jornalesas março 2010

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M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I € 0,50 ― O ideal era que os professores não tivessem de usar estratégias para os alunos lerem mais‖ Zaida Braga pág.10 e 11 ―É necessário saber ouvir para agir‖ Maria do Céu Pág 8 e 9 É o começo de um caminho para o sucesso!‖ Projecto Desenhar Pousão Pág 6 e 7 Um sorriso pode mesmo fazer a diferença!‖ A.P. 12ºano Pág.15 MELHOR ALUNA DO BÁSICO 31 DE JANEIRO JRA ● VAMOS FALAR DA ÁGUA ● POUSÃO RANKING ESAS

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Jornal Oficial da Escola Secundária/3 Aurélia de Sousa, Porto

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Page 1: Jornalesas Março 2010

M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I € 0,50

― O ideal era que os professores não

tivessem de usar estratégias para os

alunos lerem mais‖

Zaida Braga pág.10 e 11

―É necessário saber ouvir para

agir‖

Maria do Céu Pág 8 e 9

―É o começo de

um caminho para o sucesso!‖

Projecto Desenhar Pousão

Pág 6 e 7

―Um sorriso pode

mesmo fazer a diferença!‖

A.P. 12ºano

Pág.15

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Page 2: Jornalesas Março 2010

Júlia Martinho

frequenta a

ESAS desde o

7ºano e foi

considerada a

melhor aluna

do 3ºciclo da

cidade do

Porto, no ano

lectivo de

2008/09

Actualmente, faz

parte da turma C

do 10ºano do

Curso de Ciências

e Tecnologias

M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I Página 2 •

Qual foi a sensação de receberes o prémio de melhor aluna?

Senti-me realizada. O esforço valeu a pena!

Quais são os teus objectivos para o futuro?

O que eu queria mesmo era ter uma boa média para poder escolher o curso a

seguir. Gostava de ter média para Medicina, apesar de não querer entrar para

esse curso.

Mas queres algo ligado às Ciências?

Sim, à Matemática ou à Física e Química, ou talvez acabe por escolher um

curso ligado às letras (…).

Há segredo para o teu sucesso?

Presto bastante atenção às aulas e vou tirando notas se sentir que é necessá-

rio. Depois faço uma revisão e estudo afincadamente aquela matéria que pre-

ciso de saber com mais pormenor.

Estudas por obrigação ou porque gostas?

Depende das matérias.

O que gostas mais de estudar?

Matemática e, este ano, estou a gostar bastante de Física e Química, e Biolo-

gia também.

O que fazes nos teus tempos livres?

Frequento o British Council e pratico natação.

Como raramente saio, vejo televisão.

Júlia Martinho

A melhor aluna do 3ºciclo da cidade do Porto Entrevistada por Diana Castro do 10ºG e Vanessa D’Orey do 10ºF - Foto de Mª José Rodrigues (Prof.ª)

Page 3: Jornalesas Março 2010

Página 3 • M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I

O dia 31 de Janeiro

de 1891 começou

de madrugada na

capital do Norte.

Após uma denúncia por parte

do sargento Castro, infiltrado

entre os movimentos, é tempo

de agir. O Batalhão de Caça-

dores nº 9 saiu das imediações

do Regimento de Infantaria 18

e dirigiu-se pela rua do Alma-

da até à Praça de D. Pedro

(hoje Praça da Liberdade),

onde, em frente ao antigo

edifício da Câmara Municipal

do Porto, ouviram Alves da

Veiga proclamar a Implanta-

ção da República. Acompanha-

vam-no várias figuras impor-

tantes da época. Foram deita-

dos foguetes e soltados vivas à

República. No entanto, o fes-

tivo cortejo foi barrado por

um forte destacamento da

Guarda Municipal, que come-

çou a disparar sobre os revol-

tados. O Capitão Leitão, que

acompanhava os revoltosos e

esperava convencer a guarda a

juntar-se-lhes, viu-se ultrapas-

sado pelos acontecimentos.

Quando foi atingido na cabe-

ça, abrigou-se numa casa pró-

xima e ordenou aos revoltosos

que cessassem fogo – trabalho

inútil uma vez que a guarda

continuou a disparar. Às 10 da

manhã, os revoltosos foram

obrigados à rendição. Terão

sido mortos 12 manifestantes

e feridos 40.

Alguns dos implicados conse-

guiram fugir para o estrangei-

ro. Alves da Veiga (chefe do

Partido Republicano do Porto)

iludiu a vigilância e foi viver

para Paris.

A revolta fracassou, mas foi

considerada o primeiro passo

em direcção à Implantação da

República, no dia 5 de Outu-

bro de 1910.

A Revolta de 31 de Janeiro

Após a cedência do Rei D. Carlos e do governo ao ultimato inglês (no que

dizia respeito à questão do mapa cor-de-rosa), gerou-se um clima de revol-

ta em Portugal. Na cidade do Porto, militares e civis reuniam-se com um

único e comum propósito: implantar a República em Portugal.

Texto

de C

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Sessão de divulgação

Exposição de trabalhos de alu-nos das turmas de 9ºano

Page 4: Jornalesas Março 2010

Página 4 •

JRA em Acção

Os Eco-cidadãos da Aurélia de Sousa continuam activos!

M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I

E ste ano, estamos a traba-

lhar no projecto ―Um Pou-

co Mais de Azul‖. O objec-

tivo deste projecto é pro-

mover a importância da água atra-

vés de visitas de estudo, entrevis-

tas, foto-vídeo-reportagens e cam-

panhas. Queremos demonstrar que

a água é a única forma de suster a

vida e a sua preservação depende

de nós.

Já realizámos uma visita ao Parque

Oriental da cidade, participámos no

Seminário dos Jovens Repórteres

para o Ambiente (JRA) e mantemos

contacto semanal com a Associação

Campo Aberto.

Neste momento, planeamos visitas

ao Sea Life, Pavilhão da Água e

ETAR das Sobreiras. Temos grandes

expectativas em relação a esta últi-

ma saída na medida em que tentati-

vas anteriores de visita a esta ETAR

resultaram em desvios para a ETAR

do Freixo.

Estamos presentemente a desenvol-

ver uma campanha para participar

na celebração do Dia Mundial da

Água, no dia 22 de Março e tam-

bém uma videoreportagem para o

concurso ―Esmiuçar Copenhaga‖,

relacionada com a Cimeira de

Dezembro de 2009 e subsequentes

Convenções sobre Mudanças Climá-

ticas .

Divulgaremos as outras obras pla-

neadas nas próximas edições do

Jornalesas.

JRA jovens Repórteres para o Ambiente

Ana C

lara

Mota

10ºI

01

Núri

a F

onse

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10ºB

20

José

Chen X

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10ºB

13

Mafa

lda M

ala

faya

10ºI

11

1ª Pergunta - Deve dizer-se:

A - ―Nós tínhamos matado a galinha‖

ou B - ―Nós tínhamos morto a galinha‖?

2ª Pergunta - Deve dizer-se:

A - ―Vai haver problemas‖

ou B - ―Vão haver problemas‖?

DA

R…

À L

ÍNG

UA

!

O concurso ―Dar à Lín-

gua‖ destina-se a todos

os alunos da escola e

tem por objectivo

fomentar o bom uso da

Língua Portuguesa.

Todas as semanas serão

afixadas na porta da

biblioteca e no painel

do átrio do 1º andar.

Page 5: Jornalesas Março 2010

Página 5 • M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I

T udo começou em Setembro quando a nossa

professora de Inglês motivou a turma B do

11º ano a participar num projecto do parla-

mento europeu da ciência, patrocinado pelo

Alto Comissariado Europeu da Ciência e a Câmara Muni-

cipal de Aachen, na Alemanha (Aquisgrano em Portu-

guês, apesar desta designação ser pouco conhecida). O

tema era a água e o que tínhamos de fazer era partici-

par activamente num fórum, debatendo diversos assun-

tos sobre este elemento da natureza. Aproveitamos,

desde já para convidar todos os leitores a visitar esse

mesmo fórum http://www.science-parliament.eu/. Sou-

bemos também que, após uma primeira fase de envolvi-

dos fórum, iriam ser escolhidas escolas de alguns dos

países participantes para debater o tema numa confe-

rência a realizar no mês de Março em Aachen. Assim, um

grupo constituído pelos alunos Jorge Santos (11ºB), Mar-

ta Rosário (11ºB), Pedro Fernandes (11ºB), Tiago Martins

(11ºB), Isabel Portugal (11ºA) e Tatiana Correia (11ºB),

sob a orientação da professora Maria Rosa Costa, pôs

mãos à obra.

