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ANO II N O 10 JUNHO/2007 PUBLICAÇÃO DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS Cursos de graduação da UFG destacam-se no Enade Alerta contra o glaucoma Cresce pesquisa em Ciência Animal Pág. 11 Região do Câmpus sofre com transporte Pág. 10 Com o objetivo de fazer um alerta social sobre a gravidade da doença que pode levar à cegueira irreversível, o Centro de Referência em Oftalmologia do Hospital das Clínicas da UFG (Cerof) sediou no estado de Goiás, a Campanha Nacional Brasil contra o Glaucoma. Mais de 1.500 pessoas foram atendidas nos dias 21 e 22 de maio com a realização de exames de tonometria, que mede a pressão intra-ocular, e de fundoscopia, para avaliação do fundo do olho. Somente por meio desses dois exames preventivos é que se descobre o glaucoma, visto que a doença não apresenta sintomas. As pessoas que apresentaram alguma suspeita da patologia foram encaminhadas para iniciar o tratamento no Cerof. Pág. 9 Oito dos dez cursos da UFG avaliados pelo Exa- me Nacional de Desem- penho de Estudantes (Enade), ano base 2006, obtiveram as melhores pontuações (4 e 5), o que os classifica entre os melhores do país. Págs. 2 e 15 Fotos: Carlos Siqueira

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Page 1: Jornal UFG 10

ANO II NO 10 JUNHO/2007

PUBLICAÇÃO DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Cursos de graduação da UFG destacam-se no Enade

Alerta contra o glaucoma Crescepesquisa em

Ciência AnimalPág. 11

Região doCâmpus sofre

com transportePág. 10

Com o objetivo de fazer um alerta social sobre a gravidade da doença que pode levar à cegueirairreversível, o Centro de Referência em Oftalmologia do Hospital das Clínicas da UFG (Cerof)

sediou no estado de Goiás, a Campanha Nacional Brasil contra o Glaucoma. Mais de 1.500pessoas foram atendidas nos dias 21 e 22 de maio com a realização de exames de tonometria,que mede a pressão intra-ocular, e de fundoscopia, para avaliação do fundo do olho. Somente

por meio desses dois exames preventivos é que se descobre o glaucoma, visto que a doença nãoapresenta sintomas. As pessoas que apresentaram alguma suspeita da patologia foram

encaminhadas para iniciar o tratamento no Cerof. Pág. 9

Oito dos dez cursos daUFG avaliados pelo Exa-me Nacional de Desem-penho de Estudantes(Enade), ano base 2006,obtiveram as melhorespontuações (4 e 5), o queos classifica entre osmelhores do país.

Págs. 2 e 15

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2 Goiânia, junho de 2007OPINIÃO

PUBLICAÇÃO DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃODA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ANO II - NO 10 - JUNHO 2007

Jornal UFGAssessor de imprensa e editor-geral: Prof. Magno Medeiros; Editoraexecutiva: Profa. Silvana Coleta Santos Pereira; Editora assistente: JornalistaSilvânia de Cássia Lima. Conselho Editorial: Profa. Angelita Pereira, Prof.Goiamérico Felício Santos, Profa. Maria das Graças Castro, Profa. SilvanaColeta Santos Pereira, Prof. Venerando Ribeiro de Campos, Profa. MercêsPietsch Cunha Mendonça; Suplentes: Valéria Maria Soledade de Almeida eProfa. Ellen Synthia Fernandes de Oliveira; Projeto gráfico e editoraçãoeletrônica: Cleomar Nogueira e Antonio Caixeta (bolsista); Fotografia:Carlos Siqueira e Júlia Mariano Ferreira (bolsista); Repórteres: AlfredoMergulhão, Matheus Álvares Ribeiro, Natália Ribeiro, Maria Emília Navese Pilar Lisboa (bolsistas); Publicidade: Allyne Durando; Equipeadministrativa: Amália Magalhães e Leny Borges.

Impresssão: Centro Editorial e Gráfico da UFG (Cegraf)

ASCOM – Reitoria da UFG – Câmpus SamambaiaC.P.: 131 – CEP 74001-970 – Goiânia – GO

Tel.: (62) 3521-1310 /3521-1311Fax: (62) 3521-1169

www.ufg.br – [email protected]

ReitorProf. Edward Madureira Brasil

Vice-reitorProf. Benedito Ferreira Marques

Pró-reitora de GraduaçãoProfa. Sandramara Matias Chaves

Pró-reitora de Pesquisa e Pós-GraduaçãoProfa. Divina das Dores de Paula Cardoso

Pró-reitor de Extensão e CulturaProf. Anselmo Pessoa Neto

Pró-reitor de Administração e FinançasProf. Orlando Afonso Valle do Amaral

Pró-reitor de Desenvolvimento Institucional eRecursos Humanos

Prof. Jeblin Antônio AbraãoPró-reitor de Assuntos da Comunidade Universitária

Cirurgião-dentista Ernando Melo Filizzola

Autoridades presentes na cerimônia de conclusão de treinamento em nível demestrado, doutorado e residência médica do Centro de Referência de

Oftalmologia (Cerof) do Hospital das Clínicas (HC), realizada no dia 21 de maio,no Teatro Asklepiós da Faculdade de Medicina: professores Rubens Belfort

Júnior (Unifesp), Marcos Ávila, diretor do Cerof; Benedito Ferreira Marques,vice-reitor da UFG; Alcides Rodrigues, governador de Goiás, e senador Marconi

Perillo, que foram homenageados pelos formandos. Também estiverampresentes os representantes das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde,

parceiros do Cerof nas campanhas e serviços oferecidos à população.

Turma do curso de extensão “Diversidade,Direitos Humanos e Cidadania”, oferecidopelo Programa de Direitos Humanos daUFG, esteve em Brasília, no dia 18 demaio, visitando o Comitê de Educação emDireitos Humanos, da Secretaria Especialde Direitos Humanos, e a Comissão deDireitos Humanos e Minorias, da Câmarados Deputados Federais.

Exame Nacional deAvaliação do EnsinoSuperior (Enade) faz

parte do Sistema Nacionalde Avaliação da EducaçãoSuperior (Sinaes) e tem porobjetivo avaliar a qualidadedos cursos de graduação me-diante o desempenho dosestudantes. Compõem ain-da o Sinaes, a Avaliação deCurso e a Avaliação Insti-tucional. Em 2006, comple-tou-se o primeiro ciclo deavaliação de todas as áreasde conhecimento existen-tes em cursos de nível su-perior do país.

O Enade visa avaliar odesempenho dos estudan-tes em relação a saberes,conteúdos curriculares,competências e formaçãogeral, tendo como eixo ori-entador o perfil do curso,calcado nas Diretrizes Cur-riculares. Vale ressaltarque a nota do Enade não temcomo objetivo promover umranqueamento dos cursos,pois ela não expressa a qua-lidade do curso, mas sim,um dos aspectos dentre vá-rias dimensões que com-põem o processo de avalia-ção desses cursos.

O Enade solicita aindaaos estudantes que respon-dam um questionário sócio-econômico-cultural, o quepermite saber como elesviam o curso e como vêemquando ingressaram equando estão saindo da uni-versidade, o que, articula-do com um questionáriorespondido pelos coordena-dores, dá a possibilidade decruzar as informações ecomparar a visão dos atoresdo processo a respeito de di-ferentes aspectos relativosao curso e aos processos for-mativos.

Embora tenhamos queconsiderar a relatividadedos resultados e as carac-terísticas de uma avaliaçãoem larga escala dessa na-tureza, não podemos des-considerar que os resulta-dos do Enade, vistos como

O Enade e a possibilidadede reflexão sobre osprocessos formativos naUniversidade

um todo, fornecem ele-mentos significativos parauma reflexão sobre os pro-cessos formativos no inte-rior de cada curso, desdeque tais dados sejam ana-lisados na sua completudee não apenas por meio deuma única nota, que por sisó, deixa a desejar na qua-lidade dessa análise, nãofornecendo informaçõessuficientes para o aperfei-çoamento ou a manuten-ção das propostas de for-mação. Um dos pontos po-sitivos do Enade é o fatodele ser aplicado tanto paraingressantes quanto paraconcluintes dos cursossubmetidos ao processo deavaliação, o que permiteanalisar como os alunosestão na entrada e na saí-da do curso, análise estaque, juntamente com ou-tros dados, pode reverterem benefício de possíveisrevisões curricularaes.

