legislação urbanística-aula 02-constituição federal, estadual e lei orgânica

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    CONSTITUIO DO ESTADO DA PARABATTULO VI - DA TRIBUTAO E DO ORAMENTO

    CAPTULO I - DO SISTEMA TRIBUTRIO ESTADUAL

    Seo I - Dos Princpios GeraisSeo II - Dos Impostos Pertencentes ao Estado

    Seo III - Dos Impostos Pertencentes ao Municpio

    Art. 163. Compete aos Municpios instituir impostos sobre:

    I - propriedade predial e territorial urbana,que poder ser progressivo, nos termos da lei municipal, para assegurar o cumprimento dafuno social da propriedade;

    II -transmissesinter vivos, a qualquer ttulo, por ato oneroso, de bensimveis por natureza ou acesso fsica, e de direitos reais sobre imveis, exceto os degarantia, bem como cesso de direitos a sua aquisio, que competem ao Municpio dasituao do bem;

    III -vendas a varejo de combustveis lquidos e gasosos, exceto leo diesel;IV -servios de qualquer natureza,no compreendidos no art. 155,

    I, b, da Constituio Federal, definidos em lei complementar. 1 Cabe a lei complementar federal fixar as alquotas mximas dos impostos referidos

    nos inciso III e IV deste artigo, bem como excluir, da incidncia do imposto previsto noinciso IV, exportao de servios para o exterior.

    2 O imposto de que trata o inciso II no incide sobre a transmisso de bens oudireitos incorporados ao patrimnio de pessoa jurdica em realizao de capital, nem sobrea transmisso de bens ou direitos decorrentes de fuso, incorporao, ciso ou extino de pessoa jurdica, salvo se, neste caso, a atividade preponderante do adquirente for a compre venda desses bens ou direitos, locao de bens imveis ou arrendamento mercantil.

    Art. 164.Os Municpios recebero ainda:I - o produto da arrecadao do imposto da Unio sobre renda e

    proventos de qualquer natureza,incidente na fonte sobre rendimentos

    pagos, a qualquer ttulo, por eles, suas autarquias e pelas fundaes queinstiturem e mantiverem;II - cinqenta por cento do produto da arrecadao da Unio sobre a propriedade

    territorial rural, relativamente aos imveis neles situados;III - cinqenta por cento da arrecadao do imposto do Estado sobre a propriedade de

    veculos automotores licenciados em seus territrios;IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadao do imposto do Estado sobre

    operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte

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    interestadual e intermunicipal e de comunicao. As parcelas de receita pertencentes aosMunicpios, mencionadas neste inciso, sero creditadas conforme os seguintes critrios: trquartos, no mnimo, na proporo do valor adicionado nas operaes relativas circulaode mercadorias e nas prestaes de servios, realizadas em seus territrios; at um quartode acordo com o que dispuser a lei estadual;

    V - a percentagem que lhes couber, noFundo de Participao dosMunicpios, conforme o disposto no art. 159, I,b, da Constituio Federal;VI - o percentual do produto de arrecadao do imposto sobre produtos

    industrializados, de competncia da Unio, por esta entregue ao Estado, proporcionalmentao valor das respectivas exportaes dos referidos produtos;

    VII - para efeito de clculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no art159 da Constituio Federal, excluir-se- a parcela de arrecadao do imposto de renda e proventos de qualquer natureza, pertencentes aos Municpios.

    Art. 176.Os Municpios, para execuo de projetos, programas, obras,servios ou despesas, cuja execuo se prolongue alm de um exercciofinanceiro, devero elaborar planos plurianuais, aprovados por lei.

    CAPTULO II - DA POLTICA URBANA

    Art. 184. A poltica de desenvolvimento urbano ser fixada em leimunicipal e obedecer s diretrizes gerais, com o objetivo de ordenar opleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.

    Pargrafo nico. As diretrizes gerais do planejamento urbano constaro,obrigatoriamente, da lei orgnica dos Municpios e tero como parmetros os princpios bsicos inseridos nesta e na Constituio Federal.

    Art. 185. A propriedade urbana realiza sua funo social quandoatende s exigncias fundamentais de ordenao da cidade.

    1 obrigatrio, para as cidades demais de vinte mil habitantes, umplano diretor urbano, aprovado pela Cmara Municipal.

    2 O Municpio, com populao inferior a vinte mil habitantes, ser assistido pelorgo ou entidade estadual de desenvolvimento urbano, na elaborao das diretrizes gerai

    de ocupao de seu territrio. 3 Pode ser exercida a iniciativa de projetos de lei, de interesse especfico de cidadeou de bairros, mediante a manifestao de pelo menos cinco por cento do eleitorado.

    4 As desapropriaes dos imveis urbanos sero feitas com prvia e justaindenizao em dinheiro.

    5 facultado ao Poder Pblico Municipal, mediante lei especfica, exigir do proprietrio do solo urbano no edificado, no utilizado ou subutilizado, o seu adequado

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    aproveitamento, conforme as normas previstas no plano diretor urbanstico, aprovado pelaCmara de Vereadores, observada a lei federal.

