junho de 2006 - pea.ufba.br · pdf filemonitoramento e avaliação mantido e...

68

Upload: tranhanh

Post on 31-Jan-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se
Page 2: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

Bahia. Secretaria de PlanejamentoSistemática de monitoramento e avaliação em programas

e projetos governamentais. Salvador: SEPLAN/SGA, 2005.66p. il.

1. Programa governamental – Sistematização. 2.Metodologia. 3. Técnica de trabalho. I. Título.

CDU: 001.81(061)

Page 3: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

Junho de 2006

Page 4: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS4

Governador do Estado da BahiaPaulo Ganem Souto

Secretaria do PlanejamentoArmando Avena

Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma AgráriaPedro Barbosa de Deus

Secretaria de Combate a Pobreza e Desigualdades SociaisPe. Clodoveo Piaza S. J.

Page 5: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 5

APR

ESEN

TAÇÃ

O○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

APRESENTAÇÃO

Investir na institucionalização do processo de monitoramento e avaliação (M&A)

constitui um imperativo básico para a conquista da excelência dos serviços prestados

pelo Estado. O Governo da Bahia encontra-se engajado nesse movimento internacio-

nal e com a criação da Superintendência de Gestão e Avaliação (SGA), no âmbito da

Secretaria do Planejamento (Seplan), manifestou a vontade política de disseminar a

cultura da avaliação nas Secretarias e órgãos do Estado, responsáveis pelo planejamen-

to e operacionalização das políticas públicas.

O documento que se apresenta, constitui um referencial para ser utilizado como

catalisador dos diversos instrumentos e práticas de monitoramento e avaliação utiliza-

dos pelos diferentes órgãos gestores da administração pública estadual e está contem-

plado no Programa de Monitoramento e Avaliação, desenvolvido pela Seplan/SGA,

tendo como um dos objetivos a criação de mecanismos essenciais para a gestão eficaz

de programas e projetos estratégicos de Governo.

A Sistemática de Monitoramento e Avaliação é, portanto, uma das ferramentas

que deverá ser utilizada para a medição do grau de eficácia, efetividade e eficiência das

intervenções do Estado na sociedade.

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS

Page 6: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS6

Oferece ainda aos clientes da avaliação, um mapa dos caminhos a serem persegui-

dos, subsidiando a tomada de decisão para o aperfeiçoamento do programa ou do

projeto ao longo de sua execução, com a descrição da seqüência de eventos relaciona-

dos, conectando o problema ou a oportunidade diagnosticada, com os resultados es-

perados. A ferramenta permite visualizar e compreender como os investimentos rea-

lizados na geração de produtos (bens ou serviços) podem contribuir para alcançar os

objetivos planejados, servindo de base para a criação de procedimentos e processos

de monitoramento e avaliação. O resultado esperado será a criação de um sistema de

monitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado,

constituindo um poderoso instrumento de planejamento.

Espera-se que esta semente encontre um terreno fértil para sua germinação, pro-

duzindo bons frutos: a melhoria do nível de excelência dos serviços públicos.

Armando AvenaSECRETARIA DO PLANEJAMENTO

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS

APR

ESEN

TAÇÃ

O

Page 7: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 7

SUM

ÁRIO

09 O processo de criação da sistemática

11 A linguagem do monitoramento e avaliação

15 Aspectos conceituais

17 O processo em 12 passos

19 PASSO 1: Definição do programa ou projeto a ser avaliado

20 PASSO 2: Formação de equipe mista de avaliação eelaboração do plano de trabalho

22 PASSO 3: Identificação e entrevista com os potenciais clientesda avaliação

26 PASSO 4: Elaboração do Modelo Lógico de Gestão e Análisede Avaliabilidade do Programa

28 PASSO 5: Análise de Avaliabilidade

29 PASSO 6: Definição do escopo da avaliação

32 PASSO 7: Análise dos instrumentos e registros já disponíveisdo Programa

33 PASSO 8: Definição dos indicadores de monitoramento eavaliação a serem utilizados

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

SUMÁRIO

Page 8: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS8

37 PASSO 9: Definição e criação dos instrumentos para coleta de dados

40 PASSO 10: Coleta dos dados

42 PASSO 11: Tabulação e análise dos dados coletados

46 PASSO 12: Elaboração e disseminação do Relatório de Avaliação

47 Estrutura modelo do relatório de avaliação

48 Conclusão

49 Glossário

53 Referências Bibliográficas

Anexos

54 ANEXO I – Modelo Lógico de Gestão do Programa Cabra Forte

59 ANEXO II – Questionário para levantamento de informações

62 ANEXO III – Instrumento usado para análise dos dados coletados sobre oPrograma Cabra Forte

SUM

ÁRIO

Page 9: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 9

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

O PROCESSO DE CRIAÇÃO DA SISTEMÁTICA

A construção da Sistemática de Monitoramento e Avaliação em Programas e Projetos Go-vernamentais teve como principio básico a premissa de que o processo avaliativo de políticaspúblicas permite aperfeiçoar a gestão das ações desenvolvidas por um governo para atender demodo eficiente e eficaz as demandas da sociedade e constitui uma ferramenta estratégica quepermite conhecer, entender, decidir e planejar de modo aprimorado com o aprendizado do pas-sado e do presente.

O Programa de Monitoramento e Avaliação que vem sendo conduzido pela Secretaria doPlanejamento, através da Superintendência de Gestão e Avaliação, busca assegurar a eficácia daspolíticas públicas, seus planos, programas, projetos e atividades e o bom uso dos recursos sobresponsabilidade das organizações. O Programa está estruturado em quatro estratégias que secomplementam e vêm gerando um conjunto diversificado de processos e produtos.

A estratégia de formação visa sensibilizar e capacitar servidores estaduais para atuarem emmonitoramento e avaliação de programas e projetos governamentais e a divulgação de experiên-cias exitosas. A estratégia de informação tem por objetivo produzir, analisar e veicular informa-ções confiáveis e tempestivas para subsidiar a tomada de decisão, a correção de procedimentose a retroalimentação do processo de planejamento. Na estratégia de articulação/comunicaçãoestá sendo implementado um trabalho em parceria com as Secretarias e órgãos estaduais, visandoaperfeiçoar o formato e o fluxo das informações das ações de Governo. Por fim, a estratégia dePlanejamento, visa estimular boas práticas de planejamento focadas em resultado e resulta naconstrução das matrizes lógicas, onde estão explicitados os objetivos, atividades, produtos, re-sultados e impactos, com a definição dos respectivos indicadores para cada secretaria. A imple-mentação destas estratégias já apresenta melhorias na qualidade da programação, execução, mo-nitoramento e avaliação das ações governamentais, contribuindo para uma maior racionalizaçãono ciclo de gestão do Estado.O

PR

OC

ES

SO

DE

CR

IAÇ

ÃO

Page 10: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS10

A construção e implementação de uma sistemática de monitoramento e avaliação emprogramas e projetos governamentais é um dos componentes do Programa de M&A e apre-senta-se como um pré-requisito básico para o aperfeiçoamento do processo de gestão epara a criação das condições da retroalimentação da programação de Governo.

Um outro determinante para a elaboração deste documento foi o compromisso empreencher uma lacuna na gestão pública estadual, face à inexistência de uma cultura avaliativae de uma sistemática que oriente metodologicamente o processo de monitoramento e ava-liação para a otimização na utilização dos recursos públicos e na maximização dos resultados.

O documento foi construído por uma equipe composta por representantes de diversasSecretarias, envolvidas na implementação do Programa selecionado, denominada Matricial, lide-rada pela Seplan/SGA, contando ainda com o apoio da Fundação Luis Eduardo Magalhães (FLEM).

A adoção desta Sistemática possibilitou, de um lado, produzir e testar metodologias einstrumentos de M&A capazes de medir o grau de eficiência, eficácia e efetividade das inter-venções governamentais e, de outro lado, capacitar técnicos da SGA e demais Secretarias eentidades responsáveis pela concepção e implementação do Programa Cabra Forte, progra-ma escolhido para testar a ferramenta da Sistemática.

Resultado de um trabalho prático e participativo, a partir de discussões e contribuiçõesde diversos profissionais do setor público estadual, em oficinas e reuniões, foi possibilitadoum aprendizado consistente sobre o assunto e a construção dos passos da metodologia. Aelaboração do Modelo Lógico de Gestão de Programas e Projetos Governamentais (MLGP),é um dos passos mais importantes para a utilização desta Sistemática, na medida que possi-bilita o compartilhamento de informações sobre o real funcionamento de uma intervençãogovernamental, através da explicitação das atividades planejadas e dos resultados esperados,demonstrando as premissas e os objetivos do programa a ser monitorado e avaliado.

É importante registrar que este documento constitui-se em um primeiro esforço de constru-ção metodológica para nortear as práticas de M&A no Estado, contribuindo para a disseminação dosaspectos teóricos e processuais na gestão dos programas e projetos governamentais.

