folha do cjf 55 · pesquisas completas, classificadas por nomes de magistrados, movi-mentação...

18
As questões foram abordadas no Seminário Subtração Internacional de Menores, realizado no CJF, em dezembro. E mais: II Encontro Executando a Estratégia estabelece projetos e diretrizes para a Justiça Federal. Conheça também as principais decisões do Colegiado do CJF e as metas definidas para a Justiça Federal em 2018. Especialistas discutem interpretação e aplicação das convenções internacionais no âmbito da Conferência da Haia CJF Folha do 55 Informativo do Conselho da Justiça Federal - novembro e dezembro de 2017

Upload: vuongdang

Post on 13-Oct-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Folha do CJF 55 · pesquisas completas, classificadas por nomes de magistrados, movi-mentação processual, jurisdição, lo-calização e competência das unida-des judiciais. Segundo

As questões foram abordadas no Seminário Subtração Internacional de Menores, realizado no CJF, em dezembro.

E mais: II Encontro Executando a Estratégia estabelece projetos e diretrizes para a Justiça Federal.

Conheça também as principais decisões do Colegiado do CJF e asmetas definidas para a Justiça Federal em 2018.

Especialistas discutem interpretação e aplicação das convenções internacionais no âmbito da Conferência da Haia

CJFFolha do

55Informativo do Conselho da Justiça Federal - novembro e dezembro de 2017

Page 2: Folha do CJF 55 · pesquisas completas, classificadas por nomes de magistrados, movi-mentação processual, jurisdição, lo-calização e competência das unida-des judiciais. Segundo

Folha do CJF

2

Resolução do CJF institui Sistema de Mapeamento da Justiça Federal

O Conselho da Justiça Federal (CJF) aprovou, na sessão do dia 12 de dezembro, a Resolução de núme-ro CJF-RES-2017/00473, instituindo o Sistema de Mapeamento da Justiça Federal (Sismapa), que reúne dados geográficos e informativos da JF em todo o País. A ferramenta, já em fase de testes, tem o objetivo de disponi-bilizar ao público informações para pesquisas completas, classificadas por nomes de magistrados, movi-mentação processual, jurisdição, lo-calização e competência das unida-des judiciais.

Segundo lembrou o relator da matéria em seu voto, conselheiro Thompson Flores, o Sismapa foi criado em conformidade com o pro-jeto estratégico nacional Implanta-ção de Sistemas Eletrônicos de Ges-tão Integrados (Segi), “cujo escopo previa a criação de instrumentos de prestação de contas à sociedade so-bre as atividades da Justiça Federal, com dados plenamente recuperáveis

e permanentemente atualizados”. O sistema foi então desenvolvido pela Secretaria de Tecnologia da Infor-mação (STI) do CJF, sob a orien-tação da Secretaria de Estratégia e Governança (SEG) do Conselho e em parceria com os Tribunais Re-gionais Federais (TRFs).

A resolução aprovada normatiza a instituição e implantação do Sis-mapa, estabelecendo que a ferra-menta disponibilizará informações sobre: identificação das unidades judiciárias; municípios sedes de jurisdição; órgãos judicantes; com-petência jurisdicional; nomes dos magistrados em exercício na uni-dade judiciária; nome do diretor de secretaria; jurisdição territorial; localização da unidade judiciária; movimentação processual (casos novos, baixados e pendentes); índi-ce de atendimento à demanda (bai-xados/casos novos); e quantitativo de processos sobrestados, suspensos ou em arquivo provisório.

De acordo com o normativo, a Secretaria de Estratégia e Gover-nança do CJF será a responsável pela gestão do Sismapa e as manu-tenções corretivas e evolutivas do sistema ficarão a cargo da Secreta-ria de Tecnologia da Informação. Já os TRFs deverão garantir o envio constante e tempestivo dos dados, de modo a permitir a divulgação atual e confiável das informações; informar sobre todas as unidades sob sua jurisdição; manter a presi-dência do Conselho da Justiça Fe-deral informada, em até 90 dias, so-bre os procedimentos adotados para validação ou correção dos dados constantes no sistema; e alimentar mecanismos de atualização de in-formações para garantir a fidedigni-dade dos dados.

O Sismapa será disponibiliza-do no site do Conselho da Justiça Federal e dos Tribunais Regionais Federais.nProcesso nº CJF-ADM-2017/00342

Plenário do Conselho da Justiça Federal

Page 3: Folha do CJF 55 · pesquisas completas, classificadas por nomes de magistrados, movi-mentação processual, jurisdição, lo-calização e competência das unida-des judiciais. Segundo

novembro e dezembro de 2017

3

Alterado Plano de Obras Consolidado da Justiça Federal

Na sessão de julgamentos de 14 de novembro, em Brasília, o Conse-lho da Justiça Federal (CJF) modifi-cou o Plano de Obras Consolidado da Justiça Federal, exercício 2017, para adequar as instalações dos edifícios--sede das Subseções Judiciárias de Goiana e de Garanhuns, ambas em Pernambuco. O pedido de alteração partiu do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5).

A Resolução CJF nº 179, de 2011, define a competência de cada TRF para elaborar e aprovar o respectivo plano de obras regional. O documen-

to deve ser encaminhado ao Plenário do Conselho, que vai decidir sobre a conveniência da execução de cada obra ou aquisição de imóvel. Depois disso, é feita a inclusão nas propostas orçamentárias anual e plurianual.

A relatoria do processo ficou a cargo da presidente do CJF, ministra Laurita Vaz. Segundo ela, a Subse-cretaria de Planejamento de Obras da Justiça Federal e Manutenção Predial destacou que a proposta tra-zida pelo TRF5 cumpre os critérios de admissibilidade estipulados pelas normas vigentes e está em harmonia

com a estratégia da Justiça Federal. A ministra apontou, na decisão, que os recursos necessários para a exe-cução das duas ações orçamentárias já foram descentralizados para a Justiça Federal de Pernambuco. As-sim, seguindo a relatora, o Plenário do CJF ratificou o custo total do pe-dido do TRF5, com um incremento de R$ 864 mil.

Desse modo, o Plano de Obras Consolidado da Justiça Federal pas-sará de R$ 713.335.318,02 para R$ 714.199.790,00.nProcesso nº CJF-EOF-2015/00134

Page 4: Folha do CJF 55 · pesquisas completas, classificadas por nomes de magistrados, movi-mentação processual, jurisdição, lo-calização e competência das unida-des judiciais. Segundo

Folha do CJF

4

Vara Federal de Itapeva será remanejada para a Subseção Judiciária de Sorocaba

O Conselho da Justiça Federal (CJF) aprovou, na sessão de 14 de novembro, o remanejamento da 1ª Vara-Gabinete do Juizado Especial Federal da Subseção de Itapeva para a Subseção de Sorocaba, ambas no Estado de São Paulo. A mudança está regulamentada pelo Anexo I da Resolução n.º 102 de 2014. O pedido de alteração de localização da vara foi feito pela presidência do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região à Corregedoria-Geral da Justiça Federal.

No processo, o TRF3 relatou que, em 2015, a 1ª Vara-Gabinete de Jui-zado Especial Federal (JEF) de So-rocaba foi transformada em 4ª Vara Federal Cível, e o município passou a contar apenas com a 2ª Vara-Gabinete de JEF para atender toda a demanda

da região. Com isso, a distribuição na única Vara-Gabinete saltou de uma média anual de 5 mil para 11 mil pro-cessos. O número é 175% superior à média verificada para a 3ª Região.

