado de:

− generalidade: atingindo a renda auferida por TODAS as pessoas;

− universalidade: incidindo sobre TODAS as espécies de RENDAS e proven-

tos; e,

− progressividade: fazendo com que quem aufira (ganhe) mais pague mais

tributo.

• A ocorrência do fato gerador do IR depende somente da situação jurídica (hi-

pótese de incidência) descrita na norma; deve-se levar em conta exclusiva-

mente os elementos constantes da norma legal e se desconsiderar a licitude

ou ilicitude do ato praticado pelo contribuinte – princípio non olet.

• O IR tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou

jurídica.

• Renda e provento de qualquer natureza significam sempre acréscimo patri-

monial.

• Incide o IR sobre as indenizações que acrescem o patrimônio.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 53: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

53 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

Questão 1 (FCC/TJ-PE/JUIZ SUBSTITUTO/2015) Determine se é Verdadeira (V)

ou Falsa (F) a seguinte assertiva.

No que tange ao cálculo do imposto de renda da pessoa física, não fere o princípio

da igualdade tributária a sujeição dos pagamentos recebidos acumuladamente ao

regime de caixa uma vez que todo indivíduo será igualmente tributado à medida

que perceba seus rendimentos, respeitando-se a efetiva disponibilidade econômica

da renda.

Questão 2 (MPE-MG/MPE-MG/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2012) Determine se é Ver-

dadeira (V) ou Falsa (F) a seguinte assertiva.

Com base nos princípios da capacidade contributiva, da modicidade tributária e do

não confisco, o Supremo Tribunal Federal vem autorizando, independentemente de

lei específica, a atualização monetária da tabela progressiva do imposto de renda e

das respectivas deduções.

Questão 3 (ESAF/ATRFB/2009) Entre outras limitações ao poder de tributar, que

possuem os entes políticos, temos a de cobrar tributos em relação a fatos geradores

ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.

Sobre essa limitação, analise os itens a seguir, classificando-os como verdadeiros

ou falsos. Depois, escolha a opção que seja adequada às suas respostas:

I – a irretroatividade da lei tributária vem preservar o passado da atribuição de

novos efeitos tributários, reforçando a própria garantia da legalidade, por-

quanto resulta na exigência de lei prévia, evidenciando-se como instrumento

de otimização da segurança jurídica ao prover uma maior certeza do direito;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 54: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

54 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

II – o Supremo Tribunal Federal tem como referência, para análise da irretroati-

vidade, o aspecto temporal da hipótese de incidência, ou seja, o momento

apontado pela lei como sendo aquele em que se deve considerar ocorrido o

fato gerador;

III – a mesma lei que rege o fato é também a única apta a reger os efeitos que ele

desencadeia, como a sujeição passiva, extensão da responsabilidade, base

de cálculo, alíquotas, deduções, compensações e correção monetária, por

exemplo;

IV – a lei instituidora ou majoradora de tributos tem de ser, como regra, prospec-

tiva; admite-se, porém, a sua retroatividade imprópria.

a) Todos os itens estão corretos.

b) Estão corretos apenas os itens I, II e III.

c) Estão corretos apenas os itens I, III e IV.

d) Estão corretos apenas os itens I, II e IV.

e) Estão corretos apenas os itens I e III.

Questão 4 (ESAF/AFRFB/2009) Sobre a exclusão do crédito tributário, assinale a

opção correta.

a) Nas modalidades de exclusão do crédito tributário, verifica-se a ocorrência do

fato gerador, a declaração da obrigação tributária e a constituição do crédito tribu-

tário, porém, não subsiste a obrigação de pagamento.

b) A isenção é causa de não incidência tributária.

c) A União, mediante lei complementar e atendendo a relevante interesse so-

cial ou econômico nacional, poderá conceder isenções de impostos estaduais e

municipais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 55: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

55 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

d) Segundo orientação do Supremo Tribunal Federal, a revogação de isenção não

se sujeita ao princípio da anterioridade, fazendo com que o tributo volte a ser ime-

diatamente exigível.

e) As isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, podem ser suprimi-

das por conveniência da Administração.

