lacticínios - legislacao europeia - 2005/11 - reg nº 1898 - quali.pt

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  • 8/9/2019 Lacticnios - Legislacao Europeia - 2005/11 - Reg n 1898 - QUALI.PT

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    I

    (Actos cuja publicao uma condio da sua aplicabilidade)

    REGULAMENTO (CE) N.O 1898/2005 DA COMISSO

    de 9 de Novembro de 2005

    que estabelece normas de execuo do Regulamento (CE) n.o 1255/1999 do Conselho no querespeita a medidas com vista ao escoamento de nata, manteiga e manteiga concentrada no mercado

    comunitrio

    A COMISSO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS,

    Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Euro-

    peia,Tendo em conta o Regulamento (CE) n.o 1255/1999 doConselho, de 17 de Maio de 1999, que estabelece a organi-zao comum de mercado no sector do leite e dos produtoslcteos (1), nomeadamente os artigos 10.o, 15.o e 40.o,

    Considerando o seguinte:

    (1) luz da experincia adquirida nos ltimos anos, torna--se necessrio alterar novamente o Regulamento (CE)n.o 2571/97 da Comisso, de 15 de Dezembro de 1997,relativo venda a preo reduzido de manteiga e concesso de uma ajuda nata, manteiga e manteigaconcentrada destinadas ao fabrico de produtos de paste-

    laria, de gelados alimentares e de outros produtosalimentares (2), de modo a simplificar o regime da ajuda.

    (2) No interesse da harmonizao, o referido regulamentodeve abranger igualmente os outros regimes relativos aoescoamento dos mesmos produtos, previstos noRegulamento (CEE) n.o 2191/81 da Comisso, de31 de Julho de 1981, relativo concesso de uma ajuda compra de manteiga pelas instituies e colectividadessem fins lucrativos (3), no Regulamento (CEE) n.o 429/90da Comisso, de 20 de Fevereiro do 1990, relativo concesso por concurso de uma ajuda manteigaconcentrada destinada ao consumo directo na Comuni-dade (4), e no Regulamento (CEE) n.o 1609/88 da

    Comisso, de 9 de Junho de 1988, que determina a datalimite de entrada em existncia da manteiga vendida attulo dos Regulamentos (CEE) n.o 3143/85 e (CEE)n.o 2571/97 (5).

    (3) Por razes de clareza e racionalidade, osRegulamentos (CEE) n.o 2191/81, (CEE) n.o 1609/88,

    (CEE) n.o 429/90 e (CE) n.o 2571/97 devem, portanto,ser revogados e substitudos por um novo Regulamento.

    (4) Os regimes de interveno previstos noRegulamento (CEE) n.o 3143/85 da Comisso, de11 de Novembro de 1985, relativo ao escoamento apreo reduzido da manteiga de interveno destinada aoconsumo directo sob a forma de manteiga concen-trada (6), e no Regulamento (CEE) n.o 3378/91 daComisso, de 20 de Novembro de 1991, relativo smodalidades de venda de manteiga de existncias deinterveno destinada exportao e que altera oRegulamento (CEE) n.o 569/88 (7), no so aplicados halguns anos e a situao actual do mercado no justificaa sua manuteno.

    (5) Os Regulamentos (CEE) n.o 3143/85 e (CEE) n.o 3378/91devem, portanto, ser revogados.

    (6) O mercado da manteiga comunitrio excedentrio. Oartigo 13.o do Regulamento (CE) n.o 1255/1999 estabe-lece que, quando se constituam ou exista o risco de seconstiturem excedentes de produtos lcteos, a Comissopode decidir da concesso de uma ajuda destinada apermitir a aquisio por determinados compradores, apreos reduzidos, de nata, manteiga e manteiga concen-

    trada para os fins previstos.

    (7) Por outro lado, devido s operaes de interveno efec-tuadas em conformidade com os n.os 1 e 2 do artigo 6.odo Regulamento (CE) n.o 1255/1999, constituram-seexistncias substanciais no mercado da manteiga comu-nitrio. No possvel escoar a totalidade dessas existn-cias pelo processo normal durante a campanha leiteira.Para facilitar o escoamento da manteiga, devem,portanto, ser tomadas as medidas especiais previstas non.o 4, segundo pargrafo, do artigo 6.o do referido regu-lamento.

    25.11.2005 L 308/1Jornal Oficial da Unio EuropeiaPT

    (1) JO L 160 de 26.6.1999, p. 48. Regulamento com a ltima redacoque lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.o 186/2004 da Comisso(JO L 29 de 3.2.2004, p. 6).

    (2) JO L 350 de 20.12.1997, p. 3. Regulamento com a ltima redacoque lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.o 2250/2004 (JO L 381de 28.12.2004, p. 25).

    (3) JO L 213 de 1.8.1981, p. 20. Regulamento com a ltima redaco

    que lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.o

    1268/2005 (JO L 201de 2.8.2005, p. 36).(4) JO L 45 de 21.2.1990, p. 8. Regulamento com a ltima redaco

    que lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.o 2250/2004.(5) JO L 143 de 10.6.1988, p. 23. Regulamento com a ltima redaco

    que lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.o 1931/2004 (JO L 333de 9.11.2004, p. 3).

    (6) JO L 298 de 12.11.1985, p. 9. Regulamento com a ltima redacoque lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.o 101/1999 (JO L 11 de16.1.1999, p. 14).

    (7) JO L 319 de 21.11.1991, p. 40. Regulamento com a ltimaredaco que lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.o 124/1999 (JOL 16 de 21.1.1999, p. 19).

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    (8) A manteiga vendida depois de operaes de intervenodeve ter entrado em armazm antes de uma data a deter-minar. Essa data deve ser fixada em funo da situaodo mercado, da tendncia de evoluo das existncias demanteiga e das quantidades disponveis.

    (9) Ao definirem-se os tipos de manteiga e nata elegveispara a ajuda ao fabrico de produtos de pastelaria, degelados alimentares e de outros produtos alimentares,deve precisar-se que, para poderem beneficiar da ajuda, amanteiga e a nata tero de satisfazer o disposto nos n.os 3e 6 do artigo 6.o do Regulamento (CE) n.o 1255/1999.

    (10) Para que s sejam subvencionados produtos quegarantam um elevado nvel de proteco sanitria, amanteiga, a manteiga concentrada e a nata elegveis paraa ajuda devem satisfazer o disposto na Directiva 92/46/

    /CEE do Conselho, de 16 de Junho de 1992, que adoptaas normas sanitrias relativas produo de leite cru, deleite tratado termicamente e de produtos base de leitee sua colocao no mercado (1). Essas manteiga,manteiga concentrada e nata devem, nomeadamente, serpreparadas num estabelecimento aprovado e respeitar ascondies relativas marcao de salubridade definidasno captulo IV, seco A, do anexo C da referida direc-tiva.

    (11) Deve precisar-se que, com excepo dos produtos docdigo NC ex 0405 10 30 , os produtos dos cdigos NC0401 a 0406 e certas misturas no podem ser tratados

    como produtos intermdios.

    (12) No caso da manteiga concentrada, por razes de clarezae para atender evoluo tecnolgica verificada naproduo e utilizao da matria-prima, h queconfirmar que o mtodo de produo que tem vindo aser utilizado h muitos anos pode incluir o fracciona-mento. Deve igualmente aceitar-se que a manteigaconcentrada possa ser obtida, num estabelecimentoaprovado, a partir de nata, manteiga ou matria gordalctea do cdigo NC ex 0405 90 10, produzida numperodo mximo antes de ser utilizada no fabrico de

    manteiga concentrada. Nesse caso, a matria gorda lcteadeve respeitar determinadas regras de acondicionamento,embalagem e transporte.

    (13) Para supervisionar o destino dado aos produtos subven-cionados, devem ser adoptadas disposies sobre a utili-zao e deteco de marcadores nesses produtos e sobreo teor mnimo dos marcadores. Certos marcadoresadicionados em grande quantidade devem, alm disso,ser excludos.

    (14) Para facilitar a verificao da observncia do prazo esta- belecido para a incorporao dos produtos abrangidos

    pelo presente regime em produtos finais, o nmero doconcurso deve ser indicado na embalagem.

    (15) Os estabelecimentos onde so efectuadas as diferentes

    operaes de fabrico, transformao e incorporaoabrangidas pelo presente regime, incluindo o fabrico dematria gorda lctea, devem ser aprovados. Para seremaprovados, os estabelecimentos devem satisfazer vriascondies e assumir um certo nmero de compromissos.Se determinados compromissos ou condies no foremsatisfeitos, a aprovao deve ser retirada ou suspensa porum perodo que reflicta a gravidade da irregularidade.

    (16) Para garantir igualdade de acesso de todos os compra-dores manteiga e a fixao da ajuda no nvel estrita-mente necessrio e para supervisionar eficazmente as

    quantidades em causa, deve optar-se por concursospermanentes.

    (17) Para que a Comisso possa dispor da flexibilidade neces-sria para gerir convenientemente as medidas de escoa-mento, deve ser-lhe permitido decidir no dar segui-mento a um concurso.

    (18) O nvel de reduo do preo e o montante da ajuda paga

    antes de a manteiga atingir o seu destino final justificama introduo de um sistema de garantias sejam estasgarantias de concurso forfetrias ou garantias de trans-formao fixadas em funo do preo ou do montanteda ajuda , destinado a assegurar que os adjudicatrioscumpram, de facto, as suas obrigaes. Todavia, paraatender a determinadas especificidades das medidas deescoamento, devem ser estabelecidas derrogaes doRegulamento (CEE) n.o 2220/85 da Comisso, de22 de Julho de 1985, que fixa as regras comuns de apli-cao do regime de garantias para os produtos agr-colas (2).

    (19) Para garantir que as medidas de escoamento sejam apli-cadas de modo uniforme e que a superviso seja efectiva,os produtos subvencionados, com ou sem marcadores,sem transformao posterior ou transformados emmanteiga concentrada, devem ser incorporados nosprodutos finais dentro de determinados prazos. No quese refere garantia associada ajuda e garantia detransformao, deve ser calculada uma sano, em equi-valente-manteiga, para os casos em que os produtossubvencionados no sejam utilizados e incorporados nosprodutos finais dentro do prazo fixado. Todavia, se, porrazes comerciais devidamente justificadas, os produtosde base com marcadores no puderem ser utilizados

    pelo comprador, o adjudicatrio deve, em determinadascondies, poder retrabalhar esses produtos.

    25.11.2005L 308/2 Jornal Oficial da Unio EuropeiaPT

    (1) JO L 268 de 14.9.1992, p. 1. Directiva com a ltima redaco quelhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.o 806/2003 (JO L 122 de16.5.2003, p. 1).

    (2) JO L 205 de 3.8.1985, p. 5. Regulamento com a ltima redacoque lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.o 673/2004 (JO L 105 de14.4.2004, p. 17).

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    (20) Atentas a situao actual do mercado e a reduo, nosltimos anos, do montante da ajuda fixada por concurso,a garantia de concurso deve ser reduzida.

    (21) A manteiga vendida deve, em princpio, ser supervisio-nada desde que deixe armazm at incorporao emprodutos finais conforme definido. As medidas de super-

    viso destinadas a garantir que os produtos subvencio-nados no sejam utilizados para fins diversos dosprevistos devem ser diferenciadas consoante a manteigacontenha ou no marcadores e em funo das quanti-dades utilizadas e da dimenso dos estabelecimentos queutilizarem os produtos. Devem igualmente ser adoptadasmedidas de superviso adequadas da matria gordalctea, da manteiga e da nata destinadas ao fabrico demanteiga concentrada, incluindo aces de controlodestinadas a garantir que esses produtos no contenhammatrias gordas no-butricas.

