jornalesas junho de 2009

24
€ 1,00 Entrevista com a engenheira Página 23 Mini-empresa ganha prémio Páginas 9 e 15 Concurso karaoke - Página 3 Conviver à beira- mar - Página 4 De Portugal à Bulgária - Página 5 Memorial do convento - Página 6 Uma aventura que diz sim à Economia - Página 7 NIPES Páginas 7 e 17 Tiro ao alvo - Página 8 Curso de Turismo - Páginas 10 e 11 Curso de Marketing - Página 11 Solidariedade - Página14 Lá e cá - Página 15 Peixe fresquinho - Pági- na 16 E o Porto aqui tão perto … - Página 17 Dança contemporânea / Despor- to - Página 19 Sint(r)a com os Maias - Página 20 Viver no centro do Porto - Página 21 Obras de renovação Páginas 18 e 22 € 1,00 “SÓ O TRABALHO CONJUNTO PODERÁ LEVAR AO SUCESSO REAL” Páginas centrais J U L H O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X I V

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Jornal Oficial da Escola Secundária/3 Aurélia de Sousa, Porto

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Page 1: JornalEsas Junho de 2009

€ 1,00

Entrevista com a engenheira

Página 23

Mini-empresa ganha prémio

Páginas 9 e 15

Concurso karaoke - Página 3 Conviver à beira-mar - Página 4De Portugal à Bulgária - Página

5Memorial do convento - Página 6 Uma aventura que diz sim à Economia - Página 7

NIPES Páginas 7 e 17Tiro ao alvo - Página 8

Curso de Turismo - Páginas 10 e 11Curso de Marketing - Página 11Solidariedade - Página14

Lá e cá - Página 15 Peixe fresquinho - Pági-

na 16 E o Porto aqui tão perto … - Página 17 Dança contemporânea / Despor-to - Página 19 Sint(r)a com os Maias - Página 20 Viver no centro do Porto - Página 21

Obras de renovação Páginas 18 e 22

€ 1,00

“SÓ O TRABALHO CONJUNTO PODERÁ LEVAR AO SUCESSO REAL”

Páginas centrais

J U L H O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X I V

Page 2: JornalEsas Junho de 2009

Rede ENEAS na Aurélia

ESTAÇÃO EXPERIMENTAL RECOLHE DADOS PARA MONITORIZAR A ATMOSFERA Os professores e alunos da ESAS participam num projecto que visa a obtenção de dados – cien-tificamente validados – no domínio da atmosfera. A partir de uma pequena estação experi-mental, instalada na escola medem-se e registam-se diariamente os dados relativos à tempe-ratura, nebulosidade, pressão atmosférica, precipitação, ozono e aerossóis. Os dados são enviados para a rede ENEAS e as avaliações finais seguem depois para as autarquias. A escola de mãos dadas com a Agenda 21. Texto e fotos por JV

E m conjunto com outras esco-

las secundárias, a Faculdade

de Engenharia da Universida-

de do Porto e um Instituto de

Investigação Holandês (ITC), a ESAS

participa na rede ENEAS (European

Network for Environmental Assessment

and Services).

À nossa Escola cabe a monitorização da

Atmosfera (MAEC – Monitorização

Ambiental no Ensino das Ciências),

embora o projecto contemple diferen-

tes áreas de investigação (hidrologia,

solos, cobertura de terrenos e fenolo-

gia). Uma opção que está de acordo

com os curricula aqui leccionados

( Cursos Científico-humanísticos).

Para a concretização deste projecto

foi facultada formação aos professores

na FEUP (Faculdade de Engenharia da

Universidade do Porto) e instalada

provisoriamente, uma pequena esta-

ção experimental.

A equipa de treze docentes envolvida

na ENEAS é multidisciplinar, pois cobre

as áreas de Ciências Naturais/Biologia,

Ciências Físico-Químicas e Geografia.

Uma mais-valia já que os saberes se

complementam e as dificuldades são,

em conjunto, superadas.

Etapas do processo

O projecto ENEAS tem diferentes

fases. Os dados recolhidos dia a dia,

são mensalmente colocados na Web

prevendo-se a sua análise e publicação

em projectos científicos e em cursos

no nosso país e em toda a U.E./E.E.A.

(Agência Europeia do Ambiente).

Investigar pela Agenda 21

O objectivo das escolas envolvidas na

rede ENEAS é a monitorização

ambiental dos concelhos em que se

encontram inseridas. Assim, as autar-

quias terão à sua disposição todos os

elementos obtidos.

Desta forma, as escolas e os professo-

res participantes constituir-se-ão em

agentes activos na avaliação ambien-

tal. Sendo verdadeiros pontos de

aquisição de dados ambientais.

Isso ocorrerá sem grandes investi-

mentos em recursos físicos e huma-

nos.

Em suma:

As pessoas, os lugares e as coisas

fundir-se-ão com os dados ENEAS

dando uma visão multimodal da

Europa e dos locais em que vive-

mos.

Contribuímos para a implemen-

tação do plano de acção da

Agenda 21 (Local e Escolar).

"Nunca duvide que um grupo de cidadãos comprometidos e preocupados possa mudar o mundo.

Na verdade, esta é a única forma de mudança que pode dar certo." Margaret Mead

Página 2•

Alunos do 10ºA fazendo as leituras Professoras verificando os registos Aluna do 11ºI registando as leituras

Page 3: JornalEsas Junho de 2009

Página 3

U ma hora de viagem até

à UM para sermos rece-

bidos por professores e

alunos da Universidade

que mostraram a importância do

conhecimento da língua alemã.

Mais do que aumentar o nível

cultural dos estudantes, a língua

alemã é útil quando nos deslocá-

mos ao estrangeiro e na conquista

de melhores oportunidades profis-

sionais. Foi esta a explicação

dada por três alunos de diferen-

tes cursos e que já beneficiaram

do estudo do Alemão. Seguiu-se

um tempo de actividades livres e

uma visita à Biblioteca da UM.

Nervos para que vos quero?

Depois do almoço, às 14h, já com

os nervos a tomarem conta de nós,

preparámo-nos para a nossa pri-

meira actuação. Uma interpretação

da música ―Ich Lebe‖ de Christina

Stürmer. Depois das duas primeiras

escolas subimos ao palco. Fizemos

o que tínhamos ensaiado durante

semanas e, afinal, não havia razões

para estarmos nervosos. A actua-

ção tinha corrido bastante bem:

passámos à final. Pulámos de ale-

gria quando ouvimos ―Escola

Secundária Aurélia de Sousa‖.

Mas o nervosismo começou de

novo. A responsabilidade, na

segunda actuação, era agora

maior. Mas, mais uma vez conven-

cemos o público com a nossa ver-

são de ―Perfekte Welle‖ dos Juli. A

sensação que ficou era que tinha

corrido ainda melhor.

ALUNOS DA ESAS OBTÊM SEGUNDO LUGAR EM CONCURSO DE KARAOKE

Por de Diana Lima, 12º H

Continua na página 6

Os alunos do 12.º ano de Alemão foram à Universidade do Minho (UM) participar na 4.ª edição do Karaoke de Alemão. Trouxeram na mala o segundo lugar e uma mão cheia de recordações.

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1ª canção— Ich Lebe

2 ª canção— Perfekte Welle

Profª Catarina Cachapuz, Nuno, Joana Maria Patrícia, Joana Sofia, Tiago, Sílvia, Helena, Mª João, Mº Joana, Diana, Iolanda, profª Paula Magalhães, João e profª Olga Moutinho

Mª João, Helena, João, Diana, Joana, Sofia e Sílvia

Joana Mª Dia-na, Helena, Mª Joana, Mª João, Iolanda, Patrícia, João, Joana Sofia, Nuno e Tiago.

Page 4: JornalEsas Junho de 2009

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Página 4•

CONVIVER E VIVER À BEIRA MAR Por Maria João Fernandes - 11ºA

C hama-se Projecto Viver à Beira-Mar, durou dois

anos que agora terminaram. Uma parceria com

Spjelkavik Ungdomsskole em Ålesund, na

Noruega, o Lycée de Bellevue, de Fort de Fran-

ce, na Martinica e Ahmet Ragip Uzumcu Ilkogretim Okulu,

Esmirna na Turquia. Com ele aprendi muito sobre culturas

que desconhecia. Desde hábitos e costumes, a gastrono-

mia e até festividades desses países, os diferentes modos

de vida dos diversos Cidadãos Europeus.

A maior vantagem foi ter feito amigos para toda a vida e

de quem me vou lembrar sempre que pensar no país de

origem de cada um deles. Considero os esforços, por todos

envidados, positivos e os resultados foram os melhores

possíveis. Todos os participantes ficaram satisfeitos. Admito

que ―os trabalhos de casa‖ realizados no âmbito do Clube

Europeu podem ter complicado um pouco a agenda escolar

- já muito preenchida dos alunos - mas, mesmo assim, não

é uma desvantagem, pois o nosso envolvimento contribuiu

para uma perfeita conclusão do projecto.

Ambiente acolhedor resultado de um trabalho em equipa

Toda a turma esteve envolvida no projecto marcado por

dois ritmos. O grupo nuclear dispôs de mais tempo: reuniu

todas as semanas ao longo dos últimos dois anos, férias

incluídas, contribuindo com ideias, concretizando e ava-

liando as actividades. Os restantes colegas da turma -

embora não tenham despendido tanto tempo -, não são

menos merecedores de respeito. Foram eles que facilita-

ram, e muito, o trabalho do grupo nuclear. Tiveram um

papel fundamental na recepção e integração dos partici-

pantes estrangeiros quando visitaram o nosso país, de 24 a

29 de Abril. Na verdade, foi a turma como um todo que

fez com que os visitantes se sentissem em casa num

ambiente jovem e alegre. Adorei conhecê-los sobretudo

porque foi um trabalho colectivo entre jovens europeus.

Como não viajei, o ponto alto da minha participação neste

projecto foi a organização da recepção dos nossos parcei-

ros. Interagimos com novas pessoas e foram todos muito

simpáticos. Tenho, agora, vontade de os visitar pessoal-

mente.

Trocar receitas e a memória das vivências

Fiquei particularmente satisfeita com todos os resultados

obtidos. Mas destaco o livro de receitas ―Favourite Fish

recipes by European teens‖. Reúne os costumes alimentares

de todos os participantes do projecto. Assim, podemos rea-

lizar as receitas típicas dos outros países. De certo modo,

continuamos envolvidos num projecto através da troca de

receitas para além de termos adquirido muitos conhecimen-

tos através da convivência e troca de ideias que continuará

para sempre.

