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A escola diante das culturas juvenis: reconhecer para dialogar PPT baseado neste texto de Martins Carrano Kelly Castro de Araújo

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A escola diante das culturas juvenis: reconhecer para dialogarPPT baseado neste texto de Martins Carrano

Kelly Castro de Araújo

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ANÁLISE FEITA A PARTIR DESTAS QUESTÕES:

Questões analisadas a partir das entrevistas e do texto: 1) Na sua opinião, que aspectos são mais decisivos na formação dos diferentes grupos encontrados na sua turma? Como esses grupos influenciam o comportamento da turma? É possível utilizar as referências culturais desses grupos como ferramenta de ensino em sala de aula? Como você faz isso?

2) Você acredita que sua escola possui mecanismos que possibilitem a expressão das diferentes culturas juvenis ou você acha que há certa “homogeneização"? Por quê?

3) Na sua opinião, quais são as tarefas mais importantes da escola hoje? Por quê? (Você concorda que uma das mais importantes tarefas da escola atual é auxiliar o jovem na escolha de seus valores e conhecimentos para a formação de sua cidadania?)

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Os aspectos mais decisivos na formação dos diferentes grupos de jovens, são que ainda hoje há uma dificuldade em aceitar o que é cultura e padrão sociológico já adquirido pelos jovens em suas vivências anteriores, fazendo com que muitas vezes esses jovens se sintam violentados com relação às suas origens, muitas vezes, fazendo surgir inúmeros conflitos psicológicos e físicos. Há uma professora que diz que não considera que as culturas juvenis sejam importantes na formação do cidadão. O que denota distância da realidade vivida pelos alunos, citando que as “vivências sociais são secundárias” em comparação com o estudo.Conforme o texto diz “a produção das identidades além de demarcar territórios de sociabilidades e práticas coletivas, põe em jogo interesses em comum que dão sentido ao ‘estar junto’ e ao ser dos grupos.” MARTINS, CARRANO, p. 43.

ASPECTOS DECISIVOS NA FORMAÇÃO DE GRUPOS DE JOVENS NA ESCOLA E REFERÊNCIAS CULTURAIS COMO FERRAMENTA DE ENSINO

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DIFERENTES MECANISMOS PARA EXPRESSÃO DA CULTURA JUVENIL – HOMOGEINIZAÇÃO OU NÃO?

Segundo CARRANO:

“Nos territórios culturais juvenis, delineiam-se espaços de autonomia conquistados pelos jovens e que permitem a eles e elas transformar esses mesmos ambientes ressignificando-os a partir de suas práticas específicas. Esse mesmo processo pode ser observado nas instituições escolares de Ensino Médio por se constituírem em espaços eminentemente juvenis.” MARTINS, CARRANO, p.45.

A escola pode tanto estimular o aluno quanto desestimular. A partir do momento em que são oferecidas atividades de lazer e cultura (dança, capoeira, música, esporte) o jovem pode se identificar com algum desses grupos sociais e passar a incorporar das suas vivências pessoais práticas sociais e culturais nas atividades de expressão de cultura juvenil. Segundo o que dizem os professores, há sim tipos de expressões culturais entre os jovens e sinalizaram essas diferenças citando os tipos musicais diferentes que cada jovem escuta, por exemplo. Tive relatos de duas professoras que dizem que procuram utilizar elementos da cultura juvenil como ferramenta em sala de aula, dialogando com os alunos. Somente um professor disse que não nota porque disse que trabalha em uma escola particular e todos vestem uniforme. Este está fazendo uma homogeinização visual com os alunos e não perceber as diferenças culturais. Não deve haver homoneigização, porque os alunos são muito diferentes entre si, suas referências culturais são diferentes; portanto os professores concordam que a escola procura fazer essa “homogeinização”, porque assim como a cidade cresce e interfere nas práticas sociais nós também interferimos nas práticas urbanas, como por exemplo o movimento hip hop que ressignifica muitas vidas de jovens brasileiros. A cultura é produzida por mecanismos dominantes e que reproduzem muitos tipos de culturas; o interessante é a diversidade de mercado (competição ideológica).

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O PAPEL DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DE SUJEITOS CRÍTICOS E CONSCIENTES: CONHECIMENTOS PARA FORMAÇÃO DE CIDADANIA

Hoje em dia temos sim, milhares de ferramentas tecnológicas que possibilitam o maior acesso aos bens culturais não só ensinados na escola mas também o conhecimento empírico de cada um, acrescentando conhecimento e esclarecimento no processo de aprendizagem. Professores relatam que não há uma reciclagem para reconhecimento desses novos padrões culturais. O desafio agora é fazer com que as diferentes plataformas hoje existentes dialoguem com todas as linguagens sociais e culturais que nos são expostas atualmente. Conforme CARRANO:

“Observa-se que tanto a cidade quanto a escola constituem locais das culturas entrecruzadas, apresentam-se como espaços híbridos não só pela presença dos vários grupos, mas também pelas expressões e mesclas culturais de espaços urbanos carregados de contradições e que se expressam no espaço escolar. Apesar de estarem presentes no mesmo espaço, não há garantia de democratização de direitos a expressões culturais de forma igual para todos, notadamente, os grupos juvenis. Embora o acesso aos novos meios tecnológicos se tenha expandido significativamente nos últimos anos, este não ocorreu de modo a possibilitar o amplo domínio das diversas linguagens comunicacionais disponíveis” MARTINS,CARRANO, p. 46.,

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Há professores que não concordam que o papel da escola seja formam um cidadão e sim simplesmente transferir conhecimentos básicos das matérias. Teve uma das respostas que achei muito interessante, onde a professora comenta que a base da escola é auxiliar o jovem na escolha de seus valores e conhecimentos para a formação de cidadania, só assim a escola poderá alcançar real objetivo que é o conhecimento. Acredito então, que para que haja um melhor entrosamento entre as instituições escolares com o saber cultural e social já adquirido dos jovens e também fazer com que o aluno se aproprie deste conhecimento escolar, é necessário inovação nas práticas de ensino, envolver o aluno e a família no ambiente escolar, fazer atividades extracurriculares que estimulem à percepção, reflexão e criatividade, além de propiciar a efervescência das culturas juvenis e populares em ascensão, como o hip hop, o pagode, o funk, os vários estilos musicais e sociais. Como nos diz o autor:

“As culturas juvenis que se apresentam em constante ebulição nos diferentes espaços escolares, podem oferecer referenciais empíricos para o entendimento da juventude enquanto categoria analítica. Podem contribuir também para transformar a escola em espaço-tempo em que o jovem reconheça como seu. Estar atento e disponível para reconhecer que as culturas juvenis não se encontram subordinadas às relações de dominação ou resistência impostas pelas culturas das gerações mais velhas pode auxiliar a construção de projetos pedagógicos e processos culturais que aproximem professores e alunos. Através da elaboração de linguagens em comum, a escola pode recuperar seu prestígio entre os jovens, bem como o prazer deles estarem em um lugar que podem chamar de seu na medida em que são reconhecidos como sujeitos produtores de cultura.” MARTINS,CARRANO, p. 54.