aula 01 legislação tributária

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Legislação Tributária para AFRFB-2015 Curso de Teoria e Questões Comentadas Prof. Fábio Dutra- Aula 01 Estratégia C O N C U R S O S ^ AULA 01: Imposto sobre Produtos Industrializados (Parte II) SUMÁRIO PÁGINA Observações sobre a Aula 01 Tópicos do Edital a serem Abordados na Aula 02 Contribuintes 03 Responsabilidade Tributária 22 Domicílio Tributário 41 Lista das Questões Comentadas em Aula 45 Gabarito das Questões Comentadas em Aula 50 Observações sobre a Aula Olá, amigo concurseiro! Tudo bem? Hoje, daremos continuidade ao nosso estudo sobre o IPI. Há muitos detalhes a serem decorados, e isso se torna um grande desafio tanto para você quanto para mim! Eu assumo o compromisso de facilitar ao máximo a sua compreensão e memorização, e você mantém o foco total, fazendo revisões e resolvendo questões! No final, tudo dará certo! Um detalhe que eu gostaria de alertá-lo diz respeito ao número de questões das nossas aulas. No curso de Direito Tributário, se você é meu aluno, sabe que comentamos muitas questões, girando em torno de 70-90 por aula! No entanto, a situação não se repete aqui. O motivo é porque a Legislação Tributária Federal somente é cobrada nos concursos da Receita Federal e, além disso, a disciplina só retornou aos editais dos concursos da RFB no ano de 2012. Isso torna muito escasso o número de questões a serem comentadas. A saída que encontramos é focar em questões inéditas. Em todas as aulas, creio eu, teremos algumas questões inéditas, no mesmo estilo como a ESAF gosta de abordar em suas provas. Tudo bem? Chega de papo! Abra o seu RIPI, concentre-se, e vamos começar! Prof. Fábio Dutra www. estrategiaconcursos. com. br Página 1 de 50 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM

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AULA 01: Imposto sobre Produtos Industrializados(Parte II)

SUMÁRIO PÁGINAObservações sobre a Aula 01Tópicos do Edital a serem Abordados na Aula 02Contribuintes 03Responsabilidade Tributária 22Domicílio Tributário 41Lista das Questões Comentadas em Aula 45Gabarito das Questões Comentadas em Aula 50

Observações sobre a Aula

Olá, amigo concurseiro! Tudo bem?

Hoje, daremos continuidade ao nosso estudo sobre o IPI. Há muitos detalhes a serem decorados, e isso se torna um grande desafio tanto para você quanto para mim!

Eu assumo o compromisso de facilitar ao máximo a sua compreensão e memorização, e você mantém o foco total, fazendo revisões e resolvendo questões! No final, tudo dará certo!

Um detalhe que eu gostaria de alertá-lo diz respeito ao número de questões das nossas aulas. No curso de Direito Tributário, se você é meu aluno, sabe que comentamos muitas questões, girando em torno de 70-90 por aula!

No entanto, a situação não se repete aqui. O motivo é porque a Legislação Tributária Federal somente é cobrada nos concursos da Receita Federal e, além disso, a disciplina só retornou aos editais dos concursos da RFB no ano de 2012. Isso torna muito escasso o número de questões a serem comentadas.

A saída que encontramos é focar em questões inéditas. Em todas as aulas, creio eu, teremos algumas questões inéditas, no mesmo estilo como a ESAF gosta de abordar em suas provas. Tudo bem?

Chega de papo! Abra o seu RIPI, concentre-se, e vamos começar!

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Na aula de hoje, abordaremos, por meio de questões, os seguintes tópicos do edital:

2.6. Contribuintes. 2.7. Responsáveis. 2.8. Estabelecimentos Industriais e equiparados. 2.9. Domicílio.

O que já foi visto neste curso sobre o IPI:

2. Imposto sobre Produtos Industrializados. 2.2. Incidência. 2.3. Industrialização. Conceito. 2.4. Características e modalidades de industrialização. 2.5. Exclusões. 2.16. Redução e majoração do imposto. 2.21. Classificação de produtos.

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1 - CONTRIBUINTES

0 contribuinte é também denominado sujeito passivo direto, ou seja, a pessoa que tem relação pessoa e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador da obrigação tributária.

No caso do IPI, o RIPI previu como contribuintes as seguintes pessoas:

Art. 24. São obrigados ao pagamento do imposto como contribuinte:

1 - o importador, em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira;

II - o industrial, em relação ao fato gerador decorrente da saída de produto que industrializar em seu estabelecimento, bem como quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar;

III - o estabelecimento equiparado a industrial, quanto ao fato gerador relativo aos produtos que dele saírem, bem como quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar; e

IV - os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a pessoas que não sejam empresas Jornalísticas ou editoras, o papel destinado à impressão de livros, Jornais e periódicos, quando alcançado pela imunidade prevista no inciso I do art. 18.

Imagino que muitas dúvidas tenham surgido neste momento. Estou certo? Vamos estudar cada contribuinte separadamente!

Entretanto, não podemos nos aprofundar sem, antes, conhecer o princípio da autonomia dos estabelecimentos:

Art. 24 - (...):

Parágrafo único. Considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial ou comerciante, em relação a cada fato gerador que decorra de ato que praticar.

Isso significa que os diversos estabelecimentos de uma mesma pessoa jurídica são autônomos, possuindo domicílio fiscal próprio, e devendo cumprir obrigações acessórias - como escrituração de livros fiscais, por exemplo - independentemente dos demais.

Nessa esteira, quando uma fábrica remete seus produtos para beneficiamento em outro estabelecimento, ainda que pertencente à mesma

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pessoa jurídica, ocorre o fato gerador do IPI, tendo em vista o princípio da autonomia dos estabelecimentos.

Observação: No caso citado, embora ocorra o fato gerador, na prática não há pagamento de imposto, pois o contribuinte pode se valer do instituto da suspensão, a ser estudado em momento específico.

1.1 - Importador

O importador é tanto a pessoa física como a pessoa jurídica quepromove a entrada de mercadorias estrangeiras no território nacional. É quem registra a Declaração de Importação (DI), promovendo o desembaraço aduaneiro, sendo este o fato gerador do IPI, como se verá em momento apropriado.

Não há necessidade de haver operação de industrialização neste caso, bastando que os produtos importados sejam industrializados.

Cabe destacar que o entendimento do STJ é o de que não há incidência de IPI, quando houver importação de veículo por pessoa física para uso próprio:

TRIBUTÁRIO. ACÓRDÃO COM FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL. MODIFICAÇÃO. COMPETÊNCIA DO STF. IMPORTAÇÃO DE VEÍCULO POR PESSOA FÍSICA PARA USO PRÓPRIO. NÃO INCIDÊNCIA DE IPI.PRECEDENTES. SÚMULA 83/STJ.

1. É firme a orientação no sentido de que não incide IPI sobre a importação de veículo por pessoa física, para uso próprio, haja vista que o fato gerador constitui operação de natureza mercantil ou assemelhada.

(AgRg no AREsp 357.532/RS, Segunda Turma, Rel. Min. Humberto Martins, Julgamento em 10/09/2013)

Um detalhe bastante interessante é o fato de o importador praticar dois fatos geradores. O primeiro ocorre com o desembaraço aduaneiro, ao promover a entrada dos produtos industrializados estrangeiros no território nacional. O segundo fato gerador ocorre quando esses produtos saírem do estabelecimento do importador, que, neste caso, será um estabelecimento equiparado a industrial.

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Observação: Guarde a sua dúvida para as próximas páginas, pois tudo isso será explicado de forma mais detalhada, quando estudarmos os estabelecimentos equiparados a industriais. Ok? Por hora, apenas tenha em mente que o importador pratica dois fatos geradores.

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prova!

INÉDITA/2014Somente o importador pessoa jurídica contribui com o IPI, ao promover o desembaraço aduaneiro.Comentário: Seja pessoa física ou jurídica, odesembaraço aduaneiro constitui fato gerador do IPI, sendo o importador o contribuinte.Gabarito: Errada

1.2 - Pessoas que descumprem a condição de utilização do papel imune

Nós aprendemos na aula anterior que a imunidade dos livros, por exemplo, é absoluta, ou seja, sendo livro, há imunidade do IPI. No entanto, no que se refere ao papel, este só estará imune se for utilizado na impressão dos livros, jornais ou periódicos. Há, portanto, uma condição.

Nessa linha, se o papel é utilizado na impressão dos livros, jornais ou periódicos, não há qualquer incidência de IPI sobre ele. Contudo, se houver descumprimento da referida condição, incide o IPI. Havendo incidência, deve existir um sujeito passivo, na condição de contribuinte, para arcar com o tributo. São eles:

• A empresa que tinha por finalidade a impressão de livro, jornal ou periódico, mas que acabou utilizando o papel para outros fins;

• A empresa fabricante, importadora ou distribuidora do papel imune quando o remete a outra empresa que não seja jornalística ou editora.

Observe que, se a empresa fab ricante, importadora ou distribuidora do papel o encaminha para uma empresa jornalística, por exemplo, com a finalidade de que seja utilizado para impressão de livro, jornal ou periódico, ela cumpriu o seu papel. Portanto, se posteriormente o papel tiver outra finalidade, quem se torna contribuinte é o adquirente.

Diferentemente, caso a fabricante, importadora ou distribuidora remeta o papel imune para uma empresa que não seja jornalística ou editora,é aquela (quem fez a remessa) que se torna contribuinte do IPI.

1.3 - Estabelecimentos Industriais

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O que vem a ser um estabelecimento industrial, colega concurseiro? Ora, estabelecimento industrial é quem executa alguma operação de industrialização.

Nesse sentido, o art. 8° do RIPI dispõe o seguinte:

Art. 8° - Estabelecimento industrial é o que executa qualquer das operações referidas no art. 4° (operações de industrialização), de que resulte produto tributado, ainda que de alíquota zero ou isento.

Lembre-se de que estão dentro do campo de incidência do IPI os produtos tributados, ainda que de alíquota zero ou isentos.

Portanto, fazendo uma associação aos conceitos vistos na aula passada, podemos dizer que é estabelecimento industrial aquele que executa operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo, tal como a transformação, o beneficiamento, a montagem, o acondicionamento ou reacondicionamento e a renovação ou recondicionamento (RIPI, art. 4°).

Ademais, podemos dizer que também é considerado estabelecimento industrial o que execute operações de industrialização, ainda que estas sejam incompletas, parciais ou intermediárias (RIPI, art. 3°).

Para fins de prova, é importante que nos cerquemos de todos os conceitos e definições estabelecidos pelo RIPI, dado o apego da ESAF à literalidade da legislação tributária. Nesse rumo, o RIPI estabeleceu que as expressões "fábrica" e "fabricante" são equivalentes a estabelecimento industrial. Mas o que vem a ser "estabelecimento"?

A expressão "estabelecimento", em sua delimitação, diz respeito ao prédio em que são exercidas atividades geradoras de obrigações, nele compreendidos, unicamente, as dependências internas, galpões e áreas contínuas muradas, cercadas ou por outra forma isoladas, em que sejam, normalmente, executadas operações industriais, comerciais ou de outra natureza.

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1.3 - Conceitos essenciais para o estudo dos estabelecimentos equiparados a industrial

Antes de iniciarmos o estudo dos estabelecimentos equiparados a industrial, um dos temas mais importantes e detalhados da aula de hoje, vamos nos preparar para isso, ou seja, aprender alguns conceitos básicos.

