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GEOGRAFIA III Leandro Couto

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Page 1: Leandro Couto GEOGRAFIA III - Curso Triade...• Mata dos Pinhais A Mata dos Pinhais ou de Araucária é subtropical, homogênea, aciculifoliada, com grande aproveitamento de madeira

GEOGRAFIA III

Leandro Couto

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CLIMAS NO BRASIL

• A diversidade climática

• O Brasil possui uma grande variedade de climas, devido ao seu território extenso (8,5 milhões de km2), à diversidade de formas de relevo, à altitude e dinâmica das correntes e massas de ar. Cerca de 90% do território brasileiro localiza-se entre os trópicos de Câncer e Capricórnio, motivo pelo qual usamos o termo "país tropical". Atravessado na região norte pela Linha do Equador e ao sul pelo Trópico de Capricórnio, a maior parte do Brasil situa-se em zonas de latitudes baixas, nas quais prevalecem os climas quentes e úmidos, com temperaturas médias em torno de 20 ºC.

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OS TIPOS DE CLIMA

• A classificação de um clima depende de diversos fatores, como a temperatura, a umidade, as massas de ar, a pressão atmosférica, as correntes marítimas e ventos, entre outros. A classificação mais utilizada para os diferentes tipos de clima do Brasil assemelha-se à criada por Arthur Strahler, se baseando na origem, natureza e movimentação das correntes e massas de ar.

• Sabe-se que as massas de ar que interferem mais diretamente são a equatorial (continental e atlântica), a tropical (continental e atlântica) e a polar atlântica. Dessa forma, são verificados no país desde climas superúmidos quentes, provenientes das massas equatoriais, como é o caso de grande parte da região Amazônica, até climas semi-áridos muito fortes, próprios do sertão nordestino.

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• O Brasil tem 93% de seu território localizado no Hemisfério Sul, o restante (7%) encontra-se no Hemisfério Norte, isso significa que o território está na zona intertropical do planeta, com exceção da região Sul.

• Em virtude da imensidão do território brasileiro (8 514 876 km²), são identificados diversos tipos de climas, sendo os principais: equatorial, tropical, tropical de altitude, tropical úmido, semiárido e subtropical

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• O clima equatorial é identificado em quase todos os estados da região Norte, além de parte do Mato Grosso e Maranhão. Essa característica climática caracteriza-se pela elevada temperatura, grande umidade e baixa amplitude térmica, variando entre 24°C e 26°C ao ano. A quantidade de chuvas é abundante, com índices pluviométricos superiores a 2.000 mm, praticamente não são percebidos períodos de estiagem. A floresta Amazônica sofre influência desse clima.

• O clima tropical influencia grande parte do centro do país, especialmente os estados do Centro-Oeste, incluindo ainda partes do Maranhão, Piauí, Ceará, Bahia e Minas Gerais. Em geral, as temperaturas são elevadas em boa parte do ano, com média de 24°C, e a amplitude térmica oscila entre 5°C e 6°C ao ano. A quantidade de chuvas gira em torno de 1 500 mm ao ano, com duas estações bem definidas: uma seca (maio a setembro) e outra chuvosa (outubro a abril).

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• O clima tropical de altitude apresenta-se em regiões serranas e de planaltos,

especialmente na região Sudeste. Nesses locais há baixa amplitude térmica, a

temperatura média oscila entre 17°C e 22°C, e a quantidade chuvas é de 1.500 mm ao

ano.

• O clima tropical úmido ocorre, principalmente, no litoral oriental e sul do Brasil, sendo

caracterizado pela alta temperatura e o elevado teor de umidade. As temperaturas

médias anuais giram em torno de 25°C e os índices pluviométricos entre 1250 mm e

2.000mm.

• O clima semiárido é típico da região Nordeste, especialmente no interior, lugar conhecido

como polígono da seca, em razão da escassez de chuva. Apresenta temperaturas

elevadas o ano todo, a média anual varia entre 26°C e 28°C. As chuvas são escassas,

com uma média anual inferior a 750 mm, além disso, são mal distribuídas.

• O clima subtropical ocorre unicamente na região Sul, essa característica climática

distingue-se totalmente do restante do Brasil. As médias anuais de temperatura giram

em torno de 18°C, com alta amplitude térmica. As chuvas são bem distribuídas, os

índices pluviométricos superam os 1.250 mm ao ano.