    (22) As medidas de escoamento podem contemplar aconcesso de ajudas a manteiga concentrada destinada

    ao consumo directo. Para garantir que essa ajuda sejafixada no nvel estritamente necessrio, e para supervi-sionar eficazmente as quantidades em causa, deve optar--se por concursos permanentes, que tambm garantiroigualdade de acesso aos operadores interessados. Almdisso, a ajuda s deve ser concedida a manteiga quegaranta um elevado nvel de proteco sanitria.

    (23) Devem tomar-se medidas que garantam a diferenciao,em todos os estdios da comercializao, da manteigaconcentrada destinada ao consumo directo dos outrostipos de manteiga. Para o efeito, devem ser adoptadasdisposies relativas composio e descrio damanteiga concentrada. Para satisfazer os objectivos do

    presente regulamento, deve ser fixado um prazo para atransformao da manteiga e da nata em manteigaconcentrada, bem como para a embalagem.

    (24) Deve ser estabelecido um sistema de controlo quegaranta que a manteiga concentrada destinada aoconsumo directo no seja utilizada para outros fins.Atendendo s especificidades da operao, nomeada-mente no que respeita ao fabrico da manteiga concen-trada, as partes devem manter registos de existncias.Essas aces de controlo devem, porm, terminar noestdio imediatamente anterior tomada a cargo pelosector retalhista.

    (25) Para que a manteiga possa ser comprada a preos redu-zidos, nomeadamente por instituies e colectividadessem fins lucrativos, devem ser estabelecidas normas deexecuo relativas concesso de uma ajuda manteigacomprada por esse tipo de entidades. Todavia, a ajuda sdeve ser concedida a manteiga que satisfaa determi-nados critrios de qualidade e garanta um elevado nvel

    de proteco sanitria.(26) Por razes de superviso, a ajuda deve circunscrever-se a

    manteiga comprada no Estado-Membro do beneficirio aum fornecedor aprovado nesse Estado-Membro. Parafacilitar a superviso, deve precisar-se a marcao que asembalagens da manteiga beneficiria da ajuda devemostentar.

    (27) O Comit de Gesto do Leite e dos Produtos Lcteos noemitiu parecer no prazo fixado pelo seu presidente,

    ADOPTOU O PRESENTE REGULAMENTO:

    25.11.2005 L 308/3Jornal Oficial da Unio EuropeiaPT

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    NDICE

    CAPITULO I: Disposies gerais (Artigos 1.o a 3.o)

    CAPITULO II: Venda, a preos reduzidos, de manteiga de interveno e concesso de uma ajuda manteiga,manteiga concentrada e nata destinadas ao fabrico de produtos de pastelaria, gelados alimentares e

    outros produtos alimentaresSECO 1: Definies (Artigo 4.o)

    SECO 2: Elegibilidade para a ajuda (Artigo 5.o)

    SECO 3: Disposies relativas utilizao e incorporao de manteiga de interveno, manteiga, manteigaconcentrada e nata (Artigos 6.o a 11.o)

    SECO 4: Aprovao (Artigos 12.o a 15.o)

    SECO 5: Concursos (Artigos 16.o a 30.o)

    SECO 6: Venda de manteiga de interveno por concurso (Artigos 31.o e 32.o)

    SECO 7: Concesso de ajudas por concurso (Artigos 33.o a 35.o)

    SECO 8: Controlo (Artigos 36.o a 45.o)

    SECO 9: Comunicaes (Artigo 46.o)

    CAPITULO III: Concesso de ajudas por concurso a manteiga concentrada destinada ao consumo directo na Comuni-dade

    SECO 1: Definies e condies de elegibilidade (Artigos 47.o e 48.o)

    SECO 2: Concursos (Artigos 49.o a 58.o)

    SECO 3: Disposies relativas incorporao (Artigos 59.o a 62.o)

    SECO 4: Aprovao (Artigos 63.o a 65.o)

    SECO 5: Controlo e comunicaes (Artigos 66.o a 70.o)

    CAPITULO IV: Ajuda compra de manteiga por instituies e colectividades sem fins lucrativos

    SECO 1: Definies e condies de elegibilidade (Artigos 71.o a 73.o)

    SECO 2: Ajuda, aplicao, controlo e comunicaes (Artigos 74.o a 83.o)

    CAPITULO V: Revogaes e disposies finais (Artigos 84.o a 86.o)

    25.11.2005L 308/4 Jornal Oficial da Unio EuropeiaPT

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    CAPTULO I

    DISPOSIES GERAIS

    Artigo 1.o

    O presente regulamento estabelece normas relativas:

    a) venda, a preos reduzidos, de manteiga de intervenoadquirida em conformidade com o n.o 2 do artigo 6.o doRegulamento (CE) n.o 1255/1999 e entrada em armazmantes de 1 de Janeiro de 2003, destinada ao fabrico dosprodutos de pastelaria, gelados alimentares e outrosprodutos alimentares abrangidos pela definio de produtosfinais do n.o 1 do artigo 4.o;

    b) concesso de uma ajuda:

    i) utilizao de manteiga, manteiga concentrada e natadestinadas ao fabrico dos produtos de pastelaria, geladosalimentares e outros produtos alimentares abrangidospela definio de produtos finais do n.o 1 do artigo 4.o,

    ii) manteiga concentrada destinada ao consumo directona Comunidade,

    iii) compra de manteiga por instituies e colectividadessem fins lucrativos.

    Artigo 2.o

    A venda, a preos reduzidos, da manteiga de interveno refe-rida na alnea a) do artigo 1.o e a concesso da ajuda referidana alnea b), subalneas i) e ii), do artigo 1.o sero efectuadaspor concurso permanente, organizado por cada organismo deinterveno.

    Artigo 3.o

    As despesas com as medidas previstas no artigo 1.o sero consi-deradas intervenes destinadas estabilizao do mercadoagrcola, na acepo do n.o 2, alnea b), do artigo 1.o doRegulamento (CE) n.o 1258/1999 do Conselho (1).

    CAPTULO II

    VENDA, A PREOS REDUZIDOS, DE MANTEIGA DE INTER-VENO E CONCESSO DE UMA AJUDA MANTEIGA,

    MANTEIGA CONCENTRADA E NATA DESTINADAS AOFABRICO DE PRODUTOS DE PASTELARIA, GELADOSALIMENTARES E OUTROS PRODUTOS ALIMENTARES

    SECO 1

    DEFINIES

    Artigo 4.o

    1. Para efeitos do disposto no presente captulo, aplicam-seas seguintes definies:

    a) Produtos finais: produtos de um dos cdigos NC indicadosno anexo I, repartidos pelas frmulas A e B definidas nomesmo anexo;

    b) Produtos intermdios:

    i) produtos no abrangidos pelos cdigos NC 0401 a0406, com excluso igualmente das misturas referidasno anexo II,

    ii) produtos do cdigo NC ex 0405 10 30 com teor dematria gorda butrica igual ou superior a 82%, fabri-cados exclusivamente (sem prejuzo da adio de nata) apartir da manteiga concentrada referida nos artigos 5.oou 7.o, num estabelecimento aprovado para o efeito emconformidade com o artigo 13.o, desde que a essesprodutos intermdios tenham sido adicionados marca-dores referidos no n.o 1 do artigo 8.o;

    c) Lote de fabrico: quantidade de produtos intermdios oufinais fabricados a partir de manteiga de interveno,manteiga, manteiga concentrada ou nata identificada emrelao totalidade ou a uma parte de uma proposta apre-sentada em conformidade com o artigo 20.o;

    d) Tonelada de equivalente-manteiga: uma tonelada demanteiga com teor de matria gorda lctea de 82%, 0,82toneladas de manteiga concentrada ou 2,34 toneladas denata.

    2. Para efeitos do disposto no presente captulo, comexcepo dos artigos 10.o, 13.o, 14.o e 15.o e da seco 8, aUnio Econmica Belgo-Luxemburguesa considerada um sEstado-Membro.

    SECO 2

    ELEGIBILIDADE PARA A AJUDA

    Artigo 5.o

    1. S podem beneficiar da ajuda:

    a) A manteiga, produzida directa e exclusivamente a partir denata pasteurizada, que satisfaa o disposto no n.o 3 doartigo 6.o do Regulamento (CE) n.o 1255/1999 e os requi-

    sitos da classe nacional de qualidade, constante do anexo Vdo Regulamento (CE) n.o 2771/1999 da Comisso (2), doEstado-Membro de fabrico e cuja embalagem esteja marcadaem conformidade;

    b) A manteiga concentrada, fraccionada ou no, inteiramenteobtida a partir de nata, manteiga e/ou matria gorda lcteado cdigo NC ex 0405 90 10;

    c) A nata, na acepo do n.o 6 do artigo 6.o doRegulamento (CE) n.o 1255/1999, dos cdigos NCex 0401 30 39 ou ex 0401 30 99, com teor de matriagorda igual ou superior a 35%, utilizada directa e exclusiva-mente nos produtos finais abrangidos pela frmula B doanexo I;

    d) Os produtos intermdios referidos no n.o 1, subalnea ii) daalnea b), do artigo 4.o

    25.11.2005 L 308/5Jornal Oficial da Unio EuropeiaPT

    (1) JO L 160 de 26.6.1999, p. 103. (2) JO L 333 de 24.12.1999, p. 11.

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    A manteiga, a manteiga concentrada, a nata e os produtosintermdios referidos no primeiro pargrafo tero de satisfazero disposto na Directiva 92/46/CEE, nomeadamente no tocante preparao num estabelecimento aprovado e ao respeito dascondies relativas marcao de salubridade definidas nocaptulo IV, seco A, do anexo C dessa directiva.

    2. Para que a manteiga concentrada referida no primeiropargrafo, alnea b), do n.o 1 possa beneficiar da ajuda, amanteiga concentrada e, se for caso disso, a matria gordalctea utilizada no seu fabrico devem ter sido produzidas numestabelecimento aprovado em conformidade com o artigo 13.oe satisfazer os requisitos do anexo III. A matria gorda lcteadeve ter sido produzida no mais de seis meses antes de serutilizada no fabrico de manteiga concentrada em conformidadecom o presente regulamento.

    SECO 3

    DISPOSIES RELATIVAS UTILIZAO E INCORPARAODE MANTEIGA DE INTERVENO, MANTEIGA, MANTEIGA

    CONCENTRADA E NATA

    Artigo 6.o

    1. Sem prejuzo dos produtos intermdios referidos noartigo 10.o, a manteiga de interveno, manteiga ou manteigaconcentrada sero incorporadas exclusivamente em produtosfinais por uma das seguintes vias:

    a) Aps adio dos marcadores referidos no n.o 1 do artigo 8.o:

    i) aps transformao da manteiga de interveno emmanteiga concentrada, em conformidade com oartigo 7.o;

    ou

    ii) em natureza;

    b) Utilizando, no estabelecimento em que for efectuada aincorporao nos produtos finais, uma quantidade mnima

    de cinco toneladas de equivalente-manteiga por ms ou45 toneladas de equivalente-manteiga por perodo de 12meses, ou as mesmas quantidades em produtos intermdios:

    i) aps transformao da manteiga de interveno emmanteiga concentrada, em conformidade com oartigo 7.o;

    ou

    ii) em natureza.

    A nata ser incorporada, directa e exclusivamente, em produtosfinais abrangidos pela frmula B do anexo I, por uma das vias

    de utilizao referidas no primeiro pargrafo.