Ao analisar a matéria, o corre-gedor-geral, ministro Raul Araújo, levou em consideração os números apresentados pelo TRF3 e a reali-dade da Justiça Federal em Itape-va. Segundo o relator, o municí-pio possui uma Vara Mista e uma Vara-Gabinete de JEF. De 2015 a 2016, a Vara-Gabinete de Itape-va apresentou demanda anual de 1.384 processos – 66% inferior à média da 3ª Região e 88% inferior à de Sorocaba.

“A Assessoria de Estatística concluiu que é recomendável o re-manejamento da 1ª Vara-Gabinete

do JEF de Itapeva para a Subseção Judiciária de Sorocaba. Ademais, a precípua finalidade é buscar a con-cretização da garantia de razoável duração do processo, além de fran-quear, na maior medida possível, o acesso à prestação jurisdicional pela população”, ressaltou o magistrado em seu voto.

O corregedor votou pelo aten-dimento do pedido do Tribunal Regional Federal e a alteração da localização e designação da 1ª Va-ra-Gabinete do Juizado Especial Fe-deral de Itapeva para Sorocaba, que passará a ser designada 1ª Vara-Ga-binete do Juizado Especial Federal da Subseção Judiciária de Sorocaba. O voto foi seguido por todos os con-selheiros presentes.nProcesso nº CJF–PPN-2017/00018

Page 5: Folha do CJF 55 · pesquisas completas, classificadas por nomes de magistrados, movi-mentação processual, jurisdição, lo-calização e competência das unida-des judiciais. Segundo

novembro e dezembro de 2017

5

Ministra Laurita Vaz empossa novos ministros para integrar o Colegiado do CJF

O Conselho da Justiça Federal (CJF) realizou a cerimônia de posse dos novos integrantes do Colegiado no início da sessão ordinária de 14 de novembro. Assumiram funções no CJF os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Isabel Gallotti e Sebastião Reis Júnior, nos cargos de membro efetivo e su-plente, respectivamente.

No discurso de homenagem aos novos conselheiros, a presidente do CJF, ministra Laurita Vaz, disse que era uma honra receber os colegas do STJ para compor o órgão regulamen-tador da Justiça Federal. “Os ilustres magistrados são reconhecidos no STJ pela excepcional capacidade de trabalho de ambos, pelo apurado senso de Justiça, e pelo espírito de colaboração que este Conselho tanto valoriza [...] Impende ressaltar a gra-ta satisfação em receber esses novos integrantes do CJF, órgão que ganha-rá muito com a experiência, sabedo-ria e a virtude de cada um deles”, ressalta a presidente do CJF.

Quem também se manifestou foi o corregedor-geral da Justiça Federal, ministro Raul Araújo. “Quero dar as boas-vindas aos eminentes ministros e parabenizar o Colegiado, que fica enriquecido pelo ingresso de Vossas Excelências. Destacando a ministra

titular, Isabel Gallotti, trata-se de jul-gadora das mais qualificadas e dotada de elevado espírito público, com den-so conhecimento jurídico e de apu-rada técnica e notória sensibilidade. Sua chegada acresce a participação feminina no CJF, tornando-o mais de-mocrático e representativo. [...] Nós estamos muito felizes em receber a ministra como integrante titular des-te Colegiado, e também pela chegada do conselheiro suplente”.

Agradecendo o apoio e a acolhi-da dos demais integrantes do CJF, a ministra Isabel Gallotti afirmou que vai honrar a confiança dos colegas e que irá desempenhar com afinco todas as atividades que lhe forem imputadas. “É uma grande hon-ra estar nesse órgão, que congrega todas as regiões da nossa Justiça Federal e que tem importância ím-par no planejamento estratégico, na supervisão administrativa, e no en-grandecimento da Justiça Federal. Portanto, é relevantíssima a missão deste Conselho. Me sinto muito fe-liz e muito confortada de estar aqui, entre colegas, entre amigos, e me permite reviver fase importantíssi-ma da minha vida. Agradeço e con-to com a colaboração de todos que possam me ajudar nessa missão, que para mim é nova, do ponto de

vista administrativo, mas que espe-ro correspondê-la”, disse a ministra.

Nova posseJá na sessão de 12 de dezembro,

a ministra Laurita Vaz deu posse ao ministro do STJ Villas Bôas Cueva como membro suplente do órgão. “Conhecido pelo amplo saber jurídi-co, pela vasta experiência internacio-nal, e pela disposição para colaborar, tenho a convicção de que desempe-nhará com todo destaque as funções. Sua experiência como jurista e ma-gistrado permite-me dizer que trará contribuições valiosas ao nosso Co-legiado”, disse a presidente.

O Colegiado do CJF é compos-to por oito ministros do STJ, eleitos para um mandato de dois anos: cinco como membros efetivos e três como suplentes, além dos presidentes dos cinco Tribunais Regionais Federais, com mandato de dois anos, que são substituídos pelos vice-presidentes em caso de faltas ou impedimentos.

A presidência e a vice-presidên-cia do CJF são exercidas, respectiva-mente, pelo presidente e pelo vice--presidente do STJ, membros natos. O mais antigo dos outros três minis-tros eleitos para o Conselho exerce a função de corregedor-geral da Justi-ça Federal.n

Page 6: Folha do CJF 55 · pesquisas completas, classificadas por nomes de magistrados, movi-mentação processual, jurisdição, lo-calização e competência das unida-des judiciais. Segundo

Folha do CJF

6

Novo volume da Série Monografias é publicado pelo CEJ

O Volume 28 da Série Monogra-fias do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) do Conselho da Justiça Fede-ral (CJF) traz a dissertação de mes-trado defendida pela juíza federal titular da 15ª Vara Federal do Rio de Janeiro, Carmem Sílvia Lima de Ar-ruda, orientada pelo desembargador federal Ricardo Perlingeiro.

A obra O equilíbrio entre o meio ambiente saudável e desenvolvimen-to sustentável, 4ª colocada no Edital 2016, parte da premissa de que tanto o direito ao meio ambiente saudável e equilibrado quanto o direito ao de-senvolvimento, foram reconhecidos como direitos humanos inalienáveis na categoria de direitos de terceira geração, pela Conferência das Na-ções Unidas sobre Mudanças Cli-máticas ocorrida em 2015, em Paris, ratificada pelo Brasil.

Considerando que tais direitos foram expressamente consagrados no ordenamento jurídico brasileiro como princípio constitucional, bus-ca-se examinar os princípios que os informam e o aparente antagonismo existente.

É crescente o número de casos envolvendo direito ambiental em ações individuais e coletivas, lidan-do com interesses públicos e priva-dos, que somente poderão ser diri-midos com o emprego de técnicas sofisticadas de julgamento, especial-mente a ponderação dos princípios fundamentais, com o emprego da ra-zoabilidade e da proporcionalidade.

O grande desafio do Poder Judi-ciário brasileiro é encontrar soluções satisfatórias, legítimas e justas para esses casos, sob pena de virem a ser questionados perante a Corte Intera-mericana de Direitos Humanos, como vem atualmente ocorrendo no caso da construção da Usina Belo Monte.

Leia a íntegra da publicação no portal do CJF, na área do Centro de Estudos Judiciários.n

Page 7: Folha do CJF 55 · pesquisas completas, classificadas por nomes de magistrados, movi-mentação processual, jurisdição, lo-calização e competência das unida-des judiciais. Segundo

novembro e dezembro de 2017

7

VIII Workshop sobre o Sistema Penitenciário Federal é encerrado em Brasília

O Centro de Estudos Judiciá-rios do Conselho da Justiça Federal (CEJ/CJF) promoveu, nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, o VIII Workshop sobre o Sistema Peniten-ciário Federal, em Brasília. Durante o encontro, autoridades dos Poderes Judiciário e Executivo e do Depar-tamento Penitenciário Nacional (De-pen) debateram políticas capazes de produzir resultados satisfatórios para o problema carcerário.