Durante todo o primeiro período e até meados de

Janeiro, fomo-nos deparando com diversas questões e

desafios teóricos sobre o tema à medida que exemplos

práticos e locais iam surgindo. Como grupo, os assuntos

que nos suscitaram mais interesse foram a importância

de cada um na preservação da água, o papel da água na

saúde dos seres vivos, os prós e contras da sua privatiza-

ção, as tecnologias associadas à água e o futuro deste

recurso no planeta. Com a participação no fórum, tive-

mos o privilégio de trocar ideias com estudantes e cida-

dãos de todo o mundo e conhecer diferentes realidades.

Após meses de trabalho e empenho, fomos finalmente

informados que tínhamos sido a escola escolhida para

representar Portugal no encontro que se realizará de 22

a 25 de Março. Pois lá estará a Escola Aurélia de Sousa a

comemorar o Dia Mundial da Água com os representan-

tes de 15 países Europeus. Porém, nem tudo correu

como esperávamos e apenas três alunos e um professor

poderiam viajar até à Alemanha. Vimo-nos forçados a

escolher três representantes dos alunos embora. desde o

início, tivéssemos trabalhado como grupo.

Por fim, gostaríamos de deixar o convite a toda a

comunidade escolar para que nos envie sugestões e

novos pontos de vista sobre a água, bem como algum

exemplo concreto que queiram divulgar. Deste modo

poderemos levar um pouco de Portugal até à Alemanha

e mostrar o nosso valor.

Vamos falar de água… até à Alemanha!

A equipa Liquidgold

3ª Pergunta - Deve dizer-se: A - ―Os profissionais estão cada vez melhor preparados‖ ou B - ― Os profissionais estão cada vez mais bem preparados‖? 4ª Pergunta - Deve dizer-se:

A - ―Ele interveio no debate‖ ou

B - ―Ele interviu no debate‖?

DA

R…

À L

ÍNG

UA

!

Page 6: Jornalesas Março 2010

Página 6 • Página 6 • Página 6 • M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I

Inauguração da exposição

Projecto ―Desenhar Pousão‖

No dia 20 de Fevereiro de 2010, no Museu Nacional Soares dos Reis, realizou-se a inauguração da exposição dos trabalhos realizados pelos alunos de 10ºano da turma de Artes da Escola Secundária

Aurélia de Sousa (10ºI). Texto de Raquel Babo, 10ºI e fotos de António Carvalhal (prof.)

Vista geral da exposição Obra de Miguel De Francesco

O s trabalhos foram efectuados no âmbito do pro-

jecto ―Desenhar Pousão‖, realizado pela Asso-

ciação de Professores de Expressão e Comunica-

ção Visual (APECV) em parceria com o Museu

Nacional Soares dos Reis. Este projecto reuniu 41 professo-

res de artes visuais, 26 escolas, cerca de 600 alunos e inse-

riu-se num conjunto de comemorações dedicadas ao nasci-

mento do pintor português, Henrique Pousão.

Os trabalhos produzidos consistiam na recriação de uma

das obras de Henrique Pousão, com o objectivo de

demonstrar aquilo que o pintor queria transmitir e a inter-

pretação pessoal do aluno. Esta recriação foi acompanhada

de várias pesquisas escritas que englobaram o contexto

histórico-social do pintor e da sua obra e por uma visita

guiada ao MNSR. Cada aluno realizou a recriação da sua

obra inserindo novos elementos e aplicando diferentes

materiais. Dos trabalhos realizados, apenas dez foram

seleccionados para figurarem em papel na exposição, ten-

do sido realizado um PowerPoint com todos os trabalhos

para mostrar em formato digital.

A exposição teve início por volta das 15:30h com uma

pequena conferência de apresentação do projecto , onde

participou a Drª Maria João Vasconcelos

(directora do MNSR), a Dra Teresa Eça (presidente da

direcção da APECV) e o Dr. Vítor Silva, comissário da expo-

sição ―Esperando o Sucesso: Impasse académico e Moder-

nismo de Henrique Pousão‖.

Durante a conferência, foram distribuídos os diplomas de

participação a todas as escolas participantes, tendo desfi-

lado no palco os professores dinamizadores do projecto nas

escolas, com muitos aplausos do público. Os diplomas

foram entregues pela professora de Desenho, Paula Cunha,

aos alunos partiipantes.

Após a conferência, dirigimo-nos à sala de exposições tem-

porárias, para ver os resultados finais. A exposição foi

organizada de acordo com a cronologia da obra de Henri-

que Pousão e dividida por secções, onde estavam agrupa-

dos os trabalhos realizados pelos vários alunos com dife-

rentes idades, dedicados a cada uma das obras do pintor.

Esta exposição esteve patente ao público até ao dia 14 de

Março.

Foi uma grande oportunidade para a turma de 10ºano da

escola Aurélia de Sousa que pode, pela primeira vez, ver os

seus trabalhos expostos num museu. É o começo de um

caminho para o sucesso!

Page 7: Jornalesas Março 2010

Página 7 •

O projecto ―Desenhar Pou-

são‖ iniciou-se a partir de

uma visita de estudo orien-

tada à exposição patente

no Museu Nacional Soares dos Reis –

―Diário da vida de estudante: Henri-

que Pousão‖, no dia 20 de Novembro.

Este projecto teve por objectivo

fomentar o conhecimento dos alunos

sobre a obra deste pintor no seu con-

texto histórico-social e aplicar, na

prática, metodologias de questiona-

mento das ideias, perspectivando, a

partir do Desenho, um trabalho de

livre recriação.

Apesar de ter começado antes do

Natal, só no 2º período é que come-

çou a ganhar forma, pois o desenho e

as suas interpretações levam tempo e

trabalho.

Os alunos começaram por escolher

uma obra do pintor e seguidamente

deram ínicio a um estudo aprofunda-

do da obra escolhida – especificações

da obra, seu contexto histórico-

social, etc. – Isto para poderem for-

mular uma ideia consistente sobre a

obra. Só então começou a fase de

desenvolvimento de ideias e estudos.

Vários esboços foram feitos para que

os alunos se familiarizassem com a

obra escolhida e, também, para fazer

experimentações com os materiais.

Depois de os alunos conhecerem a

fundo a obra escolhida e terem feito

esboços e experimentações, o traba-

lho final começou (estávamos em fins

de Janeiro).

Para iniciar o trabalho cada aluno

teve que escolher o tamanho em que

a sua recriação seria executada.

Deu-se, em seguida, uma das fases

mais demoradas do projecto, que foi

o desenho da obra através do método

da quadrícula.

Feito o desenho da obra a lápis de

grafite, trabalhou-se, com os mais

variados materiais – pastel, tinta-da-

china, aguarela, etc.

A maioria dos trabalhos foram termi-

nados no dia 12 de Fevereiro e foi

com bastante agrado que a maioria

dos alunos viu o resultado do seu tra-

balho.

Na turma foram seleccionados 10

trabalhos que integraram a exposi-

ção final no Museu Soares dos

Reis, inaugurada no dia 14 de Mar-

ço.

Desenhar Pousão Por Miguel Castro,10º I — Foto de Rosa Costa (profª)

M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I

A professora Paula Cunha entrega os certificados de participaçãp aos alunos do 10º I

Page 8: Jornalesas Março 2010

Página 8 • Página 8 • M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I Página 8 • Página 8 • M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I

Entrevistada por Vanessa D’Orey (10ºF)

A

D. Céu é a Encarregada Coordenadora de Pessoal

Assistente Operacional há sete anos, mas já tra-

balha na ―Aurélia‖ há 28 anos, desde que entrou para a

Função Pública em 1988. Nessa altura era presidente a

Dr.ª Helena Cunha — ―uma grande senhora que estimo e

admiro muito‖, exclama agradada com a memória que lhe

ocorreu.