    2. S admitida uma transformao posterior dos produtosfinais se os produtos obtidos forem classificveis num doscdigos NC referidos no anexo I.

    Artigo 7.o

    Se a manteiga de interveno se destinar a ser transformada emmanteiga concentrada, fraccionada ou no, toda a manteigaadjudicada ao proponente deve ser transformada em manteigaconcentrada que satisfaa os requisitos do anexo III e devefornecer pelo menos 100 kg de manteiga concentrada por122,5 kg de manteiga de interveno utilizada.

    Artigo 8.o

    1. Se o processo de incorporao utilizado for o previsto non.o 1, alnea a), do artigo 6.o, sero adicionadas, com exclusode qualquer outro produto e de modo a assegurar uma distri-

    buio homognea, as quantidades mnimas prescritas:

    a) Dos marcadores indicados no anexo IV, se a manteiga deinterveno, manteiga ou manteiga concentrada se destinara ser incorporada em produtos correspondentes frmula Ado anexo I (adiante designada por frmula A);

    b) Dos marcadores indicados no anexo V, se a manteiga deinterveno, manteiga ou manteiga concentrada se destinara ser incorporada em produtos correspondentes frmula Bdo anexo I (adiante designada por frmula B);

    c) Dos marcadores indicados no anexo VI, se se tratar de nata.

    No caso da manteiga concentrada, os marcadores referidos nasalneas a) e b) do primeiro pargrafo sero adicionados nomesmo estabelecimento, durante o fabrico ou imediatamentedepois deste.

    2. Se, nomeadamente devido a uma distribuio no homo-gnea ou incorporao de quantidades insuficientes, adosagem de cada um dos marcadores referidos nos anexos IV e

    V e no ponto 1 do anexo VI se revelar inferior em mais de 5%,mas menos de 30%, s quantidades mnimas prescritas, agarantia de transformao prevista no artigo 28.o ser execu-tada em 1,5%, ou o montante da ajuda ser reduzido em 1,5%,por cada ponto percentual abaixo dessas quantidades mnimas.Se a dosagem de cada um dos referidos marcadores se revelarinferior em 30% ou mais s quantidades mnimas prescritas, nocaso de manteiga de interveno a garantia de transformaoprevista no artigo 28.o ser executada e no caso dos produtosreferidos no n.o 1 do artigo 5.o a ajuda no ser paga.

    O primeiro pargrafo no aplicvel no caso dos marcadores

    organolpticos se os produtos referidos nos pontos I, alnea a),e II, alnea a), do anexo IV, nos pontos I, alnea a), e II, alnea a),do anexo V e no ponto 1, alnea a), do anexo VI forem adicio-nados em quantidades que permitam a percepo do seu sabor,cor ou aroma at incorporao nos produtos finais ou, se forcaso disso, nos produtos intermdios referidos no artigo 10.o

    25.11.2005L 308/6 Jornal Oficial da Unio EuropeiaPT

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    Para efeitos da concesso da ajuda, se a dosagem do marcadortriglicrido do cido enntico referido nos pontos I, alnea b), eII, alnea b), do anexo IV e no ponto 1, alnea b), do anexo VIexceder as quantidades prescritas em mais de 20%, no serpaga qualquer ajuda em relao quantidade total dessemarcador. A dosagem e a quantidade do marcador sero calcu-

    ladas efectuando a mdia aritmtica dos valores determinadosnas amostras colhidas.

    3. O organismo competente designado pelo Estado-Membrodeve certificar-se do respeito, em conformidade com oRegulamento (CE) n.o 213/2001 da Comisso (1), da compo-sio e das caractersticas, nomeadamente do grau de pureza,dos produtos indicados nos anexos IV, V e VI.

    Artigo 9.o

    1. Se a manteiga for fabricada num estabelecimento e osmarcadores forem adicionados posteriormente ou se amanteiga, com ou sem marcadores, for incorporada, numestdio intermdio, em produtos que no sejam produtos finais,num estabelecimento diferente, a manteiga ter de ser embaladaantes dessas operaes, em conformidade com o n.o 1, alnea a),do artigo 5.o Se todas essas operaes forem efectuadas nomesmo estabelecimento, no ser necessria a pr-embalagemda manteiga.

    2. Se o fabrico da manteiga concentrada referida no n.o 1,alnea b), do artigo 5.o, com ou sem marcadores, ou a transfor-mao de manteiga de interveno em manteiga concentrada aque se refere o artigo 7.o ou a adio de marcadores manteigaou nata, consoante o caso, tiver lugar num estabelecimentodiferente daquele onde for efectuada a sua incorporao nosprodutos finais ou, se for caso disso, nos produtos intermdiosreferidos no artigo 10.o, a manteiga concentrada, manteiga deinterveno, manteiga ou nata sero acondicionadas em emba-lagens fechadas de peso lquido no inferior a 10 kg, no casoda manteiga concentrada e da manteiga, sem prejuzo de suba-condicionamentos, e no inferior a 25 kg, no caso da nata.

    A manteiga concentrada e a nata podem ser igualmente trans-portadas em cisternas ou contentores. Antes da sua incorpo-rao nos produtos finais, a manteiga concentrada pode serreacondicionada em embalagens fechadas com as caractersticasprevistas no presente artigo, num estabelecimento para talaprovado em conformidade com o artigo 13.o

    3. As embalagens a que se refere o n.o 2 ostentaro, emcaracteres claramente visveis e legveis, uma meno aopresente regulamento e a indicao do destino (frmula A oufrmula B), uma referncia ao nmero do concurso, eventual-mente em cdigo, inscrita na embalagem original, que permitaao organismo competente verificar o respeito da data-limite deincorporao, e ainda:

    a) Se se tratar de manteiga concentrada, uma ou mais dasmenes previstas no ponto 1, alnea a), do anexo VII,completada pelo termo marcada se contiver marcadores;

    b) Se se tratar de manteiga de interveno ou de manteigamarcada, uma ou mais das menes previstas no ponto 1,

    alnea b), do anexo VII;

    c) Se se tratar de nata marcada, uma ou mais das menesprevistas no ponto 1, alnea c), do anexo VII.

    4. A matria gorda lctea previamente produzida num esta-belecimento aprovado em conformidade com o artigo 13.o edestinada ao fabrico da manteiga concentrada referida no n.o 1,alnea b) do primeiro pargrafo do artigo 5.o, deve ser acondi-cionada em embalagens fechadas de peso lquido no inferior a10 kg e que ostentem, em caracteres claramente visveis e leg-veis:

    a) O nmero do estabelecimento e a data de produo, paraque o organismo competente possa verificar o respeito doprazo de seis meses referido no n.o 2 do artigo 5.o e a satis-fao dos requisitos do anexo III;

    b) Uma ou mais das menes previstas no ponto 1, alnea d),do anexo VII.

    Desde que a sua origem possa ser identificada, a matria gordalctea pode ser igualmente transportada em cisternas oucontentores.

    Artigo 10.o

    1. A manteiga de interveno, manteiga ou manteigaconcentrada, com ou sem marcadores, podem ser incorporadas,num estdio intermdio, em produtos que no sejam produtosfinais, num estabelecimento que no seja o da transformaofinal.

    Nesses casos, o estabelecimento de transformao e os produtosintermdios tero de ser aprovados em conformidade com oartigo 13.o

    A aprovao ser concedida com base num pedido que especi-fique, nomeadamente, a composio dos produtos fabricados eo seu teor de matria gorda butrica e demonstre que se justi-fica a incorporao nesses produtos intermdios para o fabricodos produtos finais.

    2. Se os produtos intermdios obtidos se encontrarem empoder de um estabelecimento revendedor, este obrigar-se-, nostermos do contrato de venda desses produtos:

    a) A manter uma contabilidade que indique, relativamente a

    cada entrega, o nome e o endereo do ou dos estabeleci-mentos de transformao em produtos finais ou, na suafalta, dos primeiros destinatrios no Estado-Membro e, sefor caso disso, dos primeiros destinatrios noutros Esta-dos-Membros, bem como as quantidades vendidas corres-pondentes;

    25.11.2005 L 308/7Jornal Oficial da Unio EuropeiaPT

    (1) JO L 37 de 7.2.2001, p. 1.

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    b) A fazer respeitar as disposies dos artigos 11.o e 39.o

    3. Sem prejuzo de subacondicionamentos, os produtosintermdios sero acondicionados em embalagens fechadas depeso lquido no inferior a 10 kg ou sero transportados emcisternas ou contentores. Todavia, os produtos de baixa densi-

    dade, como os produtos insuflados, podem ser acondicionadosem embalagens fechadas de peso lquido no inferior a 5 kg,igualmente sem prejuzo de subacondicionamentos.

    Alm da indicao do destino (frmula A ou frmula B) e, sefor caso disso, do termo marcada, as embalagens ostentarouma ou mais das menes previstas no ponto 2 do anexo VII e,no caso dos produtos referidos no n.o 1, subalnea ii) daalnea b), do artigo 4.o, uma referncia ao nmero do concurso,eventualmente em cdigo, que permita ao organismo compe-tente verificar o respeito da data-limite de incorporao.

    Artigo 11.o

    Os produtos referidos no artigo 5.o e a manteiga de intervenovendida em conformidade com a seco 6 sero transformadose incorporados nos produtos finais, na Comunidade, nos quatromeses seguintes ao ms de termo do prazo, fixado no n.o 3 doartigo 16.o, para a apresentao das propostas relativas aoconcurso especial.

    SECO 4

    APROVAO

    Artigo 12.o

    O fabrico de matria gorda lctea e da manteiga concentradareferida no n.o 1, alnea b) do primeiro pargrafo, do artigo 5.o,a transformao de manteiga de interveno em manteigaconcentrada a que se refere o artigo 7.o, a adio de marcadoresa que se refere o artigo 8.o, o reacondicionamento de manteiga

    concentrada a que se refere o n.o 2, segundo pargrafo, doartigo 9.o, a incorporao em produtos intermdios a que serefere o artigo 10.o e, se o processo de incorporao utilizadofor o previsto no n.o 1, alnea b), do artigo 6.o, a incorporaode manteiga de interveno, manteiga, manteiga concentrada,produtos intermdios e nata nos produtos finais sero efec-tuados em estabelecimentos aprovados em conformidade como artigo 13.o

    Artigo 13.o

    1. Um estabelecimento s pode ser aprovado se:

    a) Dispuser de instalaes tcnicas adequadas;

    b) Se for caso disso, tiver sido aprovado em conformidade como artigo 10.o da Directiva 92/46/CEE;

    c) A sua capacidade de transformao ou de incorporao for,pelo menos, de cinco toneladas de manteiga por ms ou45 toneladas por perodo de 12 meses, ou o seu equivalenteem manteiga concentrada ou em nata ou, se for caso disso,em produtos intermdios;

    d) Assumir por escrito o compromisso de transformar ouincorporar as quantidades referidas na alnea c);

    e) Dispuser de locais que permitam o isolamento e a identifi-cao das eventuais existncias de matrias gordas no-but-ricas;

    f) Se comprometer a manter em permanncia registos e docu-mentos comprovativos que indiquem as quantidades dematrias gordas utilizadas e a sua composio e fornecedor,as quantidades, a composio e o teor de matria gorda

    butrica dos produtos obtidos e, com excepo dos estabele-cimentos que comercializem os produtos finais a retalho, adata de sada dos produtos do estabelecimento e o nome e oendereo dos seus detentores, comprovados pelas refernciasdas guias de entrega e das facturas;

    g) No caso do fabrico de matria gorda lctea destinada aofabrico de manteiga concentrada, se comprometer a manteros registos exigidos pelo organismo competente de cadaEstado-Membro, que indiquem as quantidades de manteiga enata utilizadas e o seu fornecedor, as quantidades de matriagorda lctea obtidas e a identificao e as datas de produoe de sada de cada lote, referenciado em relao ao

    programa de fabrico referido na alnea h);

    h) Se comprometer a transmitir o seu programa de fabricoreferente a cada proposta nos termos dos artigos 20.o a 23.oe o seu programa de fabrico de matria gorda lctea desti-nada ao fabrico da manteiga concentrada referida no n.o 1,alnea b) do primeiro pargrafo, do artigo 5.o, ao organismoresponsvel pelo controlo referido na seco 8, de acordocom as regras estabelecidas pelo Estado-Membro;

    i) Se comprometer a fornecer os dados que lhe disseremrespeito, previstos nos modelos dos anexos VIII a XII, ao

    organismo competente, de acordo com as regras a estabe-lecer pelo Estado-Membro.

