jurisdição e competência (apostila complementar - tópicos)

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ALERTA: O presente material presta-se, exclusivamente, a servir como material complementar s aulas proferidas durante o curso regular de Jurisdio e Competncia. No deve ser utilizado como nica fonte de estudos, fazendo-se, pois, mandamental, a complementao com a bibliografia citada em aula, bem como com o contedo disposto nos cadernos da disciplina. JURISDIO Conforme dito, Jurisdio o PODER-DEVER atribudo ao juiz de dizer o direito, isto , o poder conferido ao juiz de JULGAR; Todo JUIZ possui JURISDIO, mas esta sofre limitaes com a finalidade de assegurar o exerccio eficaz dessa funo estatal; Competncia , exatamente, a LIMITAO DO EXERCCIO DA JURISDIO pelo estado-juiz. Art. 69. Determinar a competncia jurisdicional: I - o lugar da infrao; II - o domiclio ou residncia do ru; III - a natureza da infrao; IV - a distribuio; V a conexo ou continncia; VI - a preveno; VII - a prerrogativa de funo. Comp. Lugar da Infrao Tambm chamada de ratione loci, prevista no art. 70 do CPP: Art. 70. A competncia ser, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infrao[...]; Teoria do Resultado: a competncia determinada pelo lugar em que o crime se consumou (fim exemplificativo, retributivo e prtico); Comp. Lugar da Infrao Crime tentado: [...] no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o ltimo ato de execuo; Crime distncia: caso 1: Se, iniciada a execuo no territrio nacional, a infrao se consumar fora dele, a competncia ser determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o ltimo ato de execuo;

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Crime distncia: caso 2: Quando o ltimo ato de execuo for praticado fora do territrio nacional, ser competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado. Comp. Lugar da Infrao Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdies, ou quando incerta a jurisdio por ter sido a infrao consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdies, a competncia firmar-se- pela preveno; Infraes continuadas ou permanentes, praticadas em territrio de duas ou mais jurisdies, aplica-se tambm a regra da preveno; Domiclio ou Residncia do Ru Foro supletivo ou foro subsidirio: somente nos valemos desse critrio quando no se puder utilizar o primeiro dos critrios. Duas hipteses: a) quando ignorado o lugar da infrao (art. 72, caput) (ex. Tourinho: Furto em viagem, ocupante da poltrona ao lado); b) Tratando-se de ao penal exclusivamente privada e mesmo que conhecido o lugar da infrao, o querelante pode optar por propor a queixa no domiclio ou residncia do querelado (ru) foro alternativo; Conceito de domiclio O conceito de domiclio deve ser buscado nos arts. 70, 71 e 72 do Cdigo Civil, assim entendido como lugar onde ela estabelece a sua residncia com nimo l definitivo; Possuindo vrias residncias, qualquer uma delas considerado domiclio, ou mesmo, segundo o CC, lugar onde a pessoa exerce sua profisso; Domiclio, portanto, abrange conceito mais amplo que residncia. Tendo o ru mais de uma residncia, competente o juiz prevento, ou seja, aquele que primeiro teve contato com o caso. Se o ru no tiver residncia certa ou for ignorado o seu paradeiro, ser competente o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato.e-mail para contato: [email protected] - Pgina 2 de 12