Questão 5 (ESAF/AFRFB/2014) Sobre o entendimento do STF acerca da vedação

da utilização, por parte da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, dos tribu-

tos com efeitos de confisco, pode-se afirmar que:

a) por veicular um conceito jurídico indeterminado, e não havendo diretriz objetiva

e genérica, aplicável a todas as circunstâncias, é permitido aos Tribunais que pro-

cedam à avaliação dos excessos eventualmente praticados pelo Estado, com apoio

no prudente critério do Juiz.

b) a chamada ‘multa moratória’, que tem por objetivo sancionar o contribuinte

que não cumpre suas obrigações tributárias, prestigiando a conduta daqueles que

pagam em dia seus tributos aos cofres públicos, não possui caráter confiscatório,

independentemente de seu importe.

c) o isolado aumento da alíquota do tributo em dez pontos percentuais é suficiente

para comprovar seu efeito de confisco.

d) não é cabível, em sede de controle normativo abstrato, a possibilidade de o Su-

premo Tribunal Federal examinar se determinado tributo ofende, ou não, o princípio

constitucional da não confiscatoriedade.

e) leis estaduais que estipulam margens mínima e máxima das custas, dos emo-

lumentos e da taxa judiciária e realizam uma disciplina progressiva das alíquotas

– somente sendo devido o pagamento dos valores elevados para as causas que

envolvam considerável vulto econômico – configuram ofensa ao princípio constitu-

cional do não confisco.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 56: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

56 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Questão 6 (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/PROFISSIONAL JÚNIOR/2014) Quando a

Constituição Federal estabelece que a União não pode tributar nem a renda das

obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nem

a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis supe-

riores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes, está sendo realizado

o princípio da

a) isonomia.

b) capacidade.

c) legalidade.

d) uniformidade.

e) proporcionalidade.

Questão 7 (ESAF/AFRFB/2009) Determine se é Verdadeira (V) ou Falsa (F) a se-

guinte assertiva.

De acordo com a Constituição Federal, o imposto sobre a renda e proventos de

qualquer natureza será informado pela generalidade, universalidade e progressi-

vidade, na forma da lei. Pode-se afirmar que o critério da progressividade decorre

dos princípios da igualdade e da capacidade contributiva, na medida em que contri-

buintes com maiores rendimentos sejam tributados de modo mais gravoso do que

aqueles com menores rendimentos.

Questão 8 (ESAF/CGU/ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE/2004) Determine se

é Verdadeira (V) ou Falsa (F) a seguinte assertiva.

Um sistema tributário é progressivo quando a participação dos impostos na renda

dos agentes diminui conforme a renda aumenta.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 57: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

57 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Questão 9 (CESPE/TRF – 5ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2013) Determine se é Verda-

deira (V) ou Falsa (F) a seguinte assertiva.

O CTN adota expressamente o princípio do non olet, cuja aplicação implica tributa-

ção do produto da atividade ilícita, bastando, para tanto, que a hipótese de incidên-

cia da obrigação tributária se realize no mundo dos fatos.

Questão 10 (PGE-MS/PGE-MS/PROCURADOR DO ESTADO/2014) Determine se é

Verdadeira (V) ou Falsa (F) a seguinte assertiva.

As normas gerais de direito tributário contidas no Código Tributário Nacional foram

votadas como lei ordinária (Lei n. 5.172/1966), de forma que, de acordo com o

sistema constitucional vigente, uma nova lei ordinária poderá revogar ou alterar

essas normas gerais.

Questão 11 (FCC/PGE-BA/ANALISTA DE PROCURADORIA/2013) O Imposto de

Renda de Pessoa Física

a) tem lançamento por declaração, na medida em que o Fisco só passa a exigir o

crédito tributário decorrente do imposto de renda após a apresentação, pelo con-

tribuinte, da Declaração de Ajuste Anual.

b) tem alíquota proporcional, pois as alíquotas vão aumentando gradativamente,

conforme vai aumentando a base de cálculo, que é a renda ou provento de qual-

quer natureza.

c) relativamente às rendas auferidas pelos servidores públicos estaduais e munici-

pais, é de competência do Estado e do Município, respectivamente.

d) pode ser instituído somente por lei complementar e não deve obediência à an-

terioridade anual e nonagesimal.

e) tem por fato gerador as rendas e proventos de qualquer natureza (acréscimos

patrimoniais líquidos) auferidos em determinado período de tempo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 58: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

58 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Questão 12 (CETRO/TJ-RJ/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGIS-

TROS/2012) É correto afirmar que o imposto de renda

a) se sujeita ao princípio da noventena.

b) possui função predominantemente extrafiscal.

c) tem o seu lançamento por declaração.

d) tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica so-

bre a renda e proventos de qualquer natureza.

e) incide sobre verbas de natureza indenizatória.

Questão 13 (ESAF/ATRFB/2012) Constitui rendimento para fins do Imposto sobre

a Renda, exceto,

a) todo o produto do capital.

b) o provento de qualquer natureza.

c) o acréscimo patrimonial não correspondente aos rendimentos declarados.

d) a pensão e os alimentos percebidos em mercadoria.

e) todo produto do trabalho.

