hortofruticolas - legislacao europeia - 1999/05 - reg nº 1257 - quali.pt

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  • 8/9/2019 Hortofruticolas - Legislacao Europeia - 1999/05 - Reg n 1257 - QUALI.PT

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    REGULAMENTO (CE) N. 1257/1999 DO CONSELHO

    de 17 de Maio de 1999

    relativo ao apoio do Fundo Europeu de Orientaca

    o e de Garantia Agrcola (FEOGA) aodesenvolvimento rural e que altera e revoga determinados regulamentos

    O CONSELHO DA UNIAO EUROPEIA,

    Tendo em conta o Tratado que institui a ComunidadeEuropeia e, nomeadamente, os seus artigos 36. e 37.,

    Tendo em conta a proposta da Comissao (1),

    Tendo em conta o parecer do Parlamento Europeu (2),

    Tendo em conta o parecer do Comite Econmico eSocial(3),

    Tendo em conta o parecer do Comite das Regioes (4),

    Tendo em conta o parecer do Tribunal de Contas(5),

    (1) Considerando que uma poltica comum de desen-volvimento rural deve acompanhar e complemen-tar os outros instrumentos da poltica agrcolacomum e, em consequencia, contribuir para arealizacao dos objectivos desta poltica previstosno n. 1 do artigo 33. do Tratado;

    (2) Considerando que, segundo o n. 2, alnea a), doartigo 33. do Tratado, na elaboracao da polticaagrcola comum e dos metodos especiais que elapossa implicar, tomar-se-a em consideracao anatureza particular da actividade agrcola decor-rente da estrutura social da agricultura e das dis-paridades estruturais e naturais entre as diversasregioes agrcolas;

    (3) Considerando que, segundo o artigo 159. doTratado, a execucao das polticas comuns teraem conta os objectivos da poltica comum decoesao econmica e social enunciados nosartigos 158. e 160. e contribuira para a sua

    realizacao; que, por conseguinte, as medidas dedesenvolvimento rural devem contribuir paraessa poltica nas regioes menos desenvolvidas(objectivo n. 1) e nas regioes com dificuldadesestruturais (objectivo n. 2), definidas no Regula-mento (CE) n. 1260/1999 do Conselho, de 21de Junho de 1999, que estabelece disposicoesgerais sobre os fundos estruturais(6);

    (4) Considerando que as medidas destinadas aapoiar a melhoria das estruturas agrcolas foramintroduzidas na poltica agrcola comum ja em1972; que, durante quase duas decadas, foramfeitas tentativas para integrar a poltica das estru-turas agrcolas no contexto econmico e social,em sentido lato, das zonas rurais; que a reformade 1992 reforcou a dimensao ambiental da agri-cultura, que e o mais importante utilizador deterras;

    (5) Considerando que a poltica rural na Comuni-

    dade e actualmente aplicada atraves de um con-junto de instrumentos complexos;

    (6) Considerando que, nos prximos anos, a agricul-tura tera de se adaptar a novas realidades e asalteracoes que caracterizam a evolucao dos mer-cados, a poltica de mercado e regras comerciais,as exigencias e preferencias dos consumidores eao prximo alargamento da Comunidade; queessas alteracoes afectarao nao s os mercadosagrcolas mas tambem, de um modo geral, aseconomias locais das zonas rurais; que a polticade desenvolvimento rural deve ter por objectivorestabelecer e reforcar a competitividade daszonas rurais e, por conseguinte, contribuir para amanutencao e criacao de emprego nessas zonas;

    (7) Considerando que essa evolucao deve ser incenti-vada e apoiada atraves da reorganizacao e sim-plificacao dos instrumentos de desenvolvimentorural existentes;

    (8) Considerando que essa reorganizacao deve terem conta a experiencia adquirida com a aplica-cao dos instrumentos existentes e, em consequen-

    (1) JO C 170 de 4.6.1998, p. 7.(2) Parecer emitido em 6 de Maio de 1999 (ainda nao publi-

    cado no Jornal Oficial).(3) JO C 407 de 28.12.1998, p. 210.(4) JO C 93 de 6.4.1999, p. 1.(5) JO C 401 de 22.12.1998, p. 3. (6) JO L 161 de 26.6.1999, p. 1.

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    cia, basear-se nesses instrumentos, que sao, porum lado, os utilizados no quadro dos actuaisobjectivos prioritarios, que consistem em promo-ver o desenvolvimento rural atraves da acelera-cao do ajustamento das estruturas agrcolas no

    ambito da reforma da poltica agrcola comum eem facilitar o desenvolvimento e o ajustamentoestrutural das zonas rurais [objectivos n.os 5a) e5b)], nos termos do Regulamento (CEE)n. 2052/88 do Conselho, de 24 de Junho de1988, relativo as missoes dos fundos com finali-dade estrutural, a sua eficacia e a coordenacaodas suas intervencoes, entre si, com as interven-coes do Banco Europeu de Investimento e com asdos outros instrumentos financeiros existen-tes,(1), e do Regulamento (CEE) n. 4256/88 doConselho, de 19 de Dezembro de 1988, que esta-belece disposicoes de aplicacao do Regulamento(CEE) n. 2052/88 no que respeita ao FEOGA,

    seccao Orientacao (2

    ), e, por outro lado, os intro-duzidos, a ttulo de medidas de acompanha-mento da reforma da poltica agrcola comum de1992, pelo Regulamento (CEE) n. 2078/92 doConselho, de 30 de Junho de 1992, relativo ametodos de producao agrcola compatveis comas exigencias de proteccao do ambiente e a pre-servacao do espaco natural (3), pelo Regulamento(CEE) n. 2079/92 do Conselho, de 30 de Junhode 1992, que institui um regime comunitario deajudas a reforma antecipada na agricultura (4), epelo Regulamento (CEE) n. 2080/92 do Conse-lho, de 30 de Junho de 1992, que institui umregime comunitario de ajudas as medidas flores-

    tais na agricultura (5

    );

    (9) Considerando que o quadro de uma poltica dedesenvolvimento rural reformada deve abrangertodas as zonas rurais na Comunidade;

    (10) Considerando que as tres medidas de acompa-nhamento institudas pela reforma da polticaagrcola comum de 1992 (regime agro-ambiental,reforma antecipada e arborizacao) devem sercomplementadas pelo regime para as zonas des-favorecidas e as regioes com condicionantes

    ambientais;

    (11) Considerando que as outras medidas de desen-volvimento rural devem fazer parte de programasde desenvolvimento integrado a favor das regioesdo objectivo n. 1 e 2 e podem fazer parte deprogramas a favor das regioes do objectivo n. 2;

    (12) Considerando que, nas zonas rurais, as medidasde desenvolvimento rural devem acompanhar ecomplementar as polticas de mercado;

    (13) Considerando que o apoio do FEOGA ao desen-volvimento rural se deve basear num quadro jur-dico u nico que defina as medidas elegveis paraesse apoio, os seus objectivos e os criterios deelegibilidade;

    (14) Considerando que, dada a diversidade das zonasrurais da Uniao, a poltica de desenvolvimentorural deve aplicar o princpio da subsidiariedade;que, por conseguinte, essa poltica deve ser taodescentralizada quanto possvel e privilegiar aparticipacao e uma abordagem a partir dabase; que, assim sendo, os criterios de elegibili-dade para o apoio ao desenvolvimento rural naodevem exceder o necessario para a realizacao dosobjectivos da poltica de desenvolvimento rural;

    (15) Considerando que, porem, a coerencia com os

    outros instrumentos da poltica agrcola comume com as outras polticas impoe a definicao decriterios ba sicos de apoio a nvel comunitario;que, nomeadamente, devem ser evitadas distor-coes injustificadas da concorrencia resultantes demedidas de desenvolvimento rural;

    (16) Considerando que, para garantir a flexibilidade esimplificar a legislacao, o Conselho devera atri-buir a Comissao todas as competencias de execu-cao necessarias, nos termos do terceiro travessaodo artigo 202. do Tratado;

    (17) Considerando que a estrutura agrcola na Comu-nidade e caracterizada por um grande nu mero deexploracoes desprovidas de condicoes estruturaisque permitam assegurar aos agricultores e assuas famlias rendimentos e condicoes de vidaequitativos;

    (18) Considerando que o objectivo da ajuda comuni-taria ao investimento consiste na modernizacaodas exploracoes agrcolas e no aumento da suaviabilidade;

    (19) Considerando que as condicoes comunitarias deelegibilidade para a ajuda ao investimento, esta-

    (1) JO L 185 de 15.7.1988, p. 9. Regulamento com a u ltimaredaccao que lhe foi dada pelo Regulamento (CE)n. 193/94 (JO L 337 de 24.12.1994, p. 11).

    (2) JO L 374 de 31.12.1988, p. 25. Regulamento com au ltima redaccao que lhe foi dada pelo Regulamento(CEE) n. 2085/93 (JO L 193 de 31.7.1993, p. 44).

    (3) JO L 215 de 30.7.1992, p. 85. Regulamento com au ltima redaccao que lhe foi dada pelo Regulamento (CE)n. 2772/95 da Comissao (JO L 288 de 1.12.1995, p. 35).Regulamento rectificado pelo Regulamento (CE)n. 1962/96 da Comissao (JO L 259 de 12.10.1996, p. 7).

    (4) JO L 215 de 30.7.1992, p. 91. Regulamento com au ltima redaccao que lhe foi dada pelo Regulamento (CE)n. 2773/95 da Comissao (JO L 288 de 1.12.1995, p. 37).

    (5) JO L 215 de 30.7.1992, p. 96. Regulamento com au ltima redaccao que lhe foi dada pelo Regulamento (CE)n. 231/96 da Comissao (JO L 30 de 8.2.1996, p. 33).