    6 A desobedincia a essa norma determinar pena, sucessivamente, de parcelamentoou edificao compulsria, estabelecimento de imposto progressivo no tempo edesapropriao com pagamento em ttulos da dvida pblica, de emisso previamente

    aprovada pelo Senado Federal. 7 O prazo de resgate ser de dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas,assegurados o valor real de indenizao e os juros legais.

    8 Lei Municipal, de cujo processo de elaborao as entidadesrepresentativas da comunidade local participaro, estabelecer, com baseno plano diretor, normas sobre saneamento, parcelamento e loteamento,uso e ocupao de solo, ndice urbanstico, proteo ambiental e demaislimitaes administrativas sobre edificaes, construo de imveis emgeral, fixando prazos para a expedio de licenas e autorizao.

    Art. 186. O Estado assistir os Municpios na elaborao dos planosdiretores, caso o solicitem.

    Pargrafo nico. Na liberao de recursos do errio estadual e na concesso de outros benefcios em favor de objetivos de desenvolvimento urbano e social, o Estado atender prioritariamente, ao Municpio j dotado de plano diretor, para o fim de:

    a) preservao do meio ambiente natural e cultural; b) ordenamento do territrio, sob os requisitos de zoneamento, do uso, de parcelamento

    e de ocupao do solo urbano;c) garantia de saneamento bsico;d) participao das entidades comunitrias no planejamento e controle da execuo dos

    programas a elas pertinentes;

    e) urbanizar e regularizar as reas deterioradas, preferencialmente, sem remoo dosmoradores;f) manuteno de sistema de limpeza pblica e adequado tratamento final do lixo;g) reserva de reas urbanas para implantao de projetos de cunho social;h) atividades extrativas de recursos minerais e hdricos em zonas urbanas.

    CAPTULO IV - DA PROTEO DO MEIO AMBIENTE E DO SOLO

    Art. 227. O meio ambiente do uso comum do povo e essencial qualidade de vida, sendo dever do Estado defend-lo e preserv-lo para as

    presentes e futuras geraes.Pargrafo nico. Para garantir esse objetivo, incumbe ao Poder Pblico:I - preservar e restaurar os processos ecolgicos essenciais;II - proteger a fauna e a flora, proibindo as prticas que coloquem em risco sua funo

    ecolgica, provoquem a extino da espcie ou submetam os animais crueldade;III - proibir as alteraes fsicas, qumicas ou biolgicas, direta ou indiretamente

    nocivas sade, segurana e ao bem-estar da comunidade;

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    IV - promover a educao ambiental, em todos os nveis de ensino, e a conscientizao pblica para a preservao do meio ambiente;

    V - criar a disciplina educao ambiental para o 1, 2 e 3 graus, emtodo o Estado;

    VI - preservar os ecossistemas naturais, garantindo a sobrevivncia dafauna e da flora silvestres, notadamente das espcies raras ou ameaadasde extino;

    VII considerar de interesse ecolgico do Estado toda a faixa de praiade seu territrio at cem metros da mar de sizgia, bem como a falsia doCabo Branco, Coqueirinho, Tambaba, Tabatinga, Forte e Cardosa, e,ainda, os remanescentes da Mata Atlntica, compreendendo as matas deMamanguape, Rio Vermelho, Buraquinho, Amm, Aldeia e Cavau, deAreia, as matas do Curimata, Brejo, Agreste, Serto, Cariri, a reservaflorestal de So Jos da Mata no Municpio de Campina Grande e o Pico

    do Jabre em Teixeira, sendo dever de todos preserv-los, nos termos destaConstituio e da lei;VIII - elaborar o inventrio e o mapeamento das coberturas vegetais nativas, visando

    adoo de medidas especiais de proteo;IX - designar os mangues, esturios, dunas, restingas, recifes, cordes

    litorneos, falsias e praias, como reas de preservao permanente.

    Art. 228. A construo, a instalao, a ampliao e o funcionamentode estabelecimentos, equipamentos, plos industrias, comerciais etursticos, e as atividades utilizadoras de recursos ambientais, bem como

    as capazes, sob qualquer forma, de causar degradao ambiental, semprejuzo de outras licenas exigveis, dependero de prvio licenciamentodo rgo local competente, a ser criado por lei, integrante do SistemaNacional do Meio Ambiente - SISNAMA.

    1 O rgo local de proteo ambiental, de que trata ocaput deste artigo, garantir,na forma do art. 225 da Constituio Federal a efetiva participao do rgo regionalestadual da rea especfica, do Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico do Estado daParaba IPHAEP, da Associao Paraibana dos Amigos da Natureza APAN, e deentidades classistas de reconhecida representatividade na sociedade civil, cujas atividadeestejam associadas ao controle do meio ambiente e preservao da sadia qualidade devida.

    2 Estudo prvio de impacto ambiental ser exigido para instalao de obra ouatividades potencialmente causadoras de degradao do meio ambiente.

    Art. 229. A zona costeira, no territrio do Estado da Paraba, patrimnio ambiental, cultural, paisagstico, histrico e ecolgico, nafaixa de quinhentos metros de largura, a partir da preamar de sizgia

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    para o interior do continente, cabendo ao rgo estadual de proteo aomeio ambiente sua defesa e preservao, na forma da lei.

