destaque junho 2009

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M D m M O Movente O Movente E dORMENTE O Dormente Recriação da moagem Recriação da moagem FALAGUEIRA NÚCLEO MUSEOGRÁFICO DO CASAL DA FALAGUEIRA MUSEU MUNICIPAL DE ARQUEOLOGIA CASAL DA Núcleo Museográfico A utilização de mós para transformação do cereal em farinha surge em Portugal, no registo arqueológico, a partir do período Neolítico (4.º milénio a.C.), associada à domesticação das plantas autóctones de cada região, isto é, ao advento da agricultura. Paralelamente a esta, dá-se a domesticação dos animais e o aproveitamento de todos os produtos que estes proporcionam, como o leite e seus derivados, as lãs e as peles. Nos sítios arqueológicos ficam preservados alguns destes vestígios, os materiais arqueológicos, que nos fornecem pistas sobre as populações, que viveram neste período, no Município da Amadora e de que forma viviam. Conhecem-se alguns dos seus locais de povoamento e de enterramento, destacando- se, neste último caso, a Necrópole de Carenque, constituída por três grutas artificiais e descoberta, em 1932, por Manuel Heleno. Sobre os lugares dos vivos… Tem sido feita investigação recente, sob a coordenação do Museu Municipal de Arqueologia, num local que julgamos corresponder ao povoado daqueles que construíram a referida Necrópole, o povoado da Espargueira/Serra das Éguas. Neste sítio recolheram-se diversos objectos, em cerâmica, como taças e vasos; em osso, como agulhas e furadores; em pedra polida, como machados e goivas; em pedra lascada, como lâminas e pontas de seta e também elementos de mós… Uma mó é constituída por dois elementos, um dormente, de maiores dimensões, que fica em baixo e onde é colocado o cereal para moer e um movente, de menores dimensões, que no caso das mós manuais pré-históricas servia de vaivém, sendo necessário colocar um suporte por baixo das mós para recolha da farinha. As duas mós expostas são feitas em arenito e foram recolhidas neste mesmo povoado, a movente à superfície e a dormente no Vale da Espargueira, durante os trabalhos de escavação. DESTAQUE DO MÊS DE JUNHO 09 Artefactos expostos na sala da Arqueologia Mós Dormente e Movente 0 5 25 75 95 100 m s segunda-feira, 13 de Abril de 2009 15:27:04

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Mós Dormente e Movente

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Page 1: Destaque junho 2009

M ó s D o r m e n t e e M o v e n t e

O Movente O Movente E dORMENTEO Dormente Recriação da moagem Recriação da moagem

FALAGUEIRA

NÚCLEO MUSEOGRÁFICO DO CASAL DA FALAGUEIRAMUSEU MUNICIPAL DE ARQUEOLOGIA CASAL DA

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A utilização de mós para transformação do cereal em farinha surge em Portugal, no registo arqueológico, a partir do período Neolítico (4.º milénio a.C.), associada à domesticação das plantas autóctones de cada região, isto é, ao advento da agricultura.Paralelamente a esta, dá-se a domesticação dos animais e o aproveitamento de todos os produtos que estes proporcionam, como o leite e seus derivados, as lãs e as peles.Nos sítios arqueológicos ficam preservados alguns destes vestígios, os materiais arqueológicos, que nos fornecem pistas sobre as populações, que viveram neste período, no Município da Amadora e de que forma viviam.Conhecem-se alguns dos seus locais de povoamento e de enterramento, destacando-se, neste último caso, a Necrópole de Carenque, constituída por três grutas artificiais e descoberta, em 1932, por Manuel Heleno.Sobre os lugares dos vivos…Tem sido feita investigação recente, sob a coordenação do Museu Municipal de Arqueologia, num local que julgamos corresponder ao povoado daqueles que construíram a referida Necrópole, o povoado da Espargueira/Serra das Éguas.Neste sítio recolheram-se diversos objectos, em cerâmica, como taças e vasos; em osso, como agulhas e furadores; em pedra polida, como machados e goivas; em pedra lascada, como lâminas e pontas de seta e também elementos de mós…Uma mó é constituída por dois elementos, um dormente, de maiores dimensões, que fica em baixo e onde é colocado o cereal para moer e um movente, de menores dimensões, que no caso das mós manuais pré-históricas servia de vaivém, sendo necessário colocar um suporte por baixo das mós para recolha da farinha.As duas mós expostas são feitas em arenito e foram recolhidas neste mesmo povoado, a movente à superfície e a dormente no Vale da Espargueira, durante os trabalhos de escavação.

DESTAQUE DO MÊS DE JUNHO 09

Artefactos expostos na sala da Arqueologia

Mós Dormente e Movente

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