Natureza da Infrao A competncia pelo lugar da infrao (ratione loci) ou pelo domiclio do ru fixam o foro competente, ou seja, a Comarca onde dever tramitar o processo; Estabelecido o FORO, cabe definir qual JUSTIA competente, ou seja, se a competncia da Justia Especial (eleitoral, militar etc.), ou da Justia Comum (estadual ou federal); A competncia ento passa a ser fixada pela natureza da infrao (ratione materiae), prevista no art. 74 do CPP. Tal competncia, via de regra, vem prevista no Cdigo de Organizao Judiciria Estadual (in casu CODJAL), ou mesmo na CF. Natureza da Infrao II Ex.: roubo perpetrado contra uma agncia dos Correios na cidade de Macei (art. 109, IV, da CF); CUIDADO!! Tratando-se de contraveno penal, mesmo que atinja interesse da unio, a competncia da Justia Estadual (Enunciado n. 38 da Smula do STJ); Outro exemplo: praticado um crime na cidade de Arapiraca (repita-se), o crime ser julgado naquele municpio. Porm, se perpetrado por organizao criminosa, deve ser deslocado para 17 Vara Criminal da Capital. Natureza da Infrao III Crimes dolosos contra a vida: Qualquer que seja a infrao, os crimes dolosos contra a vida sero sempre julgados pelo Tribunal do Jri (art. 5, XXXVIII, d, da CF) nenhuma lei infraconstitucional poder alterar ou suprimir tal competncia; Obs.: latrocnio (art. 157, 3, CP) ver enunciado da smula n. 603 do STF; Caso emps iniciado um processo pela prtica de crime de homicdio culposo, perante o juiz singular, verificar-se tratar de homicdio doloso, dever-se- remeter o processo ao Jri (art. 74, 2) o contrrio tambm se aplica ( 3); OBS.: se a desclassificao ocorrer em plenrio, a competncia para proferir a sentena ser do Juiz-presidente.e-mail para contato: [email protected] - Pgina 3 de 12

Competncia por distribuio Identificados o foro competente e a justia competente, cabe analisar competente: juzo

Exemplo do roubo: 1) verifica-se que um roubo fora perpetrado na cidade de Macei, portanto, na capital dever ser julgado (competncia ratione loci); 2) o c roubo foi praticado contra uma loja no shopping iguatemi, portanto, por excluso, dever ser julgado por um Juiz da justia estadual, no frum do Barro Duro; Para qual Juiz dever ser remetido? Justia Estadual Alagoana Nossa Justia Estadual formada por Juzes substitutos, Juzes de Direito e Desembargadores; Os Juzes de Direito esto espalhados em 3 entrncias (sendo 71 na terceira, 35 na segunda, e 5 na primeira); So 11 Desembargadores divididos em 4 rgos jurisdicionais (Cmara Criminal, 1 e 2 Cmaras Cveis, Seo Especializada Cvel, e Tribunal Pleno); H 41 Comarcas de 1 Entrncia, 18 de 2 e 3 de 3. A Comarca da Capital, com sede em Macei, possui 29 varas cveis, 17 varas criminais e 12 Juizados Especiais Cveis e Criminais distribudos pela cidade (com aproximadamente 62 Juzes de terceira entrncia); Competncia por distribuio Para se determinar qual o juiz (ou juzo) competente, devemos nos valer da distribuio, conexo ou continncia, preveno e prerrogativa de funo; Distribuio nada mais do que um sorteio realizado para determinar qual o juiz que dever julgar determinado processo (visa impessoalidade e diviso igualitria de trabalho); Ocorre que, antes de terminado um inqurito, um determinado juiz nele tenha se manifestado, apreciando, por exemplo, um pedido de liberdade provisria, umae-mail para contato: [email protected] - Pgina 4 de 12

decretao de priso preventiva, a restituio de algum bem etc. Nesse caso, ocorre a chamada preveno, prevista no art. 83 do CPP. Preveno , portanto, o conhecimento antecipado pelo juiz de alguma questo jurisdicional, circunstncia que o torna competente para julgar posteriormente o processo. Conexo e Continncia I A competncia por conexo ou continncia, prevista nos arts. 76 a 82 do CPP, no exatamente um critrio para a fixao da competncia, com o so, os anteriormente firmados. A conexo e continncia, na verdade, se restam para alterar (prorrogar) a competncia que, inicialmente, era de um juiz e, depois, passada para outro; Ex. roubo e receptao (simultaneos processus). Conexo e Continncia II Finalidades: Ordem probatria e julgamento unitrio (art. 76, III, CPP); A separao dos processos, se existisse, importaria em uma dificuldade maior para obteno da prova. Com todo conjunto probatrio reunido em um nico processo, o juiz pode ter uma viso mais ampla dos fatos, proferindo assim, teoricamente, um julgamento mais justo; e Impossibilidade de julgamentos divergentes. Conexo e Continncia III Critrio: faz-se necessrio a presena de um vnculo, um liame, entre uma infrao penal e outra (um nexo); Exemplo do Mestre Tourinho: Ru pratica um roubo e, em seguida, mata a testemunha que presenciou a prtica do delito (nexo indiscutvel); Conexo A conexo vem prevista no art. 76 do CPP, e pode ser dividida em intersubjetiva, objetiva e instrumental; Ocorre quando:

