jornalesas março 2012

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MARÇO 2012 I EDIÇÃO XXXII Zodíaco Chinês I Holocausto I Henrique Taveira I Moda I Música I Filme |Lugar da Ciência | Biblioteca l Economia 1,00 LÁ e CÁ APESAS Dia do Fotografia de António Carvalhal (prof.)

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Jornal oficial da Escola Secundária/3 Aurélia de Sousa, Porto

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MARÇO 2012 I EDIÇÃO XXXII Zod

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JORNALESAS • Página 2

JE: Qual é a sensação de ser distinguido nestas circuns-tâncias? Henrique Vasconcelos: Senti-me mesmo honrado por ter sido premiado daquela forma, mas [esta distinção] não constitui nenhuma justifica-ção nem confere qualquer estatuto superior. É simples-mente um reconhecimento, um “crachazinho” que me colocaram por ter tirado boas notas e me ter sucedido bem nos exames. Outros alunos são reconhecidos, mas não com esta atenção da comuni-cação social.

JE: Como foi possível chegar até aqui? HV: Ser considerado o melhor aluno foi possível através do que todos fazem (ou deve-riam fazer) na escola. Com interesse e com motivação para trabalhar, empenhar-se na realização das tarefas, no estudo, na própria aprendiza-gem pura e dura, e, depois, dar o melhor de si nas avalia-ções, nos testes e exames, sem esquecer a participação de sala de aula, que é impor-tantíssima.

JE: E agora a que aspiras em termos profissionais? HV: Eu quero ser médico, mas em áreas diferentes. Gostava de fazer cirurgia, semiótica (um ramo da medicina ligada à psicologia, que tem a ver com a interpretação de sinais, expressões faciais e corpo-rais, atitudes em público – ou seja, a interpretação do que as pessoas fazem na exteriori-zação das suas reações) e regeneração celular (que consiste em fazer crescer partes do corpo que foram arrancadas ou que não exis-tem desde a nascença). Mas, por agora, é só medicina e mais tarde decido.

JE: Como surgiste a represen-tar os alunos no Conselho Pedagógico? O que te leva a

pensar que podes ser um bom representante dos inte-resses dos colegas? HV: A resposta é simples demais: é que ninguém se propôs para ser o represen-tante dos alunos no Conselho Pedagógico e eu gosto de dinamizar a relação entre os órgãos diretivos da escola e os alunos. Eu faço parte dos alunos e gosto de saber, gos-to de propor coisas com o intuito de melhorar a vida dos alunos na escola, nomeada-mente fazendo a comunica-ção entre as várias entidades desta instituição escolar. Como os restantes alunos e respetivos delegados não ofereceram muita resistência, aceitei esta proposta. Entre-tanto, já consegui pôr a esco-la a exprimir a sua opinião sobre a revisão da estrutura curricular e, portanto, já con-segui fazer uma parte do trabalho que requer a comu-nicação alunos-direção-Ministério da Educação.

JE: Que aspetos devem ser alvo de maior atenção na escola? Referimo-nos a aspe-tos organizacionais. HV: Essa pergunta é compli-cada… Esta escola está muito bem e todos o reconhecem, em comparação com outras escolas. Os vários órgãos da escola interatuam de uma forma bastante eficaz e com resultados à vista. As coisas processam-se de forma rápi-da: a única falha nessa rapi-dez é, na minha opinião, a comunicação com os alunos. Há um compartimento mais distante de órgãos da escola e professores e, depois, há o grupo dos alunos, que são os representados, para os quais é feita a educação, e que não estão tão por dentro das questões da escola como deveriam estar. É neste cam-po que eu acho que se deve apostar, que é o que eu tento fazer enquanto representante dos alunos.

JE: Qual a posição dos alunos da escola perante a reforma curricular que se avizinha? HV: No fundo, é uma posição de necessidade consistente e não descurada. Não querem a eliminação de uma disciplina do 12º ano e, a meu ver, acho que pretendem ter um leque mais aberto de escolhas. Res-salvo que as opiniões foram tanto do 3º ciclo do ensino básico como do secundário, sendo uma amostra mais ou menos homogénea. Em sínte-se, acabavam por defender que não queriam que fossem deitadas disciplinas ao “lixo”. JE: Como é que conseguiste que a reforma curricular chegasse aos delegados? HV: Eu mandei uma convoca-tória para uma reunião de delegados e acabei por conse-gui reunir cerca de metade dos delegados, mas esperava que fossem mais, porque o assunto era realmente impor-tante. Nessa reunião, expli-quei do que se tratava, dispo-nibilizei o documento, expli-cando-o “por miúdos”. Os delegados falaram com as turmas e depois voltaram com opiniões consistentes, quase todas no mesmo senti-do, que, neste caso, eram contra a eliminação de uma disciplina opcional do 12º ano, a favor do aumento da carga horária de História, Geografia e das Ciências no 3º ciclo; contra a eliminação do desdobramento de Ciên-cias e de Físico Química no 3º ciclo e contra a eliminação de Formação Cívica. No fundo, o objetivo da reunião foi conse-guido e veio uma informação, a mais representativa possí-vel, dos alunos. Contudo, pretendo continuar com estas reuniões, porque são uma forma de se perceber o que a escola, em geral, pensa.

F oi o melhor alu-no do 3º ciclo

da Escola Aurélia de Sousa e da cidade do Porto, Henrique Taveira Vasconcelos, tendo sido distingui-do com a quarta edi-ção do Prémio de Mérito Escolar "Rumo à Excelência", relativo ao ano letivo 2010/2011, pelo Pre-sidente da Câmara do Porto, Drº Rui Rio. Atualmente, o Henri-que frequenta o 10º ano do curso de Ciên-cias e Tecnologias e desempenha o cargo de representante dos alunos no Conselho Pedagógico.

A voz a um bom aluno Entrevista de Patrícia Costa do 12ºG - Fotografia de Pedro Gomes do 12ºG

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online

http://www.issuu.com(pesquisa: jornalesas)

JornalEsas: O que o motivou para pertencer à APESAS? Tudo começou quando a minha filha entrou na ESAS. Tive curiosidade em conhecer a escola porque, de facto, pouco sabia. A não ser as informações que os pais trocam nos cafés. Vim a uma reunião, que tinha como intuito dar a conhecer aos encarregados de educação a escola, convocada por alguém bas-tante apologista da criação de uma Associação de Pais. As pessoas interessadas em formar a Associação precisavam de mais membros que quisessem colabo-rar. Eu ofereci-me. Com o passar dos anos, foi-se criando uma amizade motiva-da pelo interesse de estar por dentro de toda a orgânica da escola.

JE: Então é possível dizer que já trabalha há bastante tempo para esta asso-ciação… Eu, de facto, já trabalho há seis anos. Sempre representei a Associação no Con-selho Geral. Por antiguidade, sou o membro que motiva a continuação do empenho e trabalho para a manutenção da Associação de Pais. Como é óbvio, permanecerei neste cargo de “vice-presidente” até a vida escolar da minha filha, aqui na ESAS, terminar, uma vez que é necessário, para fazer parte inte-grante da APESAS, ter filhos que estudam na escola.

JE: Qual o papel de uma associação de pais numa escola? Cada vez mais, os pais estão interessados em envolver-se no projeto educativo dos seus filhos, querem estar por perto e saber mais. Mas, nem todos… A esco-la tem cerca de 1200 alunos, a APESAS é composta por menos de 150 associa-dos. O que é muito pouco! No entanto, nota-se que há um interesse crescente. Quando a associação começou, não havia mais do que 60/70 pais envolvidos. No entanto, o nosso papel não é motivar, é construir algo em que possamos defender os interesses dos nossos filhos. Por lei, os pais têm esse direito, mas nem todos o praticam, não é uma obrigação! No fundo, é esse mesmo o papel das associações de pais: estar concentrado em todo o processo educativo dos jovens, colaborando com a direção da escola. Podendo, assim, resolver proble-mas, desde os mais banais, como o caso se um professor que precisa de mate-riais para as suas aulas, aos mais complexos, como, por exemplo, um que é cada vez mais recorrente: o auxílio económico aos alunos mais carenciados. Usufruindo dos fundos que nos compete gerir, que englobam donativos de empresas da área da escola, donativos dos pais ou outros. Sendo, desta forma, permitido estar lado a lado com a escola a ajudar os encarregados de educação a construir um melhor futuro, com bases sólidas e bons valores, para os seus educandos.

JE: Quais são as estratégias que utilizam para mobilizar os encarregados de educação? Hoje em dia, os pais têm uma vida bastante ocupada. Enquanto uns procuram saber como corre a vida escolar dos seus filhos, outros distanciam-se cada vez mais. Deste modo, uma das estratégias para mobilizar os Encarregados de Edu-cação é incentivar a sua participação ativa, como membros da APESAS. Esse estímulo é observado na Assembleia Geral, onde, também, são apresentadas as nossas contas, o que fizemos no ano anterior e as propostas para o ano letivo que se inicia. Só para ficar uma ideia, este ano apenas houve 20 novos pais a associarem-se. Como é óbvio, não há muito mais que possamos fazer… Não podemos obrigar ninguém a estar atento ao que sucede na vida escolar dos seus educandos.

JE: A Associação de Pais tem podido contar com o apoio e abertura da Dire-ção da ESAS? Temos uma parceria muito especial com a Direção da escola. A Dr.ª Delfina sempre defendeu a criação de uma Associação de Pais, propriamente dita, completamente estruturada. A APESAS tem representação em todos os órgãos da escola, no Conselho Pedagógico e, também, no Conselho Geral. A APESAS é, de facto, uma Associação que se preocupa em trabalhar na criação do melhor ambiente para os alunos e tem o privilégio de poder contar com o apoio da Direção nas diferentes ideias que propõe. Um exemplo é a colocação de por-tões eletrónicos e de máquinas automáticas, promovendo, assim, um maior controlo da vida escolar dos alunos, por parte dos pais. Esta ideia surgiu antes das obras da Parque Escolar mas, não seguiu em frente, uma vez que tinha ficado acordado que uma das alterações a fazer, pela empresa seria a coloca-ção desses equipamentos. E a instalação deles será uma das nossas atividades futuras, que conta com o total aval da escola e com a nossa comparticipação.