Ter participado neste projecto foi uma experiência que

nunca mais vou esquecer. Uma mais-valia para todos nós. A

minha participação modificou a minha forma de ver o mun-

do e as pessoas que nele vivem, mas sobretudo sinto que

me modificou a mim, para melhor.

Page 5: JornalEsas Junho de 2009

E m Abril deste ano, tive a oportunidade de partici-

par num projecto de intercâmbio escolar que

envolveu alunos portugueses, dinamarqueses e

búlgaros. Viajei até à capital da Bulgária, Sófia,

onde passei uma semana em casa de uma família búlga-

ra. Durante este período de tempo, vivi experiências

fantásticas que me enriqueceram como ser humano

mas também como cidadã e aluna europeia que sou:

conheci cidades como Plovdiv, visitei o Mosteiro de

Rila, comi banitza e geleia de rosas, contemplei túmu-

los trácios, teatros roma-

nos, igrejas ortodoxas e

aldeias erguidas segundo

o modelo soviético. Mas

também vi pobreza,

desemprego, doença,

solidão, intolerância, fé

e esperança. Acima de

tudo, a mobilidade facul-

tou-me uma visão mais

nítida do que é a União

Europeia: um conjunto

de países com culturas

muito diferentes e patri-

mónios riquíssimos. Mas

há problemas comuns

que só conseguem ser

resolvidos com base no

empenho, na união e na

entreajuda.

Cidadãos europeus

Nasci cidadã europeia. Enquanto aluna do Ensino Básico

conheci nas aulas de Geografia as vantagens de perten-

cer à União Europeia. Mas senti que não influenciavam

directamente a minha vida. Porém, quando se abriram

para mim as portas do Ensino Secundário, a minha visão

mudou. A partir desse momento percebi realmente o que

é estudar na União Europeia e, mais do que isso, o que é

fazer parte dela. Assim, hoje posso afirmar que a mobili-

dade é o maior benefício que a União Europeia traz.

A importância da mobilidade

Actualmente, os alunos têm que ser multifacetados e

ecléticos. Têm de se adaptar

às exigências do futuro merca-

do de trabalho e a aprender a

viver numa sociedade multi-

cultural e diversa em valores,

religiões, ideais políticos e

sociais. A mobilidade assume,

assim, um papel pedagógico na

medida em que lhes permite

ter um contacto mais próximo

e humano com a realidade

futura e presente.

A mobilidade é um factor

extremamente vantajoso, do

qual devemos usufruir o mais

possível pois ajuda-nos a enca-

rar o presente e o futuro de

forma mais confiante e segura.

Fornece o cimento necessário

para estreitar as relações

entre os cidadãos europeus e de cultivar a igualdade de

oportunidade e a tolerância.

A mobilidade dos estudantes

DE PORTUGAL À BULGÁRIA: DE MÃOS DADAS COM A UNIÃO EUROPEIA Por Iolanda Pinto, 12.º H Fotos de Fátima Van-Zeller e Iolanda

A Iolanda e a família que a recebeu em Sófia

Da esquerda para a direita : Iolanda Pinto, 12ºH, Joana Costa, 12º H, João Carvalho, 12ºH, Teresa Pawera, 12ºJ, Rudolf Pereira, 12ºJ, Daniel Tedim,12ºJ e Sílvia Melo, 12º H (no vídeo-projector)

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Page 6: JornalEsas Junho de 2009

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O bra obrigatória da disci-

plina de português, e,

ainda bem, pois a fama

que tem no mundo juve-

nil não é propícia à sua leitura. Fui

obrigado a lê-la. Obrigação que

rapidamente deu lugar a pura satis-

fação.

O meu primeiro contacto com a

obra foi complicado pela habitua-

ção à escrita de Saramago. Admito

que demorei meses a terminar de a

ler o que se justifica, para além da

preguiça, por factores relacionados

com a vida quotidiana e as suas

paralelas obrigações.

Porém, no final eu apenas tenho

que dizer, entre as poucas palavras

que me restam depois do deslum-

bramento que a obra me causou,

que esta é magnífica, superior a

qualquer outra que tenha lido.

Apesar da história em si não me ter

deslumbrado inicialmente (note-se

que a mistura entre ficção e reali-

dade não surtiu em mim um bom

efeito), o que é certo, é que o tom

mágico que ela emana dão-lhe um

valor inigualável.

Assim se justifica o Prémio Nobel

A mensagem é brilhante, além de

super interessante. Temos uma

forte crítica social e religiosa – a

maneira abastada como vive o rei e

o resto da corte em detrimento das

massas que sofrem na pele a sua

opulência. Note-se também a pon-

te histórica com os dias actuais de

Saramago e a luta contra o fascis-

mo de Salazar, contam-se as atro-

cidades dos autos-de-fé e o des-

cumprimento das regras da moral

religiosa por parte dos membros

das suas congregações. A aproxi-

mação ao povo, pobre, mas não

por isso menos ―culto‖, em que se

vêm filosofias e histórias engraça-

das que nos fazem pensar e que

rivalizam com a de muitos que, por

melhores condições deveriam ser

superiores. A questão primordial da

vontade do Homem como a sua

essência, o motor para se alcançar

o inalcançável; o amor, para uns

tão verdadeiro, puro e natural que

quase selvagem (Baltasar e Blimun-

da) e para outros contratual e falso

(D. João V e Rainha Mariana), são

outros temas abordados.

Mas é sobre a maneira como a

acção é descrita, os diálogos e

reflexões, o caminho remoinho

que toma a participação do narra-

dor e todos os pormenores da

escrita, que a obra adquire maior

valor. Esta obra é monstruosa, e

com ela consegui entender o que é

um prémio Nobel e sobretudo qual

a sua importância para o legado

cultural da Humanidade.

Acerca da obra de José Saramago

“MEMORIAL DO CONVENTO”: MAGNÍFICA E

INIGUALÁVEL Por Tiago Assis Vilarinho, 12.º G

Continuação da página 2

No concurso de Karaoke em Alemão

Restava esperar pela deliberação

do júri.

Mais importante do que

ganhar é participar O resultado final desta edição de

karaoke realizada no dia 9 de Mar-

ço foi diferente do que esperáva-

mos. Ao recebermos o prémio rela-

tivo ao segundo lugar, apercebemo

-nos de que foram mais valorizadas

as capacidades vocais do que as

coreografias ou mesmo a pronún-

cia. No entanto, este pequeno con-

tratempo não serviu para manchar

a nossa alegria e o orgulho nos

olhos das nossas professoras, que

nos acompanharam nesta aventura.

Contas feitas: atribuímos nota

positiva a esta experiência. A

expressão antiga de que é mais

importante do que ganhar é parti-

cipar ganhou, para nós, um novo

sentido. Dedicámos semanas a

ensaiar para este karaoke. Uma

actividade que envolveu as disci-

plinas de Alemão e Educação Física

e que prova o quão proveitoso é

trabalhar em equipa. É ainda de

louvar a iniciativa da UM, que dedi-

cou algum do seu tempo à divulga-

ção da língua e cultura alemãs e

que nos proporcionou um dia fan-

tástico. Só não repetimos na próxi-

ma edição esta experiencia por

este ser o nosso último ano no ensi-

no secundário.

Página 6 •

Page 7: JornalEsas Junho de 2009

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Página 7

Q uando fomos desafiados a participar no

concurso, sentimo-nos assustados e

inseguros. Afinal somos alunos de ciên-

cias que mal sabíamos o que era o

P.V.P. (preço de venda ao público). Mas com

grande surpresa que fomos ganhando fase a fase

e quando chegamos à final mal podíamos acredi-

tar.

Muito tempo gasto a pensar nas jogadas, a discu-

tir probabilidades e a debater ideias. Valeu a

pena. Esta experiência teve um impacto positivo

nas nossas vidas. Agora, vemos a Economia e a

Gestão – áreas das quais nem gostávamos muito -

numa nova perspectiva. Apesar de sermos os

―marrões de ciências‖, apercebemo-nos que em

qualquer profissão precisamos de ter noções de

economia. Mas é sobretudo na nossa vida pessoal

onde temos que administrar os nossos bens que

mais impacto tem. Ainda mais agora que atraves-

samos uma crise económica. Também nos diverti-

mos muito. Fortalecemos laços de amizade e

aprendemos a trabalhar em grupo. Na nossa ida a

Vigo, para jogar a final e para a entrega de pré-

mios, foi também importante pelo contacto com

outra cultura.

Destacam-se ainda os almoços, à quinta-feira,

para decidirmos as jogadas. Muitas vezes

falávamos mais de futebol, música e filmes

do que propriamente de economia.

Para o ano há mais

Para todos os que ficaram com curiosidade

em relação ao jogo podem sempre tentar

para o ano. Mesmo que não percebam nada

de Economia, como nós. O importante é

tentar. E se não ganharem o jogo sempre

ganham experiência e horas de diversão.

Para já fica o agradecimento aos nossos pro-

fessores, em particular à Dr.ª Isabel Godi-

nho, aos nossos colegas, especialmente ao

João Reis que pertenceu à equipa que ven-

cedora do concurso o ano passado e cuja

ajuda foi fundamental dada a nossa inexpe-

riência. A escola também nos apoiou em

todos os momentos bem como as outras

equipas participantes da escola, uma vez

que não faltaram nas nossas discussões de

estratégias. Ajudas valiosas que se voltarão

a repetir.

Para saber mais: www.play.novaxove.com

UMA AVENTURA QUE DIZ SIM À ECONOMIA

O Concurso Play! Desafios para Novos Empreendedores juntou um total de 3032 participantes. Um jogo de simulação empresarial à dimensão ibérica promovido pela Escuela de Negócios Caixanova. A equipa Baluka disputou a final no dia 18 de Abril, em Vigo, para regressar onze dias depois e receber o prémio da sua prestação. Ficou em quarto lugar, mas foi a equipa mais nova a participar. Fica o relato desta aventura.

Pela equipa Baluka, 10.º A

Gonçalo Braga, Sara Araújo, Isabel Portugal, Vasco Almeida e Ana Rui Grilo

SABER COMO NOS

DEVEMOS COMPORTAR PARA

TER SAÚDE

Em visita à Feira da

Saúde estava o 7.º A

que encontrou motivos

para valorizar a inicia-

tiva. A Maria Miguel

Vaz realçou a impor-

tância de um stand do

Ministério da Saúde que

mostrava ―como utili-

zar os contraceptivos.‖

Já para o José Tiago -

que não deixou fugir a

parede da escalada - o

mais significativo foi

―saber como nos deve-

mos comportar para

termos saúde‖. As pala-

vras certas do jovem

aluno da Aurélia.