O P

RO

CE

SS

O D

E C

RIA

ÇÃ

O

Page 11: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 11

A L

ING

UA

GE

M D

OM

ON

ITO

RA

ME

NT

O E

AVA

LIA

ÇÃ

O A LINGUAGEM DO

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

Apesar da crescente disseminação de trabalhos de monitoramento e avaliação

em instituições públicas e privadas do Brasil e do mundo, ainda encontramos muito

dissenso sobre alguns dos seus principais conceitos. Assim, torna-se imprescindível na

elaboração de qualquer sistemática de monitoramento e avaliação, uma definição pré-

via dos conceitos a serem adotados ao longo do trabalho.

No início deste projeto foi realizada uma oficina de Alinhamento Conceitual onde

foram apresentadas definições dos termos “monitoramento” e “avaliação” adotados

por organizações nacionais e internacionais. A partir de uma síntese dessas definições,

foi elaborado o quadro abaixo que ressalta as diferenças entre os dois instrumentos:

Foram também analisados diferentes tipos de avaliação e seus objetivos, ficando

então definido que a Sistemática aqui apresentada será instrumento para a realização

de avaliações com as seguintes características:

Interna (Internal Evaluation) – conduzida por membros das organizações as-

sociadas ao programa, projeto ou objeto que está sendo avaliado.

Monitoramento AvaliaçãoAtividade de gestão interna e contínua. Atividade interna ou externa.Acontece durante a implementação Pode acontecer antes, durante ou depois dado programa ou projeto. implementação de um programa ou projeto.Compara o que está sendo realizado Com base em dados levantados pelocom o que foi planejado. monitoramento e outras fontes, julga o

desempenho de um projeto de acordo comcritérios pré-estabelecidos, tais como: eficácia, efi-ciência, efetividade, sustentabilidade, dentre outros.

Page 12: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS12

Formativa (Formative Evaluation) – utilizada durante a implementação de um

programa ou projeto, para fornecer informações que permitam o seu aprimo-

ramento. Avaliações Formativas são usadas para dar um retorno às equipes

técnicas sobre os componentes do programa/projeto que estão funcionando

e aqueles que precisam ser modificados.

De Programas ou Projetos (Program Evaluation) – utilizada para determinar se

os objetivos, formato e resultados do programa ou projeto estão adequados, as-

sim como seu grau de eficiência, eficácia e efetividade na aplicação dos recursos.

Dentro do ciclo governamental de criação e execução de políticas e programas,

esta Sistemática visa à realização de avaliações de processo e resultados de programas

em fase de implementação, conforme demonstrado na figura a seguir:

Formato Estratégicoda Política

Formulação do Programa

Início daoperacionalização Implementação

Reformulação,expansão,redução,

encerramento

Avaliação dasnecessidades/

questõesprioritárias

Avaliaçãoprévia

Avaliação deprocesso

Avaliação deresultados

Avaliaçãofinal

A Avaliação no Ciclo das Políticas Públicas A L

ING

UA

GE

M D

OM

ON

ITO

RA

ME

NT

O E

AVA

LIA

ÇÃ

O

Page 13: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 13

Avaliações de processo e resultados podem acontecer simultaneamente,

complementando-se na função de orientar as equipes gestoras para maior compre-

ensão do programa, seu funcionamento e seus resultados junto ao público-alvo.

A avaliação de processo visa determinar o grau em que o programa está ope-

rando conforme planejado. Este tipo de avaliação tem como objetivo entender o

funcionamento do programa – a partir da análise do que ele faz e de quem são seus

beneficiários – para, assim, aprimorar suas ações. A avaliação de processo também

ajuda na identificação dos elementos essenciais para o melhor desempenho do pro-

grama em termos de produtos, resultados e impactos. Em geral, responde a pergun-

tas em duas categorias – cobertura e processo.

Cobertura: analisa o alcance do programa e as características dos

beneficiários.

Processo: analisa a consistência do programa e a qualidade de sua im-

plementação.

Exemplos de Perguntas Avaliativas de Processo

Quanto à cobertura:

Quais são as principais características dos participantes?

Estamos atendendo quem deveríamos atender?

Em qual proporção estamos conseguindo atender aqueles que nos procuram?

Quanto ao processo de implementação do programa:

As atividades estão acontecendo conforme planejado?

Quais são os pontos fortes e fracos das estratégias e atividades do programa?

Como os diferentes atores percebem o programa?A L

ING

UA

GE

M D

OM

ON

ITO

RA

ME

NT

O E

AVA

LIA

ÇÃ

O

Page 14: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS14

A avaliação de resultados analisa em que grau o programa vem produzindo os

benefícios e transformações a que se propõe. As atividades de um programa produzem

três tipos de resultado: produtos (outputs), resultados (outcomes) e impactos (impact).

Atividades: procedimentos do programa que são mobilizados visando à ob-

tenção dos efeitos desejados (como o treinamento de produtores, perfuração

de poços, etc.).

Produtos: efeitos imediatos de cada atividade do programa (como o número

de pessoas capacitadas, aulas dadas, materiais produzidos, etc.).

Resultados: impactos de curto prazo, resultado direto do programa nos seus

beneficiários (normalmente referem-se a mudanças de conhecimento, habili-

dades, comportamento e valores).

Impactos: benefícios e transformações de médio e longo prazo para os parti-

cipantes e beneficiários indiretos do programa (suas famílias e comunidades).

Exemplos de Perguntas Avaliativas de Resultado

Quanto aos produtos:

Estamos fazendo o que dissemos que íamos fazer?

As metas estão sendo cumpridas? Se não, por que não?

Quanto aos resultados:

Estamos fazendo a diferença que planejamos fazer?

Que efeitos o programa tem sobre os beneficiários diretos e indiretos?

Quanto aos impactos:

O programa causou os impactos esperados?

Que grandes transformações o programa provocou na vida de seus beneficiários?A

LIN

GU

AG

EM

DO

MO

NIT

OR

AM

EN

TO

E A

VALI

ÃO

Page 15: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 15

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

ASPECTOS CONCEITUAIS

A metodologia utilizada nesta Sistemática de Monitoramento e Avaliação baseia-

se em alguns conceitos, princípios e práticas mundialmente adotados por instituições e

profissionais da área.

Três foram os principais princípios norteadores deste trabalho:

1. A avaliação deve ser um instru-

mento de gestão, desde a sua

elaboração até o futuro uso de

seus resultados.

2. O valor da avaliação está na sua

utilidade, na sua capacidade de

atender às necessidades de infor-

mação de seus usuários.

3. O processo de avaliação deve ser

construído e implementado de

maneira compartilhada pelos

avaliadores com a equipe técni-

ca executora do programa.

Estes princípios baseiam-se

em conceitos de Michael Quinn

Patton, ex-presidente da Associação

Americana de Avaliação (American

Evaluation Association). Em sua obra

“Avaliação com Foco na Utilização”

(Utilization-focused Evaluation), Patton

reforça a idéia de que “avaliações

deveriam ser julgadas pela sua

utilidade e real uso”. Visando garantir

esta utilidade, Patton defende a prévia

identificação e engajamento dos

usuários da avaliação, pois, segundo

ele, “é mais provável que os

potenciais clientes da avaliação a

utilizem se eles compreenderem e se

apropriarem do processo de avaliação

e seus resultados”2.2 Patton, Michael Quinn. (1997). Utilization-focused evaluation: thenew century text. Londres: Sage Publications.A

SPE

CTO

S CO

NCE

ITU

AIS

Page 16: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS16

OBJETIVOS

A Sistemática de Monitoramento e

Avaliação tem como objetivos:

1. Proporcionar avaliações periódi-

cas do desempenho dos progra-

mas, instrumentalizando as equi-

pes do Governo na gestão de

recursos e obtenção de resulta-

dos mais efetivos.

2. Incorporar a atividade de moni-

toramento e avaliação como um

instrumento de rotina em pro-

gramas governamentais.

Para estar apta a coordenar

as atividades, a equipe Matricial deve

ser capacitada em temas como:

Os mitos sobre avaliação;

Os principais conceitos e tipos de

avaliação;

A lógica e os valores da avaliação;

A avaliação com foco na utilização

– seus passos e desafios;

Os princípios da avaliação

participativa;

A relação entre políticas,

programas e projetos;

A análise de avaliabilidade;

O modelo lógico de gestão do

programa – sua função e seus

componentes.

AS

PE

CTO

CO

NCE

ITU

AIS

Page 17: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 17

Page 18: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS18

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

O PROCESSO EM 12 PASSOSO PROCESSO EM 12 PASSOSO PROCESSO EM 12 PASSOSO PROCESSO EM 12 PASSOSO PROCESSO EM 12 PASSOS

A Sistemática de Monitoramento e Avaliação é uma metodologia

para ser aplicada em programas e projetos estratégicos do Governo3. Ela permite

a obtenção periódica de informações sobre o desempenho das ações governa-

mentais, propiciando o aprimoramento da sua execução, subsidiando a tomada de

decisão quanto a novos projetos e parcerias e, assim, resultando na melhoria da

gestão nos níveis estratégico, tático e operacional.

Para facilitar a aplicação desta Sistemática, foram definidos 12 passos a partir da

experiência-piloto vivida com o Programa Cabra Forte.