Questão 14 (ESAF/ATRFB/2012) São contribuintes do Imposto de Renda da Pes-

soa Física

a) as pessoas físicas domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares de disponibili-

dade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza.

b) as pessoas físicas domiciliadas ou residentes no Brasil, e aquelas que mesmo

sem serem residentes no País, sejam titulares de disponibilidade econômica ou ju-

rídica de renda ou proventos de qualquer natureza percebidos no exterior.

c) as pessoas físicas brasileiras domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares de

disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 59: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

59 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

d) as pessoas físicas domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares de disponibili-

dade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza que per-

cebam os rendimentos somente de fontes situadas no País.

e) as pessoas físicas brasileiras domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares de

disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza,

que percebam rendimentos, independentemente da localização da fonte.

Questão 15 (FGV/CODESP-SP/ADVOGADO/2010) Os conceitos de disponibilidade

jurídica e de disponibilidade econômica de renda representam, respectivamente,

para fins de tributação pelo imposto de renda

a) a obtenção de qualquer direito de crédito e a faculdade de usar, gozar e dispor

de dinheiro ou de bens nele conversíveis, que ingressam no patrimônio do sujeito,

por ato ou fato gerador.

b) a utilização de direitos de crédito e a faculdade de dispor de pecúnia ou bens

conversíveis em pecúnia, que ingressam no patrimônio do sujeito passivo do fato

gerador respectivo.

c) a obtenção de direitos de crédito não sujeitos à condição suspensiva e a possibi-

lidade de usar, gozar ou dispor de dinheiro ou de coisas nele conversíveis, entradas

para o patrimônio do adquirente por ato ou fato gerador.

d) a percepção de rendimentos em moeda ou equivalente e a aquisição do uso,

gozo ou disposição sobre dinheiro ou seu equivalente, que ingressam para o patri-

mônio do contribuinte em virtude do fato imponível.

e) a disponibilidade presumida de direitos de crédito, não sujeitos à condição

suspensiva e a possibilidade de adquirir a posse de dinheiro ou seu equivalente,

que ingressam no patrimônio do adquirente, por ato ou fato gerador do tributo

respectivo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 60: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

60 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Questão 16 (ESAF/PGFN/2012) Sobre o Imposto sobre a Renda e Proventos de

qualquer Natureza, julgue os itens a seguir, para então assinalar a opção que cor-

responda às suas respostas.

I – Como renda deve-se entender a aquisição de disponibilidade de riqueza nova,

na forma de um acréscimo patrimonial, ao longo de um determinado período

de tempo.

II – Tanto a renda quanto os proventos de qualquer natureza pressupõem ações

que revelem mais-valias, isto é, incrementos na capacidade contributiva.

III – Limitações temporais ou quantitativas com relação às despesas e provisões

não necessariamente guardam estrita compatibilidade com a teoria do acrés-

cimo patrimonial e com a atividade do contribuinte.

IV – Embora haja diversas teorias que se destinem a delinear o conceito de ren-

da, em todas prevalece a ideia de que haja a necessidade de seu confronto

com o conjunto de desembolsos efetivados relativamente ao conjunto das

receitas.

V – Pode-se afirmar, a partir de alguns julgados do Supremo Tribunal Federal,

que o conceito legalista/fiscalista de renda, assim considerado aquilo que a

legislação do imposto de renda estabelecer que é, está ultrapassado.

Estão corretos apenas os itens:

a) II, IV e V.

b) I, II e III.

c) II, III, IV e V.

d) I, II, IV e V.

e) todos os itens estão corretos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 61: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

61 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Questão 17 (CESPE/TRF – 2ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2009) No que se refere ao

imposto incidente sobre a renda e proventos de qualquer natureza, assinale a op-

ção correta.

a) As verbas pagas quando da rescisão de contrato de trabalho sem justa causa

não estão sujeitas à sua incidência, por terem caráter indenizatório, o que não se

dá com a quantia que ultrapassar tais limites por liberalidade do empregador.

b) Não incide sobre o pagamento de horas extras, uma vez que se trata de verba

indenizatória.

c) O pagamento de férias não gozadas por necessidade de serviço não é produto

de capital, do trabalho ou de combinação de ambos, mas representa acréscimo de

capital e sujeita-se à incidência do tributo.

d) O rateio do patrimônio entre os associados, no caso de liquidação de entidade

imune, serve de base de cálculo para incidência desse imposto.

e) As verbas recebidas em caráter indenizatório não são passíveis de tributação,

o que não ocorre com os juros incidentes sobre elas.