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    belecidas pelo Regulamento (CE) n. 950/97 doConselho, de 20 de Maio de 1997, relativo amelhoria da eficacia das estruturas agrcolas(1),devem ser simplificadas;

    (20) Considerando que a concessao de vantagensespecficas aos jovens agricultores pode facilitarnao s a sua instalacao mas tambem a adaptacaoda estrutura das suas exploracoes aps a sua pri-meira instalacao;

    (21) Considerando que a evolucao e a especializacaoda agricultura exigem um nvel adequado de for-macao geral, tecnica e econmica das pessoasenvolvidas em actividades agrcolas e silvcolas,especialmente no que se refere as novas orienta-coes da gestao, producao e comercializacao;

    (22) Considerando que e necessario um esforco espe-cial para formar e informar os agricultores sobremetodos de producao agrcola compatveis como ambiente;

    (23) Considerando que, para melhorar a viabilidadedas exploracoes agrcolas, e conveniente incenti-var a reforma antecipada na actividade agrcola,tendo em conta a experiencia adquirida com aaplicacao do Regulamento (CEE) n. 2079/92;

    (24) Considerando que o apoio as zonas desfavoreci-das deve contribuir para a manutencao da utili-zacao agrcola das terras, a preservacao doespaco natural e a manutencao e a promocao demetodos de exploracao sustentaveis;

    (25) Considerando que as zonas desfavorecidas devemser classificadas com base em criterios comuns;

    (26) Considerando que nao e necessario estabeleceruma nova classificacao das zonas desfavorecidasa nvel comunitario;

    (27) Considerando que, para garantir a eficacia doregime de apoio e a realizacao dos seus objecti-vos, e necessario fixar as condicoes de elegibili-dade para as indemnizacoes compensatrias;

    (28) Considerando que, para aplicar restricoes a utili-zacao agrcola em regioes com condicionantes

    ambientais, pode ser necessario conceder aosagricultores apoio para resolver os seus proble-mas especficos decorrentes dessas restricoes;

    (29) Considerando que, nos prximos anos, sera atri-buda uma importancia cada vez maior aos ins-trumentos agro-ambientais destinados a apoiar odesenvolvimento sustentavel das zonas rurais e aresponder ao aumento crescente das exigenciasda sociedade em materia de servicos ecolgicos;

    (30) Considerando que o apoio agro-ambiental pre-visto no Regulamento (CEE) n. 2078/92 deveser continuado em relacao a medidas ambientaiscom objectivos determinados, tendo em conta aexperiencia adquirida com a aplicacao desseregime, pormenorizadamente descrita no balanco

    da Comissao, apresentado nos termos don. 2 do artigo 10. do Regulamento (CEE)n. 2078/92;

    (31) Considerando que o regime de ajudas agro--ambientais deve continuar a incentivar os agri-cultores a operarem em benefcio do conjunto dasociedade, atraves da introducao ou manutencaode metodos de exploracao compatveis com ascrescentes exigencias de proteccao e melhoria doambiente, dos recursos naturais, dos solos e dadiversidade genetica, bem como de preservacaoda paisagem e do espaco natural;

    (32) Considerando que a melhoria da transformacaoe comercializacao dos produtos agrcolas deveser incentivada atraves do apoio aos investimen-tos nesse domnio;

    (33) Considerando que, em grande medida, esse apoiopode basear-se nas condicoes actuais previstas noRegulamento (CE) n. 951/97 do Conselho, de20 de Maio de 1997, relativo a melhoria dascondicoes de transformacao e comercializacao

    dos produtos agrcolas(2

    );

    (34) Considerando que e necessario assegurar a viabi-lidade dos investimentos e a participacao dosagricultores nos benefcios econmicos dasaccoes realizadas;

    (35) Considerando que a silvicultura e parte inte-grante do desenvolvimento rural e que, por con-seguinte, convem incluir medidas florestais noregime de apoio ao desenvolvimento rural; que oapoio a silvicultura deve evitar distorcoes de con-correncia e ser neutro em termos de mercado;

    (1) JO L 142 de 2.6.1997, p. 1. Regulamento alterado peloRegulamento (CE) n. 2331/98 (JO L 291 de 30.10.1998,p. 10). (2) JO L 142 de 2.6.1997, p. 22.

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    (36) Considerando que as medidas florestais devemser adoptadas em funcao dos compromissosinternacionais da Comunidade e dos Estados--Membros e ser baseadas nos planos florestaisdos Estados-Membros; que estas medidas devem

    igualmente ter em conta os problemas especficosresultantes da alteracao climatica;

    (37) Considerando que as medidas florestais se devemalinhar pelos regimes actuais previstos no Regu-lamento (CEE) n. 1610/89 do Conselho, de 29de Maio de 1989, que estabelece as disposicoesde aplicacao do Regulamento (CEE) n. 4256/88no que se refere a accao do desenvolvimento e avalorizacao das florestas nas zonas rurais naComunidade(1), e no Regulamento (CEE)n. 867/90 do Conselho, de 29 de Marco de

    1990, relativo a melhoria das condicoes de trans-formacao e comercializacao dos produtos silvco-las(2);

    (38) Considerando que a florestacao de terras agrco-las e especialmente importante do ponto de vistada utilizacao dos solos e do ambiente e comocontribuicao para aumentar a oferta de produtosflorestais; que deve, pois, ser mantido o regimede ajudas em vigor ao abrigo do Regulamento(CEE) n. 2080/92, tendo em conta a experiencia

    adquirida com a aplicacao desse regime, porme-norizadamente descrita no balanco da Comissaoapresentado nos termos do n. 3 do seuartigo 8.;

    (39) Considerando que devem ser concedidos paga-mentos a actividades de manutencao e melhoriada estabilidade ecolgica das florestas em certasregioes;

    (40) Considerando que e conveniente apoiar outrasmedidas relacionadas com as actividades agrco-las e a sua reconversao; que a lista das medidaselegveis deve ser definida com base na experien-cia adquirida e tendo em conta a necessidade debasear o desenvolvimento rural parcialmente emactividades e servicos nao agrcolas, a fim deinverter a tendencia para a desvitalizacao econ-mica e social e para o despovoamento do meiorural; que devem ser apoiadas medidas destina-das a eliminar as desigualdades e a promover aigualdade de oportunidades entre homens emulheres;

    (41) Considerando que os consumidores procuramcada vez mais produtos agrcolas e generos ali-mentcios obtidos por modo biolgico; que seesta , assim, a criar um novo mercado de produ-tos agrcolas; que a agricultura biolgica melhora

    a sustentabilidade das actividades das explora-coes agrcolas, contribuindo assim para os objec-tivos gerais do presente regulamento; que asmedidas especficas de apoio ao desenvolvimentorural podem incidir na producao, transformacaoe comercializacao dos produtos biolgicos;

    (42) Considerando que as medidas de desenvolvi-mento rural elegveis para apoio comunitariodevem observar o direito comunitario e ser coe-rentes com outras polticas comunitarias e outrosinstrumentos da poltica agrcola comum;

    (43) Considerando que se deve excluir do ambito dopresente regulamento o apoio a certas medidaselegveis a ttulo de outros instrumentos da pol-tica agrcola comum, nomeadamente as que seenquadram no ambito de aplicacao dos regimesde apoio existentes no quadro das organizacoescomuns de mercado, com excepcoes justificadaspor criterio objectivos;

    (44) Considerando que, dada a existencia de ajudaspara os agrupamentos de produtores e suas uni-oes no quadro de varias organizacoes comuns demercado, nao parece continuar a ser necessarioum apoio especfico aos agrupamentos de produ-tores no ambito do desenvolvimento rural; que,por conseguinte, o regime de ajudas do Regula-mento (CE) n. 952/97 do Conselho, de 20 deMaio de 1997, relativo aos agrupamentos deprodutores e suas unioes (3), nao deve ser man-tido;

    (45) Considerando que o financiamento do apoiocomunitario as medidas de acompanhamento eoutras medidas de desenvolvimento rural emzonas nao abrangidas pelo objectivo n. 1 deveser financiado pela seccao Garantia do FEOGA;que as regras financeiras de base previstas noRegulamento (CE) n. 1260/1999 foram altera-das nesse sentido;

    (46) Considerando que o financiamento do apoiocomunitario as medidas de desenvolvimentorural nas zonas abrangidas pelo objectivo n. 1deve continuar a ser assegurado pela seccao Ori-entacao do FEOGA, com excepcao das tres

    (1) JO L 165 de 15.6.1989, p. 3.(2) JO L 91 de 6.4.1990, p. 7. (3) JO L 142 de 2.6.1997, p. 30.

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    medidas de acompanhamento actuais e do apoioas zonas desfavorecidas e as regioes com condi-cionantes ambientais;

    (47) Considerando que, em relacao ao apoio as medi-das de desenvolvimento rural abrangidas pelaprogramacao dos objectivos n.os 1 e 2, deve seraplicado o Regulamento (CE) n. 1260/1999,nomeadamente no que respeita a programacaointegrada dessas medidas; que, no entanto, asregras relativas ao financiamento devem ter emconta o financiamento das medidas nas regioesdo objectivo n. 2, pela seccao Garantia;

    (48) Considerando que as medidas de desenvolvi-mento rural nao abrangidas pela programacaodos objectivos n.os 1 e 2 devem ser objecto deuma programacao de desenvolvimento rural de

    acordo com regras especficas; que as taxas deapoio para essas medidas serao diferenciadas deacordo com os princpios gerais estabelecidos non. 1 do artigo 29. do Regulamento (CE)n. 1260/1999, tendo suficientemente em conta anecessidade de coesao econmica e social; que,em consequencia, as taxas de apoio serao, emprincpio, diferentes para as zonas abrangidaspelos objectivos n.os 1 e 2 e para as outras zonas;que as taxas previstas no presente regulamentocorrespondem a taxas maximas de apoio comu-nitario;

    (49) Considerando que, para alem dos programas dedesenvolvimento rural, a Comissao deve poder,por sua prpria iniciativa, decidir da realizacaode estudos sobre desenvolvimento rural, indepen-dentemente da iniciativa de desenvolvimentorural prevista nos artigos 19. e 20. do Regula-mento (CE) n. 1260/1999;

    (50) Considerando que devem ser estabelecidas regrasadequadas para o acompanhamento e a avalia-cao do apoio ao desenvolvimento rural, utili-zando como referencia indicadores bem definidosa aprovar e definir antes da execucao dos pro-

    gramas;

    (51) Considerando que as medidas de desenvolvi-mento rural devem ser elegveis para auxlios aconceder pelos Estados-Membros sem qualquerco-financiamento comunitario; que, dado o con-sideravel impacto econmico desses auxlios, econveniente, para assegurar a sua coerencia comas medidas elegveis para apoio comunitario epara simplificar os procedimentos, estabelecerregras especficas para os auxlios de Estado;

    (52) Considerando que deve ser possvel adoptarregras transitrias para facilitar a passagem doregime de apoio actual ao novo regime de apoioao desenvolvimento rural;

    (53) Considerando que o novo regime de apoio, pre-visto no presente regulamento, substitui os regi-mes de apoio existentes que deverao, portanto,ser revogados; que, por conseguinte, a derroga-cao aplicavel, nos actuais regimes, as regioesultraperifericas e as Ilhas do Mar Egeu tambemdeve ser revogada; que, ao programarem-se asmedidas de desenvolvimento rural, se criaraonovas regras prevendo a flexibilidade, as adapta-

    coes e as derrogacoes necessarias para responderas necessidades especficas dessas regioes,

    ADOPTOU O PRESENTE REGULAMENTO:

    TTULO I

    AMBITO DE APLICAC AO E OBJECTIVOS

    Artigo 1.