3 A Sistemática aqui apresentada pode ser aplicada tanto a programas quanto aprojetos governamentais. Neste roteiro, o termo “programa” é usado de maneirageneralizada, representando programas e projetos. O

PR

OC

ES

SO

EM

12

PA

SS

OS

Page 19: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 19

PASSO 1: Definição do programa ou○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

projeto a ser avaliado

O processo de avaliação de um programa é complexo e exige bastan-

te dedicação não só dos avaliadores, mas também da equipe gestora. Por isso, a deci-

são de avaliar determinado programa deve ser tomada a partir do comprometimento

de todos os envolvidos na sua execução.

A definição de critérios técnicos para auxiliar na decisão de qual programa

deverá ser avaliado, ajuda no estabelecimento das diretrizes do trabalho e alinha o

entendimento de todos os participantes sobre a importância do estudo avaliativo a

ser desenvolvido.

Entre os critérios que podem ser adotados na seleção de programas a serem

avaliados estão:

Prioridade do tema: grau de importância do tema foco do programa.

Clareza de foco: grau de clareza dos objetivos do programa.

Visibilidade: grau de visibilidade do programa para a população da Bahia.

Interesse dos gestores e responsáveis institucionais em avaliar: grau de inte-

resse em avaliar o programa.

Concordância: grau de entendimento entre os gestores envolvidos quanto aos

objetivos, metas e resultados.

Conhecimento: existência de informações que permitam o acompanhamento

da execução física e financeira.

Volume de recursos orçamentários: recursos orçamentários disponíveis para

o programa.PA

SS

O

1

Page 20: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS20

PASSO 2: Formação de equipe mista de avaliação○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

e elaboração do plano de trabalho

A metodologia adotada nesta Sistemática prevê a formação de uma equipe

mista de avaliação, formada por avaliadores da própria unidade gestora do programa a

ser avaliado, equipe técnica do programa e, se necessário, consultores externos contra-

tados. A Seplan dará o apoio em todo o processo de avaliação quanto aos procedimen-

tos, normas e nas atividades relativas ao planejamento, articulação e gestão da informa-

ção. No caso de avaliação de programas multisetoriais, todas as Secretarias e Órgãos

envolvidos na execução do programa

deverão estar representados na equi-

pe mista de avaliação. Desta forma,

garante-se que todas as perspectivas

setoriais serão consideradas no estudo.

A primeira tarefa a ser execu-

tada pela equipe mista de avaliação

é a elaboração do plano de trabalho

para a aplicação da Sistemática de

Monitoramento e Avaliação no pro-

grama escolhido. A partir de infor-

mações do programa a ser avaliado

e da disponibilidade de recursos (hu-

manos, financeiros e de tempo) a

equipe deverá detalhar as etapas

apresentadas neste roteiro, definin-

do prazos e responsáveis.

Principais Funções da Equipe

Mista de Avaliação:

Articular o processo avaliativo com os

interesses e necessidades dos potenci-

ais clientes da avaliação;

Participar da elaboração do Modelo

Lógico de Gestão do Programa e da

definição do escopo da avaliação;

Coletar, analisar e sistematizar as

informações sobre o desempenho do

programa para garantir seu contínuo

monitoramento;

Elaborar relatórios de avaliação do

programa com recomendações para

seu aprimoramento. PA

SS

O 2

Page 21: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 21

PL

AN

O D

E T

RA

BA

LH

O

PLANO DE TRABALHO

12. Elaboração e disseminação do Relatório de Avaliação

11. Tabulação e análise dos dados coletados

10. Coleta de dados

9. Criação dos instrumentos para coleta de dados

8. Definição dos indicadores de M&A

7. Análise de instrumentos de M&A e registros existentes

6. Definição do escopo de avaliação

5. Análise das expectativas dos clientes de avaliação

4. Elaboração do Modelo Lógico de Gestão

3. Entrevista com potenciais clientes de avaliação

2. Formação da equipe mista de avaliação

1. Definição do programa a ser avaliado

Page 22: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS22

PA

SS

O

3PASSO 3: Identificação e entrevista com os○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

potenciais clientes da avaliação

Os potenciais clientes de uma avaliação são as pessoas e grupos

que são afetados pelos seus resultados, estão em posição de tomar decisões

sobre a avaliação, e pretendem usar as informações sobre o processo e os resul-

tados da avaliação para definir futuras ações.

A equipe de avaliação deverá definir no início dos trabalhos quem são os potenci-

ais clientes da avaliação e entrevistá-los para conhecer suas expectativas e necessida-

des de informação que o estudo avaliativo deverá atender.

PROGRAMA CABRA FORTE

Potencias clientes da avaliação entrevistados: Secretários da Agricultu-

ra, de Combate à Pobreza e do Planejamento; Representantes das Superinten-

dências da Seplan; Gestor do Programa Cabra Forte; Representantes das unida-

des envolvidas: Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A. (EBDA), Com-

panhia de Engenharia Rural da Bahia (CERB), Companhia de Desenvolvimento e

Ação Regional (CAR) e Superintendência de Articulação e Programas Especiais da

Secretaria de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (SPE/Secomp).

Page 23: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 23

MODELO DE QUESTIONÁRIO A SER APLICADO COMOS CLIENTES DA AVALIAÇÃO.

Com relação à avaliação do programa:

1. Quais são as suas expectativas sobre o processo e os resultados desta

avaliação?

2. Como esta avaliação poderia contribuir para o aperfeiçoamento deste projeto?

3. Quais perguntas você gostaria que fossem respondidas por esta avaliação?

4. De que maneira as respostas a essas perguntas ajudariam no seu trabalho?

5. Quais decisões os resultados da avaliação poderiam influenciar?

6. Que dados e informações são necessários para esta tomada de decisão?

7. Quem deveria estar envolvido no processo de avaliação para orientá-lo

quanto às suas expectativas?

8. Como nós poderemos saber no futuro se esta avaliação foi útil?

9. Outras informações e comentários?

Dados do Responsável

Nome:

Cargo:

Telefone:

PA

SS

O

3

Page 24: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS24

As informações coletadas junto aos potenciais clientes da avaliação deverão ser

tabuladas e analisadas de maneira a orientar a definição do escopo da avaliação a ser

realizada. Este processo de tabulação e análise deverá ser feito em três etapas:

1. Despersonalização das informações.

2. Tabulação por categoria de análise.

3. Priorização das expectativas e perguntas de avaliação.

PROGRAMA CABRA FORTEExpectativas dos Clientes sobre a Avaliação

Quanto ao processo:

Que utilize procedimentos de avaliação adequados às características do

Programa;

Que apure os resultados com qualidade e eficiência;

Que identifique a necessidade de um eficiente banco de dados para controle

e monitoramento do Programa;

Que torne possível o monitoramento das ações do Programa de uma forma

que seja facilmente exeqüível;

Que crie um instrumento de fácil execução.

Quanto aos produtos:

Que possibilite a criação de banco de dados;

Que gere informações sobre a eficiência, eficácia e efetividade do Programa;

Que possibilite análise das transformações provocadas pelo Programa no

seu público-alvo (resultados);P

AS

SO

3

Page 25: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 25

Que evidencie os resultados (positivos ou não) das intervenções, e se os

investimentos realizados atendem às necessidades e expectativas dos pe-

quenos criadores de caprinos e ovinos;

Que demonstre se o Programa está alcançando os objetivos preconizados,

ou seja, a melhoria da qualidade de vida da população e da região;

Que analise até que ponto o Programa atende às necessidades dos beneficiários;

Que analise o desempenho do Programa.

Quanto aos resultados:

Que possibilite maior registro e disseminação para conscientização das equi-

pes sobre os trabalhos que estão sendo realizados;

Que possibilite a transparência, eficiência e eficácia dos recursos aplicados

nos projetos do Governo;

Que as equipes internalizem os conceitos de avaliação e passem a vê-los

como instrumentos de gestão, para o aprimoramento e reconhecimento

de seus esforços;

Que possibilite a melhoria do fluxo de informações entre as equipes de trabalho;

Que tenha continuidade no processo de avaliação da ação governamental;

Que tenha continuidade para que a metodologia seja preservada e se tenha

registro de séries históricas.

Quanto ao futuro uso:

Que sirva de subsídio para o planejamento estadual e para a tomada de

decisões quanto a novos financiamentos e parcerias;

Que leve à correção dos desvios identificados e subsidie outros programas.PA

SS

O

3

Page 26: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS26

PA

SS

O

4○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

PASSO 4: Elaboração do Modelo Lógico de Gestão

O Modelo Lógico de Gestão do Programa (MGLP) é um instru-

mento visual e sistêmico de apresentação e compartilhamento de informações so-

bre os recursos alocados em um programa, as atividades previstas, os produtos e as

mudanças que se esperam alcançar no curto, médio e longo prazo. De forma sim-

ples, o MLGP retrata um programa conforme ele vem sendo executado, facilitando

a comunicação sobre o seu propósito fundamental e tornando-se um ponto de refe-

rência para todos os envolvidos na sua implementação. É importante sinalizar que

apenas as atividades prioritárias para o desenvolvimento do programa deverão ser

incluídas no Modelo Lógico de Gestão.

Oficinas deverão ser realizadas com os principais responsáveis pela execução do

programa a ser avaliado, para construção conjunta do MLGP.

Apresenta-se a seguir a sugestão da estrutura do Modelo Lógico de Gestão a ser

adotado nesta Sistemática, e sua lógica de leitura.

