jurisdiÇÃo no estado constitucional - direito do … · 2 parte i - fichamento dos textos texto i...

21
ESCOLA SUPERIOR DE DIREITO CONSTITUCIONAL CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM DIREITO CONSTITUCIONAL JURISDIÇÃO NO ESTADO CONSTITUCIONAL DISCIPLINA: PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO PROFESSOR: DOUTOR MARCELO LAMY PÓS-GRADUANDO: VICENTE LENTINI PLANTULLO SÃO PAULO, OUTUBRO DE 2007

Upload: phamkien

Post on 02-Jul-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: JURISDIÇÃO NO ESTADO CONSTITUCIONAL - Direito do … · 2 parte i - fichamento dos textos texto i - motivaÇÃo e fundamentaÇÃo das decisÕes judiciais e o princÍpio da seguranÇa

ESCOLA SUPERIOR DE DIREITO CONSTITUCIONAL CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM DIREITO CONSTITUCIONAL

JURISDIÇÃO NO ESTADO CONSTITUCIONAL

DISCIPLINA: PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO

PROFESSOR: DOUTOR MARCELO LAMY

PÓS-GRADUANDO: VICENTE LENTINI PLANTULLO

SÃO PAULO, OUTUBRO DE 2007

Page 2: JURISDIÇÃO NO ESTADO CONSTITUCIONAL - Direito do … · 2 parte i - fichamento dos textos texto i - motivaÇÃo e fundamentaÇÃo das decisÕes judiciais e o princÍpio da seguranÇa

“Os rios são caminhos em marcha e que levam

aonde queremos ir”.

Giambattista Vico

Page 3: JURISDIÇÃO NO ESTADO CONSTITUCIONAL - Direito do … · 2 parte i - fichamento dos textos texto i - motivaÇÃo e fundamentaÇÃo das decisÕes judiciais e o princÍpio da seguranÇa

SUMÁRIO

OBJETIVO .........................................................................................................01

PARTE I - FICHAMENTO DOS TEXTOS ...................................................................02

TEXTO I - MOTIVAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS E O PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA ........................................................02

1. Motivação processual e fundamentação constitucional ...............03 2. Motivo, fundamentação e razão de decidir...................................03 3. O Princípio da Razão Suficiente na lógica jurídica.......................04 4. Interpretação e motivação............................................................04 5. Decisões judiciais fundamentadas e garantias constitucionais ....05 6. Conclusão ....................................................................................05 7. Análise crítica. ..............................................................................06 TEXTO II - O JURISDICIONAMENTO E A APARENTE “CRISE” DO

PRINCÍPIO DA COISA JULGADA ....................................................................07

1. Introdução ....................................................................................07 2. O jurisdicionado como centro do cenário processual ...................07 3. O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e sua homologação

judicial: apresentação da problemática ........................................08 4. O Princípio Constitucional da Coisa Julgada................................08 5. Descabimento dos Embargos de Declaração no caso concreto ..09 6. Conclusão ....................................................................................10 7. Análise crítica. ..............................................................................10 TEXTO III - A PRISÃO CIVIL POR DÍVIDA E OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E DA PROPORCIONALIDADE ............................ 11

1. A sociedade e o Direito ................................................................11 2. Normas jurídicas e sua eficácia....................................................11 3. A prisão como instrumento de Eficácia Jurídica (?) .....................12 4. Legislação intestina e internacional..............................................12 5. Posição do Supremo Tribunal Federal (STF) ...............................13 6. Posição do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ............................13 7. Princípio da Dignidade da Pessoa Humana.................................13 8. Princípio da Proporcionalidade.....................................................14 9. Conclusão ....................................................................................14 10. Análise crítica. ..............................................................................14 PARTE II - DISSERTAÇÕES LIVRES .......................................................................16

1. Princípio do Duplo Grau de Jurisdição .........................................16 2. A legitimidade da decisão e a necessidade da

publicidade e da motivação ..........................................................17 BIBLIOGRAFIA....................................................................................................18

Page 4: JURISDIÇÃO NO ESTADO CONSTITUCIONAL - Direito do … · 2 parte i - fichamento dos textos texto i - motivaÇÃo e fundamentaÇÃo das decisÕes judiciais e o princÍpio da seguranÇa

1

OBJETIVO

O principal objetivo deste trabalho é a escolha de um dado bloco ou

grupo de assuntos de interesse, visando fazer o fichamento dos textos

pertinentes e sua respectiva análise crítica, com vistas a obter uma nota de

aproveitamento da disciplina Princípios Constitucionais do Processo,

coordenada pelo professor Doutor em Direito pela PUC-SP, Marcelo Lamy,

como parte dos requisitos necessários para obter o título de Especialista em

Direito Constitucional.