Promovida pela Junta

de Freguesia do Bon-

fim, esta edição da

Feira teve como tema

―As emergências

sociais‖.Por isso não

faltaram os Bombeiros

e a PSP que animaram

o jardim da central

praça Francisco Sá Car-

neiro, às Antas. Um

grande dia que come-

çou bem cedo (às 9 da

manhã) e terminou

cerca das 17. Muito

houve para aprender no

dia 28 de Maio.

Continua página 17

O NIPES* na Feira da Saúde

Texto de Paula Valdrez

Page 8: JornalEsas Junho de 2009

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Página 8

― Temos alunos a trabalhar com uma preci-

são tal que nada sai do alvo.‖ Quem o diz

é a professora Fátima Sarmento treinado-

ra da equipa da Aurélia de Sousa que pra-

tica Tiro ao Alvo. Contas feitas são 22 os alunos

inscritos e em maioria estão os nonos e décimos

primeiros anos de escolaridade.

É no âmbito do Desporto Escolar que encontrámos

esta modalidade desportiva: um projecto iniciado

há dois anos que começou ―a título experimental

e com poucas condições‖ esclarece a professora.

Mas ―a escola investiu‖ frisa a docente que treina

os alunos três vezes por semana.

O Tiro ao Alvo contempla duas vertentes, o tiro

com arco e o de precisão (feito com carabina), em

ambos os nossos alunos ―acertam nas miras com

imenso preciosismo‖ afiança a professora Fátima

Sarmento.

Cada vez melhor

Em contagem decrescente (falta um ano para se

dar conta do projecto) o empenho da professora e

alunos é cada vez maior. As escolas que têm este

desporto poderão funcionar como filiais do Clube

de Tiro de S. Pedro de Rates – sediado na Póvoa do

Varzim – um ―local lindíssimo em termos de espa-

ço e vegetação‖ palco de competições internacio-

nais da modalidade. Mas é também nestas instala-

ções que a maioria das competições escolares se

realiza. Uma vez por mês, com um calendário

definido logo no início dos anos escolares, ―os

alunos competem entre eles‖ , por escalões expli-

ca a treinadora Fátima Sarmento. Ao todo são

cerca de 140 alunos. ―Sendo uma actividade de

Desporto Escolar estamos associados por escolas‖.

É em Famalicão que está a sede do Tiro Escolar a

que pertence a ESAS mais outras duas escolas da

região.

Mas se nem sempre sobem ao podium os motivos não

faltam. ―A última prova é decisiva para a definição

dos primeiros lugares‖ mas como coincidem com os

calendários dos testes, os alunos estabelecem priori-

dades. ―Dou-lhes os parabéns por isso‖ diz a professo-

ra Fátima Sarmento. Garante que para o ano, com as

novas instalações desportivas, ―vamos ter melhores

condições de trabalho‖. Estão abertas as inscrições.

TIRO AO ALVO OU UM DESPORTO DE PRECISÃO QUE JÁ CONVENCEU OS NOSSOS ALUNOS Texto de Paula Valdrez

Resultados do grupo de equipa de Tiro ao Alvo Tiro com arco: Iniciados femininos - 1º lugar - Marta, 9ºA Iniciados masculinos - 2º lugar - João Artur, 9º C Juvenis femininos - 3º lugar - Joana Silva, 11º B Juvenis masculinos - 3º lugar - João Archer , 11º B Tiro de Precisão: Iniciados femininos 1ºlugar - Joana Beleza, 9º C Juvenis Femininos - 2ºLugar - Joana Silva, 11º B Júnior masculinos - 3º lugar - João Archer, 11º B Prémio de escola melhor classificada: Tiro com arco 1º lugar iniciados femininos 3º lugar iniciados masculinos Tiro de Precisão 2º lugar iniciados femininos 3º lugar iniciados masculinos 2ºlugar juvenis masculinos

Grupo de alunos do Tiro ao Alvo com a professora Fátima

Page 9: JornalEsas Junho de 2009

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Página 9

MINI-EMPRESA DA ESAS GANHA PRÉMIO NUM PROGRAMA DE EMPREENDEDORISMO Texo de Clara Falcão Foto de J V

A Editora Vozes, AE produz audio-

boocks, a Jane Doe, AE, cartei-

ras de senhora; Valk, AE, t-shirts

com o logótipo da empresa e a

Equus. AE presta serviços de equitação.

Estas são as mini-empresas criadas no

âmbito da Área de Projecto pelos alunos

do 12.º E. Sob a orientação da professora

Clara Falcão contaram ainda com o Dr.

José Brito (director do Millenium BCP e

voluntário na JÁ) num programa que foi

desenvolvido ao longo deste ano lectivo.

O trabalho de projecto começou com a

definição do objecto da empresa depois a

venda das acções da empresa, na eleição

do presidente e directores, concepção e

produção do produto a comercializar e nas

estratégias de marketing e, finalmente, na

liquidação da empresa. Todos os alunos

estiveram envolvidos. Uma oportunidade

de se prepararem para o mundo do traba-

lho e de desenvolverem as capacidades

criativas e empreendedoras, ultrapassando

obstáculos e vencendo desafios. Tudo atra-

vés da experiência de criação e direcção

da sua própria empresa.

No dia 12 de Março, os produtos foram

apresentados na Feira Ilimitada, realizada

no NorteShopping. Estiveram também pre-

sentes todas as mini-empresas criadas por

alunos de outras escolas do Grande Porto.

Foi a primeira etapa de avaliação do pro-

grama. A mini-empresa Editora Vozes, da

nossa escola, foi uma das 20 seleccionadas

a nível nacional participando depois na

competição Nacional realizada em 3 de

Junho. A empresa vencedora ( da Escola

Salesiana de Manique, Alcabideche) da

final nacional representará o país em

Roterdão, Holanda.

Fica para já um agradecimento ao Dr José

Brito, voluntário da JA Portugal que acom-

panhou o trabalho desenvolvido pela mini-

empresas, o nosso agradecimento.

Através de uma parceria com a Associação Aprender a Empreender, JA Portugal, participámos no programa “A Empresa”. A turma do 12.º E, na disciplina de Área de Projec-to, criou quatro mini-empresas. Uma oportunidade para os alunos se prepararem para o mundo do trabalho e desenvolve-rem a criatividade. Na bagagem trouxeram um prémio (“Responsabilidade Social”) na competição nacional.

COMO SE FAZ UMA EMPRESA VENCEDORA

A ―Editora Vozes‖ dispõe como

produto livros auditivos que resul-

tam da transformação de obras em

formato escrito para formato

áudio. Uma outra via, inovadora,

que permitirá o conhecimento da

obra. Ao colocar livros auditivos à

disposição do público, a ―Editora

Vozes‖ estará a criar uma nova

necessidade no consumidor, por se

tratar de um produto ainda pouco

explorado no mercado e conhecido

em Portugal. É ainda um bem eco-

lógico na medida em que conduz à

redução do abate de árvores para

a produção de livros; é um produto

socialmente responsável ao permi-

tir o acesso à obra por parte dos

invisuais, dos idosos com dificulda-

de de visão ou até daqueles que

preferem escutá-la a lê-la. A esco-

lha da primeira obra a ser gravada

foi uma tarefa difícil, até porque

teria que cativar e despertar o

interesse dos compradores. Foi

então eleito o livro ―Quatro Contos

Dispersos‖ de Sophia de Melo Brey-

ner, por ser aconselhável a qual-

quer faixa etária a partir dos 10

anos, e por ser escrita por tão

notável e reconhecida escritora

portuguesa que, tendo falecido há

pouco tempo, funciona como uma

pequena homenagem. Foi este o

produto que foi apresentado na

primeira feira regional, realizada

no mês de Março. A partir desse

data pensou-se em focar cada obra

em determinada faixa etária.

Optou-se pelo volume ―Fica Comi-

go Esta Noite‖ de Inês Pedrosa,

pelo seu carácter juvenil, e ―O

Estrangeiro‖ de Albert Camus que

se dirige a um público mais avan-

çado e experiente.

Continua na página 15

Pedro Catita, Nuno Renito, Mafalda Gama, na foto, e ainda, Maria Ana Cris-pim e Cátia Ribeiro (12ºE) venceram a competição na modalidade

―Responsabilidade Social‖

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R ealizou-se nos dias 29 e 30

de Abril ―Os Dias Abertos do

Turismo‖. Um evento pro-

movido pelos professores do

10.º, 11.º e 12.º ano dos Cursos Pro-

fissionais de Turismo da Aurélia de

Sousa que contou com a presença de

diferentes convidados que trouxeram

uma mais valia aos nossos alunos.

Profissionais: cursos exigentes

A nova sala (C4) reorganizou-se para

dar lugar a uma exposição-mostra dos

trabalhos realizados pelos alunos do

Curso Profissional de Turismo. Na pre-

sença da Dr.ª Delfina Rodrigues – que

relembrou o desafio da aposta feita

pela escola nos cursos profissionais

como uma alternativa, ―não subalter-

na‖ mas ― com um grau de exigência

que a todos dignificasse‖- , a represen-

tante da DREN, responsável pelos pro-

fissionais da nossa escola, Dr.ª Ofélia

Frederico valorizou esta área de for-

mação. ―É um curso de futuro com

emprego imediato‖ afirmou, salientan-

do, numa perspectiva institucional, as

exigências organizacionais e pedagógi-

cas que a formação comporta. Por isso

não deixou de questionar os alunos do

12.º ano, que um a um, lhe apresenta-

ram os projectos que irão defender, no

final do curso, na Prova de Aptidão

Profissional (PAP). Em jeito de ensaio a

Dr.ª Ofélia pôs os alunos à prova obri-

gando-os a defenderem as suas ideias.

Apenas uma amostra do que poderão

esperar os jovens profissionais, numa

fase decisiva e exigente da formação .

Turismo: da escola ao trabalho

Os especialistas-convidados passaram

em revista todas as valências que

decorrem deste sector de actividade.

Ao longo dos dois dias falou-se de tudo.

Os contributos da oferta formativa

para o desenvolvimento pessoal e pro-

fissional dos alunos, com a Dr.ª Manue-

la Rios dos Serviços de Psicologia e a

professora Paula Valdrez de Área de

Integração e das potencialidades do

Turismo na região Norte, com o

Dr. Fernando Florim (do ISPGaia) e Dr.