Questão 18 (CESPE/TRF – 5ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2013) Determine se é Ver-

dadeira (V) ou Falsa (F) a seguinte assertiva:

Incide IR sobre a indenização por danos morais.

Questão 19 (TRF – 4ª REGIÃO/TRF – 4ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL SUBSTITU-

TO/2014) Determine se é Verdadeira (V) ou Falsa (F) a seguinte assertiva.

A base de cálculo do imposto sobre a renda e os proventos de qualquer na-

tureza é o montante real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos

tributáveis.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 62: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

62 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Questão 20 (CESPE/MPU/ANALISTA – FINANÇAS E CONTROLE/2013) Determine

se é Verdadeira (V) ou Falsa (F) a seguinte assertiva.

Nos rendimentos pagos a terceiros pela entidade, esta atua como responsável pela

retenção do imposto de renda e, nessa condição, o tributo não representa despesa,

devendo ser contabilizado como obrigação até o respectivo recolhimento.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 63: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

63 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

QUESTÕES DE CONCURSO

Questão 21 (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/PROFISSIONAL/2014) Nos termos da legis-

lação tributária, a fonte pagadora, no Imposto de Renda Retido na Fonte (IRPF),

atua como

a) parte jurídica.

b) sujeito passivo.

c) titular econômico.

d) substituto financeiro.

e) responsável tributário.

Questão 22 (CETRO/TJ-RJ/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGIS-

TROS/2012) Sobre o Imposto de Renda, analise as assertivas a seguir.

I – Aos acréscimos patrimoniais decorrentes de atividade criminosa não incide o

imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza.

II – A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a

condição de responsável pelo imposto cuja retenção e cujo recolhimento lhe

caibam.

III – A formulação de declaração pelo contribuinte é obrigação principal, ou seja,

o seu lançamento.

É correto o que se afirma em:

a) I, apenas.

b) II, apenas.

c) III, apenas.

d) I, II e III.

e) I e III, apenas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 64: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

64 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Questão 23 (LEGALLE CONCURSOS/FISCAL TRIBUTÁRIO/2016) Qual é base de

cálculo do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza?

a) A base de cálculo do imposto é o montante real de quaisquer proventos.

b) A base de cálculo do imposto é somente o montante da renda de quaisquer

proventos.

c) A base de cálculo do imposto é a divisão real dos proventos tributáveis.

d) A base de cálculo do imposto é a renda somente.

e) A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da

renda ou dos proventos tributáveis.

Questão 24 (IMA/PREFEITURA DE PARAIBANO/PROCURADOR/2014) Determine

se é Verdadeira (V) ou Falsa (F) a seguinte assertiva.

O imposto de renda é o imposto de competência dos estados que possui a base

de cálculo no montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos

tributáveis.

Questão 25 (IESES/TJ-MA/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E REGISTROS/2011)

Determine se é Verdadeira (V) ou Falsa (F) a seguinte assertiva.

A base de cálculo do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza é o

montante, real ou arbitrado da renda ou dos proventos tributáveis, excluída a pos-

sibilidade de eleição do lucro presumido como base de cálculo do imposto.

Questão 26 (CEPERJ/SEFAZ-RJ/OFICIAL DE FAZENDA/2010) A respeito do impos-

to de renda e proventos de qualquer natureza, é correto afirmar que:

a) Apresenta alíquota proporcional para a pessoa física e progressiva para a pes-

soa jurídica.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 65: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

65 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

b) A base de cálculo é o montante real, arbitrado ou presumido, da renda e do

provento de qualquer natureza.

c) A majoração do imposto observa o princípio da anterioridade nonagesimal.

d) A legislação vigente do imposto sobre a renda de pessoa física consigna três

alíquotas.

e) As verbas indenizatórias, como o aviso prévio, sujeitam-se a esse imposto.

Questão 27 (VUNESP/SPTRANS/ANALISTA/2012) Segundo o CTN, a base de cál-

culo do imposto de renda da pessoa jurídica corresponde ao montante da renda e

dos proventos tributáveis. Neste caso, deixa de prever o referido Código, a base de

cálculo na forma de lucro

a) arbitrado.

b) real.

c) presumido.

d) líquido.

e) transformado.

Questão 28 (FCC/TCE-MG/AUDITOR/2005) A progressividade é uma técnica im-

positiva que, em nosso país, pode ser utilizada

a) em todos os tributos do nosso sistema tributário.

b) nos impostos federais e municipais.

c) nos impostos que incidem sobre a renda e sobre o patrimônio imobiliário.

d) nos impostos que incidem sobre a circulação de riquezas.

e) em todos os impostos que incidem sobre o consumo.