Page 5: JURISDIÇÃO NO ESTADO CONSTITUCIONAL - Direito do … · 2 parte i - fichamento dos textos texto i - motivaÇÃo e fundamentaÇÃo das decisÕes judiciais e o princÍpio da seguranÇa

2

PARTE I - FICHAMENTO DOS TEXTOS

TEXTO I - MOTIVAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS E O PRINCÍPIO

DA SEGURANÇA JURÍDICA

O texto I, da autoria de Carlos Aurélio Mota de Souza, trata da

importância do processo motivacional do magistrado para, dada a existência de

uma dada lide, buscar, do modo equânime, a mais sábia decisão. Isto é

fundamental porque contribui, de forma objetiva, para a manutenção do

importante princípio da segurança jurídica.

O autor coloca, com prioridade, três possibilidades metodológicas face a

uma Teoria Geral Constitucional do Direito:

a) admitir a ambivalência, do “adotar as posições correntes entre os

doutrinadores, nacionais e estrangeiros” (p. 355);

b) buscar o cerne, o núcleo, a essência de cada vocábulo e/ou

expressão, e;

c) recepcionar novos entendimentos doutrinários, de sorte a analisas,

sob diversos ângulos, o mesmo fenômeno jurídico.

Abarca também o texto a metodologia lógico-jurídica do caminho criado

para se chegar da demanda à sentença, com justiça.

No que tange à motivação, percebe-se, claramente, pela leitura que a

motivação deve ser fundamentada, ou seja, deve perpassar pela discussão,

ponderação e determinação.

Cabe destacar que o artigo 458 do CPC de 1973 estipula que a

sentença deve conter um relatório; uma parte fundamentada; e uma parte

dispositiva em que “o juiz resolverá as questões, que as partes lhe

submeterem” (p. 357).

Vários autores discutem o problema da motivação nas decisões judiciais,

admitindo esta como discussão dos motivos e não da fundamentação, que

seria um ato posterior. Isto é fundamental porque o ordenamento jurídico se

alicerça no Princípio da Segurança Jurídica, da certeza de uma decisão judicial

correta.

Page 6: JURISDIÇÃO NO ESTADO CONSTITUCIONAL - Direito do … · 2 parte i - fichamento dos textos texto i - motivaÇÃo e fundamentaÇÃo das decisÕes judiciais e o princÍpio da seguranÇa

3

1 MOTIVAÇÃO PROCESSUAL E FUNDAMENTAÇÃO CONSTITUCIONAL

Neste tópico, o autor analisa os principais elos entre o processo e o

procedimento. São eles:

a) todos os aspectos formais e materiais da coisa julgada;

b) a importância da motivação nas decisões judiciais, sob pena de

nulidade;

c) a diferenciação entre juízo de oportunidade e juízo de legalidade.

Aborda também este tópico a importância de uma correta petição inicial,

com logicidade e concatenação ente a parte negativa; a parte legal. A causa de

pedir; o pedido, e para o fechamento, o valor da causa. Repousa a exordial na

Teoria da Substanciação.

2 MOTIVO, FUNDAMENTAÇÃO E RAZÃO DE DECIDIR

O motivo, segundo o autor, é o que move, movimenta, justifica a ação.

Já os fundamentos são os pilares, verdadeiros sustentáculos da relação

jurídico-processual. A razão de decidir é a ratio decidendi, um conjunto

complexo de elementos cognitivos teórico-empíricos, fruto do conhecimento a

priori e a posteriori do magistrado aliados a sua experiência prática de espaço-

tempo kantianos.

Também pode-se argumentar que a motivação seria uma atividade

lógico-psicológica “que consiste na análise prudencial dos motivos, a

pronderação de todos o elementos que orbitam em torno do fato” (p. 361). Não

há como se negar que há uma inter-conexão entre motivação, razão de decidir

e fundamentador. A razão de decidir pode seguir os métodos cartesianos-

kantianos, enquanto que a fundamentação segue os princípios da lógica

jurídica.

Finalmente, neste item, o autor coloca, com propriedade ímpar, a

necessária correlação positiva que deve haver entre pedido e sentença, sendo

que este deve ser uma norma particular para dirimir a lide entre as partes na

busca da justiça; deve ser também uma norma profissional para aquela e

outras sentenças e; norma pública, uma vez que será utilizada em casos

análogos.

Page 7: JURISDIÇÃO NO ESTADO CONSTITUCIONAL - Direito do … · 2 parte i - fichamento dos textos texto i - motivaÇÃo e fundamentaÇÃo das decisÕes judiciais e o princÍpio da seguranÇa

4

3 O PRINCÍPIO DA RAZÃO SUFICIENTE NA LÓGICA JURÍDICA

Aborda o autor neste tópico uma concatenação de princípios, tais como:

da identidade; da contradição; do terceiro excluído e o da razão suficiente.