    1. O presente regulamento estabelece o quadro doapoio comunitario a favor de um desenvolvimentorural sustentavel.

    2. As medidas de desenvolvimento rural acompa-

    nharao e complementarao outros instrumentos da pol-tica agrcola comum, contribuindo assim para a reali-zacao dos objectivos enunciados no artigo 33. do Tra-tado.

    3. As medidas de desenvolvimento rural:

    integrar-se-ao nas medidas de promocao do desen-volvimento e ajustamento estrutural das regioesmenos desenvolvidas (objectivo n. 1), e

    acompanharao as medidas de apoio a reconversaoeconmica e social das zonas com dificuldadesestruturais (objectivo n. 2),

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    nas regioes em causa, tendo em conta os fins especfi-cos do apoio comunitario a ttulo dos objectivos enun-ciados nos artigos 158. e 160. do Tratado e no Regu-lamento (CE) n. 1260/1999, de acordo com as condi-coes previstas no presente regulamento.

    Artigo 2.

    O apoio ao desenvolvimento rural, ligado as activida-des agrcolas e a sua reconversao, pode incidir:

    na melhoria das estruturas das exploracoes agrco-las e das estruturas de transformacao e comerciali-zacao de produtos agrcolas,

    na reconversao e reorientacao do potencial de pro-ducao agrcola, na introducao de novas tecnologiase na melhoria da qualidade dos produtos,

    no incentivo a producao nao alimentar,

    no desenvolvimento sustentavel da silvicultura,

    na diversificacao de actividades tendo em vista odesenvolvimento de actividades complementares oualternativas,

    na manutencao e reforco de um tecido social viavelnas zonas rurais,

    no desenvolvimento das actividades econmicas ena manutencao e criacao do emprego, a fim de

    assegurar uma melhor exploracao do potencialexistente,

    na melhoria das condicoes de trabalho e de vida,

    na manutencao e promocao de metodos de explo-racao com reduzido consumo de factores de produ-cao,

    na preservacao e promocao da natureza com altovalor natural e de uma agricultura sustentavel querespeite as exigencias ambientais,

    na eliminacao das desigualdades e na promocao daigualdade de oportunidades entre homens e mulhe-res, nomeadamente atraves do apoio a projectosiniciados e executados por mulheres.

    Artigo 3.

    Sera concedido apoio as medidas de desenvolvimentorural definidas no ttulo II, nas condicoes a estabeleci-das.

    TTULO II

    MEDIDAS DE DESENVOLVIMENTO RURAL

    CAPTULO I

    INVESTIMENTOS NAS EXPLORAC OES AGRCOLAS

    Artigo 4.

    O apoio aos investimentos nas exploracoes agrcolascontribuira para a melhoria dos rendimentos agrcolase das condicoes de vida, de trabalho e de producao.

    Esses investimentos devem prosseguir um ou mais dosseguintes objectivos:

    reducao dos custos de producao,

    melhoria e reconversao da producao,

    melhoria da qualidade,

    preservacao e melhoria do ambiente natural, condi-coes de higiene e normas relativas ao bem-estar

    dos animais,

    promocao da diversificacao das actividades naexploracao.

    Artigo 5.

    O apoio aos investimentos sera concedido as explora-

    coes agrcolas:

    cuja viabilidade econmica possa ser demonstrada,

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    que satisfacam as normas mnimas de ambiente,higiene e bem-estar dos animais,

    cujo agricultor possua aptidoes e capacidades pro-fissionais adequadas.

    Artigo 6.

    Ficam excludos do apoio os investimentos que tenhampor objectivo um aumento da producao que naoencontre escoamento normal no mercado.

    Artigo 7.

    Os Estados-Membros fixarao limites para o investi-mento total elegvel para apoio.

    E fixado um limite maximo de 40% e 50% nas zonasdesfavorecidas para o montante total do apoio,expresso em percentagem do volume de investimentoelegvel. Se os investimentos forem feitos por jovensagricultores, na acepcao do captulo II, estas percenta-gens podem atingir um maximo de 45% e 55% naszonas desfavorecidas.

    CAPTULO II

    INSTALAC AO DE JOVENS AGRICULTORES

    Artigo 8.

    1. Serao concedidas ajudas para facilitar a instala-cao de jovens agricultores desde que estes preenchamos seguintes requisitos:

    tenham menos de 40 anos,

    possuam aptidoes e capacidades profissionais ade-quadas,

    se instalem pela primeira vez numa exploracaoagrcola,

    sejam titulares de uma exploracao

    i) cuja viabilidade econmica possa ser demons-trada, e

    ii) que satisfaca as normas mnimas de ambiente,higiene e bem-estar dos animais,

    e

    se instalem na qualidade de chefes da exploracao.

    Podem ser aplicadas condicoes especficas quando ojovem agricultor nao se instale como u nico chefe da

    exploracao. Essas condicoes devem ser equivalentes asexigidas a um jovem agricultor que se instale comou nico chefe da exploracao.

    2. As ajudas a instalacao podem incluir:

    um premio u nico, cujo montante maximo elegvelconsta do anexo,

    uma bonificacao dos juros dos emprestimos contra-dos para cobrir as despesas de instalacao; o valorcapitalizado dessa bonificacao nao pode exceder ovalor do premio.

    CAPTULO III

    FORMAC AO

    Artigo 9.

    O apoio a formacao profissional contribuira para amelhoria das aptidoes e capacidades profissionais dosagricultores e outras pessoas ocupadas em actividadesagrcolas e silvcolas e para a sua reconversao profissi-onal.

    A formacao destina-se, sobretudo:

    a preparacao de agricultores para a reorientacaoqualitativa da producao, a aplicacao de metodosde producao compatveis com a manutencao e avalorizacao da paisagem, a proteccao do ambiente,as normas de higiene e de bem-estar dos animais ea aquisicao da aptidao profissional necessa ria paragerir uma exploracao agrcola economicamenteviavel, e

    a preparacao de proprieta rios florestais e de outras

    pessoas ocupadas em actividades silvcolas paraaplicacao de pra ticas de gestao de florestas, porforma a melhorar as funcoes econmica, ecolgicaou social das florestas.

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    CAPTULO IV

    REFORMA ANTECIPADA

    Artigo 10.

    1. O apoio a reforma antecipada na agriculturacontribuira para os seguintes objectivos:

    proporcionar um rendimento aos agricultores ido-sos que decidam cessar as suas actividades agrco-las,

    favorecer a substituicao desses agricultores idosospor agricultores que possam, sempre que necessa -

    rio, melhorar a viabilidade econmica das restantesexploracoes,

    reafectar terras agrcolas a utilizacoes nao agrcolasquando a sua afectacao a fins agrcolas nao sejapossvel em condicoes satisfatrias de viabilidadeeconmica.

    2. O apoio a reforma antecipada pode incluir medi-das destinadas a proporcionar um rendimento aos tra-balhadores agrcolas.

    Artigo 11.

    1. O cedente de uma exploracao agrcola deve:

    cessar definitivamente qualquer actividade agrcolacomercial, podendo, no entanto, continuar a prati-car a agricultura para fins nao comerciais e conser-var a utilizacao dos edifcios onde continue a habi-tar,

    ter uma idade nao inferior a 55 anos, sem ter atin-gido a idade normal da reforma no momento dacessao,

    ter exercido a actividade agrcola nos 10 anos ante-riores a cessao.

    2. O cessionario de uma exploracao agrcola deve:

    suceder ao cedente na qualidade de chefe da explo-racao agrcola ou retomar a totalidade ou partedas terras libertadas. A viabilidade econmica da

    exploracao do cedente deve ser melhorada dentrode um perodo e segundo condicoes a definir,nomeadamente, em termos da capacidade profissi-onal do cessionario, da superfcie e do volume de

    trabalho ou de rendimento, em funcao da regiao edo tipo de producao,

    possuir aptidoes e capacidades profissionais ade-quadas,

    comprometer-se a exercer a actividade agrcola naexploracao durante pelo menos cinco anos,segundo as normas mnimas de ambiente, higiene ebem-estar dos animais.

    3. Todo o trabalhador deve:

    cessar definitivamente qualquer actividade agr-cola,

    ter uma idade nao inferior a 55 anos, sem ter atin-gido a idade normal de reforma,

    ter consagrado pelo menos metade do seu tempode trabalho a agricultura, como membro do agre-gado familiar ou trabalhador agrcola, durante osu ltimos cinco anos,

    ter trabalhado na exploracao do cedente duranteum perodo mnimo equivalente a dois anos atempo inteiro, durante os quatro anos anteriores a

    reforma antecipada do cedente,

    estar inscrito num regime de seguranca social.