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VEGETAÇÃO

• Floresta Equatorial Amazônica A Floresta Equatorial Amazônica é densa, latifoliada, higrófila, perene e está dividida em caa-igapó, mata de várzea e caa-etê.Caa-igapó – trecho da floresta sempre alagado, onde se desenvolve a vitória-régia. Mata de várzea – parte da floresta sujeita a inundações periódicas, onde encontramos a seringueira.

• Mata de terra firme ou caa-etê – sempre livre das inundações, ocupa a maior extensão, sendo rica em formações como o castanheiro, o cacaueiro, o caucho e outros.

• Nesse domínio, a Bacia Amazônica tem grande importância, com rios de águas brancas e de águas pretas, com alta piscosidade e elevada atividade pesqueira, além do aproveitamento energético.

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• Caatinga A caatinga, vegetação típica de clima semi-árido, é formada por cactáceas, bromeliáceas e árvores, destacando-se pelo extrativismo de fibras vegetais, como o caroá, a piaçava e o sisal.

• Cerrado O cerrado constitui uma vegetação arbustiva, com troncos retorcidos e recobertos de casca grossa, tendo-se transformado, desde 1975, na nova fronteira agrícola do Brasil com o programa Polocentro. É domínio típico do clima tropical semi-úmido do Planalto Central. Os solos são pobres e ácidos, mas, com o método de calagem (adição de calcário ao solo), estão sendo aproveitados.

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• Mata dos Pinhais A Mata dos Pinhais ou de Araucária é subtropical, homogênea, aciculifoliada, com grande aproveitamento de madeira e erva-mate. Ocupa as médias altitudes do Planalto Meridional (800 a 1.300 metros). A ocupação humana tem sido intensa nesse domínio, restando menos de 20% dessa floresta.

• Pradarias O domínio das pradarias corresponde ao Pampa, ou Campanha Gaúcha, onde o relevo baixo e ondulado das coxilhas é coberto por vegetação herbácea (campos). A ocupação econômica nesse domínio tem-se efetuado pela pecuária extensiva e pela rizicultura irrigada.

• Mata dos Cocais A Mata dos Cocais ou Babaçuais é uma vegetação de transição no Maranhão, Piauí e norte de Tocantins, destacando-se o aproveitamento do coquinho babaçu. O babaçu é um grande recurso natural regional, pois de sua semente extrai-se um óleo de grande aplicação industrial em (alimentos, cosméticos, sabão, aparelhos de alta precisão).

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• Mata Atlântica A Mata Atlântica ou floresta latifoliada tropical úmida de encosta ocupa as escarpas dos planaltos voltadas para o oceano. Essa floresta sofreu grandes devastações: no Nordeste, devido à agroindústria da cana-de-açúcar e do cacau; no Sudeste, em decorrência da expansão urbana, industrial, agrícola e até da poluição. Essa devastação tem aumentado o problema da erosão dos solos, causando desde a formação de voçorocas e freqüentesdeslizamentos até o assoreamento dos rios.

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O QUE SÃO OS RECURSOS NATURAIS?

• Recurso natural é qualquer insumo de que os organismos, as populações e os ecossistemas necessitam para sua manutenção. Portanto, recurso natural é algo útil. Recursos naturais e a economia interagem de modo bastante evidente, uma vez que algo é recurso na medida em que sua exploração é economicamente viável.

• Nem todos os recursos que a natureza oferece ao ser humano podem ser aproveitados em seu estado natural. Quase sempre o ser humano precisa dispor de energia e trabalho físico para transformar os recursos naturais em bens capazes de satisfazer alguma necessidade humana. E esses são classificados como recursos renováveis e não-renováveis, quando se tem em conta o tempo necessário para que se dê a sua reposição.

• Esses recursos também podem ser classificados de energéticos e não energéticos, se atendermos à sua capacidade de produzir mais energia do que foi gasto para a sua obtenção. Há diversas situações onde um recurso renovável passa a ser não-renovável. Essa condição ocorre quando a taxa de utilização supera a máxima capacidade de sustentação e renovação do sistema como ocorre com o carvão e o petróleo, que demoram milhares de anos para se renovarem.

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• A agropecuária tem um papel muito importante no Brasil, tanto no passado como no presente. É necessário saber que agropecuária remete a fusão da produção agrícola com a pecuária. Foi importante para o processo de povoamento do território brasileiro, pois na medida em que as propriedades rurais desbravavam o interior do país surgiam vilas e povoados.