Com o sorriso com que nos recebe todas as manhãs, a D.Céu

concordou em conversar connosco quando se aproxima a

hora de se aposentar.

Quantos funcionários há nesta escola?

Nesta escola há 25 funcionários.

Como é gerir tanta gente?

Não é muito complicado. Há dias melhores e dias pio-

res. Os melhores compensam os piores. Tudo se resol-

ve. Eles fazem tudo o que podem e sabem. Não tenho

razão de queixa de nenhum deles.

Que qualidades considera indispensáveis para o cargo que ocupa?

Acho que acima de tudo tem deve se ser líder, mas

tolerante ao mesmo tempo, porque é necessário saber

ouvir para poder agir.

O que gostaria de assinalar relativamente às grandes

mudanças de atitudes, comportamentos e procedi-mentos a que assistiu ao longo destes anos relativa-

mente aos alunos/pais/encarregados de educação (…), mas também da direcção?

Ao longo dos anos, aconteceram muitas mudanças,

principalmente no que diz respeito às atitudes dos alu-

nos. Hoje, não há o respeito que havia, tanto que per-

demos muitas vezes a vontade de chamar a atenção,

pela forma como muitos reagem às nossas advertên-

cias. Por outro lado, acho que os pais dão demasiada

liberdade aos filhos, muitos mimos e responsabili-

zam-nos pouco. Não deixam os filhos crescer.

Contudo, há certos comportamentos que melhoraram,

por exemplo, os funcionários tinham de varrer a escola

depois de cada intervalo, agora não. Os alunos já estão

muito mais conscientes.

Quanto à relação com professores, não registo nenhu-

ma alteração significativa, às vezes, de início, estra-

nham a nossa forma de estar, mas aqui os funcionários

são todos acessíveis e rapidamente se relacionam con-

nosco.

Relativamente à Direcção, já passaram por mim muitos

Conselhos Executivos e tenho memórias muito agradá-

veis. Esta Direcção, por exemplo, está sempre pronta

para me apoiar em tudo o que preciso e aos meus cole-

gas.

E como foi a adaptação dos funcionários à escola nova?

Foi muito difícil entrar na escola depois das obras e

encontrar uma escola nova com estruturas diferentes.

Foi difícil para todos e ainda está a ser difícil, princi-

palmente na parte cozinha / bar, porque ficou tudo

muito pequeno, muito apertado. Dantes as instalações

eram mais velhas, mas havia muito mais espaço. Está

tudo muito apertado na parte da cozinha, as despensas

são muito pequeninas, não há onde guardar nada; a

cozinha está longe do sítio onde se servem as refeições;

os carrinhos de louça têm de entrar para a lavandaria

mas, entretanto, as despensas e os frigoríficos estão na

mesma passagem, tendo de andar o carrinho da louça,

para trás e para a frente. As pessoas entreajudavam-se;

agora as que estão na lavagem da louça não sabem se

na cozinha estão a necessitar de apoio. Apesar de ter

ficado muito mais atraente está muito menos funcional

e requer mais pessoal a trabalhar. Para limpar as salas

de aula, por exemplo, eram precisos aspiradores, por-

que a varrer levanta-se muito pó, mas a verba é curta.

No início, os meus colegas queixavam-se muito e eu

encaminhava todas essas queixas para o engenheiro

Paulo Lisboa. Pensei não aguentar, não chegar com a

―Cruz ao Calvário‖, mas ―Graças a Deus‖ já está quase

tudo resolvido.

Continua na página seguinte

À conversa com a D. Maria do Céu

Page 9: Jornalesas Março 2010

Página 9 • M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I Página 9 • Página 9 • M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I

Certamente recorda alguns momentos parti-

culares aqui na ESAS, pode-nos contar

alguns?

Sinto saudades de muitos colegas que já

foram… À medida que o tempo foi passando a

―Escola‖ tornou-se na minha segunda casa.

Lembro-me, por exemplo, de quando fazía-

mos sardinhadas, em que todos colaboravam

e conviviam. O professor Serafim juntava-se a

nós e, todos os anos, oferecia-nos uma sardi-

nhada ou uma churrascada, era fantástico.

No meu dia-a-dia houve sempre bons momen-

tos. Os maus momentos foram poucos e não

são para recordar. Eu tive óptimos momentos.

Faz alguns arranjos de flores lindíssimos

para a escola. É assim que recupera as

energias?

Eu adoro flores. É uma coisa que me dá muito

prazer. Nunca me ensinaram nada. Se calhar,

noutra encarnação, fui florista.

Editorial

E ntre estes dois últimos núme-

ros do Jornalesas a Educação

foi sobressaltada por alguns

acontecimentos que teimam

em repetir-se. Por mais que se procla-

me o óbvio, ou seja, que a Educação

precisa essencialmente de paz e de

reflexão para que o trabalho seja pro-

dutivo e cumpra os objectivos de uma

sociedade aberta, os factos aí estão a

demonstrar o contrário do que se

deseja. Não foram só os últimos e

graves acontecimentos que encheram

as aberturas dos telejornais. São tam-

bém alguns estudos publicados que

nos lembram que a Escola pública

deve ser uma escola inclusiva e que

garanta uma equidade social digna

desse nome. Mais precisamente: que é

grave que a Escola portuguesa seja

responsável só em 20% na mobilidade

social e que a revisão do Estatuto do

Aluno que aí vem, não deve esquecer

que a simples reprovação por faltas

dos alunos nada resolve por si só.

Mas o que verdadeiramente choca em todo

este processo é um facto bem mais silen-

cioso e que a Aurélia de Sousa conhece

bem. Trata-se de um movimento de revol-

ta surda que leva muitos professores váli-

dos a pedirem a reforma antecipada na

esperança de não verem o processo lento

que leva à desvalorização de carreiras

quase sempre exemplares e do enfraqueci-

mento da Escola Pública. Em cada profes-

sor que pede a reforma antecipada é um

pouco de nós que se vai também. É muita

experiência acumulada que se desbarata.

É um saber que se escoa entre os nossos

dedos. Sem remédio.

[email protected]

Arranjos de flores feitos pela D. Céu

Page 10: Jornalesas Março 2010

Página 10 • Página 10 • M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I

Quais as estratégias para o

alunos lerem mais?

O ideal era que os professo-

res não tivessem de usar

estratégias para os alunos

lerem mais. O bom era que os

alunos chegassem à escola e

lessem muito, mas isso é o

ideal, não é o que acontece.

Então, são várias as estraté-

gias que os professores podem

utilizar: desde uma selecção

de livros adequada, ou seja,

escolher livros que digam algo

aos alunos, ou, por exemplo,

relacionar livros com filmes,

até à organização de fórum

de leitores. E este ano, na

escola, há um espaço que

funciona todos os quinze dias,

um clube de leitores que con-

siste numa reunião em que

cada um traz as suas expe-

riências de leituras. Esta é

uma das boas formas de

fomentar o gosto pela leitura.

Os romances dos dias de

hoje são apelativos para os

mais novos?

Acho que sim. O livro é uma

parte da sociedade e, tal

como a sociedade, também

está sujeita a modas. Temos

estado, nos últimos anos, a

assistir a ―modas‖ nas leitu-

ras. Por exemplo, aqui há uns

tempos, cinco ou seis anos

atrás, foram os Harry Potter,

a seguir vieram os Dan Brown

e o Dan Brown à portuguesa,

que é o José Rodrigues dos

Santos e, agora, são os livros

de vampiros. Para além des-

sas modas que podem tornar

mais apelativa a leitura para

os mais jovens, há aqueles

livros que são os clássicos e

depois aqueles que ainda não

são considerados clássicos,

mas que acabam por ter

algum sucesso na leitura dos

mais novos. Por exemplo, um

autor improvável aqui há uns

anos atrás e que agora tem

sido um sucesso para os ado-

lescentes é o Mia Couto. E

mesmo aqueles livros que não

são de excelência acabam por

ter uma função importante,

porque é melhor ler alguma

coisa do que não ler nada.