No que diz respeito àUniversidade Federal deGoiás, é importante ressal-tar os bons resultados obti-dos, resguardadas as espe-cificidades, condições e ca-racterísticas de cada curso.Todos os gestores, professo-res, técnicos-administrati-vos e estudantes estão deparabéns pelo compromisso,seriedade e qualidade dotrabalho desenvolvido. Po-rém, mais importante ain-da é utilizar as informaçõese dados provenientes doEnade para promover umareflexão crítica no interiorde cada unidade acadêmi-ca sobre os processos for-mativos ali desenvolvidos ea possibilidade ou necessi-dade de rever, aperfeiçoaresses processos, reforçandoassim o objetivo da UFG deformar profissionais da me-lhor qualidade, cumprindo oseu papel no contexto da so-ciedade.

Sandramara MatiasChavesPró-Reitora de Graduação

Conclusão de pós-graduação em Oftalmolgia

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“Diversidade, Direitos Humanose Cidadania”

Fragmentos do CorpoA Galeria da FAV expõe até o dia

30 de junho a mostra coletiva“Fragmentos do Corpo”, com a

participação de dez artistas. Asobras abordam formas e funçõesdo corpo, revelam identidades e

códigos e denunciam violências.

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3Goiânia, junho de 2007 GREVE

átima Reis está no servi-ço público na Universi-dade Federal de Goiás

desde 1976. Assistente Socialda Pró-Reitoria de Assuntos daComunidade Universitária (Pro-com), atualmente está à dispo-sição do Sindicado dos Traba-lhadores da Universidade Fe-deral de Goiás (Sint-UFG), ondeocupa o cargo de coordenadorasindical.

Fátima tem uma ampla vi-são da Universidade, graçasaos diversos cargos assumidosna instituição: foi coordenadorado Serviço Social da Procom, Pró-reitora de Assuntos da Comuni-dade Universitária e diretora doCâmpus de Firminópolis.

Hoje, à frente do Sint-UFG, luta pelos direitos dosservidores e por melhores con-dições de trabalho. Nesta en-trevista, concedida ao JornalUFG, logo após uma reunião docomando de greve, Fátima Reissitua o leitor diante do movi-mento de greve.

Jornal UFG – Gostaria quevocê fizesse um breve his-tórico sobre as perdas desalário, de vagas e as con-dições de trabalho desdeque entrou na universida-de até hoje.

Fátima Reis – As perdas ocor-rem de período em período.Existem alguns governosque privilegiam um poucomais a educação e outrosmenos. Nós tivemos, ao lon-go desse período, várias fa-ses. Tivemos fase de valori-zação salarial como em1997, quando foi implanta-do um Plano de Cargos eSalários. Houve uma fasepenosa, no governo do Fer-nando Henrique Cardoso,quando ficamos oito anossem aumento. A partir dogoverno do Fernando Collor,foi implantada a política dopedido de demissão volun-tária, o PDV, que tinha comoobjetivo enxugar o quadro.As contratações foram pou-cas e então começou o pro-cesso de terceirização, subs-tituição de pessoal do qua-dro efetivo da universidadepor mão-de-obra terceiriza-da e por convênios. De 1990pra cá, esse processo ace-lerou muito, tanto é que doponto de vista quantitativode servidores, quem estádentro da Universidade podever que existem muito maistrabalhadores que não sãoda universidade dos que osdo quadro efetivo. Existemvários setores que funcio-nam só com bolsistas. A po-lítica do governo não é decontratar, a política é tercei-rizar. Dessa forma a univer-

Plano de saúde, reestruturação do plano de carreiraENTREVISTA – Fátima Reis – Coordenadora Sindical do Sint-UFG

Por Júlia Mariano

E DEFESA DA FUNÇÃO EDUCACIONAL DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS SÃO REIVINDICAÇÕES DA GREVE DOS SERVIDORES DA UFG

sidade foi diminuindo e teveque achar formas de sobre-viver como ter no seu qua-dro de pessoal gente que nãoé contratada pela União, asfundações, os bolsistas, osestagiários, enfim, são ou-tras modalidades de traba-lho precarizados que nãotêm nenhuma cobertura tra-balhista e que têm baixossalários.

Jornal UFG – Quais são asprincipais áreas que es-tão terceirizadas na uni-versidade?

Fátima Reis – Hoje, a vigilân-cia está quase totalmenteterceirizada, a limpeza , oRestaurante Universitário ea Rádio Universitária tam-bém. O Hospital das Clíni-cas tem mais ou menos 30%de pessoal que nãoé do quadro efetivoda universidade.Não tem um localque você diga quefunciona com 100%de servidores dauniversidade, nãotem mais isso.

Jornal UFG – Quaissão as principaisr e i v i nd i c açõe sdesta greve?

Fátima Reis – Nessagreve, temos reivin-dicações de âmbitogeral e de âmbitoespecífico. No âm-bito geral temoscomo pauta o PLP01/2007, contido noPAC, onde o Gover-no limita os gastoscom pessoal. Embo-ra na última gestãodo Lula tenha havido um au-mento de concursos públi-cos, este projeto significaque esta política será modi-ficada, ou seja, a políticaadotada pelo governo, comesta proposta é a política deredução do quadro adotadapelos governos anteriores.Esse limitador financeiro éprejudicial, não só para asuniversidades, mas para oserviço público.Com este redutor de gas-tos com pessoal, a implan-tação do Plano de Desen-volvimento da Educação -PDE está comprometida emsua viabilização. O limita-dor em questão não prevêa exceção da ampliação noquadro das UniversidadesFederais e das Escolas Fe-derais técnicas, constan-tes do Plano de Desenvol-vimento da Educação. Aocontrário, se aprovado, im-pedirá sua realização.No âmbito especifico temos

também uma pauta com trêsgrandes pontos. O primeirodeles é o aprimoramento danossa carreira e reestrutu-ração da tabela salarial: nóssomos o pior piso e o piorteto do serviço público fede-ral. Nossa tabela salarial éum grande problema, porisso queremos uma reestru-turação. O segundo ponto éplano de saúde, que nós nãotemos, somos os únicos ser-vidores federais que nãotêm plano de saúde. E o ter-ceiro ponto é contra a trans-formação do Hospital Uni-versitário em Fundação Es-tatal.

Jornal UFG – Qual é a rei-vindicação em relação aoHospital das Clínicas?

Fátima Reis – Nós reconhe-

cemos a crise do Hospitaldas Clínicas (HC), mas en-tendemos que não é a mu-dança jurídica para Funda-ção Estatal que vai resolvero problema. O problema doHC começou a ser agravadona década de 80 quando co-meçou a deixar de vir recur-so do Governo Federal parao Hospital. Hoje, se prestar-mos atenção, ele não é maishospital escola, e ele foi cri-ado para esse fim, não paraser um hospital comum doSistema Único de Saúde(SUS). Tanto que as agendasde procedimentos são feitaspelo SUS, e não de acordocom a necessidade do alunoem aprender. Houve uma in-versão. Nós queremos dis-cutir o caráter do hospital,o seu papel, o seu financia-mento e a sua gestão. En-tão um dos pontos de pautaé ser contra a transforma-ção dos hospitais em funda-ção estatal. Nós não quere-

mos isso, porque não vai re-solver o problema do hospi-tal, pelo contrário, ele vaidesvinculá-lo da universida-de, e vai ser sustentado como serviço que ele presta. Nósdefendemos o HC como umhospital escola. Se vistocomo uma fundação, a ten-dência é de que ele seja umgrande hospital como é oHGG (Hospital Geral de Goi-ânia), HDT (Hospital de Do-enças Tropicais), mas ele vaideixar de ser um HospitalUniversitário.