• A produção agropecuária emprega aproximadamente 10% da população e responde por 8% do PIB brasileiro, vários foram os fatores que determinaram a expansão da agropecuária no país, mas os principais são o grande mercado interno, grande extensões de terras com relevo favorável e o clima.

• A produção agropecuária anda lado a lado com a tecnologia, as propriedades rurais são classificadas segundo o nível tecnológico, ou seja, o grau de tecnologia empregado na propriedade rural, que determina se a propriedade e seu sistema de produção é tradicional (prática de agricultura ou pecuária vinculada na produção sem tecnologias) ou moderna (prática de agricultura, em geral, em grandes propriedades monocultoras ou pecuárias vinculadas na produção com tecnologias que caracteriza pela criação intensiva).

• A agricultura moderna cresceu a partir da década de 1970, com incremento da monocultura comercial com grande expansão de gêneros agrícolas para a indústria e para exportação. Após esse período foram surgindo novas tendências de produção e comercialização, como as cooperativas agrícolas (associação de pequenos e médios produtores rurais que se agrupam com finalidade de conseguir melhores preços de compra e venda).

• Existem no Brasil algumas atividades extrativistas que são divididas em extrativismo vegetal, animal e mineral.

• Atividade extrativista vegetal: É o ato de retirar da natureza elementos vegetais a fim de comercializar, ex. açaí, castanha do Pará, pequi etc., embora a principal extração vegetal seja a extração de madeiras.

• Atividade extrativista animal: Consiste em retirar elementos da fauna com a finalidade de comercializá-los, ex. caça e pesca.

• Atividade extrativista mineral: Consiste em extrair minérios da natureza, principalmente de pedras preciosas.

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• A água é considerada um bem precioso no mundo todo, sendo que ela é

necessária para toda a vida presente na terra. Apenas 2% da água existente no

mundo é doce e o Brasil é privilegiado já que possui grandes reservas de água

doce.

• Apesar do descaso e a falta de preocupação por parte dos governantes, a água

existente em nosso país é pouco aproveitada, já que poderia ser em algumas

utilizações reutilizadas assim possibilitando maior probabilidade desse recurso

não nós fazer falta no futuro. Vimos e ouvimos por diversos meios de

comunicação a importância de economizar água e o desperdício que

praticamos em nosso cotidiano.

• A água do nosso Brasil tem destinos variados como:

• Geração de energia: A água é uma fonte de recurso natural disponível

principalmente como fonte de energia para recursos hídricos. Sendo que os

recursos hídricos na geração de energia abastecem a maior parte do nosso

país. Sabemos que apesar de ser uma energia pura, limpa, renovável tem

desvantagens como a construção de uma hidrelétrica, que precisa de uma

grande área para sua construção e na maioria das vezes as áreas ao redor dela

é toda devastada e prejudicada pela mesma.

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• Consumo humano: Indiscutível é a necessidade da água para a vida humana, animal e vegetal.

Sabemos que ela é a muito importante para a vida, e mesmo assim desperdiçamos muito.

• Navegáveis e flutuáveis: O Brasil poderia usar mais os seus rios para a navegação já que o

Brasil tem grandes rios com possibilidades para armazenar um grande número de barcos e

navios, fazendo trajetos que diminuiria o movimento nas rodovias e consequentemente poluiria

menos.

• Na agricultura: A água é muito importante para o desenvolvimento da agricultura no Brasil, e

mesmo assim alguns agricultores a poluem, com agrotóxicos e fertilizantes e depois jogam

essa água na natureza sem nenhum tratamento.

• O aproveitamento desse recurso é muito importante e tem que partir de nós seres humanos

responsáveis, e preocupados com o futuro. Por parte dos governantes vem a principal

contribuição que é a ajuda e a rigorosidade das leis ensima das pessoas que poluem e

destroem a água.

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• Os solos são formados pela decomposição das rochas sob a ação da temperatura e da água que provem das chuvas e rios.

• O solo é um importante recurso natural, pois através dele que obtemos quase todos os nossos alimentos. O solo pode ser rico ou pobre em nutrientes e assim o solo brasileiro é dividido em solo fértil e solo não fértil.

• O solo é essencial para a atividade agrícola, e a mesma só pode ser produzida num solo fértil. A agricultura brasileira é dividida em rudimentar e agricultura mecanizada, sendo que as duas agridem o meio ambiente uma em maior proporção outra em menos. Para o desenvolvimento dessa atividade são utilizadas adubos químicos, fertilizantes, queimadas e outras técnicas que colocam em risco a qualidade do solo.