    4. Um cessionario nao agrcola pode ser qualquerpessoa ou organismo que retome terras libertadas paraas afectar a utilizacoes nao agrcolas, como a silvicul-tura ou a criacao de reservas ecolgicas, de um modocompatvel com a proteccao ou melhoria da qualidadedo ambiente e do espaco natural.

    5. As condicoes previstas no presente artigo seraoaplicaveis durante todo o perodo em que o cedentereceba o apoio a reforma antecipada.

    Artigo 12.

    1. Os montantes maximos elegveis para apoiocomunitario constam do anexo.

    2. A duracao do apoio a reforma antecipada naoexcedera um perodo total de 15 anos para o cedente e

    de 10 anos para o trabalhador agrcola. A duracaodesse apoio nao continuara aps o septuagesimoquinto aniversario de um cedente, nem aps a idadenormal de reforma de um trabalhador.

    26.6.1999 L 160/87Jornal Oficial das Comunidades EuropeiasPT

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    Quando, no caso de um cedente, o Estado-Membropague uma pensao de reforma normal, o apoio areforma antecipada sera concedido a ttulo de comple-mento, tendo em conta o montante da pensao nacionalde reforma.

    CAPTULO V

    ZONAS DESFAVORECIDAS E REGIOES COMCONDICIONANTES AMBIENTAIS

    Artigo 13.

    O apoio as zonas desfavorecidas contribuira para os

    seguintes objectivos:

    a) Compensar as zonas afectadas por condicoes natu-rais desfavoraveis

    garantir a continuidade da utilizacao das terrasagrcolas e, em consequencia, contribuir para amanutencao de uma comunidade rural viavel,

    manter o espaco natural,

    manter e promover metodos de exploracao sus-tentaveis que respeitem especialmente as exi-gencias de proteccao do ambiente;

    b) Compensar as regioes com condicionantes ambien-tais

    assegurar o respeito das exigencias ambientais egarantir a exploracao de terras em regioes comcondicionantes ambientais.

    Artigo 14.

    1. Os agricultores das zonas desfavorecidas podemreceber indemnizacoes compensatrias.

    2. As indemnizacoes compensatrias serao concedi-das, por hectare de superfcie utilizada para fins agr-colas, aos agricultores que:

    cultivem uma superfcie mnima de terra a definir,

    se comprometam a continuar a sua actividade agr-cola numa zona desfavorecida durante, pelomenos, cinco anos a contar do primeiro pagamentoda indemnizacao compensatria, e

    apliquem as boas pra ticas agrcolas correntes, com-patveis com a necessidade de proteccao do ambi-ente e manutencao do espaco natural, nomeada-mente metodos de agricultura sustentavel.

    3. Sempre que a presenca de resduos de substanciasproibidas pela Directiva 96/22/CE(1) ou de resduosde substancias autorizadas por essa directiva mas utili-zadas ilegalmente, seja, nos termos das disposicoesaplicaveis da Directiva 96/23/CE(2), detectada numanimal que pertenca ao efectivo bovino de um produ-tor, ou sempre que uma substancia ou produto naoautorizado, ou uma substancia ou produto autorizadopela Directiva 96/22/CE mas detido ilegalmente, sejaencontrado, sob qualquer forma, na exploracao de umprodutor, sera a este retirada a indemnizacao compen-satria em relacao ao ano civil em que a infraccaotenha sido detectada.

    Em caso de reincidencia, o perodo de exclusao pode,consoante a gravidade da infraccao, ser prorrogadoate cinco anos a contar do ano em que a reincidenciatenha sido detectada.

    Em caso de obstrucao por parte do proprietario ou dodetentor dos animais durante a realizacao de inspec-coes ou durante a colheita das amostras necessariaspara aplicacao dos planos nacionais de controlo dosresduos ou durante a realizacao das investigacoes econtrolos previstos na Directiva 96/23/CE, serao apli-

    caveis as sancoes previstas no primeiro paragrafo.

    Artigo 15.

    1. As indemnizacoes compensatrias serao fixadas aum nvel que:

    seja suficiente para contribuir eficazmente paracompensar as deficiencias existentes, e

    evite a compensacao excessiva.

    2. As indemnizacoes compensatrias serao devida-mente moduladas em funcao:

    da situacao e dos objectivos de desenvolvimentoprprios da regiao,

    da gravidade das deficiencias naturais permanentesque afectem a actividade agrcola,

    (1) JO L 125 de 23.5.1996, p. 3.(2) JO L 125 de 23.5.1996, p. 10.

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    dos problemas ambientais especficos a resolver,

    do tipo de producao e, se for caso disso, da estru-tura econmica da exploracao.

    3. As indemnizacoes compensatrias serao fixadas aum nvel situado entre os montantes mnimo emaximo constantes do anexo.

    Podem ser concedidas indemnizacoes compensatriasmais elevadas do que este montante maximo desdeque o montante medio de todas as indemnizacoescompensatrias concedidas ao nvel de programacaoem causa nao supere esse maximo. Todavia, em casosdevidamente justificados por circunstancias objectivas,os Estados-Membros podem, para efeitos de ca lculo

    do montante medio, apresentar uma combinacao devarios programas regionais.

    Artigo 16.

    1. Podem ser concedidos, aos agricultores sujeitos arestricoes de utilizacao agrcola em zonas com condi-cionantes ambientais, pagamentos para compensardespesas e perdas de rendimento resultantes da aplica-cao de restricoes a utilizacao agrcola por forca de dis-

    posicoes comunitarias de proteccao do ambiente, namedida em que esses pagamentos sejam necessariospara resolver os problemas decorrentes dessas disposi-coes.

    2. O montante dos pagamentos deve ser estabele-cido por forma a evitar quaisquer compensacoes exces-sivas, especialmente quando os pagamentos se desti-nem a zonas desfavorecidas.

    3. O montante maximo para o apoio comunitarioconsta do anexo.

    Artigo 17.

    As zonas desfavorecidas incluem:

    zonas de montanha (artigo 18.),

    outras zonas desfavorecidas (artigo 19.), e

    zonas afectadas por desvantagens especficas(artigo 20.).

    Artigo 18.

    1. Entende-se por zonas de montanha as que secaracterizam por uma consideravel limitacao das pos-sibilidades de utilizacao da terra e por um consideravel

    aumento do custo do trabalho, devido:

    a existencia de condicoes climatericas muito dif-ceis resultantes da altitude, que se traduzam porum perodo vegetativo sensivelmente encurtado, ou

    a altitudes inferiores, a presenca na maior parte doterritrio de fortes inclinacoes que impecam a utili-zacao de maquinas ou exijam a utilizacao de equi-pamento especfico muito oneroso, ou

    a combinacao deste dois factores, quando a impor-

    tancia das desvantagens resultantes de cada umdeles considerado separadamente seja menos acen-tuada, desde que essa combinacao de lugar a umadesvantagem equivalente.

    2. As zonas situadas a Norte do paralelo 62 e certaszonas adjacentes sao equiparadas a zonas de monta-nha.

    Artigo 19.

    Entende-se por zonas desfavorecidas ameacadas deabandono da utilizacao das terras e nas quais sejanecessaria a manutencao do espaco natural, as zonasagrcolas homogeneas do ponto de vista das condicoesnaturais de producao, que apresentem simultanea-mente as seguintes caractersticas:

    presenca de terras pouco produtivas, de difcil cul-tivo e com fracas potencialidades, que nao possamser melhoradas sem custos excessivos e que sejamsobretudo adequadas para a producao animalextensiva,

    uma producao sensivelmente inferior a media emtermos dos principais ndices de rendimento econ-mico da agricultura, devido a fraca produtividadedo meio natural,

    uma populacao escassa, ou com tendencia para adiminuicao, que dependa predominantemente daactividade agrcola e cujo declnio acelerado poriaem causa a viabilidade e o povoamento da zonaem causa.

    Artigo 20.

    Podem ser equiparadas a zonas desfavorecidas outraszonas afectadas por desvantagens especficas, nas quais

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    a actividade agrcola deva ser mantida, onde necessa -rio e sob certas condicoes, para conservar ou melhoraro meio ambiente, manter o espaco natural e preservaro potencial turstico da zona, ou por motivos de pro-teccao da costa.

    Artigo 21.

    A area total das zonas referidas nos artigos 16. e 20.nao pode exceder 10% da superfcie do Estado-Mem-bro em causa.

    CAPTULO VI

    MEDIDAS AGRO-AMBIENTAIS

    Artigo 22.

    O apoio aos metodos de producao agrcola destinadosa proteger o ambiente e a manter o espaco natural(agro-ambiente) deve contribuir para a realizacao dosobjectivos das polticas comunitarias de agricultura ede ambiente.

    Esse apoio promovera :

    formas de exploracao das terras agrcolas, compa-tveis com a proteccao e a melhoria do ambiente,da paisagem e das suas caractersticas, dos recursosnaturais, dos solos e da diversidade genetica,

    uma extensificacao da exploracao agrcola e manu-tencao de sistemas de pastagem extensivos, favora -veis em termos de ambiente,

    a conservacao de espacos cultivados de grandevalor natural que se encontrem ameacados,

    a preservacao da paisagem e das caractersticas his-tricas e tradicionais nas terras agrcolas,

    a utilizacao do planeamento ambiental nas pra ticasagrcolas.

    Artigo 23.

    1. Sera concedido apoio aos agricultores que assu-mam compromissos agro-ambientais durante, pelo

    menos, cinco anos. Se necessario, sera definido umperodo mais longo para determinados tipos de com-promissos, tendo em conta os seus efeitos ambientais.

    2. Os compromissos agro-ambientais devem ir alemda mera aplicacao das boas pra ticas agrcolas corren-tes.

    Esses compromissos devem dar origem a servicos quenao sejam fornecidos por outras medidas de apoio,como as medidas de apoio ao mercado ou as indemni-zacoes compensatrias.

    Artigo 24.

    1. O apoio concedido como contrapartida dos com-promissos agro-ambientais sera anual e calculado combase:

    na perda de rendimento,

    nas despesas adicionais resultantes dos compromis-sos,

    na necessidade de proporcionar um incentivo.