APESAS Entrevista de Pedro Gomes, do 12ºG Fotografia de Patrícia Costa, do 12ºG

O Jornalesas entrevistou o atual vice – presiden-

te da Associação de Pais, Nuno Leão Ferreira. Tivemos a opor-tunidade de conhecer um pou-co do seu percurso nesta asso-ciação e de falar da sua relação com a Direção da escola e dos projetos para o futuro da ESAS e da Associação.

Continua na página 21

• Página 4 JORNALESAS

E ste ano, o tema escolhido pelos JRA da ESAS foi a Energia, com

o projeto de “A força do nosso mar”. Para desenvolver e aprofundar mais o tema, os jovens repórteres da nossa escola deslocaram-se, no passado dia 9 de março, à Faculdade de Engenha-ria da Universidade do Porto, mais precisamente à Secção de Hidráulica do Departamento de Engenharia Civil. Esta visita teve como finalidade a aquisição de conhecimentos sobre a extração de energia das ondas e ainda a realização de entrevistas aos res-ponsáveis pelos projetos desenvolvi-dos nesta área, os Professores Fran-cisco Pinto e Paulo Santos. Os especialistas acima referidos apre-sentaram um trabalho sobre dispositi-vos de captação de energia marítima e os respetivos mecanismos de fun-cionamento, tendo ainda abordado outros assuntos, como a perda de energia das ondas na passagem de águas profundas para águas com menos profundidade. Relativamente a esta questão, os especialistas esclare-ceram que é mais difícil construir e manter estes mecanismos em águas marítimas mais profundas, pois, quan-to mais longe da costa se instala o equipamento, mais agressivas são as águas e mais caro é o dispositivo. Os JRA tiveram ainda a oportunidade de assistir a uma demonstração do funcionamento do maior tanque de ondas nacional existente em contexto universitário. Através da reconstitui-ção do local destinado a implantar o dispositivo, este mecanismo permi-te testar as condições físicas e ambientais a que os sistemas de obtenção de energia estarão sujeitos. A título de exemplo, foi aqui que os dispositivos colocados em Peniche e na ilha do Pico (Açores) foram testa-dos e se estudaram os movimentos sofridos pelos barcos petroleiros atra-cados no Porto de Leixões.

Em jeito de balanço, a visita permitiu a aquisição de alguns conhecimentos essenciais sobre a energia das ondas e

os seus mecanismos de extração. A energia proveniente do mar é uma energia renovável em evolução que tem vindo a ser cada vez mais utiliza-da. No entanto, a energia aproveitada é bastante menor que a fornecida. Por esta razão, estão a ser realizados estudos para aumentar o rendimento dos mecanismos de captação de ener-gia, uma prova de que os engenheiros estão cada vez mais interessados nas potencialidades das energias renová-

veis. Na próxima edição do JornalEsas, serão publicadas as entrevistas reali-zadas nesta visita à FEUP. Não percas!

JRA na FEUP Por José Chen (12ºB), Maria Miguel (10ºC), Maria Monteiro (10ºC) e Miguel Ramalho (10ºD)

Atrás – Beatriz Malafaya (10ºD), Maria Monteiro (10ºC), José Chen (12ºB), Miguel Rama-lho (10ºD), Henrique Taveira (10ºD); à frente – Beatriz Teixeira (10ºD), Catarina Durán

(10ºC), Maria Miguel (10ºC) e Rita Magalhães (10ºD).

Efeitos da requalificação da escola Medidas de poupança de energia

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Nos balneários, tomar um duche rápido para evitar uma grande perda de tempo e dinheiro.

Lavar as mãos de modo rápido mas rigoroso, de modo a poupar água.

Na sala de aula, apenas ligar a luz se necessário. Tentar usufruir da luz natural.

A utilização de luz artificial deve ser doseada, ou seja, não é necessário recorrer aos dois interruptores de luz.

Na sala de aula, usar o ar condicionado por determinado tempo, até atingir uma temperatura adequada. Após alcançar esse valor, deve-se desligá-lo para evitar gasto de energia.

Desligar o monitor do computador: nas salas de aula, durante uma pausa efetuada; na biblioteca, depois do seu uso.

A rega dos espaços verdes deve ser feita ao fim do dia para que a água não se evapore ao longo das horas de sol.

Será que as obras de modernização e requalificação da escola terão valido a pena? Análise dos resultados do consumo antes e depois da intervenção.

Medidas para poupar na escola: água e energia.

O tema escolhido este ano para trabalho jornalístico pelos JRA foi a Energia. Pretendeu-se investigar que alterações

ocorreram após as obras de modernização e requalificação da escola, tal como os seus efeitos e consequências. Para isso, os repórteres reuniram muita informação e procuraram trabalhá-la. Antes das obras realizadas, uma parte da escola esta-va construída em madeira; ocorriam constantes fugas de água e o gasto de energia não era o mais baixo. A ESAS, juntamente com mais três escolas, foram selecionadas pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) para integrarem o 4º Compendium das Escolas Exem-plares. O projeto de intervenção reflete as diretrizes definidas pelo Programa de Modernização das Escolas do Ensino Secundá-rio. Deste modo, a Parque Escolar interveio neste estabelecimen-

to de ensino a fim de melhorar as condições físicas de uma das melhores escolas públicas do país. Com as obras de modernização da escola, efetuaram-se algumas mudanças a nível de consumo energético: a existência de mais equipamentos eletrónicos, de aquecimento e ar condicionado levou a um aumento do consumo de eletricidade; aderiu-se ao consumo de gás natural, serviço disponibilizado pela EDP. A conclusão que se pode tirar da análise do consumo efetuado é que uma escola mais moderna custa mais do que uma escola com instalações mais tradicionais. Porém, este consumo tem vindo a diminuir, pois foram tomadas medidas para minimizar os gastos. Assim, deve continuar se a construir uma escola mais sustentável, reduzindo as emissões de CO2 e o consumo de água e energia.

Medidas para poupar na escola: construção de uma mente mais ecológica

Texto de José Chen do 12ºB

Lá e cá Entrevista de Juliana Silva (12ºH) e Rita Fonseca (12ºH) - Fotos de Mariana Costa (12ºH)

• Página 6 JORNALESAS

JornalEsas – Quando chegaste a Por-tugal? Lucia Natali – Cheguei no dia 9 de Setembro, uma semana antes de as aulas começarem. JE – Já alguma vez tinhas falado por-tuguês? LN- Nunca, nem nunca tinha lido em português. Supostamente devia ter estudar a língua durante o verão, mas não estudei e, portanto, não sabia nada de português. JE – Porque decidiste vir para Portu-gal? Que ideias é que tinhas sobre Portugal? LN – Não faço bem ideia por que razão escolhi Portugal, mas basicamente foi por causa do clima. Achava que era um país muito quente, com muito sol, pois Milão é muito mais frio. Eu tinha a ideia de que os portugueses eram pessoas muito abertas e simpáticas e, agora, também acho que é verdade. No início, foram um bocado frios e fechados, mas o tempo ajudou muito. JE – Sabemos que vieste pela organi-zação AFS (American Field Service). Como a descobriste? LN – Foi a minha professora de inglês que me sugeriu que tentasse. E fiz um

teste, em que passei, uma entrevista e ainda mais testes. As minhas notas na escola também ajudaram. JE – Foi a primeira vez que pensaste em fazer um intercâmbio? LN – Sim, porque os meus pais não queriam que eu estivesse um ano fora. JE – Em relação à família, sabemos que estás numa família de acolhimen-to. Fala-nos sobre isso. LN – Tenho uma mãe adotiva e um irmão mais novo. No início, foi um problema, porque ele tinha ciúmes, mas agora é fantástico. Estamos sem-pre juntos e fazemos os trabalhos da escola juntos. E tenho uma relação muito boa com a minha “mãe” (de acolhimento). Já não quero ir embora. Gosto muito da minha família. JE – O que achas que é diferente no núcleo familiar entre Itália e Portu-gal? LN – Acho que é muito parecido. Por exemplo, a minha mãe de cá é muito parecida com a minha mãe de lá. Por-tanto, não vi muitas diferenças. JE – E, em geral, as atividades familia-res são semelhantes? LN – Sim, as atividades são muito pare-cidas. Em Itália, os meus pais traba-

lham muito e não passava tanto tempo com eles. JE – Quais as principais diferenças no ensino, nos professores, nas escolas, nos conteúdos, na carga horária? LN – Em Itália, eu tinha escola ao sába-do, durante todo o dia. O único dia livre é domingo. A principal diferença são os intervalos, porque em Itália não temos. Temos aulas desde as 8h até às 14h. JE – E para comer? E ir à casa-de-banho? LN – Podemos comer nas aulas e pode-mos sempre pedir ao professor para ir à casa-de-banho, não há tanto rigor nestes aspetos. JE – E o uso de telemóveis, tabaco, drogas ou álcool na escola? LN- O telemóvel é mesmo proibido, nunca vi apanharem alguém com o telemóvel, porque todos têm medo. Quanto a fumar, acontece o mesmo que aqui: pode-se sair da escola e fumar fora do edifício. Em Itália, tam-bém há problemas com drogas na escola, assim como aqui.

Continua na página 9

N a sequência de outras entrevistas feitas a alunos estrangeiros que fre-

quentam a nossa escola, entrevistámos a aluna Lucia Natali, oriunda de Milão. Duran-te a conversa, Lucia expressou o seu profun-do desejo de ficar por Portugal e o seu amor pelo nosso país, tendo estabelecido as prin-cipais diferenças entre Itália e Portugal no que diz respeito à sociedade, à educação e ao ambiente humano.