A presidente do CJF, ministra Laurita Vaz, destacou a necessida-de do aperfeiçoamento contínuo das práticas de segurança nos presídios federais e salientou que o modelo dessas unidades pode contribuir para o sistema carcerário em todo o País. “Há décadas, os presídios no Brasil são verdadeiras escolas do crime. O Sistema Penitenciário Federal, com apenas 10 anos de existência, em-bora insuficiente e com muitas difi-culdades, representa um contraponto para mostrar que somos capazes de administrar bem e proteger a socie-dade de presos potencialmente peri-gosos”, disse ela.

Para o corregedor-geral da Justi-ça Federal e diretor do CEJ, ministro Raul Araújo, as discussões trazidas ao Workshop podem contribuir com modelos de ressocialização mais condizentes com os anseios da so-ciedade. “Ao laborar na busca do aprimoramento das ações inerentes

ao Sistema Penitenciário Federal procura-se solucionar um dos mais graves problemas que o Brasil en-frenta: o da Segurança Pública”, afir-mou o magistrado.

O coordenador científico do even-to e corregedor da Penitenciária Fe-deral de Mossoró (RN), juiz federal Walter Nunes da Silva Júnior, revelou que um dos principais desafios é en-contrar soluções para coibir ordens de líderes de facções criminosas ao am-biente externo. Segundo ele, as fac-ções criminosas surgiram dentro dos presídios estaduais e fizeram desses os seus escritórios. “Curiosamente, o ambiente carcerário é indispensável para o estabelecimento e desenvol-vimento das relações de poder destas organizações”, afirmou.

Também participaram do encon-tro o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Mora-es, o ministro da Justiça Torquato Jardim, o defensor público-geral fe-deral, Carlos Eduardo Barbosa Paz, entre outras autoridades.

Debates e visitas-técnicasDurante o VIII Workshop, foram

debatidos temas como a jurispru-dência do STJ sobre o Sistema Pe-nitenciário Federal; a permanência de presos nessas unidades sob a óti-ca dos órgãos de inteligência e dos corregedores judiciais; a inclusão das mulheres, idosos, pessoas com

doença ou deficiência física; visitas íntimas; processos de extradição; ex-pansão do sistema; e a identificação genética dos custodiados incluídos no Sistema Penitenciário Federal.

No dia 29 de novembro, inspe-cionaram a recém-construída peni-tenciária federal de Brasília, dentro do complexo da Papuda, os minis-tros do Superior Tribunal de Justiça Ribeiro Dantas, Antonio Saldanha, Sérgio Kukina, Sebastião Reis Jú-nior e Isabel Gallotti. Encerrando a programação, no dia 1º de dezem-bro, foi realizada nova visita-téc-nica na unidade. No local, os par-ticipantes tiveram orientações sobre os procedimentos padronizados de segurança e explicações sobre o funcionamento e a rotina das peni-tenciárias federais.

A diretora do Sistema Peniten-ciário Federal, Cíntia Rangel As-sumpção, falou sobre a relevância de os visitantes conhecerem a infra-estrutura do ambiente penal com o qual irão trabalhar. “Terminar com a visita na penitenciária é dar a ma-terialidade a todos os temas abor-dados e discutidos durante o VIII Workshop do Sistema Penitenciário Federal, permitindo a ampliação de abordagens e perspectivas aos inúmeros atores que protagonizam e estão envolvidos no processo de execução penal, como juízes, pro-motores de Justiça e defensores pú-blicos”, asseverou.

Entre as autoridades presentes no dia 1º estiveram o ministro do STJ Reynaldo Soares da Fonseca, o subprocurador-geral da República Roberto Luís Oppermann Thomé, o secretário-geral do Conselho, juiz fe-deral Cleberson José Rocha, e a dire-tora-geral do CJF, Eva Maria Ferreira Barros. Também participaram magis-trados, procuradores, defensores-pú-blicos e agentes da Polícia Federal.n

Page 8: Folha do CJF 55 · pesquisas completas, classificadas por nomes de magistrados, movi-mentação processual, jurisdição, lo-calização e competência das unida-des judiciais. Segundo

8

Folha do CJF

Juristas discutem diferenças e semelhanças entre Justiças Federais das Américas

Estudar as diferenças e semelhan-ças entre as Justiças Federais do Bra-sil, Argentina e Estados Unidos. Esse foi o principal objetivo do Seminário Perspectiva da Justiça Federal, uma visão internacional, promovido pelo Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal (CEJ/CJF), no dia 11 de dezembro, em Fortaleza (CE). O evento foi reali-zado na sede da Justiça Federal do Ceará, com o apoio do Tribunal Re-gional Federal da 5ª Região (TRF5) e da Escola de Magistratura Federal da 5ª Região (Esmafe).

Os debates ficaram por conta dos juízes federais Patricio Maraniello, da Argentina, Peter Messitte, dos Estados Unidos, que apresentaram a história, a evolução e os desafios da Justiça Federal em seus países de origem. Os magistrados foram re-cebidos no seminário pelo correge-dor-geral da Justiça Federal e diretor do CEJ, ministro Raul Araújo; pelo vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do CJF, ministro Humberto Martins; pelo ministro Sérgio Kukina, do STJ; pelo presi-dente do TRF5, desembargador fe-deral Manoel Erhardt; pelo diretor da Esmafe, Edilson Nobre; pelo juiz federal Eduardo Vilar, diretor do Foro da Seção Judiciária do Ceará; e pela desembargadora Maria Nail-de Pinheiro Nogueira, presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Participaram do seminário, também, desembargadores, juízes federais, advogados, servidores e estudantes de Direito.

A partir do tema A Justiça Fede-ral, histórico e evolução, desafios para a próxima década, Peter Mes-site falou sobre a organização judi-ciária nos Estados Unidos, composta por 700 juízes federais e 12 Tribunais de Circuito, que correspondem aos TRFs. Segundo o juiz americano,

assim como no Brasil, a Justiça Fe-deral dos EUA julga causas relativas à União e suas instituições. Contudo, relatou Messite, os juízes federais norte-americanos lançam mão das leis estaduais para julgar, consideran-do que cada estado tem seus códigos próprios. “Dificilmente um juiz ame-ricano terá menos de 40 anos e seu exercício é por mandato, não é uma opção de carreira”, contou, lembran-do que assim como no Brasil, tem-se buscado qualificar e agilizar a trami-tação de processos administrativos e jurídicos, visando, sobretudo, a redu-ção de custos públicos.

Já Patricio Maraniello dividiu a história da Justiça Federal na Ar-gentina em duas etapas: pré-consti-tucional e constitucional. O magis-trado informou que a Suprema Corte argentina começou a funcionar em 1863 com cinco ministros, número que, historicamente, vem se manten-do até hoje, com algumas alterações em sua composição, de acordo com o governo do período. “A escolha de ministros é eminentemente política e alguns presidentes elegem um núme-ro maior, visando ter maioria na Cor-te Suprema”. O juiz explicou, ainda, que o mapa judicial argentino divide a Justiça Federal em 17 distritos e 23 províncias, que têm jurisdição sobre regiões geográficas daquele país.