    O custo de investimentos nao produtivos em infra--estruturas necessarios para o respeito dos compromis-sos pode igualmente ser tido em conta no ca lculo donvel da ajuda anual.

    2. Os montantes maximos anuais elegveis paraapoio comunitario constam do anexo. Esses montantessao baseados na area especfica da exploracao a quedizem respeito os compromissos agro-ambientais.

    CAPTULO VII

    MELHORIA DA TRANSFORMAC AO ECOMERCIALIZAC AO DE PRODUTOS AGRCOLAS

    Artigo 25.

    1. O apoio aos investimentos deve facilitar a melho-

    ria e racionalizacao da transformacao e comercializa-cao dos produtos agrcolas e, por conseguinte, contri-buir para aumentar a competitividade e o valor acres-centado dos referidos produtos.

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    2. Esse apoio contribuira para a realizacao de umou mais dos seguintes objectivos:

    orientar a producao em funcao da evolucao previ-

    svel dos mercados ou favorecer a criacao de novosmercados para a producao agrcola,

    melhorar ou racionalizar os circuitos de comerciali-zacao ou os processos de transformacao,

    melhorar a apresentacao e o acondicionamento dosprodutos ou incentivar uma melhor utilizacao ou aeliminacao de subprodutos ou desperdcios,

    aplicar novas tecnologias,

    favorecer investimentos inovadores,

    melhorar e controlar a qualidade,

    melhorar e controlar as condicoes sanitarias,

    proteger o ambiente.

    Artigo 26.

    1. Sera concedido apoio as pessoas que, em u ltimainstancia, sejam responsaveis pelo financiamento dosinvestimentos em empresas:

    cuja viabilidade econmica possa ser demonstrada,

    que cumpram as normas mnimas de ambiente,higiene e bem-estar dos animais.

    2. Os investimentos devem contribuir para a melho-ria da situacao dos secotres de producao agrcola debase em causa e assegurar aos produtores desses pro-dutos de base uma participacao adequada nos benef-cios econmicos resultantes.

    3. Deve-se demonstrar suficientemente a possibili-dade de um escoamento normal no mercado para osprodutos em causa.

    Artigo 27.

    1. Os investimentos incidirao na transformacao ecomercializacao dos produtos abrangidos pelo anexo Ido Tratado, com excepca

    o dos produtos da pesca.

    2. Os investimentos obedecerao a criterios de selec-cao que fixarao prioridades e indicarao os tipos deinvestimento nao elegveis para apoio.

    Artigo 28.

    1. Nao sao elegveis para apoio os seguintes investi-mentos:

    investimentos ao nvel do comercio retalhista,

    investimentos na transformacao e comercializacaode produtos provenientes de pases terceiros.

    2. O montante total da ajuda, expresso em percen-tagem do volume de investimento elegvel, nao podeexceder:

    a) 50% nas regioes abrangidas pelo objectivo n. 1;

    b) 40% nas outras regioes.

    CAPTULO VIII

    SILVICULTURA

    Artigo 29.

    1. O apoio a silvicultura deve contribuir para amanutencao e o desenvolvimento das funcoes econ-micas, ecolgicas e sociais da floresta nas zonas rurais.

    2. Esse apoio promovera, nomeadamente, um oumais dos seguintes objectivos:

    gestao florestal sustentavel e desenvolvimento sus-tentavel da silvicultura,

    manutencao e melhoria dos recursos florestais,

    aumento das zonas florestais.

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    3. Esse apoio sera concedido apenas a florestas e azonas na posse de proprietarios privados ou das res-pectivas associacoes ou de municpios. Esta restricaonao e aplicavel as medidas previstas no n. 1, sextotravessao, do artigo 30.

    4. Esse apoio contribuira para o cumprimento doscompromissos da Comunidade e dos Estados-Mem-bros a nvel internacional e basear-se-a em programasflorestais nacionais ou subnacionais ou instrumentosequivalentes que terao em conta os compromissosassumidos nas conferencias ministeriais sobre protec-cao das florestas na Europa.

    5. As medidas propostas nos termos do presenteregulamento para as areas classificadas de alto oumedio risco de incendio florestal nos termos do Regu-

    lamento (CEE) n. 2158/92 do Conselho, de 23 de Julho de 1992, relativo a proteccao das florestas daComunidade contra os incendios(1), deverao observaros planos de proteccao florestal apresentados pelosEstados-Membros nos termos do mesmo regulamento.

    Artigo 30.

    1. O apoio a silvicultura incidira numa ou mais dasseguintes medidas:

    florestacao de terras nao elegveis nos termos doartigo 31., desde que essa plantacao seja adaptadaas condicoes locais e compatvel com o ambiente;

    investimento em florestas, tendo em vista umamelhoria significativa do seu valor econmico, eco-lgico ou social,

    investimento para melhorar e racionalizar acolheita, transformacao e comercializacao de pro-

    dutos florestais; os investimentos relacionados coma utilizacao da madeira como materia-prima limi-tar-se-ao as operacoes tecnicas anteriores a trans-formacao industrial,

    promocao de novos mercados para a utilizacao ecomercializacao dos produtos florestais,

    constituicao de associacoes de silvicultores criadaspara apoiar os seus membros a realizar uma gestaosustentavel e eficaz das suas florestas,

    restabelecimento do potencial de producao silvcoladanificado por desastres naturais e por incendios eintroducao de instrumentos de prevencao adequa-dos.

    2. As regras previstas nos captulos I e VII, comexcepcao do segundo paragrafo do artigo 7., seraoaplicadas conforme for adequado para apoiar os inves-timentos.

    Artigo 31.

    1. E concedido apoio a florestacao das terras agr-colas, desde que as plantacoes sejam adaptadas as con-dicoes locais e compatveis com o ambiente.

    Esse apoio incluira , para alem das despesas de planta-cao:

    um premio anual por hectare arborizado, destinadoa cobrir as despesas de manutencao durante umperodo maximo de cinco anos,

    um premio anual por hectare destinado a compen-sar, durante um perodo maximo de vinte anos, asperdas de rendimento decorrentes da florestacaosuportadas pelos agricultores ou pelas suas associa-coes que cultivavam as terras antes da sua floresta-cao, ou por qualquer outra entidade privada.

    2. O apoio a florestacao de terras agrcolas perten-centes a entidades pu blicas abrangera apenas os custosde estabelecimento.

    3. O apoio a florestacao de terras agrcolas nao seraconcedido:

    aos agricultores que beneficiem de apoio a reformaantecipada,

    a plantacao de arvores de Natal.

    No caso das plantacoes de especies de crescimentorapido cultivadas a curto prazo, o apoio a florestacaos sera concedido para os custos de plantacao.

    4. Os montantes maximos anuais do premio desti-nado a cobrir as perdas de rendimento elegveis paraapoio comunitario contam do anexo.

    (1) JO L 217 de 31.7.1992, p. 3. Regulamento com a redac-cao que lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n. 308/97(JO L 51 de 21.2.1997, p. 7).

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    Artigo 32.

    1. A fim de:

    preservar e melhorar a estabilidade ecolgica dasflorestas em regioes onde o seu papel protector eecolgico seja de interesse pu blico e onde os custosdas medidas de preservacao e melhoria dessas flo-restas excedam os rendimentos obtidos com a suaexploracao,

    manter corta-fogos atraves de pra ticas agrcolas,

    serao concedidos pagamentos para as medidas que osbeneficiarios tomem nesse sentido, desde que o papel

    protector e ecolgico dessas florestas seja garantido demodo sustentavel e que as medidas a tomar sejamdeterminadas por contrato em que se especifique o seucusto.

    2. Os pagamentos serao fixados entre os montantesmnimo e maximo constantes do anexo, com base nocusto efectivo das medidas aplicadas, tal como previa-mente estipulado no contrato.

    CAPTULO IX

    PROMOC AO DA ADAPTAC AO E DODESENVOLVIMENTO DAS ZONAS RURAIS

    Artigo 33.

    E concedido apoio a medidas relacionadas com activi-dades agrcolas, com a sua reconversao e com activida-des rurais, que nao se enquadrem no ambito de qual-

    quer outra medida referida no presente ttulo.

    Essas medidas dirao respeito:

    a melhoria fundiaria,

    ao emparcelamento,

    a criacao de servicos de substituicao e gestao deexploracoes agrcolas,

    a comercializacao de produtos agrcolas de quali-dade,

    a servicos essenciais para a economia e populacaorurais,

    a renovacao e desenvolvimento de pequenos aglo-

    merados populacionais e a proteccao e conservacaodo patrimnio rural,

    a diversificacao de actividades no domnio agrcolaou prximo da agricultura, a fim de criar ocupa-coes mu ltiplas ou rendimentos alternativos,

    a gestao dos recursos hdricos agrcolas,

    ao desenvolvimento e melhoria das infra-estruturasrurais, relacionadas com o desenvolvimento da

    agricultura,

    ao incentivo das actividades tursticas e artesanais,

    a proteccao do ambiente em relacao com a agricul-tura, silvicultura e conservacao do espaco natural,assim como com a melhoria do bem-estar animal,

    ao restabelecimento do potencial de producao agr-cola danificado por catastrofes naturais e a intro-ducao de instrumentos de prevencao adequados,

    a engenharia financeira.

    CAPTULO X

    REGRAS DE EXECUC AO

    Artigo 34.

    As regras de execucao do presente ttulo serao adopta-das nos termos do n. 2 artigo 50. do Regulamento(CEE) n. 1260/1999.

    Essas regras podem definir, nomeadamente:

    as condicoes de apoio aos investimentos nas explo-racoes agrcolas (artigos 4. a 7.), incluindo as res-tricoes necessarias que decorrem da aplicacao doartigo 6.,

    o perodo e as condicoes para a melhoria da viabi-lidade econmica de uma exploracao agrcola e as

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    condicoes de utilizacao das terras libertadas emcaso de reforma antecipada (n. 2 do artigo 11.),

    as condicoes para a concessao e ca lculo dos subs-dios compensatrios nas zonas desfavorecidas,

    incluindo no caso de utilizacao colectiva de terrasagrcolas (artigos 14. e 15.), e dos pagamentoscompensatrios nas regioes com condicionantesambientais (artigo 16.),

    condicoes relativas aos compromissos agro-ambien-tais (artigos 23. e 24.),

    criterios de seleccao dos investimentos para amelhoria da transformacao e comercializacao deprodutos agrcolas (n. 2 do artigo 27.),

    condicoes relativas as medidas florestais

    (captulo VIII).