Trata-se os três primeiros de princípios auto-explicativos e o quarto reza que

“tudo o que é tem sua razão de ser” e “nada há sem razão suficiente” (p. 365).

É importante salientar a contribuição kantiana ao conceito de juízo, uma

“espécie/forma de relação de conceitos” expressada como sendo um juízo do

conhecimento em busca da verdade real. Em outras palavras, o magistrado

busca um conjunto de itens que, somados, proporcionam-lhe uma visão micro

e macro do processo favorecendo-lhe a tomada de decisão que se reveste na

sentença como seu objetivo final.

4 INTERPRETAÇÃO E MOTIVAÇÃO

“Todo juízo, para se verdadeiro, necessita de uma razão suficiente” (p.

366). Em outras palavras, há que se ter uma relação de causa e efeito entre

motivação, fundamentação e razão em busca de um objetivo final: a satisfação

dos interesses da lide em seus aspectos micro e macro. A interpretação deve

ter um fim em si mesma, perpassando-se, subjetivamente, pela motivação,

fundamentação e razão pertinente.

Quanto aos princípios e valores no ordenamento jurídico, tem-se que

predominava na Constituição Federal o positivismo legalista que evoluiu para

um jusnaturalismo realista. Esta evolução tem cunho axiológico e é

fundamental para o alcance de um chamado “valor superior”.

Page 8: JURISDIÇÃO NO ESTADO CONSTITUCIONAL - Direito do … · 2 parte i - fichamento dos textos texto i - motivaÇÃo e fundamentaÇÃo das decisÕes judiciais e o princÍpio da seguranÇa

5

5 DECISÕES JUDICIAIS FUNDAMENTADAS E GARANTIAS CONSTITUCIONAIS

Evidentemente que as decisões judiciais fundamentadas devem ter

respaldo na Constituição Federal, seus princípios, dogmas, efetividade e tudo

isto lastreado nos planos da validade e existência e eficácia.

Em fundamentação é prioridade para a manifestação do poder estatal do

qual o juiz está imbuído. É a própria expressão do Estado de Direito e da

reprodução axiológica-ideológica do seu modo de ser. Os julgados não podem

ser conclusões nuas, sem sentido.

As decisões judiciais, assim, devem respeitar os fundamentos da norma

incrustada no ordenamento jurídico, ou seja, alicerçados numa motivação

valorativa das questões de fato e de direito. (causa petendi). Além disto, estes

fundamentos devem estar apoiados na interpretação/hermenêutica da norma

ao caso concreto (Princípio da Subsunção) com seus aspectos dispositivos e

de relatório. Em suma, as decisões judiciais que refletem a expressão político-

ideológica do Estado de Direto compreendem, obrigatoriamente, o relatório dos

fatos; os fundamentos da norma aplicada ao caso concreto, embasados no

dispositivo com carga valorativa.

Faz-se mister que a decisão judicial atual valha-se também de um

contexto interdisciplinar, além do que já foi exaustivamente explicitado. O juiz

ou magistrado deve estar atento que, hodiernamente, sua decisão judicial deve

levar em consideração um conjunto complexo de variáveis e não-jurídicas

todas correlacionadas entre si.

6 CONCLUSÃO

O artigo foi fundamental para elucidar as principais diferenças entre

motivação, motivação, fundamentação e razão buscando a sua integração com

múltiplas - e complexas - variáveis correlacionadas no sentido de poder unir,

num só ato, causa de pedir, pedido, fundamentação, motivação, razão, tomada

de decisão e alcance da justiça, não só inter partes, mas também erga omnes.

Também abordou-se no texto o alicerce constitucional que uma decisão

bem fundamentada do magistrado deve ter, além dos acentos axiológicos a ela

inerentes.

Page 9: JURISDIÇÃO NO ESTADO CONSTITUCIONAL - Direito do … · 2 parte i - fichamento dos textos texto i - motivaÇÃo e fundamentaÇÃo das decisÕes judiciais e o princÍpio da seguranÇa

6

7 ANÁLISE CRÍTICA

Em que se pese a linguagem sofisticada e intrincada do autor, ficou claro

que a decisão judicial é algo complexo que não depende somente do relatório,

mas também de sua ligação/conexão com a fundamentação ou conexão com a

norma fundamental, além da razão a priori e a posteriori propugnadas por

Immanuel Kant.

Independentemente disto, há que se destacar todo um nexo

interdisciplinar que o magistrado deve conhecer para melhor - e corretamente -

argumentar a sua decisão.

Além disto, há a carga axiológica/política/poder que permeia o decisum

do magistrado e, tudo isto precisa - e deve - otimizar uma decisão para o

jurisdicionado e para a consolidação do Estado de Direito perpanado pelo

Princípio da Segurança Jurídica.

No todo um excelente texto teórico-refletivo que ajuda a melhor

compreender a tomada de decisão dos magistrados.