Desp

orto

D ecorreu no passado dia 18 de Fevereiro, Sábado, no Colégio de Gaia, a 2ª Competição Oficial de Ginástica Acrobática do Desporto Escolar. 4 pódios!! Pela 1ª vez, vencemos em Pares Mistos!

Márcio Cardinal / Inês Abrunhosa - Par Misto Nível 2 - 1º lugar Guilherme Coelho / Bárbara Teixeira - Par Misto Nível 2 - 2ºlugar José Chen / Sofia Abrunhosa - Par Misto Nível 2 - 3º lugar Gabriela Caffi / Mafalda Santos / Beatriz Araújo - Trio Nível 1 - 2º lugar Núria Fonseca / Inês Abrunhosa / Verónica Afonseca - Trio Nível 1 - 4ºlugar Mariana Fernandes/Núria Fonseca/Bárbara Teixeira - Trio Nível 2 - 11º lugar

ESAS VENCE!! OUTRA VEZ!! Ginástica Acrobática VENCE a sua 2ª COMPETIÇÃO este ano!!

Aurélia de Sousa vence!!

Prof. Lourenço França

A 1ª Competição Oficial de Ginástica Acrobática do Desporto Escolar decorreu no passado dia 21 de janeiro, sábado, na Escola Secundária do Cerco do Porto. E a equipa da ESAS arrancou a nova época com duas vitórias e cinco pódios!! O facto mais relevante foi a equipa ter competido em 3 escalões e ter vencido em dois deles, ficando em 2º lugar no res-tante.

Gabriela Caffi / Mafalda Santos / Beatriz Araújo - Trio Nível 1 - 1º lugar Núria Fonseca / Inês Abrunhosa / Verónica Afonseca - Trio Nível 1 - 3º lugar Mariana Fernandes / Núria Fonseca / Bárbara Teixeira - Trio Nível 2 - 1º lugar José Chen / Sofia Abrunhosa - Par Misto Nível 2 - 2º lugar Márcio Cardinal / Inês Abrunhosa - Par Misto Nível 2 - 3º lugar Guilherme Coelho / Bárbara Teixeira - Par Misto Nível 2 - 4º lugar

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: Atrás—Professor Lourenço França, Beatriz Araújo, Gabriela Caffi, Sofia Abrunhosa, Inês Abrunhosa e Núria Fonseca

À frente—Mafalda Santos, Verónica Afonseca, Mariana Fernandes, Bárbara Teixeira, José Chen, Guilherme Coelho e Márcio Cardinal

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A robótica está a tornar-se rapidamente numa parte inte-grante do currículo escolar. Com a sua capacidade de inte-

grar inúmeros temas, especialmente tecnologia, ciência e várias áreas chave da aprendizagem da matemática, a robótica incentiva as crianças a pensar continuamente, a analisar situações e a aplicar o seu pensamento crítico e as suas capacidades para resolver pro-blemas em situação real. O trabalho em equipa e a cooperação são peças fundamentais em qualquer trabalho de robótica. Os alunos aprendem a aceitar os erros cometidos, especialmente se os leva-rem a melhorar soluções. A robótica é uma forma divertida e ape-lativa de ensinar conceitos de tecnologia, matemática e ciência. O ensino da robótica promove:

A análise de problemas: a robótica encoraja os estudantes a terem um olhar abrangente sobre as situações e a identi-ficar exatamente quais os problemas que precisam de ser resolvidos. São fáceis de encontrar situações da vida real, dando aos alunos o contexto para os seus projetos. Antes de cada construção começar, os alunos identificam “Que necessidade irá este robot cumprir?” Com isto em mente, como deverá o robot ser construído para satisfazer esta necessidade?

O design da vida real: com uma aplicação pensada e uma ideia sobre a sua implementação, os estudantes podem agora começar o processo de construção. Esta fase oferece grandes recompensas aos alunos que conseguem produzir

realizações físicas de ideias conceptuais. São muitas as oportunidades de aperfeiçoamento e melhoria, à medida que descobrem erros nos planos e surgem questões que nunca haviam considerado na fase de projeto. Os protóti-pos são rapidamente construídos e também rapidamente abandonados com as lições aprendidas, à medida que os alunos fazem progressos para encontrar uma solução oti-mizada. Os recursos devem ser geridos e os compromissos devem ser feitos entre forma, função e custo.

A programação: existe uma variedade de linguagens de progra-mação disponíveis na robótica, desde ambientes gráficos de melhoria a linguagens textuais. As competências de programa-ção ensinam os alunos a pensar logicamente e a considerar múl-tiplas situações, ao aprenderem que um robot faz exatamente aquilo que lhe é dito, sem mais nem menos. As informações fornecidas por uma variedade de sensores devem ser processa-das e tratadas de forma lógica e, tal como na fase de conceção, existe uma ampla oportunidade para a experimentação e erro, durante o período em que os alunos afinam os seus robots para fazerem o seu melhor.

em http://www.domatics.com/sample nxta.pdf

em http://www.thenxtclassroom.com/

Porquê ensinar robótica? Tradução elaborada por Pedro Ribeiro do 11ºJ

JE – Como é o horário das disciplinas? LN – Podemos ter de uma a três horas diárias da mesma disciplina. E variam muito todos os dias. Se tivesse francês na segunda, na terça-feira nunca iria ter francês.

JE —Notas diferenças na relação profes-sor/aluno?

LN- Eu acho que aqui a relação é mais próxima, temos mais confiança com os professores. Em Itália, é mais formal.

JE—A escola que frequentavas era públi-ca ou privada? Quais são as principais diferenças entre estes dois tipos de esco-la, em Milão?

LN – Pública. Depende, mas, por exemplo, a minha escola era pública e era muito boa. Eu também já andei numa privada e não gostei. Mas há muitas escolas públi-cas que não são boas.

JE—Em Itália, os alunos tem 13 anos de escolaridade. Achas que é necessário mais um ano ou doze anos chegam, como aqui em Portugal?

LN – Eu acho que é um erro muito grande ter 13 anos, porque não faz sentido nenhum. A matéria não é muito mais extensa, nem diferente. Todos os estu-dantes e professores concordam que não

era preciso. Já é uma lei muito antiga. JE—Então, em termos escolares, gostas mais de estar aqui ou lá?

LN – Aqui. JE – Qual é o curso que queres seguir? LN –Criminologia. JE—Em Milão estavas num curso de lín-guas e também tencionavas seguir crimi-nologia?

LN- Sim. Quer dizer, antes tinha uma ideia completamente diferente. Eu queria ir para línguas e ser tradutora. Mas, um dia, foi um polícia discursar à minha escola e tive uma conversa com ele, porque fiquei fascinada com o assunto. Acabei por mudar de ideias e agora quero muito seguir Criminologia.

JE—Queres prosseguir aqui os estudos? LN – Sim, estou a tentar, estudando para os exames para depois entrar na universi-dade. Não sei se vou conseguir, porque quero ir para uma universidade que tem uma média muito alta, de 17,6.

JE—Falando dos passeios que fazes com a tua mãe, qual foi região de Portugal de que gostaste mais?

LN – Gostei muito do Alentejo. JE—E já visitaste o Porto? LN- Sim, e gosto muito do Porto, princi-

palmente por ser uma cidade mais verde do que Milão. Gosto muito do Palácio de Cristal.

JE—Em termos de gastronomia, gostas das refeições portuguesas?

LN- Em Itália, a comida é muito calórica. Gosto muito da gastronomia portuguesa, mas em Itália há coisas fantásticas, como pizza e lasanha, que aqui não são tão boas. Mas, por exemplo, também não conseguiria viver sem bolinhos de baca-lhau e gosto muito de cozido à portugue-sa.

JE—E o horário e o número das refei-ções? São iguais aqui e em Itália?

LN – Sim, exceto o lanche, que não se usa muito em Itália. Aqui é como uma tradi-ção: a minha mãe reúne a família toda para o lanche.

JE—Pensas que as sociedades e mentali-dades italiana e portuguesa são pareci-das?

LN- Sim, na Europa Ocidental são muito parecidas. Quando fui a França, também não encontrei grandes diferenças nos comportamentos.

Continuação da página 6 - Entrevista a Lucia Natali

Dia do pi Núcleo de estágio do mestrado em ensino da matemática no 3ºciclo do ensino básico e ensino secundário.

Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

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máti

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• Página 10 JORNALESAS

Quase toda a gente sabe que sou 3,14 mais alguma

coisa. Mas, na verdade sou o quociente entre o perímetro de uma circunferência e o seu diâmetro

Quem sou eu?

OS PRIMEIROS DÍGITOS DO NÚMERO PI 3,1415926535897932384626433832795028841971693993751058209749445923078164062862089986280348253421170679821480865132823066470938446095505822317253594081284811174502841027019385211055596446229489549303819644288109756659334461284756482337867831652712019091456485669234603486104543266482133936072602491412737245870066063155881748815209209628292540917153643678925903600113305305488204665213841469519415116094330572703657595919530921861173819326117931051185480744623799627495673518857527248912279381830119491298336733624406566430860213949463952247371907021798609437027705392171762931767523846748184676694051320005681271452635608277857713427577896091736371787214684409012249534301465495853710507922796892589235420199561121290219608640344181598136297747713099605187072113499999983729780499510597317328160963185950244594553469083026425223082533446850352619311881710100031378387528…

O número é alvo de pesquisa há pelo menos 5000 anos.

Como surgiu o símbolo para pi ?

Durante muito tempo não existia nenhum símbolo que representasse este número tão fascinante. Foi o mate-mático William Jones que, em 1707, utilizou pela primei-

ra vez a letra grega , a primeira letra da palavra perí-metro em grego, para designar a relação entre o períme-tro e o diâmetro de uma circunferência. Contudo, este símbolo só foi popularizado com o matemático suíço Leonhard Euler .