    1 O plano diretor dos Municpios da faixa costeira disciplinar asconstrues, obedecidos, entre outros, os seguintes requisitos:

    a) nas reas j urbanizadas ou loteadas, obedecer-se- a umescalonamento de gabaritos a partir de doze metros e noventacentmetros, compreendendo pilotis e trs andares, podendo atingir trintae cinco metros de altura, no limite da faixa mencionada neste artigo;

    b) nas reas a serem urbanizadas, a primeira quadra da praia devedistar cento e cinqenta metros da mar de sizgia para o continente,observado o disposto neste artigo;

    c) constitui crime de responsabilidade a concesso de licena para aconstruo ou reforma de prdios na orla martima, em desacordo com odisposto neste artigo.d) excetua-se do disposto nas alneas anteriores, a rea do portoorganizado do Municpio de Cabedelo, constituda na forma da legislaofederal e respectivas normas regulamentares, para as construes einstalaes industriais.

    Alnea d acrescentada pela Emenda Constitucional n 15, de 28de agosto de 2003.

    2 As construesreferidas no pargrafo anterior devero obedecer a

    critrios que garantam os aspectos de aerao, iluminao e existncia deinfra-estrutura urbana, compatibilizando-os, em cada caso, com os referenciaisde adensamento demogrfico, taxa de ocupao e ndice deaproveitamento.

    Art. 230.A conservao e a proteo dos componentes ecolgicos e o controle daqualidade do meio ambiente sero atribudos a um conselho, que ser formado na proporo de um tero de representantes do rgo estadual da rea especfica, um tero derepresentantes de entidades cujas atividades estejam associadas ao controle ambiental e umtero de representantes do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia dParaba.

    Art. 231. O Estado estabelecer plano de proteo ao meio ambiente, adotandomedidas indispensveis utilizao racional da natureza e reduo da poluio causada pela atividade humana.

    Art. 232. No territrio paraibano, vedado instalar usinas nucleares e depositar lixoatmico no produzido no Estado.

    Art. 233.O Estado agir direta ou supletivamente na proteo dos rios, crregos elagoas e dos espcimes neles existentes contra a ao de agentes poluidores, provindos dedespejos industriais.

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    XII - organizar e prestar, diretamente, ou sob regime de concesso oupermisso, os servios pblicos;XIll - planejar o uso e ocupao do solo em seu territrio;XIV - estabelecer normas de edificao, de loteamento, de arruamento ede zoneamento urbano e rural, bem como as limitaes urbansticasconvenientes ordenao do seu territrio, observada a lei federal;XV - conceder e renovar licena para localizao de estabelecimentosindustriais, comerciais, prestadoras de servios quaisquer outros;XVI - cassar a licenaque houver concedido ao estabelecimento que setomar prejudicial sade, higiene, ao sossego, segurana ou aos bonscostumes, fazendo cessar a atividade ou determinando o fechamento doesta estabelecimento;XVII - estabelecer servides administrativas necessrias realizao de seus servios,inclusive dos seus concessionrios;XVIII - adquirir bens, inclusive mediante desapropriao;XIX - regular a disposio, o traado e as demais condies dos bens pblicos deconsumo;XX - regulamentar a utilizao dos logradouros pblicos e, especialmente, no permetrourbano, determinar o itinerrio e os pontos de parada dos transportes coletivos;XXI - fixar os locais de estacio namentos de txis e demais veculos;XXII - conceder, permitir ou autorizar os servios de transportes coletivos e de txis,fixando as respectivas tarifas;XXIII - fixar e sinalizar as zonas de silncios transito e trfego em condies especiais;XXIV - disciplinar os servios de carga e descarga e fixar a tonelagem mxima permitida a veculos que circulem em vias pblicas municipais;XXV - tornar obrigatria a utilizao da estao rodoviria; .XXVI - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como regulamentar efiscalizar sua utilizao;XXVII - prover sobre a limpeza das vias e logradouros pblicos, remoo e destino dolixo domiciliar e de outros resduos de qualquer natureza;XXVIII - ordenar as atividades urbanas, fixando condies e horriospara funcionamento de estabelecimentosindustriais, comerciais e deservios, observadas as normas federais pertinentes;XXIX - dispor sobre os servios funerrios e de Cemitrios, prestando assistnciasfinanceira a pessoas que perceberem at 01 (hum) Salrio Mnimo, desde que procuremajuda Municipal para despesas funerrias;

    XXX - regulamentar, licenciar, permitir, autorizar e fixao de cartazes e anncios, bemcomo a utilizao de quaisquer outros meios de publicidade e propaganda, nos locaissujeitos ao poder de polcia municipal;XXXI - prestar, com cooperao tcnica e financeira do Estado e da Unio, servios deatendimento sade da populao;XXXII - organizar e manter os servios de fiscalizao necessrios ao exerccio do seu poder de polcia administrativa;