Hélder Couto (director de Marketing do

Hotel Praia Golfe em Espinho). À Dr.ª

Carla Inácio (directora do Hotel Mélia

Porto-Gaia) coube apresentar os requi-

sitos do mercado exigidos ao profissio-

nal de Turismo, e a Drª Alexandra San-

tos ( do Sindicato Nac. Da Actividade

Turística de Tradutores e Interpretes)

falou da sua experiência no terreno

como guia-intérprete e das questões

laborais relacionadas com a profissão.

Para encerrar os trabalhos, o director

da Escola de Hotelaria e Turismo de

Lamego, Dr. Paulo Vaz - que interpe-

lou vários alunos – reforçou a ideia de

que nos Profissionais ―transformámos

as capacidades dos alunos em algo

útil‖. O lema é ―fazer coisas simples

extraordinariamente bem‖.

As intervenções da Dr.ª Rosa Lídia Mota

deram conta da prática escolar. Opi-

niões fundamentadas da coordenadora

do curso que também fez a síntese dos

painéis que contou ainda, num deles,

com Dr. Paulo Bessa, professor de uma

área técnica do Curso de Turismo.

Continua na página 11

J U L H O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X I V

Dias Abertos

TÉCNICO DE TURISMO É UMA PROFISSÃO COM FUTURO

Dois dias em cheio para o Curso Profissional de Turismo. Uma iniciativa que trouxe à escola especialistas da área. Contributos valiosos para os alunos que ganharam mais uma oportunidade para aprender a “fazer coisas simples extraordinariamente bem” afirmou o Dr. Paulo Vaz. E todos concordam: o Turismo é um sector em expansão. A aposta certa, portanto. Texto e fotos: Paula Valdrez

A Dr.ª Ofélia Frederico (da DREN), Dr.ª Delfina Rodrigues e Dr.ª Lídia Mota na sessão de abertura dos Dias do Turismo

Página 10•

Um agradecimento ao Dr. Hélder Couto (à esquerda) e ao Dr. Fernando Florim(ao centro) que dinami-zaram o painel ―Turismo na Região Norte‖

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CURSO TÉCNICO DE MARKETING NUMA JORNADA EXEMPLAR

Os alunos do 10.ºano do Curso Profissional de Marke-ting mostraram aos colegas do 9.º ano o que podem aprender. Uma jornada onde puseram em prática as competências aprendidas. E convenceram.

― Um trabalho conjunto com os

nossos professores que, no

fim, nos deram os parabéns‖

diz com orgulho Patrícia Cere-

jo, aluna do curso. Tudo começou

com actividades de investigação nas

aulas de Gestão Empresarial do pro-

fessor José Soares, coordenador do

curso e de Marketing da professora

Angelina Mota. Depois, nas aulas de

TIC, com o professor Victor Sarmen-

to, as apresentações informáticas

foram ganhando corpo. No dia 5 de

Junho estava tudo pronto.

A importância de comunicar em

público foi um dos aspectos mais

valorizado pelos alunos do 10.º J.

Para o Francisco Pimentel fica tam-

bém a consciência de que há aspec-

tos a melhorar apesar da apresenta-

ção ter sido, por ele, ―bastante prepa-

rada em várias aulas e em casa‖ como

disse. Mas ― correu bastante bem‖

salienta o Miguel Subtil porque ―a tur-

ma se empenhou‖. Não restam dúvidas

pois reconhece a Inês Montenegro

―fomos todos bem aceites pelos cole-

gas do 9.º ano‖ porque, como acres-

centa a Ana Machado ― mostraram-se

motivados e interessados ao verem os

anúncios que apresentámos e as ques-

tões que colocámos.‖

À saída da jornada - que teve sessões

contínuas - os alunos mais jovens leva-

ram rebuçados e folhetos de divulgação

do curso também produzidos na turma.

É que nesta actividade dos profissionais

de Marketing estava em causa ―a nossa

imagem ― e a do curso, como explica o

Daniel Ribeiro. Trabalho em equipa

para ―dar a conhecer o nosso curso a

outros alunos e, quem sabe, até os aju-

darmos a escolher a sua área profissio-

nal.‖ É assim que se trabalha no Curso

Profissional de Marketing, na Aurélia de

Sousa.

(continuação página 10)

Curso Profissional de Turismo

ALUNOS MOSTRAM

O QUE VALEM

Papel principal , nos ―Dias abertos

do Turismo‖ coube aos alunos do

12.º ano. Já experientes no que

diz respeito à formação em con-

texto de trabalho (este ano reali-

zam um segundo estágio) partilha-

ram as suas vivências e os seus

saberes. Os olhares atentos e

curiosos dos colegas dos outros

anos ganharam com as experiên-

cias relatadas.

Também os alunos do 11.º ano

mostraram o que aprendem no

curso. Uma forma de sensibilizar

os colegas do 9.º ano que não fica-

ram indiferentes. Sala cheia para

ouvir falar do Curso Profissional de

Turismo. Uma actividade dinami-

zada pela Dr.ª Angelina Mota, nas

sessões destinadas à apresentação

da formação, despertando, assim o

interesse dos alunos do Básico para

esta modalidade de aprendizagem.

Todos ficaram a ganhar.

A Dr.ª Angelina Mota dinami-zou as sessões de apresenta-

ção aos 9.º anos.

A Inês, de Marketing, duran-te a apresentação de um anúncio publicitário.

Página 11

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À nova Directora aguardam-na

funções que, na sua essência

―não são muito diferentes‖ das

que tem desempenhado como

Presidente do Conselho Executivo, quer

dizer a ―lei diz rigorosamente isto‖,

esclarece a Dr.ª Delfina Rodrigues. O

―Director é o órgão de administração e

gestão da escola nas áreas pedagógica,

cultural, administrativa, financeira e

patrimonial‖. O que se pretende de

novo ―é reforçar as competências do

director‖. Por exemplo, o Presidente

do Conselho Executivo ―não era neces-

sariamente o Presidente do Conselho

Pedagógico, agora, explica, ―é obriga-

tório‖. Um órgão unipessoal ou ― uma

primeira figura‖ em cada escola ― a

quem possam ser assacadas responsabi-

lidades pelo serviço público que as

escolas prestam‖ como também ―pela

gestão dos recursos postos ao seu servi-

ço‖. A maior diferença é, assim, con-

clui a Dr.ª Delfina, ―criar um rosto, um

primeiro responsável.‖

Será o rosto da escola e a principal responsável. A Dr.ª Delfina Rodrigues – recém elei-ta Directora - fala dos desafios que a esperam. Um trabalho em equipa que garanta a qualidade e equidade numa escola de referência. Espera coesão. Promete dedicação e trabalho. Responsabilidades partilhadas numa escola rumo ao sucesso. Um lugar habi-tável que à comunidade escolar também cabe construir.

Entrevista à Directora

“SÓ O TRABALHO CONJUNTO PODERÁ LEVAR AO SUCESSO REAL”

Entrevista por : Ana Maria Pinheiro e Teresa Almeida do 11º H Fotos de : Bárbara Guimarães do 11º H Tratamento da informação: professora Paula Valdrez

Página 12•

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CUMPRIR UM DEVER

Mais do que uma motivação pessoal, a apresentação da

candidatura a Directora de escola ―foi mais uma decisão

partilhada‖ como disse a Dr.ª Delfina Rodrigues. A expe-

riência acumulada ao longo dos anos como Presidente do

Conselho Executivo e o facto de conhecer a conjuntura em

que a nossa escola vive ―especialmente com a situação de

obras‖ foram as razões apontadas para que ―uma série de

pessoas‖ entendessem que ―poderiam ser úteis‖. Mas

havia também ―uma espécie de desejo de estabilidade

para fazer esta transição‖ esclarece a recém eleita. A

decisão foi tomada. ―Assumi que me candidataria sentindo

-me assim a cumprir um dever‖ embora, anota a Dr.ª Del-

fina, ―não haja nisto nada de sacrificial‖.

Um trajecto longo que se inicia com ―um processo concur-

sal‖ esclarece a nossa entrevistada, citando a lei. Quem

determinou o calendário foi o Conselho Geral Transitório

(CGT). É a este órgão – do qual fazem parte

―representantes da comunidade escolar, das autarquias e

comunidade local‖ – que cabe a eleição do Director. Pelo

meio passou a apresentação do currículo vitae para deter-

minar se a candidata ―tem ou não qualificações‖ para

desempenhar o cargo, um programa de acção para o qua-

driénio e uma entrevista. A avaliação deste elementos é

feita por uma comissão e ― apresentada ao plenário‖ do

CGT. Contas feitas e temos a nossa Directora.

Reforçar o melhor que a escola tem feito O novo contexto aponta o caminho. Nos próximos anos

espera que ― a escola possa reforçar o que de melhor

tem conseguido fazer‖, isto é, que ―continue colecti-

vamente a lutar pela qualidade do serviço que presta‖.

Da professora Delfina pode esperar-se ―dedicação

total, trabalho e responsabilidade‖ como afirma para

que a Aurélia de Sousa seja considerada ―uma referên-

cia‖ pela ―qualidade e equidade que consiga garantir‖.

A Directora espera assim que a escola ―reforce o

melhor que tem feito em equipa e, que seja capaz de

encontrar soluções para as suas maiores fragilidades‖ -

as que já estão identificadas -, e ―as que em avalia-

ções sucessivas o possam vir a ser‖.

Rumo ao sucesso

No novo cargo, o director ―é coadjuvado por um subdi-

rector e, no nosso caso, por dois adjuntos‖ fica a pro-

messa, da Dr.ª Delfina Rodrigues de que ―vamos conti-

nuar a trabalhar em equipa‖. Por isso espera da comu-

nidade educativa ―coesão e responsabilidade‖ que é,

aliás, ―o que tem feito até aqui‖, Para que a escola se

afirme pela qualidade importa que ―cada um na sua

área de intervenção e acção‖ partilhe estes valores

pois ―só este trabalho conjunto é que poderá levar ao

sucesso real‖.

Desejos não faltam. ―Tenho vários‖ confessou a Direc-

tora. Julga importante que ―se preserve o clima esco-

lar‖, conseguido ao longo destes anos. É pela ―criação

de um clima escolar‖ que as escolas se tornam

―lugares habitáveis‖. Este desejo cabe-nos a nós con-

cretizar porque a Dr.ª Delfina Rodrigues também gos-

taria de ―leis boas e estáveis‖.

«Não antevejo profundas diferenças»

Página 13 Continua na última página

Já temos Directora! A Dr.ª Delfina Rodrigues tomou posse no dia 15 de Junho. A confirmação de uma carreira profissional sob o signo da Aurélia de Sousa.