Page 27: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 27

PA

SS

O

4

Page 28: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS28

PA

SS

O

5○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

PASSO 5: Análise de avaliabilidade

A análise de avaliabilidade tem por objetivos buscar informações sobre o

formato do programa, explorar sua realidade e ajudar a conhecer sua estrutura, antes

que seja feita a avaliação de seus resultados. Ela ajuda a definir se o programa pode ser

efetivamente avaliado e se sua avaliação contribuiria para melhorar seu desempenho.

Sendo uma espécie de “pré-avaliação”, esta análise traz benefícios como:

prevenir o desperdício de recursos com avaliação;

ajudar os potenciais clientes da avaliação a formularem perguntas avaliativas

importantes e significativas;

facilitar o consenso entre avaliadores e equipe técnica do programa sobre o

objeto e escopo da avaliação a ser realizada, e a metodologia que será adotada.

Realizada com base no Modelo Lógico de Gestão, a análise de avaliabilidade deve

buscar responder a cinco questões básicas:

1. Quais são os principais componentes do programa?

2. Quais são os principais objetivos e metas do programa?

3. As pessoas envolvidas na gestão no programa concordam com seus objetivos?

4. Existe uma conexão lógica entre os objetivos, atividades e resultados

esperados?

5. Quais seriam os melhores indicadores e/ou critérios para avaliar o alcance dos

objetivos?Se não houver consenso sobre o que é oprograma e seus principais componentes, ele

ainda não pode ser avaliado.

Page 29: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 29

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

PASSO 6: Definição do escopo da avaliação

O escopo da avaliação é uma combinação de sua(s) principal(is) finalidade(s)

e do foco que o estudo deverá ter, ou seja, as perguntas avaliativas que deverá respon-

der para cumprir esta finalidade.

Vale destacar que o foco de todo processo avaliativo deve estar na sua utilidade

para os tomadores de decisão e gestores do programa. Para garantir que a avaliação

possa ser um efetivo instrumento gerencial, é fundamental que se tenha clareza sobre

o objeto a ser avaliado e sobre as expectativas dos seus principais usuários, os potenci-

ais clientes da avaliação.

A partir destas expectativas com relação aos produtos, resultados e futuro uso da

avaliação, pode-se definir a(s) sua(s) principal(is) finalidade(s). E então, todo o processo

de definição de indicadores e criação de instrumentos deverá ser realizado de maneira

a garantir o alcance desta(s) finalidade(s).

A definição das perguntas avaliativas deverá ser feita a partir da análise das

perguntas trazidas pelos potenciais clientes sob a ótica dos critérios de avaliação a

serem adotados no estudo.

PA

SS

O

6

Page 30: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS30

PROGRAMA CABRA FORTEPerguntas Avaliativas sugeridas pelos Clientes de Avaliação

Estamos fazendo o que nos propusemos a fazer (melhoria genética, poços, etc.)?

As metas estão sendo cumpridas quanto a: quantidade de produtores benefici-

ados, sistemas construídos, cisternas, pulmão verde implantados, assistência

técnica disponível e crias distribuídas para melhoria genética do rebanho?

Que resultados estão sendo alcançados em comparação com os previstos?

Os sistemas de abastecimento de água (a partir de poços e barragens) e de

cisternas construídos atendem às necessidades dos grupos de produtores e co-

munidades eleitos como público do Projeto?

Quais os principais componentes do Projeto que contribuem positiva e negati-

vamente para o alcance de seus resultados?

Qual é a diferença que o Projeto está fazendo junto ao seu público-alvo?

(Efetividade)

Os resultados estão sendo positivos para a população beneficiada?

O objetivo do Programa está sendo atingido?

Que ações estamos fazendo para que os produtores efetivamente assumam a

propriedade do processo? (Sustentabilidade)

Qual o custo x benefício do Programa?

Qual o grau de eficiência na alocação de recursos neste Programa?

PA

SS

O

6

Page 31: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 31

As perguntas avaliativas deverão ser sintetizadas segundo os seguintes crité-

rios de avaliação:

Eficácia – expressa o grau em que o programa realiza o que havia sido pro-

posto, alcançando suas metas e objetivos;

Eficiência – estabelecida pela menor relação custo x beneficio possível para

a realização das atividades e alcance dos objetivos do programa;

Efetividade – o grau em que o programa alcança os resultados e impactos

pretendidos junto ao seu público-alvo.

PROGRAMA CABRA FORTEPerguntas Avaliativas Sintetizadas

1. Qual o grau de alcance das metas e objetivos do Programa?

Análise do grau de eficácia da implantação do Programa até o momento.

2. Qual o custo x benefício das principais estratégias do Programa?

Análise do grau de eficiência a partir do levantamento do total de recursos

aplicados em cada estratégia do Programa e os produtos por ela gerados.

3. Qual é a diferença que o Programa está fazendo junto ao seu público-alvo?

Análise do grau de efetividade do Programa na obtenção de resultados sele-

cionados a partir do Modelo Lógico de Gestão.

PA

SS

O

6

Page 32: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS32

PA

SS

O 7PASSO 7: Análise dos instrumentos e registros

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

já disponíveis do programa

Parte importante das informações que subsidiam a avaliação de eficácia

e eficiência de um programa vem dos registros administrativos gerados ao longo de sua

execução. A partir do registro sistematizado das atividades, seus principais produtos e

custos, a equipe gestora do programa dispõe de dados para comparar o realizado com o

previsto em determinado período, monitorando, assim, o desempenho do programa.

O levantamento e análise dos registros administrativos antecede e subsidia a mon-

tagem dos instrumentos de monitoramento. Daí a necessidade de registros confiáveis,

tempestivos, úteis e bem estruturados.

Nesta etapa do trabalho deverão ser analisados os modelos de registro das reali-

zações já em uso pela equipe gestora e pelos técnicos, nos vários níveis de execução

do programa. Essa pesquisa fornecerá aos avaliadores importantes informações sobre

falhas ou inadequação dos instrumentos de registro e dos processos de sistematização

dessas informações. A partir do que já existe, de seu funcionamento e uso, os avaliado-

res poderão propor formas de aprimorar o fluxo de informações, de maneira que

permita realizações periódicas de avaliações sobre o desempenho do programa.

Para checagem e complementação das informações é necessário, no entanto,

que se apliquem também outros instrumentos quantitativos e qualitativos junto aos

beneficiários do programa e aos atores intermediários no seu processo de execução.

O diagrama a seguir retra-

ta o fluxo de informações pro-

posto por esta Sistemática de

Monitoramento e Avaliação:

Page 33: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 33

PASSO 8: Definição dos indicadores de monito-○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

ramento e avaliação a serem utilizados

Indicadores são medidas quan-

titativas e/ou qualitativas que funcio-

nam como um termômetro do pro-

gresso de um programa, indicando os

avanços obtidos em relação aos obje-

tivos e metas traçados. Como o pró-

prio nome sugere, são sinalizadores

que buscam expressar algum aspecto

da realidade, de forma que possamos

observá-lo ou mensurá-lo.

Indicadores de desempenhosão usados para verificar e mensurar os

possíveis impactos, resultados, produtos,

processos e recursos alocados em um

programa, permitindo, assim, seu moni-

toramento e avaliação. A partir do que se

quer avaliar, ou seja, das perguntas

avaliativas e da análise dos principais com-

ponentes do programa apresentados no

seu Modelo Lógico de Gestão, devem ser

definidos os indicadores de desempenho

a serem utilizados para o monitoramen-

to e avaliação do programa.

Características de umbom indicador

Ser válido – que meça o que sesupõe dever ser medido;

Ser confiável – que seja verificável;

Ser relevante – que tenha relevânciaem relação aos objetivos do programa;

Ser sensitivo – que seja sensível àsmudanças da situação que é observada;

Ser aceitável – que seja aceito pelapopulação em estudo e pelosprincipais clientes da avaliação;

Ser específico – que sejaespecificamente adaptado aosobjetivos do programa;

Ser oportuno – que possa ser consti-tuído e reportado em tempo hábil;

Ser tecnicamente viável – que osdados requeridos possam sercoletados e mensuráveis;

Ser custo-efetivo – que os dadosrequeridos possam ser coletados aum custo razoável.P

AS

SO

8

Page 34: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS34

Nesta etapa, é fundamental que se realize um exercício para a seleção dos indica-

dores a serem utilizados e a definição de seus respectivos descritores. Os descritores

são fundamentais para garantir a uniformidade de conceitos e um entendimento com-

partilhado sobre o que será medido.

O Descritor do Indicador traduz em linguagem simples e objetiva o que está

sendo medido. Seu uso garante o alinhamento de conceitos entre os responsáveis pela

coleta dos dados, dando maior consistência às informações produzidas pela avaliação.

Além disso, deve-se também, definir as principais fontes de informação para a

obtenção dos dados necessários à composição de cada indicador e a periodicidade

com que esta informação pode ser obtida. O quadro a seguir exemplifica como este

exercício pode ser realizado:

PROGRAMA CABRA FORTESíntese do processo de construção dos indicadores

Após a validação do escopo da avaliação com a equipe Matricial, deu-se início o traba-lho de construção conjunta dos indicadores de M&A do Programa. O primeiro passo foidefinir para cada atividade a ser avaliada:

indicadores de produto;

seus descritores (para garantir uniformidade de conceitos com os responsáveispelo fornecimento dos dados);

a periodicidade ideal da coleta dos dados;

as melhores fontes de informação.