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    XXXIII - fiscalizar, nos locais de vendas, peso, mediante as condiessanitrias dos gneros alimentcios;XXXIV - dispor sobre o depsito e venda de animais e mercadorias apreendidas emdecorrncia de transgresso da legislao municipal;XXXV - dispor sobre registro, vacinao e captura de animais, com a finalidade precpua

    de erradicar as molstias de que possam ser portadores ou transmissores;XXXVI - estabelecer e impor penalidades por infrao de suas leis e regulamentos;XXXVII - promover os seguintes servios:a) mercados, feiras e matadouros;b) construo e conservao de estradas e caminhos municipais;c) transportes coletivos municipais;d) iluminao pblica;e) servios bsicos de sade pblica e de medicina social;f) servios artsticos e culturais;g) servios educacionais e de formao profissional;h) servios de assistncia e de promoo social;i) servios de lazer, recreao e esportes; j) demais servios de interesse pblico de competncia municipal nostermos da Constituio Federal.XXXVIII - regulamentar o servio de cargos e aluguel, inclusive o uso de taxmetro;XXXIX - assegurar a expedio de certides administrativas municipais, para defesa dedireitos e esclarecimentos de situaes, estabelecendo os prazos de atendimento;XL - organizar, executar, controlar e fiscalizar os servios de trnsito e trfego dacompetncia municipal, arrecadando as multas, conforme a Lei Federal;XLI - exercer o poder de polcia administrativa;

    XLII - promover e incentivar o turismo local como fator de desenvolvimento social eeconmico;XLIII - realizar festa populares mantendo tradio e os costumes locais.

    Artigo 32- So objeto de leis complementares as seguintes matrias:l - Cdigo Tributrio Municipal;II - Cdigo de Obras ou de Edificaes;III - Cdigo de Posturas ; IV - Cdigo de Zoneamento; V - Cdigo deParcelamento do Solo; V I - Plano Diretor;VII - Regime Jurdico dosServidores; VIII - De Diretrizes Bsicas dos rgos Municipais;IX - Cdigode Meio Ambiente.Pargrafo nico - As leis complementares exigem para a sua aprovao o votofavorvel da maioria absoluta dos membros da Cmara.

    SEO II - Das Atribuies do Prefeito

    Artigo 59- Ao Prefeito, como chefe da administrao,competedar cumprimento sdeliberaes da Cmara, dirigir, fiscalizar e defender os interesses do Municpio, bem como

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    adotar, de acordo com a lei, todas as medidas administrativas de utilidade pblica, semexceder as verbas oramentrias.Artigo 60- Compete ao Prefeito, entre outras atribuies:l - a iniciativa das leis, na forma e casos previstos nesta Lei Orgnica;II - representar o Municpio;

    III - decretar, nos termos da Lei, a desapropriao por necessidade ouutilidade pblica, ou por interesse social.IV vetar, no todo ou em parte, os projetos de lei aprovados pelaCmara;V - editar medidas provisrias, expandir decretos, portarias e outros atosadministrativos;VI - permitir ou autorizar o uso de bens municipais por terceiros;V II - permitir ou autorizar a execuo de servios pblicos, porterceiros;V III - prover os cargos pblicas e expedir os atos referente situao funcional dosservidores;IX - enviar Cmara os projetos de lei relativos ao oramento anual e ao plano plurianualdo Municpio e das suas autarquias;X - encaminhar Cmara, at 15 de abril, a prestao de contas, bem como os balanos doexerccio findo;XI - encaminhar aos rgos compete os planos de aplicao e as prestaes de contasexigidas em lei;XII - prestar Cmara, dentro de trinta {30) dias, as informaes pela mesma solicitadas,salvo prorrogao, a seu pedido e por prazo determinado, em face da complexidade damatria ou da dificuldade de obteno, nas respectivas fontes, dos dados pleiteados;XIII - prover os servios e obras da administrao pblica;XIV - superintender a arrecadao dos tributos, bem como a guarda e aplicao da receita,autorizando as despesas e pagamentos dentro das disponibilidades oramentrias ou doscrditos votados pela Cmara;XV - prover os recursos correspondentes s dotaes oramentrias, compreendidos oscrditos suplementares e especiais, destinados Cmara Municipal que sero entregues ato dia 10 (dez) de cada ms, em quotas correspondentes a 1 (um) duodcimo;XVI - aplicar multas previstas em leis e contratos, bem como v-las quando impostasirregularmente;XVII - resolver sobre os requerimentos, reclamaes ou representaes que lhe foremdirigidas;XVIII - oficializar, obedecidas as normas urbansticas aplicveis, as vias e logradouros

    pblicos, mediante denominao aprovada pela Cmara;XIX - convocar extraordinariamente a Cmara quando o interesse da administrao oexigir;XX - aprovar projetos de edificao e planos de loteamento, arruamento ezoneamento urbano ou para fins urbanos;XXI - apresentar, anualmente, Cmara, relatrio circunstanciado sobre o estado das obrase dos servios municipais, bem assim o programa da administrao para o ano seguinte;

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    XXII -- organizar os servios internos das reparties criadas por lei, sem exceder as verbas para tal destinadas;XXIII - contrair emprstimos e realizar operaes de crdito, mediante prvia autorizaoda Cmara;XXIV - providenciar sobre a administrao dos bens do Municpio e sua alienao, na

    forma da lei;XXV - organizar e dirigir, nos termos da lei, os servios relativos s terras do Municpio;XXVI - desenvolver o sistema virio do Municpios;XXVII - conceder auxlios, prmios e subvenes, nos limites das respectivas verbasoramentrias e do plano de distribuies, prvia e anualmente aprovado pela Cmara;XXVIII - estabelecer a diviso 'administrativa do Municpio, de acordo com a lei;XIS - providenciar sobre o incremento do ensino;XXX - solicitar o auxilio das autoridades policiais do Estado para garantia do cumprimentodos seus atos;XXXI - solicitar, obrigatoriamente, autorizao Cmara para ausentasse do Municpio potempo superior a vinte (20) dias;

    XXXII - adotar providncias para a conservao , patrimnio municipal;XXXIII - publicar, at trinta (30) dias aps o encerramento de cada bimestre, relatrioresumido da execuo oramentria;XXXIV - delegar, por ato expresso, atribuies a seus auxiliares, podendo, a qualquer tempo, a seu critrio, avocar a si a competncia delegada.