    Se, na sequncia do controlo referido na seco 8, o organismocompetente decidir efectuar aces de controlo intensivas pelomenos uma vez por ms, os Estados-Membros podem aceitarque os programas de fabrico referidos na alnea h) do primeiropargrafo no se refiram a uma proposta determinada.

    2. Se um estabelecimento transformar produtos que benefi-ciem de ajudas ou de redues de preos no mbito de diversosregimes comunitrios, deve, alm disso, comprometer-se a:

    a) Manter separadamente os registos referidos no primeiropargrafo, alnea f), do n.o 1;

    25.11.2005L 308/8 Jornal Oficial da Unio EuropeiaPT

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    b) Transformar os referidos produtos sucessivamente.

    A pedido do estabelecimento interessado, os Estados-Membrospodem dispens-lo da obrigao prevista na alnea b) doprimeiro pargrafo se o estabelecimento dispuser de locais quegarantam um isolamento e uma identificao adequados daseventuais existncias de manteiga em causa.

    Artigo 14.o

    As aprovaes respectivas sero dadas, com um nmero deordem, pelo Estado-Membro em cujo territrio tiverem lugar:

    a) O fabrico da manteiga concentrada referida no n.o 1,alnea b) do primeiro pargrafo, do artigo 5.o ou o fabricoda matria gorda lctea, consoante o caso;

    b) A adio dos marcadores manteiga de interveno,manteiga ou nata;

    c) A incorporao em produtos intermdios;

    d) Se for utilizado o processo de incorporao previsto non.o 1, alnea b), do artigo 6.o, a incorporao nos produtosfinais;

    e) A transformao de manteiga de interveno em manteigaconcentrada, em conformidade com o artigo 7.o;

    f) O reacondicionamento da manteiga concentrada, emconformidade com o n.o 2, segundo pargrafo, do artigo 9.o

    Artigo 15.o

    1. A aprovao ser retirada se as condies enunciadas no

    n.o

    1, alneas a), b), c) e e) do primeiro pargrafo, do artigo 13.o

    deixarem de ser satisfeitas.

    A pedido do estabelecimento interessado, a aprovao pode serrestabelecida aps um perodo de seis meses, na sequncia deuma inspeco aprofundada que conclua que as referidascondies so satisfeitas.

    2. Se se verificar que um estabelecimento no respeitou umdos compromissos do n.o 1, alneas d), f), g) ou h) do primeiropargrafo, do artigo 13.o que assumira ou qualquer outra obri-gao decorrente do presente regulamento, e salvo casos defora maior, a aprovao ser suspensa por um perodo de uma doze meses, em funo da gravidade da irregularidade. Trans-

    corrido esse perodo, a aprovao s poder ser restabelecida seo estabelecimento reassumir os compromissos previstos non.o 1, alneas d), f), g) e h) do primeiro pargrafo, do artigo 13.o

    Um Estado-Membro pode decidir no aplicar a suspenso refe-rida no primeiro pargrafo se se concluir que a irregularidadeno foi cometida deliberadamente ou por negligncia grave eque a sua importncia mnima.

    SECO 5

    CONCURSOS

    Artigo 16.o

    1. Ser publicado no Jornal Oficial da Unio Europeia umanncio de concurso permanente pelo menos oito dias antes

    do termo do primeiro prazo previsto para a apresentao depropostas.

    2. Durante o perodo de eficcia do concurso permanente,os organismos de interveno publicaro anncios deconcursos especiais que indiquem, nomeadamente, o endereo

    e o prazo para a apresentao das propostas.

    3. O prazo para a apresentao das propostas relativas acada concurso especial terminar na segunda e na quartateras-feiras de cada ms, s 11 horas de Bruxelas, comexcepo da segunda tera-feira de Agosto e da quarta tera--feira de Dezembro. Se tera-feira for dia feriado, o prazo termi-nar s 11 horas de Bruxelas do dia til anterior.

    4. No prprio dia do termo do prazo referido no n.o 3, osEstados-Membros enviaro Comisso um quadro-resumo dasquantidades e dos preos oferecidos pelos proponentes emconformidade com a presente seco.

    Se no tiver sido apresentada qualquer proposta, os Estados--Membros comunic-lo-o Comisso no mesmo prazo.Todavia, no caso da venda de manteiga de interveno, essacomunicao s ser exigida se estiver disponvel manteiga paravenda no Estado-Membro em causa.

    Artigo 17.o

    Os organismos de interveno indicaro nos anncios deconcursos especiais previstos no n.o 2 do artigo 16.o, emrelao s quantidades de manteiga de interveno na suaposse:

    a) A localizao dos armazns frigorficos onde a manteigadestinada a venda se encontrar;

    b) A quantidade de manteiga de interveno colocada vendaem cada armazm.

    Artigo 18.o

    1. Os organismos de interveno mantero actualizada ecolocaro disposio dos interessados que o solicitarem a lista

    dos armazns frigorficos onde estiver armazenada a manteigaposta a concurso e as quantidades correspondentes, previstasna alnea b) do artigo 17.o Alm disso, os organismos de inter-veno procedero regularmente publicao dessa lista actua-lizada, de uma forma apropriada que indicaro nos anncios deconcurso.

    2. Quando transmitirem as informaes referidas no n.o 4do artigo 16.o, os organismos de interveno comunicaro Comisso as quantidades de manteiga disponveis para venda.

    Artigo 19.o

    Os organismos de interveno tomaro as disposies necess-rias para permitir que os interessados possam examinar por suaconta, antes da apresentao de uma proposta, amostras damanteiga colocada venda.

    25.11.2005 L 308/9Jornal Oficial da Unio EuropeiaPT

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    Artigo 20.o

    As propostas sero apresentadas por escrito, quer por cartaregistada, quer por entrega em mo ao organismo de inter-veno contra comprovativo de recepo, quer por qualquermeio de telecomunicao.

    Artigo 21.o

    1. Uma proposta s ser vlida se:

    a) Disser respeito a um nico produto (manteiga de inter-veno, nata, manteiga ou manteiga concentrada), com omesmo teor de matria gorda no caso da manteiga (igual ousuperior a 82%; ou igual ou superior a 80% e inferior a82%), com o mesmo destino (frmula A ou frmula B) esujeito a incorporao pela mesma via prevista no artigo 6.o;

    b) Disser respeito a uma quantidade mnima de cinco toneladasde manteiga, doze toneladas de nata ou quatro toneladas demanteiga concentrada ou, se a quantidade disponvel numdeterminado armazm for inferior, a essa quantidade dispo-nvel;

    c) For acompanhada de um compromisso escrito do propo-nente de proceder, ou fazer proceder, incorporao damanteiga de interveno, manteiga, manteiga concentradaou nata em produtos finais em conformidade com oartigo 6.o;

    d) Sem prejuzo do disposto no n.o 5 do artigo 28.o, o propo-

    nente lhe juntar uma declarao na qual renuncie a qualquerreclamao relativamente qualidade e s caractersticas damanteiga de interveno que lhe for adjudicada;

    e) For apresentada prova, antes do termo do prazo para aapresentao de propostas, de que o proponente constituiu,para o concurso especial em causa, a garantia de concursoreferida no n.o 1 do artigo 27.o

    2. O compromisso e a declarao, referidos nas alneas c) ed) do n.o 1, transmitidos inicialmente ao organismo de inter-veno sero vlidos, por reconduo tcita, para as propostasposteriores, at denncia expressa por parte do proponente ouat o organismo de interveno verificar que o compromisso

    foi eventualmente desrespeitado, desde que:a) A proposta inicial especifique que o proponente pretende

    beneficiar das disposies do presente nmero;

    b) As propostas posteriores faam referncia ao presentenmero e data da proposta inicial.

    3. Uma proposta no pode ser retirada depois do termo doprazo referido no n.o 3 do artigo 16.o para a apresentao depropostas relativas ao concurso especial em causa.

    Artigo 22.o

    1. As propostas relativas venda de manteiga de inter-veno sero apresentadas ao organismo de intervenodetentor da manteiga.

    2. As propostas indicaro:

    a) O nome e o endereo do proponente;

    b) A quantidade solicitada;

    c) O destino da manteiga (frmula A ou frmula B), a via deincorporao escolhida em conformidade com o n.o 1 doartigo 6.o e, se for caso disso, o fabrico dos produtos inter-mdios referidos no n.o 1, subalnea ii) da alnea b), doartigo 4.o;

    d) O preo proposto por 100 kg de manteiga, sem ter emconta imposies internas, sada do armazm frigorfico,expresso em euros;

    e) Se for caso disso, o Estado-Membro em cujo territrio serefectuada a incorporao da manteiga nos produtos finais, atransformao da manteiga em manteiga concentrada, a

    adio dos marcadores manteiga ou o fabrico dosprodutos intermdios;

    f) Se for caso disso, o armazm frigorfico onde se encontra amanteiga e, eventualmente, um armazm de substituio;

    g) Se for caso disso, uma indicao relativa ao tipo demanteiga a que se refere o n.o 6, alnea e), do artigo 4.o doRegulamento (CE) n.o 2771/1999 (manteiga de nata doce ououtra), em relao ao qual a proposta for apresentada.

    Artigo 23.o

    1. As propostas relativas concesso da ajuda sero apre-sentadas:

    a) Se a via de incorporao utilizada for a prevista no n.o 1,alnea a), do artigo 6.o, ao organismo de interveno doEstado-Membro em cujo territrio ter lugar a adio dosmarcadores;

    b) Se a via de incorporao utilizada for a prevista no n.o 1,alnea b), do artigo 6.o, ao organismo de interveno do

    Estado-Membro em cujo territrio for realizada a primeiradas seguintes operaes:

    i) o fabrico da manteiga concentrada,

    ii) a incorporao da manteiga nos produtos intermdios,

    iii) a incorporao da manteiga ou da nata nos produtosfinais.

    2. As propostas indicaro:

    a) O nome e o endereo do proponente;

    b) A quantidade de nata, manteiga ou manteiga concentrada,se for caso disso incluindo os marcadores, em relao qual pedida a ajuda, com especificao do teor mnimo dematria gorda no caso da manteiga;

    25.11.2005L 308/10 Jornal Oficial da Unio EuropeiaPT

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    c) O destino (frmula A ou frmula B), a via de incorporaoescolhida em conformidade com o n.o 1 do artigo 6.o e, sefor caso disso, o fabrico dos produtos intermdios referidosno n.o 1, subalnea ii) da alnea b), do artigo 4.o;

    d) O montante proposto da ajuda por 100 kg de nata,

    manteiga ou manteiga concentrada, expresso em euros,tendo em conta, se for caso disso, o peso dos marcadoresreferidos nos anexos IV, V e VI.