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É a diferença

que nos torna iguais Por Cláudia Correia do 11.º C

S omos biliões de rostos neste planeta azul,

biliões de gestos e expressões. Biliões de sorri-

sos e lágrimas, biliões de corações e cérebros,

biliões de pequenos aglomerados de moléculas,

todos diferentes, todos únicos na sua individualidade.

Cada um, uma junção aleatória, uma ínfima probabili-

dade, um acaso de um destino desconhecido, e cada

um construído simultaneamente igual e diferente dos

restantes; (des)igual em direitos, em deveres, igual no

âmago da questão fundamental – ser humano – e dife-

rente em absolutamente tudo.

Ainda noutro dia caminhava calmamente pela rua,

quando não pude deixar de ouvir uma conversa entre

duas senhoras, já idosas, que comentavam sobre a

presença duma jovem anã num café em frente.

―Graças a Deus não sou diferente‖, dizia uma,―Cruzes,

como pode alguém ser assim?‖, respondia-lhe a outra.

Fiquei imediatamente siderada, sem palavras! Qual o

meu espanto quando me apercebi que a jovem anã

tinha ouvido tamanha insolência e se havia levantado

para se dirigir às idosas. ―Minha senhora, peço descul-

pa por ter escutado o seu desabafo, e peço desculpa,

também, por Deus, por alguém tão ignorante como a

senhora ter nascido. Eu sou diferente de si (e ainda

bem!) mas a senhora também é diferente de todos os

outros. Ninguém nasce igual, ninguém se faz igual,

somos todos peças de um puzzle gigante, únicas,

imprescindíveis, diferentes.‖

Permaneci em silêncio, sorrindo quase inconsciente-

mente. Também eu pensava assim. Desde o dia em que

soube o significado do meu nome, Cláudia (do latim

Claudius que significa ―diferente‖) jamais cessei de

lutar pela valorização da diferença, pelo tributo à

diversidade. Paremos para pensar, por exemplo, no

que aconteceria se todos fossemos exactamente iguais,

como cópias precisas uns dos outros… Eu cá ia-me

aborrecer imediatamente, só pelo facto de existir

alguém como eu: a falar e a rir como eu, a escrever e

a chorar como eu, a sorrir perante a adversidade como

eu.

Em conclusão, somos iguais na diferença, somos dife-

rentes na igualdade. Quem sempre sorri face à dife-

rença, sorri à vida, sorri à existência, sorri àquilo que

nos torna verdadeiramente humanos – a multiplicida-

de. Obrigada por ser assim!

Um dia solidário

com a AMI Por Cláudia Morgado do 12.º D

F oi o dia do peditório para a AMI. Para além de

ter ido bem acompanhada e de me divertir na

companhia de quem gosto, voltei para casa

com uma ideia positiva acerca da sociedade.

Pensava que, hoje em dia, com a crise económica em

que vivemos, seriam em maior número as pessoas que

não iriam colaborar e doar, mas estava enganada. Não

só muitas pessoas aderiam, como muitas delas deram

quantias acima dos cinco euros. Uma das senhoras que

ajudou respondeu ao meu ―Muito obrigado‖ com ―De

nada, é uma obrigação.‖ De facto, ainda existe muito

boa gente, disposta a contribuir por uma causa nobre.

Estávamos tão entusiasmados com a adesão que

ficámos lá mais um tempo depois de acabar o nosso

―turno‖. Saber que disponibilizei duas horas do meu

dia por uma causa nobre deixa-me satisfeita. Domingo

lá estarei novamente.

A maior recompensa do nosso trabalho não é o que nos pagam por ele, mas aquilo em que ele nos transforma.

John Ruskin

Página 14•

Cátia, João e Cláudia - 12ºD

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Lá e cá

TURMAS COM MAIS DE 50 ALUNOS E SÃO RAROS OS CASOS DE INDISCIPLINA

Desta vez fomos à China. Lui é aluna do 12.º E, vive em Portugal há cerca de oito anos. Conta-nos como é na sua terra natal: o modo como está organizada a sociedade e o sistema escolar chinês. Um mundo diferente. Texto e foto J V

A Liu Liu Fang nasceu na China na

cidade Qing Tian da província de

Zhejiang, próximo de Shanghai. Aí

viveu cerca de doze anos e consi-

dera ter tido uma educação chinesa tradi-

cional. A sua cidade é conhecida pelo ―Hong

-Kong‖ da China, pois é alimentada pelas

remessas de emigrantes espalhados por

todo mundo e a sua população tem um

elevado nível de vida. Segundo palavras de

Liu, Qing Tian, é a cidade chinesa de onde

saem mais pessoas e entra mais dinheiro. O

cosmopolitismo é tal que é frequente assis-

tir-se ao uso do ―euro‖ nas trocas comer-

ciais em vez do tradicional ―Ren Ming Pin‖ –

o dinheiro do povo, a moeda local.

Liu está há cerca de oito em Portugal e não

pensa voltar para a China, mesmo que os

pais regressem.

Os pais de Liu têm dois filhos. Muito embora

nas regiões urbanas da China ainda seja

aplicada a política do filho único, os pais de

Liu tiveram a oportunidade de ter dois des-

cendentes. Isto porque o primeiro bebé foi

rapariga e o pai era oriundo do meio rural.

Na China continua a valorizar-se o nasci-

mento de rapazes em detrimento das meni-

nas, mas a situação está a levantar proble-

mas na altura de constituir família porque

há uma clara desvantagem entre sexos.

Actualmente, há cerca de uma mulher para

cada cinco homens.

Na escola: se alguém tiver comportamen-

tos incorrectos compromete os outros

As escolas, em território chinês, têm uma

organização diferente. Não há funcionários

auxiliares. Só professores e alunos. As tur-

mas têm de 50 a 60 alunos e funcionam

num todo, como um grupo interligado. Se

alguém tiver comportamentos incorrectos

compromete os outros. Por exemplo, se um

aluno não tiver concluído as tarefas deter-

minadas pelo professor, todos aguardam

até ele terminar, mas são raros os casos de

indisciplina.

A limpeza, a assiduidade e a pontualidade

são controladas por alunos escolhidos pelo

professor e é concedida uma bandeira de

honra à turma que tiver melhores procedi-

mentos.

A Liu atribui os bons comportamentos nas

escolas às orientações que são dadas na

disciplina ―Pensamento Moral‖ , logo que

entram na Primária, aos seis anos. No

secundário os alunos passam a ter a disci-

plina de ―Pensamento Político‖ que serve

para aprofundar os princípios do comunis-

mo e na faculdade já podem ingressar no

Partido Comunista. O que é um privilégio.

O sistema é muito rígido e muito rigoroso,

uma décima nas classificações pode obrigar

a uma descida vertiginosa, na lista ordena-

da que regula as entradas para o ensino

superior. Aqueles que não entram na facul-

dade vão para cursos profissionais.

É assim na China.

Continuação da página 9

COMO SE FAZ UMA EMPRESA VENCEDORA Para além disso foi também

fundamental para a esco-

lha dos livros o facto de se

tratar de escritores notá-

veis, nomeadamente

Camus que em 1957

ganhou o Prémio Nobel da

Literatura.

A ―Editora Vozes‖ tem um

canal de distribuição do

produto ultra-curto. O site

(www.editoravozesae.pt.v

u) é uma forma de dar a

conhecer o seu produto,

pois lá se encontra toda a

informação relativa à mini-

empresa e aos seus produ-

tos, podendo mesmo ser

possível adquiri-los por

este meio.

Na final nacional, a Editora

Vozes ganhou o prémio

“HP -Responsabilidade

Social”.

Aos alunos, Cátia Ribeiro,

Maria Ana Crispim, Mafalda

Carmo Gama, Nuno Ranito

e Pedro Catita, premiados

cada um com uma impres-

sora multifunções HP. Os

nossos parabéns pela sua

capacidade empreendedo-

ra. CF

Para ver a reportagem da

Feira Ilimitada de 12 de

Março:

http://www.dren.min-

edu.pt/crecursos/

Reportagem/

FeiraIlimitada.htm

Para saber mais sobre a o

programa e a JA Portugal:

http://

www.japortugal.org/

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HÁ PEIXE FRESQUINHO NA LOTA DE MATOSINHOS

De certeza que nem todos os que participaram na visita de estudo que levou as turmas do 11.º ano (I,F,G e H) e o 12.ºE à lota de Matosinhos gostam de peixe. Mas as surpresas do que viram não os deixou indiferentes. Assim foi no mês de Maio quando já era Primavera. Texto e foto JV

L onge vão os tempos em que se apre-

goava o peixe pelas ruas… Hoje

vamos a estabelecimentos em que as

condições de higiene são, na grande

maioria dos casos, irrepreensíveis onde os

funcionários e as funcionárias, equipados a

preceito, amanham e lavam o peixe.

Mas a modernização também chegou a lota.

Foi o que observámos na visita que fizemos à

lota de Matosinhos organizada pelas professo-

ras de Geografia do 11ºano, Manuela Violas e

Julieta Viegas..

Sentados na bancada assistimos, boquiaber-

tos, ao leilão do peixe. As caixas de amostra-

gem eram colocadas, por dois homens, sobre

um tapete rolante e os compradores munidos

com um pequeno comando - tal como nos

concursos televisivos -, arrematavam o peixe

ao preço que consideravam mais ajustado.

Como era tudo complicado tivemos até de

pedir ajuda.

Os pequenos comerciantes não vão à lota

A atenção deve estar concentrada em dois

painéis suspensos que apresentam as caracte-

rísticas do peixe, e a designação da embarca-

ção que os capturou. A valorização do peixe

depende da frescura, daí a necessidade de

conferir muita rapidez ao processo.

Mas se no sistema de venda há grandes

mudanças noutros aspectos as tradições man-

têm-se, ou seja, o pescador é o que menos

ganha com o peixe. São os grossistas, que

rematam grandes quantidades de pescado e

os estabelecimentos comerciais que ficam

com a maior proveito. Os pequenos comer-

ciantes não vão à lota.

Os compradores nem sempre se entendem

com os homens do mar e por vezes há desa-

venças, sendo necessário disponibilizar segu-

ranças, sobretudo, por alturas das festas

populares.

Peixe na NET não esconde a dureza da faina

Na lota de Matosinhos o peixe que não é ven-

dido, por falta de comprador, é enviado para

instituições de solidariedade social ou trans-

formado em farinha de peixe.

Dizem que no futuro a venda do peixe será

feita pela internet, pois prevê-se que dessa

forma se amplie o leque de compradores.