Em sua exposição, o presidente do TRF5 lembrou que a atual Consti-tuição Federal brasileira, promulga-da em 1988, já é a sétima na história

do País. “A Justiça Federal brasileira surgiu com a República [1889], con-tudo, com o golpe de 1937, surgiu a conhecida constituição ‘semânti-ca’, que extinguiu a Justiça Federal. Nesse período, as causas de interes-se da União passaram a ser julgadas pelos juízes dos Estados. Em 1946, foi promulgada outra Constituição, cujos textos criavam o Tribunal Fe-deral de Recursos, o que recriou a segunda instância da Justiça Federal. A reimplantação da primeira instân-cia da Justiça Federal no Brasil veio por meio do Ato Institucional nº 2, e, a partir de 1967, passou a ser exi-gido concurso público para ingresso na magistratura. O desembargador também destacou a criação dos Jui-zados Especiais Federais, por meio da Lei 10.259/01, que aproximou a Justiça Federal da população econo-micamente menos favorecida.

Encerrando o evento, o ministro Raul Araújo e o juiz federal argen-tino Patricio Maraniello assinaram o Convênio de Cooperação Institucio-nal entre o Centro de Estudos Judici-ários do Conselho da Justiça Federal e a Associação Argentina de Justiça Constitucional. A parceria visa à complementação e ao intercâmbio acadêmico para o desenvolvimento institucional, aumentando a capa-cidade docente e desenvolvendo a investigação científica, tecnológica, social e cultural.n

Com informações da Divisão de Comunicação do TRF5

Page 9: Folha do CJF 55 · pesquisas completas, classificadas por nomes de magistrados, movi-mentação processual, jurisdição, lo-calização e competência das unida-des judiciais. Segundo

9

novembro e dezembro de 2017

Aprovada a proposta de alteração em estrutura de Secretarias do CJF e Corregedoria-Geral

O Conselho da Justiça Federal (CJF) aprovou, na sessão do dia 12 de dezembro, proposta de alteração da estrutura das unidades da Secre-taria de Controle Interno (SCI), da Secretaria de Tecnologia da Infor-mação (STI) do CJF e da Secretaria da Corregedoria-Geral da Justiça Federal. O objetivo das mudanças, que preservam o padrão orgânico do CJF, é adequar a nomenclatura e a designação dos cargos e harmo-nizar os fluxos de trabalhos, impul-sionando a melhoria do resultado final dos serviços.

Em seu voto, a relatora, ministra Laurita Vaz, presidente do Conselho, explicou que a SCI passará a ser de-nominada Secretaria de Auditoria In-

terna, seguindo recentes decisões do Tribunal de Contas da União (TCU) e de normas expedidas pelo Conse-lho Nacional de Justiça (CNJ). Já a adequação na STI visa extinguir a Assessoria Técnica de Tecnologia da Informação (Astec/STI) para que os dois cargos de “Assessor B” passem a exercer suas atividades na Asses-soria Especial de Governança de TI, unidade administrativa que integrará o grupo de direção/chefia.

A alteração na Corregedoria-Ge-ral da Justiça Federal pretende criar o Setor de Procedimentos Técnicos, que exercerá atividades de apoio administrativo com a atribuição de acompanhar as metas, preparar o relatório anual de atividades, gerir

os sistemas informatizados, dentre outras. Outra mudança no órgão será a transformação de duas fun-ções comissionadas nível FC-2, de Assistente II, em uma de nível FC-5, de Supervisor de Setor, para a nova unidade.

Segundo destacou a ministra Lau-rita Vaz, todas as propostas de alte-rações passaram pela análise da Se-cretaria de Estratégia e Governança, da Assessoria Jurídica e da Secretaria de Gestão de Pessoas do Conselho, que não verificaram quaisquer óbices para o prosseguimento do feito ou in-cremento na despesa pública.

As mudanças foram aprovadas por unanimidade.nProcesso nº CJF-PPN-2016/00001

Cumprimento de autos de constatação é atribuição de oficiais de justiça

O cumprimento de autos de constatação é atribuição dos ofi-ciais de justiça. O entendimento foi firmado pelo Conselho da Justi-ça Federal (CJF), na sessão do dia 14 de novembro, em Brasília, em resposta ao questionamento da Fe-deração Nacional das Associações de Oficiais de Justiça Avaliadores Federais (Fenassojaf). O relator da matéria foi o ministro Raul Araújo, corregedor-geral da Justiça Federal.

No processo, a Fenassojaf alega-va que a designação de oficiais de justiça para a atividade é ilegal, por-que, segundo a entidade, os autos de constatação seriam, na verdade, lau-dos socioeconômicos, destinados à aferição do grau de miserabilidade das partes em ações envolvendo a concessão de benefício de presta-

ção continuada, regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Por isso, para a Federação, a atribuição seria privativa dos as-sistentes sociais.

No entanto, conforme argumen-tou o relator em seu voto, no cum-primento de outros mandados, os oficiais de justiça descrevem bens e os avaliam economicamente, ati-vidades semelhantes às de elabora-ção do auto de constatação. “A bem da verdade, os oficiais de justiça, por força do estatuído no Código de Processo Civil, já têm, entre suas atribuições, a de realizar ava-liações, conforme se vê dos artigos 154 e 872”, disse Raul Araújo.

O ministro ressaltou também que o cumprimento de mandados de constatação da existência de

algum bem ou patrimônio, para aferição de condição socioeconô-mica, não demanda conhecimen-tos técnicos exclusivos da área de serviços sociais, “uma vez que é feito através do comparecimento à residência do jurisdicionado para, mediante certidão dotada de fé pú-blica, certificar para o magistrado as condições do imóvel, os bens encontrados no local e os compo-nentes do núcleo familiar”.

O relator informou, ainda, que em pareceres sobre o assunto, a Se-cretaria de Gestão de Pessoas, por meio da Subsecretaria de Normati-zação e Orientações, e a Assessoria Jurídica do CJF opinaram contra o pedido da Fenassojaf. O voto foi se-guido pelos demais conselheiros.nProcesso nº CJF–PCO-2014/00171

Page 10: Folha do CJF 55 · pesquisas completas, classificadas por nomes de magistrados, movi-mentação processual, jurisdição, lo-calização e competência das unida-des judiciais. Segundo

Folha do CJF

10

Conselho aprova relatório final de auditoria no TRF1

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) possui boas prá-ticas administrativas nas áreas de controles internos administrativos, contratações de tecnologia da in-formação, licitações e contratos e pessoal. A conclusão consta do rela-tório final da auditoria realizada no órgão, pela Secretaria de Controle Interno do Conselho da Justiça Fe-deral (SCI/CJF), no período de 20 a 24 de março de 2017, aprovado pelo Colegiado do CJF, por unanimida-de, na sessão do dia 12 de dezem-bro, em Brasília.

A auditoria foi realizada no TRF1 por determinação da Portaria nº CJF-POR-2017/00069, de 2 de março de 2017, abrangendo as seguintes áreas: controles

Centro Nacional de Inteligência da Justiça Federal realiza primeira reunião

O Centro Nacional de Inteligên-cia da Justiça Federal realizou, no dia 21 de novembro, sua primeira reu-nião oficial, na sede do Conselho da Justiça Federal (CJF), em Brasília. O grupo, criado pela Portaria 369 de 2017, da Corregedoria-Geral, é res-ponsável pelo monitoramento e iden-tificação das demandas repetitivas ou com potencial de repetitividade, para a busca de soluções de conflitos mas-sivos ainda na origem, evitando a ju-dicialização indevida.