Não sou contra os livros da

Stephanie Meyer, nem do Dan

Brown, nem do José Rodri-

gues dos Santos porque penso

que podem servir de trampo-

lim para se passar para outro

tipo de livros.

O Plano Nacional de Leitura está

a dar resultados?

Ainda é cedo para chegarmos a

conclusões, mas acho que podere-

mos ter, a médio prazo, bons

resultados. Sobretudo, porque

relacionado com o Plano Nacional

de Leitura, há muitos concursos,

com prémios e com formatos inte-

ressantes que estão a criar mais

leitores.

O problema do desenvolvimento

da leitura deve ser partilhado

apenas pelos professores de Por-

tuguês ou por todos?

Por todos, porque todos os profes-

sores podem e devem ser leitores.

É optimista em relação ao

aumento do índice de leitura

entre os mais novos?

Sou optimista por natureza...

Continua na página seguinte

Marcámos

encontro com a

professora Zaida

Braga para ficar-

mos a conhecer

a sua opinião

acerca do gosto

pela leitura por

parte dos

jovens.

Por Pedro Gomes—10ºG

Foto António Carvalhal (prof)

Entrevista à professora Zaida Braga

Page 11: Jornalesas Março 2010

Página 11

• Página 11 • M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I

É de opinião que as novas tecnologias estão

a ganhar espaço aos livros?

Vivemos numa sociedade em que as novas

tecnologias são uma realidade. Mas as novas

tecnologias são também uma forma de pro-

mover a leitura entre os jovens, por exemplo

também há fóruns de leitores e clubes de

leitura virtuais, logo é uma forma de incenti-

var a leitura.

E sobre o acordo ortográfico, considera

que vai haver muitas dificuldades na sua

implementação por parte dos professo-

res, alunos ou da população em geral?

O acordo ortográfico está legislado e aprova-

do embora o ministério só o vá implementar

nas escolas em 2011. Vai haver muitas difi-

culdades, porque nós adquirimos hábitos de

escrita e vamos ter que desinstalá-los, ou

seja, desaprender aquilo que aprendemos.

Para os professores de Português é capaz de

ser um pouco mais fácil, porque há regras

lógicas do funcionamento da língua que estão

implícitas em algumas alterações ortográfi-

cas. Vai ser difícil para todos, mas tem de

existir um esforço de adaptação.

JE- Será necessário reeditar os livros

com as novas normas ortográficas?

Penso que não. Os que estão já no merca-

do deverão continuar até que as edições

esgotem. Agora, novas edições, livros

novos ou reedições de livros antigos terão

de utilizar a nova grafia.

Conseguiremos conciliar as duas grafias?

Vai haver um período de adaptação.

Mas depois a antiga ortografia vai ter de

acabar, é inevitável. A nós vai custar-nos

mais do que a vocês, jovens, mas não

existe outra hipótese. Parafraseando

Alberto Caeiro, ―Temos que desembru-

lharmo-nos do que aprendemos‖ .

Manifesto

anti-gramática

por Teresa Almeida do 12ºG

Uma sociedade que se deixa governar pela gramática é uma

sociedade sem identidade, sem qualquer tipo de escrúpulos

Abaixo a gramática! Pim!

Morra a gramática! Pum!

A gramática é hipócrita

A gramática é sorrateira

A gramática é como uma cobra camuflada no mato à espera de

um sinal para atacar

A gramática é como um polícia corrupto mortinho para cobrar a

multa

A gramática faz-te pensar que estás certo para depois te atirar à

cara que erraste, enquanto te crucifica em praça pública

Morra a gramática!

Morra! Morra!

Repito, morra, essa decadência mental, esse parasita nojento e

desprezível!

A gramática é contagiosa, quando dás por ela já estás possuído

pela ortografia, pela pontuação, pela sintaxe e pela morfologia

e quando te voltas a olhar ao espelho és o cadáver de quem

outrora foste, sugado, esquálido, morto!

A gramática é bela, é uma princesa

A gramática atrai-te, apaixona-te

Pena que quando te aproximas vês que ela tem acne

A gramática é uma sereia, daquelas que vira baleia assassina!

A gramática é uma brincalhona

Brinca, brinca, brinca, goza contigo, brinca e vai brincando, sem

te deixar aperceber da figura de otário que te está a fazer pas-

sar

A gramática cava a tua cova e faz um cocktail por cima

Morra a gramática!

Enquanto ela existir a sociedade não existe

Enquanto ela existir eu não existo

Enquanto eu existir ela há-de ser cuspida, pisada, assassinada!

A gramática é Judas

A gramática é bipolar, uma hora é assim, na outra hora vira Cle-

bes! E tu que te danes, pensa ela!

Se matar a gramática é crime, eu quero ser condenado, quero

prisão perpétua até ser executado na cadeira eléctrica

A gramática é uma menina da vida, que se vende a quem a tor-

nar mais rica, mais complicadamente fútil e inacessível

A gramática tem a mania que é boa e que é superior aos outros

A gramática é o ser e o não ser, e nem te deixa o ―eis a ques-

tão‖ para ti

Por isto morra a gramática!

Morra, morra, morra, morra!

Abaixo a gramática! Pim!

Morra a gramática! Pum! [email protected] Envio de respostas semanais, devidamente identificadas

Page 12: Jornalesas Março 2010

Página 12 • Página 12 • M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I

A Arte Pop ou "Pop Art"

começou em Londres, a meio da dé-

cada de 50 do século XX, sendo uma

das obras mais conhecidas desta altura

a pintura de 1956 do pintor Richard

Hamilton "O que é que torna as casas

de hoje em dia tão

diferentes, tão agradáveis?" (2) e teve

grande desenvolvimento na década

seguinte nos Estados Unidos da

América.

Foi um movimento artístico muito

forte nos anos 60, em que os artistas

exploraram intensamente o mundo

popular (daí a origem do termo Pop

Art) das imagens comerciais próprias

de uma sociedade de consumo em ex-

pansão, imagens essas "retiradas" de

vulgares produtos comerciais (coca-

cola, detergentes, alimentos, electro-

domésticos, automóveis, etc.), person-

alidades políticas e do mundo do es-

pectáculo, bandas desenhadas e revis-

tas de grande tiragem, etc. Foi, por-

tanto, uma arte dirigida ao grande

público, proclamando o triunfo do con-

sumismo, embora por vezes de um

ponto de vista crítico e irónico.

―A morte consegue realmente

tornar-nos parecidos com as estrelas‖,

disse o mais famoso artista da segunda

metade do século XX. E, realmente, se

já em vida foi uma lenda, a sua morte

prolongou em muito os seus tão apre-

goados 15 minutos de fama. Andy War-

hol foi - é - o mais pop de todos os

artistas. Há quem lhe chame mesmo o

Papa ou o Marx da Pop. Duas imagens

tão contraditórias só podem coexistir

num mundo ―warholianamente‖ pop.

Terceiro e último filho de emigrantes

da Checoslováquia, de apelido War-

hola, o pai, Andrei, foi para os Estados

Unidos para evitar ser recrutado pelo

exército austro-húngaro, no fim da

Primeira Guerra Mundial. Em 1921 a

mulher, Julia, juntou-se-lhe, tendo a

família ido viver para Pittsburgh onde

nasceu Andrew Warhola. A lenda inicia

-se logo no nascimento do artista pop,

desconhecendo-se a data exacta em

que nasceu. O próprio afirmou várias

vezes que a data habitualmente indi-

cada - 6 de Junho de 1928 - era falsa.

Warhol terá então nascido entre 1928

e 1931. O pai morre após doença pro-

longada, é Warhol ainda adolescente.

Anos mais tarde, depois de efectuar

uma viagem às minas de Pittsburg,

Warhol terá dito que o pai morreu

numa mina. Depois da morte de pai,

Andy é obrigado a começar a trabal-

har, ajudando a vender fruta e decorar

montras. É nos grandes armazéns, onde

trabalha durante as férias, que tem o

primeiro contacto com o mundo do

consumo e da publicidade.