Relativamente ao número , uma vez que este número teve uma grande importância na História da matemática, no dia 14 de Março (3/14, notação americana) comemora-se o seu dia,

por 3,14 ser a aproximação mais conhecida de . O auge das comemorações acontece à 1:59 da tarde (porque

3,14159 = arredondado até a 5ª casa decimal). Se arredon-darmos π para a sétima casa decimal, teremos 3,1415926,

fazendo da 1:59:26 do dia 14 de março o Segundo do .

O dia do PUBLICIDADE

Página 11 •

Mate

mátic

a

M A R Ç O 2 0 1 2 I N Ú M E R O X X X I I

Mnemónica para decorar algumas casas decimais de

Sim, é útil e fácil memorizar um número grato aos sábios

3, 1 4 1 5 9 2 6 5 3 6

Contando as letras de cada uma das palavras que for-mam as frases seguintes, ficas a conhecer aproximações

de .

Pi é o nome de um perfume!

Sabias que… No site http://www.atractor.pt/fromPI/index.html, podes reali-

zar uma viagem pelas primeiros 2147483000 algarismos do . Escolhe uma sequência de algarismos que te seja particular, por exemplo: número de telemóvel, data de nascimento, número de BI, etc. Nesse site o computador procurará se existe

essa sequência nos primeiros 2147483000 algarismos do . Caso exista, és convidado a imprimir um postal sobre a tua viagem pelo interior do pi. Nesse postal, poderá ficar a posição

da tua sequência no interior do número .

As primeiras evidências da presença do número foram encontradas nas pirâmides de Gizé que datam de 2550 a.C.. A relação entre o perímetro da pirâmide e a sua altura é duas vezes o valor de . Egiptólogos acreditam que estas propor-ções foram escolhidas por razões simbólicas, mas ainda sem identificar a constante.

Os primeiros povos a preocuparem-se com o número foram os babilónicos. Em registos que datam do ano de 1900 a.C. aparece o primeiro valor aproximado de : 3,125, apro-ximação apenas com uma casa decimal correta.

Curiosidades sobre mim

Albert Einstein nasceu no dia

do , dia 14 de Março de 1879.

Hiroyuki Goto estabeleceu um novo recorde mundial em 1995, ao recitar de cor as primeiras

42000 casas decimais de . Gas-tou pouco mais de 9 horas.

Não aparecem zeros nos primeiros

31 dígitos de .

A fracção é usada frequentemente como apro-

ximação para o .

A fracção é uma excelente aproximação para o

valor de .

Em Abril de 1995, a agência Reu-ter noticiou que um rapaz chinês de doze anos de idade, Zhang Zhuo, recitou de memória o valor

de até 4000 casas decimais. Aparentemente, terá demorado apenas cerca de vinte e cinco minutos.

His

tóri

a

• Página 12 JORNALESAS

C lassificado como o período mais negro da história da

humanidade, o Holocausto Nazi foi responsável pela morte de quase 20 milhões de pessoas, entre as quais 6 milhões de judeus. Esta perseguição desumana às raças ditas “inferiores” por parte do povo alemão, chefiado por Adolf Hitler, mudou o mundo,

deixando para trás feridas que ainda hoje se sentem e não são capazes de sarar. Um episódio como este não deve cair no esquecimento, devendo sim ser relembrado, para que atrocidades como as que se passaram não voltem a ser cometidas. Cabe a cada um de nós, enquanto cidadãos e seres huma-nos, refletir sobre um passado não

muito distante, para podermos apren-der com os erros e deixar às futuras gerações a prova de que fomos uma sociedade diferente, mais justa e igual.

Texto de João Barbosa do 11ºG

Holocausto Texto de Paulo Miranda do 11ºG

O Holocausto ficará conhecido na História como um dos episódios mais marcantes e chocantes

ocorridos até aos dias de hoje. Consistiu no genocídio da raça judaica, isto é, na perseguição e no extermínio por parte dos alemães de milhões de judeus, de uma forma fria, cruel e insensível. O Holocausto demonstra a capacidade que o Homem pode ter, quando quer, de ser terrivelmente maligno, ignorando todos os valores que conduziram e criaram a Humanidade. Como foi possível que ninguém tivesse feito nada para acabar com esta atrocidade ou, pelo menos, para tentar atenuá-la? De certa forma, é possível determinarmos o seu porquê,

mas só de acordo com os factos da época, que tiveram como consequência os ideais cruéis e desumanos forma-dos pelo povo alemão em relação ao povo judeu. De qualquer forma, nenhum motivo, por mais grave que seja, justifica, de modo algum, o comportamento humi-lhante de que foram alvos milhões de judeus. Se nos debruçarmos bem sobre o tema do Holocausto, apercebemo-nos de que o responsável por este cruel acontecimento foi somente o Ser Humano, pois foi ele que provocou o sofrimento e a dor entre a própria espécie e que deteriorou a própria Humanidade. Em suma, o Holocausto foi um violento acontecimento que marcou e irá marcar para sempre o período menos gratificante da vida do ser humano, e tudo isto por uma mera questão de convicção na superioridade de umas raças em relação a outras!

Histó

ria

Página 13 • M A R Ç O 2 0 1 2 I N Ú M E R O X X X I I

A palavra “Holocausto” é frequentemente ouvida quando se fala do regime nazi. A perseguição e o

extermínio sistemático, apoiado pelo governo nazi, de diver-sos grupos de diferentes raças, crenças e escolhas, é o signi-ficado moderno do Holocausto. Cerca de seis milhões de judeus, sete milhões de polacos, seis milhões de eslavos, duzentos mil ciganos, vinte cinco mil homossexuais, cinquenta mil testemunhas de Jeová e trezen-tos mil doentes mentais e deficientes foram vítimas dos nazis por este julgarem que a raça ariana era superior e con-siderarem as pessoas que não estavam nos parâmetros des-ta uma ameaça à “raça superior”. Os alemães queriam aniquilar a elite intelectual polaca, judia e não judia, bem como levar cidadãos polacos e soviéticos para trabalho forçado na Alemanha e na Polónia ocupada pelos nazis. Aí trabalhavam como escravos e, muitas vezes ,morriam sob condições desumanas. No início do regime nazi o governo de Hitler criou campos de concentração para deter seus opositores políticos e ideológi-cos. Nos anos que antecederam a Guerra, as SS e a GESTAPO prenderam um elevado número de judeus, ciganos, e outras vítimas do seu ódio étnico e racial, naqueles campos. Para concentrar, controlar e facilitar a expatriação futura da

população judaica, os alemães e seus colaboradores, antes e durante a 2ª Grande Guerra Mundial, criaram guetos, cam-pos de transição e campos de trabalho escravo para judeus. Nos meses que antecederam o final da Guerra, os guardas das SS transferiram os prisioneiros dos campos em com-boios, ou em marchas forçadas conhecidas como "marchas da morte", para evitar que os Aliados os libertassem e assim “salvar a raça superior”. Os crimes cometidos durante o Holocausto devastaram a maioria das comunidades judaicas na Europa, eliminando totalmente centenas destas comunidades centenárias. Os nazis perseguiram, obrigaram a fazer trabalhos forçados, destruíram e mataram dezenas de comunidades. Tudo para satisfazer o desejo de um homem que abusou do poder e que julgou ser mais do que os outros. Ninguém tem o direito de fazer o que os Alemães fizeram, ninguém deveria sofrer atos tão desumanos e cruéis como sofreram todas as vítimas dos nazis. Não devemos apagar da nossa memória este episódio da história para que possamos evitar que mais alguém seja vítima de algo tão cobarde, de algo tão desrespeitoso, de algo tão desumano!

“Para que a memória nunca se apague” Texto de Inês Alves do 11ºG

“ Morte”, “fome”, “miséria”, “destruição”, “extermínio”, “mas-

sacre”, “guerra”, etc. Tudo isto são pala-vras que associamos ao ouvirmos falar em Holocausto. Com certeza não pode-mos esquecer o que foi e temos obriga-ção de não deixar que se esqueçam todas as atrocidades cometidas. “Inimaginável” é o adjetivo que melhor as descreve - são de facto aterrorizado-ras, mas, apesar de tudo, devemos ter

em conta os aspetos positivos que podem derivar de tais terrores. Gosto de pensar que todo o sofrimento causado pela 2ª Guerra Mundial não foi em vão. Penso que esse sofrimento está na base de muitas organizações interna-cionais promotoras de paz. A mentalida-de mudou drasticamente após a 2ª Guerra Mundial, tornando a solidarieda-de e o respeito pelos outros um assunto de forte preocupação em todos os paí-ses do mundo.

Todos os dias, diferenças entre países, raças e culturas de todo o mundo se vão dissipando e cada vez mais nos aproxi-mamos de um mundo onde todos somos livres, todos vivemos em paz e todos nos respeitamos. Mas é necessá-rio o esforço de todos e a crença de que esse mundo é possível para que tal aconteça.

Texto de José João do 11ºG

Dachau (Alemanha) Transporte de corpos para as valas comuns

Auschwitz (Polónia) Campo de morte

Página 14 • Página 14 • Página 14 • Página 14 • Página 14 • • Página 14 •Página 14 JORNALESAS

A exposição já estava pensada há algum tempo devido à leitura da realidade dos nossos dias

que permite e à sensibilidade geográfica que deixa transparecer nas situações que seleciona e na forma como as aborda. Através da APG (Associação de Professores de Geogra-fia), foi efetuado o contacto e cedidos os materiais que estiveram expostos entre 17 e 20 de Janeiro. Durante esses dias os alunos da ESAS puderam divertir-se com os bonecos humorísticos criados por Luís Afonso e fazer a sua leitura das situações caricaturadas. As aulas de Geografia foram o espaço para uma análise mais detalhada dos 47 desenhos em exposição.