No encontro, o corregedor-geral da Justiça Federal, ministro Raul Araújo, foi apresentado ao traba-lho do Centro e conheceu as ideias já em discussão. As estratégias para viabilizar a instalação dos Centros Locais de Inteligência em cada Se-

ção Judiciária também foram deba-tidas na reunião.

O grupo analisou ainda a elabo-ração de seis notas técnicas sobre as-suntos relativos à melhoria da gestão das demandas repetitivas. Uma das notas, por exemplo, trata da unifor-mização das demandas relativas à concessão dos medicamentos antine-oplásicos. O material será apresen-tado ao grupo decisório do Centro Nacional em 2018.

Centros de InteligênciaO Centro Nacional e os Centros

Locais de Inteligência da Justiça Fe-deral foram instituídos pela Portaria 369, de 2017, da Corregedoria-Ge-ral da Justiça Federal, assinada em 19 de setembro de 2017. Conforme

o dispositivo, os centros devem mo-nitorar e racionalizar a identificação de demandas repetitivas ou com po-tencial de repetitividade, além de aperfeiçoar o gerenciamento de pre-cedentes. A ideia é estimular a reso-lução de conflitos massivos ainda na origem e, assim, evitar a judicializa-ção indevida.

O Centro Nacional é composto pelo grupo operacional, responsável pelos estudos, pesquisas e levanta-mento de dados sobre o fenômeno da explosão de processos, de de-mandas repetitivas e otimização de precedentes. As análises e conclu-sões são levadas ao grupo decisório, que analisará as medidas para tentar otimizar e harmonizar os julgamen-tos dos processos.n

internos administrativos, licitações e contratos, gestão de pessoas e o Manual de Contratações de Tecnologia da Informação (MCTI). Segundo explicou a presidente do CJF, ministra Laurita Vaz, relatora da matéria, uma auditoria anterior, em 2015, identificou 16 pontos a serem aperfeiçoados, entre eles, ausência de plano de trabalho, de estudos técnicos estimativos, de análise de riscos de contratações, de publicação de diretrizes para gestão de pessoas e de implementação de política de riscos.

Diante dos apontamentos, foram emitidas 23 recomendações para restabelecimento da conformidade na atuação administrativa. “As reco-mendações, em sua grande maioria,

envolvem orientações a serem ob-servadas em futuras contratações de bens e serviços, cujas providências para implementação já estão sendo realizadas pelo TRF 1”, relatou a mi-nistra Laurita Vaz em seu voto.

Na nova auditoria promovida este ano, completou a ministra, foi constatado que, das 23 recomenda-ções feitas, 11 já foram implementa-das pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região e 12 estão em proces-so de implementação, com o devido acompanhamento pela Secretaria de Auditoria Interna do órgão. “Pelo exposto, voto pela aprovação do re-latório final da auditoria realizada no TRF1”, finalizou a relatora.nProcesso nº CJF-ADM2016/00399.02

Page 11: Folha do CJF 55 · pesquisas completas, classificadas por nomes de magistrados, movi-mentação processual, jurisdição, lo-calização e competência das unida-des judiciais. Segundo

novembro e dezembro de 2017

11

CEJ começa a receber propostas de enunciados para a VIII Jornada de Direito Civil

O Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal (CEJ/CJF) começou a receber proposições de enunciados sobre temas relativos ao Direito Civil para a VIII Jornada de Direito Civil, que será realizada nos dias 26 e 27 de abril de 2018. Os interessados terão até 28 de fevereiro para enviar suas propostas, que serão avaliadas por comissões temáticas e depois selecionadas em plenária.

Nessa edição, cada autor poderá encaminhar até três proposições de enunciados e também uma proposta de reforma legislativa do Código Ci-vil, sobre tema controverso. As pro-postas devem ser enviadas por comis-são: Parte Geral; Responsabilidade Civil; Obrigações; Contratos; Direito das Coisas; Família e Sucessões; e Proposta de Reforma Legislativa.

A comissão científica da Jornada agrupará os verbetes selecionados por temas, tomando por base os ar-tigos legais referidos, encaminhan-do-os às comissões de trabalho, que serão presididas por ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A coordenação geral do evento ficará a cargo do corregedor-geral da Justiça Federal e diretor do CEJ, ministro Raul Araújo.

As proposições aprovadas pelas comissões serão levadas à plenária de encerramento, em 27 de abril, para votação. Os enunciados apro-vados na Jornada serão publicados e as propostas de reforma legislativa serão encaminhadas ao Congresso Nacional. Os interessados devem enviar as propostas por meio de for-mulário disponível na área do CEJ, no portal do CJF.

A VIII Jornada de Direito Civil conta com o apoio do Superior Tribu-nal de Justiça (STJ), da Escola Nacio-nal de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) e da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).

Jornadas

Desde 2002, o Conselho promove as Jornadas de Direito Civil, como parte de suas funções de aperfeiçoamento da Justiça Federal. Por meio do debate entre magistrados, professores, representantes das diversas carreiras jurídicas e estudiosos do Direito Civil, já foram aprovados 612 enunciados, que hoje servem como referencial para a elaboração de decisões, peças processuais, estudos e publicações so-bre a matéria. Os entendimentos tratam de diferentes aspectos, desde questões relativas à adoção de filhos e ao regime de bens no casamento, até o registro de sociedades comerciais, indenizações decorrentes de responsabilidade civil e cobrança de dívidas.

Os enunciados aprovados nas sete Jornadas já realizadas estão disponíveis para consulta no site do CJF, na página do Centro de Estudos Judiciários.n

Até 28/2/2018

Page 12: Folha do CJF 55 · pesquisas completas, classificadas por nomes de magistrados, movi-mentação processual, jurisdição, lo-calização e competência das unida-des judiciais. Segundo

Folha do CJF

12

Subtração internacional de menores é discutida em seminário no CJF

Especialistas se reuniram no dia 4 de dezembro, em Brasília, para os debates do Seminário Subtra-ção Internacional de Menores. O evento, que ocorreu na sede do Conselho da Justiça Federal (CJF), fomentou o debate sobre a inter-pretação e a aplicação efetiva das convenções internacionais elabo-radas no âmbito da Conferência da Haia relativos à matéria. Foram discutidas questões como respon-sabilidade internacional do Brasil no cumprimento da Convenção e obrigação de retorno imediato da criança conforme o tratado.

Ao abrir os trabalhos, o vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do CJF, ministro Humberto Martins, explicou que a Convenção da Haia, de 1980, sob os aspectos civis do sequestro internacional de crianças e, também, a Convenção Interamericana, de 1989, sobre a restituição internacional de menores, “são tratados que têm por objetivo proteger o bem-estar, a garantia e a proteção de crianças em situação de ruptura familiar e que foram deslocadas de forma abrupta de seus países de residência

habitual, ou que estejam sendo retidas sem autorização de um dos pais em outro país, buscando retorno imediato e seguro do menor ao país de residência habitual”.

Já o coordenador científico do encontro, ministro do STJ Ricardo Villas Bôas Cueva, destacou a re-levância da discussão sobre o tema subtração internacional. “Esse even-to tem importância bastante singular porque ele marca, talvez, o ponto de inflexão na interpretação e aplicação da Convenção de Haia. Como todos sabemos ela é um instrumento de cooperação internacional, de cará-ter processual, e tem por finalidade assegurar o retorno de crianças ili-citamente transferidas para qualquer Estado contratante, ou que neles estejam retidas indevidamente. [...] Para isso, os Estados devem se valer de procedimentos de urgência”, dis-se o ministro.