Durante essa época Andy foi atacado

por uma doença do sistema nervoso

central, que o tornou bastante tímido.

Em 1949, depois de completar os estu-

dos universitários foi viver para Nova

Iorque à procura de emprego como

artista.

Contratado pela revista Glamour,

começou por desenhar sapatos. Depois

passou a desenhar anúncios - actual-

mente ainda muito normais na publici-

dade de moda nos EUA - para revistas

como a Vogue e a Harper's Bazaar,

assim como capas de livros e cartões

de agradecimento.

Em 1952 a sua mãe foi ter com ele a

Nova Iorque. Entretanto, tinha retirado

o «a» final do seu apelido e passado a

usar uma peruca branca, bem visível

por cima do seu cabelo escuro. Em

Junho desse ano realizou a sua

primeira exposição na Hugo Gallery:

«15 Desenhos baseados nos escritos de

Truman Capote». A exposição foi um

sucesso não só comercial como

artística, o que lhe permitiu viajar pela

Europa e Ásia em 1956.

Em 1961 realizou a sua primeira obra

em série (através da técnica da im-

pressão de serigrafia sobre tela)

usando as latas da sopa Campbell's

como tema, continuando com as gar-

rafas de Coca-Cola e as notas de Dólar,

reproduzindo continuamente as suas

obras, com diferenças entre as várias

séries, tentando tornar a sua arte o

mais industrial possível.

Andy Warhol Por António Carvalhal (prof.)

Andy Warhol

(Pittsburgh,

1928 - Nova

Iorque, 1987),

pintor ameri-

cano.

É o pintor mais

representativo

da Arte Pop (1)

Page 13: Jornalesas Março 2010

Página 13

• Página 13 • M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I

Estas obras foram expostas, primeiro

em Los Angeles e depois em Nova

Iorque.

Em 1963 a sua tentativa de «viver

como uma máquina» teve uma

primeira aproximação com a inaugu-

ração do seu estúdio permanente -

The Factory - A Fábrica.

Andy Warhol passou então a usar

pessoas universalmente conhecidas,

muitas vezes em sequências de ima-

gens repetidas e provocatórias, com

cores carregadas e vivas em vez de

objectos de uso massificado, como

inspiração para o seu trabalho. De

Jacqueline Kennedy a Marilyn Mon-

roe, passando por Mao Tse-Tung, Che

Guevara ou Elvis Presley. A técnica

baseava-se em pintar grandes telas

com fundos, lábios, sobrancelhas,

cabelo, etc. berrantes, transferindo

por serigrafia fotografias para a tela.

Estas obras foram um enorme

sucesso, o que já não aconteceu

com a sua série Death and Disaster

(Morte e Desastre), que consistia em

reproduções monocromáticas de de-

sastres de automóvel brutais, assim

como de uma cadeira eléctrica

Também realizou filmes minimalis-

tas, como por exemplo, Sleep

(Dormir) - que se resumia à filmagem

durante oito horas seguidas de um

homem a dormir, ou Empire

(Império), que filmou o Empire State

Building do nascer ao pôr do sol.

Foi também um personagem influ-

ente no mundo da alta sociedade

Nova Iorquina e nos meios artísticos

underground.

No seu atelier - Factory -

realizaram-se acontecimentos

variados e importantes na cultura da

época, protegendo artistas novos de

vários campos artísticos como a foto-

grafia, a música (o grupo Rock Velvet

Underground (3) de Lou Reed e John

Cale "nasceu" na Factory), bailado,

teatro, etc.;

Em Junho de 1968, Valerie Solanas,

uma frequentadora da Factory, en-

trou no estúdio de Warhol disparou

sobre ele e um crítico de arte.

Gravemente ferido, Warhol é sub-

metido a várias operações cirúrgicas,

mas nunca recuperará totalmente

dos ferimentos. O pintor demorou

mais de dois meses a recuperar.

Quando saiu do hospital tinha per-

dido muita da sua popularidade junto

da comunicação social. Dedicou-se

então a criar a revista Interview, e a

apoiar jovens artistas em início de

carreira, para além de escrever

livros - a sua autobiografia The Phi-

losophy of Andy Warhol (From A to B

and Back Again) foi publicada em

1975 -, e apresentar dois programas

em canais de televisão por cabo. A

sua pintura voltou-se para o abstrac-

cionismo e o expressionismo, criando

a série de pinturas - Oxidation

(Oxidação) - que tinham como carac-

terística principal o terem recebido

previamente urina sua.

Em 1987 foi operado à vesícula. A

operação correu bem mas Andy War-

hol morreu no dia seguinte.

A sua conhecida frase: «In the future

everyone will be famous for fifteen

minutes» (No futuro, toda a gente

será célebre durante quinze

minutos), só se aplicará no futuro,

quando a produção cultural for total-

mente massificada e em que a arte

será distribuída por meios de pro-

dução em massa...

Bibliografia:

- jornal ―Público‖, 22 Fevereiro 2002

- Guia da História de Arte - SandroSprocati -

Editorial Presença

- Enciclopédia Britânica

- http://sepia.no.sapo.pt/sepiaapcxx.html

- Andy Warhol - Klaus Honnef - Taschen

Para saberes mais:

(1) – POP ART - http://wwar.com/masters/

movements/pop_art.html

(2) – RICHARD HAMILTON - http://

designmudo.blogspot.com/2009/10/artista-

richard-hamilton.html

(3) The Velvet Underground and Lou Reed -

http://www.rocknroll.net/loureed/

The Velvet Underground - http://

pt.wikipedia.org/wiki/

The_Velvet_Underground_and_Nico

Andy Warhol Museum – Pittsburgh - http://

www.warhol.org/

Andy Warhol - http://www.artchive.com/

artchive/W/warhol.html

The Warhol - Collections - http://

www.warhol.org/collections/index.html

Andy Warhol - PRINTS - http://

www.warholprints.com/

YOUTUBE: velvet underground - venus in furs - http://

www.youtube.com/watch?v=AwzaifhSw2c

The Velvet Underground - Sunday Morning -

http://www.youtube.com/watch?

v=0cWzxJvgWc8

Why Does Andy Warhol Inspire Lady Gaga?-

http://www.youtube.com/watch?

v=ZY_OAluwMGM

Andy Warhol Was Right - A Tribute-

http://www.youtube.com/watch?v=fw-

YjucRm00&feature=PlayList&p=F95C88D792684

EB5&index=11

Andy Warhol Tribute - http://

www.youtube.com/watch?v=VII2-LnxvR4

Page 14: Jornalesas Março 2010

Orientação Escolar e

Profissional Serviço de Psicologia e Orientação

Página 14 • M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I Página 14 • Página 14 • M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I Página 14 • Página 14 • M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I

C omo vem sendo hábito no segundo período, o

Serviço de Psicologia e Orientação desenvolve o

programa de Orientação Escolar e Profissional

destinado aos alunos do 9º ano de escolaridade.

As sessões, que decorrem nas aulas de Formação Cívica,

devido à elevada carga horária dos alunos, têm como

objectivo ajudá-los a tomar decisões no percurso escolar

através da aquisição de conhecimentos e promover a

reflexão das diferentes opções no ensino secundário de

forma a tornar conscientes e realistas as suas escolhas.

Este ano lectivo, o Serviço de Psicologia e Orientação

conta com a colaboração da Dr.ª Patrícia Fernandes, esta-

giária de Mestrado de Psicologia Clínica e da Saúde, que

realiza o seu estágio académico na escola, participando

na avaliação e intervenção psicológica. Terá também a

seu cargo duas turmas do 9º ano de escolaridade para a

intervenção em consulta psicológica vocacional.

O programa será desenvolvido no grupo turma em seis

sessões semanais de 45 minutos, sendo depois proposto

um horário, fora dos tempos lectivos, para trabalho em

pequeno grupo possibilitando uma intervenção mais indi-

vidualizada.

Todos os alunos terão um portefólio com informação

sobre o sistema educativo e os resultados das actividades

desenvolvidas ao longo das sessões.