E

xposi

ção

Exposição de Cartoons de Luís Afonso Geocidadanias

Profªs de Geografia

O humor gráfico pretende não só fazer o público rir mas também levá-lo à reflexão sobre diversas questões políticas e sociais

Pequena nota biográfica do cartoonista

L uís Afonso nasceu em Aljustrel e vive atualmente em Serpa. É um dos mais conceituados cartoonistas

portugueses e assume que o que pretende com o seu trabalho é "pôr o leitor a pensar". Licenciado em Geografia, colabora com o jornais "Público", "A Bola" e "Jornal de Negócios" e com a revista "Sábado". Faz do cartoon a sua vida e vê o humor gráfico como uma forma de crítica social que, apesar de se afas-tar do jornalismo em vários pontos, também caminha, por vezes, no mesmo sentido. "O meu caminho para fazer um cartoon é o mesmo que o de um jornalista para escrever uma notícia: procuro os factos, confronto as várias versões, tento perceber as fontes", explica Luís Afonso, assumindo como ponto de

afastamento a liberdade de crítica e de opinião. http://jpn.icicom.up.pt/2011/05/30/

cartoon_o_desenho_como_veiculo_de_opiniao_e_informacao.html

Geogra

fia

M A R Ç O 2 0 1 2 I N Ú M E R O X X X I I Página 15•

O Mar Morto é um grande lago, com 82 kms de compri-

mento e 18 kms de largura, situado entre Israel, a Palestina e a Jordânia, a cerca de 400 metros abaixo do nível do mar. É alimentado pelas águas do rio Jordão e é o ponto mais baixo do planeta Terra, em área continental. A característica mais marcante deste

lago é a alta concentração de sal, cerca de 300 gramas de sais para cada litro de água, quando a quanti-dade considerada normal para os oceanos é de 30 gramas por litro. A densidade das suas águas é tão alta que um corpo humano pode flutuar nelas. Esta característica impossibilita o desenvolvimento de peixes ou qual-quer outra forma de vida. Os peixes, que chegam pelo rio Jordão, morrem instantaneamente. Por isso, é chama-do de Mar Morto. Apesar de a vida não ser possível

nessas condições, a fama das águas do Mar Morto é mundial, dadas as características terapêuticas dos seus 21 minerais, 12 dos quais não são encontrados em nenhum outro lugar. A lama negra é aplicada no corpo para limpeza da pele e melhoria da circulação sanguínea e da função respiratória. Há quem diga que o Mar Morto está

a secar e que irá desaparecer nas próximas décadas, pois o contributo de água doce vê-se reduzido pela grande evaporação que se produz nesta zona quente e desértica e pelos diferentes aproveitamentos das águas do rio Jordão.

Mar Morto? Porquê?

Alunos do 12ºH

PU

BLI

CID

AD

E

Ilustração de Teresa Viegas (profª) para LdC

Soluções na próxima edição do JornalESAS

• Página 16 JORNALESAS

Jornalesas – Quais as razões que vos levaram a concorrer à Associa-ção de Estudantes? Associação de Estudantes – Nós quisemos candidatar-nos à Associa-ção de Estudantes por diversos motivos. Já nos conhecíamos e todos tínhamos ideias e projetos em comum para serem desenvolvidos numa associação de estudantes. E também queríamos, de certa for-ma, propor uma alternativa ao papel que normalmente é associado a uma associação, o de uma mera comissão de festas. Nós não esque-cemos as festas, achamos que são “superimportantes”! Mas há outras coisas que todos nós pretendemos desenvolver ao longo do ano dentro de uma associação. E pelo que nós tínhamos visto desde que andamos cá na escola, nas várias associações que passaram, também queríamos fazer parte disso e mudar, pôr um pouco de nós, e contribuir para a comunidade estudantil, para os nossos amigos e colegas.

JE – Como é que se organizaram em termos de estrutura da Associa-ção de Estudantes? A.E – Pretendíamos tentar alargar a Associação ao máximo de alunos e membros, que não fossem todos da mesma turma, que fossem de várias turmas de várias áreas e de diferentes anos. Isto porque é importante a visão de cada ano e de cada grupo de amigos. Depois organizámo-nos como está previsto, em três grupos: a Direção, a Assembleia Geral e o Conselho Fiscal, que é o que está estipulado nos estatutos e como todas as associações se têm de organizar. Depois, em termos de membros, era indiferente: nós, todos em conjunto, decidimos quem é que achávamos melhor para cada cargo, quem tinha mais aptidões ou até quem estava mais interessado.

JE – Cada membro tem uma função específica ou trabalham todos em conjunto? A.E – Nós procuramos trabalhar todos em conjunto, mas, para um bom funcionamento, há sempre tarefas que são delegadas. Oficial-mente, somos 15. Mas, felizmente, temos um grupo mais alargado de pessoas que estão interessadas e que, apesar de não poderem estar presentes oficialmente, nos ajudam a realizar diversas tarefas. E, claro, depois temos uma especialização: o Conselho Fiscal trata das contas, apresentam os relatórios mensais e periódicos do que se tem gasto, tudo discriminado. Outros redigem as atas das reuniões que vamos tendo.

JE – Quais as principais ações que já realizaram? A.E - Temos estado a organizar a viagem de finalista de 12º ano. Tam-

bém estamos a começar a tratar do baile de finalistas, que é uma coisa que já não acontecia há alguns e que nós achamos que é muito importante e interessante para os alunos. Estamos ainda a organizar a viagem de finalistas de 9º ano. Começámos com ciclos de cinema desde o 1º período, que se realizam às quartas-feiras no auditório. Também estamos a organizar os torneios inter-turmas de futebol, basquetebol, voleibol, badminton e ping-pong, que se vão prolongar até ao terceiro período. Todos os meses tentamos divulgar uma per-sonalidade, escolhida aqui em reunião, uma iniciativa que se destina a quem quiser saber mais. Também recolhemos tampas de plástico em colaboração com os funcionários. Estamos a desenvolver o proje-to da rádio, embora com certas dificuldades. Tentámos fazer uma ligação para colocarmos colunas na cantina de forma a partir daqui, da Associação, conseguirmos pôr música nos intervalos. No primeiro período, recolhemos assinaturas e realizámos uma ação à porta da escola contra o fim do passe escolar, pois consideramos que a Associação não serve só para momentos de cultura e de lazer mas também para defender os direitos dos estudantes. Nós vimos que o passe nos ia ser retirado – aliás, já foi – e tentámos, de certa forma, demonstrar a posição da Associação de Estudantes, que, à partida, representa todos os alunos – é esse o seu trabalho – e demonstrar que estávamos contra essa medida, porque o passe é uma ferramenta importantíssima para virmos para a escola. Assim, demonstrámos o nosso apoio aos estudantes. Para além do que foi dito, ainda queremos alterar os estatutos da Associação, porque pensamos que alguns são inconstitucionais e achamos por bem alterá-los. Para isso, vamos ter de convocar uma assembleia geral de alunos, que será feita este período ou no próxi-mo, em que todos os alunos darão a sua opinião, nomeadamente sobre o nosso trabalho. Os estatutos terão de ser aprovados para posteriores associações e listas que a candidatar-se regerem-se por eles e ser ágil a sua candidatura. Para já são os projetos que temos.

JE – Que medidas ainda pretendem pôr em prática? A.E – Para além da mudança dos estatutos que acabamos de referir, também estamos a pôr em prática um processo de legalização fiscal, para podermos ter uma conta bancária em nome da Associação, tor-nando todo o trabalho mais fácil. Vamos tentar arranjar disponibilida-de para realizar mais workshops no próximo período e comemorar dias festivos. Já assinalámos o dia dos namorados, mas no próximo período há o 25 de abril e outros dias importantes que queremos assinalar.

Entrevista à AE Entrevista realizada por Leandro Berenguer (12ºB) e Joana Beleza (12ºE)

Atrás: Luís Almeida (12ºE), Tiago Monforte (11ºI), Gustavo Fonseca (12ºE), João Bruno (10ºC), José Chen (12ºB), Pedro Bernardo (12ºA) À frente: Ana Oliveira (12ºB), Bárbara Teixeira (12ºB), Francisca Silva (12ºB) - Presidente, Núria Fonseca (12ºB), Pedro Cerqueira (12ºA)

Carta

aos a

tuais a

lunos

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Solna, 10 de janeiro de 2012

A os atuais alunos da Escola Secundária Aurélia de Sousa:

Pediu-me a professora Fátima Candeias que escrevesse um texto com as coisas que eu gostava de dizer aos estudantes da ESAS. Pensei eu que seria fácil e o que o faria num piscar de olhos. Mas só me fez refletir ainda mais e senti-me afun-dada na montanha de pensamentos que me acompanha desde os dias de preparação da minha recente mudança para a Suécia. De qualquer forma, fazendo hoje uma sema-na desde que deixei ficar na biblioteca o livro onde consta o conto de Natal inventado por mim em 2003, achei que não deveria adiar mais e então comecei finalmente a colocar estas minhas reflexões por escrito, fazendo-o ao som da música portuguesa que eu costumava ouvir nos meus anos de aluna do ensino secundário: «Boss AC». O tempo que corre desde o 10º ao 12º ano de escolaridade é um período de decisões. E embora não pareça no momen-to que seremos capazes de influenciar o resto da nossa vida através de uma pequena escolha que pode ser feita em segundos, acreditem que uma grande parte das oportunida-des que nos poderão surgir no futuro, seja em termos pro-fissionais ou pessoais, irá depender das pequenas decisões que tomamos ao longo da nossa existência e do modo como vivemos com as suas consequências. Vou contar-vos um pouco da minha biografia para que consigam entender o meu percurso antes, durante e depois de ter estudado na ESAS desde setembro de 2002 até agosto de 2005, quando finalmente tive acesso ao certificado de habilitações e fiz a candidatura ao ensino superior, onde pus Sociologia à frente de Jornalismo. Nasci no Rio de Janeiro, terra de chocantes contrastes sociais e económicos. Vim para o Porto a três semanas de completar cinco anos de idade e portanto toda a minha vida escolar foi passada em Portugal, durante vinte anos, desde a