Muito ficámos a saber. Foi por isso que antes

de regressarmos à escola passeámos pelo cais

de pesca e apreciámos a reduzida dimensão

das numerosas embarcações que todos os dias

se fazem ao mar e constatar a dureza das

condições de vida de quem vive do mar.

As caixas de peixe são empilhadas, por cliente, depois de licitadas

NUNCA ESQUEÇAS

AS TUAS DÍVIDAS

AMBIENTAIS! Em Outubro de 2008 assinalou

-se o Dia da Dívida Ecológica.

Data a partir da qual a Huma-

nidade passou oficialmente a

viver acima dos seus meios:

consumimos mais do que o

total dos recursos produzi-

dos .

O conceito de Dívida Ecológi-

ca está intimamente ligado

ao valor da pegada ecológica.

A pegada ecológica constitui

uma forma de medir o impac-

te humano na Terra. Exprime

a área produtiva equivalente

- de terra e mar - necessária

para produzir os recursos

utilizados e para assimilar os

resíduos gerados por uma

dada unidade de população.

Hoje, a Humanidade usa num

só ano, aproximadamente,

30% mais do que a Natureza

pode regenerar nesse mesmo

ano. O excesso no consumo

de recursos leva à formação

da dívida ecológica global.

Só para exemplificar, se

todos os habitantes do nosso

planeta tivessem os mesmos

padrões de consumo, seriam

necessários 3 planetas para a

Terra os manter.

Estás à espera de quê?

Adaptado por JV de

www.agenda21local.info

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Página 17

A grandiosidade, a capacidade de organização e

de controlo do espaço surpreendeu-nos a todos.

Aproveitando a oportunidade de a ESAS ficar

próxima da maior infra-estrutura portuária do

Norte de Portugal, as professoras de Geografia do 11ºano

organizaram uma visita de estudo ao Porto de Leixões com

o objectivo de observar a complexidade que envolve o

funcionamento de um porto de mar e reconhecer o seu

impacto na cadeia logística do transporte de mercadorias.

Leixões é um dos portos mais competitivos e polivalentes a

nível nacional já que passam por lá passam cerca de 3 mil

navios por ano. As cargas são de todo o tipo: desde têx-

teis, granitos, vinhos, madeira, automóveis, cereais, con-

tentores, sucata; ferro e aço, álcool e aguardente, açuca-

res, óleos e melaços até aos produtos petrolíferos.

Novo terminal de Cruzeiros

A novidade é que o projecto do novo terminal de Cruzeiros

deverá estar concluído em já em Março de 2011. Opera

365 dias por ano, com altos níveis de produtividade e com

reduzido tempo de permanência dos navios no cais, usu-

fruindo, para isso, de uma barra permanentemente aberta

ao tráfego portuário, sem restrições de acesso por efeito

das marés. Mas é bem visível o investimento no sentido da

modernização de todos os serviços e equipamentos, de

forma a simplificar procedimentos e aumentar a rapidez

do atendimento. A título de exemplo: os serviços dispõem

de um sistema de entrada que fotografa e reconhece auto-

maticamente o número de contentores e a matrícula dos

veículos, não sendo necessário parar.

Os rochedos de «Leixões»

As questões relacionadas com a segurança são levadas

muito a sério, no porto de mar de Leixões. Foi por isso

que a nossa visita foi feita dentro da camioneta com uma

guia a desdobrar-se em explicações.

Convém, no entanto, dizer que se trata de um porto artifi-

cial construído no final do século XIX, na foz do rio Leça e

que deve o seu nome a um conjunto de rochedos a que os

homens chamaram de «Leixões».

Visita de Estudo a Leixões

E O PORTO AQUI TÃO PERTO ... Portugal situa-se no cruzamento das principais rotas marítimas e precisa de aproveitar as potencialidades da costa para ganhar visibilidade a nível internacional. A dinâmica dos nossos portos marítimos é vital para estabelecermos ligações comerciais com o res-to do Mundo. Os alunos das turmas I, H, F e G do 11.º ano e da turma E do 12.º visita-ram o porto de mar orientados pelas professoras Manuela Violas, Julieta Viegas e Cecí-lia Nóvoa. Por JV

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Segundo o professor Humberto Rodrigues, do NIPES, a Feira ―serve para promover a qualidade de vida‖. Por isso nada

mais importante do que saber como vai a nossa saúde. No stand da Aurélia de Sousa foi possível ―calcular o índice

corporal ou o perímetro abdominal‖ explicou o professor de Educação Física. E nada melhor do que saltar à corda para

ajudar a ficar em forma. Apenas um dos muitos jogos a que pudemos assistir promovidos pela nossa escola que - em

conjunto com dezenas de organismos e instituições da freguesia do Bonfim - brindaram os visitantes com actividades

lúdico-educativas. Tratou-se assim de ―incrementar a ideia de que as pessoas devem ter uma vida activa‖ como frisou

a professora Fátima Sarmento já que, deste modo, ―adoptamos um estilo de vida saudável‖. Para bem de todos nós.

* Núcleo de Intervenção para a Promoção da Saúde

O NIPES* na Feira da Saúde Continuação página 7

Alunos do 7ºA com as professoras Fátima Santos e Graça Gouveia, no stand da Aurélia de Sousa, na Feira da Saúde

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Página 18

Sobre

as

obra

s de r

enovação

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Página 18•

É de louvar toda e qualquer renovação de um parque

escolar, ou de um parque tecnológico, ou mesmo

de infantários, creches, ou lares da Terceira Idade.

Renovar é melhorar, tornar mais confortável, mais efi-

ciente, mais moderna uma estrutura de apoio ou de pro-

dução.

Inovar e renovar andam de mãos dadas e, sem inovação e

renovação não pode acontecer, por exemplo, o progresso

das ciências – da Medicina à Astronomia.

As obras em curso por todo o País, renovando de forma pro-

funda e sistemática o Parque Escolar Português no que res-

peita às Escolas do Terceiro Ciclo, merece os maiores louvo-

res mas, a par duma adequada alegria deve imperar um sen-

tido de pragmatismo, logo impõe-se para já algumas pergun-

tas. E como perguntar para sermos informados sobre um

bem comunitário não ofende ninguém de boa fé, aqui se

expõem as perguntas:

- a qualidade dos materiais aplicados é a melhor? Os

empreiteiros são de reconhecida competência, a todos os

níveis? Há a garantia segura que, no próximo inverno, ou

daqui a 2 ou 3 anos, não haverá infiltrações, tinta a des-

cascar, janelas empenadas a deixarem entrar correntes

de ar e água da chuva? Os Ministério da Educação e das

Finanças (e por acréscimo, os Contribuintes) têm garan-

tias escritas de que estas obras vão durar anos e anos sem

problemas e que, se problemas houver a sua solução será

imediata e da exclusiva responsabilidade do/s empreitei-

ro/s ?

Oxalá que sim, embora haja em Portugal a tradição perni-

ciosa e imoral das Obras Públicas ficarem, sistematicamen-

te, impudicamente, muito mais caras do que os orçamentos

publicitados, como rara é a obra que pouco tempo depois

de concluída, não aparece na televisão e na imprensa

escrita com imperfeições de planeamento e fragilidades

estruturais. Basta ver o programa da SIC, Nós por Cá.

Aguardemos com esperança, confiança e muitíssima fé.

Uma “escola-modelo”

No que respeita às obras a decorrer na nossa Escola, e face

ao caos instalado, damos por vezes connosco a idealizar-

mos mentalmente (sonharmos?), como teria sido tão dife-

rente, para melhor, pensamos nós, construir, de raiz, uma

nova Escola Secundária Aurélia de Sousa, com um grande

retrato em azulejo da pintora, madrinha da escola implan-

tado bem ao alto na fachada principal. Uma autêntica

“escola-modelo século XXI” !!

Mas, onde se iria implantar esta ―escola-modelo‖ sem a

deslocar para fora do tradicional perímetro geográfico da

antiga escola? Obviamente que em plena Praça Francisco Sá

Carneiro (Praça Velásquez, como é absurdamente sempre

citada). Na mesma zona da cidade, com Metro e autocarros

à porta, com uma área envolvente menos afogada em

cimento, com a nova avenida do Estádio do Dragão mesmo

ao lado, com o próprio jardim da praça Sá Carneiro mesmo

em frente para relaxarem antes ou depois das aulas.

E como seria viável uma transformação tão radical? Permu-

tando (talvez) com a Câmara os terrenos do chamado Mon-

te Aventino, (estrutura subaproveitada durante a semana).

A Câmara recebia em troca os valiosos terrenos da nossa

Escola agora ―mergulhada‖ num mar de cimento, e neles

construía as estruturas sociais de lazer e desporto que

entendesse serem mais úteis para a população.

Os nossos alunos e docentes eram contemplados com

uma nova escola a estrear… ―nova em folha‖. Entretanto

e enquanto as obras de construção da nova escola decor-

riam, os alunos continuariam a ter aulas na escola origi-

nal.

Para não prejudicar os utentes que utilizam as estruturas

do recinto do Monte Aventino elaborava-se um protocolo

com o Futebol Clube do Porto o que permitiria, a título

de ―serviço público temporário‖, a utilização das suas

instalações de desporto e ginástica aos utentes do pavi-

lhão camarário, em horários que não afectassem a práti-

ca desportiva dos atletas do clube.

Seria afinal uma permuta de terrenos com uma finalida-

de nobre e que iria beneficiar, indiscutivelmente toda a

cidade do Porto.

Página 18

Sobre as obras de renovação Por Quinto Barcelos*

(continua na página 22)

Expressão Artística 9º B - Parede da sala de aula antes das obras de renovação

Foto de Carlos Morais MEMÓRIAS PARA RECORDAR

Page 19: JornalEsas Junho de 2009

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Por Luísa Leal - Prof. Coordenadora do Desporto Escolar

N um ano lectivo em que os alunos do Ensino Básico não tiveram acesso a instalações desportivas. Ass actividades internas – as anuais incluídas nos tempos lectivos e não lectivos – foram interrompidas. Só o

secundário teve Educação Física. Mas as actividades externas mantiveram-se. A nota é assim positiva. Nos treinos sema-nais, encontros e competições inter-escolas (locais e regio-nais) participaram a maioria dos alunos e, em alguns casos, o número dos inscritos nas diferentes actividades até foi supe-rior ao ano passado. Por isso, a coordenadora do Desporto Escolar, a professora Luísa Leal, realça a capacidade de adaptação e empenho dos responsáveis pelos três grupos-equipa – a professora Fátima Sarmento, com o Tiro ao Alvo, a professora Catarina Cahapuz, com as Actvidades Rítmicas Desportivas ( Dança Criativa) e o professor Jorge Guimarães, com o Xadrez – num ano lectivo estruturalmente diferente. A professora Luísa Leal congratula-se ainda com os resultados obtidos pelos alunos nas diferentes competições e encontros em que estiveram presentes. O interesse, por eles demons-trado, traduziu-se também na assiduidade e numa boa parti-cipação. O Desporto Escolar em grande.