    Segundo o mesmo processo, a Comissao pode estabele-cer derrogacoes do segundo travessao do n. 1 doartigo 28. nas regioes ultraperifericas, desde que osprodutos transformados se destinem a ser comerciali-zados na regiao em causa.

    TTULO III

    PRINCPIOS GERAIS E DISPOSIC OES ADMINISTRATIVAS E FINANCEIRAS

    CAPTULO I

    PRINCPIOS GERAIS

    S u b c a p t u l o I

    Apoio do FEOGA

    Artigo 35.

    1. O apoio comunitario a reforma antecipada(artigos 10. a 12.), as zonas desfavorecidas e regioescom condicionantes ambientais (artigos 13. a 21.),as medidas agro-ambientais (artigos 22. a 24.) e aflorestacao (artigo 31.) sera financiado pelo FEOGA,seccao Garantia, em toda a Comunidade.

    2. O apoio comunitario as outras medidas de desen-volvimento rural sera financiado pelo FEOGA:

    seccao Orientacao, nas zonas abrangidas peloobjectivo n. 1,

    seccao Garantia, nas zonas nao abrangidas peloobjectivo n. 1.

    3. O apoio a s medidas referidas nos sexto, setimo enono travessoes do artigo 33. sera financiado pelo

    FEOGA nas zonas abrangidas pelos objectivos n.os 1 e2 e nas zonas em transicao, desde que o seu financia-mento nao seja assegurado pelo Fundo Europeu deDesenvolvimento Regional (FEDER).

    Artigo 36.

    1. No que se refere ao apoio as medidas de desen-volvimento rural referidas no n. 2 do artigo 35.:

    nas zonas abrangidas pelo objectivo n. 1, e aplica-vel o Regulamento (CE) n. 1260/1999, comple-mentado pelas regras especficas previstas no pre-sente regulamento,

    nas zonas abrangidas pelo objectivo n. 2, e aplica -vel o Regulamento (CE) n. 1260/1999, comple-mentado pelas regras especficas previstas no pre-sente regulamento, salvo disposicao em contrariodo presente regulamento.

    2. No que se refere ao apoio as medidas de desen-volvimento rural financiadas pelo FEOGA, SeccaoGarantia, sao aplicaveis as regras especficas do Regu-lamento (CE) n. 1260/1999(1) e as disposicoes adop-tadas em sua aplicacao, salvo disposicao em contrariodo presente regulamento.

    S u b c a p t u l o I I

    Compatibilidade e coerencia

    Artigo 37.

    1. O apoio ao desenvolvimento rural s sera conce-dido a medidas que cumpram a legislacao comunita -ria.

    (1) Ver a pagina 103 do presente Jornal Oficial.

    L 160/94 26.6.1999Jornal Oficial das Comunidades EuropeiasPT

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    2. Essas medidas devem ser coerentes com as restan-tes polticas comunitarias e com as medidas aplicadasem sua execucao.

    Em particular, nenhuma medida que se enquadre noambito do presente regulamento sera elegvel paraapoio ao abrigo de outros regimes de apoio comunita -rio, se for incompatvel com as condicoes especficasprevistas no presente regulamento.

    3. Sera igualmente assegurada a coerencia com asmedidas aplicadas ao abrigo de outros instrumentosda poltica agrcola comum, nomeadamente entre asmedidas de apoio ao desenvolvimento rural, por umlado, e as medidas aplicadas no ambito das organiza-coes comuns de mercado e as relativas a qualidade

    agrcola e a sau de, por outro, bem como entre as dife-rentes medidas de apoio ao desenvolvimento rural.

    Para o efeito, nao sera concedido qualquer apoio, attulo do presente regulamento:

    as medidas que se enquadrem no ambito dos regi-mes de apoio ao abrigo das organizacoes comunsde mercado, com excepcao das medidas, justifica-das por criterios objectivos, que possam ser defini-das nos termos do artigo 50.,

    as medidas de apoio a projectos de investigacao, depromocao de produtos agrcolas ou de erradicacaode doencas de animais.

    4. Os Estados-Membros podem estabelecer condi-coes complementares ou mais restritivas para a conces-sao de apoio comunitario ao desenvolvimento rural,desde que essas condicoes sejam coerentes com osobjectivos e requisitos previstos no presente regula-mento.

    Artigo 38.

    1. A mesma medida nao pode ser simultaneamenteobjecto de pagamentos ao abrigo do presente regula-mento e ao abrigo de qualquer outro regime de apoiocomunitario.

    2. O apoio a varias medidas a ttulo do presenteregulamento s pode ser acumulado se essas medidasforem coerentes e compatveis entre elas. Se necessario,o nvel do apoio sera adoptado.

    Artigo 39.

    1. Os Estados-Membros tomarao todas as medidasnecessarias para garantir a compatibilidade e a coeren-cia das medidas de apoio ao desenvolvimento ruralnos termos do presente captulo.

    2. Os planos de desenvolvimento rural apresentadospelos Estados-Membros incluirao uma avaliacao dacompatibilidade e da coerencia das medidas de apoioao desenvolvimento rural previstas e uma indicacaodas medidas tomadas para garantir a compatibilidadee a coerencia.

    3. Se necessario, as medidas de apoio serao revistasposteriormente para garantir a sua compatibilidade ecoerencia.

    CAPTULO II

    PROGRAMAC AO

    Artigo 40.

    1. As medidas de desenvolvimento rural financiadas

    pelo FEOGA, seccao Orientacao, farao parte da pro-gramacao relativa as regioes do objectivo n. 1, nostermos do Regulamento (CE) n. 1260/1999.

    2. As medidas de desenvolvimento rural que nao asreferidas no n. 1 do artigo 35. podem fazer parte daprogramacao relativa as regioes do objectivo n. 2, ostermos do Regulamento (CE) n. 1260/1999.

    3. As outras medidas de desenvolvimento rural quenao facam parte da programacao, nos termos dos n.os 1e 2, serao objecto da programacao relativa ao desen-volvimento rural nos termos dos artigos 41. a 44.

    4. No que se refere a adopcao de medidas adequa-das de desenvolvimento rural, os Estados-Membrospodem igualmente submeter a aprovacao os regimesnacionais que facam parte da programacao, nos ter-mos dos n.os 1 a 3, na medida em que tal seja conveni-ente para a manutencao de condicoes uniformes.

    Artigo 41.

    1. Os planos de desenvolvimento rural serao estabe-lecidos ao nvel geogra fico considerado mais ade-quado. Esses planos serao preparados pelas autorida-des competentes designadas pelo Estado-Membro e

    26.6.1999 L 160/95Jornal Oficial das Comunidades EuropeiasPT

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    por ele apresentados a Comissao aps consulta dasautoridades e organizacoes competentes ao nvel terri-torial adequado.

    2. As medidas de apoio ao desenvolvimento rural aaplicar numa zona serao integradas, sempre que poss-vel, num u nico plano. Se for necessario estabelecervarios planos, sera indicada a relacao entre as medidasprevistas nos mesmos e assegurada a sua compatibili-dade e coerencia.

    Artigo 42.

    Os planos de desenvolvimento rural abrangerao um

    perodo de sete anos a contar de 1 de Janeiro de 2000.

    Artigo 43.

    1. Os planos de desenvolvimento rural incluirao:

    uma descricao quantificada da situacao actual, queindique as disparidades, as lacunas e as potenciali-dades de desenvolvimento, os recursos financeiros

    mobilizados e os principais resultados das opera-coes empreendidas no perodo de programacaoprecedente, tendo em conta os resultados dispon-veis da avaliacao,

    uma descricao da estrategia proposta, dos seusobjectivos quantitativos, das prioridades de desen-volvimento rural seleccionadas, bem como a indi-cacao da zona geografica abrangida,

    uma avaliacao do impacto econmico, ambiental esocial esperado, incluindo os efeitos a nvel doemprego,

    um quadro financeiro global indicativo com osrecursos financeiros nacionais e comunitarios pre-vistos para cada prioridade de desenvolvimentorural apresentada no contexto do plano e, sempreque o plano abranger zonas rurais do objectivo 2,a mencao dos custos indicativos correspondentes asmedidas de desenvolvimento rural tomadas paraessas zonas ao abrigo do artigo 33.,

    uma descricao das medidas previstas para a aplica-cao dos planos, nomeadamente os regimes de aux-lio, incluindo os elementos necessarios a avaliacaodo cumprimento das regras de concorrencia,

    se for caso disso, informacoes sobre as necessida-des em termos de estudos, projectos de demonstra-cao e operacoes de formacao ou de assistencia tec-nica relativamente a preparacao, aplicacao ouadaptacao das medidas em causa,

    a designacao das autoridades competentes e dosrgaos responsaveis,

    as disposicoes que garantem uma aplicacao eficaz ecorrecta dos planos, incluindo o seu acompanha-mento e avaliacao, a definicao de indicadoresquantitativos para a avaliacao, as regras respeitan-tes aos controlos e sancoes e a publicidade ade-quada,

    os resultados das consultas realizadas e a designa-

    cao das autoridades e rgaos envolvidos, bemcomo os parceiros econmicos e sociais, aos nveisadequados.

    2. Nos seus planos, os Estados-Membros devem:

    prever medidas agro-ambientais para a totalidadedos seus territrios, de acordo com as suas necessi-dades especficas,

    garantir o equilbrio necessario entre as diferentesmedidas de apoio.

    Artigo 44.

    1. Os planos de desenvolvimento rural serao apre-sentados, o mais tardar, seis meses a contar da data deentrada em vigor do presente regulamento.