Faz-se necessário conhecer as definições dadas pelo RIPI dos estabelecimentos atacadistas e varejistas:

São atacadistas os estabelecimentos que efetuarem vendas:

• De bens de produção, exceto a particulares em quantidade que não exceda a normalmente destinada ao seu próprio uso;

• De bens de consumo, em quantidade superior àquela normalmente destinada a uso próprio do adquirente; e

• A revendedores;

São varejistas os estabelecimentos que efetuarem vendas:

• Diretas a consumidor, ainda que realize vendas por atacado esporadicamente, considerando-se esporádicas as vendas por atacado quando, no mesmo semestre civil, o seu valor não exceder a vinte por cento do total das vendas realizadas.

Vamos entender melhor tudo isso!

Nem sempre quem comercializa bens de produção é considerado atacadista. É o caso do estabelecimento que comercializa tais bens a particulares em quantidade que não exceda a normalmente destinada ao uso próprio.

Semelhantemente, nem sempre quem comercializa bens de consumo é considerado varejista, pois se a comercialização for feita em quantidade superior àquela normalmente destinada ao uso próprio do adquirente, configura-se típica operação de estabelecimento atacadista.

Observação: Se você ficou em dúvida do que vem a ser "bens de produção", saiba que o RIPI trouxe a definição.

Consideram-se bens de produção (RIPI, art. 610):• As matérias-primas;• Os produtos intermediários, inclusive os que, embora não integrando o

produto final, sejam consumidos ou utilizados no processo industrial;• Os produtos destinados a embalagem e acondicionamento;• As ferramentas, empregadas no processo industrial, exceto as manuais; e• As máquinas, instrumentos, aparelhos e equipamentos, inclusive suas

peças, partes e outros componentes, que se destinem a emprego no

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processo industrial.

Dando continuidade, se o estabelecimento varejista realizar vendas por atacado, isso não o descaracteriza da condição de varejista, desde que as vendas sejam feitas esporadicamente. E o que isso quer dizer? Do total de vendas realizadas no semestre, no máximo 20% pode ser feito por atacado. Se as vendas por atacado excederem tal limite, configura-se estabelecimento atacadista.

O mais importante desse tópico é saber que tanto o atacadista como o varejista podem figurar como estabelecimento equiparado a industrial!

1.4 - Estabelecimentos Equiparados a Industrial

Nós já vimos o conceito de operação industrial. Também estudamos que o estabelecimento industrial é o que executa qualquer das operações definidas como sendo industrialização. E o que equiparado a industrial?

Se o estabelecimento industrial executa operações de industrialização, obviamente o equiparado a industrial não as executa, pois, nesse caso, seria industrial e não apenas equiparado a ele.

"Quer dizer que mesmo não executando operação de industrialização o equiparado a industrial é contribuinte do IPI"? Sim, e isso você deve ter na "ponta da língua". Ademais, o fato de se tornar contribuinte faz com que o estabelecimento fique obrigado ao cumprimento das obrigações tributárias, sejam elas acessórias ou principais.

Ademais, fique atento, pois a equiparação a industrial não é uma mera arbitrariedade do legislador, pois essa previsão encontra guarida no texto do CTN, ao dizer que o contribuinte do IPI é "o industrial ou quem a ele a lei equiparar".

Neste momento, é mister que você guarde que a equiparação pode ocorrer por determinação da lei ou por opção do próprio estabelecimento.

A equiparação a industrial ocorre por determinação legal ou por opção do próprio industrial.

Observação: Mais adiante será esclarecido o porquê de uma pessoa desejar se equiparado a industrial e, por consequência, se tornar contribuinte do IPI.

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Desse modo, primeiramente vamos tratar dos casos de equiparação por determinação legal, estudando, posteriormente, os casos em que tal equiparação ocorre por opção.

1.4.1 - Hipóteses de equiparação a industrial por determinação legal

De agora em diante, vamos estudar as hipóteses em que ocorre compulsoriamente a equiparação do estabelecimento a industrial, estando previstas no art. 9° e 10 do RIPI.

1. Estabelecimentos importadores e suas filiais (RIPI, art. 9°, I e II)

Você se lembra quando eu disse que os importadores praticam dois fatos geradores? Pois bem, esta é a hora de elucidarmos de uma vez todas dúvidas que possam ter surgidos a respeito desse assunto.

Primeiramente, ocorre o fato gerador com o desembaraço aduaneiro, ao promover a entrada dos produtos industrializados estrangeiros no território nacional. Neste caso, o importador foi eleito contribuinte, pelo simples fato de ser "importador" (RIPI, art. 24, I).

Além disso, quando os produtos industrializados importados saírem do estabelecimento do importador, ocorrerá outro fato gerador, fazendo com que o importador, por ficção legal, seja equiparado a um estabelecimento industrial (RIPI, art. 24, III).

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A grosso modo, você pode memorizar os dois momentos em que o importador paga IPI da seguinte forma:

* Entrada no País;* Saída do estabelecimento do importador.

Atente-se para o fato de que nem todo importador é equiparado a industrial. A título de exemplo, quando uma indústria importa uma nova máquina do exterior, para integrar o seu ativo, não há equiparação, tendo em vista que só ocorre um fato gerador: o desembaraço aduaneiro.

Você até poderia questionar o porquê da ocorrência desse fato gerador, se o importador não executou nenhuma operação de industrialização. Contudo, lembre-se de que, se ele tivesse industrializado, seria industrial, e não a este equiparado.

Observação: Veremos posteriormente que o importador não é duplamente onerado, em função do princípio da não cumulatividade. Sendo assim, o que foi pago na importação será descontado no montante total devido na saída do seu estabelecimento. Trata-se do mecanismo dos créditos e débitos.

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O que estudamos até o momento neste tópico diz respeito à importação efetuada pelo estabelecimento importador, sendo este o estabelecimento receptor dos produtos importados. No entanto, pode ocorrer de o importador promover a importação, remetendo os produtos industrializados estrangeiros diretamente à filial da mesma empresa.

Assim, quando a filial da mesma firma do estabelecimento importador, seja varejista ou atacadista, recebe os produtos diretamente da repartição aduaneira que efetuou o desembaraço aduaneiro, equipara-se a industrial e é contribuinte do IPI em relação à saída dos produtos industrializados do seu estabelecimento.

2. Importação por encomenda ou por conta e ordem de terceiros (RIPI, art. 9°, IX)

Dando continuidade aos casos de equiparação ao industrial, relativos à importação de produtos industrializados, são equiparados os estabelecimentos comerciantes, atacadistas ou varejistas, que adquirirem produtos de procedência estrangeira, importados por encomenda ou por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora.

Isso significa que o estabelecimento atacadista ou varejista que, em condições normais não seria contribuinte do IPI, torna-se sujeito passivo por se equiparar ao estabelecimento industrial, já que há uma importação por encomenda ou por sua conta e ordem.

Ocorre, então, uma importação, havendo incidência de IPI sobre o desembaraço aduaneiro. Posteriormente, ocorre nova incidência do IPI, quando os produtos saem do estabelecimento do importador, com destino ao comerciante. Até este ponto, houve duas incidências do IPI sobre o importador.

Quando a mercadoria sai do estabelecimento do comerciante, atacadista ou varejista, como dissemos, ocorre novo fato gerador do IPI, fazendo com que o comerciante seja equiparado a industrial, ou seja, contribuinte do IPI.

Ficou difícil de entender? Vamos visualizar:

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Presume-se por conta e ordem de terceiro a operação de comércio exterior realizada (RIPI, art. 9°, § 2°):

• Mediante utilização de recursos de terceiro; ou• Em desacordo com os requisitos e condições estabelecidos pela Secretaria

da Receita Federal do Brasil.

Diferentemente, o conceito de importação por encomenda traduz-se na importação realizada com recursos próprios da pessoa jurídica importadora que adquira mercadorias no exterior para revenda a encomendante predeterminado, participando ou não o encomendante das operações comerciais relativas à aquisição dos produtos no exterior (RIPI, art. 9°, § 3°).

Em suma, a diferença básica entre os dois tipos de importação é que, na importação por conta e ordem de terceiro, este é o importador de fato, sendo dele os recursos utilizados na importação. Por outro lado, na importação por encomenda, utilizam-se os recursos próprios da pessoa jurídica importadora.

Para concluir esta modalidade de equiparação, pergunta-se: qual é a semelhança mais marcante entre a importação por conta e ordem e a realizada por encomenda? Ora, em ambos os casos, o comerciante atacadista ou varejista se torna equiparado a industrial.

Por fim, faz-se necessário conhecer as incumbências da Receita Federal, em relação a essa hipótese de equiparação a industrial (RIPI, art. 9°, § 1°):

I - deverá estabelecer requisitos e condições para a atuação de pessoa jurídica importadora:

a) por conta e ordem de terceiro; ou

b) que adquira mercadorias no exterior para revenda a encomendante predeterminado; e

II - poderá exigir prestação de garantia como condição para a entrega de mercadorias, quando o valor das importações for incompatível com o capital social ou o patrimônio líquido do importador ou encomendante predeterminado ou, no caso de importação por conta e ordem, do adquirente.

3. Encomendantes no mercado interno (RIPI, art. 9°, IV)

Não é somente o encomendante de produtos industrializados importados que se torna equiparado a industrial. Há também equiparação quando os estabelecimentos comerciais de produtos cuja industrialização tenha

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sido realizada por outro estabelecimento da mesma firma ou de terceiro, mediante remessa, por eles efetuada, de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou modelos.

Em termos mais simples, o comerciante atacadista ou varejista remete os insumos a um estabelecimento industrial, que pode ser tanto da mesma firma ou de terceiros, a fim de que este efetue a operação de industrialização por encomenda. Posteriormente, os produtos industrializados retornam ao estabelecimento do comerciante, que, ao dar saída a estes, será equiparado a industrial, havendo incidência de IPI.

Observação: Na saída do estabelecimento industrial, com destino ao encomendante, também há incidência de IPI. Ou seja, entregou a encomenda, paga IPI.Lembre-se sempre de que os estabelecimentos industriais são contribuintes do IPI.

4. Encomenda de industrialização de bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres (RIPI, art. 9°, V)

Não é necessário se preocupar em decorar esta hipótese de equiparação, haja vista ser quase a mesma situação comentada no item anterior, com o detalhe de que, em se tratando de industrialização de bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres (Capítulo 22 da TIPI), não há necessidade de remessa de insumos, para se caracterizar a equiparação a industrial.

Além disso, no tocante aos produtos previstos no Capítulo 22 da TIPI, a marca ou o nome fantasia da bebida pode ser de propriedade de qualquer pessoa, ou seja, do encomendante, de terceiro ou até mesmo do próprio executor da encomenda.

Se uma questã» de prova mencionar a industrialização por encomenda de bebidas e citar alguma restrição em relação à marca ou nome fantasia, estará errada.

5. Filial atacadista (RIPI, art. 9°, III)

De acordo com o RIPI, são equiparados ao estabelecimento industrial as filiais e demais estabelecimentos que exercerem o comércio de produtos importados, industrializados ou mandados industrializar por outro estabelecimento da mesma firma, salvo se aqueles operarem exclusivamente na venda a varejo e não estiverem enquadrados na hipótese do inciso II, do art. 9°.

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O dispositivo determina que aqueles estabelecimentos comerciais de produtos que foram importados, ou industrializados ou até mesmo industrializados por encomenda por outro estabelecimento da mesma firma, ou seja, por uma filial, devem ser equiparados a industrial.