Questão 29 (CESGRANRIO/PETROBRAS/CONTADOR/2010) Os princípios constitu-

cionais tributários prevalecem sobre as demais normas tributárias. No campo do

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 66: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

66 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Imposto de Renda, atendidos tais princípios constitucionais, o critério básico que

tem por objetivo aplicar a justiça tributária é o princípio da

a) progressividade.

b) generalidade.

c) legalidade.

d) autenticidade.

e) universalidade.

Questão 30 (MPE-PR/MPE-PR/PROMOTOR SUBSTITUTO/2016) Determine se é

Verdadeira (V) ou Falsa (F) a seguinte assertiva:

É vedado à União tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos res-

pectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações

e para seus agentes, assim como instituir isenções de tributos de competência dos

Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.

Questão 31 (FACIPA/CÂMARA DE CAMBARÁ-PR/PROCURADOR JURÍDICO/2016)

Determine se é Verdadeira (V) ou Falsa (F) a seguinte assertiva:

Para o direito tributário, não existe relevância se a situação que teve como con-

sequência a ocorrência do fato gerador configure ato ilícito, mesmo que criminal,

segundo o Princípio do pecunia non olet.

Questão 32 (PUC-PR/TJ-RO/JUIZ/2011) Determine se é Verdadeira (V) ou Falsa

(F) a seguinte assertiva.

O Código Tributário Nacional foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988

como lei complementar, porque sua natureza era, antes dela, de lei ordinária.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 67: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

67 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Questão 33 (CESPE/TRF – 5ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2013) Determine se é Ver-

dadeira (V) ou Falsa (F) a seguinte assertiva:

Configura-se o caráter confiscatório de determinado tributo sempre que o efeito

cumulativo, resultante das múltiplas incidências tributárias estabelecidas pela mes-

ma entidade estatal, afetar, substancialmente e de maneira irrazoável, o patrimô-

nio ou os rendimentos do contribuinte.

Questão 34 (CESGRANRIO/BNDES/PROFISSIONAL BÁSICO/2009) Considere os

seguintes critérios básicos:

I – generalidade;

II – individualidade;

III – cumulatividade;

IV – progressividade;

V – universalidade.

O Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, uma vez atendidos os princípios cons-

titucionais tributários, deve também atender aos critérios

a) I, II e III, apenas.

b) I, IV e V, apenas.

c) II, III e IV, apenas.

d) II, IV e V, apenas.

e) III, IV e V, apenas.

Questão 35 (FEPESE/JUCESCP/ADVOGADO/2013) Assinale a alternativa correta

em matéria de Direito Tributário. Qual dos tributos descritos a seguir não obedece

ao princípio da anterioridade mínima nonagesimal?

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 68: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

68 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

a) Imposto de renda.

b) Imposto sobre serviço.

c) Imposto sobre produtos industrializados.

d) Contribuição social.

e) CIDE combustível.

Questão 36 (CESGRANRIO/PETROBRAS/CONTADOR/2010) Os princípios constitu-

cionais tributários prevalecem sobre as demais normas tributárias. No campo do

Imposto de Renda, atendidos tais princípios constitucionais, o critério básico que

tem por objetivo aplicar a justiça tributária é o princípio da

a) progressividade.

b) generalidade.

c) legalidade.

d) autenticidade.

e) universalidade.

Questão 37 (CESGRANRIO/PETROBRAS/CONTADOR/2011) O Decreto n. 3.000/99,

conhecido na prática por RIR/99, estabelece, em seu art. 1º, que: “O Imposto so-

bre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza será cobrado e fiscalizado de con-

formidade com o disposto neste Decreto.”

Ao contemplar a cobrança do Imposto Renda sobre toda e qualquer forma de renda

e provento, nos limites da Lei, o artigo está contemplando o critério da

a) anterioridade.

b) capacidade contributiva.

c) generalidade.

d) legalidade.

e) universalidade.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 69: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

69 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Questão 38 (CETRO/TJ-RJ/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGIS-

TROS/2012) Sobre o Imposto de Renda, analise as assertivas a seguir.

I – Aos acréscimos patrimoniais decorrentes de atividade criminosa não incide o

imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza.

II – A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a

condição de responsável pelo imposto cuja retenção e cujo recolhimento lhe

caibam.

III – A formulação de declaração pelo contribuinte é obrigação principal, ou seja,

o seu lançamento.

É correto o que se afirma em

a) I, apenas.

b) II, apenas.

c) III, apenas.

d) I, II e III.

e) I e III, apenas.