Jornal UFG – Como temsido o apoio da comuni-dade univers i tár ia àgreve?

Fátima Reis – A gente estátendo apoio dos segmentosda comunidade universitária

e isso é de fundamentalimportância. O ConselhoUniversitário inclusiveapoiou por unanimidadea nossa greve. O reitor,da mesma forma, apoiou.Os docentes tambémtêm nos apoiado, maseles têm uma dinâmicaprópria e não estão en-volvidos na greve e nes-sas questões todas. Osservidores é que estãoincorporando essa briga.Em relação ao salário,porque a gente esta so-frendo na pele; em rela-ção ao hospital porquesomos nós que estamoslá no dia-a-dia. A gentevive, a gente conhece,sabe a realidade daque-le hospital. E quem me-lhor do que quem estádentro, quem conhece,quem sabe, para indicar

uma saída, pra fazer um di-agnóstico e apresentaruma solução?

Jornal UFG – Há um pedidodo comando de greve paraque os professores nãoabram os laboratórios paraministrar as aulas práti-cas. Caso sejam fechados,haverá reposição de traba-lho?

Fátima Reis – Cada movimen-to tem a sua dinâmica. Nósnão nos intrometemos na di-nâmica do movimento dosdocentes. Quando eles que-rem fazer greve, eles fazema grave, decidem pela formaque vão fazer. Nós, da mes-ma forma, temos autonomiae essas questões de reposi-ção de trabalho ou não, sãodiscutidas com o GovernoFederal e com o reitor. Cadaum no seu canto. Agora, seo professor vai ocupar o lu-gar do servidor, aí é umaquestão moral e ética, por-

que senão daqui a pouco osprofessores entram em gre-ve e os alunos que traba-lham nos laboratórios tam-bém vão querer dar aulaporque eles sabem daraula. Então é cada um noseu canto, cada um com assuas especificidades, po-rém com alguma coisa emcomum. Os movimentos, ascategorias têm que se res-peitar senão as coisas nãofuncionam. Mas o que nãodá mesmo é para um docen-te assumir a função de umtécnico e nem o técnico as-sumir a função do docente,embora existam muitostécnicos com doutorado ecom capacidade de assumiro papel de docente, masnão fazem isso por umaquestão ética.

Jornal UFG – Como está anegociação com o Gover-no?

Fátima Reis – A negociaçãoestá caminhando. Nós tive-mos uma primeira reuniãono dia 6 de junho, reuniãoque a gente considera quefoi positiva porque houveuma troca de opinião sobreas possibilidades, mas oGoverno ficou de apresen-tar uma proposta no dia 15de junho. Nós vamos entãopegar essa proposta, avali-ar no comando nacional,encaminhar para os coman-dos locais onde serão en-caminhados às assembléi-as para discutir o que o go-verno apresenta e ver ascontrapropostas. O governopediu uma semana paraachar as alternativas paraos problemas que ele reco-nhece, como a questão sa-larial, a questão do planode saúde, o problema doshospitais. Ele reconheceupublicamente a justeza donosso movimento, mas pe-diu uma semana para pen-sar nas soluções e apre-sentar uma proposta. En-tão, partindo do princípioque ele entende os motivos,a gente espera uma propos-ta decente. Mas não esta-mos com expectativas paranão perder o pé no chão epoder fazer uma decisãocom tranqüilidade, avalian-do os prós e os contras. Porenquanto a gente está ten-do assembléias e provavel-mente teremos a paralisa-ção de mais um setor doHospital das Clínicas. Nos-sa opção é fechar setores,fazendo rodízio, e não pa-rar o hospital. A intençãoagora é negociar, mas senão surtir efeito a gente vaiter que radicalizar.

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Fátima Reis, presidente do Sint-UFG, em umadas manifestações da greve dos servidores

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4 Goiânia, junho de 2007EVENTO

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A Escola de Agronomia eEngenharia de Alimen-tos (EA) da Universida-

de Federal de Goiás, em par-ceria com entidades públicase privadas, realizará a 16ªedição do Congresso Brasi-leiro de Floricultura e Plan-tas Ornamentais (CBFPO). Oevento ocorrerá de 10 a 15 desetembro, no Centro de Con-venções, em Goiânia. Simul-taneamente ao evento, ocor-rerá o 3º Congresso Brasilei-ro de Cultura de Tecidos dePlantas e o 1º Simpósio dePlantas Ornamentais Nati-vas (SPON). Esses eventosserão os principais foros dediscussão dos avanços téc-nico-científicos da produçãode flores e plantas ornamen-tais, bem como da cultura detecidos vegetais, com ênfa-se para as plantas nativascom potencial para ornamen-tação.

Com o tema Biodiversi-dade e competitividade: bus-cando novas opções, o encon-tro tem como objetivo deba-ter inovações tecnológicas nocultivo de flores e plantasornamentais e novas aplica-ções da cultura in vitro, vi-sando a obtenção de produ-tos de alta qualidade e com-petitividade, tanto para omercado interno como paraexportação. Serão abordadostambém assuntos relativosàs espécies nativas com po-tencial ornamental, comapresentação e discussão detecnologias obtidas para oseu cultivo e comercializa-ção, buscando sempre o seuuso sustentável.

Segundo a presidenteda comissão organizadora doevento, engenheira agronô-

16º Congresso Brasileiro de Floricultura e Plantas OrnamentaisA floricultura cresceu muito no país nos últimos anos. Ela abrange o cultivo de plantas ornamentais,

desde flores de corte, plantas envasadas, floríferas ou não, até a produção de árvores e palmeiras degrande porte. Além disso, pode ser desenvolvida em pequenas propriedades, sendo uma opção de

fixação do homem no meio rural e de geração de emprego.

ma Iraídes Fernandes Car-neiro, Goiânia foi escolhidapara ser sede do congressopor ser considerada uma ci-dade turística, central e deboa qualidade de vida. Iraí-des ressaltou que eventoscomo esses ajudam o Estadoe a Universidade ao divulgara atividade. “A floriculturatem se expandido em váriosestados brasileiros, mas pre-cisamos investir e crescermais em Goáis”.

Durante os congressos,será dado um grande destaqueà floricultura e à produção demudas em laboratório como al-ternativas para a inclusão so-cial. Haverá ainda palestras,mesas-redondas, minicursose uma feira de plantas e pro-dutos, com entrada francapara toda a comunidade.

Dentre os públicos-alvodo evento estão pesquisado-res, docentes, estudantes degraduação e de pós-graduaçãodos cursos com afinidade aostemas programados para oseventos, engenheiros agrôno-mos, biólogos, engenheirosflorestais, técnicos agrícolase produtores. Espera-se umpúblico de 600 congressistase 1.500 visitantes. Mais infor-mações e inscrições nos i t e : w w w . c o n g r e s s o s g o2007.com.br

Floricultura no Brasil – Afloricultura, em seu sentidoamplo, abrange o cultivo deplantas ornamentais, desdeflores de corte, plantas en-vasadas, floríferas ou não,até a produção de árvores epalmeiras de grande porte. Éuma atividade altamente com-petitiva, exigindo a utilizaçãode tecnologias avançadas,

profundo conhecimento téc-nico e um eficiente sistemade comercialização e distri-buição de seus produtos. Al-tamente rentável por áreacultivada, é produtiva mesmoem pequenas propriedades,sendo uma opção de fixaçãodo homem no meio rural e degeração de emprego.

A produção mundial deflores e plantas ornamentaisocupa, atualmente, uma áreaaproximada de 190 mil hec-tares, movimentando valoresem torno de US$ 16 bilhõespor ano, somente do setor deprodução; no varejo, atingecerca de US$ 44 bilhões porano. A floricultura brasileiracomeçou a se destacar comoatividade agrícola de impor-tância econômica há poucomais de três décadas. E, atu-almente, o mercado brasilei-ro é superior a R$ 700 mi-lhões e disponibiliza mais de120 mil vagas para o merca-do de trabalho.

