legislação urbanística – 1ª parte data: 03/10/2005 instrutor: maurício leite de moura e silva...
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Legislação Urbanística – 1ª parte
Data: 03/10/2005
Instrutor: Maurício Leite de Moura e Silva
Patrícia Garcia Gonçalves
Marcelo Antônio de Menezes
Legislação Urbanística – 1ª parte
Data: 03/10/2005
Instrutor: Maurício Leite de Moura e Silva
Patrícia Garcia Gonçalves
Marcelo Antônio de Menezes
- REPRODUÇÃO AUTORIZADA -
LEGISLAÇÃOURBANÍSTIC
A
Curso sobre
3/10/2005 – 1º parte
“... As cidades também acreditam ser obra da mente ou do acaso, mas nem um nem o outro bastam para sustentar as suas muralhas. De uma cidade, não aproveitamos as suas sete ou setenta e sete maravilhas mas a resposta que dá às nossas perguntas.”
CalvinoAs Cidades Invisíveis
Constituição de 1988:
Influência do “Movimento Nacional pela Reforma Urbana” (direitos urbanos).
Capítulo específico para a política urbana (arts. 182 e 183).
Obrigatoriedade de Planos Diretores para municípios com mais de 20.000 habi-tantes.
Constituição de 1988:
Função social da propriedade urbana.
Maior autonomia para os municípios o que gera maior responsabilidade diante dos problemas e desafios urbanos.
Estatuto da Cidade
Lei nº 10.257 de 10 de julho de 2001.
Regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal.
Concepção de Cidade:
Novos instrumentos que objetivam regular o uso da propriedade urbana e induzir formas de ocupação e uso do solo.
Possibilidades de regularização das posses urbanas.
Nova estratégia de gestão urbana (participação popular).
Capítulo I – Diretrizes Gerais:
Objetivo da lei – compatibilizar o uso da propriedade urbana com os interesses coletivos e a proteção ambiental (art. 1º).
Diretrizes – metas a serem atingidas (art.2º).
Competência da União no que se refere à política urbana (art.3º).
Capítulo II – Instrumentos de Política Urbana (arts.4º ao 37):
De indução do desenvolvimento urbano.
De financiamento da política urbana.
De regularização fundiária.
De democratização da gestão urbana.
Capítulo II – Instrumentos de Política Urbana:
Parcelamento, edificação ou utilização compulsórios (art. 5º e 6º).
Solo não edificado, subutilizado ou não utilizado.
Áreas definidas pelo Plano Diretor.
Lei municipal específica (condições e prazos para implementação).
Possibilidade de utilização do consórcio imobiliário.
Capítulo II – Instrumentos de Política Urbana:
IPTU progressivo no tempo ( art.7º).
Descumprimento dos prazos anteriores.
Majoração da alíquota por cinco anos consecutivos (máximo 15%).
Valor da alíquota será definido por lei.
Vedada isenções e anistia.
Capítulo II – Instrumentos de Política Urbana:
Desapropriação com pagamento em títulos ( art.8º).
Após cinco anos de cobrança do IPTU progressivo.
Resgate no prazo de até dez anos em prestações anuais.
O município tem cinco anos para apro-veitamento do imóvel.
Capítulo II – Instrumentos de Política Urbana:
Usucapião especial de imóvel urbano (art. 9º ao 12).
Área ou edificação de até 250 m² utili-
zada para moradia por cinco anos, sem oposição.
Usucapião coletivo (impossibilidade de identificação dos terrenos ocupados por cada possuidor).
Capítulo II – Instrumentos de Política Urbana:
Concessão de uso especial para fins de moradia (art. 15 ao 20 vetados).
Medida provisória nº 2.220/01 (sana as razões do veto).
Área ou edificação, situada em imóvel público, de até 250 m² utilizada para moradia por cinco anos, sem oposição.
Concessão de uso especial coletiva.
Capítulo II – Instrumentos de Política Urbana:
Direito de superfície (art. 21 ao 24).
Concessão do direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo, conforme con-trato.
Pode ser gratuita ou onerosa.
Capítulo II – Instrumentos de Política Urbana:
Direito de preempção (art. 25 ao 27).
Preferência do Poder Público municipal para aquisição de imóvel objeto de alienação onerosa entre particulares.
Lei municipal delimitará as áreas e fixará o prazo de vigência.
O Município tem prazo de 30 dias, após notificação pelo proprietário, para manifestar, por escrito, seu interesse.
Capítulo II – Instrumentos de Política Urbana:
Outorga onerosa do direito de construir e de usar o solo (art. 28 ao 31).
Áreas,definidas pelo Plano Diretor,onde o direito de construir poderá ser exercido acima do coeficiente de aproveitamento básico ou o uso do solo poderá ser alterado, mediante contrapartida.
Capítulo II – Instrumentos de Política Urbana:
Operação urbana consorciada ( art. 32
ao 34).
Lei municipal específica.
Parceria entre Poder Público e iniciativa privada objetivando intervenções urbanas.
As contrapartidas devem ser aplicadas na área.
Capítulo II – Instrumentos de Política Urbana:
Transferência do direito de construir ( art. 35 ).
Lei municipal específica.
Exercer em outro local, ou alienar, o direito de construir previsto em lei para determinada área.
Capítulo II – Instrumentos de Política Urbana:
Estudo de impacto de vizinhança ( art. 36 ao 38).
Lei municipal definirá os empreendi-mentos sujeitos ao EIV.
Baseia-se no EIA, mas centra-se em questões urbanas.
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Capítulo III – Plano Diretor (art. 39 ao 42).
Instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana.
Revisão a cada dez anos, no mínimo.
Ampliação da obrigatoriedade.
Conteúdo.
Capítulo IV – Gestão Democrática da Cidade (art. 43 a 45).
Instrumentos:
Órgãos colegiados de política urba-na, audiências e consultas públicas, confe- rências sobre assuntos de interesse urbano, iniciativa popular de projeto de lei e de pla- nos, programas e projetos de desenvolvi-
mento urbano.
Capítulo V – Disposições Gerais ( art. 46 ao 58).
Consórcio imobiliário.
Tributos sobre imóveis e tarifas relati- vas a serviços públicos diferenciados em função do interesse social.
Prazo de 5 anos para aprovação de Plano Diretor.
Improbidade administrativa (descum-primento do Estatuto).