    CAPTULO II - DOS ATOS MUNICIPAIS

    Artigo 76- A formalizao dos atos administrativos da competncia doPrefeito far-se:

    d) declarao de utilidade pblica ou de interesse social para efeito dedesapropriao ou servido administrativa;n) medidas executrias do plano diretor;

    TTULO V I - DO DESENVOLVIMENTOCAPTULO I - DO PLANEJAMENTOSEO I - Disposies Gerais

    Artigo 131 - O Governo Municipal manter processo permanente doplanejamento, visando promover o desenvolvimento do Municpio, o bem-estar da populao e a e melhoria da prestao dos servios pblicosmunicipais.Pargrafo nico O desenvolvimento do Municpio ter por objetivo arealizao plena de seu potencial econmico e a reduo das desigualdadessociais no acesso aos bens e servios, respeitadas as vocaes, as

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    peculiaridades e a cultura locais e preservao do seu patrimnio ambiental,natural e construdo.

    Artigo 132 O processo de planejamento municipal dever considerar osaspectos tcnicos envolvidos na fixao de objetivos, diretrizes e metaspara a ao municipal, propiciando que autoridade civil participem dodebate sobre os problemas locais e as alternativas para o seuenfrentamento, buscando conciliar interesses e solucionar conflitos.

    Artigo 133 O planejamento municipal dever orientar-se pelos seguintesprincpios bsicos:I democracia e transparncia no acesso s informaes disponveis;II eficincia na utilizao dos recursos financeiros, tcnicos e humanosdisponveis;III complementariedade e integrao de polticas, planos e programassetoriais;IV viabilidade tcnica e econmica das proposies, avaliada a partir dointeresse da soluo e dos benefcios pblicos;V respeito e adequao realidade local e regional e consonncia comos planos e programas estaduais e federais existentes.

    Artigo 134 A elaborao e a execuo dos planos e dos programas doGoverno Municipal obedecero s diretrizes do plano diretore teroacompanhamento e avaliao permanente, de modo a garantir o seu xito eassegurar sua continuidade no horizonte de tempo necessrio:

    Artigo 135 O planejamento das atividades do Governo Municipal obedecers diretrizes deste captulo e ser feito por meio da elaborao e manutenoatualizada, entre outros, dos seguintes instrumentos:I plano diretor;II plano do governo; III lei de diretrizes oramentrias; IV oramentoanual; V plano plurianual.

    Artigo 136 Os instrumentos de planejamento municipal mencionados no artigo anterior devero incorporar as propostas constantes dos planos e dos programas setoriais doMunicpio, dadas as suas implicaes para o desenvolvimento local.

    SEO II - Da Poltica Urbana

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    Artigo 151 - A poltica urbana, a ser formulada no mbito do processo deplanejamento municipal, ter por objetivo o pleno desenvolvimento dasfunes sociais da cidade e o bem-estar dos seus habitantes, emconsonncia com as polticas sociais e econmicas do Municpio.Pargrafo nico - As funes sociais da cidade dependem do acesso de todosos cidados aos bens e aos servios urbanos, assegurando-se- lhes condiesde vida e moradia compatveis com estgio de desenvolvimento do Municpio.

    Artigo 152 - O plano diretor, aprovado por maioria absoluta da CmaraMunicipal, o instrumento bsico da poltica urbana a ser executada peloMunicpio. 1 - O plano diretor fixar os critrios que asseguram a funo social dapropriedade, cujo uso e ocupao devero respeitar a legislaourbanstica, a proteo do patrimnio ambiental natural e construdo e ointeresse da coletividade. 2 - O plano diretor dever ser elaborado com a participao dasentidades representantes da comunidade diretamente interessada. 3 - O plano diretor definir as reas especiais de interesse social,urbanstico ou ambiental, para as quais ser exigido aproveitamentoadequado nos termos previstos na Constituio Federal. 4 - Lei Municipal, de cujo processo da elaborao as entidadesrepresentativas da comunidade participaro, estabelecer, com base noplano diretor, normas sobre saneamento, parcelamento e loteamento, usoe ocupao de solo, ndice urbanstico, proteo ambiental e demaislimitaes administrativas sobre edificaes, construo e imveis emgeral, fixando prazos para a expedio de licenas e autoridades.