Questão 39 (CESPE/BACEN/PROCURADOR/2013) Considere que a União pretenda

instituir a cobrança de imposto de renda no percentual de 20% sobre os rendimen-

tos auferidos com títulos da dívida pública de determinado estado. Nessa situação

hipotética, a referida cobrança

a) é possível, caso a União institua idêntica alíquota sobre os rendimentos auferi-

dos em títulos públicos da dívida pública federal.

b) é inconstitucional, visto que o estado não pode sofrer cobrança de outro ente

da Federação.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 70: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

70 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

c) tem amparo legal, dado o princípio da uniformidade.

d) é ilegal, por violar o princípio da imunidade recíproca.

e) é vedada à União, pois corresponde à aplicação em títulos da dívida estadual.

Questão 40 (CESPE/TJ-ES/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS)

O imposto incidente sobre a renda e proventos de qualquer natureza.

a) deve ser instituído pela União e, subsidiariamente, pelos estados.

b) é tipicamente regressivo.

c) deve ser informado pelos critérios da não cumulatividade, universalidade e da

progressividade.

d) tem caráter real.

e) deve ser informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da pro-

gressividade.

Questão 41 (VUNESP/FUNDAÇÃO CASA/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2013)

Segundo o Código Tributário Nacional (CTN), o fato gerador do Imposto de Ren-

da é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica

a) de renda produzida por trabalho empresarial.

b) de renda produzida por trabalho individual.

c) decorrente da venda de bens ou serviços.

d) de renda e de proventos de qualquer natureza.

e) decorrente do Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR).

Questão 42 (FGV/INEAA-RJ/ADMINISTRADOR/2013) Leia o fragmento a seguir:

“As pessoas físicas domiciliadas ou residentes no _____, titulares de disponibi-

lidade _____ ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza, inclusive

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 71: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

71 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

rendimentos e ganhos de capital, são contribuintes do _____, sem distinção da

nacionalidade, sexo, idade, estado civil ou profissão”.

Assinale a alternativa cujos itens completam corretamente as lacunas do fragmento

apresentado.

a) exterior – econômica – imposto sobre importação.

b) Brasil – orçamentária – imposto sobre exportação.

c) exterior – financeira – imposto de renda.

d) Brasil – econômica – imposto de renda.

e) exterior – orçamentária – imposto sobre importação.

Questão 43 (TJ-RS/TJ-RS/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E REGISTROS/2013)

Assinale a alternativa correta.

a) O Imposto de Renda decorre da disponibilidade jurídica ou econômica de renda

ou provento de qualquer natureza, pelo sujeito passivo.

b) A base de cálculo do Imposto de Renda é o total das rendas ou proventos de

qualquer natureza auferidos no período, não sendo permitidas deduções

c) Apenas as rendas de capital ensejam a incidência do Imposto de Renda.

d) É vedada a utilização de alíquotas progressivas no Imposto de Renda.

Questão 44 (FAURGS/TJ-RS/ADVOGADO/2015) No que se refere ao imposto so-

bre a renda e proventos de qualquer natureza, assinale a alternativa que contém

afirmação correta.

a) Sobre o valor recebido por pessoa física de seu empregador a título de auxilio

pré-escolar (ou auxílio-creche) para os seus filhos e dependentes, desde o nasci-

mento até 5 (cinco) anos de idade, incide imposto sobre a renda e proventos de

qualquer natureza.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 72: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

72 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

b) Os juros incidentes na devolução dos depósitos judiciais possuem natureza re-

muneratória e não escapam à tributação pelo imposto sobre a renda e proventos

de qualquer natureza da pessoa jurídica.

c) O princípio da progressividade do imposto sobre a renda e proventos de qual-

quer natureza determina que esse tributo deve incidir sobre todas as exterioriza-

ções de riqueza.

d) Segundo o Código Tributário Nacional (CTN), renda é apenas o produto do tra-

balho, os demais casos de incidência enquadram-se em proventos de qualquer

natureza.