escola primária até à frequência das aulas de dois mestrados nas Faculdades de Economia e de Medicina da Universidade do Porto. Forcei-me a perder o sotaque brasileiro pois fui alvo de discriminação em todas as escolas por onde passei e achei que se pelo menos conseguisse falar muito bem portu-guês deixaria de me sentir tão diferente dos restantes cole-gas. Fiz tudo o que podia durante os meus anos de estudan-te para ser das melhores alunas na turma e criar condições de vida que me impedissem de ter a stressante vida da minha mãe no futuro. Hoje, já depois de concluída a minha licenciatura em Sociologia, ao fim de quase dez anos de experiência profissional, porque comecei a trabalhar aos 16 anos, de maneira a adquirir mais do que aquilo que a minha mãe sozinha me podia dar, pondero bastante nas decisões que fui tomando ao longo da minha existência. Provavel-mente, se pudesse voltar atrás no tempo, sem saber o que hoje eu sei, teria tomado mais uma vez exatamente as mes-mas decisões, por terem sido o fruto das circunstâncias naquele momento. Sobretudo depois destas férias de Natal, depois dos meus primeiros três meses na capital da Escandinávia, completa-mente só num apartamento junto ao maior cemitério que eu já vi, depois das imensas saudades que não foram mata-das, depois de rever o meu namorado por breves instantes, depois de saber quão doentes estão a minha mãe, a minha cadelinha e a minha gata, depois de ouvir novamente a voz dos meus familiares que não vejo desde 2007, depois de reencontrar amigos de longa data apenas durante alguns escassos minutos, só tenho isto a dizer-vos: “Valorizem a família, os amigos e sejam felizes! O dinheiro não traz felici-dade.”

Carta aos alunos da ESAS Michelle F. Silva, Ex– aluna da ESAS e estagiária no “Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças”

O tempo que corre desde o 10º ao 12º ano de esco-laridade é um período de decisões.

Fotografia de António Carvalhal (profº)

Jambo Texto e foto de Filipa Miranda do 11ºA

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N os dias 14, 15 e 16 de outubro de 2011, o Agrupamento 391- Stº

António das Antas acolheu mais uma edi-ção do Jota-Joti. Este ano com o tema "Paz, Ambiente e Desastres Naturais", o Jota-Joti foi, mais uma vez, uma grandiosa atividade neste Agrupamento por onde, nestes dias, passaram mais de 800 escutei-ros. A atividade iniciou-se por volta das 20h de sexta-feira, dia 14, com o jantar. Seguiu-se uma oração com Taizé para que Deus esti-vesse (ainda) mais presente nesta festa escutista. No final desta oração, acompa-nhada por uma fantástica orquestra, os artistas do Círculo de Fogo animaram a noite antes da oficial abertura do Jota-Joti 2011. Por esta altura, já dezenas (se não centenas) de escuteiros estavam presen-tes no recinto da sede do 391. Entre estas dezenas, encontravam-se dois escuteiros da Alemanha e um escuteiro de Beja, pro-vando que a fraternidade escutista vai além fronteiras. Às 00h de dia 15, sábado, iniciou-se oficialmente o Jamboree 2011. Por esta altura, um grande número de escuteiros começava as suas comunica-ções através do rádio e da Internet com escuteiros de outras partes do mundo. No 391 Antas, a abertura até teve direito a fogo de artifício. O convívio prolongou-se noite dentro com a ajuda dos maravilho-sos crepes do Bar Jota-Joti. Sábado, 8h, uma alvorada divertida para condizer com o estado de espírito de todos os escuteiros que lá tinham passado a noite. Um grande dia se avizinhava, começando com Jogo de Cidade que pro-metia ensinar muito sobre o tema do Jota-Joti. Como nem todos os escuteiros que se encontravam na atividade eram do Porto, o Jogo de Cidade deu-lhes oportunidade de ficarem a conhecer alguns locais que

ficavam perto da sede do Agrupamento, tal como a Alameda do Dragão e a Praça das Flores. Com os escuteiros dos vários agrupamentos divididos por equipas mis-tas e com postos divertidos e interessan-tes, tal como imitar animais, fazer recicla-gem ou aplicar técnicas de socorrismo, o Jogo de Cidade prometia ser fantástico. E viu-se bem pelas caras dos participantes quando chegaram à sede para dar os Gri-tos e mandar uma mensagem para promo-ver a Paz pelo Rádio! Respirava-se escutis-mo! Durante a tarde de sábado, o recinto encheu com caras sorridentes. Existiam várias atividades relacionadas com o tema que podiam ser realizadas por quem parti-cipasse, como, por exemplo, parede de escalada, workshops sobre aves, work-shops de origamis, e uma novidade, um touro mecânico. Os escuteiros estavam em êxtase com o novo divertimento que lhes permitiu “ter boa disposição de espíri-to”, tal como diz o 8º artigo da Lei do Escu-ta. Entretanto, viam-se caras pintadas pelas artistas das Pinturas Faciais. Mas, às 16h, tudo parou. Ouviu-se música e viu-se duas caminheiras a tentar desimpedir o espaço. “O que é que se está a passar?” – interrogavam-se as pessoas. Entretanto, alguns elementos do 391 invadiram esse espaço e começaram a dançar ao som de “What a feeling”, de Irene Cara. Rapida-mente, outros se juntaram e imitaram os passos de dança! Um flash mob tomava lugar na sede do 391 para, com os lenços no ar, tentar passar a imagem da Paz atra-vés da dança e do Escutismo. Foi, sem dúvida, um dos pontos altos do Jamboree. Uma das atracões principais deste Jambo-ree foi a atuação da banda de música escu-tista “Maresia”. Originais da Nazaré, estes escuteiros começaram o seu percurso musical no Festival Escutista de Música

nas Antas, em 2001. Durante 1h de con-certo, animaram com músicas como “Ergue-te ao Sol”, “Pegadas na Areia”, “Festa da Música” e “Ser Feliz”. As suas vozes e técnica musical, aliadas às letras das músicas que tanto inspiram, fizeram arrepiar os mais sensíveis! Um momento para recordar! Como o tempo passa a correr, estava já na hora de jantar, para a seguir ter lugar o ponto mais alto do Jamboree: o Fogo de Conselho, local de reflexão e de, ao mes-mo tempo, muita diversão. Chegou a tão esperada altura de reunião à volta da fogueira, onde se cantou, se representou, se jogou, se riu e se sentiu mais uma vez o poder inexplicável do Escutismo! Estive-ram presentes mais de 20 agrupamentos neste Fogo de Conselho, bem como Guias do Agrupamento Cristo Rei e Antigos Escu-teiros e Antigas Guias do Agrupamento 391 Stº António das Antas. No domingo, depois da Eucaristia, uma manhã de jogos colocou mais sorrisos na cara dos escuteiros que lá estavam. À hora de almoço, foi hora de dançar com a músi-ca que foi proporcionada, para depois, durante a tarde, se assistir a um filme. No final da sessão de cinema, aconteceu a já tradicional largada de balões. Estes leva-ram consigo origamis com mensagens de Paz construídos no workshop de sábado à tarde. A atividade encerrou com a repeti-ção do flash mob, para relembrar mais uma vez, a força do Escutismo no Mundo. Sem dúvida que, com o que aprendemos neste tipo de atividades, mas em especial num Jota-Joti com o tema "Paz, Ambiente e Desastres Naturais" aliado ao Escutismo em si, é mais do que suficiente para “deixarmos o mundo um pouco melhor do que o encontramos” como disse B.P. !

JORNALESAS

Visita

de e

studo

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N o passado dia 13 de fevereiro de 2012, os alunos das turmas de Economia da Escola Secundária/3

Aurélia de Sousa foram visitar a empresa Atlantis – Vista Alegre, localizada em Alcobaça. A empresa dispõe de duas unidades de fabrico, uma de cristal e outra de vidro. Face a isto, é importante dizer que a composição do cristal é diferente da do vidro, sendo que o primeiro apresenta mais chumbo, conferindo-lhe mais bri-lho e cor. O fabrico deste material passa por diversas fases, como, por exemplo, o sopro, o cozimento, a lapidação, a pintura manual. As matérias-primas utilizadas têm uma grande pureza, fundamental para conseguir um produto final limpo e de grande brilho; elementos distintivos da marca Cristal Atlantis. Seguidamente, fomos encaminhados para a fábrica, onde foi possível um contacto mais direto com o processo produ-tivo em si. Nesta fase, pudemos observar algumas partes do mesmo. A elevada temperatura que atinge a massa em fusão (1450oC) permite eliminar o dióxido de carbono, o azoto e o vapor de água que a mistura contém. Na saída, a massa de vidro está afinada e a temperatura atinge aqui 1000oC, ideal para dar início à moldação das peças de cris-tal. Importante realçar que a fabricação das peças Atlantis começa no corte da gota de vidro. Após tirar o “tarolo” do molde da máquina com a cana de vidreiro, o vidro é reaque-cido em pequenos fornos designados por “cornuas”. Esta operação tem o nome de “caldear”. O vidro caldeado fica muito quente e pode ser, então, moldado. Segue-se a pri-meira moldação com ferramenta adequada onde a peça ganha forma. As peças grandes voltam a ser reaquecidas. São moldadas em molde de ferro, caso sejam peças com arestas, ou em molde de alumínio se forem redondas. Na fabricação de cálices, tem ainda de ser colocado o pé, esta operação tem o nome de “marisar”. O vidro é retirado de uma abertura lateral do forno chamada “bacia de colha” que é colocada no bojo do cálice para fazer o pé. A guia

advertiu-nos para o facto de os produtos finais, depois de lapidados, pintados e medidos, se tiverem defeito, são ven-didos nos outlets. Para estes pontos de venda, são ainda escoados produtos que, apesar de não apresentarem defei-tos, ficam em armazém durante algum tempo, os chamados “descontinuados”. Por último, dirigimo-nos ao Museu. Nesse espaço, tivemos oportunidade de recolher novas informações e observar peças únicas fabricadas pela empresa. Aqui ficámos a saber que a produção das peças é manual, sendo executada por grupos de onze pessoas especializadas, designados por “obragens”. A aprendizagem é contínua e requer muitos anos de constante aperfeiçoamento. Cada elemento da obragem contribui com o seu esforço e saber para produzir em cada dia peças únicas de grande valor e beleza. É rele-vante apontar um pouco da história da Atlantis (inicialmente, Crisal) fundada em 1944 em Alcobaça, com oitenta operários. Em 2001, a Atlantis fundiu-se com a Vista Alegre. Este pro-cesso de fusão permitiu otimizar os recursos logísticos, de distribuição e de gestão e criar sinergias nas plataformas de distribuição e retalho. Atualmente, a Atlantis é marca líder no mercado nacional e exporta para cerca de 30 países. Possui 17 lojas próprias, em Portugal, e 3 no estrangeiro (Luanda, Maputo e Macau) e é possível encontrar peças Atlantis em mais de 3000 pon-tos de venda em todo o mundo. Para concluir, e dado a empresa ser bastante intensiva em mão-de-obra, foi possível identificar que deve apostar numa melhoria das condições de trabalho, passando a valo-rizar mais a segurança dos seus trabalhadores. Por um lado, para que estes aumentem os seus níveis de produtividade; por outro, para que a imagem de renome dos seus produ-tos coincida com as condições de laboração.