    Artigo 153 - O Municpio promover, em consonncia com sua polticaurbana e respeitadas as disposies de plano diretor,programas de habitaopopular destinados a melhorar as condies de moradia da populaocarente do Municpio. 1 - A ao do Municpio devero orientar-se para:I - ampliar o acesso a lotes mnimos dotados de infra-estrutura bsica e servios por transportes coletivos;II - estimular e assistir, tecnicamente, projetos comunitrios c associativos de construo dehabitao e servios;III - urbanizar, regularizar e titular as reas ocupadas por populao de baixa renda, passveis de urbanizao. 2 - Na promoo de seus programas de habitao popular, o Municpio dever articular se com os rgos estaduais regionais e federais competentes e, quando couber, estimular ainiciativa privada a contribuir para aumentar a oferta de moradias e compatveis com acapacidade econmica da populao.

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    3 - O Municpio apoiar a construo de moradias populares realizadas pelos prpriosinteressados, por regime de mutiro, por cooperativas habitacionais e por outras formasalternativas de apoio mtuo.

    Artigo 154 - O Municpio, em consonncia com a sua poltica urbana esegundo o disposto em seu plano diretor, dever promover programas desaneamento bsicodestinados a melhorar as condies sanitrias eambientais das reas urbanas e os nveis de sade da populao.Pargrafo nico - A ao do Municpio dever orientar-se para:I - ampliar progressivamente a responsabilidade local pela prestao de servios desaneamento bsico;II - executar programas de saneamento em reas pobres, atendendo populao de baixarenda, com solues adequadas e de baixo custo para o abastecimento de gua e esgotosanitrio;III - executar programas de educao sanitria e melhorar o nvel de p8rticipao dascomunidades na soluo de seus problemas de saneamento;IV - levar prtica, pelas autoridades competentes, tarifas sociais para o~ servios de gua.Artigo 155 - O Municpio dever manter articulao permanente com os demais municpiosde sua regio e com o Estado visando racionalizao da utilizao dos recursos hdricos edas bacias hidrogrficas, respeitadas as diretrizes estabelecidas pela Unio.

    Artigo 156 - O Municpio na prestao de servios de transporte pblico,far obedecer os seguintes princpios bsicos:I - segurana e conforto dos passageiros, garantindo em especial, acesso as pessoas portadoras de deficincias fsicas;II - prioridade a pedestres e usurios dos servios;

    llI - tarifa social, assegurar a gratuidade aos maior de 65 (sessenta e cinco) anos;IV - proteo ambiental contra a poluio atmosfrica e sonora;V - a integrao entre sistemas e meios de transportes e racionalizao de itinerrios;VI - participao das entidades representativas da comunidade dos usurios no planejamento e na fiscalizao dos servios; 1 - Fica assegurado aos usurios adquirentes de tquetes de transport8 coletivos o prazode validade de 60 (sessenta) dias para os referidos tquetes, independentemente dasvariaes de tarifas que se verificarem neste intervalo; 2 - O Poder Pblico Municipal, a partir da promulgao desta Lei, s permitir a entradaem circulao de novos nibus, desde que estejam adaptados para livre acesso e circulaode pessoas portadoras de deficincia fsica e motora.

    3 - Fica assegurado aos usurios adquirentes de Vale Transporte e Tquetes Estudantis detransportes coletivos, o tempo indeterminado de validade dos mesmos, at o seu uso total,independentemente das variaes de tarifas que se verificarem neste intervalo. 4 - Os condutores autnomos e as cooperativas de motoristas tero preferncia nas permisses para funcionamento de Txis, concedidas pelo Municpio. 5 - Aos Oficiais de Justia, na ativa, assegurada, nos dias teis, gratuidade nos serviosde transporte coletivo.

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    6 - Aos policiais civis, na ativa, assegurada, nos dias teis gratuidade nos servios detransporte coletivo.

    Artigo 157 - O Poder Pblico Municipal implantar o ConselhoMunicipal de Transportes Pblicos, que ter como responsabilidade ecompetncia a formulao, implantao e fiscalizao da poltica municipal detransportes coletivos. 1 - A composio deste Conselho ciar-se- de modo paritrio entre o Poder Pblico e derepresentantes do segmento Classista e da sociedade civil. 2 - A Superintendncia de Transportes Pblicos - STP, funcionar, como secretariaexecutiva e operacional do referido Conselho.

    Artigo 158 - O Municpio, em consonncia com sua poltica urbana esegundo o disposto em seu plano diretor, dever promover planos eprogramas setoriaisdestinados a melhorar as condies de transporte pblico, da circulao de veculos e da segurana do trnsito.

    Artigo 159 - O Conselho de Desenvolvimento Urbano, com funesconsultivas e deliberativas, ser o rgo formulador da proposta dedesenvolvimento urbano, promovendo articulao intersetorial eintergovernamental com vistas gerao de uma poltica de promoo do bem-estar coletivo e o ordenamento das diferentes funes do espao urbanomunicipal.Pargrafo nico - O Conselho de desenvolvimento Urbano, rgo de assessoramentosuperior para a definio da poltica de desenvolvimento urbano, ser composto paritariamente por representantes de rgos pblicos municipais e de rgos de outrasesferas de governo e por entidades publicas de natureza associativa ou comunitria, tendosua organizao, competncia e funciona mento definidos em Lei.