    2. A Comissao avaliara os planos propostos paradeterminar a sua coerencia com o presente regula-mento. A Comissao aprovara , com base nesses planos,nos seis meses seguintes a sua apresentacao, documen-tos de programacao em materia de desenvolvimentorural nos termos do n. 2 do artigo 50. do Regula-mento (CE) n. 1260/1999.

    CAPTULO III

    MEDIDAS ADICIONAIS E INICIATIVAS COMUNITA RIAS

    Artigo 45.

    1. Nos termos do n. 2 do artigo 21. e do n. 2 doartigo 50., do Regulamento (CE) n. 1260/1999, a

    L 160/96 26.6.1999Jornal Oficial das Comunidades EuropeiasPT

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    Comissao pode alargar o ambito da assistencia doFEOGA, seccao Orientacao, para alem do previsto non. 2 do artigo 35. do presente regulamento, e ofinanciamento das medidas elegveis ao abrigo dosRegulamentos (CE) n.os 1262/1999(1), 1261/1999(2) e

    1263/1999(3

    ), tendo em vista a execucao de todas asmedidas da iniciativa comunitaria de desenvolvimentorural.

    2. O FEOGA, seccao Garantia, pode, por iniciativada Comissao, financiar estudos relacionados com aprogramacao em materia de desenvolvimento rural.

    CAPTULO IV

    DISPOSIC OES FINANCEIRAS

    Artigo 46.

    1. O apoio comunitario a desenvolvimento ruralfinanciado pelo FEOGA, seccao Garantia, sera objectode um planeamento financeiro e de uma contabilidadeanuais. Esse planeamento financeiro fara parte da pro-gramacao em materia de desenvolvimento rural (n. 3do artigo 40.) ou da programacao relativa ao objec-tivo n. 2.

    2. A Comissao fixara as dotacoes iniciais a atribuiraos Estados-Membros, repartidas num base anual,com base em criterios objectivos que tenham em contaas situacoes e necessidades especficas e os esforcos arealizar especialmente em materia de ambiente, criacaode emprego e preservacao da paisagem.

    3. As dotacoes iniciais serao adaptadas com basenas despesas reais e nas previsoes de despesas revistasapresentadas pelos Estados-Membros, tendo em contaos objectivos dos programas, dependerao dos fundosdisponveis e serao, em regra, coerentes com a intensi-

    dade da ajuda para as zonas rurais abrangidas peloobjectivo n. 2.

    Artigo 47.

    1. As disposicoes financeiras previstas nosartigos 31. e 32. (com excepcao do quinto paragrafodo n. 1), 34., 38. e 39. do Regulamento (CE)n. 1260/1999 nao serao aplicaveis as medidas deapoio ao desenvolvimento rural das regioes abrangidaspelo objectivo n. 2.

    A Comissao tomara as medidas necessarias paragarantir uma aplicacao eficiente e coerente dessasmedidas, que devem satisfazer, pelo menos, normasequivalentes a s estabelecidas nas disposicoes referidasno primeiro paragrafo, incluindo o princpio de uma

    autoridade u nica de gestao.

    2. No que se refere as medidas abrangidas pela pro-gramacao em materia de desenvolvimento rural, aComunidade participara no financiamento segundoprincpios enunciados nos artigos 29. e 30. do Regu-lamento (CE) n. 1260/1999.

    Neste contexto:

    a participacao comunitaria nao excedera 50% dadespesa elegvel total e, como regra geral, sera

    igual a, pelo menos, 25% da despesa pu blica eleg-vel nas zonas nao abrangidas pelos objectivos n.os 1e 2,

    as taxas aplicaveis aos investimentos geradores dereceitas serao as previstas nas subalneas ii) e iii)da alnea a) e nas subalneas ii) e iii) da alnea b)do n. 4 do artigo 29. do Regulamento (CE)n. 1260/1999. Para o efeito, as exploracoes agr-colas e florestais e as empresas de transformacao ecomercializacao de produtos agrcolas e florestaissao consideradas empresas na acepcao dasubalnea iii) da alnea b) do n. 4 do artigo 29.,

    a participacao comunitaria na programacao demedidas previstas nos artigos 22. a 24. do pre-sente regulamento elevar-se-a a 75% nas regioesdo objectivo n. 1 e a 50% nas outras regioes.

    O quinto paragrafo do n. 1 do artigo 32. do Regula-mento (CE) n. 1260/1999 e aplicavel a esses paga-mentos.

    3. Os pagamentos efectuados pelo FEOGA, seccaoGarantia, a ttulo de assistencia financeira, podem

    assumir a forma de adiantamentos para a execucao deprogramas ou de pagamentos relativos a despesas rea-lizadas.

    CAPTULO V

    ACOMPANHAMENTO E AVALIAC AO

    Artigo 48.

    1. A Comissao e os Estados-Membros garantirao oacompanhamento eficaz da execucao da programacaoem materia de desenvolvimento rural.

    (1) JO L 161 de 26.6.1999, p. 48.(2) JO L 161 de 26.6.1999, p. 43.(3) JO L 161 de 26.6.1999, p. 54.

    26.6.1999 L 160/97Jornal Oficial das Comunidades EuropeiasPT

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    2. Esse acompanhamento sera efectuado atraves deprocedimentos adoptados conjuntamente.

    O acompanhamento sera realizado atraves de indica-dores fsicos e financeiros especficos previamente defi-

    nidos e adoptados.

    Os Estados-Membros apresentarao relatrios anuaissobre a evolucao da situacao.

    3. Se necessario, serao criados comites de acompa-nhamento.

    Artigo 49.

    1. A avaliacao das medidas abrangidas pelaprogramacao em materia de desenvolvimento ruralsera realizada com base nos princpios enunciadosnos artigos 40. a 43. do Regulamento (CE)n. 1260/1999.

    2. O FEOGA Garantia pode participar, no quadrodos recursos financeiros atribudos aos programas, nofinanciamento de avaliacoes respeitantes ao desenvol-vimento rural nos Estados-Membros. O FEOGAGarantia tambem pode, por iniciativa da Comissao,financiar avaliacoes a nvel da Comunidade.

    CAPTULO VI

    NORMAS DE EXECUC AO

    Artigo 50.

    As regras de execucao do presente ttulo serao adopta-das nos termos do n. 2 do artigo 50. do Regula-mento (CE) n. 1260/1999.

    Essas regras podem, nomeadamente, definir pormeno-rizadamente:

    a apresentacao de planos de desenvolvimento rural(artigos 41. a 44.),

    a revisao dos documentos de programacao emmateria de desenvolvimento rural,

    o planeamento financeiro, em particular paragarantir a disciplina orcamental (artigo 46.) e aparticipacao no financiamento (n. 2 doartigo 47.),

    o acompanhamento e a avaliacao (artigos 48. e49.),

    a forma de assegurar a coerencia entre as medidasde desenvolvimento rural e as medidas de apoiointroduzidas pelas organizacoes de mercado(artigo 37.).

    TTULO IV

    AUXLIOS ESTATAIS

    Artigo 51.

    1. Salvo disposicao em contrario do presente ttulo,os artigos 87. e 89. do Tratado sao aplicaveis aosauxlios concedidos pelos Estados-Membros as medi-das de apoio ao desenvolvimento rural.

    No entanto, os artigos 87. a 89. do Tratado nao saoaplicaveis as contribuicoes financeiras dos Estados--Membros para as medidas que, nos termos do presenteregulamento, recebam apoio comunitario no ambitodo artigo 36. do Tratado.

    2. Sao proibidas as ajudas aos investimentos nasexploracoes agrcolas que excedam as percentagensreferidas no artigo 7.

    Esta proibicao nao e aplicavel:

    aos investimentos feitos principalmente no interesse

    pu blico e relacionados com a preservacao da paisa-gem tradicional configurada pelas actividades agr-colas e florestais e a relocalizacao de predios ru sti-cos,

    aos investimentos relacionados com a proteccao emelhoria do ambiente,

    aos investimentos relacionados com a melhoria dascondicoes de higiene das empresas pecuarias e dobem-estar dos animais.

    3. Sao proibidos os auxlios estatais concedidos aosagricultores a ttulo de compensacao pelas desvanta-gens naturais em zonas desfavorecidas, se nao respeita-rem as condicoes dos artigos 14. e 15.

    4. Sao proibidos os auxlios estatais destinados aapoiar agricultores que assumam compromissos agro--ambientais que nao satisfacam as condicoes dosartigos 22. a 24. No entanto, podem ser concedidasajudas adicionais que excedam os montantes ma ximosfixados nos termos do n. 2 do artigo 24., se se justi-ficarem ao abrigo do n. 1 do mesmo artigo. Em casos

    excepcionais, devidamente justificados, pode ser con-cedida uma derrogacao do perodo mnimo previstopara esses compromissos nos termos do n. 1 doartigo 23.

    L 160/98 26.6.1999Jornal Oficial das Comunidades EuropeiasPT

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    Artigo 52.

    No ambito do artigo 36. do Tratado, os auxlios esta-tais destinados a fornecer um financiamento comple-mentar para medidas de desenvolvimento rural relati-

    vamente a quais seja concedido um apoio comunitario

    devem ser notificados pelos Estados-Membros e apro-vados pela Comissao, nos termos do presente regula-mento, enquanto parte da programacao prevista noartigo 40. O primeiro perodo do n. 3 do artigo 88.do Tratado nao e aplicavel aos auxlios assim notifica-

    dos.

    TTULO V

    DISPOSIC OES TRANSITRIAS E FINAIS

    Artigo 53.

    1. Se forem necessarias medidas especficas parafacilitar a transicao do regime em vigor para o estabe-

    lecido no presente regulamento, essas medidas seraoadoptadas pela Comissao nos termos do n. 2 doartigo 50. do Regulamento (CE) n. 1260/1999.

    2. Essas medidas serao adoptadas nomeadamentepara a integracao, no regime de desenvolvimento ruralprevisto no presente regulamento, das accoes de apoiocomunitario existentes, aprovadas pelo Comissao paraum perodo com termo aps 1 de Janeiro de 2000 ousem qualquer prazo.

    Artigo 54.