Para a desembargadora federal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) Mônica Sifuentes, também coordenadora científica do seminário, a questão da resolução dos casos no menor tempo possível deve ser priorizada, a fim de evitar

desgastes psicológicos decorren-tes do estabelecimento de vínculos afetivos. “Um dos pontos chave da Convenção da Haia, de 1980, reco-nhecidamente, tem sido o tempo. O Brasil ainda, infelizmente, não con-seguiu alcançar o tempo ideal para cumprimento dessa convenção, de modo a atingir o melhor interesse da criança”, afirmou.

DiscussõesA conferência de abertura do se-

minário, com a presidência do mi-nistro do STJ Gurgel de Faria, foi realizada pela juíza norte-americana Mary Sheffield, do Tribunal Federal de Apelações dos Estados Unidos e integrante da Rede Internacional de Juízes de Haia. Sheffield salientou que casos de subtração são mais co-muns do que se imagina, com cerca de 10 mil registros por ano. “Como juíza, observo que os casos de cus-tódia de menores são bastante de-licados, pois a decisão do tribunal vai trazer impactos para toda a vida da criança. Daí a necessidade de um arcabouço legal para a resolu-ção dos processos de forma rápida”, disse ela.

Page 13: Folha do CJF 55 · pesquisas completas, classificadas por nomes de magistrados, movi-mentação processual, jurisdição, lo-calização e competência das unida-des judiciais. Segundo

novembro e dezembro de 2017

13

A magistrada lembrou que a con-venção define o prazo de seis sema-nas para que haja uma decisão final, a fim de minimizar os danos psico-lógicos da criança que sofre com tal situação, porém, afirmou que o uso excessivo de recursos judiciais para protelar o retorno da criança dificul-ta o processo de readaptação no país de origem. Sheffield alertou que o Poder Judiciário deve estar prepa-rado para lidar com esses casos de forma célere. “O atraso na resolu-ção desses casos atrapalha não só o desenvolvimento da criança, mas também de toda a família”, con-cluiu ela.

Outro tema debatido foi o direito de visitas e boas práticas na agili-zação do cumprimento da Conven-ção da Haia. A mesa do painel foi presidida pelo ministro Campbell Marques, do Superior Tribunal de Justiça. Um dos participantes, o de-sembargador Guilherme Calmon, do TRF da 2ª Região, destacou em sua exposição que, ao tratar dos ca-sos, “é preciso distinguir o direito de visita estabelecido na Conven-ção do direito de visita do Código Civil brasileiro”.

A advogada da União e coorde-nadora da Autoridade Central Ad-ministrativa Federal, Natalia Camba Martins, ressaltou que o direito do menor à convivência familiar ampla sempre deve ser priorizado na regu-

lamentação do direito de acesso (vi-sitas transnacionais). Já a psicanalis-ta perita em Vara de Família Renata Bento lembrou de casos analisados em seu consultório para convidar à reflexão sobre a necessidade de tra-tar o direito de visita como direito de convivência, uma vez que “pai e mãe não podem ser considerados como visita”. A especialista apresen-tou ainda frases comuns ditas por crianças e adolescentes atingidas di-retamente por processos traumáticos de alienação parental.

Palestra A palestra de encerramento foi

proferida pelo ministro do STF Gil-mar Mendes. Para o magistrado, a principal discussão sobre a subtração internacional de menores no Brasil atualmente deve ser sobre o cum-primento aos tratados firmados pelo país, baseados em relações de reci-procidade que fazem parte de “um programa civilizatório”. Por isso, conforme o ministro, é indispensá-vel pensar em medidas de organiza-ção e procedimento para assegurar que os acordos elaborados no âmbito da Convenção da Haia sejam efeti-vamente cumpridos. “Do contrário, parecemos os párias no universo das relações. Exigimos o cumprimento desse pacto, obtemos êxito, mas não conseguimos conferir reciprocidade. Quando o fazemos, é com muita len-

tidão por razões de difícil justifica-ção”. Também compuseram a mesa de encerramento do evento os coor-denadores científicos do seminário, ministro Ricardo Villas Boas Cuêva e a desembargadora federal Mônica Sifuentes, e o juiz federal Fernando Mattos, membro do Conselho Na-cional de Justiça (CNJ).

EncerramentoAo agradecer a presença de todos

e a participação dos palestrantes e debatedores, o corregedor-geral da Justiça Federal, ministro Raul Araú-jo, coordenador-geral do seminário, ressaltou a importância do tema, se-gundo ele, um dos mais sensíveis no Brasil e no mundo. “A maioria dos casais, quando do desfazimento de suas uniões, infelizmente, não cuida de excluir de seus conflitos os filhos, que acabam, muitas vezes, traumati-zados, resultando, em alguns casos, até em subtração internacional de menores”, avaliou.

O Seminário Subtração Interna-cional de Menores foi realizado pelo Centro de Estudos Judiciários (CEJ/CJF) em parceria com o STJ, a Es-cola Nacional de Formação e Aper-feiçoamento de Magistrados (En-fam), o Instituto Justiça e Cidadania, a Associação do Juízes Federais do Brasil (Ajufe), e os Ministérios da Justiça (MJ) e das Relações Exterio-res (MRE).n

Page 14: Folha do CJF 55 · pesquisas completas, classificadas por nomes de magistrados, movi-mentação processual, jurisdição, lo-calização e competência das unida-des judiciais. Segundo

Folha do CJF

14

II Encontro Executando a Estratégia estabelece projetos e diretrizes para a Justiça Federal

O Conselho da Justiça Federal (CJF) realizou, nos dias 13 e 14 de novembro, o II Encontro Executando a Estratégia da Justiça Federal, na sede do órgão, em Brasília. O objeti-vo foi propiciar o debate sobre o an-damento dos projetos estratégicos, as alternativas para as limitações orça-mentárias, os desafios da gestão das demandas previdenciárias, as medi-das para equalizar a distribuição da força de trabalho, a padronização na apresentação de dados estatísticos, os critérios para o módulo de produtivi-dade e o Sistema de Mapeamento da Justiça Federal (Sismapa).

Nos dois dias de evento, foram realizadas cinco oficinas temáticas: Limitação Orçamentária e Conse-quências; Projetos e Metas Estraté-gicas; Demandas Previdenciárias; Equalização da Distribuição da Força de Trabalho; e Informações e Estatísticas. O Encontro foi voltado para presidentes e corregedores dos TRFs; coordenadores dos JEFs; di-retores de Foro; diretores-gerais; assessores de Planejamento Estra-tégico; representantes das áreas de Orçamento e Estatística; gestores de

projetos estratégicos; e integrantes da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Ordem dos Advo-gados do Brasil (OAB) e Federação Nacional dos Trabalhadores do Judi-ciário e Ministério Público da União (Fenajufe).

UniãoAo dar as boas-vindas e agradecer

a presença de todos os participantes, a presidente do CJF, ministra Laurita Vaz, lembrou do I Encontro, realiza-do em 2015, quando foi assinada a Carta Justiça Federal 2020, com os compromissos institucionais para uma Justiça Federal acessível, rápi-da e efetiva. “Passados dois anos, percebo que a Justiça Federal está trilhando com determinação o cami-nho, estruturando em bases cada vez mais sólidas um modelo de gover-nança profissional e eficiente. Basta dizer que a instituição continua a ser a mais produtiva entre os segmentos da Justiça”, afirmou.