Imagine que a empresa Alfa seja importadora de produtos industrializados. Considere também que a empresa Alfa possua uma filial (Beta), atacadista, que Alfa utiliza para escoar seus produtos. Ou seja, Alfa (importadora) vende por um preço baixíssimo os seus produtos para Beta (filial atacadista), para que esta revenda os produtos importados pelo preço de mercado.

Se Beta não fosse equiparada a industrial, haveria incidência de IPI apenas sobre a venda de Alfa para Beta, cuja base de cálculo é um valor bastante inferior ao de mercado. Fica evidente o intuito de ludibriar o fisco.

Evitando que situações semelhantes a essa ocorra na importação ou na industrialização, o legislador definiu que a filial atacadista é considerada contribuinte do IPI, como equiparada a industrial. Desse modo, quando os produtos forem vendidos no mercado interno por Beta, será pago o imposto que deixou de ser pago por Alfa.

Ficou claro até aqui?

Veja que o varejista foi excepcionado, por uma razão bastante óbvia: se o produto já está sendo vendido ao consumidor final, certamente o será pelo valor de mercado, não justificando a equiparação.

Por último deve ser destacado que o varejista que se encontre na situação prevista no art. 9°, II, do RIPI, não está excepcionado da equiparação. Ora, esse varejista é aquele que recebeu os produtos diretamente da repartição aduaneira que efetuou o desembaraço aduaneiro, estudado no primeiro item. Note que ele já é equiparado a industrial, sendo apenas corroborado no presente item.

6. Atacadista de pérolas, pedras e metais preciosos (RIPI, art. 9°,

Também são equiparados a industrial os estabelecimentos comerciais atacadistas dos produtos classificados nas posições 71.01 a 71.16 da TIPI, que representam, resumidamente, as pérolas, pedras e metais preciosos e suas obras.

Observe que, nesse caso, não há qualquer previsão de que o atacadista pertença à mesma firma. Sendo assim, qualquer estabelecimento comercial atacadista dos produtos supracitados são equiparados a industrial.

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7. Atacadista de bebidas quentes (RIPI, art. 9°, VII)

Foi previsto que os estabelecimentos atacadistas e cooperativas de produtores que derem saída a bebidas alcoólicas e demais produtos, de produção nacional, classificados nas Posições 22.04, 22.05, 22.06 e 22.08 da TIPI e acondicionados em recipientes de capacidade superior ao limite máximo permitido para venda a varejo, com destino aos seguintes estabelecimentos:

a) industriais que utilizarem os produtos mencionados como matéria-prima ou produto intermediário na fabricação de bebidas;b) atacadistas e cooperativas de produtores; ouc) engarrafadores dos mesmos produtos;

Observação:Posição 22.04: Vinhos;Posição 22.05: Vermutes e outros vinhos;Posição 22.06: Bebidas fermentadasPosição 22.08: Aguardentes, Uísques, Rum, Vodcas, Licores etc.

Os estabelecimentos são equiparados a industriais, se os referidos produtos estiverem acondicionados em recipientes de capacidade superior ao limite máximo permitido para venda a varejo. Isso significa que o produto não chegou ao final da cadeia de produção.

Satisfeitos os requisitos estudados, ocorrerá o fato gerador do IPI, tendo como contribuinte os estabelecimentos atacadistas. Contudo, o imposto fica suspenso por conta do art. 44 do RIPI, mas isso é assunto para outro momento.

8. Atacadista de produtos de beleza importados (RIPI, art. 9°, VIII)

O RIPI equiparou a industrial o atacadista de produtos de beleza (perfumes, produtos de beleza e maquiagens, xampus, produtos de higiene bucal etc.) importados, adquiridos de estabelecimentos importadores. Veja que0 atacadista não se confunde com o importador, pois este já é equiparado a industrial, conforme estudamos no primeiro item.

Como decorrência disso, o IPI incide em três momentos distintos:

1 - Por ocasião do desembaraço aduaneiro;

2 - Pela saída dos produtos do estabelecimento do importador;

3 - Pela saída dos produtos do estabelecimento do atacadista.

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r n N r i l R ç n ' ; * *C O N C U R S O S

9. Atacadista de automóveis (RIPI, art. 9°, X)

É equiparado ao estabelecimento industrial o atacadista de automóveis, aplicando-se, inclusive, ao estabelecimento fabricante de tais produtos, em relação aos que forem produzidos por outro fabricante, ainda que domiciliado no exterior, que os revender (RIPI, art. 9°, § 4°).

Em relação às concessionárias, em regra, não são consideradas atacadistas e, portanto, equiparadas a industrial. Contudo, se as vendas no atacado excederem 20% do total de vendas no semestre civil, a concessionária passa a se caracterizar como atacadista e, consequentemente, como equiparada a industrial.

Destaque-se que também se equipara a estabelecimento industrial a empresa comercial atacadista adquirente dos produtos classificados nas Posições 87.01 a 87.05 da TIPI (tratores, automóveis de passageiros etc.), industrializados por encomenda por conta e ordem de pessoa jurídica domiciliada no exterior, da qual é controlada direta ou indiretamente

10. Atacadista de produtos específicos, em operação realizada entre pessoas interligadas (RIPI, art. 10)

São equiparados a estabelecimento industrial os estabelecimentos atacadistas que adquirirem os produtos relacionados no Anexo III da Lei no 7.798, de 10 de julho de 1989, de estabelecimentos industriais ou dos estabelecimentos equiparados a industriais de que tratam os incisos I a V do art. 9° (importador, filial que recebe diretamente da repartição aduaneira, filial atacadista ou encomendante).

A equiparação que estamos estudando aplica-se nas hipóteses em que o adquirente e o remetente dos produtos sejam empresas controladoras ou controladas, coligadas, interligadas ou interdependentes. Ora, é justamente quando há ligação entre as empresas que surge a possibilidade de manobras com o objetivo de reduzir a arrecadação tributária.

Da relação de estabelecida no Anexo III da citada lei poderão, mediante decreto, ser excluídos produtos ou grupo de produtos cuja permanência se torne irrelevante para arrecadação do imposto, ou incluídos outros cuja alíquota seja igual ou superior a 15%.

Observação: Vários produtos foram definidos nesse Anexo III, tais como

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é possível que as concessionárias de automóveis sejam equiparadas a industrial.

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vinhos e outras bebidas quentes. Enfim, não é necessário decorar, bastando saber que essa lista pode ser alterada por decreto.

Ou seja, é possível excluir os produtos definidos na lista ou acrescentar outro, desde que a alíquota do IPI seja igual ou superior a 15% para os produtos que serão incluídos.

11. Industrial que revende bens de produção (RIPI, art. 9°, § 6°)

Imagino que, se você tiver prestado atenção nessa hipótese de equiparação, deve ter achado no mínimo estranho um estabelecimento industrial ser equiparado a industrial. Mas é bastante simples de entender! Vejamos o que estabelece o art. 9°, § 6°:

§ 6° - Os estabelecimentos industriais quando derem saída a matéria- prima, produto intermediário e material de embalagem, adquiridos de terceiros, com destino a outros estabelecimentos, paraindustrialização ou revenda, serão considerados estabelecimentos comerciais de bens de produção e obrigatoriamente equiparados a estabelecimento industrial em relação a essas operações.

As palavras-chave desse dispositivo são "adquiridos de terceiros". Ou seja, embora o estabelecimento industrial execute operações deindustrialização, ele pode também adquirir bens de produção (já definimos esse conceito, correto?), sem executar qualquer industrialização, erevendê-los a outros estabelecimentos.

Note bem que a equiparação a industrial ocorre porque o estabelecimento industrial, em relação aos bens de produção revendidos, é considerado estabelecimento comercial de bens de produção, e por esse motivo fica equiparado a estabelecimento industrial, unicamente em relação a essas operações.

Quando eu disse "unicamente", é porque o estabelecimento continua sendo industrial, em relação às operações de industrialização que ele realiza. Contudo, no que se refere à revenda de bens de produção, é considerado estabelecimento equiparado a industrial.

É possível que um estabelecimento seja "equiparado a industrial".

"industrial" e

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12. Distribuição de águas, cervejas e refrigerantes (RIPI, art. 9°, XI, XII, XIII, XIV e XV)

Há diversas hipóteses de equiparação a industrial, relativas às bebidas frias, como água, cerveja e refrigerante. Elas foram disciplinadas no art. 9°, XI a XV do RIPI, e serão abordadas em outro momento, pois possuem certas peculiaridades que não nos convém estudá-las agora.

1.4.2 - Hipóteses de equiparação a industrial por opção

Quando determinado estabelecimento é equiparado a industrial, como vimos, torna-se contribuinte do IPI. Portanto, o mais natural é que a legislação tributária determine as situações em que os estabelecimentos obrigatoriamente se sujeitam à equiparação e, consequentemente, ao pagamento de IPI. Afinal de contas, você de imaginar que ninguém se propõe a pagar impostos por vontade própria, não é mesmo?

Curiosamente, há previsão de equiparação a industrial por opção.Ou seja, permite-se que os estabelecimentos tornem-se contribuintes por vontade própria, sem qualquer imposição legal.

Nessa linha, vejamos os estabelecimentos que podem se tornar equiparados a industrial por opção:

• Os estabelecimentos comerciais que derem saída a bens de produção, para estabelecimentos industriais ou revendedores;

• As cooperativas que se dedicarem à venda em comum de bens de produção, recebidos de seus associados para comercialização.

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J èL e s t a c a i ,

prova!

INÉDITA/2014A equiparação a estabelecimento industrial somente ocorre por imposição legal.

Comentário: Existem estabelecimentos que se tornam equiparados a industrial por opção, nos termos do art. 11, do RIPI.Gabarito: Errada

Você deve se lembrar do que aprendemos acerca do princípio da não cumulatividade que permite que o montante de IPI cobrado em operação anterior pode ser compensado na operação subsequente.

Pois bem, com base nisso, os citados estabelecimentos podem optar por sofrer a tributação, a fim de possibilitar que os adquirentes dos seus produtos se creditem do valor por eles pago. Se tal opção não fosse possível, os seus clientes poderiam optar por adquirir produtos de outros fornecedores.

Destaque-se que tal opção é feita mediante alteração dos dados cadastrais do estabelecimento, no CNPJ, para sua inclusão como contribuinte do IPI. O mesmo se pode dizer em relação à desistência da equiparação.

Permite-se desistir da portanto, irretratável.

equiparação, não sendo,

Por fim, é interessante ressaltar que, ao optar pela equiparação, o contribuinte não fica obrigado apenas ao cumprimento da obrigação tributária principal (pagamento do IPI), mas também das obrigações acessórias, até a formalização da dS sistência.

Questão 01 - INÉDITA/2014

De acordo com o Decreto 7.212/2010 (Regulamento do IPI), considera-se sujeito passivo do IPI, na qualidade de contribuinte os seguintes, exceto:a) O importador, em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira;

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Estratégiar n N r i l R ç n ' ; * *C O N C U R S O S

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b) O industrial, em relação ao fato gerador decorrente da saída de produto que industrializar em seu estabelecimento, bem como quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar;c) O estabelecimento equiparado a industrial, quanto ao fato gerador relativo aos produtos que dele saírem, bem como quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar;d) O transportador, em relação aos produtos tributados que transportar, desacompanhados da documentação comprobatória de sua procedência;e) Os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras, o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, quando alcançado pela imunidade prevista no inciso I do art. 18 do RIPI.