• Deveria ser repassado e explicado para os grandes e pequenos produtores como utilizar o solo sem agredi-lo de maneira clara e que estivesse ao alcance dos mesmos, e assim um recurso natural tão importante não estaria em risco a sua fertilidade.

• O solo da região norte: Imagina se que na região norte o solo é bastante fértil já que pensamos na floresta amazônica, mas na verdade não é bem assim. A floresta amazônica só é fértil graças a matéria orgânica que ela possui, (galhos, restos de animais e vegetais e etc.) o restante do solo dessa região não é muito fértil já que o solo é arenoso.

• O solo da região Nordeste; O solo da região Nordeste é mais pobre por ser um solo pedregoso. Em muitas áreas do Nordeste, a paisagem revela um canário desolador, um solo raso, calor rios secos durante boa parte do ano.Em outras áreas como a faixa de terra junto ao atlântico, a influencia de massas de ar oceânicas suaviza o calor e provoca chuvas, responsáveis pelo verde da vegetação nativa.

• O solo da região Centro-Oeste: Este solo é bastante diversificado pois proporciona muita riqueza natural para essa região e também um aproveitamento econômico com suas belezas. O solo dessa região também é um solo ácido, pois chove muito no verão e no inverno a água evapora deixando os sais na superfície.

• O solo da região Sudeste: O solo dessa região foi muito modificado e prejudicado, com muita poluição, crescimento desordenado da região, exploração agrícola e mineral, a diminuição dos rios e a grande devastação da área com o desmatamento quase total tornando esse solo pobre e acido como o da região centro-oeste.

• O solo da região Sul; O solo da região sul é um dos solos mais ricos do nosso Brasil, já que concentra uma boa parte de terra rocha (uma terra muito fértil), muito propicia para a agricultura e que garante um bom desenvolvimento econômico para essa região.

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DEMOGRAFIA• Densidade demográfica: O Brasil apresenta uma baixa densidade demográfica — apenas 22,43 hab./km²4 —, inferior à

média do planeta e bem menor que a de países intensamente povoados, como a Bélgica (342 hab./km²) e o Japão (337 hab./km²). O estudo da população apoia-se em alguns fatores demográficos fundamentais, que influenciam o crescimento populacional.

• Distribuição populacional: A distribuição populacional no Brasil é bastante desigual, havendo concentração da população nas zonas litorâneas, especialmente do Sudeste e da Zona da Mata nordestina. Outro núcleo importante é a região Sul. As áreas menos povoadas situam-se no Centro-Oeste e no Norte.

• Taxa de natalidade: Até recentemente, as taxas de natalidade no Brasil foram elevadas, em patamar similar a de outros países subdesenvolvidos. Contudo, houve sensível diminuição nos últimos anos, que pode ser explicada pelo aumento da população urbana — já que a natalidade é bem menor nas cidades, em consequência da progressiva integração da mulher no mercado de trabalho — e da difusão do controle de natalidade. Além disso, o custo social da manutenção e educação dos filhos é bastante elevado, sobretudo no entorno urbano.

• Taxa de mortalidade: O Brasil apresenta uma elevada taxa de mortalidade, também comum em países subdesenvolvidos, enquadrando-se entre as nações mais vitimadas por moléstias infecciosas e parasitárias, praticamente inexistentes no mundo desenvolvido. Desde 1940, a taxa de mortalidade brasileira também vem caindo, como reflexo de uma progressiva popularização de medidas de higiene, principalmente após a Segunda Guerra Mundial; da ampliação das condições de atendimento médico e abertura de postos de saúde em áreas mais distantes; das campanhas de vacinação; e do aumento quantitativo da assistência médica e do atendimento hospitalar.

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DEMOGRAFIA– Taxa de mortalidade infantil: O Brasil apresenta uma taxa de mortalidade infantil de 21,17 mortes em cada 1.000 nascimentos5 (estimativa para

2010). No entanto, há variações nessa taxa segundo as regiões e as camadas populacionais. O Norte e o Nordeste têm os maiores índices de mortalidade infantil, que diminuem na região Sul. Com relação às condições de vida, pode-se dizer que a mortalidade infantil é menor entre a população de maiores redimentos, sendo provocada sobretudo por fatores endógenos. Já a população brasileira de menor renda apresenta as características típicas da mortalidade infantil tardia.