Referindo-se ao planejamento es-tratégico deste ano, a ministra infor-mou que, das oito metas estabeleci-

das para a Justiça Federal em 2017, seis tiveram resultados superiores a 2016. Para Laurita Vaz, os resulta-dos decorrem do “esforço de magis-trados e servidores, que se revelam cada vez mais empenhados e com-prometidos com o fortalecimento da gestão judiciária e com a excelência da prestação jurisdicional”.

Como exemplo da busca por melhorias, a presidente citou a im-plantação do modelo de governan-ça na Justiça Federal, inédito no Judiciário, que delineou 55 práticas voltadas à melhoria de gestão dos processos de trabalho e dos recursos humanos, financeiros e tecnológicos. A presidente pediu a atuação conjun-ta dos Tribunais Regionais Federais em todo o País, em prol da melhoria da Justiça Federal para uma pres-tação jurisdicional eficiente e que atenda aos anseios da população. “Ao trabalharem unidos, alinhados e coesos, os órgãos da Justiça Federal são mais fortes”, concluiu.

Também para o corregedor-ge-ral da Justiça Federal, ministro Raul Araújo, as discussões promovidas no encontro, em que foram apresen-tados resultados concretos e feita sua avaliação, são essenciais para que os objetivos estratégicos sejam alcançados. “Tão importante quan-to a execução é a reflexão sobre os passos já dados e vindouros, a fim de que nos guiemos e nos reorientemos não pelo caminho mais fácil, mas sempre na direção dos interesses da nossa sociedade”, ressaltou o ma-gistrado, que divulgou os resultados globais de 2017 da Justiça Federal.

Os presidentes dos Tribunais Re-gionais Federais também apresenta-ram o andamento do planejamento estratégico nas suas Regiões, reve-laram os principais desafios de cada órgão e suas unidades e apresenta-ram algumas sugestões.

Page 15: Folha do CJF 55 · pesquisas completas, classificadas por nomes de magistrados, movi-mentação processual, jurisdição, lo-calização e competência das unida-des judiciais. Segundo

novembro e dezembro de 2017

15

TRF 1ª Região: Prêmio Conciliação, pelo melhor desempenho entre as cinco regiões no ano, com mais de 64 mil conciliações realizadas até outubro.

Seção Judiciária de Roraima: Prêmio Governança Judiciária - Categoria Seção Judiciária, por ter obtido o melhor desempenho, entre as Seções, em gestão judiciária, nas dimensões: Planejamento estratégico; Gestão de processos de trabalho, de recursos financeiros e de tecnologia da informação; Monitoramento do Desempe-nho Organizacional; e Comunicação Institucional e Transparência, com índice IGov-JF de 74,3%.

TRF 3ª Região: Prêmio Governança Judiciária - Categoria Tribunal, por ter obtido o melhor desempe-nho entre todos os órgãos da Justiça Federal, em gestão judiciária, nas dimensões: Planejamento estratégico; Gestão de processos de trabalho, de recursos financeiros e de tecnologia da informação; Monitoramento do Desempenho Organizacional; e Comunicação Institucional e Transparência, com índice IGov-JF de 76,9%.

Seção Judiciária de Santa Catarina: Prêmio Produtividade - Jurisdição Comum, por ter sido a mais produtiva dos últimos 12 meses, na categoria “Jurisdição Comum”, com 1.749 processos solucionados, em média, por magistrado.

Seção Judiciária de Alagoas: Prêmio Produtividade - Juizado Especial Federal, por ter sido a mais pro-dutiva dos últimos 12 meses, na categoria “Juizado Especial”, com 7.514 processos solucionados, em média, por magistrado.

TRF 4ª Região: Atendimento à Demanda Judicial - Jurisdição Comum, por ter obtido o melhor Índice de Atendimento à Demanda Judicial no ano de 2017, na categoria Jurisdição Comum, com solução de 86% dos casos novos do ano.

TRF 2ª Região: Atendimento à Demanda Judicial - Juizado Especial Federal, por ter obtido o melhor Índice de Atendimento à Demanda Judicial no ano de 2017, na categoria Juizado Especial, com solução de 103% dos casos novos do ano.

Mais informações sobre o II Encontro Executando a Estratégia da Justiça Federal podem ser obtidas no Observatório da Estratégia: http://www.cjf.jus.br/observatorio/.

Oficinas de trabalho

O secretário-geral do CJF, juiz federal Cleberson Rocha, apresen-tou o resultado dos dois dias de tra-balho das oficinas temáticas. Foram definidos novos projetos, entre eles a automação dos procedimentos para solução das lides que tratam de execução fiscal, a permitir redu-

ção do congestionamento judicial; a instalação de centros de inteli-gência regionais, para o tratamento das demandas repetitivas, conforme preconiza a Portaria CJF n. 369, de 19 de setembro de 2017; a imediata integração entre sistemas do judi-ciário com os do INSS e da Secre-taria da Previdência, além da reco-mendação para utilização de laudo

pericial padronizado e criação de centrais de pericias, entre outras recomendações, tudo para acelerar a resolução de processos previden-ciários. No âmbito administrativo, também foram estabelecidas dire-trizes importantes, como estratégias para equalização da força de traba-lho e para a melhoria da gestão de custos da Justiça.n

Premiação

No encerramento do II Encontro, foram divulgados e premiados com certificado os órgãos que mais se des-tacaram na consecução do planejamento estratégico em 2017. Os agraciados foram divididos em categorias.

Confira:

Page 16: Folha do CJF 55 · pesquisas completas, classificadas por nomes de magistrados, movi-mentação processual, jurisdição, lo-calização e competência das unida-des judiciais. Segundo

Folha do CJF

16

Servidores e magistrados avaliam clima organizacional da Justiça Federal

Com o objetivo de avaliar, adequar e intensificar ações de melhoria relacionadas à gestão de pessoas e dos processos de trabalho, o Conselho da Justiça Federal (CJF) realizou, de 13 de novembro a 7 de dezembro, a Pesquisa Eletrônica sobre Clima Organizacional. O levantamento, promovido pela Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP), foi direcionado a servidores e magistrados da Justiça Federal em todo o País.

Por meio de dois questionários, a pesquisa coletou informações para conhecer o grau de motivação e sa-tisfação das equipes, com perguntas

CJF referenda créditos suplementares para a Justiça Federal

O Conselho da Justiça Federal (CJF) referendou os pedidos de cré-ditos adicionais encaminhados pelos Tribunais Regionais Federais e por sua Secretaria de Administração no valor de R$ 300.209.812,00, referen-tes aos meses de outubro e novem-bro de 2017. A decisão foi tomada na sessão do dia 12 de dezembro, em Brasília, e vai atender às despesas de custeio, projetos, pessoal, encargos sociais, benefícios e assistência jurí-dica a pessoas carentes. Os recursos orçamentários objetos dos créditos são oriundos das próprias unidades da Justiça Federal, bem como da uni-dade gestora do CJF (UG 090001).

Os créditos atendidos serão utili-zados para cobrir despesas destina-das ao pagamento da folha de pes-soal e encargos sociais, decorrentes dos impactos da quarta parcela do Plano de Cargos e Salários, bem como para benefícios, custeio, pro-

sobre temas como liderança, estraté-gia, comunicação, informação, siste-mas e equipamentos de informática, interação com a sociedade, capacita-ção e desenvolvimento, qualidade de vida, satisfação e comprometimento, organização do trabalho e relaciona-mento interpessoal.

Os participantes puderam fazer as avaliações utilizando uma escala de concordância e, ao final, respon-deram ainda uma questão aberta, opcional, para críticas e sugestões. Todos os dados, reunidos de forma confidencial, serão compilados em resultados globais e consolidados por região.n

jetos e assistência jurídica a pessoas carentes - esta última em virtude do aumento de demanda nos Juizados Especiais Federais.