Page 10: JURISDIÇÃO NO ESTADO CONSTITUCIONAL - Direito do … · 2 parte i - fichamento dos textos texto i - motivaÇÃo e fundamentaÇÃo das decisÕes judiciais e o princÍpio da seguranÇa

7

TEXTO II - O JURISDICIONAMENTO E A APARENTE “CRISE” DO PRINCÍPIO DA COISA

JULGADA

Trata a autora Flávia Pereira Hill do tema “O jurisdicionamento e a

aparente “crise” do Princípio da Coisa Julgada”. Reveste-se ente tema de

excepcional importância, uma vez que retrata o “paradoxo” da teórica

imutabilidade da coisa julgada. “Paradoxo” porque estão ocorrendo certas

flexibilizações, certas “relativações” da coisa julgada, comprometendo o

“Princípio da Segurança Jurídica”.

1 INTRODUÇÃO

Neste item aborda a autora o papel fundamental do “devido processo

legal” (due process of law), a ampla defesa, o contraditório, assim como o

Princípio da Coisa Julgada” (p. 11).

Analisa, de forma magistral, que a diminuição da importância da coisa julgada

material acarreta uma insegurança ao jurisdicionado, à coletividade e à própria

higidez do sistema processual, o que é nefasto para o ordenamento jurídico brasileiro.

2 O JURISDICIONADO COMO CENTRO DO CENÁRIO PROCESSUAL

De um início em que o jurisdicionado era o centro das atenções, o processo

culminou em fins do século XIX e durante boa parte do século XX, para uma

vertente mais formalista, impessoal, abstrata e distante da realidade, relegando o

jurisdicionado a um segundo plano. O escopo metajurídico passa a ser atômico,

movimentos ocorreram, entretanto, no sentido de tornar, novamente, o processo

mais informal, próximo aos anseios e necessidades do jurisdicionado. Em vão. O

que se percebe, agora, com o problema da repercussão geral e da súmula

vinculante é um novo distanciamento do jurisdicionado, ou seja, da concretude

para a perigosa abstração legalista subsumista.

Então, de certa forma, precisa-se lutara para maximizar, novamente, a

visão antropocentrista do processo, tarefa árdua para o Novo Direito

Constitucional.

Page 11: JURISDIÇÃO NO ESTADO CONSTITUCIONAL - Direito do … · 2 parte i - fichamento dos textos texto i - motivaÇÃo e fundamentaÇÃo das decisÕes judiciais e o princÍpio da seguranÇa

8

3 O TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA (TAC) E SUA HOMOLOGAÇÃO JUDICIAL: APRESENTAÇÃO DA PROBLEMÁTICA

Discute a autora, neste item, um caso essencialmente prático de

substituição processual em que o Ministério Público passou a defender os

interesses do ou dos particulares no que tange ao dano causado ao meio

ambiente.

Trata-se o TAC de uma “modalidade de conciliação entabulada entre o

ente público e o autor da lesão, através do qual o particular faz concessões,

comprometendo-se a recuperar os danos ocasionados, de acordo com as

condições previstas no termo firmado” (p. 13).

Trata-se de um instituto importante porque repousa no aglutinamento de

um conjunto de desejos e anseios de um grupo de pessoas, tudo isto também

conhecido pelo nome de Tutela dos Interesses Difusos e Coletivos.

4 O PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA COISA JULGADA

A coisa julgada material repousa no resultado da legitimação do poder

do Estado-Juiz por meio de uma sentença homologatória soberana. É

necessária e na sentença, o timbre da decisão resguardada pelo Estado

Constitucional possuindo efeitos inter partes e/ou erga omnes. Quando a

repercussão de um dado fato concreto é substancial, faz-se necessária a

existência de uma longa manus do Poder Judiciário.

Evidentemente que o Ministério Público tem interesse na solução e

participação do conflito, uma vez que o TAC visa a esse fim. Porém, para

cumprir os planos da validade e eficácia, deve ter a cancela, o timbre do Peder

Judiciário.

O problema que se percebe, no entanto que, mesmo com a intervenção

do Ministério Público é que está ocorrendo no Direito brasileiro, uma

flexibilização, uma relativização da coisa julgada formal, gerando, com isto a

insegurança pertinente.

O juiz ou magistrado está assoberbado de processos e de recursos para

julgar. O Estado brasileiro não tem interesse em investir no Poder Judiciário

para que este se torne mais efetivo. A coisa julgada material e formal, antes

Page 12: JURISDIÇÃO NO ESTADO CONSTITUCIONAL - Direito do … · 2 parte i - fichamento dos textos texto i - motivaÇÃo e fundamentaÇÃo das decisÕes judiciais e o princÍpio da seguranÇa

9

imutável, última fronteira do ordenamento jurídico agora relatividade, trazendo

uma espécie de “caos” para o sistema como um todo, afetando, inclusive sua

credibilidade como instituição. Isto merece ser refletido.