Comentário:

Alternativa A: Trata-se de contribuinte, conforme previsão no art. 24, I, do RIPI. Item correto.

Alternativa B: Trata-se de contribuinte, conforme previsão no art. 24, II, do RIPI. Item correto.

Alternativa C: Trata-se de contribuinte, conforme previsão no art. 24, III, do RIPI. Item correto.

Alternativa D: O transportador, no caso apresentado, é obrigado ao pagamento do IPI como responsável, de acordo com o art. 25, I, do RIPI. Item errado.

Alternativa E: Trata-se de contribuinte, conforme previsão no art. 24, IV, do RIPI. Item correto.

Gabarito: Letra D

Questão 02 - ESAF/TRF/2003

Para ser caracterizado como tal, o estabelecimento industrial devea) estar estabelecido em local apropriado, ou seja, na área industrial do município.b) exercer uma, ou mais, das operações a seguir: transformação, beneficiamento, montagem, condicionamento ou recondicionamento e renovação ou restauração, e que destas operações resulte produto tributado, ainda que de alíquota zero.c) revender produtos industrializados por terceiros, na condição de estabelecimento atacadista.d) somente elaborar produtos com alíquota do IPI superior a 0% (zero por cento).

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e) importar produtos industrializados diretamente do exterior e dê saída a tais produtos.

Comentário:

Alternativa A: Estabelecimento industrial é o que executa qualquer das operações de industrialização. Como a localização das instalações é irrelevante para caracterizar certa operação como industrialização (art. 4°, parágrafo único), não é necessário que o estabelecimento esteja localizado em local apropriado. Item errado.

Alternativa B: É exatamente o que diz o art. 8° do RIPI. Item correto.

Alternativa C: Essa alternativa não se caracteriza como estabelecimento industrial, nem como equiparado. Item errado.

Alternativa D: Segundo o disposto no art. 8°, estabelecimento industrial é que realiza operação de industrialização, da qual resulte produto tributado, ainda que de alíquota zero ou isento. Item errado.

Alternativa E: Na realidade, quem importa produtos industrializados e dá saída a tais produtos é considerado estabelecimento equiparado a industrial. Item errado.

Gabarito: Letra B

Questão 03 - ESAF/TRF/2000

Não se considera estabelecimento industrial o que executa operações de que resulte produto tributado, quando a alíquota for zero.

Comentário: O único erro da questão foi inserir o "não" em seu início. Na verdade, considera-se estabelecimento industrial o que executa operações de que resulte produto tributado, quandro a alíquota for zero. Questão errada.

Questão 04 - ESAF/TRF/2000

Não se equiparam a estabelecimento industrial os estabelecimentos importadores de produtos de procedência estrangeira, que dêem saída a esses produtos, se não realizam qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo.

Comentário: Não seria nem mesmo necessário decorar essa hipótese de estabelecimento equiparado a industrial. Observe que no final da assertiva, há uma condição de que, se os estabelecimentos não realizam qualquer operação de industrialização, não podem ser equiparados a industrial. Ora, se

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realizassem industrialização seriam estabelecimentos industriais, e não equiparados a eles. Questão errada.

Questão 05 - ESAF/TRF/2000

Não se considera industrialização o preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem de apresentação.

Comentário: O preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem de apresentação, é uma das operações excluídas do conceito de industrialização. Questão correta.

Questão 06 - ESAF/TRF/2002-1

Relativamente às cooperativas, constituídas nos termos da Lei n° 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que se dedicarem a venda em comum dos bens de produção, recebidos de seus associados para comercialização, a legislação sobre produtos industrializados as considera estabelecimentos:a) equiparados à Industrial.b) Industriaisc) Equiparados a importadores.d) Equiparados à Industrial, por opção.e) Comerciais.

Comentário: Há estabelecimentos que são equiparados a industriais por força do disposto no RIPI. Há também aqueles que não são contribuintes do IPI, mas podem optar por se tornarem equiparados a industriais, como é o caso das cooperativas que se dedicarem a venda em comum dos bens de produção, recebidos de seus associados para comercialização. A resposta, portanto, é a Letra D.

Questão 07 - ESAF/ATRFB/2012

São equiparados aos estabelecimentos industriais para fins de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados os estabelecimentos que comercializam produtos cuja industrialização tenha sido realizada por outro estabelecimento da mesma firma ou de terceiro, mediante a remessa, por eles efetuada, de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou modelos.

Comentário: Conforme prevê o art. 9°, IV, do RIPI, são equiparados aos estabelecimentos industriais os estabelecimentos comerciais de produtos cuja industrialização tenha sido realizada por outro estabelecimento da mesma firma ou de terceiro, mediante a remessa, por eles efetuada, de matérias- primas, produtos intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou modelos. Questão correta.

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Questão 08 - ESAF/ATRFB/2012

São equiparados aos estabelecimentos industriais para fins de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados os estabelecimentos, ainda que varejistas, que receberem, para comercialização, diretamente da repartição que os liberou, produtos importados por outro estabelecimento da mesma firma.

Comentário: De acordo com o art. 9°, II, do RIPI, os estabelecimentos, ainda que varejistas, que receberem, para comercialização, diretamente da repartição que os liberou, produtos importados por outro estabelecimento da mesma firma, são equiparados aos estabelecimentos industriais. Questão correta.

Questão 09 - ESAF/ATRFB/2012

São equiparados aos estabelecimentos industriais para fins de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados os estabelecimentos atacadistas e cooperativas de produtores que derem saída a bebidas alcoólicas.

Comentário: Segundo o disposto no art. 9°, VII, os estabelecimentos atacadistas e cooperativas de produtores que derem saída a bebidas alcoólicas são equiparados aos estabelecimentos industriais. Questão correta.

Questão 10 - INÉDITA/2014

Em função do princípio da autonomia dos estabelecimentos, pode-se dizer que é considerado contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial ou comerciante, em relação a cada fato gerador que decorra de ato que praticar.

Comentário: De acordo com o art. 24, par. único, do RIPI, considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial ou comerciante, em relação a cada fato gerador que decorra de ato que praticar. Trata-se do princípio da autonomia dos estabelecimentos. Questão correta.

2 - RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

Dispõe o art. 121, II, do CTN, que o sujeito passivo da obrigação principal é responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa em lei. É, também, denominado sujeito passivo indireto.

Corroborando esse conceito, o art. 128 do CTN, ao disciplinar as disposições gerais sobre a responsabilidade tributária, assevera que a lei pode

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atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação.

Mas por que eu estou recordando os conceitos estudados no Direito Tributário, se o nosso curso é exclusivo de Legislação Tributária? Nunca se esqueça de que a legislação específica do IPI deve respeitar as normas gerais de Direito Tributário, estampadas no CTN.

Colega concurseiro(a), esse assunto é mais um dos que, aparentemente, seriam de mera "decoreba". Vou tentar desmistificar isso e tornar sua memorização mais fácil possível. Tudo bem?

O tema responsabilidade tributária compreende os arts. 25 a 30 do RIPI. Para tornar o curso mais didático, faremos algumas subdivisões tal como está no RIPI:

• Responsáveis;• Responsável como contribuinte substituto;• Responsáveis solidários;• Responsáveis por infração;

2.1 - Responsáveis

Antes de iniciarmos o estudo dos responsáveis pelo pagamento do Imposto sobre os Produtos Industrializados, é importante ensinar a você o seguinte macete: todos os casos de responsabilidade tributária deste tópico se referem a algum descumprimento de condições ou de obrigações acessórias. Fique ligado nisso, e a memorização se tornará bem mais simples.

Tudo o que vamos ver aqui se refere ao art. 25 do RIPI. Para não tornar a aula cansativa, vou citar um responsável e explicá-lo, e assim sucessivamente, até que tenhamos abordado tudo o que for necessário! Fechado?

Vamos lá!

É responsável o transportador, em relação aos produtos tributados que transportar, desacompanhados da documentação comprobatória de sua procedência (RIPI, art. 25, I).

Os transportadores só podem realizar o transporte de produtos devidamente acompanhados dos documentos fiscais exigidos pelo RIPI. Caso contrário, tornam-se responsáveis pelo pagamento do IPI, apenas em relação aos produtos tributados que transportar, o que nos parece bastante óbvio, não é mesmo? Se os produtos não forem tributados, não há que se falar em responsabilidade pelo IPI devido.

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Tal responsabilidade decorre da seguinte proibição prevista no art. 323 do RIPI:

Art. 323. Os transportadores não podem aceitar despachos ou efetuar transporte de produtos que não estejam acompanhados dos documentos exigidos neste Regulamento.

Destaque-se que a proibição se estende aos casos de manifesto desacordo dos volumes com sua discriminação nos documentos, de falta de discriminação ou de descrição incompleta dos volumes que impossibilite ou dificulte a sua identificação, e de falta de indicação do nome e endereço do remetente e do destinatário (RIPI, art. 323, par. único).

Há, também, previsão de responsabilidade pessoal do transportador pelo extravio de documentos que lhes tenham sido entregues pelos remetentes dos produtos (RIPI, art. 324).

Responsabilidade do Transportador

* Responsável, se os produtos estiverem desacompanhados de documentação.

* Responsável pessoal pelo extravio dos documentosentregues pelo remetente._______________________

é responsável o possuidor ou detentor, em relação aos produtos tributados que possuir ou mantiver para fins de venda ou industrialização, quando desacompanhados da documentação comprobatória de sua procedência (RIPI, art. 25, II).

É obrigação do possuidor ou detentor (fabricantes, comerciantes e depositários) de produtos tributados examinar se eles estão acompanhados dos documentos exigidos e se estes satisfazem todos os ditames do RIPI, conforme prevê o art. 327 deste Regulamento:

Art. 327. Os fabricantes, comerciantes e depositários que receberem ou adquirirem para industrialização, comércio ou depósito, ou para emprego ou utilização nos respectivos estabelecimentos, produtos tributados ou isentos, deverão examinar se eles se acham devidamente rotulados ou marcados ou, ainda, selados se estiverem sujeitos ao selo de controle, bem como se estão acompanhados dos documentos exigidos e se estes satisfazem a todas as prescrições deste Regulamento.

Observação: A rotulagem e a marcação de produtos, bem como a aplicação dos selos de controles são obrigações acessórias a serem estudadas em outra aula.

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Reforçando o disposto no art. 25, II, do RIPI, o § 3°, do art. 327, assevera que na falta de documento fiscal que comprove a procedência do produto, entre outras exigências estabelecidas no RIPI, não poderá o destinatário recebê-lo, sob pena de ficar responsável pelo pagamento do imposto, se exigível, e sujeito às sanções cabíveis.

Antes de continuarmos, é importante dizer que, nos casos previstos no art. 25, I e II, do RIPI, não fica excluída a responsabilidade por infração do contribuinte quando este for identificado.

É responsável o estabelecimento comercial atacadista de produtos sujeitos ao regime de que trata a Lei no 7.798, de 1989 (bebidas quentes), que possuir ou mantiver produtos desacompanhados da documentação comprobatória de sua procedência, ou que deles der saída. (RIPI, art. 25, IX).

Trata-se de caso análogo ao anterior, contudo, é aplicável ao atacadista dos produtos listados nos anexos da Lei 7.798/89, que são, basicamente, as bebidas quentes. De acordo com o art. 1° desse diploma normativo, tais produtos estão submetidos à aplicação de alíquota específica, que é aquela incidente sobre a unidade de medida adotada para o produto.