Foi destacado, ainda, no voto da relatora e presidente do órgão, ministra Laurita Vaz, que o art. 5º, inciso VI, da Lei n. 11.798, de 29

de outubro de 2008, e o art. 8º, in-ciso VII, do Regimento Interno do CJF, determinam que o Plenário do CJF é o responsável por aprovar pedidos de créditos adicionais. A decisão foi referendada por unani-midade pelo Colegiado.nProcesso nº CJF-ADM-2017/00034

Page 17: Folha do CJF 55 · pesquisas completas, classificadas por nomes de magistrados, movi-mentação processual, jurisdição, lo-calização e competência das unida-des judiciais. Segundo

novembro e dezembro de 2017

1717

Conselho aprova Plano de Aquisição de Veículos para o TRF da 3ª Região

O Conselho da Justiça Fede-ral (CJF) aprovou, na sessão de 14 de novembro, em Brasília, o Plano Anual de Aquisição de Veículos das Seções Judiciárias de São Pau-lo e Mato Grosso do Sul, referente ao exercício de 2017. O documento apontando a necessidade de aquisi-ção de onze veículos oficiais foi en-caminhado pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), que abrange os dois Estados.

Inicialmente, o CJF incluiu o pedido de renovação da frota do

TRF3 no orçamento de 2017, mas determinou que as aquisições dos veículos fossem condicionadas, posteriormente, à deliberação do próprio Conselho. A Secretaria de Controle Interno do órgão (SCI/CJF) entendeu que o Plano Anual de Aquisição de Veículos das Seções Judiciárias da 3ª Região atende às disposições estabelecidas nos normativos mencionados.

A relatora do processo foi a pre-sidente do CJF, ministra Laurita Vaz. Ela registrou que as unidades de

Controle Interno das Seções Judici-árias de São Paulo e de Mato Grosso do Sul cumpriram as exigências do Conselho. “Desse modo, sob o as-pecto orçamentário e financeiro, não haveria óbice quanto à solicitação, ficando seu ônus a ser custeado por aquelas unidades”, disse em voto.

Segundo o documento aprova-do, a frota vai atender a Seção Ju-diciária de São Paulo e as Subse-ções Judiciárias de Campo Grande e Ponta Porã.nProcesso nº CJF-ADM-2017/00406

Planos Nacionais de Capacitação e Aperfeiçoamento aprovam metas para 2018-2019

O Centro de Estudos Judiciários (CEJ) finalizou mais uma etapa da sé-rie de encontros para a aprovação das metas do biênio 2018-2019 do Plano Nacional de Aperfeiçoamento e Pes-quisa para Juízes Federais (PNA) e do Programa Nacional de Capacita-ção dos Servidores (PNC), durante reunião ocorrida no dia 23 de novem-bro, no Conselho da Justiça Federal (CJF). O encontro do CEMAF/PNA contou com a presença do correge-dor-geral da Justiça Federal, ministro Raul Araújo, que dirige o CEJ, e dos diretores de escolas judiciais.

Foram analisados os resultados do biênio passado e feitas proposi-ções de metas para o próximo perí-odo com ações a serem desenvolvi-das. Entre os assuntos de destaque, as Resoluções CJF nº 274, de 2013 e 294, de 2014, que tratam do pa-gamento de instrutores, tanto para magistrados quanto para servidores da JF. O resultado da aprovação do plano de metas vai ser apresentado ao Colegiado do CJF, na forma de relatório, em data a ser definida.

O PNA é constituído por um conjunto de diretrizes, objetivos, programas, estrutura de gestão e de indicadores, além de metas que o concretiza e permite o seu acompa-nhamento, avaliação e retroalimen-tação para o ciclo seguinte, visando ao aperfeiçoamento da magistratura federal e do sistema de justiça.

Já o PNC tem o propósito de definir diretrizes, princípios, obje-

tivos, metas, estratégias e linhas de ação mais sinérgicas entre as áreas de gestão de pessoas dos órgãos integrantes da Justiça Federal. É o instrumento norteador das ações de capacitação e desenvolvimento do CJF.

O Comitê Técnico Operativo conta com representantes das áreas de capacitação e desenvolvimento do Conselho e da Justiça Federal.n

Page 18: Folha do CJF 55 · pesquisas completas, classificadas por nomes de magistrados, movi-mentação processual, jurisdição, lo-calização e competência das unida-des judiciais. Segundo

Folha do CJF

18

Folha do CJFNúmero 55 – novembro e dezembro de 2017

Conselho da Justiça FederalSCES – Setor de Clubes Esportivos Sul – Trecho III –Polo 8 Lote 9 – SubsoloCEP 70200-003 – Brasília – DF Telefones: (061) 3022-7075/7076 e-mail: [email protected]

Ministra LAURITA VAZPresidente

Ministro HUMBERTO MARTINS Vice-Presidente

Ministro RAUL ARAÚJOCorregedor-Geral da Justiça Federal, Presidente da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais eDiretor do Centro de Estudos Judiciários

Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINOMinistra ISABEL GALLOTTIDesembargador Federal HILTON QUEIROZ Desembargador Federal ANDRÉ FONTES Desembargador Federal CECÍLIA MARCONDESDesembargador Federal THOMPSON FLORESDesembargador Federal MANOEL DE OLIVEIRA ERHARDTMembros efetivos

Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRAMinistro VILLAS BÔAS CUEVAMinistro SEBASTIÃO REIS JÚNIORDesembargador Federal I’TALO MENDESDesembargador Federal GUILHERME COUTO DE CASTRODesembargador Federal MAIRAN MAIADesembargadora Federal MARIA DE FÁTIMA FREITAS LABARRÈREDesembargador Federal CID MARCONI Membros suplentes

Juiz Federal Roberto Carvalho VelosoPresidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil

Doutor Claudio Pacheco Prates LamachiaPresidente do Conselho Federal da Ordemdos Advogados do BrasilSem direito a voto

Juiz Federal Cleberson José RochaSecretário-Geral

Eva Maria Ferreira BarrosDiretora-Geral

Assessoria de Comunicação Social do Conselho da Justiça FederalCriação, Diagramação e Edição

Ascom/CJF, Flickr STJ Fotos

CJF avalia satisfação dos usuários dos serviços de tecnologia da informação

Identificar as oportunidades de melhoria na prestação dos serviços relacionados à tecnologia da infor-mação. Esse foi o objetivo da Pes-quisa de Satisfação dos Usuários de TI, promovida pela Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) do CJF em âmbito nacional, de 25 de outubro a 9 de novembro. O levan-tamento foi direcionado a todos os usuários internos e externos da Jus-tiça Federal.

Sem a necessidade de identifi-cação, os participantes da pesqui-sa responderam a um questionário online sobre temas como qualidade dos equipamentos de informática, do atendimento ao cliente, da disponi-bilidade e da eficiência dos serviços prestados e dos sistemas oferecidos. Foram 21 perguntas para o público interno e 10 para o externo. O levan-tamento permitiu ainda o registro de críticas, sugestões e elogios.

A pesquisa foi realizada visando ao aperfeiçoamento, a adequação e a melhoria dos serviços prestados pe-las unidades de tecnologia da infor-mação da Justiça Federal.

O aprimoramento faz parte das metas estratégicas do Planejamento Estratégico de TI da Justiça Fede-ral, que têm o objetivo de atingir, até 2019, 80% de satisfação dos usuários internos, e, até 2020, 80% dos externos.n