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1) Ocorrendo duas ou mais infraes, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por vrias pessoas reunidas (art. 76, I). denominada de conexo intersubjetiva por simultaneidade (ou ocasional). Ex.: Aps tombamento de caminho em rodovia, vrias pessoas correm para saquear sua mercadoria (ausncia de ajuste prvio); 2) Ocorrendo duas ou mais infraes penais, houverem sido praticadas por vrias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar (art. 76, I, 2 parte). denominada conexo intersubjetiva por concurso. Exemplo de Tourinho: Com objetivo de roubar banco, um agente furta um veculo para fuga, outro adquire armas e outro ingressa no banco. 3) Se as infraes forem cometidas por duas ou mais pessoas, umas contra as outras (tendo como ponto de afinidade entre os fatos tambm a motivao de seu cometimento) (art. 76, I, ltima parte), denominam-se conexo intersubjetiva por reciprocidade; Ex.: leses corporais recprocas decorrentes e uma briga envolvendo vrias pessoas; 4) Infraes cometidas uma visando a facilitar ou a ocultar a execuo da outra (art. 76, II, 1 parte), denominam-se conexo objetiva teleolgica. Ex.: amarra-se uma pessoa (constrangimento ilegal) para estuprar outra (primeiro crime perpetrado para facilitar o segundo), ou mesmo, mata-se uma pessoa e se oculta o cadver (segundo crime perpetrado para ocultar a execuo do primeiro).

5) Se as infraes foram cometidas para conseguir impunidade ou vantagem em relao a qualquer delas (art. 76, I, 2 parte), denominam-se conexo objetiva conseqencial. Ex.: mata-se a testemunha que presenciou a prtica de um crime (garantir a impunidade) ou praticado um seqestro, mata-se a pessoa eu foi pagar o resgate (garantir a vantagem). 6) Se a prova de uma infrao ou de qualquer de suas circunstncias elementares influir na prova de outra infrao (art. 76, III), denomina-se conexo instrumental ou probatria.e-mail para contato: [email protected] - Pgina 6 de 12

Ex.: furto e recepo sero julgados simultaneamente, j que a prova do primeiro crime fundamental para caracterizar o segundo. Continncia Como o nome indica, ocorre quando um fato criminoso contm outros, a impor o julgamento de todos em conjunto. Ela vem prevista no art. 77, e ocorre quando: 1) Cumulao Subjetiva (art. 77, I): verifica-se quando duas ou mais pessoas forem acusadas da mesma infrao Ex.: dois autores de um furto, em concurso de agentes, sero julgados conjuntamente; 2) Cumulao Objetiva (art. 77, II): ocorre nas hipteses das infraes serem cometidas na forma dos arts. 70, 73, 2 parte e 74, 2 parte do cdigo Penal, ou seja, no concurso formal, na aberratio ictus e na aberratio criminis. Ex.: se o agente dispara um tiro e atinge duas pessoas, no faria sentido responder a dois processos diversos. Foro prevalente x Conexo e Cont. Conexo e continncia determinam um s processo (art. 79, CPP), isto , um nico julgamento (simultaneus processus); O que acontece quando mais de um Juiz (ou juzo) competente para o julgamento dos feitos? So 4 (quatro) os critrios para se estabelecer o foro prevalente, e esto descritos no art. 78 do CPP: 1) concurso entre a competncia do jri e de outro rgo de jurisdio (inc. I). Vis attractiva; 2) concurso de jurisdies da mesma categoria: a) lugares diferentes e penas diferentes (inc. II, a); b) penas de igual gravidade, nmero de infraes diferentes (inc. II, b); c) nmero de infraes e gravidade de penas iguais. 3) concurso de jurisdies de diversas categorias (inc. III): jurisdies inferior e superior;e-mail para contato: [email protected] - Pgina 7 de 12