    Artigo 24.o

    1. Competir aos adjudicatrios:

    a) Executar ou fazer executar em seu nome e por sua conta as

    operaes relativas ao fabrico da manteiga concentrada refe-rida no n.o 1, alnea b) do primeiro pargrafo, do artigo 5.o, transformao de manteiga de interveno em manteigaconcentrada a que se refere o artigo 7.o e adio dosmarcadores, bem como respeitar o compromisso referidono n.o 1, alnea c), do artigo 21.o;

    b) Manter uma contabilidade:

    i) que indique, em relao a cada entrega de manteiga deinterveno, manteiga, manteiga concentrada, nata ouprodutos intermdios, o nome e o endereo de cadacomprador e as quantidades correspondentes e que espe-

    cifique o seu destino (frmula A ou frmula B),

    ii) que precise a data-limite de incorporao referida noartigo 11.o ou o nmero do concurso, este eventual-mente em cdigo;

    c) Manter uma contabilidade separada para cada regime deajuda, se transformarem produtos que beneficiem de ajudasou de redues de preos no mbito de diversos regimescomunitrios;

    d) Prever, em cada contrato de venda de manteiga de inter-veno, manteiga, manteiga concentrada, nata ou produtos

    intermdios, clusulas que obriguem o comprador:

    i) no caso do fabrico de produtos intermdios, a respeitaras disposies do n.o 1, subalnea ii) da alnea b), doartigo 4.o e do artigo 10.o,

    ii) a respeitar, se for caso disso, o compromisso referidono n.o 1, alnea c), do artigo 21.,

    iii) a incorporar os produtos nos produtos finais noperodo referido no artigo 11.o, especificando o destino(frmula A ou frmula B),

    iv) se for caso disso, a manter a contabilidade referida naalnea b),

    v) a respeitar o disposto no artigo 13.o,

    vi) a manter registos idnticos aos referidos no n.o 1,alneas f) e g), do artigo 13.o, no caso da incorporaode produtos marcados em produtos finais, ou, se setratar dos utilizadores finais referidos no artigo 42.o, amanter documentos comprovativos de todas as quanti-dades de matrias gordas butricas compradas,

    vii) a fornecer os dados que lhe disserem respeito, previstosnos modelos dos anexos VIII a XII, ao organismocompetente, de acordo com as regras a estabelecer peloEstado-Membro do comprador,

    viii) se for caso disso, a transmitir o programa de fabrico autoridade competente.

    A obrigao prevista na alnea d) do primeiro pargrafo serconsiderada satisfeita se cada contrato de venda contiver umareferncia observncia dessa alnea.

    2. Se os adjudicatrios forem os fabricantes dos produtosfinais, devem manter os registos referidos no n.o 1, alneas f) eg), do artigo 13.o e transmitir os seus programas de fabrico emconformidade com o n.o 1, alnea h), do artigo 13.o

    Artigo 25.o

    1. Tendo em conta as propostas recebidas para cada

    concurso especial, e pelo procedimento previsto no n.o

    2 doartigo 42.o do Regulamento (CE) n.o 1255/1999, sero fixadosum preo mnimo de venda da manteiga de interveno e ummontante mximo da ajuda para a nata, a manteiga e amanteiga concentrada, os quais podem ser diferenciados emfuno:

    a) Do destino (frmula A ou frmula B);

    b) Do teor de matria gorda da manteiga;

    c) Da via de incorporao a utilizar, em conformidade com on.o 1 do artigo 6.o

    O preo mnimo de venda pode depender da localizao dasquantidades de manteiga postas venda.

    No caso da compra de manteiga de interveno, ou de pedidosde ajuda para o fabrico dos produtos intermdios referidos non.o 1, subalnea ii) da alnea b), do artigo 4.o, o preo mnimode venda pago pela manteiga de interveno e o montantemximo da ajuda concedida a ttulo desses produtos interm-dios correspondero, respectivamente, ao preo mnimo devenda e ao montante mximo da ajuda fixados, em conformi-dade com o artigo 26.o, para a manteiga marcada com teor dematria gorda igual ou superior a 82%.

    2. Pelo procedimento previsto no n.o 2 do artigo 42.o doRegulamento (CE) n.o 1255/1999, pode decidir-se no darseguimento a um concurso.

    25.11.2005 L 308/11Jornal Oficial da Unio EuropeiaPT

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    Artigo 26.o

    1. Uma proposta ser recusada se o preo proposto para amanteiga de interveno for inferior ao preo mnimo fixadoou o montante proposto para a ajuda for superior ao montante

    mximo da ajuda fixado, tendo para o efeito em conta odestino, o teor de matria gorda da manteiga ou manteigaconcentrada em causa e a via de incorporao.

    2. Sem prejuzo do disposto no n.o 1, sero adjudicatriosda manteiga de interveno os proponentes que oferecerem ospreos mais elevados.

    O organismo de interveno competente proceder venda damanteiga de interveno em funo da sua data de entrada emarmazm, comeando pelo produto mais antigo da quantidadetotal disponvel, ou da quantidade disponvel de manteiga de

    nata doce ou de outra manteiga, se for caso disso, no ou nosarmazns frigorficos designados pelo operador.

    3. Se a quantidade disponvel num determinado armazmno for esgotada, a quantidade restante ser adjudicada aosoutros proponentes em funo dos preos oferecidos, come-ando pelo preo mais elevado. Se a quantidade restante forigual ou inferior a uma tonelada, ser proposta aos adjudicat-rios nas mesmas condies que as quantidades que j lhestiverem sido adjudicadas.

    Se a aceitao de uma proposta implicar que a quantidade demanteiga ainda disponvel num armazm frigorfico seria exce-dida, o proponente em questo ser declarado adjudicatrioapenas em relao a essa quantidade. O organismo de inter-veno pode designar outros armazns frigorficos para atingira quantidade indicada na proposta. Todavia, o proponente poderecusar essa designao se, na proposta, tiver sido indicado umarmazm frigorfico em conformidade com o n.o 2, alnea f), doartigo 22.o

    Se, relativamente a um mesmo armazm frigorfico, a aceitaode diversas propostas de preos idnticos para o mesmodestino da manteiga e a mesma via de incorporao implicar

    que a quantidade ainda disponvel seria excedida, proceder-se- adjudicao por repartio da quantidade disponvel propor-cionalmente s quantidades indicadas nas propostas em causa.Todavia, se essa repartio conduzir a quantidades inferiores acinco toneladas, proceder-se- adjudicao por sorteio.

    4. Os direitos e obrigaes decorrentes de um concurso nosero transmissveis.

    Artigo 27.o

    1. Antes do termo do prazo para a apresentao depropostas, o proponente constituir uma garantia de concursopara o concurso especial em causa.

    2. A garantia de concurso ser constituda no Estado--Membro em que a proposta for apresentada.

    Todavia, no quadro da venda de manteiga de interveno, se,em conformidade com o n.o 2, alnea e), do artigo 22.o, a

    proposta indicar que a incorporao da manteiga nos produtosfinais ou, se for caso disso, a transformao da manteiga emmanteiga concentrada ou a adio dos mercadores manteigaou ainda o fabrico de produtos intermdios ter lugar numEstado-Membro diferente daquele em que a proposta for apre-sentada, a garantia pode ser constituda junto da autoridadecompetente designada por esse outro Estado Membro, a qualfacultar ao proponente a prova referida no n.o 1, alnea e), doartigo 21.o. Nesses casos, o organismo de interveno em causainformar a autoridade competente do outro Estado-Membrodos factos conducentes liberao ou execuo da garantia.

    3. A garantia de concurso ser de 100 EUR por tonelada.

    4. Se a proposta no for aceite, a garantia de concurso serimediatamente liberada.

    5. Constituem exigncias principais, na acepo do n.o 2 doartigo 20.o do Regulamento (CEE) n.o 2220/85, cuja satisfaoser assegurada pela constituio da garantia de concurso, amanuteno da proposta aps o termo do prazo para a apre-sentao de propostas e, consoante o caso:

    a) Se se tratar de manteiga de interveno, a constituio dagarantia de transformao referida no artigo 28.o e o paga-mento do montante referido no n.o 2 do artigo 31.o;

    b) Se se tratar dos produtos referidos no artigo 5.o:

    i) a observncia das disposies desse artigo,

    ii) se a via de incorporao utilizada for a prevista no n.o 1,alnea a), do artigo 6.o, a constituio da garantia detransformao referida no artigo 28.o ou, se se aplicar osegundo pargrafo do artigo 34.o, a incorporao nos

    produtos finais,

    iii) se a via de incorporao utilizada for a prevista no n.o 1,alnea b), do artigo 6.o, a incorporao nos produtosfinais.

    Artigo 28.o

    1. Simultaneamente fixao do preo ou preos mnimos

    de venda e do montante ou montantes mximos da ajuda, epelo procedimento previsto no n.o 2 do artigo 42.o doRegulamento (CE) n.o 1255/1999, fixar-se-o o montante oumontantes da garantia de transformao por 100 kg, emfuno da diferena entre o preo de interveno da manteiga eos preos mnimos fixados ou dos montantes da ajuda.

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    2. A garantia de transformao destina-se a assegurar a satis-fao das exigncias principais, na acepo do n.o 2 doartigo 20.o do Regulamento (CEE) n.o 2220/85, relativas:

    a) No caso da manteiga de interveno:

    i) observncia do disposto no artigo 7.o

    , no que respeita transformao da manteiga em manteiga concentrada e adio de marcadores, se for caso disso, ou adio demarcadores manteiga,

    ii) incorporao da manteiga ou da manteiga concentrada,com ou sem marcadores, nos produtos finais; ou

    b) No caso dos produtos referidos no artigo 5.o, e se a via deincorporao utilizada for a prevista no n.o 1, alnea a), doartigo 6.o, incorporao nos produtos finais.

    Se se tratar de uma ajuda, a garantia de transformao serconstituda no Estado-Membro onde a proposta for apresen-

    tada; se se tratar de manteiga de interveno, s-lo- no Esta-do-Membro onde estiver prevista a transformao ou o inciodesta.

    3. As provas necessrias para obter a liberao da garantiade transformao sero apresentadas autoridade competentedesignada pelo Estado-Membro no prazo de 12 meses a contardo termo do perodo previsto no artigo 11.o

    4. Salvo casos de fora maior, se o perodo para a incorpo-rao nos produtos finais previsto no artigo 11.o for excedidoem menos de 60 dias, a garantia de transformao ser execu-tada razo de 6 EUR por tonelada de equivalente-manteiga

    por dia.

    Uma vez decorridos 59 dias, o montante restante ser reduzidoem 15% e seguidamente em 2% por cada dia suplementar.

    5. Todavia, se a no satisfao das exigncias principais refe-ridas na alnea a) do n.o 2, no perodo previsto no artigo 11.o,resultar do facto de a manteiga de interveno se revelar impr-pria para consumo, as garantias de transformao sero libe-radas, aps acordo da Comisso, logo que tiverem sido tomadasmedidas apropriadas sob a superviso das autoridades do Esta-do-Membro em causa.

    Artigo 29.o

    1. Sob a sua superviso e no respeito do presente regula-mento, o organismo de interveno autorizar alteraes dodestino ou da via de incorporao, relativamente totalidadede uma proposta apresentada em conformidade com oartigo 20.o, por razes comerciais imperativas e devidamente

    justificadas.

    Se a via de incorporao utilizada for a prevista no n.o 1,alnea a), do artigo 6.o, essa autorizao ter de ser obtida antes

    da adio dos marcadores.