    Artigo 160 - Todas as reas de edificaes, logradouros e demaiselementos urbanos tombados pelo Patrimnio Histrico e Artstico doEstado da Paraba, incluindo, os pertencentes a particulares, porcumprirem finalidade social e cultural, tero tratamento diferenciado eincentivos fiscais e financeiros quando conservados adequadamente e emconsonncia com as normas e tcnicas de preservao vigentes.Pargrafo nico - A no conservao dos referidos bens de valor histrico e cultural serobjeto de tratamento fiscal progressivo, podendo incorrer em sua desapropriao pelo PodePblico Municipal.

    Artigo 161 - Para assegurar as funes sociais de Cidade e depropriedade, o Poder Pblico usar, principalmente os seguintesinstrumentos:

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    I - imposto progressivo sobre imvel;II - desapropriao por interesse social ou utilidade pblica;III - discriminao de terras pblicas, destinadas prioritariamente aassentamentos de baixa renda;IV - inventrios, registros, vigilncia e tombamento de imveis;V - contribuio de melhoria;VI - tributao dos vazios urbanos;VII - extrafiscalidade na tributao.

    Artigo 162 - As terras pblicas no utilizadas ou subutilidades seroprioritariamente destinadas a assentamentos humanos de populao debaixa tenda.

    Artigo 163- Ficam vedadas as concesses de habite-se dos conjuntos habitacionais que soba responsabilidade dos setores pblico e privado no tenham concludo o programa deurbanizao, equipamentos urbanos ou comunitrios e demais infra-estruturasindispensveis moradia condigna dos muturios adquirentes.Artigo 164- O Municpio destinar mensalmente, para obras que beneficiem diretamente,as populaes dos bairros onde estejam instaladas indstrias, parcela do produto dorecolhimento dos impostos dessas indstrias, repassados pelo Estado, por fora dos incisosIV e VI do artigo 164 da Constituio Estadual.

    SEO III - Da Cincia e Tecnologia

    Artigo 165 - O Municpio de Joo Pessoa estabelecer uma Poltica

    Municipal de Cincias e Tecnologia, com vistas promoo de estudos, pesquisa e outras atividades cientficas e tecnolgicas, buscando atualizar odesempenho das secretarias, empresas e rgos municipais aumentandoqualitativa e quantitativamente os produtos e servios que lhe compete,oferecer e prestar populao.

    Artigo 166- A Poltica Municipal de Cincia e Tecnologia ficar a cargo, do ExecutivoMunicipal, e ser estabelecida por um rgo definido em lei, composto por representantesda comunidade cientfica e tecnolgica. de representantes do Executivo e LegislativoMunicipais.

    Artigo 167- Fica criado o Fundo Municipal de Cincia e Tecnologia, com o objetivo decentralizar a gesto e obteno de recursos destinados ao incremento desta rea.Pargrafo nico - O Fundo Municipal de Cincia e Tecnologia ter seu funcionamentoregulamentado atravs de lei complementar, bem como a indicao das origens dosrecursos.

    SEO IV - Da Poltica do Meio Ambiente

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    Artigo 168 - O Municpio dever atuar no sentido de assegurar a todos oscidados o direito ao meio ambiente ecologicamente saudvel eequilibrado, bem de uso comum do povo e essencial qualidade de vida.Pargrafo nico - Para assegurar efetividade a este direito, o Municpio dever articular-secom rgos estaduais, regionais e federais competentes e ainda, quando for o caso, comoutros municpios, objetivando a soluo de problemas comuns relativos proteoambiental.

    Artigo 169 - Fica criado o Fundo de Defesa Ambiental. 1 - Constituiro o Fundo, recursos provenientes:I - de dotaes oramentrias;II - da arrecadao de multas previstas em lei;IIl - do reembolso do custo de servios prestados pela Prefeitura aos requerentes de licena prevista em Lei;IV - transferncia da Unio, do Estado ou de outras entidades pblicas;V - sanes legais. 2 - O Fundo ser administrado pelo rgo municipal competente e ter o seu plano deaplicao elaborado pelo Conselho Municipal de Proteo Ambiental.

    Artigo 170 -- O Municpio dever atuar mediante planejamento, controlee fiscalizao das atividades pblicas ou privadas, causadoras efetivas oupotenciais de alteraes significativas no meio ambiente incumbindo oPoder Pblico Municipal:I - prestar e restaurar os processos ecolgico essenciais;II - proteger a fauna e a flora, proibindo as praticas que coloquem em risco sua funoecolgica, provoquem a extino da espcie ou submetam os animais crueldade;III - proibir as alteraes fsicas, qumicas ou biolgicas, direta ou indiretamente nocivas asade, segurana e ao bem-estar social da comunidade;IV - promover a educao ambiental em todos os nveis de ensino, e a conscientizao pblica para preservao do meio ambiente;V - preservar os ecossistemas naturais, garantindo a sobrevivncia da fauna e da florasilvestres, notadamente das espcies raras ou ameaadas de extino;VI - considerar de interesse ecolgico do Municpio toda a faixa de praiado seu territrio at 100 (cem) metros da mar de Sizgia para o interiordo continente, bem como a falsia do Cabo Branco, o Parque ArrudaCmara, os vales dos Rios Jaguaribe, Cui, do Cabelo, gua Fria,

    Gramame, Sanhau, Paraba, Tambi, Mandacaru e outros ecossistemashdricos que cortam o seu territrio e seus respectivos manguezais; asmatas do Buraquinho, Cabo Branco e outras que detenhamcaractersticas para sua preservao permanente.VII - impor ao degredador do meio ambiente, atravs dos meios legais disponveis, aobrigao de recuper- lo, independente das sanes previstas na lei Federal.