T ambém a pretexto de come-

morar o Ano Internacional da

Astronomia, no dia 29 de

Abril, no Auditório da Escola

Artística Soares do Reis mostrou-se

como por cá se dança. Uma iniciativa

que serviu para marcar o Dia Interna-

cional da Dança. E foi assim que o gru-

po de Dança Contemporânea da ESAS

nos contou histórias. Com movimentos

variados os corpos das bailarinas – que

coreografaram as danças – levaram-nos

a imaginação até ao ―ponto, o big-

bang, a energia, as estrelas, o sistema

solar.‖ Tudo em “Eppur si mueve‖ com

naturais movimentos sob o olhar atento

de Galileu. A beleza em acção. Como é

dançar na Lua? ou os ―13 pedacinhos de

Lua‖. Um outro cenário que as jovens

alunas do Grupo de Dança Contemporâ-

nea conceberam para nos dizerem

como gostam de lá dançar. Tudo parti-

lhado por um público atento que se

deixou envolver pelos diferentes

momentos de um espectáculo que cru-

zou sons, cores e imagens. É assim o

fazer artístico.

Artes do espectáculo.

As vozes de Afonso Alves; João Montei-

ro e João Cabral (do 8.ºB) disseram, de

António Gedeão, ―Galileu, Galilei ‖

antecedendo o primeiro quadro de dan-

ça. À Catarina Pais Rodrigues (do 7.ºC)

coube um segundo momento de poesia.

Desta vez bisou Gedeão (―Máquina do

Mundo‖) e encantou com Alberto Caei-

ro em ―Aceita o Universo‖. Foi antes da

última peça apresentada pelo Grupo de

Dança Contemporânea da responsabili-

dade da professora de Educação Física,

Catarina Cachapuz. O poema ―A Lua‖

de Florbela Espanca veio a cena com a

Maria Inês (do 8.º C) e a Mariana Fer-

nandes (do 7.ºC) trouxe-nos uma outra

lua - ―Lua Adversa‖ – num texto de

Cecília Meireles. Não faltou o filme

―Para além da Terra‖ e as obras pictó-

ricas que nos lançaram para o Univer-

so. As alunas Leonor Freitas e Filipa

Sousa, da turma A do 9.º ano compuse-

ram os cartazes deste espectáculo que

teve inicio às 19 e terminou cerca de

uma hora depois.

As alunas Bítia Neves, Mariana Sá, (7.º

B), Sandra Sá (7.ºC), Ana Sofia Sar-

mento; Beatriz Araújo, Sara Ferreira;

Sara Deus, Tânia Giesta (8.ºB) Ana Rita

Ferreira; Maria Araújo, Mariana Barros,

Mariana Costa (8.ºC) e Maria José Tei-

xeira (12.ºD) dançaram. Dançaram. E

acordaram os nossos sentidos.

AS VARIAÇÕES DOS SENTIDOS EM NOME DA DANÇA CONTEMPORÂNEA

Os corpos das jovens do Grupo de Dança Contemporânea da Aurélia dançaram com (ou como?)

astros. Gestos expressivos a desafiarem as memórias que não esquecem Galileu. ciência e a

arte entrelaçadas. Foi em Abril, no Dia Internacional da Dança ou o despertar os sentidos.

Por Paula Valdrez

APESAR DA FALTA DE INSTALAÇÕES DESPORTIVAS O BALANÇO DO ANO ESCOLAR É POSITIVO

Expressão Artística 9º B - Parede da sala de aula

antes das obras Foto de Carlos Morais

MEMÓRIAS PARA RECORDAR

Sobre as obras de renovação Por Quinto Barcelos*

Page 20: JornalEsas Junho de 2009

Visita de Estudo

SINT(R)A COM OS “MAIAS”

DE EÇA Palácio da Pena - Sintra

Por Elvira Pardinhas

P roporcionar o alargamento cultural, foi um dos

objectivos da visita de estudo realizada pelos

alunos das turmas A, B, C, D e G do 11.º ano da

ESAS. Organizada no âmbito das disciplinas de

Português e de Geografia a actividade funcionou também

como um momento síntese do estudo de "Os Maias – Epi-

sódios da Vida Romântica‖ de Eça de Queirós. É que, é

nesta cidade - Património Mundial - que decorre parte

da acção da obra queirosiana.

O magnífico dia de Sol contribuiu para a boa disposição

de todos e permitiu o passeio guiado pelos jardins

românticos. Uma oportunidade para realçar a importân-

cia do ordenamento do território, a preservação ambien-

tal e do espaço arquitectónico do Palácio, visto ao por-

menor, na visita que realizámos. E foi assim que, num

convívio saudável entre alunos e as professoras respon-

sáveis por esta actividade (Ana Amaro, Elvira Pardinhas,

Manuela Violas e Paula Queirós) acabámos a deambular

pelas ruelas da Vila de Sintra, de comprar as famosas

queijadas e tirar fotografias. Foi no dia 20 de Maio.

Alunos do 11ºA - Teresa Beires, João Almeida, Vítor, Inês Cardoso, Inês Carviçais, Pedro Martins, Mª João Cunha, Sér-

gio Silva e Ana Teles (da esquerda para a direita)

Professora de Geografia, Manuela Violas, com a Rita e a Gabriela do 11º G

J U L H O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X I V

Página 20•

EDITORIAL por José Fernando Guimarães

A imagem

Q uando Andy Warhol, um dos

nomes maiores da pop art, a par

de Tom Wesselmann e Roy Lich-

tenstein — e de quem, no Porto,

o Museu de Arte Contemporânea de Serral-

ves mostrou uma notável exposição intitu-

lada Andy Warhol, A Factory — des-

sacraliza e des-significa a imagem pictóri-

ca, atribuindo-lhe o estatuto e o papel da

imagem publicitária, estava seguramente a

abrir, nos anos sessenta, alguns caminhos

para os tempos de hoje, os tempos do pós-

modernismo.

Mas o que é isso de pós-modernismo?

Usado tão frequentemente na linguagem

do quotidiano (trate-se da moda, da dan-

ça ou, até, da vida), o conceito de pós-

modernismo tem filosoficamente várias

acepções. Tomemos, por exemplo, a que

lhe atribui Gilles Lipovetsky em A era do

vazio. Depois de passar em revista a

sociedade actual, mostrando como o teci-

do social sofreu alterações que levam a

mudanças estruturais de ordem sócio-

cultural, económica e política, Lipovetsky

acerca-se da nossa época com os verbos

deslizar e planar — verbos dos desportos

radicais: surf, body-board, asa-delta.

Ora, não serão estes desportos radicais

outros tantos flashes, outros tantos feixes

fulgurantes de imagens que enredam e

seduzem, principalmente os jovens? Tal

como, num outro plano, a Coca-Cola ou o

hamburger, que Andy Warhol fixou

enquanto imagens, entre muitas outras, da

sociedade de consumo?

Época do deslizar, do planar da imagem,

esta época que é a nossa fica, por vezes, à

porta da escola, sem lá entrar. Há, pois,

que conferir ao audio-visual o papel que

dantes era atribuído apenas ao livro. Foto-

grafia, música, teatro, dança, cinema —

mas, também, diapositivo, diaporama,

vídeo são, tal como um texto, campos de

signos. Por isso, merecem o nosso trabalho

atento e meticuloso, sem facilidades nem

facilitismos. Um trabalho capaz de nos

inscrever na nossa época, levando-nos a

pensá-la — e, ao sermos motivados para

esse trabalho pelo audio-visual, motivarmos

também os nossos alunos, as suas aulas e a

sua escola.

Page 21: JornalEsas Junho de 2009

J U L H O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X I V

F oi já no final de um período em

que o tema ―As cidades portu-

guesas‖ preencheu o espaço

das aulas, na disciplina de Geo-

grafia, das turmas do 11.ºF e 12.ºE, que

decidimos sair da escola e observar a

realidade, confrontando os saberes acu-

mulados.

A Sociedade de Reabilitação Urbana

(SRU), contactada pela Directora de

Turma, profª Isabel Godinho, serviu para

nos orientar na visita de estudo pelo

centro do Porto. A sociedade tem como

objectivo intervir nas freguesias da Sé,

Miragaia, S. Nicolau, Vitória, Massarelos,

Bonfim, Cedofeita e Santo Ildefonso,

área que está sinalizado como espaço

crítico de recuperação e reconversão

urbanística.

É tempo de mudar de cenário

Sob o olhar atento de alunos e professo-

res percorremos ruas e ruelas. A cada

passo nos apercebemos do esforço her-

cúleo, a nível financeiro e organizacio-

nal, para levar a cabo a requalificação

dos imóveis. Encontrámos edifícios mui-

to antigos e muito degradados, com

acessos difíceis, pois o traçado de

alguns desses arruamentos é anterior ao

uso do automóvel. Nos casos em que

habitações não se encontram devolutas

é necessário realojar as famílias o que

aumenta a complexidade do programa

de intervenção .

O cenário decadente que nos acompa-

nhou pela maioria das artérias do miolo

urbano da Sé é resultado de duma

sucessão de factores que não se esgo-

tam evocando a especulação imobiliá-

ria, o congestionamento das artérias e a

lei do arrendamento urbano. O certo é

que, assistimos nas três últimas décadas

ao êxodo dos mais jovens e ao deambu-

lar de um população envelhecida e

carenciada que não conseguiu renovar

ou conservar as habitações.

Razões para viver no Centro Histórico

Mas parece que as coisas podem mudar

com o recurso a programas específicos

que financiam projectos de recuperação

urbana e à vontade de uma nova gera-

ção de jovens intelectuais que está a

ocupar aos poucos as zonas

―esquecidas‖ da cidade.

O que os está a fazer mudar de ideias?

Por um lado, o reconhecimento de que é

importante preservar a identidade dos

lugares, a sua história, o seu patrimó-

nio; por outro, é na ―baixa‖ que tudo

acontece, desde os eventos culturais aos

espaços atractivos de diversão nocturna.

Hoje, as preocupações ambientais for-

talecem as escolhas. Quem vive próximo

do centro, pode evitar o uso dos trans-

portes diários, poupando tempo, dinhei-

ro e, obviamente, o planeta.