    1. O artigo 17. do Regulamento (CEE) n. 1696//71 do Conselho, de 26 de Julho de 1971, que estabe-lece uma organizacao comum de mercado no sector dolu pulo(1), passa a ter a seguinte redaccao:

    Artigo 17.

    1. Os regulamentos relativos ao financiamento

    da poltica agrcola comum sao aplicaveis ao mer-cado dos produtos referidos no n. 1 do artigo 1.,a contar da data de aplicacao do regime previstono presente regulamento.

    2. A ajuda referida no artigo 8. sera objecto deum co-financiamento comunitario.

    3. Os Estados-Membros devem pagar aos pro-dutores a ajuda referida no artigo 12., entre 16 deOutubro e 31 de Dezembro do ano da campanha

    de comercializacao para a qual foi apresentado opedido.

    4. A Comissao adoptara as regras de execucaodo presente artigo nos termos do artigo 20..

    2. O artigo 6. do Regulamento (CEE) n. 404/93do Conselho, de 13 de Fevereiro de 1993, que estabe-lece a organizacao comum de mercado no sector dasbananas(2), passa a ter a seguinte redaccao:

    Artigo 6.

    1. Os Estados-Membros concederao as organiza-coes de produtores reconhecidas, durante os cincoanos subsequentes a data do respectivo reconheci-mento, auxlios destinados a incentivar a sua cons-tituicao e a facilitar o seu funcionamento adminis-trativo.

    2. Esse auxlio:

    e fixado, para o primeiro, segundo, terceiro,quarto e quinto anos, em respectivamente, 5%,5%, 4%, 3% e 2% do valor da producaocomercializada no quadro da organizacao deprodutores,

    nao excedera as despesas reais com a constitui-cao e o funcinamento administrativo da organi-zacao em causa,

    sera pago em fraccoes anuais durante umperodo maximo de sete anos a contar da datade reconhecimento.

    O valor da producao anual sera calculado combase:

    no volume anual efectivamente comercializado,

    (1) JO L 175 de 4.8.1971, p. 1. Regulamento com a u ltimaredaccao que lhe foi dada pelo Regulamento (CE)n. 1554/97 (JO L 208 de 2.8.1997, p. 1).

    (2) JO L 47 de 25.2.1993, p. 1. Regulamento com a u ltimaredaccao que lhe foi dada pelo Regulamento (CE)n. 1637/98 (JO L 210 de 28.7.1998, p. 28).

    26.6.1999 L 160/99Jornal Oficial das Comunidades EuropeiasPT

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    nos precos medios de producao obtidos.

    3. As organizacoes de produtores resultantes deorganizacoes que ja satisfazem, em grande medida,as condicoes do presente regulamento s serao ele-

    gveis para o benefcio dos auxlios previstos nopresente artigo se forem o resultado de uma fusaoque lhes permita atingir mais eficazmente os objec-tivos referidos no artigo 5. No entanto, nessecaso, o auxlio s sera concedido em relacao asdespesas com a constituicao da organizacao (des-pesa realizada a ttulo dos trabalhos preparatriose da redaccao do acto constitutivo e dos estatutosda associacao).

    4. A ajuda referida no presente artigo seracomunicada a Comissao num relatrio apresentadopelos Estados-Membros no termo de cada exerccio

    financeiro..

    3. O Regulamento (CE) n. 2200/96 do Conselho,de 28 de Outubro de 1996, que estabelece a organiza-cao comum de mercado no sector das frutas e produ-tos hortcolas(1) e alterado do seguinte modo:

    a) No artigo 15., o n. 6 passa a ter a seguinte redac-cao:

    6. Nas regioes da Comunidade em que o graude organizacao dos produtores seja especialmentefraco, os Estados-Membros podem ser autorizados,mediante pedido devidamente justificado, a pagaras organizacao de produtores uma ajuda financeiranacional igual, no maximo, a metade das contri-buicoes financeiras do produtores, a qual seracumulativa com o fundo operacional.

    Para os Estados-Membros em que menos de 15%da producao de frutas e produtos hortcolas sejacomercializada por organizacoes de produtores ecuja producao de frutas e produtos hortcolasrepresente pelo menos 15 % da producao agrcolatotal, a ajuda referida no primeiro paragrafo podeser parcialmente reembolsada pela Comunidade a

    pedido do Estado-Membro interessado.;

    b) O artigo 52. passa a ter a seguinte redaccao:

    Artigo 52.

    1. As despesas ligadas ao pagamento da indem-nizacao comunitaria de retirada e ao financiamentocomunitario do fundo operacional, as medidasespecficas referidas no artigo 17. e nosartigos 53., 54. e 55., bem como as accoes decontrolo dos peritos dos Estados-Membros coloca-

    dos a disposicao da Comissao em aplicacao don. 1 do artigo 40., sao consideradas intervencoesdestinadas a estabilizacao dos mercados agrcolasna acepcao do n. 2, alnea b), do artigo 1. doRegulamento (CE) n. 1257/1999 (*).

    2. As despesas relativas as ajudas concedidaspelos Estados-Membros nos termos do artigo 14.e do segundo paragrafo do n. 6 do artigo 15.serao consideradas intervencoes destinadas a esta-bilizacao dos mercados agrcolas na acepcao don. 2, alnea b), do artigo 1. do Regulamento (CE)n. 1257/1999. Essas despesas serao elegveis paraco-financiamento comunitario.

    3. A Comissao adoptara as regras de execucaodo n. 2 do presente artigo nos termos doartigo 46.

    4. O disposto no ttulo VI e aplicavel sem pre-juzo do Regulamento (CE) n. 4045/89 do Conse-lho, de 21 de Dezembro de 1989, relativo aos con-trolos, pelos Estados-Membros, das operacoes quefazem parte do sistema de financiamento peloFundo Europeu de Orientacao e de Garantia Agr-cola, seccao Garantia, e que revoga a Directiva 77/

    /435/CEE(**).

    (*) JO L 160 de 26.6.1999, p. 80.(**) JO L 388 de 30.12.1989, p. 17. Regulamento

    com a u ltima redaccao que lhe foi dada pelo

    Regulamento (CE) n. 3235/94 (JO L 338 de28.12.1994, p. 16)..

    Artigo 55.

    1. Sao revogados os seguintes regulamentos:

    Regulamento (CEE) n. 4256/88,

    Regulamentos (CE) n.os 950/97, 951/97, 952/97, e

    Regulamento (CEE) n. 867/90,

    Regulamentos (CEE) n.os 2078/92, 2079/92 e2080/92,

    Regulamento (CEE) n. 1610/89.

    2. Sao revogadas as seguintes disposicoes:

    artigo 21. do Regulamento (CEE) n. 3763/91 (2),

    artigo 32. do Regulamento (CEE) n. 1600/92 (3),

    (1) JO L 297 de 21.11.1996, p. 1. Regulamento com au ltima redaccao que lhe foi dada pelo Regulamento (CE)n. 857/99 (JO L 108 de 27.4.1999, p. 7).

    (2) JO L 356 de 24.12.1991, p. 1.(3) JO L 173 de 27.6.1992, p. 1.

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    artigo 27. do Regulamento (CEE) n. 1601/92(1),

    artigo 13. do Regulamento (CEE) n. 2019/93(2).

    3. Os regulamentos e disposicoes revogados pelos

    n.os 1 e 2 permanecem aplicaveis a s accoes aprovadaspela Comissao antes de 1 de Janeiro de 2000, aoabrigo dos regulamentos citados.

    4. As directivas do Conselho e da Comissao queadoptam ou alteram as listas das zonas desfavorecidasnos termos dos n.os 2 e 3 do artigo 21. do Regula-

    mento (CE) n. 950/97 permanecam aplicaveis, amenos que sofram novas alteracoes no quadro de pro-gramas.

    Artigo 56.

    O presente regulamento entra em vigor sete dias apsa sua publicacao no Jornal Oficial das ComunidadesEuropeias.

    O presente regulamento e aplicavel ao apoio comuni-tario a partir de 1 de Janeiro de 2000.

    O presente regulamento e obrigatrio em todos os seus elementos e directamente aplica velem todos os Estados-Membros.

    Feito em Bruxelas, em 17 de Maio de 1999.

    Pelo Conselho

    O Presidente

    K.-H. FUNKE

    (1) JO L 173 de 27.6.1992, p. 13.(2) JO L 184 de 27.7.1993, p. 1.

    26.6.1999 L 160/101Jornal Oficial das Comunidades EuropeiasPT

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    ANEXO

    QUARDRO DOS MONTANTES

    Artigo Objecto Euros

    8., n. 2 Ajuda a instalacao 25 000

    12., n.1 Ajuda a reforma antecipada 15 000 (*) por cedente e por ano

    150 000 montante total por cedente

    3 500 por trabalhador e por ano

    35 000 montante total por trabalha-dor

    15., n. 3 Indemnizacao compensatria

    mnima

    25 (**) por hectare de terras agrco-

    lasIndemnizacao compensatriamaxima

    200 por hectare de terras agrco-las

    16. Pagamento maximo 200 por hectare

    24., n. 2 Culturas anuais 600 por hectare

    Culturas perenes especializadas 900 por hectare

    Outras utilizacoes das terras 450 por hectare

    31., n. 4 Premio para cobrir perdas resul-tantes da florestacao:

    para os agricultores ou suasassociacoes

    725 por hectare

    para qualquer outra entidadejurdica de direito privado

    185 por hectare

    32., n. 2 Pagamento compensatriomnimo

    40 por hectare

    Pagamento compensatriomaximo

    120 por hectare

    (*) Consoante o maximo total por cedente, os pagamentos maximos anuais podem ser aumentados para o dobro,tendo em conta a estrutura econmica das exploracoes nos territrios e o objectivo de acelerar o ajustamentodas estruturas agrcolas.

    (**) Este montante pode ser reduzido a fim de ter em conta a situacao geogra fica ou a estrutura econmica especfi-

    cas das exploracoes em certos territrios e para evitar a sobrecompensacao nos termos do n. 1, segundo traves-sao, do artigo 15.

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