Questão 45 (ESAF/AFRFB/2005) Para os efeitos do imposto de renda, o _________

percebido na alienação de bens imóveis considerasse _________ Já a importância

paga a título de aluguel, remetida, creditada, empregada ou entregue ao contri-

buinte, produzido por bens imóveis é denominada _________. Um(a) _________,

na linguagem tributária, é o valor percebido independentemente de ser produzido

pelo capital ou o trabalho do contribuinte.

a) rendimento....rendimento de capital....ganho imobiliário....sinecura

b) provento....rendimento imobiliário....provento predial....provento

c) rendimento....rendimento de capital....ganho imobiliário....prebenda

d) ganho....ganho de capital....rendimento de capital....sinecura

e) ganho....ganho de capital....rendimento de capital....provento

Questão 46 (CESPE/TRF – 1ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL) João, contribuinte do impos-

to de renda da pessoa física, recebe mensalmente um salário de R$ 5.000,00 e uma

renda de aluguel de R$ 2.000,00, relativa a um apartamento urbano de sua pro-

priedade e cujo inquilino é contratualmente responsável pelo pagamento mensal do

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 73: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

73 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

condomínio, no valor de R$ 500,00. João, por sua vez, reside em uma casa que não

lhe pertence, pela qual paga aluguel mensal no valor de R$ 2.000,00, sem incidência

de taxa condominial.

Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta.

a) Se o locatário entregar ao locador, mensalmente, o valor do condomínio, e o

locador promover o pagamento, essa prática implicará elevação da base de cálculo

mensal do imposto de renda do locador em R$ 500,00.

b) A dedução mensal determinada em lei para efeito do cálculo do imposto de

renda mensal da pessoa física deve ser efetuada sobre o salário, para o cálculo do

imposto retido na fonte, e, igualmente, sobre a renda de aluguel.

c) Não há qualquer imposto de renda mensal a ser pago por João sobre o aluguel

recebido, pois o valor que João recebe mensalmente é igual ao valor que ele paga

de aluguel.

d) João deve pagar mensalmente imposto de renda apenas sobre os R$ 500,00 de

condomínio que o inquilino paga, pois esse é o saldo positivo entre a receita e a

despesa mensal com habitação.

e) Para pagar o imposto de renda adicional, João deve levar em consideração ape-

nas a renda de R$ 2.000,00 relativa ao aluguel, não importando o quanto o inqui-

lino pague de condomínio.

Questão 47 (ESAF/AFRFB/2014) Considere a situação hipotética narrada:

“Em decorrência de condenação transitada em julgado em seu favor, em 2012, pela

Justiça Federal, Maria Lúcia recebeu, em 2013, quantia relativa ao pagamento de pen-

sões que deveria ter recebido durante os meses de junho de 2008 a julho de 2011”.

De acordo com a legislação tributária, assinale a opção correta.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 74: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

74 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

a) Maria Lúcia deve ter sofrido retenção relativa ao Imposto de Renda incidente

sobre essa quantia, mediante aplicação da alíquota vigente no mês de pagamento e

correspondente à faixa equivalente ao total recebido, dividido pelo número de me-

ses em atraso, acrescendo-se atualização monetária contada de cada competência

vencida até o dia do pagamento, respeitadas as faixas de isenção.

b) Maria Lúcia deve declarar esse rendimento na sua Declaração de Ajuste Anual

em 2014, momento a partir do qual o tributo se torna exigível, mantido seu direito

adquirido a pagar o Imposto de Renda incidente sobre essa quantia proporcionali-

zado entre os anos de 2014 a 2017, de modo a compensá-la pelo atraso no rece-

bimento da verba devida desde 2008.

c) Maria Lúcia não está obrigada a pagar Imposto de Renda sobre essa quantia,

por se tratar de verba com natureza indenizatória e, portanto, não tributável.

d) Maria Lúcia deve ter sofrido retenção do Imposto de Renda no momento do

recebimento dessa quantia, calculado mediante utilização de tabela progressiva,

resultante da multiplicação da quantidade de meses relativos à pensão em atraso

pelos valores constantes da tabela progressiva mensal correspondente ao mês de

recebimento.

e) Maria Lúcia não está obrigada a pagar Imposto de Renda sobre a parte dessa

quantia que corresponder à pensão que deveria ter recebido no ano de 2008, por-

que sobre ela ocorreu a decadência do direito da União.

Questão 48 (ESAF/AFRFB/2014) Considere a situação hipotética narrada:

“Pablo é brasileiro e vive no exterior há alguns anos, em país que tributa a renda

da pessoa física em percentual muito superior à tributação brasileira. Pablo mantém

fortes laços como Brasil, para onde envia, mensalmente, os produtos artesanais por

ele desenvolvidos, recebendo justa contraprestação da Jeremias Artesanato Mundial

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 75: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

75 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Ltda., revendedora exclusiva de sua produção, com sede no município de Salvador.