No final do programa, todos os Pais/Encarregados de

Educação serão convidados para uma reunião com o

objectivo de os envolver no processo de escolha dos seus

educandos e esclarecimento sobre o sistema educativo.

Paralelamente, o Serviço de Psicologia e Orientação

continua a desenvolver as actividades propostas no

seu plano anual de actividades e por conseguinte dis-

ponível para atender todos os Pais/Encarregados de

educação que solicitem este serviço.

Comemoração do Dia dos Namorados

Por Marília Fernandes do 12ºH.

N o dia 12 de Fevereiro, o NIPES e a AE come-

moraram o Dia de S. Valentim através da

dinamização de várias actividades alusivas ao

amor e ao romantismo.

Na semana de 8 a 11 de Fevereiro, foi colocada, no

refeitório, uma caixa de correio denominada ―Pombo do

Amor‖ para que os alunos colocassem as cartas de amor

destinadas a surpreender os seus apaixonados.

Durante o dia 12, todas as cartas recebidas foram entre-

gues em mão aos seus destinatários por um grupo de

alunos da AE. No refeitório, esteve aberta uma banca

para venda de rosas e oferta de bolachinhas em forma

de coração, gentilmente confeccionadas pela D. Lina.

Assinalar esta data tão carismática transformou um dia

normal num dia animado e cheio de simbolismo juvenil.

TRABALHO DE FILOSOFIA DO 10ºI, NO ÂMBITO DO TEMA

“CONDICIONANTES DA ACÇÃO HUMANA”

No YOUTUBE

TRABALHO DE FILOSOFIA.WMV

Soluções do Passatempo LdC

Há tantos números racionais como números naturais.

Ficamos morenos porque a acção da luz desencadeia reacções

fotoquímicas na pele, levando à produção de melanina.

Podemos traçar quantos meridianos quisermos.

O sal faz baixar a temperatura de solidificação da água, por isso se

lança sal nas estradas quando neva.

O descontrolo do ciclo celular pode resultar em cancro.

Page 15: Jornalesas Março 2010

Página 15 • M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I

F oi isto que nos moveu para ini-

ciar o nosso trabalho na discipli-

na de Área de Projecto: o volun-

tariado. Somos alunos da turma

G do 12º ano e, mais do que tudo, tivemos

a oportunidade de poder ajudar os outros.

Como o fazemos? Depois de várias hipóte-

ses consideradas, escolhemos trabalhar

com crianças no Hospital de S.João, na ala

de pediatria. Não foi fácil, mas com empe-

nho e após várias reuniões em que demos a

conhecer o nosso projecto, foi com grande

satisfação que nos receberam e nos agra-

ciaram. Desde cedo, começámos a ficar

entusiasmados e a criar boas relações com

as pessoas que nos rodeiam, todas as quin-

tas-feiras, nas três horas que lá passamos.

É realmente impressionante como o volun-

tariado é um movimento forte.

Ajudar os outros proporciona-nos experiên-

cias fascinantes e ajuda-nos a ver o mundo

de uma maneira diferente!

Ao trabalharmos com crianças debilitadas,

percebemos o quão fugaz pode ser a vida e

que devemos valorizar tudo o que temos,

enquanto podemos…

Pessoalmente, temos evoluído bastante e

para além de termos mudado a nossa vida,

temos mudado a dos que mais precisam. Às

vezes, um sorriso pode mesmo fazer a dife-

rença. Somos empurrados pela vontade de

ajudar, pela procura de riqueza emocional

e pela certeza de podermos dar um contri-

buto para a construção de um futuro dife-

rente e melhor e, assim, fazer a diferença…

Somos voluntários!

“ Nem só com cuidados médi-

cos se cura o doente.” Patrick Ségal

Voluntariado, em nome dos que mais precisam

Bárbara Serôdio, 12ºG Raquel Miranda, 12ºG

Sílvia Silva, 12ºG João Rothes, 12ºG

Gonçalo Melo, 12ºG

Page 16: Jornalesas Março 2010

D urante o mês de Janeiro, os alunos do 10º C, D e

H deslocaram-se ao Museu dos Transportes e

Comunicações, onde participaram em oficinas de

rádio e televisão, no âmbito dos Projectos Curri-

culares das respectivas turmas.

No dia 20, a turma D participou numa oficina de televisão,

uma iniciativa dinamizada pelas disciplinas de Português e

Inglês.

Foi com interesse que assistimos à simulação de uma

reportagem em directo do Haiti, a uma entrevista a Bill

Gates e a um pequeno debate sobre os sonhos e aspirações

dos nossos jovens, que, inspirada e ―irreverentemente,‖

deram voz às suas inquietações...

Dois dias mais tarde, foi a vez das turmas C e H visitarem o

museu. A turma H participou numa oficina de rádio. Houve

boa música, diálogo e até uma entrevista ao ―special

one‖...

À turma C coube a simulação de uma emissão de televisão.

Os alunos entrevistaram um elemento dos ―Médicos Sem

Fronteiras‖ e conversaram sobre a importância da escola

na construção do futuro. O programa terminou com um

agradável e divertido momento musical a cargo dos

―Aurelianos Cantantes‖.

As turmas C, D e H foram acompanhadas pelas professoras

de Inglês, Geografia, Português e pelo professor Craveiro

de Educação Física.

Página 16 • Página 16 • M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I

―Noventa minutos no Museu‖ Por alunos do 10ºC, D e H e Isabel Neuman (profª)

FICHA TÉCNICA

Coordenadores:

Prof. António Catarino Profª Julieta Viegas Redacção e Tratamento da Informação:

Prof. António Catarino Paginação e Maquetagem:

Profª Julieta Viegas Equipa de alunos:

Diana Castro 10ºG

Patrícia Costa 10ºG

Pedro Gomes 10ºG

Vanessa d’Orey 10ºF

Apoio e financiamento :

AMA—Associação Mais Aurélia

Repr.: Francisca Ferreira

www.amaurelia.com

Agradecimentos:

a todos os que, de alguma forma, contribuíram para esta edição do JORNALESAS.

A Rute, do 10ºH, a fazer a locução do programa de rádio

1ª Pergunta - ―Nós tínhamos matado a galinha.‖

[Deve usar-se o particípio passado regular

com os verbos ter ou haver]

2ª Pergunta - ―Vai haver problemas.‖

[O verbo haver, no sentido de existir, é

impessoal: conjuga-se apenas na terceira

pessoa do singular, independentemente

de se lhe seguir uma palavra no plural]

3ª Pergunta - ―Os profissionais estão cada vez mais bem pre-

parados.‖

[―Mais bem‖ utiliza-se quando o advérbio

―bem‖ intensifica um particípio passado.

―Melhor‖, quando o advérbio aparece iso-

ladamente ou modifica a acção de um

verbo.]

4ª Pergunta - ―Ele interveio no debate»

[O verbo «intervir» conjuga-se como «vir».

Assim, o pretérito perfeito é «eu intervim»,

«tu intervieste», «ele interveio» etc.]

Solu

ções D

AR

… À

LÍN

GU

A!

Page 17: Jornalesas Março 2010

Página 17

• Página 17 • M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I

N o dia 12 de Janeiro, as turmas do 7ºE e D realiza-

ram uma visita de estudo ao Centro de Interpreta-

ção Geológica de Canelas, em Arouca, no âmbito

da disciplina de Ciências Naturais.

Da parte da manhã, os alunos visitaram a Unidade de Trans-

formação da Ardósia e realizaram um percurso pedestre de

cerca de 3 Km e com 9 paragens – a Rota do Paleozóico. Nes-

te percurso, foi possível ver não só uma Via Romana, a Mesa

dos Ladrões, ficar a conhecer a lenda do ―Zé do Telhado‖ e

uma Anta, como também uma mina de ouro e os poços utili-

zados para a lavagem deste minério.

Após o almoço, que decorreu numa tenda onde a mesa e

os bancos eram de xisto, os alunos visualizaram um filme

da Era Paleozóica e visitaram o Museu onde se encontram

expostos fósseis e ictiofósseis, principalmente de trilobi-

tes.