    Se o preo mnimo de venda ou o montante mximo da ajudareferidos no n.o 1 do artigo 25.o, consoante o caso, forem idn-ticos para as frmulas A e B, a autoridade competente pode

    autorizar, sob a sua superviso e no respeito do presente regu-lamento, a pedido do proponente, uma alterao do destino, deuma frmula para a outra, relativamente totalidade de umaproposta apresentada em conformidade com o artigo 20.o

    2. Se, por razes comerciais imperativas e devidamente justi-

    ficadas, as exigncias principais referidas no n.o 2, subalnea ii)da alnea a), ou alnea b), do artigo 28.o no forem satisfeitasno caso de produtos a incorporar pela via prevista no n.o 1,alnea a), do artigo 6.o, a autoridade competente pode, sob asua superviso e no respeito do presente regulamento, autorizaro proponente, a pedido deste dentro do perodo previsto noartigo 11.o, a retrabalhar os produtos em causa no estabeleci-mento aprovado para a adio dos marcadores, desde que odestino e a via de incorporao indicados na proposta nosejam alterados.

    Nesses casos, a garantia de transformao referida no artigo 28.oser executada em 15% ou a ajuda ser reduzida em 15%.

    Artigo 30.o

    Em caso de incumprimento de uma exigncia subordinada, agarantia de transformao referida no artigo 28.o ser executadaem 15% ou a ajuda ser reduzida em 15%.

    SECO 6

    VENDA DE MANTEIGA DE INTERVENO POR CONCURSO

    Artigo 31.o

    1. O organismo de interveno informar imediatamente osproponentes do resultado da sua participao no concursoespecial.

    2. Antes do levantamento da manteiga, e no prazo referidono n.o 2 do artigo 32.o, os adjudicatrios pagaro ao organismode interveno o montante correspondente s suas propostaspor cada quantidade que pretenderem levantar e constituiro a

    garantia de transformao referida no artigo 28.o

    3. Salvo casos de fora maior, se o adjudicatrio noobservar o disposto no n.o 2 no prazo prescrito, alm daexecuo da garantia de concurso referida no n.o 1 doartigo 27.o, a venda das quantidades em causa ser anulada.

    Artigo 32.o

    1. Logo que o pagamento do montante referido no n.o 2 doartigo 31.o tiver sido efectuado e que a garantia de transfor-mao referida no artigo 28.o tiver sido constituda, o orga-

    nismo de interveno emitir um ttulo de levantamento, queespecificar:

    a) A quantidade em relao qual se encontrarem satisfeitas ascondies do n.o 2 do artigo 31.o e a proposta, identificadapor um nmero de ordem, a que disser respeito;

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    b) O armazm frigorfico onde a manteiga estiver armazenada;

    c) A data-limite para o levantamento da manteiga;

    d) A data-limite para a incorporao nos produtos finais;

    e) A via de incorporao escolhida, em conformidade com on.o 1 do artigo 6.o;

    f) O destino (frmula A ou frmula B).

    2. Os adjudicatrios procedero, no prazo de 45 dias acontar do ltimo dia para a apresentao de propostas, aolevantamento da manteiga que lhes tiver sido adjudicada. Olevantamento pode ser fraccionado.

    Se o pagamento do montante referido no n.o 2 do artigo 31.otiver sido efectuado e a garantia de transformao referida noartigo 28.o tiver sido constituda, mas a manteiga no for levan-tada no prazo indicado no primeiro pargrafo, a armazenagemda manteiga ficar por conta e risco do adjudicatrio a partirdo dia seguinte data referida na alnea c) do n.o 1.

    3. A manteiga ser entregue pelo organismo de intervenoem embalagens que ostentem, em caracteres claramente visveise legveis, a referncia do presente regulamento, o destino(frmula A ou frmula B) e a via de incorporao escolhida,em conformidade com o n.o 1 do artigo 6.o

    A manteiga permanecer na sua embalagem de origem at aoincio das operaes de incorporao em conformidade com on.o 1 do artigo 6.o

    SECO 7

    CONCESSO DE AJUDAS POR CONCURSO

    Artigo 33.o

    1. O organismo de interveno informar imediatamente osproponentes do resultado da sua participao no concursoespecial.

    2. A notificao dos adjudicatrios prevista no n.o 1 incluir,nomeadamente, as seguintes informaes:

    a) O montante da ajuda concedida para a quantidade demanteiga, manteiga concentrada ou nata em causa e aproposta, identificada por um nmero de ordem, a quedisser respeito;

    b) Se for caso disso, o montante da garantia de transformaoreferida no artigo 28.o;

    c) A data-limite para a incorporao nos produtos finais;

    d) A via de incorporao escolhida em conformidade com on.o 1 do artigo 6.o e o destino (frmula A ou frmula B).

    Artigo 34.o

    A ajuda s ser paga aos adjudicatrios se, no prazo de12 meses aps o termo do perodo previsto no artigo 11.o,tiver sido apresentada prova de que:

    a) No caso da manteiga:

    i) foi fabricada na observncia do disposto no n.o 1 doartigo 5.o;

    ii) foi incorporada nos produtos finais no perodo referidono artigo 11.o ou, se a via de incorporao utilizada tiversido a prevista no n.o 1, alnea a), do artigo 6.o, foramadicionados marcadores em conformidade com o n.o 1do artigo 8.o e foi constituda a garantia de transfor-mao referida no artigo 28.o;

    b) No caso da manteiga concentrada:

    i) foi fabricada na observncia do disposto no artigo 5.o,

    ii) foi incorporada nos produtos finais no perodo referidono artigo 11.o ou, se a via de incorporao utilizada tiversido a prevista no n.o 1, alnea a), do artigo 6.o, foramadicionados marcadores em conformidade com o n.o 1do artigo 8.o e foi constituda a garantia de transfor-mao referida no artigo 28.o;

    c) No caso da nata:

    i) foi fabricada na observncia do disposto no n.o 1 doartigo 5.o;

    ii) foi incorporada nos produtos finais no perodo referidono artigo 11.o ou, se a via de incorporao utilizada tiversido a prevista no n.o 1, alnea a), do artigo 6.o, foramadicionados marcadores em conformidade com o n.o 1do artigo 8.o e foi constituda a garantia de transfor-mao referida no artigo 28.o

    Todavia, a garantia de transformao referida no artigo 28.ono necessita de ser constituda se a ajuda for solicitada depoisde efectuadas as aces de controlo previstas na seco 8 e forapresentada prova da incorporao nos produtos finais noperodo referido no artigo 11.o

    Artigo 35.o

    1. Salvo casos de fora maior, a ajuda ser paga no prazo de60 dias aps a apresentao, ao organismo de interveno, dasprovas previstas no primeiro pargrafo do artigo 34.o, naproporo das quantidades relativamente s quais tais provasforem fornecidas.

    Todavia, os Estados-Membros podem limitar o pagamento daajuda a um pedido por ms e por concurso.

    2. Salvo casos de fora maior, se o perodo previsto noartigo 11.o for excedido em menos de 60 dias, tendo a via deincorporao utilizada sido a prevista no n.o 1, alnea b), doartigo 6.o, a ajuda ser reduzida em 6 EUR por tonelada deequivalente-manteiga por dia.

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    Uma vez decorridos 59 dias, o montante restante da ajuda serreduzido em 15% e seguidamente em 2% por cada dia suple-mentar.

    3. Se o adjudicatrio invocar razes de fora maior para quelhe seja efectuado o pagamento da ajuda ou se estiverem adecorrer averiguaes administrativas relativamente ao direito ajuda, o pagamento s ser efectuado depois de reconhecido odireito ajuda.

    SECO 8

    CONTROLO

    Artigo 36.o

    Os Estados-Membros efectuaro, nomeadamente, as aces decontrolo referidas na presente seco, cujo custo suportaro.

    Artigo 37.o

    1. Quando do fabrico da manteiga concentrada referida non.o 1, alnea b) do primeiro pargrafo, do artigo 5.o, com ou

    sem marcadores, do fabrico de matria gorda lctea a que serefere o n.o 2 do artigo 5.o, da transformao de manteiga deinterveno em manteiga concentrada a que se refere oartigo 7.o, da adio de marcadores nata, manteiga de inter-veno ou manteiga ou do reacondicionamento a que se refereo n.o 2, segundo pargrafo, do artigo 9.o, a autoridade compe-tente efectuar aces de controlo no local, sem aviso prvio,com base no programa de fabrico do estabelecimento, referidono n.o 1, alnea h), do artigo 13.o, de modo que cada propostaapresentada em conformidade com o artigo 20.o seja verificadapelo menos uma vez ou, no caso da matria gorda lctea desti-nada ao fabrico de manteiga concentrada, pelo menos uma vezpor ms.

    Para efeitos de controlo de qualidade, e aps acordo daComisso, os Estados-Membros podem estabelecer um sistemade autocontrolo, sob a sua superviso, em determinados estabe-lecimentos aprovados.

    2. O controlo incluir a colheita de amostras dos produtosobtidos e o exame das matrias gordas butricas utilizadas, senecessrio tambm com colheita de amostras, e abranger,nomeadamente, as condies de fabrico, a quantidade e compo-sio do produto obtido em funo da manteiga ou nata utili-zada e a verificao da ausncia de matrias gordas no-lcteasnos produtos obtidos ou, se for caso disso, nas matrias gordas

    butricas utilizadas.

    3. O controlo ser completado periodicamente, com umafrequncia que depender das quantidades transformadas, masque ser pelo menos semestral, por um exame aprofundado epor amostragem aleatria dos registos referidos no n.o 1,

    alneas f) e g), do artigo 13.o e, se for caso disso, da contabili-dade referida no n.o 1, alnea b), do artigo 24.o e pela verifi-cao do respeito das condies de aprovao do estabeleci-mento.

    Artigo 38.o

    1. O controlo no local, sem aviso prvio, da incorporaode manteiga concentrada, manteiga de interveno ou manteigaem produtos intermdios nos estabelecimentos em causa serefectuado com base no programa de fabrico referido no n.o 1,alnea h), do artigo 13.o, com uma frequncia que dependerdas quantidades utilizadas, mas que ser pelo menos mensal.

    O controlo abranger, nomeadamente, as condies de fabricodos produtos intermdios e a verificao do respeito do teor dematria gorda butrica declarado em conformidade com o n.o 1,terceiro pargrafo, do artigo 10.o e contemplar:

    a) Uma anlise dos registos previstos no n.o 1, alnea f), doartigo 13.o, tendo em vista a verificao da composiodeclarada dos produtos intermdios fabricados;

    b) O exame das matrias gordas butricas utilizadas, se neces-srio com colheita de amostras, a verificao da ausncia dematrias gordas no-lcteas nas matrias gordas butricasutilizadas e a colheita de amostras dos produtos interm-dios, para verificar se a composio dos mesmos corres-ponde indicada nesses registos;

    c) A verificao das entradas de matrias gordas butricas e dassadas de produtos intermdios fabricados.