Uma visita de “cristal” Texto de Ana Castro, João Iglésias , João Sousa, Rafaela Santana e Vítor Pedro do 12ºF

Alunos da turma F do 12ºano

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O edifício onde se encontra instalado o Centro Por-tuguês de Fotografia, também conhecido como

Cadeia da Relação, começou a ser construído em 1767, com projeto do arquiteto da Lisboa pombalina Eugénio dos Santos e Carvalho. A construção, que durou quase trinta anos, veio a alojar o Tribunal e a Cadeia da Relação. A área disponível da edificação, detentora de uma curiosa planta trapezoidal, foi repartida de forma quase equitativa entre Tribunal e Cadeia, sendo que as instalações do Tribunal foram alvo de cuidados acabamentos, ainda hoje visíveis em diversos pormenores construtivos. Foi a este edifício que, no passado dia 9 de Fevereiro, nos deslocámos numa visita de estudo organizada pela profes-sora Ana Amaro. Esta saída enquadrou-se no âmbito da disciplina de Literatura Portuguesa, mais especificamente do estudo da obra Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco, para os alunos de Humanidades. Para nós, 11º J,

do curso de Artes Visuais, a deslocação deveu-se ao inte-resse pela arquitetura do espaço visitado, no que fomos acompanhados pela professora de Desenho, Hercília Gon-çalves, para que pudéssemos desenvolver o desenho arqui-tetónico ao longo das partes visitadas do edifício. Enquanto turma, considerámos a visita interessante e enri-quecedora, tanto a nível cultural como arquitetónico, pois permitiu-nos entrar em contacto com um espaço de outra época e alargar o nosso conhecimento relativamente aos acontecimentos ali ocorridos. Quanto às exposições, entendemos que são muito pertinentes, tanto nas temáti-cas como no tratamento fotográfico das mesmas, ambos bastante curiosos. Sobre a coleção permanente de máqui-nas fotográficas, podemos verificar a sua evolução desde os primórdios até à atualidade. Concluindo, esta foi uma experiência a repetir e aconselhada a todos os que se inte-ressem pelas artes, fotografia e tenham vontade de apren-der!

Desenhando na Cadeia da Relação Texto de Sara Vieira do 11ºJ - Desenhos de Manuel Delgado do 11º J

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Campanha Tampinhas

Texto de Inês Ferreira do 12ºG

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U ma…Duas…Três tampinhas: um projeto de solidariedade social que tem por objetivo realizar a recolha de tampas de plásti-

co. Posteriormente, estas serão enviadas para empresas de reciclagem. Este projeto tem sido apoiado por todos os alunos, professores e funcioná-rios desta escola e chama-se CAMPANHA TAMPINHAS! No futuro, as tampas recolhidas na ESAS serão trocadas por ajudas técni-cas (cadeiras de rodas, camas articuladas...). Estas serão oferecidas a quem está aprisionado num corpo para que lhe possibilitem maior qualidade de vida. A campanha teve origem na Associação de Estudantes da escola e rapida-mente alastrou a toda comunidade escolar. No átrio de entrada encontra-se uma caixa de cartão onde devem ser colocadas todas as tampas que recolheres. Podes depositar vários tipos de tampas de plástico - sumos, refrigerantes, águas engarrafadas, garrafas de óleo, champô, detergentes e outras. Lembra-te que um pequeno gesto pode fazer a diferença: junta as tampas em tua casa, cafés, restaurantes; guarda as tampas do teu iogurte, da tua garrafa de água, do teu batom e deposita-as na caixa de cartão. Depois de juntarmos uma tonelada de tampas de plástico, por magia, este nosso gesto vai transformar-se num bem para quem mais necessita. Quatro…Cinco…Seis…Tampinhas.

A agência Pinto Lopes Viagens, com a qual foi realizada uma visita de estudo a Itália, no ano letivo anterior, promoveu um concurso de

fotografia, aberto a todos os clientes. A aluna Mafalda Freitas, atualmente no 12º B, concorreu e ganhou uma menção honrosa com uma fotografia tirada em Roma. O prémio foi entregue por Gonçalo Cadilhe, que presidiu ao concurso, no dia 29 de janeiro, no Coliseu do Porto.

Prémio de fotografia

Texto de Inês Ferreira do 12ºG

JE—A par do insuficiente número de pais que pertencem à Associação de Pais, quais as prin-cipais dificuldades sentidas até ao momento? O principal problema reside mesmo no desinte-resse dos pais pela APESAS. No entanto, cada vez mais têm chegado até nós problemas de ordem económica. O número de alunos caren-ciados tem vindo a aumentar. Somos frequen-temente contactados por pais que não têm possibilidade de comprar, por exemplo, senhas para o almoço dos seus filhos. Esta falta de possibilidades económicas vai-se refletir no aproveitamento escolar, no modo de vida e nas atitudes dos jovens (muitas vezes é esta carên-cia que os torna agressivos, mais desinteressa-dos, etc.).

JornalEsas - Em relação ao projeto educativo da escola, gostaria de fazer alguma observa-ção? A escola tem um corpo docente fascinante e isso deixa-nos tranquilos e confiantes. São pro-fessores interessados, atentos aos alunos e muito motivados, qualidades que não são observáveis na grande maioria das escolas por-tuguesas.

JornalEsas - Gostaria de deixar algum comen-tário aos encarregados de educação, aos docentes, à direção…? Gostava apenas de pedir aos encarregados de educação que fossem mais participativos. Por-que, efetivamente, uma coisa são 120 pais a falar, outra, totalmente diferente, são 1200! Era para mim extraordinário, mesmo sabendo que é uma utopia, que todos os encarregados de educação pertencessem à APESAS. E isto seria ótimo também pelo exemplo que transmi-tiam aos educandos. Gostava ainda de dizer que a APESAS se deve a duas pessoas que já não pertencem à Associação: a Dr.ª Alexandra Azevedo e a Dr.ª Adelaide Veludo. É graças a elas que este projeto é possível.

Continuação da página 3

APESAS

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Fotografia premiada de Mafalda Freitas do 12ºB

• Página 22 JORNALESAS

A astrologia chinesa parece-nos ser, hoje em dia, algo de misterioso e fascinante.

Os chineses atribuíam os fenómenos naturais aos elementos celestes: as manchas solares e o modo como elas se apresenta-vam garantiam o sucesso da agricultura; as secas e as cheias eram causadas pelos corpos celestes, consoante a sua disposi-ção. Aos planetas eram atribuídos elementos da natureza e dife-rentes direções: Júpiter significava a madeira e o leste; Marte representava o fogo e o sul; Saturno era o símbolo da terra e do que está no centro; Vénus simbolizava o metal e o oeste; por fim, Mercúrio, representam a água e o norte. Por outro lado, o zodíaco chinês é outra parte da astrologia que as pessoas admiram. O calendário lunar é caracterizado por ciclos complexos de 60 anos, divididos ainda por cinco subciclos de doze anos, um por cada animal que apareceu na despedida

do Buda (festa do Ano Novo), segundo a lenda. Nessa festa, Buda decidiu recompensar esses animais, atribuindo um ano chinês a cada um deles, pela ordem por que tinham chegado: Rato, Búfalo, Tigre, Coelho, Dragão, Serpente, Cavalo, Cabra, Macaco, Galo, Cão e Porco. Um antigo texto budista descreve a tarefa árdua dos animais: estes juraram solenemente perante os budas que um dos ani-mais da espécie estará, dia e noite, a pregar e a converter pelo mundo o respetivo signo, enquanto os outros onze praticam o bem em silêncio. O Rato inicia a jornada no primeiro dia da séti-ma Lua, procurando persuadir as pessoas de signo Rato a prati-carem boas ações e a corrigirem os seus defeitos e temperamen-tos. Os outros animais fazem o mesmo nos outros dias, havendo um recomeço desta tarefa no 13º dia. Assim, graças ao trabalho constante dos 12 animais, os budas garantem uma certa ordem e equilíbrio no universo.

Signos do zodíaco chinês Texto de José Chen do 12º B

O calendário lunar chinês foi um dos primeiros que a Humanidade criou para se localizar no tempo. Nele constam os 12 signos do zodíaco chinês: um para cada ano chinês. Conta a lenda que a sua atribuição se deve à ordem de che-gada dos animais a uma festa que Buda organizou, à qual só apareceram doze de todos os convidados.