Assim, torna-se responsável o atacadista dos referidos produtos que os possuir ou mantiver, sem documentação comprobatória de sua procedência, ou, ainda, que deles der saída.

E responsável o estabelecimento adquirente de produtos usados cuja origem não possa ser comprovada pela falta de marcação, se exigível, de documento fiscal próprio ou do documento a que se refere o art. 372 (RIPI, art. 25, III).

O estabelecimento adquirente de produtos usados também deve tomar algumas cautelas, para que não venha se tornar responsável pelo IPI devido. Desse modo, cabe a ele exigir o documento fiscal próprio ou o recibo do vendedor ou transmitente, conforme preceitua o art. 372 do RIPI:

Art. 372. Os estabelecimentos que adquirirem, de particulares, produtos usados, assim compreendidos também os recebidos em troca ou como parte de pagamento de outros, exigirão recibo do vendedor ou transmitente, de que constem o seu nome e endereço, número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF, do Ministério da Fazenda, o número e nome da repartição expedidora de sua carteira de identidade, bem como a descrição minuciosa e o preço ou valor de cada objeto.

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E responsável o proprietário, o possuidor, o transportador ou qualquer outro detentor de produtos nacionais, do Capítulo 22 (bebidas) e do Código 2402.20.00 (cigarros) da TIPI, saídos do estabelecimento industrial com imunidade ou suspensão do imposto, para exportação, encontrados no País em situação diversa, salvo se em trânsito, quando:a) destinados a uso ou consumo de bordo, em embarcações ou aeronaves de tráfego internacional, com pagamento em moeda conversível;b) destinados a lojas francas, em operação de venda direta;c) adquiridos por empresa comercial exportadora, com o fim específico de exportação, e remetidos diretamente do estabelecimento industrial para embarque de exportação ou para recintos alfandegados, por conta e ordem da adquirente; oud) remetidos a recintos alfandegados ou a outros locais onde se processe o despacho aduaneiro de exportação; (RIPI, art. 25, IV).

Veja que o proprietário, o possuidor, o transportador ou qualquer outro detentor tornam-se responsáveis pelas bebidas e cigarros nacionais que saíram com imunidade ou suspensão de IPI, destinados à exportação, mas que foram encontrados no País em situação diversa.

É importante memorizar as quatro exceções previstas nas alíneas "a" a "d". Não é difícil, já que todos eles estão relacionados a operações internacionais: consumo de bordo, lojas francas, empresa comercial exportadora (ECE) e recintos alfandegados. Guarde essa palavras- chave!

São responsáveis os estabelecimentos que possuírem produtos tributados ou isentos, sujeitos a serem rotulados ou marcados, ou, ainda, ao selo de controle, quando não estiverem rotulados, marcados ou selados (RIPI, art. 25, V).

Havíamos dito que os casos de responsabilidade deste tópico se referem ao descumprimento de condições ou de obrigações acessórias. No que se refere a este dispositivo, trata-se de descumprimento de obrigações acessórias, estabelecidas pela legislação tributária para alguns produtos.

Há produtos que estão sujeitos a serem rotulados, marcados ou selados. Se não o forem, os estabelecimentos que os possuírem tornam-se responsáveis pelo IPI devido.

Frisemos, pois, a redação do art. 327 do RIPI:

Art. 327. Os fabricantes, comerciantes e depositários que receberem ou adquirirem para industrialização, comércio ou depósito, ou para emprego ou utilização nos respectivos estabelecimentos, produtos tributados ou isentos, deverão examinar se eles se acham devidamente rotulados ou marcados ou, ainda, selados se estiverem sujeitos

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ao selo de controle, bem como se estão acompanhados dos documentos exigidos e se estes satisfazem a todas as prescrições deste Regulamento.

São responsáveis os que desatenderem as normas e requisitos a que estiver condicionada a imunidade, a isenção ou a suspensão do imposto. (RIPI, art. 25, VI).

A imunidade, a isenção ou a suspensão do imposto são espécies de benefícios fiscais que podem estar condicionados a certas normas, requisitos ou finalidades. Aquele que, porventura, desatender às condições prescritas torna-se responsável pelo IPI que deixaria de ser pago.

É responsável a empresa comercial exportadora, em relação ao imposto que deixou de ser pago, na saída do estabelecimento industrial, referente aos produtos por ela adquiridos com o fim específico de exportação, nas hipóteses em que:a) tenha transcorrido 180 dias da data da emissão da nota fiscal de venda pelo estabelecimento industrial, não houver sido efetivada a exportação;b) os produtos forem revendidos no mercado interno; ouc) ocorrer a destruição, o furto ou roubo dos produtos; (RIPI, art. 25, VII)

Observação: Imagino que você deve estar "curioso" para saber o que vem a ser uma empresa comercial exportadora. Trata-se de empresa que adquire mercadorias no mercado interno com o fim específico de exportá-las. As vendas efetuadas para tais empresas gozam do mesmo benefício fiscal aplicável às exportações efetivas, já que há um compromisso de posterior exportação.

Com base na observação feita acima, não fica difícil de entender a responsabilidade que as empresas comerciais exportadoras possuem em relação aos produtos de sua propriedade, adquiridos com o fim específico de exportação.

Se tais empresas gozam do benefício fiscal relativo à exportação desde a aquisição das mercadorias no mercado interno, é natural que tenham certo prazo para exportá-las. Se transcorrer o prazo de 180 dias, sem efetivar a exportação, tornam-se responsáveis pelo pagamento do IPI.

São responsáveis igualmente pelo IPI relativo aos produtos que seriam destinados a exportação, mas que foram revendidos no mercado interno, ou mesmo na hipótese de haver destruição, furto ou roubo de tais produtos.

Pelo visto, o mais difícil aqui seria gravar o prazo de 180 dias, pois as demais regras são consequência do modelo de negócios e da fruição do benefício fiscal a que tais empresas fazem jus.

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E responsável a pessoa física ou jurídica que não seja empresa jornalística ou editora, em cuja posse for encontrado o papel, destinado à impressão de livros, jornais e periódicos. (RIPI, art. 25, VIII).

Nós aprendemos que a imunidade do papel é condicionada. Assim, se o papel for utilizado na impressão dos livros, jornais ou periódicos, não haverá qualquer incidência de IPI sobre ele. Contudo, se houver descumprimento da referida condição, incide o IPI.

Vimos também que o contribuinte, neste caso, são as seguintes pessoas:

• A empresa que tinha por finalidade a impressão de livro, jornal ou periódico, mas que acabou utilizando o papel para outros fins;

• A empresa fabricante, importadora ou distribuidora do papel imune quando o remete a outra empresa que não seja jornalística ou editora.

Uma das hipóteses de contribuinte é a empresa que utiliza o papel imune para outros fins. A outra hipótese é a empresa que remete o papel imune a outra empresa que não seja jornalística.

Em relação a essa última hipótese, o dispositivo objeto de nossa análise neste momento (art. 25, VIII) afirma que é responsável a pessoa física ou jurídica que não seja empresa jornalística ou editora, em cuja posse for encontrado o papel imune.

Sendo assim, quem remete o papel imune a outra empresa que não seja jornalística ou editora é contribuinte do IPI, ao passo que aquele em cuja posse for encontrado o papel imune é responsável pelo referido imposto.

Fazendo uma ligeira alusão aos conceitos de contribuinte e responsável, sabemos que o primeiro é a pessoa que possui relação pessoa e direta com o fato gerador da obrigação tributária.

Relativamente ao caso em análise, dispõe o art. 36, VIII, do RIPI, que se considera ocorrido o fato gerador na "saída do fabricante, do importador ou de seus estabelecimentos distribuidores, para pessoas que não sejam empresas Jornalísticas ou editoras".

Ora, é evidente, portanto, que quem pratica o fato gerador é o contribuinte, ou seja, o remetente do papel imune para outra empresa que não seja jornalística ou editora. Por outro lado, tais empresas que mantém a posse do papel são consideradas responsáveis, por terem sido eleitas pela lei como tal.

Por fim, no que se refere aos responsáveis citados no art. 25, X, XI e XII, do RIPI, trata-se de situações relativas aos estabelecimentos equiparados a industrial, cujo estudo adiaremos para um momento específico, por se tratar

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de regime específico para as bebidas frias, como água, cerveja e refrigerante. Portanto, por hora, ficamos com o que foi estudado.

2.2 - Responsável como contribuinte substituto

O responsável tributário, como foi visto, é a pessoa a quem a lei atribui a responsabilidade pelo pagamento do IPI. Sabe-se também que tal pessoa deve estar de algum modo vinculada ao fato gerador da obrigação tributária.

No que se refere à responsabilidade por substituição, o art. 26 do RIPI estabelece que é responsável por substituição o industrial ou equiparado a industrial, mediante requerimento, em relação às operações anteriores, concomitantes ou posteriores às saídas que promover, respeitado o que for estabelecido pela Receita Federal.

f c h J È L ESTA CAI ,

prova!

INÉDITA/2014De acordo com o RIPI, é responsável por substituição o industrial ou equiparado a industrial, mediante requerimento, em relação às operações anteriores, concomitantes ou posteriores às saídas que promover.Gabarito: Correta

Vamos entender melhor: a pessoa que queira se tornar responsável deve formular requerimento à RFB, para assumir o imposto devido em operações anteriores, concomitantes ou que ainda hão de ocorrer.

Quando o responsável arca com imposto devido em operação operação anterior, ocorre a denominada substituição tributária regressiva ou para trás, está ocorrendo o diferimento do pagamento do IPI. Veja que é bem lógico: se uma pessoa se responsabiliza pelo imposto que deveria ter sido pago em operação anterior, ocorre a postergação do pagamento do tributo.

Observação: Na sistemática da substituição progressiva ou para frente, ocorre exatamente o oposto: uma pessoa assume a responsabilidade de pagar o IPI que será devido em operação posterior. Não vem ao caso estudarmos tal modalidade, pelos motivos expostos a seguir.

Não obstante o RIPI tenha permitido tanto a substituição progressiva como a regressiva, apenas esta foi regulamentada pela RFB, nos termos da Instrução Normativa RFB 1.081/2010.

Art. 2 ° Para efeito desta Instrução Normativa, considera-se:

I - contribuinte substituto, o estabelecimento industrial ou equiparado a industrial que recebe produtos saídos do estabelecimento substituído com suspensão do IPI; e

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II - contribuinte substituído, o estabelecimento industrial ou equiparado a industrial que dá saída a produtos, com suspensão do IPI, para o contribuinte substituto.

Observação: Antes de qualquer explicação, uma informação deve ficar bastante clara: substituto é quem vai pagar o IPI, e substituído é aquele que deixa de pagar o IPI.

Nós já aprendemos que o conceito de contribuinte não se confunde com o de responsável. No entanto, o RIPI e a própria IN RFB 1.081/2010 denominaram impropriamente o responsável de "responsável como contribuinte substituto". Bastante estranho, não? Bom, o que importa é entendermos o que vem a seguir.

O art. 2° da referida instrução normativa estabelece que o responsável (contribuinte substituto) é o estabelecimento industrial ou equiparado a industrial que recebe os produtos saídos do estabelecido substituído com suspensão de IPI.

Ora, se o responsável é aquele que recebe, está assumindo imposto devido em operação anterior (que foi amparada por suspensão do IPI), ocorrendo, portanto, a substituição tributária regressiva, ou melhor, a postergação do pagamento do IPI.