    2. O controlo referido no n.o 1 ser completado pela verifi-cao do respeito das condies de aprovao do estabeleci-mento, pela verificao da contabilidade referida no n.o 1,alnea b), do artigo 24.o, se for caso disso, e por um exameaprofundado dos referidos registos:

    a) Por amostragem aleatria, se a via de incorporao utilizadafor a prevista no n.o 1, alnea a), do artigo 6.o;

    b) Relativamente a cada lote de fabrico dos produtos interm-dios, se a via de incorporao utilizada for a prevista non.o 1, alnea b), do artigo 6.o

    Artigo 39.o

    1. Sero efectuadas aces de controlo no local, sem avisoprvio, da utilizao de manteiga de interveno, manteiga,manteiga concentrada, nata ou produtos intermdios emprodutos finais, nos estabelecimentos em causa:

    a) Para examinar as matrias gordas butricas utilizadas, senecessrio com colheita de amostras, e verificar a ausnciade matrias gordas no-lcteas; se necessrio, sero colhidasamostras dos produtos finais, para verificar a composiodos mesmos;

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    b) Para verificar o respeito do destino declarado para oproduto na proposta, com base nas receitas de fabrico e nosregistos referidos no n.o 1, alnea f), do artigo 13.o ou nacontabilidade referida no n.o 1, alnea b), do artigo 24.o:

    i) por amostragem aleatria, se a via de incorporao utili-

    zada for a prevista no n.o 1, alnea a), do artigo 6.o,

    ii) relativamente a cada lote de fabrico dos produtos finais,se a via de incorporao utilizada for a prevista no n.o 1,alnea b), do artigo 6.o

    A frequncia das aces de controlo referidas nas alneas a) e b)do primeiro pargrafo basear-se- nas quantidades utilizadas,mas ser pelo menos trimestral se a via de incorporao utili-zada for a prevista no n.o 1, alnea a), do artigo 6.o e foremincorporadas mensalmente no estabelecimento cinco toneladasou mais de equivalente-manteiga, e pelo menos mensal se a viade incorporao utilizada for a prevista no n.o 1, alnea b), do

    artigo 6.o

    Os estabelecimentos que utilizarem mensalmente cinco tone-ladas ou mais de equivalente-manteiga pela via de incorporaoprevista no n.o 1, alnea a), do artigo 6.o comunicaro o seuprograma de fabrico referente a cada proposta de acordo comas regras estabelecidas pelo Estado-Membro.

    2. Se a via de incorporao utilizada for a prevista no n.o 1,alnea b), do artigo 6.o, as aces de controlo referidas no n.o 1sero completadas periodicamente pela verificao do respeito:

    a) Das condies de aprovao do estabelecimento previstasno artigo 13.o;

    b) Do compromisso assumido em conformidade com o n.o 1,alnea c), do artigo 21.o

    A via de incorporao prevista no n.o 1, alnea b), do artigo 6.opode ser suspensa se o estabelecimento no tiver respeitado ocompromisso que assumira em conformidade com o n.o 1,alnea c), do artigo 21.o Uma vez suspensa, essa via de incorpo-rao s pode ser retomada a pedido do estabelecimento emcausa, acompanhado de um compromisso escrito do propo-

    nente em conformidade com o n.o

    1, alnea c), do artigo 21.o

    Artigo 40.o

    1. Se a via de incorporao utilizada for a prevista no n.o 1,alnea b), do artigo 6.o, as aces de controlo referidas no n.o 2,alnea b), do artigo 38.o e no n.o 1, subalnea ii) da alnea b), doartigo 39.o sero efectuadas por lote de fabrico.

    2. Se a via de incorporao utilizada for a prevista no n.o 1,alnea a), do artigo 6.o, as aces de controlo referidas no n.o 1e no n.o 2, alnea a), do artigo 38.o e no n.o 1, subalnea i) daalnea b), do artigo 39.o passaro pela identificao das quanti-dades utilizadas com as propostas a que se refere o artigo 20.o

    Artigo 41.o

    1. Se a via de incorporao utilizada for a prevista no n.o 1,alnea a), do artigo 6.o, as aces de controlo referidas no n.o 1do artigo 39.o sero consideradas efectuadas se os adjudicat-rios ou, se for caso disso, os vendedores apresentarem umadeclarao dos utilizadores finais ou, se for caso disso, dosltimos revendedores, aplicvel a todas as vendas, na qual osmesmos:

    a) Confirmem o seu compromisso, constante do contrato devenda, em conformidade com o n.o 1, subalnea iii) daalnea d), do artigo 24.o, de procederem incorporao nosprodutos finais;

    b) Reconheam ter conhecimento das sanes, j estabelecidasou a estabelecer pelo Estado-Membro, em que incorrem seas aces de controlo que os poderes pblicos vierem a efec-tuar revelarem que o compromisso referido na alnea a) no

    foi respeitado.

    2. Se o compromisso referido no n.o 1, alnea a), no forrespeitado e a ajuda j tiver sido paga e a garantia liberada, serdevida ao organismo de interveno, relativamente s quanti-dades em causa, uma soma igual ao montante da garantia detransformao referida no artigo 28.o

    Artigo 42.o

    O artigo 41.o s ser aplicvel se os utilizadores finais ou, sefor caso disso, os ltimos revendedores se comprometerem porescrito a no comprar, durante um perodo de 12 meses, maisde 12 toneladas de equivalente-manteiga, incluindo, se for casodisso, uma quantidade mxima de 14 toneladas de nata, ou amesma quantidade de manteiga ou manteiga concentrada emprodutos intermdios.

    Sero efectuadas aces de controlo para garantir o respeito daquantidade mxima por perodo de 12 meses.

    O artigo 41.o deixar de se aplicar aos utilizadores finais oultimos revendedores que no tiverem respeitado o compro-

    misso referido no primeiro pargrafo. Todavia, se o considerar justificado, a autoridade competente pode aprovar um novocompromisso assumido por um utilizador final ou por umltimo revendedor, com base num pedido escrito no qual omesmo indique as razes do desrespeito do compromisso ante-rior. Essa aprovao s pode comear a produzir efeitos depoisde transcorridos 12 meses aps o pedido. Entretanto, seroefectuadas as aces de controlo previstas no n.o 1 doartigo 39.o

    Artigo 43.o

    Os Estados-Membros verificaro periodicamente o respeito dasobrigaes previstas no n.o 1, alnea i), do artigo 13.o e no n.o 1,subalnea vii) da alnea d), do artigo 24.o, examinando para oefeito os dados transmitidos.

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    Artigo 44.o

    As aces de controlo em conformidade com a presente secosero objecto de um relatrio de inspeco que especifique adata do controlo, a durao deste e as operaes efectuadas.

    Artigo 45.o

    1. O Regulamento (CEE) n.o 3002/92 da Comisso (1) aplica--se, mutatis mutandis, aos produtos referidos no presente cap-tulo, salvo disposio em contrrio no mesmo.

    As medidas de controlo previstas no artigo 2.o doRegulamento (CEE) n.o 3002/92 tambm se aplicam aosprodutos referidos no artigo 5.o do presente regulamento, desdeo incio das operaes de marcao referidas no artigo 8.o ou, no caso da manteiga concentrada no marcada, desde a suadata de fabrico ou ainda, no caso da manteiga no marcada

    incorporada em produtos intermdios, desde a sua data deincorporao at incorporao nos produtos finais.

    As menes especiais a inscrever nas casas 104 e 106 do exem-plar de controlo T5 figuram no anexo XIII.

    2. Se a adio dos marcadores manteiga ou nata ou aincorporao da manteiga ou nata nos produtos finais ou, sefor caso disso, em produtos intermdios tiver lugar num Esta-do-Membro que no seja o de fabrico, essa manteiga ou natater de ser acompanhada de um certificado, emitido pela auto-ridade competente do Estado-Membro, que ateste a observnciado disposto no artigo 5.o

    SECO 9

    COMUNICAES

    Artigo 46.o

    Os Estados-Membros comunicaro Comisso:

    1) Antes de 1 de Maro, 1 de Junho, 1 de Setembro e 1 de

    Dezembro, relativamente ao trimestre precedente do anocivil:

    a) Os dados previstos nos modelos dos anexos VIII a XI;

    b) Os preos pagos pelos produtos subvencionados, emmdia ponderada, com indicao dos valores extremos,declarados pelos utilizadores finais de acordo com asregras estabelecidas pelo Estado Membro ou determi-nados por sondagem pelo Estado-Membro;

    c) Os casos em que se tiver verificado inobservncia dodisposto no artigo 5.o

    2) Antes de 1 de Maro de cada ano, relativamente ao anoanterior:

    a) Os dados previstos no modelo do anexo XII;

    b) O nmero de alteraes de destino, bem como as quanti-dades e destinos em causa, autorizadas em conformidadecom o artigo 29.o;

    c) Os casos de aplicao do n.o 2 do artigo 41.o

    Os Estados-Membros tomaro as medidas necessrias paragarantir o respeito das obrigaes previstas no n.o 1, alnea i),do artigo 13.o e no n.o 1, subalnea vii) da alnea d), doartigo 24.o

    CAPTULO III

    CONCESSO DE AJUDAS POR CONCURSO A MANTEIGACONCENTRADA DESTINADA AO CONSUMO DIRECTO NA

    COMUNIDADE

    SECO 1

    DEFINIES E CONDIES DE ELEGIBILIDADE

    Artigo 47.o

    1. Ser concedida uma ajuda manteiga concentrada, frac-cionada ou no, com teor de matria gorda no inferior a 96%,produzida num estabelecimento aprovado em conformidadecom o artigo 63.o a partir de nata ou de manteiga que satisfaaas especificaes do anexo XIV. A manteiga concentradadestinar-se- ao consumo directo na Comunidade.

    A manteiga concentrada ter de satisfazer o disposto na Direc-tiva 92/46/CEE, nomeadamente no tocante preparao numestabelecimento aprovado e ao respeito das condies relativas marcao de salubridade definidas no captulo IV, seco A,do anexo C dessa directiva.

    2. A ajuda ser concedida pelo Estado-Membro em cujoterritrio a nata ou a manteiga tiverem sido transformadas emmanteiga concentrada de acordo com as frmulas doanexo XIV.

    3. O montante da ajuda ser fixado em euros por umprocesso de concurso permanente gerido por cada organismo

    de interveno.

    Artigo 48.o

    Para efeitos do disposto no presente captulo, aplicam-se asseguintes definies:

    a) Consumo directo: compras efectuadas por consumidorespara uma utilizao final, incluindo as efectuadas por hotis,restaurantes, hospitais, lares, internatos, prises e todos osestabelecimentos similares com vista preparao dealimentos destinados ao consumo directo;

    b) Tomada a cargo pelo comrcio retalhista: compras efec-tuadas pelos estabelecimentos referidos na alnea a), porempresas de distribuio a que s tenham acesso os titularesde um carto de comprador (cash and carry) e por departa-mentos de compras de empresas de distribuio a retalho;

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    (1) JO L 301 de 17.10.1992, p. 17.

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    c) Lote de fabrico: quantidade de manteiga concentradaproduzida numa mesma unidade de fabrico e correspon-dente totalidade ou a uma parte da proposta a que serefere o artigo 50.o

    SECO 2

    CONCURSOS

    Artigo 49.o

    1. Ser publicado no Jornal Oficial da Unio Europeia umanncio de concurso permanente pelo menos oito dias antesdo termo do primeiro prazo previsto para a apresentao depropostas.

    2. Durante o perodo de eficcia do concurso permanente,os organismos de interveno publicaro anncios deconcursos especiais que indiquem, nomeadamente, o endereoe o prazo para a apresentao das propostas.

    3. O prazo para a apresentao das propostas relativas acada concurso especial terminar na segunda e na quartateras-feiras de cada ms, s 11 horas de Bruxelas, comexcepo da segunda tera-feira de Agosto e da quarta tera--feira de Dezembro. Se tera-feira for dia feriado, o prazo termi-nar s 11 horas de Bruxelas do dia til anterior.

    4. No prprio dia do termo do prazo referido no n.o 3, os

    Estados-Membros enviaro Comisso um quadro-resumo dasquantidades e dos preos oferecidos pelos proponentes emconformidade com a presente seco.