5 DESCABIMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO CASO CONCRETO

No caso concreto em tela, em que o Ministério Público faz “as vezes” do

cidadão comum e fez a homologação, o Instituto de Embargo de Declaração

tornam-se ineficientes porque existe - e precisa ser cumprido - a

irrecorribilidade do princípio da coisa julgada. De acordo com NERY; NERY

(2003:924), a natureza jurídica dos Embargos de Declaração (EDr) permite a

sua interpretação, como recurso, contra sentença ou decisão interlocutória,

evidentemente sujeitando-se aos requisitos de admissibilidade pertinente a

essa teoria.

O fato é que tal instituto tem, por objeto, completar uma decisão omissa

ou contraditória ou ambígua.

Não há uma “substituição” da decisão; há a sai complementação ou

clarificação. A isto se dá o nome de Efeito ou caráter integrativo, jamais

substitutivo, modificativo ou extensivo do julgado.

Ora, dado que ocorreu uma homologação respaldada pelo Ministério

Público, não inadmissíveis os embargos de declaração porque, se aceitos

fossem, relativavizariam a coisa julgada e atacariam frontalmente o Princípio da

Segurança Jurídica do já frágil ordenamento constitucional brasileiro. Além

disto, como ficaria o Princípio da Estabilidade da Demanda?

Page 13: JURISDIÇÃO NO ESTADO CONSTITUCIONAL - Direito do … · 2 parte i - fichamento dos textos texto i - motivaÇÃo e fundamentaÇÃo das decisÕes judiciais e o princÍpio da seguranÇa

10

6 CONCLUSÃO

Do embate entre o “Ministério Público” e o “Princípio da Unicidade da

Instituição” mostra-se clara a necessidade da absolutividade da coisa julgada,

mesmo porque o Princípio da Segurança Jurídica visa fornecer ao

jurisdicionado e na dita “segurança”. Em outras palavras, da fase autonomista,

passou-se à fase do jurisdicionado e, desta, novamente à fase autonomista,

etérea, vaga, abstrata.

A autora também explicita, de forma clara e contundente, o conceito do

Termo de Ajustamento de Conduta e a necessidade da chancela/timbre do

Estado-Juiz.

Por fim, prestigia a autora o processo coletivo em detrimento do

individual como uma forma de resolução de problemas.

7 ANÁLISE CRÍTICA

Percebe-se o esforço desprendido pela autora para convencer o leitor da

importância de certos temas: relativização versus absolutização da coisa

julgada material, necessidade de homologação de uma ação civil pública pelo

Ministério Público, o problema da “segurança” jurídica no processo civil

brasileiro, a evolução do direito processual de uma fase autonomista para uma

outra visando satisfazer o jurisdicionado, nas incongruências e inconsistências

do sistema no que tange ais Embargos Declaratórios neste caso em tela, a

definição do TAC e outro temas de importância.

O problema é que, a autora, deveria ter aprofundado as conseqüências

políticas, econômicas, sociais e ideológicas acerca do problema da

relativização da coisa julgada, uma vez que isto acarreta um problema grave de

legitimidade para o ordenamento jurídico brasileiro.

Page 14: JURISDIÇÃO NO ESTADO CONSTITUCIONAL - Direito do … · 2 parte i - fichamento dos textos texto i - motivaÇÃo e fundamentaÇÃo das decisÕes judiciais e o princÍpio da seguranÇa

11

TEXTO III - A PRISÃO CIVIL POR DÍVIDA E OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA

DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E DA PROPORCIONALIDADE

Escrito por Ivan Aparecido Ruiz é claro ao destacar a importância da

sociedade e do direito, uma vez que, teoricamente, “a sociabilidade é

característica fundamental de nossa espécie” (p. 243).

1 A SOCIEDADE E O DIREITO

Neste tópico, o autor aborda a necessidade de se ter uma correlação

forte entre a sociedade e suas regras de convivência social, regras esses

denominadas de “Direito”. Nos dizeres de Orlando Gomes, mencionados pelo

próprio autor: “(...) o Direito não é tanto um conjunto de regras dotadas de

força própria, masn, sim um complexo de regras que regulam o

uso dessa força, designando os sujeitos que vedem usá-lo e

determinando os casos, e as modalidades, nos quais a força

pode ser usada e, assim, sublinhando a sai junção garantista, e

não a sua junção repressiva. O espaço jurídico está

compreendido na esfera da liberdade” (p. 244)

2 NORMAS JURÍDICAS E SUA EFICÁCIA

As normas jurídicas devem passar pelos planos da existência, validade

e eficácia para que possam atender a seu objetivo de transcendência para o

mundo concreto. O fato é que as normas são regras obrigatórias de convívio

social que, se não cumpridas, devem gerar a sanção correspondente. Quem

deve regular e aplicar estas regras ao caso concreto é o poder judiciário, que

detém a necessária competência para isto.