Da redação desse dispositivo, podemos inferir que a Receita Federal somente adotou a substituição regressiva, pois conceituou o responsável apenas como sendo aquele que se posiciona em etapa posterior nacadeia de produção e distribuição.

Com base nesse regime, o que ocorre é a saída dos produtos do estabelecimento do contribuinte substituído, com destino aoestabelecimento do contribuinte substituto (o responsável), com suspensão do IPI devido.

Sendo assim, se por um lado o substituído deixa de pagar o IPI, por outro lado, o substituto não pode creditar de qualquer valor, quando da entrada dos produto em seu estabelecimento, já que nada foi pago na etapa anterior.

Nessa linha é a redação do art. 13, § 2°, da IN RFB 1.081/2010, segundo a qual "o valor do IPI suspenso não poderá ser utilizado como crédito do imposto".

Imagino que, após entender os conceitos, você esteja interessado em conhecer a aplicação prática dessa sistemática, não é mesmo? Vamos relembrar do nosso exemplo da indústria de motos da aula passada!

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A indústria de peças venda seus produtos pelo preço de R$ 1.500,00 à indústria de motos, que, por sua vez, revende a moto à concessionária por R$ 2.500,00. Em ambas operações, a incidência do IPI ocorre com base na alíquota de 10%.

Não havendo a sistemática da substituição tributária, a incidência ocorreria da seguinte maneira:

REGRA GERAL DE TRIBUTAÇÃOINCIDÊNCIA ALÍQUOTA PREÇO DE VENDA IMPOSTO DEVIDOIncidência 1 10% R$ 1.500,00 R$ 150,00 (PAGO)

Incidência 2 10% R$ 2.500,00R$ 250,00 - R$ 150,00 = R$ 100,00 (PAGO)

TOTAL: R$ 250,00

Observação: A Incidência 1 se refere à saída da indústria de peças com destino à indústria de motos. A Incidência 2, por seu turno, refere-se à saída da indústria de motos, com destino à concessionária.Repare que a indústria de motos pôde creditar o IPI pago na operação anterior.

Diferentemente do que ocorreu na tabela acima, se a opção tivesse sido pela substituição tributária, o pagamento do IPI sobre tais operações ocorreria da seguinte maneira:

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA REGRESSIVAINCIDÊNCIA ALÍQUOTA PREÇO DE VENDA IMPOSTO DEVIDOIncidência 1 10% R$ 1.500,00 R$ 150,00 (SUSPENSO)Incidência 2 10% R$ 2.500,00 R$ 250,00 (PAGO)

TOTAL: R$ 250,00

Observação: Somente na regra geral de tributação a indústria de motos teria direito ao crédito de IPI, por ter havido pagamento do referido imposto na etapa anterior. No regime de substituição tributária, por ter havido suspensão, não há possibilidade de se creditar do IPI devido, mas não pago.

O que eu quero que você entenda é que, independentemente da aplicação ou não do regime da substituição tributária, o valor recolhido aos cofres públicos a título de IPI foi de R$ 250,00.

Isso nos leva a crer que a substituição tributária não reduz o valor a ser pago de imposto, não podendo ser considerada um benefício fiscal.

Imagine agora que a indústria de motos, em vez de vender seus produtos para as concessionárias, promove a exportação deles. Como sabemos, o art. 153, § 3°, III, imunizou as operações de exportação do IPI.

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Se não houvesse previsão de substituição tributária, a indústria de motos iria acumular altos volumes de créditos de IPI. No entanto, estando amparada pelo referido regime, ao adquirir as mercadorias da indústria de peças, não irá registrar crédito de IPI. Posteriormente, ao exportar as motos, não haverá saldo de créditos, nem de débitos (em decorrência da imunidade).

Agora que você já entendeu a essência da responsabilidade por substituição, relativa ao IPI, vamos incrementar o estudo desse tema, abordando alguns detalhes previstos na IN RFB 1.081/2010, que podem ser objeto de provas da ESAF!

Art. 3 ° A concessão, a alteração, o cancelamento e a cassação de regime especial de substituição tributária competem ao Superintendente Regional da Receita Federal do Brasil da jurisdição do contribuinte substituto.

Como havíamos dito, a concessão do regime especial de substituição tributária ocorre mediante requerimento, sendo que a concessão, a alteração, o cancelamento e a cassação do referido regime competem ao Superintendente da Receita Federal do Brasil da jurisdição do contribuinte substituto (o responsável).

Ademais, embora a concessão do regime seja sempre mediante requerimento, isto é, a pedido, a alteração pode ser feita de ofício ou a pedido. O cancelamento, por sua vez, sempre é promovido a pedido. Ademais, a cassação, obviamente, ocorre de ofício (IN RFB 1.081/2010, arts. 9° e 10).

Por fim, uma informação de extrema relevância é a não aplicação do referido regime ao IPI incidente sobre o desembaraço aduaneiro dos produtos industrializados de procedência aduaneira, como se observa no art. 17 da supracitada instrução normativa:

Art. 17. O regime especial de substituição tributária não se aplica ao IPI devido no desembaraço aduaneiro de produtos de procedência estrangeira.

2.3 - Responsáveis Solidários

Inicialmente, devemos nos lembrar do conceito de solidariedade no Direito Tributário, que nada mais é do que a existência de mais de um devedor em uma mesma obrigação tributária.

Uma característica marcante na solidariedade é que não há benefício de ordem (CTN, art. 124, par. único). Isso significa que o fisco pode exigir a dívida integralmente de qualquer um dos devedores solidários, sem seguir qualquer ordem.

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Consoante o disposto no art. 124 do CTN, a solidariedade pode decorrer do interesse comum das pessoas na situação que constitua o fato gerador da obrigação tributária ou da expressa disposição legal.

Nessa esteira, o RIPI consolidou algumas leis que estabeleceram a responsabilidade solidária de determinadas pessoas em relação ao IPI. Vamos ver cada uma das hipóteses previstas neste Regulamento:

é solidariamente responsável o contribuinte substituído, na hipótese do art. 26, pelo pagamento do imposto em relação ao qual estiver sendo substituído, no caso de inadimplência do contribuinte substituto (RIPI, art. 27, I).

Trata-se da responsabilidade por substituição tributária, estudada no tópico anterior. O que o art. 27, I, do RIPI, estabelece é que o substituído (aquele que deixou de pagar) torna-se solidariamente responsável com o substituto (aquele que deveria pagar), em caso de inadimplência deste.

"Mas professor, o substituído só será responsável se o substituto não pagar. Você havia dito que a solidariedade não comporta benefício de ordem."

De fato, não há benefício de ordem. Vamos entender melhor! Caso o substituto não pague o tributo, cabe à União cobrar do substituto ou do substituído, sem qualquer benefício de ordem, conforme a essência da solidariedade.

é solidariamente responsável o adquirente ou cessionário de mercadoria importada beneficiada com isenção ou redução do imposto pelo seu pagamento e dos acréscimos legais (RIPI, art. 27, II).

Na legislação aduaneira, há situações em que a isenção ou redução do IPI pode estar relacionada à qualidade do importador. Sendo assim, se este decide transferir a propriedade ou ceder os produtos importados a outra pessoa que não goze do benefício fiscal, pode ocorrer de ter de pagar o IPI, hipótese em que o adquii ente ou cessionário responderásolidariamente com o importador.

é solidariamente responsável o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora, pelo pagamento do imposto e acréscimos legais (RIPI, art. 27, III).

Nós já estudamos que o estabelecimento comerciante, seja atacadista ou varejista, que adquirir produtos de procedência estrangeira, importados por sua conta e ordem, torna-se equiparado a estabelecimento industrial. Portanto, ao promover a saída de tais produtos do seu estabelecimento, haverá incidência do IPI.

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Não custa dizer que, em relação a essa incidência, o estabelecimento equiparado a industrial, como previsto no art. 24, III, do RIPI, é contribuinte do IPI, possuindo relação pessoa e direta com o fato gerador.

Além disso, foi estabelecido no art. 27, III, do RIPI, que tal estabelecimento é solidariamente responsável pelo IPI devido na importação. Como já estudamos, neste caso, o contribuinte é o importador.

é solidariamente responsável o encomendante predeterminado que adquire mercadoria de procedência estrangeira de pessoa jurídica importadora, na operação a que se refere o § 3° do art. 9°, pelo pagamento do imposto e acréscimos legais (RIPI, art. 27, IV).

Semelhantemente ao que foi visto na hipótese anterior, o que foi estabelecido no art. 27, IV, do RIPI, é que o estabelecimento encomendante, tal como aquele que importa por sua conta e ordem, é solidariamente responsável pelo IPI devido na importação. Como já estudamos, neste caso, o contribuinte é o importador.

é solidariamente responsável o estabelecimento industrial de produtos classificados no Código 2402.20.00 da TIPI (cigarros), com a empresa comercial exportadora, na hipótese de operação de venda com o fim específico de exportação, pelo pagamento do imposto e dos respectivos acréscimos legais, devidos em decorrência da não efetivação da exportação (RIPI, art. 27, V).

Nós estudamos que a empresa comercial exportadora (ECE) é responsável pelo imposto devido, em relação aos produtos cuja exportação não foi efetivada.

A fim de fortalecer a garantia do recebimento do imposto devido, no caso específico dos cigarros, o legislador responsabilizou solidariamente o estabelecimento industrial, isto é, quem fabricou os cigarros que iriam ser exportados.

Conforme prevê o § 2°, do art. 27, do RIPI, o dispositivo que acabamos de explicar é também aplicável aos produtos destinados a uso ou consumo de bordo, em embarcações ou aeronaves em tráfego internacional, inclusive por meio de ship's Chandler.

Isso significa que se o cigarro, em vez de ser destinado a empresa comercial exportadora, for destinado a uso ou consumo de bordo, em embarcações, o ship's chander é solidariamente responsável com o estabelecimento que fabricou os cigarros.

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Observação: Ship's chandler é a empresa especializada em provisões de bordo.

E solidariamente responsável o encomendante de produtos sujeitos ao regime de que trata a Lei 7.798, de 1989 (bebidas quentes), com o estabelecimento industrial executor da encomenda, pelo cumprimento da obrigação principal e acréscimos legais (RIPI, art. 27, VI).

A ideia aqui é garantir o cumprimento da obrigação tributária, tendo em vista a aplicação de alíquotas mais elevadas a esses produtos. Dessa forma, o encomendante é solidariamente responsável com o executor da encomenda (estabelecimento industrial).

E solidariamente responsável o encomendante dos produtos sujeitos ao imposto conforme os regimes de tributação de que tratam os arts. 222 e 223 (águas, cervejas e refrigerantes) com o estabelecimento industrial executor da encomenda, pelo imposto devido nas formas estabelecidas nos mesmos artigos (RIPI, art. 27, VIII).

Trata-se da mesma lógica do dispositivo anterior (art. 27, VI), sendo aplicável a produtos, como águas, cervejas e refrigerantes. A tributação desses produtos será estudada em momento oportuno.

É solidariamente responsável o beneficiário de regime aduaneiro suspensivo do imposto, destinado à industrialização para exportação, pelas obrigações tributárias decorrentes da admissão de mercadoria no regime por outro beneficiário, mediante sua anuência, com vistas na execução de etapa da cadeia industrial do produto a ser exportado (RIPI, art. 27, VII).