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    Artigo 171 - A poltica urbana do Municpio e o seu plano diretor deverocontribuir para a proteo do meio ambiente, atravs da adoo dediretrizes adequadas de uso e ocupao do sola urbano.

    Artigo 172- As empresas concessionrias ou permissionria de servios pblicos, deveroatender rigorosamente aos dispositivos de proteo ambiental, sob pena de ser suspensas oude no ter renovada a concesso ou permisso pelo Municpio.Artigo 173- O Municpio assegurar participao do cidado no planejamento e nafiscalizao de proteo ambiental, garantindo o amplo acesso dos interessados sinformaes sobre as fontes de poluio e degradao ambiental ao seu dispor.Artigo 174-- A construo, a instalao, a ampliao e funcionamento deestabelecimentos, equipamentos, plos industriais, comerciais, tursticos, e as atividadesutilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradao ambiental, sem prejuzode outras licenas exigveis, dependero de prvio licenciamento do Conselho Municipal dProteo Ambiental.Pargrafo nico - Estudo prvio de impacto ambiental ser exigido paru instalao de obraou atividade potencialmente causadora de degradao do meio ambiente.

    Artigo 175 - A zona costeira no territrio do Municpio de Joo Pessoa, patrimnio ambiental, cultural, paisagstico, histrico e ecolgico, nafaixa de quinhentos metros de largura, a partir da preamar, da Sizgia,para interior do continente, cabendo ao Municpio sua defesa epreservao. 1 - O Plano Diretor do Municpio de Joo Pessoa disciplinar asconstrues na zona costeira, obedecendo, entre outros, os seguintesrequisitos:a) nas reas a serem loteadas e urbanizadas, a primeira quadra da praiadistar cento e cinqenta metros da mar de Sizgia, para o interior docontinente, observando o disposto neste artigo;b) nas reas j urbanizadas ou loteadas, a construo de edificaes,obedecer um escalonamento vertical que ter como altura mximainicial o gabarito de doze metros e noventa centmetros, compreendendopilotis e trs andares, podendo atingir no mximo trinta e cinco metros dealtura na faixa de quinhentos metros mencionada no caput deste artigo;c) nos equipamentos hoteleiros, ser facultativo o pavimento em pilotis,sendo que o pavimento trreo s poder ser utilizado como reas decomponentes de servios, ficando vedado, sob qualquer hiptese, aocupao do mesmo por unidades habitacionais. 2 - As construes referidas no pargrafo anterior devero obedecer a critrios quegarantam a aerao, iluminao e existncia de infra-estrutura urbana,compatibilizando-os, em cada caso, com os referenciais de adensamento demogrfico,

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    taxa de ocupao e ndice de aproveitamento.

    Artigo 176 - Fica criado o Conselho Municipal de Proteo Ambiental,com atribuies de conservar e proteger os componentes ecolgicos, e controlar a qualidaddo meio ambiente, sendo constitudo paritariamente por representantes do Poder Publico e

    de representantes de entidades civis cujas atividades de conselhos tcnicos e sindicatos darea, garantindo-se a sua efetiva participao.Pargrafo nico - A competncia estrutura e o funcionamento do Conselho sero fixadosna forma da lei.

    Artigo 177- E vedado o depsito de lixo atmico e s instalao de usinas nucleares noterritrio do Municpio de Joo Pessoa.Artigo 178- Fica criado o Parque Municipal Arruda Cmara, como rea de interesseecolgico do Municpio, o qual dever ter um plano de utilizao de conformidade com osParques Nacionais brasileiros, garantidos os espaos de socializao, como o lazer,recreao, educao ambiental e. outras atividades afins.Pargrafo nico - A lei estabelecer a sua delimitao, seu funcionamento, os meios demanuteno, sanes e degradadores e outras questes que lhes sejam pertinentes.Artigo 179- A poda e o manejo das rvores dos logradouros pblicos dever ser feita dentrodos padres tcnicos indispensveis preservao dos espcimes vegetais, sendoexpressamente proibido qualquer tipo de pintura ou fixao de objetos estranhos que possalhes ocasionar efeitos secundrios ou comprometer a sua existncia.Artigo 180 O Poder Pblico Municipal interditar rigorosamente a deposio de resduosdomsticos, industriais, de abatedouro pblicos e privados, hospitalares e assemelhadoscom efeitos negativos sobre o meio ambiente, nos recursos hdricos sem o devidotratamento dos efluentes lanados.

    Artigo 181 - Fica interditada a liberao da concesso de usos para efeitode construo de moradias populares nas encostas com declividadesuperior a 20 %, e em reas alagadias e sujeitas a deslizamento deencostas.

    TTULO VIIDAS DISPOSIES CONSTITUCIONAIS GERAIS

    Artigo 240- O Plano Diretor elaborado pelo Poder Executivo e encaminhado Cmara Municipal, para sua apreciao,no prazo mximo de dois (02)anos, aps a promulgao desta Lei orgnica, sendo obrigatria a sua revisotcnica a cada cinco (O5) anos.

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