A maior trilobite do mundo encontrada

em Arouca Mª Clara, Mafalda Mateus,

Rita Viana e José Bruno do 7ºE

A maior trilobite do mundo foi encontrada há cerca

de um ano, em Canelas, Arouca e mede cerca de

80 cm. As trilobites eram artrópodes aquáticos

que se extinguiram no final da Era Paleozóica. O

seu corpo estava dividido em três partes: cabeça (cefalo),

tórax e cauda (pigidio). O seu tórax era formado por vários

segmentos articulados que permitiam o seu enrolamento.

Existiam três tipos de trilobites: as escavadoras, as

nadadoras e as rastejantes cujas marcas de actividade

originaram ictiofósseis.

Visita de Estudo ao CIGC – Arouca

Alunos do 7ºD e E

O n the 20th of January, 2010 the class D of the

10th grade visited the Museum of Communica-

tion. We left the school at 14:10 and we

walked to the subway station called

"Marquês" and we travelled to "São Bento". Then we

went down the river to the Customs House. The trip

took about one hour and we arrived at the museum at

15:10.

The Museum of Transports and Communications is head-

quartered in the building of the former Porto Customs.

The building is located on the north bank of River

Douro. The Customs House of Porto was designed by a

French engineer Jean F. G. Colson. The construction of

the building lasted twenty years.

The Museum’s mission has to do with the spread of the

history of transports and the different means of commu-

nication.

After entering the museum, we were greeted by two

instructors who accompanied us to a semi-professional

television studio.

After we entered the studio, each element of the class

had their own task. While some students were members

of the public, others were part of the technical team. I

had the task of filming my colleagues being inter-

viewed. They were interviewed with the purpose of

knowing what they wanted to be in the future.

I really enjoyed this trip, because I had my first opportu-

nity to be in a television studio and manage a profes-

sional camera. I also learned how a real TV Show is

broadcast.

In conclusion, the trip to The Museum of Communica-

tion was a great time that I spent with my colleagues,

because it promoted a diversity of learning experi-

ences.

School Trip to the Museum of

Communication Luis do 10ºD

Page 18: Jornalesas Março 2010

Página 18 • Página 18 • M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I

P erguntaram-nos, há meses atrás, se teríamos

disponibilidade para redigir uma reflexão

sobre a criação e o percurso lectivo da

―nossa Aurélia‖. Com o apoio valioso de pes-

soas que ao tempo referimos, tecemos uma resenha

histórica sobre a existência dos 50 anos de vida desta

nobre Instituição. Mais tarde solicitaram uma nova

visão sobre a ―nova Aurélia‖ depois de concluídas as

obras de renovação. Escrevemos então algumas opi-

niões pessoais sobre o que vimos e auscultamos.

Ao longo dos nossos 37 anos como Professor conhece-

mos muitas escolas por este país fora, desde Primá-

rias, às Básicas, a algumas privadas como o Colégio

dos Jesuítas nos arredores de Santo Tirso, ao Liceu

Francês em Lisboa, assim como Escolas Superiores de

Educação, a do Porto, a de Leiria, onde trabalhámos

como Orientador Pedagógico, a de Santarém onde

tivemos reuniões de trabalho, as Universidades de

Aveiro e do Minho que em anos atrás visitámos em

trabalho com regularidade. Simultaneamente conhe-

cemos algumas clínicas privadas, como o Hospital de

Santa Maria no Porto, a Clínica da Boavista, o Hospital

da Arrábida e, mais recentemente, o Hospital Privado

Português na Boavista. Depois de percorrer alguns dos

espaços remodelados da Aurélia como os corredores,

a biblioteca (muito menos aconchegante, muito

menos espiritual, muito menos familiar), o bar cujo

desconforto arrepia e quase repele, a Secretaria com

uma área de atendimento aos alunos muito problemá-

tica, a nossa opinião pessoal sobre a actual escola é a

que se segue ainda que falha daquela objectividade a

cem por cento só possível se nela estivesse incorpora-

do diariamente, por período mais ou menos longo.

Pelo que observámos a nossa nova Escola Aurélia de

Sousa assemelha-se mais ao interior de um Hospital

Privado que àquele tipo de Escola que poderia conci-

liar um muito de lar e local de ensino/trabalho.

Objectivamente, uma escola substitui, todos os dias,

fisicamente, o lar dos alunos, professores e funcioná-

rios durante os melhores anos das suas vidas. Não

seria uma utopia criarem-se escolas que intercalas-

sem a modernidade com a humanidade – como as há,

por exemplo, na Noruega. Obviamente que em Portu-

gal, esta nova Aurélia nunca será a Escola que os Pro-

fessores da minha geração e das seguintes conhece-

ram e onde passamos quase um terço das nossas horas

diárias de vida. A Senhora Aurélia morreu e não há

volta a dar. Todos os que nela viveram sentem uma

saudade forte do calor daquele bar nos minutos de

intervalo que quase se assemelhava a um filme de

Woody Allen com aquela tão peculiar agitação cheia

de vida e de irreverência e com todos nós tão perto

uns dos outros!, e daquela biblioteca cheia de luz e

de conforto, e do refeitório com as suas mesas tão

próximas! Se estendíamos uma mão tocávamos na

mão do outro. Enfim: a Aurélia ERA UMA ESCOLA DE

PROXIMIDADE HUMANA.

Esta nova Aurélia é, inevitavelmente, pela força da

modernidade e pelo movimento do Progresso, uma

escola mais asséptica, mais silenciosa, imaginada

como um grande laboratório onde alunos e professo-

res serão ―tubos de ensaio‖. É uma escola muito mais

―compartimentada‖ e nela parece pairar, flutuar,

uma ―rigidez‖ que parecendo invisível e não palpável

– se sente na pele e, talvez na alma. É o retrato do

tempo que todos vivemos. Mas esta reflexão é uma

simples conjectura muito pessoal.

Queremos acreditar que se for possível prevalecer

um espírito de companheirismo são e indispensável

e, a par duma escola nova, germinar um tipo novo

de relações humanas (e, para que isso aconteça é

vital a actuação pendular, constante, atenta e per-

sonalizada de uma Direcção interveniente e preo-

cupada com a normal coesão de todo o Corpo Esco-

lar, em todos os escalões: Funcionários, Alunos,

Pessoal Administrativo e Docentes. Se for este espí-

rito de serviço constante não haverá barreiras

arquitectónicas que impeçam o emergir de um

Espírito Novo para que todos se sintam bem adap-

tados e realizados por trabalharem e conviverem

lado a lado.

A NOVA ESCOLA AURÉLIA DE SOUSA (PARTE II)

Por Quinto Barcelos (Ex-professor da ESAS) — Foto de António Carvalhal (prof.)

Page 19: Jornalesas Março 2010

Página 19

• Página 19 •

Parabéns Aurélia!

Por Joana Sequeira do 12ºH

M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I

O desempenho dos alunos da ESAS voltou a melhorar em 2009.

Média Ordem no Ranking

das 600 escolas secundárias

Nº de Provas

Português (639) 13,5 18 170

Matemática A (635) 13,9 59 75

Biologia e Geologia (702) 11,8 30 64

Física e Química A (715) 11,4 30 53

Geografia A (719) 14,2 8 59

História A (623) 13,0 73 30

Mat. Ciên. Soc. (835) 13,9 34 28

Economia A (712) 16,7 10 20

Todas as 8 Disciplinas 13,3 23 499

―Rigor, disciplina e trabalho, porque não há fórmulas mágicas‖

foram as palavras da directora Dr.ª Delfina Rodrigues

ao jornal Grande Porto – 16.09.09

Pedimos à Ana Rita Babo, aluna da tur-

ma G do 12º para que nos desse a recei-

ta para os seus bons resultados escola-

res.

― Como é óbvio, recebi o pedido com

muito agrado, honra e até, confesso,

alguma vaidade. E agora cá estou eu a

escrevê-lo... Antes de come-

çar, pensei:

"Escrevo a verdade ou que é politica-

mente correcto?". Feliz ou infelizmen-

te, decidi escrever a verdade. E a ver-

dade é a seguinte: estudar dá trabalho,

cansa e exige algum sacrifício! Mas

também querem outra verdade? A sen-

sação de ver depois todo o nos-

so esforço ser recompensado e, sobre-

tudo, reconhecido é óptima! E é isso

que me faz continuar a estudar e que-

rer alcançar cada vez melhores notas!