4) concurso entre jurisdio comum e especial (inc. IV) e enunciado n. 122 da Smula do STJ;

Excees (art 79): 1) concurso entre jurisdio comum e militar (inc. I): conexo entre crime militar e comum, ou, dois autores de um determinado delito, um militar e outro civil (enunciado 90 da Smula do STJ); COMPETE JUSTIA ESTADUAL MILITAR PROCESSAR E JULGAR O POLICIAL MILITAR PELA PRTICA DO CRIME MILITAR, E A COMUM PELA PRTICA DO CRIME COMUM SIMULTNEO QUELE. 2) concurso entre a jurisdio comum e a do juzo de menores (inc. II); dois agentes cometem uma infrao penal, um imputvel, outro no. Casos de Ciso Processual Superveniente Obrigatria Os 1 e 2, do art. 79 do CPP, traz duas hipteses em que o processo, de incio, nico, mas posteriormente, vem a ser (obrigatoriamente) separado e ocorre quando: Um dos co-rus tem reconhecida sua doena mental aps a prtica de um crime, nos termos do art. 152 do CPP. No caso de dois autores, sendo um citado pessoalmente e o outro, chamado por edital, no comparecendo este e tampouco constituindo advogado, ocorrer-se-, em relao a o ltimo, a suspenso do processo, continuando em relao ao primeiro. Ocorrer a hiptese do art. 469 do CPP, no plenrio do jri. Assim, sendo dois rus, com defensores diferentes, e, em virtude das recusas no se obtiver o nmero mnimo de sete jurados para compor o Conselho de Sentena, o processo ser desmembrado, julgando-se, em primeiro lugar, o acusado a quem foi atribuda ae-mail para contato: [email protected] - Pgina 8 de 12

autoria do faro ou, em caso de co-autoria, aplicando-se o critrio de preferncia do art. 429 (redao nova) Casos de Ciso Processual Superveniente Facultativa facultativa a separao, ou seja, cabe unicamente ao magistrado definir, ou no, se conveniente e oportuno a separao dos processos, nas hipteses do art. 80 do CPP: Quando as infraes tiverem sido praticadas em circunstncias de tempo ou de lugar diferentes; Quando houver um nmero excessivo de rus, circunstncia que acarreta um tumulto processual, com dificuldade para a colheita de prova, prolongamento exagerado do feito etc., inclusive para no prolongar a priso provisria de um dos rus; e Por outro motivo relevante. possvel que, reunidos os processos, venha posteriormente a desaparecer o motivo que ensejou sua reunio. Aplica-se, nesse caso, a regra do art. 81 do CPP (perpetuatio iurisdictionis): Verificada a reunio dos processos por conexo ou continncia, ainda que no processo da sua competncia prpria venha o juiz ou tribunal a proferir sentena absolutria ou que desclassifique a infrao para outra que no se inclua na sua competncia, continuar competente em relao aos demais processos. Exemplos da Perpetuatio iurisdictionis Ex.1: Um prefeito municipal, juntamente com um servidor, praticam delito em concurso de agentes. Ambos sero julgados pelo Tribunal de Justia (art. 77, I, CPP). Caso absolvido o prefeito, o Tribunal continuar competente para julgar o servidor; Ex.2: No juzo de Macei, esto sendo julgados um furto qualificado cometido em Macei e uma receptao simples cometida em Rio Largo. Caso absolvido, o autor do furto, porque inimputvel, o juiz de Macei continua competente para julgar a receptao (prorrogao da competncia);