– Crescimento vegetativo: A população de uma localidade qualquer aumenta em função das migrações e do crescimento vegetativo. No caso brasileiro, é pequena a contribuição das migrações para o aumento populacional. Assim, como esse aumento é alto, conclui-se que o Brasil apresenta alto crescimento vegetativo, a despeito das altas taxas de mortalidade, sobretudo infantil. A estimativa da Fundação IBGE para 2010 é de uma taxa bruta de natalidade de 18,67‰ — ou seja, 18,67 nascidos para cada grupo de mil pessoas ao ano — e uma taxa bruta de mortalidade de 6,25‰ — ou seja 6,25 mortes por mil nascidos ao ano. Esses revelam um crescimento vegetativo anual médio de 1,24%.

– Expectativa de vida: No Brasil, a exptectativa de vida está em torno de 76 anos para os homens e 78 para as mulheres,6 conforme estimativas para 2010. Dessa forma, esse país se distância das nações paupérrimas, em que essa expectativa não alcança 50 anos (Mauritânia, Guiné, Níger e outras), mas ainda não alcança o patamar das nações desenvolvidas, onde a expectativa de vida ultrapassa os 80 anos (Noruega, Suécia e outras). A expectativa de vida varia na razão inversa da taxa de mortalidade, ou seja, são índices inversamente proporcionais. Assim no Brasil, paralelamente ao decréscimo da mortalidade, ocorre uma elevação da expectativa de vida.

– Taxa de fecundidade: Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa média de fecundidade no Brasil era de 1,94 filho por mulher em 2009, semelhante à dos países desenvolvidos e abaixo da taxa de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher – duas crianças substituem os pais e a fração 0,1 é necessária para compensar os indivíduos que morrem antes de atingir a idade reprodutiva.7 8 9 Esse índice sofre variações, caindo entre as mulheres de etnia branca e elevando-se entre as pardas. Tal variação está relacionada ao nível sócio-econômico desses segmentos populacionais; em geral, a população parda concentra-se nas camadas menos favorecidas social e economicamente, levando-se em conta a renda, a ocupação e o nível educacional, entre outros fatores. Há também variações regionais: as taxas são menores no Sudeste (1,75 filho por mulher), no Sul (1,92 filho por mulher) e no Centro-Oeste (1,93 filho por mulher). No Nordeste a taxa de fecundidade é de 2,04 filhos por mulher, ainda abaixo da taxa de reposição populacional e semelhante à de alguns países desenvolvidos. A maior taxa de fecundidade do país é a da Região Norte (2,51 filhos por mulher), ainda assim abaixo da média mundial.7

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DEMOGRAFIA• Composição por sexo: O Brasil não foge à regra mundial. A razão de sexo no país é de 96 homens para

cada grupo de 100 mulheres,6 conforme estimativas de 2008. Até os 60 anos de idade, há um equilíbrio quantitativo entre homens e mulheres, acentuando-se a partir desta faixa etária o predomínio feminino. Esse fato pode ser explicado por uma longevidade maior da mulher, devido por outras razões, ao fato de ela ser menos atingida por moléstias cardiovasculares, causa frequente de morte após os 40 anos. O número de mulheres, na população rural brasileira, pode-se dizer que no Nordeste, por ser uma região de repulsão populacional, há o predomínio da população feminina. Já nas regiões Norte e Centro-Oeste predomina a população masculina, atraída pelas atividades econômicas primárias, como o extrativismo vegetal, a pecuária e, sobretudo, a mineração. O número de mulheres, na população rural brasileira, também tende a ser menor, já que as cidades oferecem melhores condições sociais e de trabalho à população feminina. Um relativo equilíbrio entre os sexos, entretanto, só se estabeleceu a partir dos anos 1940 — pois até a década de 1930 o país apresentava nítido predomínio da população masculina, devido principalmente à influência da imigração — e, ainda que nascessem mais meninos que meninas, a maior mortalidade infantil masculinas (até a faixa de 5 anos de idade) fez com que se estabelecesse o equilíbrio.

• Composição por faixa etária: Considerando os dados de 1995, observa-se que o número de jovens é proporcionalmente pequeno nos países desenvolvidos, mas alcança quase a metade da população total como o Brasil, o Peru e outros do Terceiro Mundo. Nos países desenvolvidos, o nível sócio-econômico é muito elevado e, em consequência, a natalidade é baixa e a expectativa de vida bastante alta, o que explica o grande número de idosos na população total. No Brasil, apesar da progressiva redução das taxas de natalidade e mortalidade verificada nas últimas décadas, o país continua exibindo elevado número de jovens na população.