Na década de 1970, asexpor tações bras i l e i ras ,nesse segmento do agrone-gócio, limitavam-se às or-quídeas, flores de corte e fo-lhagens secas, produzidasprincipalmente nos estadosda região Sudeste. A partirdaquela época, houve umcrescimento contínuo dasexpor tações bras i l e i ras ,concomitante com a expan-são da floricultura para ou-tras reg iões bras i le i ras .Entretanto, a participaçãobrasileira no fluxo interna-cional de flores e plantasornamentais é de apenas0,22%, podendo crescer amédio prazo para 1,5%, ge-rando 15 mil novos postosde trabalho e renda.

A grande diversidade e aamplitude de climas e solosno Brasil, além da possibili-dade do cultivo protegido,são fatores que indicam a vi-abilidade de expansão do cul-tivo de inúmeras espéciesprodutoras de flores e plan-tas ornamentais de diversasorigens (nativas e de climastemperado e tropical), compotencial para competir nomercado internacional.

Sobre a cultura de tecidosvegetais – A cultura de teci-dos vegetais é uma ferramen-ta utilizada tanto no melho-ramento genético, como nalimpeza clonal e na propaga-ção de plantas, sendo de fun-damental importância para odesenvolvimento agrícola dopaís. Como exemplos podemser citados os grandes labo-ratórios de micropropagaçãode cana-de-açúcar, bananei-ras, morango, batata e de ou-tras espécies cultivadas, cu-jas mudas são produzidas li-vres de determinados pató-genos. Ressalta-se que oBrasil está menos dependen-te da importação de batata-semente após a introduçãoda técnica de limpeza viral,seguida de testes sorológi-cos. Uma outra aplicação dastécnicas de cultura de teci-dos é a clonagem de germo-plasmas superiores de euca-lipto, plantas medicinais,plantas ornamentais, dentreoutras. A cultura in vitro temse mostrado ferramenta pro-missora na obtenção de me-tabólitos secundários, naprodução de transgênicos ena obtenção de novas culti-vares pelos métodos tradici-onais. (Maria Emília Naves)

4 Goiânia, junho de 2007

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Inovações tencológicas nocultivo de flores e plantas

ornamentais

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5Goiânia, junho de 2007 INTERNACIONAL

Universidade Federalde Goiás recebeu, nodia 16 de maio, o pro-

fessor Brazão Mazula, que foireitor por dez anos na Uni-versidade Eduardo Mondla-ne, a maior e mais antiga uni-versidade de Moçambique.Ele proferiu uma comunica-ção com o tema “A África nocontexto mundial”, na qualabordou os desafios para aefetivação da democracia nocontinente africano e, emespecial, de Moçambique,sua terra natal.

De acordo com o profes-sor, a pobreza na África deveser entendida mais no senti-do de “pobreza de imaginaçãoe de visão empreendedora”.Ele provocou os intelectuaise as elites africanas a imagi-nar modelos de democracia edesenvolvimento que se ajus-tem ao continente. Para isso,faz-se necessário, segundoele, contrariar o pessimismoque insiste em não acreditarnesta possibilidade, de boagovernabilidade e de desenvol-vimento sustentável.

Nesse pessimismo estápresente o preconceito emrelação à incapacidade donegro de, por si mesmo, rea-lizar o desenvolvimento e ademocracia. E esse precon-ceito, infelizmente, por al-guns africanos, afirma o pro-fessor.

Segundo suas palavras,a miséria, o fechamento po-lítico dos Estados, o monopartidarismo, a corrupção, oanalfabetismo de adultos, adescriminação étnica, raciale religiosa, a exclusão soci-al, a democracia induzida (cri-adas no exterior pelos doado-res financeiros) e a dívida ex-terna, amordaçam e matam oideal democrático. Para ele,essas são as principais “alge-mas” para o desenvolvimentodo continente.

Por outro lado, a aber-tura política, a liberdade depensamento, a justiça soci-

Uma apresentação musical do professor CarlosHenrique Coutinho Costa, maestro da Orquestra daUFG, e do estudante de trompete, Manassés BarrosAragão antecedeu a comunicação de Brazão Mazula,

que pediu licença para saudar os músicos.“A música me acalmou bastante”,

confidenciou o conferencista.

O desafio africano O PROFESSOR MOÇAMBICANO BRAZÃO MAZULAFOI RECEBIDO PELO REITOR DA UFG PARA DIALOGARA RESPEITO DA DEMOCRACIA NA ÁFRICA

al, as culturas locais, a edu-cação, as fontes de informa-ção alternativas, o multipar-tidarismo (com oposição), aparticipação cidadã são con-siderados por Mazula comopilares da democracia.

De acordo ele, não háuma fórmula democráticauniversal ou uma fórmularesolvente para as democra-cias africanas. Embora ins-piradas na experiência ate-niense, nos países do Oci-dente, elas ganharam suasformas à medida em que seadequaram à sua sociedade.E, apesar dos esforços reali-zados, os países da Áfricasubsaariana, cujas indepen-dências não têm mais de 50anos, ainda não atingiram onível desejável de sociedadesdemocráticas.

Ele finalizou sua fala,atentando à necessidade e a

urgência de acelerar os rit-mos de desenvolvimento, edefendeu que isso somenteserá possível na medida emque os países africanos sou-berem articular racionalmen-te a atuação de três atores-chaves: o cidadão, as insti-tuições ou agências sociaise o Estado, na sua relaçãocom a cultura, ou seja, quan-do souberem criar um ambi-ente democrático.

Após a comunicação,Mazula presenteou com umamedalha o reitor da UFG, pro-fessor Edward Madureira Bra-sil, o vice-reitor, professorBenedito Ferreira Marques, apro-reitora de Graduação, pro-fessora Sandramara MatiasChaves e para a coordenado-ra de Assuntos Internacionaisda instituição, professora OfirBergemann de Aguiar.

(Alfredo Mergulhão)

Brazão Mazula foi rei-tor por 10 anos da Univer-sidade Eduardo Mondla-ne, a maior e mais antigauniversidade de Moçambi-que. Nasceu em 1944, emMessumba, uma localida-de que fica situada noNorte do país. Em 1971graduou-se em Filosofia eTeologia pelo SeminárioSouto Maior. Após a in-dependência do país exer-ceu várias funções dentrodo Ministério da Educaçãoe Cultura, como professore como dirigente provinci-al. Em 1988, no Brasil, con-cluiu o mestrado em Ciên-cia da Educação, e a seguirem 1993, obteve o grau deDoutor em História e Filo-sofia da Educação, pela Uni-versidade de São Paulo.

Em 1994, no períodode transição democrática- após 16 anos de guerracivil -, Brazão Mazula foiescolhido por unanimida-de pelas forças políticasmoçambicanas, para con-duzir e presidir as primei-ras eleições livres e de-mocráticas do país, comopresidente da ComissãoNacional de Eleições-

MAZULA: UMA VIDA DEDICADA AOSPRINCÍPIOS DEMOCRÁTICOS

CNE- (equivalente ao TSEno Brasil). Todas as deci-sões desta comissão fo-ram tomadas por consen-so. As eleições foram re-alizadas em clima de se-gurança e tranquilidade eos seus resultados foramaceitos pelas diversas for-ças políticas do país.

O professor BrazãoMazula tem vários livrospublicados sobre educa-ção, cultura, eleições, de-mocracia e desenvolvi-mento. Ao longo destesúltimos 15 anos, proferiupalestras em vários paí-ses da comunidade euro-péia e paises africanossobre questões da demo-cracia e o desenvolvimen-to. Recebeu várias comen-das de governos estran-geiros. Do governo brasi-leiro recebeu a medalha“Grande Oficial da Ordemdo Rio Branco”. Atualmen-te o professor Brazão Ma-zula dirige uma ONG de-dicada ao estudo e moni-toramento de processoseleitorais e do desenvol-vimento sustentável emMoçambique e no conti-nente africano.