É importante destacar que as regras, normas estão num plano abstrato e

que devem ser aplicadas ao caso concreto em tela por meio do Princípio da

Subsunção. O fato com que se depara este artigo é o problema da prisão civil

por dívida, uma ação de execução indireta. Há que se destacar que há,

segundo o autor, vários tipos de execução: espontânea, forçada, indireta e

Page 15: JURISDIÇÃO NO ESTADO CONSTITUCIONAL - Direito do … · 2 parte i - fichamento dos textos texto i - motivaÇÃo e fundamentaÇÃo das decisÕes judiciais e o princÍpio da seguranÇa

12

imprópria. A execução indireta, em que pese seu substrato ser a multa,

funciona como sendo um meio psicológico de fazer o alimentador pagar a

pensão, alimento ao alimentado e obrigar o depositário infiel a deixar em

“desigualdade” ou ainda obrigar o devedor a saldar seus compromissos para

com o credor.

3 A PRISÃO COMO INSTRUMENTO DE EFICÁCIA JURÍDICA (?)

Será que, é isto que discute o autor neste tópico, é educativa e

exercedora de pressão psicológica e na modalidade de prisão? Até que ponto

ela é efetiva no ordenamento jurídico nacional? Fere ela a dignidade da pessoa

humana? Até que ponto? Até que ponto macula o valor supremo liberdade?

Estas e outras questões serão respondidas no decorrer deste artigo.

O fato é que há uma responsabilidade patrimonial a ser cumprida, mas,

até que ponto pode uma construção não patrimonial indisponível em seus

essência afetar um bem não patrimonial, um valor supremo que é a liberdade

do ser humano?

Como se sabe, de acordo com o artigo 1º, inciso III da Constituição

Federal, a República Federativa do Brasil deve preservar a dignidade da

pessoa humana. Mas, será que preserva?

4 LEGISLAÇÃO INTESTINA E INTERNACIONAL

É importante salientar que a legislação brasileira era omissa nas

Constituições de 1824, 1891, 1934 e 1937 acerca da prisão civil por dívida. Tal

assunto foi regulamentado no artigo 150, § 17 do Diploma Excelso de 1967.

cabe destacar que o Brasil em seu ordenamento jurídico era mais rígido quanto

a este instituto. Contudo, a partir de 1992 promulgou a Convenção Americana

dos Direito Humansi (Pacto de San José da Cuesta Rica), afrouxando

paulatinamente este instituto, o que poder ser funesto para o ordenamento

jurídico.

No caso da obrigação alimentícia, o objetivo da prisão civil por divida é

uma pressão psicológica do Estado-Juiz contra o devedor para que este

Page 16: JURISDIÇÃO NO ESTADO CONSTITUCIONAL - Direito do … · 2 parte i - fichamento dos textos texto i - motivaÇÃo e fundamentaÇÃo das decisÕes judiciais e o princÍpio da seguranÇa

13

cumpra as suas obrigações de chefe de família e não deixe desamparado os

seus descendentes. O artigo 733 do CPC e o artigo 19 da Lei 5478 de 1968

alicerçam este instituto.

Por outro lado, no caso do Depositário Infiel, há que se considerá-lo

como sendo a quebra de um contrato de depósito, não se aplicando à

modalidade civil, como no caso da pensão alimentícia. Consequentemente,

segundo o autor, não cabe este tipo psicológico de pressão porque seus

fundamentos são negociais e não alimentares.

5 POSIÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF)

O STF, a princípio, não admite a prisão civil por dívida especificamente

no caso do depositário infiel penalizado, porém o devedor de prestação

alimentícia pelo inadimplemento voluntário e inescusável desta. Mas, há

julgados do STF que expressam claramente a sua posição em prender,

civilmente, não só o devedor alimentar, mas também o depositário infiel. O fato

é que, com a EC 45/2004, essa nuvem dúbia se dissipou. Como o tratado

internacional tem força de Emenda Constitucional, é reforçado admitir que o

Pacto de São José da Costa Rica deve ser integralmente cumprido. Em outras

palavras, não se deve ser civilmente prese nem o depositário infiel e nem o

devedor de prestação alimentar.

6 POSIÇÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ)

A posição do STJ é clara no que concerne do depositário infiel: não

prendê-lo. Por outro lado, é mais rígida quanto à prestação alimentícia, ou seja,

admite plenamente a prisão civil por dívida obrigacional alimentar.

7 PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

Caso se alicerce toda essa discussão sobre o Princípio da Dignidade

Humana, é de não se aplicar a prisão civil por nenhum dos dois motivos, uma

vez que dever ser respeitado o direito ao bem supremo que é a liberdade.