Saber que investir na minha formação

vale a pena, que há pessoas que repa-

ram nisso e sobretudo me dão

apoio fazendo-me sentir plenamente

realizada! Neste aspecto agradeço a

todos professores que me incutiram e

cultivaram o gosto pelo estudo!

Para acabar deixo uma frase de que

gosto particularmente e que serve

também de conselho.‖

"Sê humilde para evitar o orgulho,

mas voa alto para alcançar a sabe-

doria."

Santo Agostinho

Escola Sec/3 Aurélia de Sousa—Exames 2009— 1ªfase Ranking das escolas Público -2009

Fonte: Ranking das escolas SIC 2001-2009

Fomos a melhor escola pública do ranking do secundário

com 499 exames (1ªfase).

Page 20: Jornalesas Março 2010

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Exmos. Srs.

Amizade da Silva

Sentimentos (Amor, União, Bondade, …)

Coração das boas pessoas

Corpo Humano, 8 de Fevereiro de 2010

Exmos. Srs.

Habitantes do coração:

Venho por este meio, em nome do governador, comu-

nicar-lhes uma trágica notícia. Estamos a ser invadidos

pela Solidão, Ódio e Guerra!

Para quem não tem qualquer conhecimento destes

Sentimentos, vou passar a uma breve explicação, de

modo a esclarecer-vos acerca da gravidade da situa-

ção. Ao que parece, eles são conhecidos por pertence-

rem a um ―gang‖ de criminosos que estão a destruir o

nosso País. Todos nós estamos em grande perigo, visto

que eles estão espalhados em cada vez mais Corações e

que estão, inclusivamente, a tentar eliminarem-nos

deles.

Agora, mais do que nunca, devemos permanecer uni-

dos e impedi-los de implantarem a obscuridade e infeli-

cidade neste tão harmonioso Mundo. Tenham todos

muito cuidado e atenção e nunca percam a força de

lutar pela vossa sobrevivência! Juntos conseguiremos

derrotá-los, porque o nosso poder prevalece sobre tudo

e todos!

Peço, pois, a compreensão e colaboração de Vª.

Exas., esperando que esta catástrofe se resolva rapida-

mente.

Com os meus melhores cumprimentos,

Amizade da Silva.

CARTA À AMIZADE Marta Leite do 10ºI

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OS DEDOS LIVRES Raquel Babo do 10ºI

E stou há quase uma hora a tentar encontrar algo

para escrever. Mas os meus dedos não se deci-

dem a transmitir a mensagem para o papel.

Já tive ideias fantásticas, críticas sobre a vida

e o mundo que nos rodeia, formas de suscitar a atenção do

leitor e um vocabulário riquíssimo que faria os mais sabedores

procurar palavras nos dicionários.

Mas eles não se decidem a escrever. Coloco com jeitinho

a caneta na mão, mas ela não se mexe, e quando se mexe é

atirada ao chão com desprezo pelos cinco dedos da mão direi-

ta. E quando tento apanhá-la, os dedos da mão esquerda não

deixam, recusam-se.

É como se não gostassem das minhas ideias e observa-

ções.

Estão enrugados e curvados, parecem até zangados.

Sinto fisgadas e pressão como se me quisessem bater.

Parece que querem sair da mão e procurar outro ser no qual

consigam realizar os seus sonhos.

A força aumenta de tal forma que não aguento mais, lar-

go a caneta e corro para a casa de banho, onde molho os

dedos em água fria, pois a dor assemelha-se a uma queimadu-

ra de segundo ou terceiro grau.

De repente, o mindinho da mão direita escapa-me. Ten-

to, assustada, agarrá-lo com a mão esquerda, mas ele corre

como uma gazela e é tão esguio que me escorrega da mão

como um sabão. Ele salta pela janela e começa a voar. Con-

torce-se todo e depois estica-se para ganhar balanço.

Estou de tal modo assustada que, quando volto a olhar

para as minhas mãos vejo que perdi todos os outros dedos.

Olho para a janela e no céu vejo todos os dedos a voar em

fila, como um bando de pássaros à procura de uma árvore

onde possam construir um ninho e criar família. Neste caso,

procuram um corpo para construírem uma mão e criarem tex-

tos verdadeiros e que criem impacto.

Os meus dedos queriam ser livres e pensar por eles pró-

prios.

Também eu gostava de o ser, mas não me consigo soltar

deste corpo e voar.

● O

pra

zer d

a e

scrita

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scrita

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Foto de Carmo Oliveira (profª)

Page 22: Jornalesas Março 2010

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O livro ―A Volta ao Mundo em 80

Dias‖ conta a história de um inglês

bem-educado, culto e rico chamado

Phileas Fogg.

No início do livro, o Sr. Fogg recebe em sua

casa o seu novo criado particular, o francês

Passepartout. Nesse mesmo dia, enquanto

jogava whist com outros membros do Reform

Club e discutiam o recente assalto ao Banco de

Inglaterra, Fogg afirmou que seria possível ao

ladrão em fuga dar a volta ao mundo em oiten-

ta dias. Esta afirmação causou uma acesa dis-

cussão entre os jogadores que acabam por

fazer uma aposta com Phileas Fogg: Stuart,

Fallentin, Sullivan, Flanagan e Ralph aposta-

ram quatro mil libras contra vinte mil de Fogg

em como este não conseguiria dar a volta ao

mundo em oitenta dias. Feita a aposta, Phileas

partiria nessa mesma noite, dia 2 de Outubro,

e regressaria a Londres dia 21 de Dezembro,

quando faltassem exactamente quinze minutos

para as nove da noite. E foi assim que, acom-

panhado pelo jovem Passepartout, o nosso

herói iniciou uma grande aventura. Fogg recla-

ma a sua vitória e, após várias peripécias que

nos cativam, assim termina o livro.

A minha personagem favorita neste livro é o

jovem criado Jean Passepartout. Ele é um

parisiense que chegara a Inglaterra há cinco

anos. Antes de ser criado já fizera de tudo um

pouco: cantor itinerante, cavaleiro de circo,

professor de ginástica e até bombeiro.

Ao longa da história, Passepartout prova ser uma

pessoa honesta, inteligente, corajosa e muito

amável. Além disso

é muito amigo e

fiel a Phileas Fogg,

o seu amo. Penso

que sem a preciosa

ajuda de Passepar-

tout, Fogg não

teria conseguido

ganhar a aposta.

A Volta ao Mundo em 80 dias de Júlio Verne

Por Tiago Peixoto do 7ºC

N a rua Miguel Bombarda, no

Porto, inauguram-se, em

simultâneo, exposições de

pintura, fotografia, dese-

nho e outras artes, criando um

momento de grande animação cultu-

ral e urbana.

Nos dias de inaugurações conjuntas,

o ambiente na rua torna-se bastante

atractivo, vêem-se pessoas muito

diferentes, desde compradores a

artistas, que pretendem conhecer as

diversas obras.

Além de galerias, muitos outros espaços foram-se insta-

lando na Miguel Bombarda e espaços adjacentes, lugares

onde é possível tomar um chá, comprar roupa assinada

por designers e peças decorativas, bem como ouvir músi-

ca e assistir a performances várias.

Rua Miguel Bombarda Por Maria Manuel Cascarejo e André Monforte do 7ºC

Ilusões de óptica

Por João Magalhães, do 7ºC

Page 23: Jornalesas Março 2010

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Semanalmente o LdC

afixa, no átrio do

1ºandar e nos pla-

card do Bar/

restaurante, curiosi-

dade do âmbito da

Matemática, Física,

Química, Biologia,

Geologia e Geografia.

Procure as soluções, para estes desafios, nas página desta edição do Jornalesas.

Saber mais? Procure a sala Ldc

Page 24: Jornalesas Março 2010

A escolha de Delfina Rodrigues (Directora da ESAS)

Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes. Assim em cada lagoa a Lua toda Brilha, porque alta vive.

Ricardo Reis

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