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6 Goiânia, junho de 2007EM TEMPO

O reitor da Universida-de Federal de Goiás (UFG),Edward Madureira Brasil,integra a nova diretoria daAssociação Nacional dos Di-r igentes das InstituiçõesFederais de Ensino Superi-or (Andifes), que elegeu, dia18 de maio, sexta-feira, suanova Diretoria Executiva.Com unanimidade de votos,o reitor da Universidade Fe-deral de Uberlândia, Arqui-medes Diógenes Ciloni, es-tará à frente da associaçãopara a gestão 2007/2008. ADiretoria está representadapor dirigentes de diversasregiões do País.

Compõem a nova direto-ria os reitores: José Ivonildodo Rego, da Universidade Fe-deral do Rio Grande do Nor-te (UFRN), primeiro vice-pre-sidente; José Carlos FerrazHennemann, da Universida-de Federal do Rio grande do

A chapa “Unidade eAção”, encabeçada pelo aca-dêmicos Youssef Ali MiguelGhamoum (Educação Física),venceu as eleições do Dire-tório Central dos Estudan-des da Universidade Federalde Goiás (DCE-UFG). A so-lenidade de posse ocorreuna quarta-feira, 24 de maio,no auditório da Faculdadede Educação, Setor Univer-sitário.

As eleições foram reali-zadas no dia 10 de maio em to-dos os câmpus da Universida-de. Compareceram ao pleitomais de 3 mil estudantes. Adistribuição dos votos se deuda seguinte forma: Chapa 2 –Unidade e Ação, com 1.922votos; Chapa 3 – Para Alémdos Muros, com 846 e Chapa1 – Todos Nós, com 595 votos.O modelo de eleição escolhi-do foi o majoritário, com 56%dos votos.

Ocorreu dia 21 de ju-nho, posse da nova diretoriada Associação dos Docentesda Universidade Federal deGoiás (ADUFG). Concorreramduas chapas, das quais saiuvencedora a Chapa 1,encabeçada pelo pro-fessor do Institutode Ciências Biológi-cas (ICB), Carlos Al-berto Tanezini, quesubstitui o professorRomualdo PessoaCampos Filho.

A eleição con-tou com a participa-ção de cerca de 55%dos professores (900votos) da universi-dade, com participa-ção expressiva dos aposen-tados. A chapa vencedorarecebeu 514 votos contra407 da concorrente, encabe-çada pelo professor WilsonMozena Leandro, da Escola

Sul (UFRS), suplente do pri-meiro vice-presidente; AlanKardek Martins Barbiero,Universidade Federal do To-cantins (UFT), segundo vice-presidente e o Reitor daUFG, como suplente do se-gundo vice-presidente.

A nova gestão planejaimplementar a seguintesações: encomendar aos trêsfóruns acadêmicos (Forgrad,Forprop e Forplad) estudo eproposta de ação das Insti-tuições Federais de EnsinoSuperior (Ifes) na melhoriada educação básica; incenti-var o debate e a troca de ex-periências sobre formas deacesso ao ensino superior;solicitar um levantamento deações exitosas e uma pro-posta de combate à evasão eà retenção; estabelecer umsistema e um calendáriopara coleta e auditagem dosdados das Ifes.

Reitor da UFG compõediretoria da Andifes

DCE decara nova

Eleita e empossada novadiretoria da Adufg

de Agronomia e Engenhariade Alimentos (EA).

Pela primeira vez, fo-ram usadas urnas eletrôni-cas na eleição da Adufg. OTribunal Regional Eleitoral

de Goiás colocou à dispo-sição da entidade os equi-pamentos e seis técnicospara garantir o sucesso dopleito. (Matheus ÁlvaresRibeiro)

POSSE

Conselho Universitárioda Universidade Federal

de Goiás (UFG) outorgou, dia29 de maio, a entrega do títu-lo de Professor Emérito a Os-valdo Vilela Garcia (in memori-am). A solenidade ocorreu às9h, no auditório do Institutode Ciências Biológicas (ICB-I),no Câmpus Samambaia.

A Diretoria da Escola deVeterinária (EV) inaugurou onovo prédio do Departamen-to de Produção Animal (DPA).A solenidade de inaugura-ção contou com a presençade professores e funcioná-rios da unidade, que acom-panharam o descerramentoda placa pelo diretor, pro-fessor Eugênio Gonçalvesde Araújo; pelo vice-diretor,professor Marcos BarcellosCafé; pela chefe do DPA,pro fessora Mar ia Lúc iaGambar in i Me i r inhos ; epela pró-reitora de Pesqui-sa e Pós-graduação da UFG,Divina das Dores de Paula

Departamento de ProduçãoAnimal recebe novo prédio

OSVALDO VILELA GARCIArecebe título de Professor Emérito

Estiveram presentes ovice-reitor da UFG, Benedi-to Ferreira Marques; o dire-tor do Instituto de Ciênci-as Biológicas da UFG, pro-fessor Reg ina ldo NassarFerreira; o Professor Emé-rito do ICB Ângelo Rizzo; osex-diretores do ICB, profes-sores Walmirton Thadeu

Cardoso, representando oreitor Edward MadureiraBrasil.

Constituído por 18 gabi-netes individuais para osprofessores do DPA, o novoprédio foi viabilizado pormeio de recursos obtidosjunto à Secretaria de EnsinoSuperior (SESu/MEC), pelaadministração do professorEurípedes Laurindo Lopes,diretor da EV na ocasião.Complementaram ainda o or-çamento recursos provenien-tes do curso de especializa-ção em Zootecnia e do fundolocal da EV, junto à Funape.

(Michele Martins)

d´Alessandro, Carlos Alber-to Tanezini; a ProfessoraEmér i ta e ex-re i tora daUFG, Maria do Rosário Cas-simiro; e o médico OsvaldoVilela Garcia Filho, repre-sentando o homenageado.Pró-reitores, professores dediversos departamentos efamiliares do homenageado,também estiveram presen-tes.

Osvaldo Vilela, nasceuem Arraial de São José do Ti-juco (atual Ituiutaba), MinasGerais, em 1931. Foi profes-sor fundador da Faculdade deMedicina da UFG (1959), mem-bro fundador da Associaçãode Combate ao Câncer emGoiás (1956), idealizador eexecutor da implantação da Bi-blioteca Central da UFG(1973), idealizador da criaçãodo Restaurante Universitáriono Câmpus II da UFG, do Bos-que Auguste de Saint-Hilairee do Biotério Central da UFG,e acadêmico fundador da Aca-demia Goiana de Medicina(1988), da qual foi presidente. (Matheus Álvares Ribeiro)

Integrantes e apoiadores da chapa 1comemoram vitória nas eleições

O vice-reitor Benedito Ferreira fez a entrega do título aOsvaldo Vilela Filho, que veio acompanhado de sua mãe,

dona Stella Augusta Garcia

Professores Eugênio Araújo, diretor da Escola de Veterinária, eDivina Cardoso, pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação,

ladeados por Dulce dos Santos e João Teodoro,da equipe da PRPPG, durante a inauguração

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Professores e pesquisadores da Faculdade de Direito (FD)da UFG lançaram recentemente, o livro intitulado “Direito Am-biental e Desenvolvimento Sustentável”. Coordenado pela pro-fessora Maria Cristina Vidotte Blanco Tarrega, o livro é assina-do também pelos seguintes professores e especialistas: Nival-do dos Santos, José Querino Tavares Neto, Charlene Maria ÁvilaPlaza, Carolina Chaves Soares, Viviane Romeiro, Héctor Lean-dro Arroyo Pérez e Bruno Gomes de Oliveira. O lançamento foirealizado no Salão Nobre da faculdade, seguido de um debatecom os autores. O evento foi organizado pela Coordenação dosCursos de Pós-Graduação da FD.

Direito AmbientalO estudante do Mestrado de Ciências Sociais da UFG, José Estevão Arantes recebeu o

primeiro prêmio entre os participantes da mostra Sociólogos do Futuro, com o pôster intitulado“Homoafetividade e relações raciais entre gays: casamento, namoro ou só uma ‘trepadinha’”. Eleconcorreu com mais de 800 participantes de todo o Brasil. A entrega do prêmio foi feita noencerramento do XIII Congresso Brasileiro de Sociologia, realizado no final de maio, em Recife.