Page 17: JURISDIÇÃO NO ESTADO CONSTITUCIONAL - Direito do … · 2 parte i - fichamento dos textos texto i - motivaÇÃo e fundamentaÇÃo das decisÕes judiciais e o princÍpio da seguranÇa

14

8 PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE

Esse princípio é, nos dizeres de CANOTILHO um “método de

interpretação, verdadeira técnica de elucidação e resolução de conflitos

latentemente apresentados em princípios constitucionais que garantem valores

fundamentais” (p. 256).

Em outras palavras, nos dizeres de célebre professos português, os

valores fundamentais se sobrepões à carga axiomática, razão pela qual não

deve haver construção legal à liberdade, quer num, quer noutro caso.

9 CONCLUSÃO

Finaliza o texto o autor mencionando a controvérsia existente no instituto

da prisão civil por dívida, quer num, quer noutro caso especificado. Menciona a

classificação de execução indireta da Prisão Civil por Dívida, a necessidade de

se ter uma dívida alimentar descumprida voluntariamente sem um aparente

motivo pertinente. E, por fim, o autor analisa a prisão civil por dívida sob os

princípios da dignidade humana e proporcionalidade.

10 ANÁLISE CRÍTICA

Em que se pese o texto bem estruturado, lógico, argumentado, lógico,

argumentado e escrito, há que se tecer certas considerações:

a) bem é verdade que a prisão por dívida sempre foi um assunto

controverso sendo ora alguns a favor da prisão civil por ambos os casos

(depositário infiel e pensão alimentícia); outros segundo a prisão em ambos os

casos e outro ainda negando a prisão no caso do depositário infiel. Como se

pode perceber, grande é a controvérsia nesses casos.

Percebe-se do texto que há um critério muito bem definido do que seja

uma obrigação a ser paga do que seja um descumprimento bem definido do

que seja o depositário infiel e o não cumprimento da prestação alimentícia.

Em outro ponto aborda a conexão entre as decisões do STF e do STJ,

além dos Princípios da Proporcionalidade e Dignidade Humana. O fato é que o

texto é ameno no que tange o posicionamento da autor. Advoga-se, outrossim,

Page 18: JURISDIÇÃO NO ESTADO CONSTITUCIONAL - Direito do … · 2 parte i - fichamento dos textos texto i - motivaÇÃo e fundamentaÇÃo das decisÕes judiciais e o princÍpio da seguranÇa

15

um posicionamento mais agressivo por parte deste, no sentido de exarar aos

leitores sua opinião, idéias e outros. O ideal é que este texto colocasse uma

opinião crítica sobre o assunto, qual seja, decretar sim a prisão civil por dívida,

quer no caso de descumprimento de prestação alimentícia (principalmente),

quer no descumprimento do contrato de depositário fiel. Assim, advoga-se uma

posição mais rígida, não só do STF, mas também do STJ, porque se tem

percebido uma exagerada “flexibilização” por parte destes órgãos, flexibilização

esta que está desamalgamando a estrutura do ordenamento jurídico nacional e

esgarçando o tecido social deste pais. Leis precisam ser cumpridas. De nada

adianta ter-se as melhores legislações do mundo se não são devida e

corretamente aplicadas por quem de direito. Veja-se o caso de todos os

políticos nacionais.

Page 19: JURISDIÇÃO NO ESTADO CONSTITUCIONAL - Direito do … · 2 parte i - fichamento dos textos texto i - motivaÇÃo e fundamentaÇÃo das decisÕes judiciais e o princÍpio da seguranÇa