    Se no tiver sido apresentada qualquer proposta, os Estados--Membros comunic-lo-o Comisso no mesmo prazo.

    Artigo 50.o

    1. Uma proposta s ser vlida se for acompanhada de umcompromisso escrito do proponente de fabricar a quantidadetotal de manteiga concentrada nela indicada.

    2. As propostas sero apresentadas por escrito, quer porcarta registada, quer por entrega em mo ao organismo deinterveno contra comprovativo de recepo, quer por qual-quer meio de telecomunicao.

    Artigo 51.o

    1. As propostas sero apresentadas ao organismo de inter-veno em cujo territrio ter lugar o fabrico da manteigaconcentrada.

    2. As propostas indicaro:a) O nome e o endereo do proponente;

    b) O montante proposto da ajuda, expresso em euros por100 kg de manteiga concentrada;

    c) A quantidade de manteiga concentrada, incluindo os marca-dores, em relao qual solicitada a ajuda;

    d) O nome e o endereo do estabelecimento onde toda amanteiga concentrada ser fabricada, marcada e embalada,em conformidade com o disposto nos artigos 59.o, 61.o e

    62.o

    , e, se for caso disso, do estabelecimento onde toda amanteiga concentrada ser embalada para comercializao,em conformidade com o disposto no n.o 1, segundo par-grafo, do artigo 62.o

    Artigo 52.o

    Uma proposta s ser vlida se:

    a) For acompanhada do compromisso previsto no n.o 1 doartigo 50.o;

    b) Disser respeito a uma quantidade de mnima de quatro tone-

    ladas de manteiga concentrada;

    c) For apresentada prova, antes do termo do prazo para aapresentao de propostas, de que o proponente constituiua garantia de concurso referida no n.o 2 do artigo 53.o

    Artigo 53.o

    1. Uma proposta no pode ser retirada depois do termo doprazo previsto no n.o 3 do artigo 49.o para a apresentao depropostas relativas ao concurso especial em causa.

    2. Constituem exigncias principais, na acepo do n.o 2 doartigo 20.o do Regulamento (CEE) n.o 2220/85, cuja satisfaoser assegurada pela constituio de uma garantia de concursode 100 EUR por tonelada, a manuteno da proposta aps otermo do prazo para a apresentao de propostas, a obser-vncia do disposto no n.o 1 do artigo 47.o e a constituio dagarantia de destino referida no n.o 4.

    3. A garantia de concurso ser constituda no Estado--Membro em que a proposta for apresentada.

    Se a proposta no for aceite, a garantia de concurso serimediatamente liberada.

    Alm disso, a garantia de concurso ser liberada quando forconstituda a garantia de destino referida no n.o 4.

    4. A tomada a cargo pelo comrcio retalhista, na Comuni-dade, da manteiga concentrada constitui uma exigncia prin-cipal, na acepo do n.o 2 do artigo 20.o do Regulamento (CEE)n.o 2220/85, cuja satisfao ser assegurada pela constituiode uma garantia de destino. A garantia de destino ser consti-tuda no Estado-Membro em que a proposta for apresentada.

    Artigo 54.o

    O montante mximo da ajuda ser fixado tendo em conta aspropostas recebidas para cada concurso especial e pelo procedi-mento previsto no n.o 2 do artigo 42.o do Regulamento (CE)n.o 1255/1999.

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    Pelo mesmo procedimento, pode decidir-se no dar seguimentoa um concurso.

    O montante da garantia de destino referida no n.o 4 doartigo 53.o ser fixado em simultneo com a ajuda, pelo proce-dimento previsto no n.o 2 do artigo 42.o do Regulamento (CE)

    n.o

    1255/1999. Esse montante ser fixado por 100 kg e emfuno do montante da ajuda.

    Artigo 55.o

    1. Uma proposta ser recusada se o montante proposto paraa ajuda for superior ao montante mximo fixado para oconcurso especial em questo.

    2. Os direitos e obrigaes decorrentes de um concurso nosero transmissveis.

    Artigo 56.o

    1. O organismo de interveno informar imediatamente osproponentes do resultado da sua participao no concursoespecial.

    2. Os adjudicatrios sero notificados, nomeadamente, doseguinte:

    a) Do montante da ajuda concedida para a quantidade demanteiga concentrada em causa e da proposta, identificadapor um nmero de ordem, a que disser respeito;

    b) Da data-limite de embalagem da manteiga concentrada;c) Do montante da garantia de destino.

    Artigo 57.o

    1. Salvo casos de fora maior, a ajuda ser paga aos adjudi-catrios:

    a) No prazo de 60 dias a contar da data em que tiver sidoapresentada prova de que a manteiga concentrada foi fabri-cada em conformidade com o n.o 1 do artigo 47.o e marcadae embalada em conformidade com os artigos 59.o a 62.o, naproporo das quantidades relativamente s quais tal provafor fornecida;

    b) Depois da constituio da garantia de destino referida non.o 4 do artigo 53.o

    2. Se o adjudicatrio invocar razes de fora maior para quelhe seja efectuado o pagamento da ajuda ou se estiverem adecorrer averiguaes administrativas relativamente ao direito ajuda, o pagamento s ser efectuado depois de reconhecido odireito ajuda.

    Artigo 58.o

    1. A garantia de destino ser liberada relativamente s quan-tidades em relao s quais for apresentada, nos 15 mesesseguintes ao ms de termo do prazo para a apresentao depropostas previsto no n.o 3 do artigo 49.o, prova de tomada acargo pelo comrcio retalhista.

    Todavia, em derrogao do n.o 3 do artigo 22.o doRegulamento (CEE) n.o 2220/85, a garantia de destino ser libe-rada em 85% do seu montante se a referida prova for apresen-tada nos seis meses seguintes ao termo do perodo de 15 mesesreferido no primeiro pargrafo.

    2. Sempre que um exemplar de controlo T5 deva ser utili-zado como prova da tomada a cargo pelo comrcio retalhista eno tenha sido devolvido ao organismo depositrio da garantianos 12 meses seguintes ao ms de termo do prazo para a apre-sentao de propostas previsto no n.o 3 do artigo 49.o, devido acircunstncias no imputveis ao interessado, este pode apre-sentar s autoridades competentes, antes do termo do perodode 15 meses previsto no primeiro pargrafo do n.o 1, umpedido fundamentado de equivalncia, acompanhado de docu-mentos justificativos. Estes ltimos devem incluir o documentode transporte e um documento que prove que a manteiga foitomada a cargo pelo comrcio retalhista.

    SECO 3

    DISPOSIES RELATIVAS INCORPORAO

    Artigo 59.o

    1. Durante ou imediatamente aps o fabrico da manteigaconcentrada, ser nela incorporado um dos marcadores refe-ridos no anexo XIV, de acordo com a frmula escolhida e de

    modo a assegurar uma distribuio homognea do marcador.

    A autoridade competente assegurar o respeito, em conformi-dade com o Regulamento (CE) n.o 213/2001, dos requisitos dequalidade e caractersticas, nomeadamente o grau de pureza,dos produtos destinados a ser incorporados na manteigaconcentrada.

    2. Imediatamente antes da embalagem, pode ser insufladoazoto na manteiga concentrada, para a formao de espuma. Oaumento de volume resultante deste tratamento no podeexceder 10% do volume da manteiga concentrada antes dotratamento.

    Todavia, no caso da manteiga concentrada com teor mnimode matria gorda butrica de 99,8% antes da adio de marca-dores e de aditivos, o aumento de volume resultante do referidotratamento no pode exceder 20% do volume da manteigaconcentrada antes do tratamento.

    Artigo 60.o

    Se, nomeadamente devido a uma distribuio no homogneaou incorporao de quantidades insuficientes, a dosagem do

    marcador referido no ponto 1, alnea c), do anexo XIV serevelar inferior em mais de 5%, mas menos de 30%, quanti-dade mnima prescrita, o montante da ajuda ser reduzido em1,5% por cada ponto percentual abaixo dessa quantidademnima. Se a dosagem do marcador se revelar inferior em 30%ou mais quantidade mnima prescrita, a ajuda no ser paga.

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    Artigo 61.o

    1. A manteiga concentrada marcada de acordo com asfrmulas I ou II do anexo XIV ser acondicionada em embala-gens fechadas. Consoante os produtos incorporados em confor-midade com o artigo 59.o, e atentas as disposies nacionais

    em matria de descrio dos produtos alimentares, essas emba-lagens ostentaro, em caracteres idnticos, claramente visveis elegveis, uma ou mais das menes previstas, respectivamente,nos pontos 1 e 2 do anexo XV.

    2. A quantidade lquida mxima das embalagens referidas non.o 1 ser de 3 kg.

    Artigo 62.o

    1. O fabrico de manteiga concentrada, a adio de marca-dores em conformidade com as especificaes do anexo XIV e

    a embalagem, incluindo a embalagem para comercializao,sero efectuados no estabelecimento indicado em conformidadecom o n.o 2, alnea d), do artigo 51.o, nos trs meses seguintesao ms de termo do prazo para a apresentao de propostasprevisto no n.o 3 do artigo 49.o.

    Todavia, aps acordo do organismo competente, a totalidadeda manteiga concentrada pode ser embalada para comerciali-zao num estabelecimento diferente do estabelecimento detransformao indicado em conformidade com o n.o 2,alnea d), do artigo 51.o, desde que ambos os estabelecimentosse situem no mesmo Estado-Membro e a embalagem seja efec-tuada num estabelecimento aprovado para o efeito.

    2. Salvo casos de fora maior, se o perodo previsto no n.o 1for excedido em menos de 60 dias, a ajuda ser reduzida em7,32 EUR por tonelada por dia. Uma vez decorridos 59 dias, omontante restante da ajuda ser reduzido em 15% e seguida-mente em 2% por cada dia suplementar.

    SECO 4

    APROVAO

    Artigo 63.o

    1. As operaes referidas no artigo 62.o sero efectuadasnum estabelecimento aprovado para o efeito pelo Esta-do-Membro em cujo territrio o estabelecimento se situar.

    2. Um estabelecimento s pode ser aprovado se:

    a) Tiver sido aprovado em conformidade com o artigo 10.o daDirectiva 92/46/CEE;

    b) Dispuser de instalaes tcnicas adequadas;

    c) Tiver capacidade de transformar, em mdia, pelo menosduas toneladas de manteiga concentrada por ms;

    d) Dispuser de locais que permitam o isolamento e a identifi-cao das eventuais existncias de matrias gordas no-but-ricas;

    e) Se comprometer a manter em permanncia registos e docu-mentos comprovativos que indiquem o fornecedor damanteiga e da nata utilizadas, a data de fabrico da manteigaconcentrada, a quantidade e a composio da manteigaconcentrada obtida, a data de sada do produto e o nome eo endereo dos seus detentores, comprovados pelas refern-

    cias das guias de entrega e das facturas;f) Se comprometer a transmitir o seu programa de fabrico de

    cada lote, ao organismo responsvel pelo controlo referidono artigo 67.o, de acordo com as regras estabelecidas peloEstado-Membro.

    3. Se um estabelecimento transformar diversos produtoselegveis para ajudas ou redues de preos, deve, alm disso,comprometer-se a:

    a) Manter separadamente os registos referidos no n.o 2,alnea e);

    b) Transformar os referidos produtos sucessivamente.

    A pedido do estabelecimento interessado, os Estados-Membrospodem dispens-lo da obrigao prevista na alnea b) doprimeiro pargrafo se o estabelecimento dispuser de locais quegarantam um isolamento e uma identificao adequados daseventuais existncias dos produtos em causa.

    Artigo 64.o

    A aprovao ser dada com um nmero de o