A redação desse inciso é um pouco complexa. Trata-se de situação em que há dois estabelecimento beneficiários de regime aduaneiro especial, sendo que um deles realizada uma admissão de mercadoria estrangeira, com objetivo de ser aplicada em processo industrial de produto a ser posteriormente exportado.

São solidariamente responsáveis com o sujeito passivo, no período de sua administração, gestão ou representação, os acionistas controladores, e os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, pelos créditos tributários decorrentes do não recolhimento do imposto no prazo legal (RIPI, art. 28).

Dispõe o art. 28 do RIPI que os acionistas controladores e os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado são solidariamente responsáveis com o sujeito passivo da obrigação tributária relativa ao IPI, pelos créditos decorrentes do não recolhimento do IPI dentro do prazo.

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São solidariamente responsáveis os curadores quanto ao imposto que deixar de ser pago, em razão da isenção de que trata o inciso IV do art. 55 (RIPI, art. 29).

Trata-se da isenção sobre os automóveis de passageiros de fabricação nacional, na hipótese de aquisição por pessoas portadoras de deficiência física visual, mental severa, ou autistas.

A princípio, soa estranho responsabilizar os curadores pelo imposto que deixou de ser pago, tendo em vista se tratar de caso de isenção. Contudo, o dispositivo é aplicável aos casos em que o veículo é alienado a outras pessoas que não fazem jus à isenção. Se isso ocorrer, o IPI deve ser pago pelo portador de deficiência, respondendo solidariamente os curadores.

A fim de tornar mais clara a compreensão dessa hipótese de responsabilidade solidária, transcrevo a seguir a literalidade do art. 59 do RIPI:

Art. 59 - A alienação do veículo adquirido nos termos desta Seção, antes de dois anos contados da data da sua aquisição, a pessoas que não satisfaçam às condições e aos requisitos estabelecidos nos referidos diplomas legais acarretará o pagamento pelo alienante do tributo dispensado, atualizado na forma da legislação tributária.

Parágrafo único - A inobservância do disposto neste artigo sujeita ainda o alienante ao pagamento de multa e juros moratórios previstos na legislação em vigor para a hipótese de fraude ou falta de pagamento do imposto devido.

2.4 - Responsável por Infrações

No tocante à responsabilidade por infrações, o RIPI dispôs o seguinte:

Art. 30. Na hipótese dos incisos III e IV do art. 27, o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira responde conjunta ou isoladamente pela infração.

Observação: Os incisos III e IV, do art. 27, do RIPI, tratam da responsabilidade solidária do o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem e do encomendante predeterminado que adquire mercadoria de procedência estrangeira de pessoa jurídica importadora.

A pergunta que se faz neste momento é: a que infrações o RIPI está se referindo? Como os responsáveis são pessoas que possuem relação com operações de importação de produtos estrangeiros, não restam dúvidas de que as infrações mencionadas no art. 30 do RIPI são aquelas previstas na legislação aduaneira.

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0 Decreto-Lei 37/1966 conceitua infração:

Art.94 - Constitui infração toda ação ou omissão, voluntária ou involuntária, que importe inobservância, por parte da pessoa natural ou jurídica, de norma estabelecida neste Decreto-Lei, no seu regulamento ou em ato administrativo de caráter normativo destinado a completá-los.

A título de complementação, de acordo com o Decreto 6.759/2009 (Regulamento Aduaneiro), as infrações à legislação aduaneira são punidas com as seguintes espécies de penalidades:

Art. 675. As infrações estão sujeitas às seguintes penalidades, aplicáveis separada ou cumulativamente:

1 - perdimento do veículo;

II - perdimento da mercadoria;

III - perdimento de moeda;

IV - multa; e

V - sanção administrativa.

Diante do exposto, fica fácil perceber as infrações a que o adquirente e o encomendante estão sujeitos, nos termos do art. 30, do RIPI.

Questão 11 - ESAF/AFRFB/2012

A empresa comercial exportadora, que adquirir produtos industrializados com fim específico de exportação, é obrigada ao pagamento do IPI suspenso na saída dos produtos do estabelecimento industrial, caso referidos produtos venham a ser destruídos, furtados ou roubados.

Comentário: O art. 25, a, do RIPI estabelece que a empresa comercial exportadora é responsável pelo IPI que deixou de ser pago na saída do estabelecimento industrial, referente aos produtos por ela adquiridos com o fim específico de exportação, caso venha ocorrer a destruição, o furto ou roubo de tais produtos. Questão correta.

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Questão 12 - ESAF/TRF/2000

Segundo o vigente Regulamento do IPI, é o obrigado ao pagamento do imposto como responsável:a) o transportador, em relação aos produtos tributados que transportar desacompanhados da documentação comprobatória de sua procedência.b) o importador, em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira.c) o industrial, em relação ao fato gerador decorrente da saída de produto que industrializar em seu estabelecimento, bem assim quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar.d) o estabelecimento equiparado a industrial, quanto ao fato gerador relativo aos produtos que dele saírem, bem assim quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar.e) quem consumir ou utilizar em outra finalidade, ou remeter a pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras, o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, quando alcançado pela imunidade.

Comentário: É difícil memorizar todos os responsáveis elencados no art. 25 do RIPI. No entanto, nem sempre isso é necessário, como é o caso desta questão.

Analisando as alternativas, podemos verificar que apenas a letra A não se refere a uma modalidade de contribuinte do IPI. Nesse caso, quem é o responsável? Só pode ser esta alternativa. Acompanhe os comentários abaixo.

Alternativa A: Conforme o art. 25, I, do RIPI, trata-se de responsável pelo IPI. Item correto.

Alternativa B: Embora também seja sujeito passivo do IPI, o importador, na condição determinada por essa alternativa, é contribuinte do IPI (RIPI, art. 24, I). Item errado.

Alternativa C: Da mesma forma ql e a alternativa B, o industrial também é considerado contribuinte do IPI, conforme prevê o art. 24, II, do RIPI. Item errado.

Alternativa D: Da mesma forma que a alternativa B e C, o estabelecimento equiparado a industrial também é considerado contribuinte do IPI, nos termos do art. 24, III, do RIPI. Item errado.

Alternativa E: quem consumir ou utilizar em outra finalidade, ou remeter a pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras, o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, quando alcançado pela imunidade, é contribuinte do IPI, conforme preceitua o art. 24, IV, do RIPI. Item errado.

Gabarito: A

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Questão 13 - INÉDITA/2014

Os transportadores são pessoalmente responsáveis pelo extravio dos documentos que lhes tenham sido entregues pelos remetentes dos produtos.

Comentário: Conforme prevê o art. 324 do RIPI, os transportadores são pessoalmente responsáveis pelo extravio de documentos. Questão correta.

Questão 14 - INÉDITA/2014

São responsáveis os estabelecimentos que possuírem produtos tributados ou isentos, sujeitos a serem rotulados ou marcados, ou, ainda, ao selo de controle, quando não estiverem rotulados, marcados ou selados.

Comentário: Trata-se da literalidade do art. 25, V, do RIPI. Questão correta.

Questão 15 - ESAF/ATRFB/2012

São responsáveis solidários pelo pagamento do Imposto sobre Produtos Industrializadosa) os possuidores ou detentores, em relação os produtos tributados que possuírem ou mantiverem para fins de venda ou industrialização, acompanhados ou não de documentação comprobatória de sua procedência.b) os adquirentes de mercadorias de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora.c) os transportadores em relação aos produtos tributados que transportarem, acompanhados ou não de documentação comprobatória de sua procedência.d) os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras, o papel destinado à impressão de livros, mesmo que não alcançado pela imunidade prevista no art. 150 da Constituição Federal.e) os estabelecimentos equiparados a industrial, quanto aos fatos geradores relativos aos produtos que deles saírem, bem como quanto aos demais fatos geradores decorrente de atos que sejam por eles praticados.

Comentário:

Alternativa A: Os possuidores e detentores, na situação apresentada, seriam apenas responsáveis (não são responsáveis solidários), caso os produtos estivessem desacompanhados de documentação comprobatória de sua procedência. Pode-se dizer, então, que a questão contém dois erros. Item errado.

Alternativa B: O adquirente de mercadorias de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, é responsável solidário

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pelo pagamento do imposto e acréscimos legais, segundo dispõe o art. 27, III, do RIPI. Item correto.

Alternativa C: Semelhantemente ao que comentamos na Alternativa A, os transportadores, na situação apresentada, seriam apenas responsáveis (não são responsáveis solidários), caso os produtos estivessem desacompanhados de documentação comprobatória de sua procedência. Pode-se dizer, então, que a questão contém dois erros. Item errado.

Alternativa D: De acordo com o art. 24, IV, são contribuintes (não são responsáveis solidários) do IPI os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras, o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, quando alcançado pela imunidade. Item errado.

Alternativa E: Os estabelecimentos equiparados a industrial são contribuintes (não são responsáveis solidários), conforme determina o art. 24, III. Item errado.

Gabarito: Letra B

Questão 16 - INÉDITA/2014

é responsável a empresa comercial exportadora, em relação ao imposto que deixou de ser pago, na saída do estabelecimento industrial, referente aos produtos por ela adquiridos com o fim específico de exportação, se tiver transcorrido o prazo de 360 dias da data da emissão da nota fiscal de venda pelo estabelecimento industrial, sem que tenha sido efetivada a exportação.

Comentário: O candidato deveria se lembrar do prazo que as empresas comerciais exportadoras possuem para promover a exportação dos produtos por ela adquiridos com o fim específico de exportação. O prazo é de 180 dias, e não 360, como afirmado. Questão errada.

Questão 17 - INÉDITA/2014

é responsável pelo IPI a empresa fabricante, importadora ou distribuidora do papel imune quando o remete a outra empresa que não seja jornalística ou editora.

Comentário: De acordo com o art. 24, IV, os que remetem o papel imune a outra empresa que não seja jornalística ou editora são considerados contribuintes do IPI, e não responsáveis. Questão errada.

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3 - DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO

Provavelmente, você já deve ter estudado o tema "domicílio tributário", no Direito Tributário. Caso ainda não o tenha feito, não se preocupe, pois veremos cada detalhe necessário para "sacar" tudo desse assunto. Tudo bem?

Inicialmente, devemos entender que o domicílio tributário é o local onde as obrigações tributárias devem ser cumpridas. Isso significa que, quando a autoridade administrativa lavra um auto de infração contra determinado contribuinte, o seu domicílio tributário é o lugar onde ela irá encontrá-lo, a fim de que tome ciência da autuação.

O mesmo raciocínio é aplicável no processo de execução fiscal. Ou seja, quando o IPI, por exemplo, não é pago dentro do prazo legal, o Fisco promove uma execução judicial, com o intuito de satisfazer coercitivamente o crédito tributário. Nesse caso, o domicílio tributário será o lugar onde o contribuinte será citado, para integrar o processo de execução.

Um aspecto relevante sobre o domicílio tributário é que não se confunde com residência. O domicílio tributário é a sede jurídica, para fins de cumprimento de obrigações perante o Fisco. Já a residência diz respeito a uma situação de fato, isto é, é o local onde determinada pessoa "mora".

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Domicílio tributário ^ Local estabelecido para cumprimento de obrigações tributárias.

Residência ^ Local de moradia.