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EXCEO!!! Em se tratando de hiptese de crime doloso contra a vida, havendo absolvio sumria ou impronncia, deve ser aplicada a regra do pargrafo nico do art. 81. Reconhecida inicialmente ao jri a competncia por conexo ou continncia, o juiz, se vier a desclassificar a infrao ou impronunciar ou absolver o acusado, de maneira que exclua a competncia do jri, remeter o processo ao juzo competente. Ex.: tentativa de homicdio e resistncia. Avocao Havendo crimes conexos (ou continentes) tramitando em juzos diversos, o juiz prevalente dever, ao tomar conhecimento desse fato, avocar o processo, a fim de propiciar um nico julgamento. Ex.: Dois roubos so objeto de um processo no juzo e Maravilha e uma receptao em Santana do Ipanema, ou seja, por desconhecimento dos juzos, foram deflagradas duas aes penais, quando o correto, pela regra da unidade, seria um processo nico. Nesse caso, cabe ao juiz prevalente, no caso o Juiz de Maravilha, avocar o processo que est em Santana, a fim de que os trs crimes tenham um julgamento nico. A avocao s possvel at antes de prolatada a sentena definitiva, isto , a sentena de 1 grau (enunciado n. 235, da Smula do STJ regra que se aplica tambm ao concurso material, formal, ou crime continuado unificao das penas); A conexo no determina a reunio dos processos, se um deles j foi julgado. Prerrogativa de Funo Em determinadas situaes, cometido um crime no em virtude da pessoa, mas do cargo por ela ocupado a competncia para julgamento no do local onde seu deu o fato, mas sim de um Tribunal. Denomina-se competncia por prerrogativa de funo (prevista nos arts. 84 a 87 do CPP, mas se encontram parcialmente revogados, em virtude do texto constitucional).e-mail para contato: [email protected] - Pgina 10 de 12

No se trata de privilgio, mas de garantia da sociedade. Prerrogativas Constitucionais A competncia por prerrogativa prevista na constituio, refere-se ao Supremo Tribunal Federal, ao Superior Tribunal de Justia, aos Tribunais Regionais Federais e aos Tribunais de Justia; Cabe ao STF, portanto, julgar (art. 102, I, b e c, da CF), os crimes comuns praticados pelo: Presidente da Repblica e seu vice, Deputados Federais e Senadores, Ministros do STF, Procurador-Geral da Unio, Procurador-Geral da Repblica, Ministros de Estado, membros dos Tribunais Superiores (STJ, TSE, TST e STM), membros do Tribunal de Contas e chefes de misso diplomtica de carter permanente. Ao Superior Tribunal de Justia (art. 105, I, a da CF), cumpre o julgamento, pela prtica de crimes comuns do(s): os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, (e, nestes e nos de responsabilidade), os desembargadores dos Tribunais de Justia dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municpios e os do Ministrio Pblico da Unio que oficiem perante tribunais; Compete aos Tribunais Regionais Federais, processar e julgar, originariamente: os juzes federais da rea de sua jurisdio, includos os da Justia Militar e da Justia do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministrio Pblico da Unio, ressalvada a competncia da Justia Eleitoral; So julgados pelos Tribunais de Justia do Estado de Alagoas os (art. 133, IX, a, b e c, da Constituio de Alagoas): os juzes estaduais e os membros do Ministrio Pblico, bem como os Procuradores do Estado e os Defensores Pblicos, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competncia da Justia Eleitoral; os Prefeitos Municipais; os Secretrios de Estado, os Deputados Estaduais, o Procurador Geral do Estado e o Procurador Geral de Justia, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a hiptese, no ltimo caso, dee-mail para contato: [email protected] - Pgina 11 de 12

conexo com crime de responsabilidade do Chefe do Executivo, quando o julgamento caber Assemblia Legislativa;

Observaes: Lei 10.628/02 (modificou art. 84, 1 do CPP) e ADI 2797/DF, ADI 2860/DF; Art. 85 CPP: nos processos por crime contra a honra, em que forem querelantes as pessoas que gozem de foro privilegiado, caso oposta exceo de verdade, o julgamento caber ao Tribunal no ao juzo onde correr o processo.

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