O trabalho propõe o entendimento sobre que tipo de situação leva a um relacionamentointer-étnico entre homossexuais. Segundo o estudante, existe no Brasil uma idéia de que rela-cionamentos entre pessoas de ascendência étnica diferentes se restringem à esfera do “sexosem compromisso” ou no máximo a encontros esporádicos, mas raramente a um relacionamentosério. A proposta do trabalho é tentar explicar se esta mesma situação se aplica a um relaciona-mento entre gays. (Matheus Álvares Ribeiro)

Estudante premiado em Congresso de Sociologia

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7Goiânia, junho de 2007 EM TEMPO

A Universidade Fede-ral de Goiás acaba de sercontemplada com mais umprograma de cooperaçãointernacional, dessa vezcom Cuba, envolvendo aEscola de Veterinária (EV)da UFG e a Universidade deGranma. Trata-se do deno-minado Programa Capes/MES-Cuba, que visa apoi-ar a formação de recursoshumanos de alto nível ,vinculada a projetos con-juntos de cooperação ci-entífica entre as Institui-ções de Ensino Superiordo Brasil e de Cuba, nasdiversas áreas do conhe-cimento.

Segundo a coordena-dora do programa, ligadaao Instituto de PatologiaTropical e Saúde Pública(IPTSP), Ana Paula Jun-queira Kipnis, convênioscomo esse só são aceitospela Capes se a institui-ção tiver, dentro da pós-graduação, conceito igualou maior que cinco, comofoi o caso da EV. A profes-sora ainda explicou que fo-ram aprovados apenas seteprojetos em todo o país.“Nosso projeto tem como

UFG e Universidade de Cubafirmam programa de cooperação

rofessores da Faculdadede Ciências Humanas e

Filosofia (FCHF), da Escolade Música e Artes Cênicas(EMAC) e a Coordenadoria deAssuntos Internacionais(CAI), todos da UFG, partici-param da 32ª ConferênciaAnual da Associação de Es-tudos sobre o Caribe. O even-to ocorreu de 28 de maio a 1ºde junho, em Salvador,Bahia.

Com o tema “Interpreta-ções Alternativas do ‘Circum-Caribe’: questionamento das re-lações sobre história, socieda-de e cultura no Caribe e mais”,a conferência teve como ob-jetivo principal ampliar o di-álogo entre a universidade eo público em geral, em umesforço conjunto para ummapeamento de estudos so-bre o Caribe e o Brasil e seusproblemas. Segundo a coor-denadora de Assuntos Inter-nacionais da UFG, professo-ra Ofir Bergemann de Agui-ar, é a primeira vez que a con-ferência ocorre no Brasil.“Esse evento é muito impor-tante para a UFG porque é aúnica instituição no país quesedia o Centro de Estudos doCaribe (Cecab), na FCHF. Oreitor Edward Madureira es-teve presente na solenidadede abertura, o que tambémnos fortaleceu muito”.

A professora Olga Ca-brera, da FCHF, é a coorde-

Conferência apresenta estudossobre o Brasil e o Caribe

nadora do Centro de Estudosdo Caribe e estava na comis-são organizadora do evento.Ela afirmou que a UFG temdado total apoio para o Cen-tro de Estudos e que todo oprojeto tem se desenvolvidode forma satisfatória. “Nosúltimos anos, o Brasil tem sedestacado dentro da Associ-ação dos Estudos sobre oCaribe e por isso devemosdar sempre maior visibilida-de a esses estudos”. A con-ferência contou com traba-lhos, mesas-redondas e ain-da apresentações culturais.A EMAC apresentou duas pe-ças teatrais com os profes-sores Marcio Pizarro Noro-nha, Abílio Carrascal, AndreaPita e mais 16 alunos.

Dentro do Cecab, que

existe há oito anos, são de-senvolvidos projetos, tesesde mestrado e doutorado,entre todos os países envol-vidos. Neste mês, o estu-dante de pós-graduação emHistória Cultural, Jones ReisSantos Rodrigues, foi con-templado com uma bolsa deestudos do Programa Améri-ca Latina de Bolsas de AltoNível (Alban). Ele irá passar33 meses na Espanha, cur-sando doutorado na Universi-dad Complutense de Madrid.São objetos de pesquisa osprocessos migratórios, so-bretudo no Caribe. “Esperoobter, com a oportunidade deestudar fora do país, umaampliação da minha visão demundo”, afirmou o aluno.

(Maria Emília Naves)

tema ‘Aperfeiçoamento dodiagnóstico e o controleda tuberculose em búfa-los e bovinos’, e recebe-remos, primeiramente, oprofessor Jerónimo Rafa-el Ruiz Leon, da Univer-sidade de Granma, que fi-cará conosco quatro me-ses. Após esse período,uma aluna do Doutoradoirá para Cuba”.

A UFG e a Universi-dade de Granma terãocomo benefícios: passa-gens aéreas internacionaispara brasileiros em missãode trabalho e estudos emCuba; diárias para pesqui-sadores cubanos em mis-são de trabalho e estudosno Brasil; custeio de ativi-dades correntes para aequipe brasileira, até o va-lor máximo anual de R$ 10mil; alojamento, transpor-te e alimentação para pes-quisadores brasileiros ecubanos. O projeto terá du-ração de dois anos, poden-do ser renovado. Mais in-formações sobre o Progra-ma Capes/MES-Cuba nosite: www.capes. gov.br/bolsas/cooperacao/cuba .

(Maria Emília Naves)

Nem só de formação pro-fissional vive a Faculdade deMedicina da UFG. Ao lado doextenso e árduo calendárioacadêmico, os alunos e pro-fessores da FM e a comuni-dade em geral contam comuma apresentação culturalmensal - sempre na noite da

A Faculdade de EducaçãoFísica (FEF) da UniversidadeFederal de Goiás recebeu avisita de dois estudantes euma professora, todos do Ins-tituto Professorado de Educa-ção Física de Córdoba (IPEF).O encontro, que teve início nodia 1º de junho e encerrou-sedia 11, ocorre há quatro anose faz parte de um intercâmbioanual entre as duas institui-ções, com o apoio da Coorde-nadoria de Assuntos Interna-cionais (CAI-UFG). O profes-sor da FEF, Carlos AlexandreVieira, informou que a cadaano é feito um revezamento eo intercâmbio ocorre no Bra-sil ou na Argentina.

Educação Física recebeintercambistas argentinos

Constam da programa-ção oficinas e apresenta-ções de trabalhos e jogos.“Os alunos brasileiros e ar-gentinos ganharam muitotrocando experiências e ain-da puderam participar daSemana de Integração daFEF”, afirmou o professorCarlos. Além dos alunosdas duas inst i tuições, aEscola de Música e ArtesCênicas (EMAC) da UFGtambém participou de ofici-nas desenvolvidas pela pro-fessora argentina, MarcelaCena. O IPEF conta comcerca de 2.350 alunos e aFEF com 320.

(Maria Emília Naves)

Medicina em Concerto promove culturaúltima terça-feira do mês –por meio do Projeto “Medici-na em Concerto” – Série 2007–Ano Camargo Guarnieri.

Inaugurado em marçoúltimo com o objetivo de in-centivar na comunidade aca-dêmica um gosto maior pelasatividades culturais, entre

elas a música, o Projeto“Medicina em Concerto” in-clui também a formação deum coral, exposições na Ga-leria Aberta de Artes e atra-ções literárias. O local dasapresentações musicais é oTeatro Asklepiós, que rece-beu esse nome em referên-cia ao deus da medicina, namitologia grega. As atraçõessão gratuitas.

Com 380 lugares em mo-dernas instalações, o novo es-paço cultural, segundo o dire-tor da faculdade, professorHeitor Rosa, promete se es-tabelecer com um duplo papel:despertar sensibilidade artís-tica na comunidade acadêmi-ca e promover maior integra-ção da Faculdade de Medicinacom a sociedade goianiense.