Além disso, Pablo possui imóvel na cidade de Manaus, em razão do qual recebe alu-

guéis mensais, e presta serviços de consultoria para Matias Turismo Pantanal Ltda.,

empresa sediada no município de Campo Grande. Ano passado, os pais de Pablo

faleceram, deixando joias e imóveis no Rio de Janeiro, tudo vendido pela sua irmã,

Paola, que, em acordo como irmão, enviou-lhe a metade da herança que lhe cabia”.

De acordo com a legislação tributária em vigor, assinale a opção correta.

a) Desde que Pablo tenha quitado os tributos devidos até a data de sua saída de-

finitiva do Brasil, deve receber todos os rendimentos acima descritos livres de Im-

posto de Renda, já que não é domiciliado nem residente no Brasil.

b) Independentemente de ser ou não domiciliado ou residente no Brasil, Pablo está

obrigado ao Imposto de Renda no Brasil tanto quanto e tal como aqueles cidadãos que

aqui residem, por ser brasileiro e porque está auferindo riqueza produzida no Brasil.

c) Os valores enviados por Jeremias Artesanato Mundial Ltda., em razão da venda

do artesanato, assim como os valores dos aluguéis e aqueles decorrentes da presta-

ção de serviços à Matias Turismo Pantanal S.A., que forem remetidos a Pablo no ex-

terior, devem sofrer incidência do Imposto de Renda na fonte, ficando a remessa do

quinhão da herança pertencente a Pablo dispensada do recolhimento desse tributo.

d) Os rendimentos acima descritos que tiverem sido recebidos por Pablo após re-

querimento e saída definitiva e regular do País ficam todos sujeitos à tributação

exclusiva na fonte a título de Imposto de Renda Pessoa Física.

e) e) Deve ser retido pelas fontes o valor correspondente ao Imposto de Renda

incidente sobre a herança e sobre os aluguéis, ficando os valores enviados por Je-

remias Artesanato Mundial Ltda., em razão da venda do artesanato, e os enviados

em razão dos serviços prestados à Matias Turismo Pantanal S.A., livres de Imposto

de Renda no Brasil por não consubstanciarem rendimento de trabalho realizado

neste País.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 76: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

76 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

Questão 49 (CESGRANRIO/PETROBRAS/TÉCNICO DE CONTABILIDADE/2011)

“A aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica da renda ou proventos de

qualquer natureza”, sob o enfoque do imposto de renda, caracteriza o conceito de

a) alíquota.

b) base de cálculo.

c) fato gerador.

d) forma de incidência.

e) período de incidência.

Questão 50 (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS) O Imposto de Renda, conforme

previsão constitucional (artigo 153, § 2º), deverá ser norteado pelos critérios da

generalidade, universalidade e progressividade. Com fundamento nos aludidos cri-

térios, analise as seguintes afirmativas:

I – A tributação, pelo Imposto de Renda, da pessoa física e jurídica residente no

Brasil poderá recair sobre fatos econômicos concretizados no exterior.

II – Os não-residentes (pessoas físicas ou jurídicas) no Brasil são tributados pelo

Imposto de Renda em bases universais (renda global).

III – A tributação de fatos econômicos originados em outro país somente será ju-

ridicamente viável se houver acordo de bitributação (Tratado Internacional

Bilateral em Matéria de Imposto de Renda), pois seria ilegal a incidência de

um tributo brasileiro sobre fato ocorrido em território estrangeiro, sob pena

de violação de soberania deste país.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 77: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

77 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

c) se somente a afirmativa III estiver correta.

d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 78: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

78 de 80www.grancursosonline.com.br

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Prof. ª Paula Gonçalves

GABARITO

Não se esqueça de avaliar esta aula. Sua opinião é muito importante para melhorarmos ainda mais

nossos materiais. Esperamos que tenha gostado desta aula!

Para avaliar, basta clicar em Ler a aula e, depois, em Avaliar Aula (canto superior direito da tela).

1. Falsa

2. Falsa

3. b

4. d

5. a

6. a

7. Verdadeira

8. Falsa

9. Verdadeira

10. Falsa

11. e

12. d

13. d

14. a

15. c

16. d

17. a

18. Falsa

19. Verdadeira

20. Verdadeira

21. e

22. b

23. e

24. Falso

25. Falso

26. b

27. d

28. c

29. a

30. Verdadeiro

31. Verdadeiro

32. Falso

33. Verdadeiro

34. b

35. a

36. a

37. c

38. b

39. a

40. d

41. d

42. d

43. a

44. b

45. e

46. e

47. d

48. d

49. c

50. a

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 79: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

79 de 80www.grancursosonline.com.brwww.grancursosonline.com.br

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Page 80: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Portal Gran Cursos Online

80 de 80www.grancursosonline.com.brwww.grancursosonline.com.br

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.