PA

SS

O 8

Page 35: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 35

PROGRAMA CABRA FORTEEste trabalho foi desenvolvido em uma oficina de quatro horas, onde

a equipe Matricial, dividida em grupos por estratégia do Programa e orientada pelos

avaliadores, detalhou o foco da avaliação.

Nessa oficina, foi também realizada uma consulta com a equipe Matricial sobre

o grau de execução das estratégias do Programa, para verificar se o tempo de

implantação de cada atividade, descrita no Modelo Lógico de Gestão, tornava viável

a sua avaliação nas três categorias: eficácia, eficiência e efetividade. A conclusão a

que se chegou, foi que este estudo avaliativo deveria priorizar o levantamento de

dados referentes à eficácia (o que o Programa realizou desde seu início até o mo-

mento atual) e à eficiência do Programa (a relação custo x benefício das atividades).

O planejamento da avaliação de efetividade das ações de um programa depen-

de da análise dos dados relativos ao grau de realização das atividades, sua

espacialização geográfica e o momento de sua execução. Estas informações são

fundamentais para que se estabeleçam os procedimentos metodológicos adequa-

dos para verificar os resultados, ou impactos de curto prazo, no público-alvo.

Apenas como exercício de capacitação da equipe de avaliadores, foram selecio-

nados alguns resultados do Programa – considerados os mais estratégicos – para

comprovar as transformações já realizadas pelo Cabra Forte na vida dos seus bene-

ficiários, para os quais foram definidos indicadores de efetividade.

PA

SS

O 8

Page 36: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS36

PROGRAMA CABRA FORTE

1.1.1 Perfuração e recuperação depoços tubulares

• Poços instalados• Produtores beneficiados/

Comunidades de abrangência• Produção de água

1. Nº de poços instalados no período

2. Nº de produtores beneficiados/comunidade (grupo de produtores) /município/ pólo

3. Produção potencial de geração deágua disponível por poço instalado /comunidade / município / pólo

4. Produção efetiva de geração deágua disponibilizada por poçoinstalado/ comunidade / município /pólo

1. Nº de Sistemas Simplificados deAbastecimento de Água (SSAA)entregues à comunidade a partir depoços, em condições de oferecerágua em quantidade e qualidadeadequadas para consumo animal.

2. Produtores pertencentes àscomunidades do Programabeneficiados com os novos poçosinstalados.

3. Capacidade potencial de produçãode água dos poços instalados,medida em m³/hora.

4. Capacidade real de produção deágua dos poços instalados, medidapor m³/hora.

1. Mensal

2. Mensal

3. Mensal (dosnovos poçosinstalados)

4. Mensal (dosnovos poçosinstalados).

Técnicos da Cerb

Componentes a Serem Avaliados Indicadores de Desempenho Descritor dos IndicadoresPeriodicidade da

InformaçãoFonte de

Informação

Objetivo Específico: Ampliar e melhorar a oferta de água para os produtores.

Estratégia: 1.1. Disponibilizar ponto de água confiável para grupos de 15 a 20 produtores.

PERGUNTA AVALIATIVA Eficácia: Qual o grau de alcance das metas e objetivos do Programa?

PA

SS

O 8

Page 37: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 37

PASSO 9: Definição e criação dos instrumentos○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

para coleta de dados

A definição dos instrumentos para a coleta de dados a serem utilizados

no estudo avaliativo depende da escolha do tipo de abordagem que se quer adotar.

Abordagens quantitativas têm a vantagem de permitir mensuração, comparação e

generalização das informações obtidas, no entanto as abordagens qualitativas per-

mitem uma análise mais aprofundada das experiências estudadas.

Os métodos de coleta de dados quantitativos mais comumente utilizados são a

pesquisa de dados disponíveis em sistemas de acompanhamento e monitoramento do

programa, e a aplicação de questionários ou formulários junto aos beneficiários e ato-

res intermediários da sua execução. No caso de abordagens qualitativas, os métodos

de coleta de dados mais usados são entrevistas, grupos focais e observação direta.

Cada instrumento criado deverá ser pré-testado para análise de sua consistência e

clareza, e avaliação da relevância e viabilidade dos dados por ele coletados. Uma simu-

lação da tabulação e análise dos dados coletados no pré-teste também ajuda no apri-

moramento do instrumento antes da sua aplicação generalizada.

O sucesso desta etapa é fundamental para a realização de uma avaliação que per-

mita uma utilização plena de seus resultados. Não basta escolher bons indicadores

teóricos e de aplicações gerais, torna-se imprescindível a relevância, bem como

pertinência ao objeto avaliado e, sobretudo, a operacionalidade, sem implicar em ex-

cessos de utilização de recursos (tempo, recursos financeiros e recursos humanos).

PA

SS

O 9

Page 38: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS38

PROGRAMA CABRA FORTEO levantamento dos indicadores

Em oficina, produziu-se um levantamento preliminar das informações existen-

tes sobre a eficácia e eficiência do Programa e, a partir destes dados, elaborou-se

uma estratégia para avaliação da efetividade, já que esta última requer a aplicação

de instrumentos qualitativos e uso de técnicas de amostragem, o que só pode ser

definido a partir de informações concretas sobre as realizações do Programa, sua

temporalidade e espacialização.

Foram criados os instrumentos para a coleta dos dados elaborados a partir da

definição das informações necessárias para a alimentação dos Indicadores de Eficá-

cia e Eficiência selecionados para esta avaliação, conforme modelo previamente

estabelecido.

Os instrumentos foram validados pelos membros da equipe Matricial respon-

sáveis por cada estratégia.

Ficou estabelecido que fossem criados formulários para coleta dos dados nos

seguintes períodos:

Consolidado 2003

Consolidado 2004

Mês a mês – de janeiro a abril de 2005

PA

SS

O 9

Page 39: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 39

PROGRAMA CABRA FORTE

Eficácia:

• Nº poços instalados x nº previsto• Nº de produtores beneficiados x nº previsto• Espacialização dos poços instalados• Espacialização dos produtores beneficiados• Produção potencial de geração de água disponível nos

poços instalados• Produção efetiva de geração de água disponibilizada

nos poços instalados

Eficiência:

• Produção potencial de geração de água x produçãoefetiva de geração de água disponibilizada nos poçosinstalados

• Custo de produção da água com poço x Nº deprodutores atendidos

• Nº de poços instalados no período/ comunidade/município/ pólo.

• Meta de instalação de poços no período/ comunidade/município/ pólo.

• Nº de produtores beneficiados/ comunidade (grupode produtores)/ município/ pólo.

• Meta de produtores a serem beneficiados com poçosno período/ comunidade/ município/ pólo.

• Capacidade potencial de produção de água dospoços instalados (em m³/hora)/ poço/ comunidade/município/ pólo.

• Capacidade real de produção de água dospoços instalados (em m³/hora)/ poço/comunidade/ município/ pólo.

• Custo de instalação dos poços no período/comunidade/ município/ pólo.

1.1.1 Perfuração erecuperação de poçostubulares

COMPONENTES DADOS A SEREM COLETADOS INDICADORES

Exemplo de dados a serem coletados e definição de alguns indicadores

Para uma completa visualização das realizações do Programa, foi acordado com a equipe

Matricial que os dados seriam coletados nos seguintes níveis de desagregação:

por pólo do Programa

por município atendido

por comunidade beneficiada

por grupos de produtores beneficiados

Desta maneira, as informações poderiam ser espacializadas e consolidadas nos diferen-

tes níveis de execução do Programa, permitindo comparações sobre as realizações e

alocações de recursos.

PA

SS

O 9

Page 40: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS40

PA

SS

O 1

0○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

PASSO 10: Coleta dos dados

O processo de coleta dos dados deve ser planejado a partir da definição

dos instrumentos que serão utilizados, das informações que serão pesquisadas e do

prazo de que se dispõe para a obtenção dessas informações. A característica da popu-

lação-alvo, a característica espacial e os indicadores de desempenho físico-financeiro

são dados relevantes para serem coletados.

As primeiras informações a serem levantadas dizem respeito ao processo de exe-

cução do programa e seus produtos. A partir dos dados sobre as realizações do pro-

grama, obtidos no sistema de monitoramento e de outras fontes de informações, os

avaliadores poderão coletar os indicadores de eficácia e eficiência definidos. Os indica-

dores de eficácia e eficiência são obtidos, freqüentemente, a partir dos registros admi-

nistrativos do próprio programa. Já os indicadores de efetividade, exigem seu levanta-

mento direto junto à população beneficiária ou a registros censitários.

Na coleta de dados com beneficiários do programa, pode-se optar pela pesquisa

com toda a população a ser estudada ou por amostragem. Censos demográficos e

econômicos, relatórios de acompanhamento da execução físico-financeira, relatórios

de avaliações anteriores, artigos ou informações de divulgação, são fontes que podem

ser consultadas para o levantamento das informações.

Nesta etapa, é importante dispor de um banco de dados de registros adminis-

trativos consistente com o MLGP. É necessário também, capacitar os executores

do programa, especialmente os técnicos responsáveis pela obtenção das informa-

ções primárias.