Além do “Medicina emConcerto”, a diretoria da FMapóia as atividades culturaispromovidas pelo Centro Aca-dêmico 21 de Abril, como oShow do Esqueleto, realizadoanualmente, entre maio e ju-nho; a Banda Madrasta, commais de 90 integrantes e aSemana Cultural, que se pre-para para acontecer em ou-tubro. (Maria da GraçaGonçalves)

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Professora argentina Marcela Cena ministra oficina deexpressão corporal a alunos da EMAC

Reitor da UFG Edward Madureira participou da abertura do evento

Professoras Consuelo Quireze e Maria Lúcia Roriz, da Escola de Músicae Artes Cênicas, na primeira apresentação do Medicina em Concerto

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8 Goiânia, junho de 2007SAÚDE

Sobrepeso e obesidade sãoos principais fatores derisco cardiovascular e

indicadores de hipertensão ar-terial na população adulta deGoiânia, conforme recente pes-quisa realizada pela Liga deHipertensão das Faculdades deMedicina, Nutrição e Enferma-gem da UFG, sob a coordena-ção do professor Paulo CésarVeiga Jardim. A pesquisa, con-cluída em 2007 e já publicadapela Sociedade Brasileira deCardiologia com o título Hiper-tensão Arterial e Alguns Fato-res de Risco em uma CapitalBrasileira, aponta que essesdois fatores elevados refor-çam a necessidade de imple-mentação de medidas objetivaspara seu combate, com vistasà redução da morbidade e damortalidade por deficiênciacardiovascular.

Nesse estudo foram avali-adas 1.739 pessoas, a maioriado sexo feminino (65%) commédia de idade de 40 anos, pormeio de inquérito domiciliarcom questionário padronizado,que colheu informações socio-demográficas e de peso, alturae circunferência ab-dominal, além de re-alizadas duas medidasde pressão arterial.Como resultado,apontou-se a preva-lência de HipertensãoArterial (HA) em36,4% dos entrevis-tados, maior entre oshomens (41,8%), en-quanto que nas mu-lheres o índice regis-trado foi de 31,8%. Aprevalência de HA nafaixa etária até 29anos foi 16,7%, aumentandoprogressivamente até 73,9%nos entrevistados acima de 60anos.

Com relação a sobrepeso eobesidade, a pesquisa eviden-ciou que Goiânia faz parte daepidemia mundial de excessode peso, já que quase a metadeda população, ou seja, 43,6%dos goianienses estão com ex-cesso de peso e desse total,pelo menos 13,6% já são obe-sos. Conforme a pesquisa, aforte associação entre o exces-so de peso e a ocorrência dehipertensão arterial indica anecessidade urgente de medi-das capazes de atuar sobre es-ses fatores de risco, a fim deinterferir sobre a sua prevalên-cia e promover a reversão doquadro.

Para o coordenador da pes-quisa, médico cardiologista Pau-

Sobrepeso e obesidade são osprincipais fatores de

risco cardiovascular em Goiânia

mento da prevalência de ex-cesso de peso na população, opeso e altura referidos consti-tuem informações confiáveis.

Outra pesquisa, tambémsob a coordenação da profes-sora Maria do Rosário GondimPeixoto, publicada nos Arqui-vos Brasileiros de Cardiologiaem outubro de 2006, diz res-peito à “Circunferência da cin-tura e o índice de massa cor-poral como predisposição paraa hipertensão”. Realizada com1.238 adultos também entre20 e 64 anos, a pesquisaapontou como resultado que acircunferência da cintura estáassociada à hipertensão arte-rial, tanto no sexo masculino,como no feminino. Entretan-to, dados conclusivos indicamque apenas a circunferênciada cintura e o índice de mas-sa corpórea não são suficien-tes para identificar os gruposde maior risco de hipertensãoarterial.

Uma terceira pesquisa,publicada em julho de 2006 nosArquivos Brasileiros de Cardiolo-gia, sobre os Fatores de risco dedoenças cardiovasculares em cri-

anças em idade esco-lar, avaliou 3.169estudantes de 7 a14 anos de escolasda rede pública eparticular, anali-sando a ocorrênciae associação de hi-pertensão arterial,com algumas variá-veis relacionadasao estilo de vida (ta-baco, álcool, ativi-dade física e hábitoalimentar). Sob acoordenação dos

professores Estelamaris Mone-go e Paulo César Veiga Jardim,o resultado apontou 5% dos es-tudantes com hipertensão arte-rial e 6,2% com pressão nor-mal-alta.

Quanto ao índice de mas-sa corporal, a pesquisa identi-ficou 16% com excesso depeso, dos quais 4,9% já obe-sos, com associação signifi-cante entre hipertensão e ex-cesso de peso. Com relação aotabagismo, o índice apontadofoi de 0,6%, enquanto a ex-perimentação de bebida alco-ólica entre os estudantes che-gou ao índice alarmante de32,7%. Finalmente, com rela-ção a atividades físicas, os da-dos analisados indicaram que11,6 % não faziam aulas deeducação física e 37,8 % eramsedentários no lazer.

(Maria da Graça Gonçalves)

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lo César Veiga Jardim, um as-pecto que merece consideraçãoespecial é a modificação noperfil da população com rela-ção aos hábitos de vida e ali-mentares, que indica uma ex-posição cada vez mais intensaa riscos cardiovasculares. Paraele, o aumento na quantidadede alimentos ingeridos e a pró-pria composição da dieta têmprovocado alterações significa-tivas no peso corporal e na dis-tribuição da gordura, situaçãoque se agrava ainda mais pelabaixa freqüência da prática deatividade física adotada pelapopulação.

Segundo o médico, no Es-tado de Goiás, assim como norestante do país, as doençascardiovasculares representam amaior causa de morbidade emortalidade. Por isso, é funda-mental conhecer a magnitude

dos fatores de risco cardiovas-culares que conduzam a um pla-nejamento de saúde capaz deintervir de forma eficaz nessarealidade. Ele salienta que amodificação dos hábitos de vidae a prevenção dos fatores derisco, juntamente com o trata-mento adequado desses fatoresjá existentes (hipertensão arte-rial, obesidade, sedentarismo eoutros) podem modificar a his-tória e garantir vida longa esaudável à população.

Outras pesquisas - Em 2006,foram várias as pesquisas ci-entíficas realizadas pela equi-pe da Liga de Hipertensão dasFaculdades de Medicina, Enfer-magem e Nutrição e Hospitaldas Clínicas da UFG. Entreelas, o estudo sobre Validade dopeso e altura no diagnóstico daobesidade em Goiânia, publica-

da em dezembro na Revista deSaúde Pública. Essa pesquisa,sob a coordenação da profes-sora Maria do Rosário GondimPeixoto, teve como objetivo,além de avaliar a validade dopeso e altura referidos no di-agnóstico da obesidade, iden-tificar características sociode-mográficas e individuais quepodem se constituir em viésde informação.

Como resultado, a pes-quisa apontou que homens emulheres - entre os 1.023 in-divíduos de 20 a 64 anos pes-quisados - superestimaram aaltura em 0,9 cm e 2,2 cm, res-pectivamente. Quanto ao peso,não houve diferença entredado referido e aferido tantonos homens como nas mulhe-res. Assim, a conclusão dapesquisa foi que em estudosepidemiológicos de monitora-

Professor Paulo César Veiga Jardim, da Faculdade de Medicina, realiza exameem paciente da Liga de Hipertensão da UFG

Profissionais da área desaúde das diversas unidadesacadêmicas da UFG se reuni-ram e criaram, neste mês dejunho, o Núcleo de Estudos emSaúde Coletiva (Nesc), que serácoordenado pela Pró-Reitoria dePesquisa e Pós-Graduação (PR-PPG). A finalidade é integrardocentes, técnicos-administra-tivos, alunos de graduação epós-graduação da área de saú-de e de outras de interesse,além de instituições gestorasdo Sistema Único de Saúde(SUS) para a produção de co-

Núcleos de pesquisa: Saúde Coletiva e Telemedicinanhecimento na área de saúdecoletiva.