Vamos verificar, então, o que foi definido pelo RIPI como sendo o domicílio tributário, no que se refere ao IPI. O local se distinguirá, conforme vemos a seguir (RIPI, art. 32):

* Se for pessoa jurídica de direito privado, ou firma individual, o lugar do estabelecimento responsável pelo cumprimento da obrigação tributária;

* Se for pessoa jurídica de direito público, o lugar da situação da repartição responsável pelo cumprimento da obrigação tributária;

* Se for comerciante ambulante, a sede de seus negócios ou, na impossibilidade de determinação dela, o local de sua residência habitual, ou qualquer dos lugares em que exerça a sua atividade, quando não tenha residência certa ou conhecida; ou

* Se for pessoa natural, mas não for comerciante ambulante, o local de sua residência habitual ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade.

Observação 1: Quando não couber a aplicação das regras fixadas acima, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou

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responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.

Observação 2: A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do § 1° (lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos).

Assim, percebe-se que, diante da impossibilidade de se aplicar as regras acima definidas (para pessoas jurídicas de direito privado ou público ou para pessoas naturais), o domicílio tributário do contribuinte ou responsável é o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.

Destaque-se também a possibilidade de a autoridade administrativa recusar o domicílio eleito, desde que impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do IPI, sendo que o domicílio, neste caso, será o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.

Vamos esquematizar:

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praticar!H O R A DE

Questão 18 - INÉDITA/2014

No que se refere ao cumprimento das obrigações tributárias referentes ao IPI, o Decreto 7.212/2010 estabelece acerca do domicílio tributário do sujeito passivo o seguinte, exceto:a) Se comerciante ambulante, o domicílio deverá ser o local de sua residência habitual, ou qualquer dos lugares em que exerça a sua atividade, quando não tenha residência certa ou conhecida;b) se pessoa jurídica de direito privado, ou firma individual, o domicílio será o lugar do estabelecimento responsável pelo cumprimento da obrigação tributária;c) Se pessoa jurídica de direito público, o domicílio será o lugar da situação da repartição responsável pelo cumprimento da obrigação tributária;d) Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos do art. 32 do RIPI, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.e) A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando- se então a regra de que será considerado como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.

Comentário: Embora se trate de uma questão um pouco extensa, perceba que houve apenas cópia do texto da lei, sendo que, na Letra A, o erro está em mencionar, em primeiro lugar, que o domicílio do comerciante ambulante deverá ser o local de sua residência habitual.O correto seria dizer que o domicílio seria a sede dos seus negócios, ou o local de sua residência habitual, ou qua|quer dos lugares em que exerça a sua atividade. Perceba que há uma ordem a ser seguida, e que somente se passa à segunda ou terceira possibilidade caso as anteriores sejam impossíveis. Todas as demais alternativas estão corretas. A alternativa errada é a Letra A.

Questão 19 - INÉDITA/2014

O domicílio tributário do contribuinte ou responsável se confunde com a sua residência, ou seja, o local de moradia do sujeito passivo é necessariamente o seu domicílio tributário.

Comentário: O domicílio tributário do contribuinte é o local estabelecido para fins de cumprimento de obrigações perante o Fisco. Já a residência diz respeito ao local de moradia da pessoa. Questão errada.

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Questão 20 - INÉDITA/2014

A autoridade administrativa, sempre que julgar necessário, pode recusar o domicílio tributário eleito pelo sujeito passivo.

Comentário: Somente é permitido recusar o domicílio eleito pelo sujeito passivo quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo. Questão errada.

Questão 21 - INÉDITA/2014

O domicílio tributário do sujeito passivo, para efeito de cumprimento das obrigações tributárias relativas ao IPI, em nenhuma hipótese pode ser o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.

Comentário: Quando não for possível a aplicação das regras previstas nos incisos I a IV, do art. 32, do RIPI, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação. Questão errada.

Ficamos por aqui!

Um abraço e até o nosso próximo encontro.

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4 - LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

Questão 01 - INÉDITA/2014

De acordo com o Decreto 7.212/2010 (Regulamento do IPI), considera-se sujeito passivo do IPI, na qualidade de contribuinte os seguintes, exceto:a) O importador, em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira;b) O industrial, em relação ao fato gerador decorrente da saída de produto que industrializar em seu estabelecimento, bem como quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar;c) O estabelecimento equiparado a industrial, quanto ao fato gerador relativo aos produtos que dele saírem, bem como quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar;d) O transportador, em relação aos produtos tributados que transportar, desacompanhados da documentação comprobatória de sua procedência;e) Os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras, o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, quando alcançado pela imunidade prevista no inciso I do art. 18 do RIPI.

Questão 02 - ESAF/TRF/2003

Para ser caracterizado como tal, o estabelecimento industrial devea) estar estabelecido em local apropriado, ou seja, na área industrial do município.b) exercer uma, ou mais, das operações a seguir: transformação, beneficiamento, montagem, condicionamento ou recondicionamento e renovação ou restauração, e que destas operações resulte produto tributado, ainda que de alíquota zero.c) revender produtos industrializados por terceiros, na condição de estabelecimento atacadista.d) somente elaborar produtos com alíquota do IPI superior a 0% (zero por cento).e) importar produtos industrializados diretamente do exterior e dê saída a tais produtos.

Questão 03 - ESAF/TRF/2000

Não se considera estabelecimento industrial o que executa operações de que resulte produto tributado, quando a alíquota for zero.

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Questão 04 - ESAF/TRF/2000

Não se equiparam a estabelecimento industrial os estabelecimentos importadores de produtos de procedência estrangeira, que dêem saída a esses produtos, se não realizam qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo.

Questão 05 - ESAF/TRF/2000

Não se considera industrialização o preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem de apresentação.

Questão 06 - ESAF/TRF/2002-1

Relativamente às cooperativas, constituídas nos termos da Lei n° 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que se dedicarem a venda em comum dos bens de produção, recebidos de seus associados para comercialização, a legislação sobre produtos industrializados as considera estabelecimentos:a) equiparados à Industrial.b) Industriaisc) Equiparados a importadores.d) Equiparados à Industrial, por opção.e) Comerciais.

Questão 07 - ESAF/ATRFB/2012

São equiparados aos estabelecimentos industriais para fins de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados os estabelecimentos que comercializam produtos cuja industrialização tenha sido realizada por outro estabelecimento da mesma firma ou de terceiro, mediante a remessa, por eles efetuada, de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou modelos.

Questão 08 - ESAF/ATRFB/2012

São equiparados aos estabelecimentos industriais para fins de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados os estabelecimentos, ainda que varejistas, que receberem, para comercialização, diretamente da repartição que os liberou, produtos importados por outro estabelecimento da mesma firma.

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Estratégiar n N r i l R ç n ' ; * *C O N C U R S O S

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Questão 09 - ESAF/ATRFB/2012 |

São equiparados aos estabelecimentos industriais para fins de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados os estabelecimentos atacadistas e cooperativas de produtores que derem saída a bebidas alcoólicas.

Questão 10 - INÉDITA/2014 1

Em função do princípio da autonomia dos estabelecimentos, pode-se dizer queé considerado contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial ou comerciante, em relação a cada fato gerador que decorra de ato que praticar.

Questão 11 - ESAF/AFRFB/2012 |

A empresa comercial exportadora, que adquirir produtos industrializados com fim específico de exportação, é obrigada ao pagamento do IPI suspenso na saída dos produtos do estabelecimento industrial, caso referidos produtos venham a ser destruídos, furtados ou roubados.

Questão 12 - ESAF/TRF/2000 |

Segundo o vigente Regulamento do IPI, é o obrigado ao pagamento do imposto como responsável:a) o transportador, em relação aos produtos tributados que transportar desacompanhados da documentação comprobatória de sua procedência.b) o importador, em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira.c) o industrial, em relação ao fato gerador decorrente da saída de produto que industrializar em seu estabelecimento, bem assim quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar.d) o estabelecimento equiparado a industrial, quanto ao fato gerador relativo aos produtos que dele saírem, bem assim quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar.e) quem consumir ou utilizar em outra finalidade, ou remeter a pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras, o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, quando alcançado pela imunidade.

Questão 13 - INÉDITA/2014 1

Os transportadores são pessoalmente responsáveis pelo extravio dos documentos que lhes tenham sido entregues pelos remetentes dos produtos.

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Questão 14 - INÉDITA/2014

São responsáveis os estabelecimentos que possuírem produtos tributados ou isentos, sujeitos a serem rotulados ou marcados, ou, ainda, ao selo de controle, quando não estiverem rotulados, marcados ou selados.

Questão 15 - ESAF/ATRFB/2012

São responsáveis solidários pelo pagamento do Imposto sobre Produtos Industrializadosa) os possuidores ou detentores, em relação os produtos tributados que possuírem ou mantiverem para fins de venda ou industrialização, acompanhados ou não de documentação comprobatória de sua procedência.b) os adquirentes de mercadorias de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora.c) os transportadores em relação aos produtos tributados que transportarem, acompanhados ou não de documentação comprobatória de sua procedência.d) os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras, o papel destinado à impressão de livros, mesmo que não alcançado pela imunidade prevista no art. 150 da Constituição Federal.e) os estabelecimentos equiparados a industrial, quanto aos fatos geradores relativos aos produtos que deles saírem, bem como quanto aos demais fatos geradores decorrente de atos que sejam por eles praticados.

Questão 16 - INÉDITA/2014

é responsável a empresa comercial exportadora, em relação ao imposto que deixou de ser pago, na saída do estabelecimento industrial, referente aos produtos por ela adquiridos com o fim específico de exportação, se tiver transcorrido o prazo de 360 dias da data da emissão da nota fiscal de venda pelo estabelecimento industrial, sem que tenha sido efetivada a exportação.

Questão 17 - INÉDITA/2014

é responsável pelo IPI a empresa fabricante, importadora ou distribuidora do papel imune quando o remete a outra empresa que não seja jornalística ou editora.

Questão 18 - INÉDITA/2014

No que se refere ao cumprimento das obrigações tributárias referentes ao IPI, o Decreto 7.212/2010 estabelece acerca do domicílio tributário do sujeito passivo o seguinte, exceto:

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a) Se comerciante ambulante, o domicílio deverá ser o local de sua residência habitual, ou qualquer dos lugares em que exerça a sua atividade, quando não tenha residência certa ou conhecida;b) se pessoa jurídica de direito privado, ou firma individual, o domicílio será o lugar do estabelecimento responsável pelo cumprimento da obrigação tributária;c) Se pessoa jurídica de direito público, o domicílio será o lugar da situação da repartição responsável pelo cumprimento da obrigação tributária;d) Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos do art. 32 do RIPI, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.e) A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando- se então a regra de que será considerado como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.

Questão 19 - INÉDITA/2014

O domicílio tributário do contribuinte ou responsável se confunde com a sua residência, ou seja, o local de moradia do sujeito passivo é necessariamente o seu domicílio tributário.

Questão 20 - INÉDITA/2014

A autoridade administrativa, sempre que julgar necessário, pode recusar o domicílio tributário eleito pelo sujeito passivo.

Questão 21 - INÉDITA/2014

O domicílio tributário do sujeito passivo, para efeito de cumprimento das obrigações tributárias relativas ao IPI, em nenhuma hipótese pode ser o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.

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5 - GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

1 Letra D2 Letra B3 ERRADA4 ERRADA5 CORRETA6 Letra D7 CORRETA8 CORRETA9 CORRETA10 CORRETA11 CORRETA12 Letra A13 CORRETA14 CORRETA15 Letra B16 ERRADA17 ERRADA18 Letra A19 ERRADA20 ERRADA21 ERRADA

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