Page 41: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 41

PROGRAMA CABRA FORTEProcesso de coleta de dados

A partir das fontes de informação de cada indicador definidas pela equipe

Matricial, o processo de coleta dos dados foi desenhado, respeitando a estrutura

operacional do Programa Cabra Forte. Como o Programa é uma combinação de

estratégias sob a responsabilidade de várias Secretarias e Órgãos Governamen-

tais, foi definido que cada entidade executora ficaria responsável pelo repasse das

informações referentes à sua parte no Programa. A equipe de avaliadores sinteti-

zou e analisou os dados, validando-os com a equipe Matricial antes da elaboração

do relatório de avaliação.

Os instrumentos de coleta de dados foram enviados aos membros da equipe

Matricial, que ficaram responsáveis por criar os canais adequados para a obtenção

dessas informações nos níveis operacionais do Programa. Ao final do trabalho, o

resultado da avaliação deve retornar aos vários níveis garantindo a disseminação

das informações obtidas, conforme ilustração a seguir:

PA

SS

O 1

0

Page 42: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS42

PA

SS

O 1

1PASSO 11: Tabulação e análise dos○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

dados coletados

Todos os dados devem ser tabulados, ou seja, organizados de maneira

a facilitar a sua interpretação e análise, tendo em vista as perguntas avaliativas a serem

respondidas. A tabulação e análise dos dados serão decorrentes da sua natureza: quan-

titativos ou qualitativos.

Em uma avaliação, os textos e observações coletados vêm de várias fontes como:

respostas a perguntas abertas de questionários, transcrições de grupos focais ou entre-

vistas, roteiros de observação de casos, ou, ainda, resumos de relatórios e documen-

tos pesquisados.

Tanto as fontes de informações, como as técnicas quantitativas e qualitativas utili-

zadas para a coleta de dados, devem ser combinadas para uma compreensão mais

abrangente do programa. As informações sobre o previsto e o realizado, os principais

produtos entregues aos beneficiários, e a espacialização destas realizações, são dados

importantes para subsidiar a avaliação de desempenho do programa.

Page 43: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 43

PROGRAMA CABRA FORTETabulação e análise dos dados coletados (alguns exemplos)

PA

SS

O 1

1

Page 44: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS44

PA

SS

O 1

1

Page 45: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 45

INDICADOR DE EFETIVIDADE(Qual a diferença que o Programa está fazendo no seu público-alvo?)

RESULTADOS ESPERADOSMaior acesso dos produtores a água de qualidade para consumo animal +Dessedentação dos animais.

SITUAÇÃO IDEALProdutores percorrendo no máximo 1.500 metros para obter água para seu rebanho.

INDICADORES DE RESULTADO SELECIONADOSDistância média percorrida pelos produtores para obter água para seu rebanho (emmetros) - antes e depois;Consumo médio de água / cabeça / dia (em litros) x capacidade instalada dos poços;Freqüência com que não obteve a quantidade de água necessária para dessedentar osanimais - antes e depois.

INSTRUMENTO CRIADOQuestionário a ser aplicado por amostragem com produtores beneficiados compoços do Programa.P

AS

SO

11

Page 46: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS46

PA

SS

O 1

2PASSO 12: Elaboração e disseminação do○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Relatório de Avaliação

Toda avaliação deve resultar em um

relato claro e objetivo sobre o processo e os re-

sultados obtidos quanto ao desempenho do progra-

ma analisado. Estas informações devem ser disse-

minadas entre os principais clientes da avaliação de

maneira a influenciar futuras decisões quanto ao apri-

moramento do programa ou ao estabelecimento de

novas diretrizes de ação.

A comunicação dos resultados de uma avaliação pode ser feita de forma oral ou

escrita, mas deve sempre ser simples, direta e livre de jargões. A ênfase deve estar nos

importantes resultados obtidos e nas recomendações, sempre com o foco nos princi-

pais clientes da avaliação, suas expectativas e necessidades de informação.

Page 47: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 47

ESTR

UTU

RA

MO

DEL

OESTRUTURA MODELO DO

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO

1. Capa – título do relatório, autores, instituições patrocinadoras/ participantes,lugar e data.

2. Índice – capítulos e subcapítulos do relatório.3. Créditos – agradecimento a todas as pessoas e instituições que possibilitaram a

realização do estudo.4. Resumo Executivo – apresentação do estudo incluindo objetivos, metodologia

adotada, principais resultados encontrados, conclusões/ recomendações. Deveter no máximo quatro páginas.

5. Introdução – contexto e antecedentes da avaliação: caracterização do proble-ma, justificativa do estudo, finalidade da avaliação, perguntas avaliativas e circuns-tâncias especiais.

6. Metodologia – desenho da avaliação: coleta e análise dos dados e limitações.Texto curto com maior detalhamento nos anexos (cópias dos instrumentos utili-zados, cálculo de tamanho de amostra, etc.).

7. Resultados – principais resultados encontrados e apresentados em gráficos etabelas com breve análise.

8. Conclusões – síntese dos dados encontrados e apresentados de maneira aresponder às perguntas avaliativas.

9. Recomendações – prescrição do que deve ser feito a partir das conclusõesdo estudo. O nível de detalhamento das recomendações depende da finalidade daavaliação e do perfil dos seus clientes.

10. Referências Bibliográficas – identificação de todo o aporte bibliográficoque norteou a avaliação.

11. Anexos – instrumentos para a coleta dos dados utilizados, procedimentosmetodológicos adotados, dados adicionais obtidos ou com maior desagregação,entre outros documentos relevantes.

Page 48: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS48

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

CONCLUSÃO

Buscando instrumentalizar as equipes gestoras dos programas e pro-

jetos estratégicos do Governo do Estado da Bahia, a Secretaria do Planejamento e

a Fundação Luis Eduardo Magalhães criaram e testaram uma Sistemática de Moni-

toramento e Avaliação.

Testada no Programa Cabra Forte, programa multisetorial que visa melhorar a

qualidade de vida de 26.000 pequenos produtores rurais e suas famílias, através do

aumento da renda proveniente da ovinocaprinocultura, a Sistemática aqui apresentada

tem o objetivo de ser disseminada entre as equipes das Secretarias e Órgãos Governa-

mentais do Estado.

A partir da compreensão das etapas que levaram a construção desta metodologia

de monitoramento e avaliação, as equipes poderão implantá-la em outros programas e

projetos seguindo o roteiro apresentado neste Guia. Capacitações, orientações e acom-

panhamento periódico deverão ser oferecidos por avaliadores da Seplan aos Órgãos

Gestores, no sentido de garantir a implantação desta Sistemática de forma gradual,

consistente e efetiva.

A disseminação dos conceitos, princípios, processos e instrumentos, permitirá que

técnicos dos níveis estratégico, tático e operacional do Governo estejam constantemen-

te informados sobre o desempenho dos programas e projetos sob sua responsabilidade.

Ao fazer do monitoramento e da avaliação efetivos instrumentos de gestão, o

Governo do Estado da Bahia demonstra sua preocupação com o aprimoramento da

habilidade gerencial de suas equipes, visando aumentar a eficácia, eficiência e efetividade

das suas políticas, programas e projetos.

CON

CLU

SÃO

Page 49: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 49

GL

OS

RIO

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

GLOSSÁRIO

Acompanhamento /MonitoramentoExame contínuo ou periódico realizado pela ad-ministração, em todos os níveis hierárquicos, domodo como se está executando um projeto ouatividade. Tem como objetivo prover os gestorese principais stakeholders com regular feedback eindicações do progresso ou possíveis falhas no al-cance dos resultados esperados.O termo acompanhamento freqüentemente temsido associado a um mero registro contábil. En-tretanto, é preciso considerar que o acompanha-mento tem necessariamente que produzir infor-mações úteis para o gerenciamento do projeto ouatividade.

Análise de AvaliabilidadeTem por objetivos buscar informações sobre oformato do programa, explorar sua realidade eajudar a conhecer sua estrutura, antes que sejafeita a avaliação de seus resultados.

Apreciação Prévia (Appraisal)Apreciação global da pertinência, viabilidade esustentabilidade provável de uma intervenção dedesenvolvimento antes que a decisão deimplementação seja tomada.

AtividadesProcedimentos do programa que visam à obten-ção dos efeitos desejados. Do ponto de vista daprogramação orçamentária é um conjunto de ope-rações que se realizam de modo contínuo e que

concorrem para a manutenção e o funcionamentode órgãos e entidades governamentais e para aprestação de serviços públicos utilizados pelapopulação.

AvaliaçãoApreciação sistemática e objetiva do valor oumérito de um projeto, programa ou política, an-tes, durante ou após a intervenção, quanto à suaconcepção, execução e resultados. Tem como pro-pósito determinar a pertinência, eficiência, eficá-cia, efetividade, impacto e sustentabilidade da in-tervenção.

Avaliação de ProcessoVisa determinar o grau em que o programa estáoperando conforme planejado. Este tipo de avali-ação tem como objetivo entender o funcionamen-to do programa – a partir da análise do que ele faze de quem são seus beneficiários – para, assim,aprimorar suas ações. A avaliação de processotambém ajuda na identificação dos elementos es-senciais para o melhor desempenho do programaem termos de produtos, resultados e impactos.Em geral, responde a perguntas em duas categori-as – cobertura e processo.