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O signo chinês sob o qual cada um nasce tem uma grande influência nas suas vidas, levando alguns a acreditar que possuem, dentro de si, a essência do animal sob o qual nasceram. Cada signo está associado à data de nascimento da pessoa que o detém, herdando determinadas características específicas de cada animal. Para além disso, a hora a que a pessoa nasce está associada a um signo específico, podendo alguém de um signo herdar atributos de outro. Há, assim, dois dados no zodíaco chinês que definem uma pessoa: a data de nascimento – determina o signo lunar e a polaridade (Yin/Yang) do mesmo – ( a nossa natureza e predis-posição de características); horário de nasci-mento – determina o signo ascendente, ou seja, as características mais evidentes. Os anos acima indicados são os do calendário ocidental; o signo está associado a uma pessoa que nasce entre janeiro/fevereiro do ano indi-cado e os mesmos meses do ano seguinte, dado que o calendário chinês adota anos com 365,25 dias. Daí celebrarem um ano novo tar-dio. Assim, o ano em que estamos é o ano do Dra-gão. Em fevereiro de 1984, começou o 78º ciclo que terminará apenas em 2044.

No escalão “Professor”, classificou-se em primeiro lugar a docente Maria José Rocha, que apresentou a concurso criações poéticas sobre todos os temas propostos. Aqui fica o que escreveu sobre o tema “AMOR”: “Chuva que cai em Janeiro Cai com força, com o vento. Assim, meu amor primeiro, Cai por ti meu sentimento. A estrada que percorremos Pela nossa vida fora É caminho que fazemos Dia a dia, hora a hora. No cimo da tua escada Há um canteiro florido No meu peito uma pancada De um amor não consentido. À meia-noite o luar É frio como um degredo. Mesmo assim vou-te contar, Meu amor o meu segredo. Maria se fores à fonte Traz água fresquinha e pura, Pede à bilha que te conte O meu amor, minha loucura. Por amor se faz um filho, Por amor se amanha a terra, Semeia-se, por amor, o milho, Sem amor se faz a guerra.”

O 1º prémio do escalão “Alunos” foi entregue a Marta Huet, do 12º I. Tema: NATAL “Natal, Natal verdadeiro É brancura, é calor, É docinhos, é pinheiro. Oh! É amor, é amor!”

Parabéns às vencedoras!

Concurso de Quadras Populares Promovido pela Biblioteca/CRE, este concurso fez parte do ciclo de atividades associadas à Exposição “A Minha Pátria é a Língua Portuguesa”. A entrega de

prémios teve lugar dia 23 de janeiro, às 15 h, na Biblioteca/CRE.

• Página 24 JORNALESAS

Dia Internacional da Mulher

Lucia Natali - Estudante AFS do 12º H

O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, celebrou-se na esco-la Aurélia de Sousa. Infelizmente, ainda faz sentido comemo-

rar este dia para relembrar algumas assimetrias existentes na Europa, nomeadamente a nível da ocupação de cargos cimeiros da administra-ção quer empresarial quer governamental. Nem sempre os direitos humanos inquestionáveis da nossa sociedade ocidental são respeitados no feminino. Sendo uma data sempre celebrada nos países europeus, na ESAS, a celebração foi “italiana”. Em Itália festeja-se “La Festa della Donna” com mimosas, mimando as mulheres com as suas flores. Assim, à semelhança do que por lá se faz, distribuímos algumas flores de mimosa, que ornamentaram as lapelas de muitas das mulheres da nossa escola. De volta, tive-mos muitos sorrisos, que alegraram o ambiente desse dia.

Rita, Lucia Natali e Juliana

Film

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Músic

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J onathan Safran Foer (Elijah Wood), um jovem americano e judeu, voa até à Ucrânia na expec-

tativa de encontrar respostas para questões sobre o passado do seu avô. Leva consigo apenas uma foto e o nome de uma vila (Trachimbrod). Entretanto, con-trata os serviços da Odessa Heritage Tours, da qual fazem parte Alex Perchov (Eugene Hutz), um jovem ucraniano que fala inglês, e o seu avô (Boris Leskin). Os três, mais a cadela do avô de Alex, Sammy Davis Jr., viajam de Odessa até ao centro da Ucrânia na tentativa de encontrar a vila onde o avô de Jonathan vivia. Ao longo da viagem, Jonathan vai recolhendo elementos (como uma batata, terra, etc.) para não se esquecer, mais tarde, de coisas que acha importan-tes. Este é um filme que dá para rir e chorar. Para rir, com as interpretações de Alex e com as situações que evi-denciam o contraste entre culturas; para chorar, porque ao longo do filme apercebemo-nos de que ambas as famílias, a de Jonathan e a de Alex, são sobreviventes do Holocausto. Dirigido em 2005 por Liev Schreiber, este filme ganhou vários prémios, nomeadamente o de Melhor Filme Biográfico e o Lanterna Mágica Prize no Festival de Veneza.

“Está tudo Iluminado” Mafalda Freitas do 12ºB

E lizabeth Woolridge Grant é uma cantora norte-

americana conhecida pelo seu nome artístico,

Lana Del Rey. O seu género de música vai de indie pop

e rock até baroque pop e sadcore. Os singles de

estreia de Del Rey foram “Video Games” e “Blue

Jeans”, os quais atingiram grande sucesso comercial.

O seu álbum de estreia – “Born to Die” – lançado em

Janeiro deste ano, recebeu várias críticas positivas .

Lana cita como principais influências Elvis Presley,

Nina Simone, Leonard Cohen, Kurt Cobain, Bob Dylan,

entre outros.

LANA DEL REY Rita Fonseca do 12ºH

Pass

ate

mpos

O rdena as letras de cada coluna e obterás 8 profissões. Em algumas colunas há letras que não servem.

T O S O B E A F

O D E E O A I O

A I O I A D U T

P E C B D A A P

R C R O P G J I

I O I B E R M M

M U T R I M I O

N M R M R P Z L

Este desafio foi proposto pelo Nuno Gonçalo Fernandes, do 7º ano/turma A Soluções no próximo número do Jornalesas

Sopa de letras

• Página 26 JORNALESAS

Descobre a palavra

Desafio criado por Núcleo de estágio do mestrado em ensino da matemática no

3ºciclo do ensino básico e ensino secundário.para dia do Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

Soluções no próximo número do Jornalesas

Página 27 • M A R Ç O 2 0 1 2 I N Ú M E R O X X X I I

Patrícia Costa e Pedro Gomes do 12ºG

MULHER Nesta primavera/verão 2012 vamos encontrar uma variedade de tendências que vão marcar, sem dúvida, estas estações: os tons pastel, os padrões, as assime-trias, o branco total, cores néon e a conjugação branco/preto. Os tons pastel verificar-se-ão, principalmente, a nível dos tons rosa, azul, amarelo

e laranja; o estampado floral entra em junção com os tons pastel; as assimetrias

podem ser encontradas em vestidos, saias, blusas ou cardigans, onde se verifica o

modelo mais curto à frente e o mais comprido atrás.

HOMEM A coleção primavera/verão deste ano aposta em cores mais ousadas e variadas, cortes geo-

métricos e estampados.

Os jeans são sempre a peça essencial do guarda-roupa masculino, onde podem surgir em

diferentes tons bem como em textura, silhuetas e cores inovadoras. Cores como o verde,

vermelho, azul e amarelo irão acompanhar os looks masculinos. As riscas e o padrão xadrez

também terão destaque nestas estações. As camisas e camisolas com decote em V e arre-

dondado serão postos à prova em malhas finas conjugadas com o bege e o branco. Relativa-

mente ao calçado, os mocassins são a tendência.

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FICHA TÉCNICA

Coordenadores: Ana Amaro (Profª) António Catarino (Prof.) Julieta Viegas (Profª)

Equipa redatorial Ana Amaro (Profª) Inês Ferreira José Chen Juliana Silva Leandro Berenguer Mafalda Freitas Patrícia Costa Pedro Gomes Rita Fonseca

Repórteres Patrícia Costa Pedro Gomes Joana Beleza José Chen Juliana Silva Leandro Berenguer Mafalda Freitas Rita Fonseca

Equipa Comercial António Catarino (Prof.) Julieta Viegas (Profª)

Tratamento da Informação Ana Amaro (Profª) Julieta Viegas (Profª)

Paginação e Maquetagem Julieta Viegas (Profª ) Patrícia Costa Pedro Gomes

Revisão de textos Ana Amaro (Profª)

Financiamento Estrela Branca - Pão quente , pastelaria Porto Alto - Pão quente , pastelaria Nota + Centro de explicações Helena Costa - Instituto de beleza Momentos - Estética Olmar - Artigos de papelaria Escola Secundária/3 Aurélia de Sousa

Editorial

ESCOLA SECUNDÁRIA AURÉLIA DE SOUSA/3 Rua Aurélia de Sousa - 4000-099 Porto

Telf. 225021773—[email protected]

Os textos para a edição XXXII do Jornalesas foram redigidos segundo as novas normas do acordo ortográfico

S eria ótimo afirmar que vivemos um tempo de

mudança. Mas esta, a existir, tem alguns contornos

que nos incitam à apreensão constante sobre a bondade

das medidas adotadas. As dificuldades de liquidez come-

çam a fazer-se sentir nas escolas e, particularmente na nos-

sa, já existem casos concretos dessas mesmas dificuldades

sem que as estruturas diretivas possam fazer alguma coisa

para debelar os problemas que nos vão literalmente caindo

em cima. Pergunta-se igualmente para onde foi a autono-

mia das escolas tão propalada como a panaceia para os

males da Educação. Neste momento, vemo-nos a braços

com um crescente incómodo em planificar visitas de estu-

do com os custos que as empresas e instituições nos apre-

sentam. Já para não falar do aumento do custo da eletrici-

dade, dos telefones e da água, para além do papel, das

fotocópias e do IVA em todos os produtos. Temos todas as

razões para considerar que a Escola Pública pode estar

num momento de viragem, em que a própria manutenção

das questões consideradas básicas estará causa. E temos

de lembrar a todos os agentes educativos que a Educação

não pode dar lucro, nem teria sentido se assim fosse. A

Educação é um dever e um direito inscrito na Constituição

e assim deve continuar. Mas com a qualidade e dignidade

exigidas por todos nós.