16

PARTE II - DISSERTAÇÕES LIVRES

1 PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO

Há que se destacar, inicialmente, o conceito de princípio que pode ser

estendido, axiologicamente, como pilar de sustentação, ou também como

sendo um verdadeiro dogma, algo que deve ser aceito como sendo verdade,

sem discussão, algo completo, total, universal. Parafraseando a Ciência

Matemática, os conceitos primitivos de ponto, reta e plano devem ser aceitos

como sendo verdades universais, verdades que não admitem nenhum tipo de

discussão e/ou contradição. No que tange ao outro conceito, o grau de

jurisdição, este deve ser entendido como sendo uma parcela do poder do

Estado (Democrático) de Direito. A jurisdição é, em outras palavras, o “dizer o

Direito”; é o exarar uma determinada sentença ou decisão interlocutória,

abrangendo também os despachos propriamente ditos e os despachos

meramente administrativos do magistrado. O conceito de duplo grau invoca a

necessidade de um processo qualquer ser revisto por um grupo de pessoas

que, teoricamente, detêm maior experiência prática – os Doutos Senhores

Desembargadores. Isto deve ocorrer porque um determinado juiz singular pode

perceber, devido ao elevado volume de trabalho a que está sempre sendo

submetido, de forma errônea os problemas de uma determinada lide. Errar é

humano e o juiz é humano. Logo, o juiz também erra. Evidentemente que a

decisão de um juiz singular não pode – e não deve – ser definitiva ou

terminativa com julgamento do mérito. Para que isto não prejudique o bom

andamento da justiça, faz-se mister a existência de uma espécie de “controle

de qualidade” das decisões exaradas pelo juiz singular, uma vez que isto é a

garantia da própria segurança do ordenamento jurídico ou do também

cognominado sistema jurídico. No sistema constitucional brasileiro há, por isto,

a possibilidade de se interpor recurso (recursus = novo curso, nova verificação,

nova avaliação) para uma terceira ou quarta categorias de “revisores”, os

chamados membros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo

Tribunal Federal (STF), respectivamente. Não se pode olvidar, também dos

respectivos Tribunais Superiores Eleitoral (TSEs) e do Trabalho (TSTs). O

Page 20: JURISDIÇÃO NO ESTADO CONSTITUCIONAL - Direito do … · 2 parte i - fichamento dos textos texto i - motivaÇÃo e fundamentaÇÃo das decisÕes judiciais e o princÍpio da seguranÇa

17

problema disto tudo é que a variável intertemporal tem se mostrado

extremamente dilatada e, muitas vezes, ainda que se faça a cognominada

justiça, esta vem tarde demais, em nítido confronto com a eficiência, eficácia e

efetividade, tudo isto contrariamente ao propugnado pelo Artigo 5o., inciso

LXXVIII da Constituição Federal, inovação introduzida pela respectiva Emenda

Constitucional número 45, de 2004.

2 A LEGITIMIDADE DA DECISÃO E A NECESSIDADE DA PUBLICIDADE E DA MOTIVAÇÃO

No que tange à legitimidade da decisão e da necessidade de aplicação

dos princípios de publicidade e da motivação a um determinado problema,

questão ou lide processual, quer civil ou não, em busca do “decisum”, tudo isto

é um complexo processo cognoscitivo que busca sempre o “status” de legítimo,

razão pela qual a decisão torna-se complexa. Para que tal ocorra, faz-se mister

que haja um relatório, uma outra parte cognominada de dispositiva, alicerçadas

em uma poderosa fundamentação legal. O que é legítimo deve estar amparado

na lei, levando-se em consideração não somente ela própria em sua forma

despida, mas também e, principalmente, todo um conjunto probatório de

informações psicológicas, sociológicas, políticas, econômicas, ideológicas,

axiológicas que envolve todo e qualquer caso e/ou inquietação jurídica. Posto

isto, cabe destacar que o “decisum” envolve a motivação, a fundamentação e a

própria “ratio dedidendi”. Isto faz lembrar as idéias de Immanuel Kant ao

manifestar seu pensamento acerca dos juízos “a priori” e “a posteriori”. Em

suma, pode-se afirmar que a necessidade de uma forte correlação entre

publicidade ou transparência e da motivação com a legitimidade da decisão

deve ocorrer. Os princípios da publicidade e da motivação, vale dizer, estão

centrados/respaldados na Constituição Federal e isto precisa estar/ser em

qualquer decisão legítima exarada, quer por um juiz singular, quer por um

colegiado de desembargadores da capital ou da Capital Federal. Finalmente,

cabe destacar que os dois princípios precisam estar contidos em toda e

qualquer decisão, sob pena de ilegitimidade e a existência de um procedimento

anti-democrático.

Page 21: JURISDIÇÃO NO ESTADO CONSTITUCIONAL - Direito do … · 2 parte i - fichamento dos textos texto i - motivaÇÃo e fundamentaÇÃo das decisÕes judiciais e o princÍpio da seguranÇa

18

BIBLIOGRAFIA

HIIL, Flávia Pereira. O jurisdicionamento e a aparente crise no princípio da coisa julgada. Revista Brasileira de Direito Constitucional, São Paulo, SP, n. 6, p. 10-22, 2005.

LAMY, Marcelo. Notas de aula de disciplina “Princípios Constitucionais do Processo” proferida de 16 ago. a 11 out 2007. Escola Superior de Direito Constitucional. São Paulo, SP.

NERY JÚNIOR; Nelson; NERY, Rosa Maria Barreto Borriello de Andrade. Código de Processo Civil Comentado e Legislação Extravagante. 7. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003. 1855p.

RUIZ, Ivan Aparecido. A prisão civil por dívida e os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da proporcionalidade. Revista Brasileira de Direito Constitucional, São Paulo, SP, n. 5, p. 243-263, 2005.

SOUZA, Carlos Aurélio Moda de. Motivação e fundamentação das decisões judiciais e o princípio da segurança jurídica. Revista Brasileira de Direito Constitucional, São Paulo, SP, v. 2, n. 7, p. 355-376, jun/jul. 2006.