Avaliação de ResultadosAnalisa em que grau o programa vem produzindoos benefícios e transformações a que se propõe.As atividades de um programa produzem três ti-pos de resultado: produtos (outputs), resultados(outcomes) e impactos (impact).

Page 50: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS50

Avaliação de Meio Percurso oude Meio TermoTipo de avaliação realizada durante o processode implementação de um programa ou projeto.Seu principal objetivo é avaliar o progresso reali-zado, permitir conclusões iniciais sobre o seugerenciamento e fazer recomendações para a con-tinuidade dos trabalhos. Esta avaliação analisaquestões operacionais relevantes e a performance,extraindo lições aprendidas até aquele momento.

Avaliação de Programa ou ProjetoAvaliação feita para determinar se os objetivos,formato e resultados do programa ou projeto es-tão adequados, assim como o grau de eficiência,eficácia e efetividade na utilização dos recursos.

Avaliação ExternaAvaliação conduzida por um ou mais avaliadoresque não estão diretamente envolvidos na formula-ção, implementação e/ou gerenciamento do obje-to da avaliação. Normalmente é realizada porpessoas de fora da organização envolvida. É tam-bém chamada de avaliação independente.

Avaliação FormativaRefere-se ao processo de execução do programa,servindo para melhorar seu funcionamento. Sãomodalidades complementares a serem utilizadasde acordo com cada situação concreta.

Avaliação InternaAvaliação conduzida por membros de organiza-ções associadas com o programa, projeto ou ob-jeto que está sendo avaliado.

Avaliação Final (Avaliação ex-post)Avaliação de uma intervenção após a sua conclu-são, podendo ser realizada logo após a conclusãoda intervenção ou algum tempo depois. O objeti-vo é identificar os fatores de sucesso ou de fracas-so, apreciar a sustentabilidade dos resultados e osimpactos, e tirar conclusões que possam ser gene-ralizadas para outras intervenções.

Avaliação ParticipativaAvaliação coletiva de um projeto ou programa,realizada pelos stakeholders ou beneficiários. Sãoavaliações reflexivas, pró-ativas, que visam capa-citar os envolvidos no programa e têm como prin-cipal objetivo atender as necessidades de infor-mação dos stakeholders.

Avaliação Prévia (Avaliaçãoex-ante)Avaliação efetuada antes da implementação de umaintervenção.

BeneficiáriosIndivíduos, grupos ou organizações que se benefi-ciam do programa ou projeto direta ou indireta-mente, intencionalmente ou não.

CoberturaAnalisa o alcance do programa e as característi-cas dos beneficiários.

Dados da Linha de Base(Baseline Data)Informação inicial sobre um programa ou seus com-ponentes, coletada antes das atividades serem exe-cutadas. Os dados de linha de base são normal-mente coletados em entrevistas ou observações eusados posteriormente para comparações que de-terminarão mudanças em um programa.

GL

OS

RIO

Page 51: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 51

Descritor do IndicadorTraduz em linguagem simples e objetiva o que estásendo medido. Seu uso garante o alinhamento deconceitos entre os responsáveis pela coleta dosdados, dando maior consistência às informaçõesproduzidas pela avaliação.

DesempenhoO grau com que um programa ou projeto éimplementado de forma eficaz, eficiente e efetiva.

EfeitoMudança esperada ou não, direta ou indiretamen-te atribuída a uma intervenção.

EfetividadeO grau em que o programa alcança os resultadose impactos pretendidos junto ao seu público-alvo.

EficáciaExpressa o grau em que o programa realiza oque havia sido proposto, alcançando suas me-tas e objetivos.

EficiênciaEstabelecida pela menor relação custo x benefíciopossível para a realização das atividades e alcan-ce dos objetivos do programa.

Estudos de BaseAnálise que descreve a situação antes do lança-mento de uma intervenção de desenvolvimento, aqual se podem fazer comparações ou apreciar osprogressos.

ImpactoBenefício e transformação de médio e longo pra-zo para os participantes e beneficiários indiretosdo programa (suas famílias e comunidades).

IndicadorMedida quantitativa e/ou qualitativa que funcionacomo um termômetro do progresso de um pro-grama, indicando os avanços obtidos em relaçãoaos objetivos e metas traçados.

Indicador de desempenhoUsado para verificar e mensurar os possíveis im-pactos, resultados, produtos, processos e recur-sos alocados em um programa, permitindo assimseu monitoramento e avaliação.

Modelo Lógico de Gestão dePrograma/ProjetoInstrumento visual e sistêmico de apresentação ecompartilhamento de informações, voltado paraa gestão e avaliação de programas e projetos.Permite analisar as relações causais entre os re-cursos alocados, atividades, produtos, resulta-dos e impactos.

ObjetivoSituação futura desejada com a execução de pro-grama, projeto ou atividade, descrita com conci-são e precisão e sempre mensurável por um indi-cador, que expressa o produto ou resultado espe-rado sobre o público-alvo.

Pressupostos (Hipóteses)Suposições sobre fatores ou riscos que podem terrepercussões na evolução ou no sucesso da inter-venção de desenvolvimento.G

LO

SS

ÁR

IO

Page 52: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS52

ProcessoAnalisa a consistência do programa e a qualidadede sua implementação.

ProdutoEfeito imediato de cada atividade do programa.

ProgramaÉ o instrumento de organização da ação governa-mental com vistas ao enfrentamento de um pro-blema, atendimento a uma demanda ou o aprovei-tamento de uma oportunidade.

ProjetoInstrumento de programação orçamentária paraalcançar o objetivo de um programa, envolven-do um conjunto de operações, limitadas no tem-po, das quais resulta um produto que concorrepara a expansão ou aperfeiçoamento da açãode Governo.

Público-alvoConjunto de pessoas, famílias, comunidades, insti-tuições ou setores que serão atingidos pelo pro-grama.

Recursos (Inputs)Meios financeiros, humanos e materiais usadospara uma intervenção de desenvolvimento.

ResultadoImpacto de curto prazo causado pelo diretamen-te pelo programa nos seus beneficiários (normal-mente referem-se a mudanças de conhecimento,habilidades, comportamento e valores).

Retroalimentação (Feedback)Transmissão das constatações resultantes do pro-cesso de avaliação a todos os que podem tirarlições úteis e pertinentes das mesmas, com o obje-tivo de facilitar a aprendizagem. Isto pode impli-car reunir e difundir as constatações, conclusões,recomendações e lições aprendidas.

StakeholdersGrupos que tem um papel ou interesse nos objeti-vos e implementação de um programa ou projeto.Incluem o público-alvo, os beneficiários diretos,os responsáveis por garantir que os resultadosserão alcançados conforme planejado, e os res-ponsáveis por prestar contas dos recursosalocados nos trabalhos.

SustentabilidadeContinuação dos benefícios resultantes de uma in-tervenção de desenvolvimento mesmo após a suaconclusão. Probabilidade de os benefícios perdu-rarem no longo prazo. Situação em que as vanta-gens líquidas são suscetíveis de resistir aos riscosao longo do tempo.

GL

OS

RIO

Page 53: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 53

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Alberta Consultative Health Research Network.(2001-2002) Evaluability Assessment.Disponível em http://www.achrn.org/Evaluability.htm

Buvinich, Manuel Rojas. (1999). Ferramentas paramonitoramento e avaliação de programas eprojetos sociais. Unicef.

Instituto do Banco Mundial. (sem data).Introdução ao Monitoramento & Avaliação:Apostila do Participante.

International Development Research Centre.Identifying the Intended Use(s) of anEvaluation. Abril de 2004. Disponível emwww.idrc.ca

International Development Research Centre.Identifying the Intended User(s) of anEvaluation. Março de 2004. Disponível emwww.idrc.ca

Kayano, Jorge, e Caldas, Eduardo L. (2001).Indicadores para o diálogo. São Paulo:Instituto Pólis; Programa Gestão Pública eCidadania/ EAESP/ FGV.

McNamara, Carter. Basic Guide to ProgramEvaluation. 1999. Disponível em http://www.mapnp.org/library/evaluatn/fnl_

Patton, Michael Quinn. (1997). Utilization-focused evaluation: the new century text.Londres: Sage Publications.

Rodrigues, Maria Cecília Prates. (1998).Avaliação e monitoramento. Texto base paraa disciplina de Monitoramento e Avaliaçãoministrada no âmbito do curso de Gerênciade Programas Sociais, promovido pela FESP/ISAPE/CPG.

United Way of America. (1996). Measuringprogram outcomes: a practical approach.

Valarelli, Leandro Lamas (1999). Indicadores deresultados de projetos sociais. RITS.Disponível em: http://www.rits.org.br/gestao_teste/ge_testes/ge_tmes_jul99.cfm

W.K. Kellogg Foundation. (2001). Logic ModelDevelopment Guide: Using Logic Models toBring Together Planning, Evaluation, &Action.