Não esquecemos que a cidade do Porto

que queremos só existirá se os morado-

res encontrarem vantagens comparati-

vas, em qualidade e preço. É por isto

que a câmara municipal desenvolve pla-

nos de intervenção.

Este momento de crise, que atravessa-

mos, poderá ser uma excelente ocasião

para repensar os factos e recriar novas

realidades e oportunidades para a nossa

cidade.

QUANDO MODA É VIVER NA BAIXA DA CIDADE DO PORTO

As palavras “vai ser moda viver na Baixa do Porto” são música para os ouvidos daqueles que querem acreditar na recuperação do centro histórico do Porto. Foram o mote para sairmos da ESAS. Quando a vida urbana traz muitas vantagens mas encerra também graves problemas, a reabilitação urbana do Centro Histórico do Porto é uma resposta que urge. Texto e fotos de JV

Página 21

Sara, Filipe, Leonor, João Paulo, Filipa, Daniel (atrás), Débora, Nuno, Ana Rita, Raquel (atrás), Manuel, David e Tiago 11º F e 12ºE - Professoras Alexandrina Fernandes (Matemática) , Julieta Viegas (Geografia), Clementina Silva (Filosofia) e Isabel

Godinho (Economia - D.T.)

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(continuação da página 18)

OBRAS DE RENOVAÇÂO

O ano lectivo decorreria assim em moldes civilizados, com

condições de aprendizagem excelentes, sem ruídos, sem instalações

precárias. Não lhes seria vedada a prática de exercício físico normal

durante todo um ano. Alias é uma aberração pedagógica, e uma vio-

lência física e espiritual ter mais de 1.000 jovens, em fase de cresci-

mento sem actividades intensas de desporto que, como todos nós

sabemos estimula, inevitavelmente a actividade cerebral – sede do

nosso espírito e permite aliviar o stress e torna os jovens mais bem

dispostos e mais serenos.

Parabéns Aurélia!

Apesar do enorme desconforto que estas obras de

reabilitação causaram a toda a população escolar,

desconforto e muito sacrifício, é indiscutível que esta

Escola vai ficar muitíssimo mais moderna, mais apta a

servir bem uma população estudantil alargada e a

proporcionar um ensino mais avançado, pensamos

nós. Vamos todos acreditar que sim e contribuirmos

com um elevado conteúdo de exigência cívica e de

um ensino-aprendizagem de elevada qualidade. Para-

béns Aurélia!

(*) ex-professor da ESAS e Orientador Pedagógico

Afectam bastante sobretudo ao nível da con-

centração. O barulho é imenso, é muito com-

plicado estar atenta nas aulas. Tenho muito

mais vezes dores de cabeça. Receio pelo meu

rendimento escolar. Os professores não vão

ter isto em consideração, muito menos quem

corrigir os meus exames.

O barulho é muito incomodativo, na medida

em que me deixa com dores de cabeça que

não me permitem estudar regularmente quan-

do chego a casa.

A Escola é suposto ser um local de concentra-

ção e não o tem sido nos últimos tempos, nos

monoblocos. É impossível ouvir. Mesmo na

biblioteca em que deveríamos estudar em

silêncio e concentrados.

A dificuldade dos acessos à Escola em vários

sectores escolares, como a papelaria, bibliote-

ca, entre outros.

As más condições das casas de banho.

O barulho torna-se insuportável, o desconforto

é muito grande.

O pó causa-me alergias.

Em que medida as obras têm afectado, ou não, a tua vida escolar?

OPIN

IÕES

Alunos do 11ºH

Página 22

FICHA TÉCNICA: Coordenadores:

Profª Paula Valdrez Profª Julieta Viegas

Redacção e Tratamento da Informação:

Profª Paula Valdrez Paginação e Maquetagem:

Profª Julieta Viegas Apoio, financiamento e impressão:

AMA—Associação Mais Aurélia Repr.: Francisca Ferreira Www.amaurelia.com

Agradecimentos :

a todos os que, de alguma forma, contribuíram para as edições do JORNALESAS;

à Prof.ª Fátima Candeias por ter ajudado a rever alguns textos;

ao Prof. Carvalhal pelos conselhos ―gráficos‖.

Page 23: JornalEsas Junho de 2009

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Página 23

ANO NOVO NA NOVA ESCOLA: NÃO HÁ DÙVIDAS!

Saltamos as barreiras que nos separam e fomos saber como é. As dificuldades, os desafios e o agrado de quem coordena as obras na escola. A engenheira Catarina Costa conta-nos tudo. Do lado de lá das obras. Texto de Paula Valdrez Foto de Helena Lopes

“ Quando começarem as aulas,

no próximo ano lectivo, está

tudo em ordem‖. A garantia é

dada pela engenheira civil

Catarina Costa responsável pela equi-

pa de fiscalização e coordenação da

segurança em obra. Um desafio já

ganho não fosse o número de operá-

rios (variam conforme as necessidades

mas já atingius 170) a trabalhar de

segunda a sábado, até cerca das 20

horas. ―Se for necessário trabalhámos

de noite‖ esclarece a engenheira. A

nova escola a erguer-se pelas mãos de

quem sabe o que faz.

«Está tudo a correr bem»

Para uma escola que não está habitua-

da a conviver com obras, pela altera-

ção dos espaços e pela impossibilidade

de não se poderem utilizar outros

―está tudo a correr muito bem‖.

Quem o afirma é Catarina Costa, a

engenheira residente e coordenadora

de uma equipa com mais dois respon-

sáveis que fiscalizam tudo o que se

executa, ―desde a entrada do mate-

rial em obra (se está de acordo com o

que o definido em projecto) a correc-

ta colocação em obra (de acordo com

as especificações do material), a per-

feita execução dos trabalhos ( garan-

tindo a sua qualidade) até à segurança

de todos os trabalhadores e interve-

nientes.» Trata-se, como explica a

responsável, de criar ―as melhores

condições de trabalho para minimizar

todos os riscos que esta actividade

comporta.‖

Com obras aqui mesmo ao lado o rela-

cionamento com a comunidade escolar é

―muito bom‖ diz a engenheira Catarina.

Houve acções de sensibilização que

acautelaram as questões de segurança.

Notaram-se apenas algumas situações

pontuais ―da parte dos mais novitos‖

confidencia mas que ―perceberam que

não surtia efeito‖. Contas feitas conse-

guiu-se ―separar ao máximo o que é

obra e o que é escola‖.

As dificuldades de uma obra

A exiguidade do espaço ―é pequeno

para aqui andarmos‖ foi uma dificulda-

de, face à movimentação inerente de

um estaleiro de obra. Depois ―como

era necessário construir dois novos

edifícios‖ o espaço tornou-se ainda

mais diminuto. É que, explica a coor-

denadora da obra, ―tivemos de realizar

microestacas e estacas‖ ou seja, ―uma

técnica que implica perfurar até atin-

girmos solo firme de forma a conse-

guirmos a resistência necessária ―para

a partir daí se erguerem e apoiarem os

novos edifícios. Mas ―porque estamos

num vale com um nível freático eleva-

do‖ surgiram outras dificuldades. Nada

que a técnica não superasse pois

―conseguimos conciliar as situações

que foram surgindo‖.

Os prazos vão ser cumpridos.

Nova escola com mais espaço

A engenheira Catarina Costa (se fosse

arquitecta como sugerimos que imagi-

nasse) não mudava nada no projecto

que, quando chegou a si, já tinha passa-

do por várias revisões. ―São crianças e

jovens que precisam de espaço.‖ E os

novos espaços construídos são uma mais-

valia. Isto apesar de ser a escola mais

pequena de todas as seis que neste

momento se encontram em curso. ―Um

desafio‖ assegura sobretudo quando

―conseguimos garantir que as aulas

decorressem dentro da normalidade

possível‖. Em termos pessoais, para esta

engenheira de 26 anos, é ―uma grande

satisfação‖. Para a escola também.

Continua na última página

A Eng. Catarina entrevistada pela profª Paula Valdrez

Page 24: JornalEsas Junho de 2009

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Continuação da página 13

Na nova escola

TODOS SEMPRE RESPONSÁVEIS PELA PRESERVAÇÃO DA ESCOLA,

BEM PÚBLICO

―As infra-estruturas serão seguramente melhores‖ afirma a Dr.ª Delfina Rodrigues.

Reconhece contudo que ―a avaliação rigorosa do impacto das obras‖ neste ano lectivo

―ainda não foi feita‖. Mas é certo que ―todos temos a percepção de que exigiu maiores

sacrifícios‖. Acrescenta que as obras na escola trouxeram trabalho acrescido que se

traduziu em ―mais dificuldades para manter o bom funcionamento das aulas‖. O barulho

e a falta de espaços são exemplos e por isso também lamenta que ―os alunos não

tenham podido ter aulas de Educação Física. ―Mas as compensações vão surgir.‖ Os

novos laboratórios garantem um melhor ensino experimental e o ―acesso mais fácil às

novas tecnologias‖ são algumas ―melhorias‖. Sinais positivos que não escondem necessi-

dades. ―É preciso estar alerta‖ diz a Directora, porque ―isto só não chega‖ garante. Não

são só as melhorias no espaço que garantem o sucesso escolar.

Exige-se, depois, ―o trabalho dos alunos, o seu esforço e até civismo‖ para preservar

a nova escola. Por isso é preciso ―uma grande sensibilização para que todos se responsa-

bilizem pela preservação deste bem público‖. É que conclui a Dr.ª Delfina Rodrigues as

obras são ―um contributo importante mas não suficiente‖.

Continuação da página 23

UMA ESCOLA AUTO-SUSTENTÁVEL

Tudo foi assegurado pela Parque Escolar. Uma escola auto-sustentável em defesa do

ambiente. Para além do conforto na renovação de ar e dos novos equipamentos que

podem potenciar o trabalho pedagógico (a internet wireless nas salas de aula) na escola

irão ser instalados, numa primeira fase, painéis solares para a rede de abastecimento de

água. Futuramente, fora do âmbito desta empreitada, serão colocados os painéis fotovol-

taicos. A intenção é, explicou a engenheira Catarina Costa, responsável pela equipa de

fiscalização e coordenação da segurança das obras, a escola poder vender energia à rede

pública e daí obter contrapartidas. Espaços verdes? Não vão faltar. ―As árvores serão

transplantadas‖ e haverá muita vegetação nova. Para uma escola que dará assim conta si.

Já falta pouco.

Expressão Artística 9º B - Parede da sala de

aula antes das obras de remodelação Foto de Carlos Morais

MEMÓRIAS PARA RECORDAR