jornalista - lucas guerra de santana - 2_2012 - teoria do urbanismo

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ TEORIA DO URBANISMO PROFESSORA: TATIANA GADDA ALUNO: LUCAS GUERRA DE SANTANA No dia 26 de abril de 2013 os alunos João Manoel, Helton e Rodrigo apresentaram o 8º capítulo do livro o Urbanismo da autora Françoise Choay. O capítulo apresentado tratava do tema Antrópolis e mostrava a visão de 5 autores ( Jane Jacobs não foi abordado). No início da apresentação o grupo descreveu o termo Antrópolis. A discussão a respeito deste termo leva como ideia principal a cidade voltada ao homem, tornando ele o principal interesse de estudo para a consolidação do ambiente urbano. A cidade deve adaptar-se ao homem. O primeiro autor a ser comentado foi Patrick Geddes. O grupo apresentou uma breve biografia a respeito do autor, comentando detalhes importantes referentes a sua formação. Foi descrito que como biólogo, o autor acabava por interpretar a cidade como um ser vivo. Ao mesmo tempo, observei que da mesma forma em que Patrick Geddes fazia esta interpretação, a sua forma de analisar o urbano era muito ligada a um pensamento científico. O autor possui uma forma linear de interpretar a cidade entendendo que é necessário a coleta dos dados para a posterior análise de problemas e soluções. Através da verificação do passado, seria possível dialogar com informações presentes e a partir disso evoluir. O grupo ainda abordou o questionamento a respeito da gestão dos projetos urbanísticos discutida pelo autor. O segundo autor a ser abordado foi Marcel Poéte, que acaba por retomar muitos pontos de Geddes. Novamente há a comparação da cidade como um ser vivo, no entanto o grupo acabou por não fazer uma ligação concisa entre os dois autores. Foram apresentados os principais pontos, inclusive a defesa, por parte de Poéte, do retorno ao estado primitivo, que não pode perder sua relação com o passado, forma, relevo entre outros aspectos. Por conta dessa falta de relação, alguns pontos ficaram perdidos, e talvez um pouco repetitivos. A explicação a respeito das teorias e pontos levantados sobre Lewis Munfort mostrou-se bem interessante. O autor questionava

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁTEORIA DO URBANISMOPROFESSORA: TATIANA GADDAALUNO: LUCAS GUERRA DE SANTANA

No dia 26 de abril de 2013 os alunos João Manoel, Helton e Rodrigo apresentaram o 8º capítulo do livro o Urbanismo da autora Françoise Choay. O capítulo apresentado tratava do tema Antrópolis e mostrava a visão de 5 autores ( Jane Jacobs não foi abordado). No início da apresentação o grupo descreveu o termo Antrópolis. A discussão a respeito deste termo leva como ideia principal a cidade voltada ao homem, tornando ele o principal interesse de estudo para a consolidação do ambiente urbano. A cidade deve adaptar-se ao homem.

O primeiro autor a ser comentado foi Patrick Geddes. O grupo apresentou uma breve biografia a respeito do autor, comentando detalhes importantes referentes a sua formação. Foi descrito que como biólogo, o autor acabava por interpretar a cidade como um ser vivo. Ao mesmo tempo, observei que da mesma forma em que Patrick Geddes fazia esta interpretação, a sua forma de analisar o urbano era muito ligada a um pensamento científico. O autor possui uma forma linear de interpretar a cidade entendendo que é necessário a coleta dos dados para a posterior análise de problemas e soluções. Através da verificação do passado, seria possível dialogar com informações presentes e a partir disso evoluir. O grupo ainda abordou o questionamento a respeito da gestão dos projetos urbanísticos discutida pelo autor.

O segundo autor a ser abordado foi Marcel Poéte, que acaba por retomar muitos pontos de Geddes. Novamente há a comparação da cidade como um ser vivo, no entanto o grupo acabou por não fazer uma ligação concisa entre os dois autores. Foram apresentados os principais pontos, inclusive a defesa, por parte de Poéte, do retorno ao estado primitivo, que não pode perder sua relação com o passado, forma, relevo entre outros aspectos. Por conta dessa falta de relação, alguns pontos ficaram perdidos, e talvez um pouco repetitivos.

A explicação a respeito das teorias e pontos levantados sobre Lewis Munfort mostrou-se bem interessante. O autor questionava pontos referentes à questões higienistas e ao papel social que costumava ficar de lado nos parques e áreas verdes da cidade. Além disso, o transporte foi avaliado como uma preocupação que hoje se potencializa como problema. O autor põe em questão a relação entre o lazer e ao mesmo tempo o “fugir da cidade” afirmando que é necessário a interação com a paisagem além da integração entre funções dos espaços e relações que se estabelecem nestes lugares.

O autor mais bem abordado pelo grupo foi Leonard Duhl. Ele foi um psiquiatra que fez uma analise de como o meio ambiente influencia no comportamento das pessoas. Para ele, desde os primórdios, a cidade reflete a necessidade de um grupo social. A equipe abordou essa questão dando exemplos, como a cidade medieval, que para se proteger, tinha uma forma própria (fossos, muros altos, um grande número de pessoas em pouco espaço). Foi mostrada a análise feita pelo autor em relação às “bindonvilles” e a dinâmica que faz com que elas persistam. As relações pré-existentes são fundamentais para que elas existam, pois essas “bindonvilles” ou favelas não se resumem apenas ao espaço, mas sim às relações existentes dentro delas como a segurança, a familiaridade, entre outros vários pontos que tornam coeso

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o grupo que ali vive. A partir dessas justificativas, o autor passa a questionar as Garden Cities, levando em conta que o embelezamento e a organização nem sempre são a melhor estratégia. Muda-se o espaço, quebram-se as relações.

O último autor abordado foi Kenvin Lynch, que apresenta uma forma de leitura e interpretação da cidade. O autor mostra pontos importantes que fazem com que o indivíduo possa ler e entender a cidade. O principal elemento de estudo do autor passa a ser o homem, visto que ele é o ponto mais importante, e a justificativa do próprio termo cidade. Novamente a equipe apresentou os principais pontos abordados pelo autor citando informações chave, como a importância das lembranças e significações, fazendo paralelo com os pontos de legibilidade explanados pelo autor. Lynch reforça alguns pontos já observados nos anteriores em relação a importância da cidade se moldar ao homem, além da necessidade de diferentes características para que a cidade atenda e se adapte a diferentes indivíduos.

De modo geral o grupo apresentou os pontos mais relevantes de Antrópolis e das teorias dos autores abordados. Algumas relações importantes entre os autores não foram feitas, deixando muitas ideias sem continuidade. A discussão iniciada no fim da apresentação foi de grande valia, pois apesar de divergências de opiniões, questões que fazem paralelo com o contexto atual foram discutidas. Em suma, o trabalho contemplou os principais pontos a serem abordados a respeito do assunto.