3 Patton, Michael Quinn. (1997). Utilization-focused evaluation: the new century text.Londres: Sage Publications.

BIB

LIO

GR

ÁF

ICA

S

O documento está disponível em: http://www.rits.org.br/gestao_teste/ge_testes/ge_tmes_jul99.cfm

Page 54: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS54

Modelo Lógico de Gestão doPrograma Cabra Forte

ANEXO 1

AN

EX

O 1

Page 55: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 55

AN

EX

O 1

Page 56: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS56

AN

EX

O 1

Page 57: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 57

AN

EX

O 1

Page 58: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS58

Questionário para levantamento de informaçõessobre os resultados da implantação de poços peloPrograma Cabra Forte

ANEXO 2

AN

EX

O 2

Page 59: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 59

AN

EX

O 2

QUESTIONÁRIO A SER APLICADO COM

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

PRODUTORES DO PROGRAMA

Propriedade:

Proprietário:

1 - Qual a área (em tarefas) da propriedade?

tarefas

2 - Quantas cabeças de ovinos e caprinos existem na propriedade?

Ovinos: cabeças

Caprinos: cabeças

3 - Quantos litros de água por dia são necessários para o consumo do rebanho?

litros

4 - Existe alguma reserva de água na propriedade? Que tipo?

( ) Sim ( ) Não Tipo:

ANTES DA INSTALAÇÃO DOS POÇOS

5 – Qual(is) a(s) alternativa(s) de acesso a água para consumo dos animais?

( ) Reserva própria ( ) Reserva de vizinhos ( ) Açude ou barragem comunitária

( ) Outras. Citar

Page 60: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS60

AN

EX

O 26 - O produtor tinha como garantir água para o rebanho durante todo o ano?

( ) Sim ( ) Não Por quê ?

7 - Qual a distância que o produtor (ou rebanho) percorria para ter acesso à água?

metros

8 - Em média, quantos meses no ano a água era insuficiente para atender à necessidade do

rebanho? meses

APÓS A INSTALAÇÃO DOS POÇOS

9 - Qual a distância que o produtor (ou rebanho) percorre para ter acesso à água?

metros

10 – Com que frequência a água do poço é insuficiente para atender à necessidade do reba-

nho?

( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Frequentemente ( ) Sempre

11 - Qual o grau de facilidade que a instalação do poço trouxe para o acesso à água pelo

rebanho?

( ) Pouca ( ) Regular ( ) Muita

Comente:

Page 61: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 61

AN

EX

O 3

Instrumento usado para análisedos dados coletados sobre oPrograma Cabra Forte

ANEXO 3

Page 62: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS62

Secretaria do Planejamento – SeplanSecretaria do Planejamento – SeplanSecretaria do Planejamento – SeplanSecretaria do Planejamento – SeplanSecretaria do Planejamento – SeplanSuperintendência de Gestão e Avaliação - SGASuperintendência de Gestão e Avaliação - SGASuperintendência de Gestão e Avaliação - SGASuperintendência de Gestão e Avaliação - SGASuperintendência de Gestão e Avaliação - SGA

PROGRAMA CABRA FORTE - COLETPROGRAMA CABRA FORTE - COLETPROGRAMA CABRA FORTE - COLETPROGRAMA CABRA FORTE - COLETPROGRAMA CABRA FORTE - COLETA DE INFORMAÇÕESA DE INFORMAÇÕESA DE INFORMAÇÕESA DE INFORMAÇÕESA DE INFORMAÇÕES

Objetivo Específico: Ampliar e melhorar a oferta de água para os produtoresEstratégia: Disponibilizar ponto de água confiável para grupos de 15 a 20 produtoresAAAAAtividade: PERFURAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE POÇOS TUBULAREStividade: PERFURAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE POÇOS TUBULAREStividade: PERFURAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE POÇOS TUBULAREStividade: PERFURAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE POÇOS TUBULAREStividade: PERFURAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE POÇOS TUBULARESPeríodo: 2003

Programado para o período

Pólo / Município /Comunidade / Grupo

de Produtores

Realizado no período

Total do Programa

Pólo de Remanso

Campo Alegre de Lurdes

Casa Nova

Pilão Arcado

Remanso

Pólo de Jaguarari

Andorinha

Curaçá

Jaguarari

Juazeiro

Monte Santo

Uauá

Pólo de Conceição do Coité

Barrocas

Conceição do Coité

Nova Fátima

Retirolândia

Santaluz

São Domingos

Serrinha

Valente

Nº de poçosa serem

instalados

Nº deprodutores doprograma a

serembeneficiados

Capacidadepotencial deprodução deágua (m³/h)

Nº de Poçosinstalados

Nº deprodutores do

programabeneficiados

Capacidadeefetiva de

produção deágua (m³/h)

Custo deinstalaçãodos poços

(R$)

AN

EX

O 3

Page 63: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 63

AN

EX

O 3

Secretaria do Planejamento – SeplanSecretaria do Planejamento – SeplanSecretaria do Planejamento – SeplanSecretaria do Planejamento – SeplanSecretaria do Planejamento – SeplanSuperintendência de Gestão e Avaliação - SGASuperintendência de Gestão e Avaliação - SGASuperintendência de Gestão e Avaliação - SGASuperintendência de Gestão e Avaliação - SGASuperintendência de Gestão e Avaliação - SGA

PROGRAMA CABRA FORTE - COLETPROGRAMA CABRA FORTE - COLETPROGRAMA CABRA FORTE - COLETPROGRAMA CABRA FORTE - COLETPROGRAMA CABRA FORTE - COLETA DE INFORMAÇÕESA DE INFORMAÇÕESA DE INFORMAÇÕESA DE INFORMAÇÕESA DE INFORMAÇÕES

Objetivo Específico: Ampliar e melhorar a oferta de água para os produtoresEstratégia: Disponibilizar ponto de água confiável para grupos de 15 a 20 produtoresAAAAAtividade: PERFURAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE POÇOS TUBULAREStividade: PERFURAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE POÇOS TUBULAREStividade: PERFURAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE POÇOS TUBULAREStividade: PERFURAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE POÇOS TUBULAREStividade: PERFURAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE POÇOS TUBULARESPeríodo:

Programado para o período

Pólo / Município /Comunidade / Grupo

de Produtores

Realizado no período

Nº de poçosinstalados

Nº de poçosinstalados X

previsto

Nº de produtoresbeneficiados

Nº de produtoresbeneficiados

X previsto

Capacidade realde produção de

água XCapacidadepotencial

Custo deinstalação X Nºde produtoresbeneficiados

Conceição do Coité

Nova Fátima

Retirolândia

Valente

Santa Luz

São Domingos

Serrinha

Barrocas

Remanso

Remanso

Casa Nova

C. Alegre de Lourdes

Pilão Arcado

Jaguarari

Jaguarari

Uauá

Juazeiro

Monte Santo

Andorinha

Curaçá

TOTAL GERAL

Qde. % Qde. %

Page 64: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS64

AN

OTA

ÇÕ

ES

Page 65: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM PROGRAMAS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS 65

AN

OTA

ÇÕ

ES

Page 66: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se

SECRETARIA DO PLANEJAMENTO - SEPLAN

SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E AVALIAÇÃO - SGASonia Sobral

Diretorias de Monitoramento e AvaliaçãoMaria da Conceição SáMário Sebastião Freitas

COORDENAÇÃO GERAL (FLEM)Lycia Tramujas Vasconcellos Neumann

Equipe de Coordenação:Secretaria do Planejamento / Superintendência de Gestão e Avaliação

Anibal Picanço BentesAntônio Leopoldo MeiraNair Mamede CoutoPalmiro Torres de OliveiraRoberto Sampaio CostaZélia Maria Abreu Góis

Fundação Luis Eduardo MagalhãesViviane Quenia Brito de Jesus

Equipe Matricial:Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária

Edilson Bartolomeu - SuperintendenteMaria Suzana Lima de SouzaRenata VieiraRicardo AndradeAntônio Lemos Maia Neto (ADAB)Francisco Benjamin (EBDA)

Secretaria de Combate à Pobreza e às Desigualdades SociaisElisa Cristina Guimarães Pellegrini - SuperintendenteFátima AmaralSoane Maria Minck de MatosTânia XavierZélia Fajardini

Secretaria do PlanejamentoDário Tavares (CAR)

Secretaria da Indústria, Comércio e MineraçãoAna Célia Tanajura (EBAL)

Secretaria do Meio Ambiente e Recursos HídricosJoão Batista Andrade (CERB)

Secretaria da SaúdeMaria Claudia da Costa MontalMaria Lea Rocha Fagundes

Secretaria do Trabalho, Assistência Social e EsporteMarizete Pereira AndradeTerezinha Almeida

FICHA TÉCNICAConsultoria ExternaFundação Luis Eduardo Magalhães - Flem

Redação final de textoTacilla Siqueira

Projeto Gráfico e EditoraçãoAutor Visual Comp. Gráfica Ltda

Fotografias gentilmente cedidas pela Agecom, Arquivo Cacob-Diren-Seinfra, Ascom-Funceb, Ascom-Seagri, Ascom-Secomp,Adenilson Nunes, Alceu Elias, Angeluci Figueiredo, Aristeu Chagas, Jorge Cordeiro, Lázaro Sérgio, Marcos Souza e Roberto Viana

Page 67: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se
Page 68: Junho de 2006 - pea.ufba.br · PDF filemonitoramento e avaliação mantido e alimentado por todas as Secretarias do Estado, constituindo um poderoso instrumento de planejamento. Espera-se