O professor Elias Rassi,coordenador geral do Nesc, ex-plica que a criação do núcleosurgiu de uma necessidade deintensificar os relacionamen-tos entre os diferentes setoresde saúde coletiva da UFG. De-vem participar das atividades donúcleo, também, os órgãos pú-blicos gestores e prestadores deserviços de saúde colet iva,além das instituições responsá-veis por políticas públicas soci-ais e de bem-estar.O Nesc deve-

rá se constituir como elementode cooperação técnica na buscado desenvolvimento de compe-tências individuais e instituci-onais que visem à consolidaçãodo SUS.

Para o reitor Edward Ma-dureira Brasil, o Nesc signifi-ca o resultado de uma boa par-ceria entre a UFG e órgãos dosgovernos municipal e estadual.A captação de recursos para fi-nanciamento das atividades doNesc se dará por meio do Mi-nistério da Saúde, através doFundo Nacional de Saúde, dos

parceiros institucionais e dopróprio núcleo, por meio deprojetos financiados.

Mais de 50 professores daUFG se associaram ao núcleo.Eles são das Faculdades de En-fermagem, Educação Física,Nutrição, Farmácia, Odontolo-gia, Ciências Humanas e Filo-sofia, Direito e do Instituto dePatologia Tropical e Saúde Pú-blica (IPTSP). Também se as-sociaram o secretário estadualde Saúde, Cairo de Freitas, eprofissionais ligados à Secre-taria Municipal de Saúde.

O Núcleo de Telemedici-na e Telessaúde da Faculda-de de Medicina da Universi-dade Federal de Goiás promo-veu recentemente o I Encon-tro de Telemedicina da FM/UFG. Na oportunidade, fo ilançado oficialmente o proje-to do Núcleo Goiás do Projetode Telemática e Telemedicinaem Apoio à Atenção Primáriaà Saúde no Brasil. O núcleode Telemedicina é coordena-dor pelo professor AlexandreTaleb.

(Thalízia de Souza)

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9Goiânia, junho de 2007 SAÚDE

Centro de Referênciaem Oftalmologia do Hos-pital das Clínicas da

UFG (Cerof) sediou no estadode Goiás, entre os dias 21 e22 de maio, a Campanha Na-cional Brasil contra o Glauco-ma. Durante os dois dias decampanha, mais de 1.500 pes-soas foram atendidas no Cerof,onde foram oferecidos à popu-lação exames gratuitos de pre-venção contra o glaucoma. Aação teve o objetivo de fazerum alerta à sociedade sobre agravidade dessa doença, quepode levar à cegueira irrever-sível.

Para identificar casos deglaucoma, todas as pessoasatendidas passaram pelos exa-mes de tonometria, que medema pressão intra-ocular, e de fun-doscopia para avaliação do fun-do de olho. De acordo com odiretor geral do Cerof, profes-sor Marcos Ávila, somente sedescobre o glaucoma atravésdesses dois exames preventi-vos, pois essa é uma doençaque não apresenta sintomas.Embora ainda sejam desconhe-cidos pela comunidade médicatodos os fatores relacionados aodesenvolvimento da doença,sabe-se que ela está intimamen-te ligada à elevação da pressãointra-ocular.

As pessoas que apresen-taram alguma suspeita da do-ença após passar pelas duasavaliações, foram encaminha-das para iniciar o tratamento noCerof. Do total de 1570 pesso-as atendidas, 394receberam encami-nhamento para umaconsulta de retornoe a realização deexames complemen-tares.

A campanhafoi realizada pela Sociedade Bra-sileira de Glaucoma (SBG), como apoio do Conselho Brasileirode Oftalmologia e do Laborató-rio Alcon, que procuraram des-pertar no poder público e na so-ciedade o alerta para a gravida-de da doença. O desconheci-mento da população sobre oglaucoma foi um dos motivosque levou à iniciativa da SBG.

O motoboy Cândido AlvesFilho, 48 anos, atendido nacampanha, comprova essa rea-lidade. “Eu não conheço a do-ença, não sei quais são os sin-tomas e o que ela causa. Resol-vi vir aqui porque estou tendoproblemas para ler e enxergarde perto”, afirmou.

Marcos Ávila disse que oobjetivo principal da campanhafoi informar e alertar a popula-ção sobre os riscos e perigos doglaucoma e da importância daprevenção. “É a primeira vez queestamos fazendo uma campanhade caráter eminentemente edu-cativo para conscientizar a po-pulação sobre os riscos do glau-coma, em especial os indivídu-os com mais de 45 anos de ida-de, para que eles se atentempara a importância de se pre-venir a doença da mesma for-ma como deve-se fazer a pre-venção da mama e da próstata”,explicou o diretor.

O diretor executivo doCerof, o oftalmologista Alexan-dre Taleb, que foi um dos orga-nizadores da campanha no es-

Campanha Nacional“Brasil contra o Glaucoma”

OBJETIVO É ALERTAR POPULAÇÃO ACIMA DE 45 ANOS PARA ADOENÇA QUE ALTERA A PRESSÃO DO OLHO E LEVA À CEGUEIRA

tado de Goiás,alertou para a im-portância de umdiagnóstico pre-coce da doença.“A principal in-tenção dessa cam-panha é a consci-entização da po-pulação de que oglaucoma é umadoença séria, masque pode ser tra-tada, tem contro-le e que o diag-nóstico precoce éfundamental”, res-saltou.

Um outro ob-jetivo da campa-nha foi coletardados estatísticossobre a incidência da doençano Brasil, dada a inexistênciade indicadores atualmente nopaís. No estado de Goiás, estesdados serão utilizados pelas Se-cretarias Estadual e Municipalde Saúde para propor políticaspúblicas de saúde específicaspara a região. “Não somentenessa campanha, mas em ou-tras realizadas pelo Cerof des-de 1999, temos procurado co-letar dados da população goia-na e da população que procurao Cerof para que possamos iden-tificar qual é a incidência dasdoenças relacionadas à visãoem nossa região e, assim, pro-por políticas públicas de aten-dimento à saúde mais direcio-

nadas às necessidades da nos-sa realidade”, afirmou Taleb.

“Essa parceria tem se mos-trado de grande importânciapara o sistema de saúde e paraa população, pois através decampanhas como esta torna-sepossível detectar precocemen-te certas doenças e, no caso dacampanha contra o glaucoma,sistematizar um banco de dadosque possa vir subsidiar os ges-tores da saúde municipais eestaduais na elaboração de po-líticas públicas e na prioriza-ção do planejamento das açõesvoltadas para esse público”,explicou a SuperintendenteExecutiva da Secretaria Estadu-al de Saúde de Goiás, Maria Lú-

cia Carnelosso,que esteve pre-sente na abertu-ra da campanha.

A doença – Oglaucoma é umadoença que cau-sa dano ao nervoóptico devido àelevação da pres-são intra-ocular.Este nervo é res-ponsável por en-viar sinais visu-ais ao cérebro,que são processa-dos e se conver-tem em imagem.Quando o nervoóptico é afetado,ocorre uma perda

gradual do campo visual até le-var à cegueira definitiva.

A parte anterior do olho épreenchida por um líquido cla-ro e transparente chamado hu-mor aquoso, que circula dentrodo olho continuamente nutrin-do as estruturas internas do ór-gão. Se o sistema de drenagemdo olho entope, a pressãointra-ocular aumenta e, com otempo, pode ocasionar lesõespermanentes nas fibras nervo-sas que compõem o nervo ópti-co, levando-o à atrofia e, porconseqüência, à cegueira.

Taleb aconselha que todapessoa que tenha mais de 45anos de idade procure o médi-co oftalmologista periodica-

mente para medir a pressão dosolhos. Pessoas que têm casosde glaucoma na família, da raçanegra, diabéticos e míopes, de-vem ter mais precaução, poissão mais propensas a desenvol-ver o glaucoma.

O motorista Sílvio MartinsCastilho, 50 anos, foi um dosencaminhados para iniciar otratamento no Cerof. Ao passarpelos exames de tonometria efundoscopia, os atendentesconstataram uma suspeita deglaucoma no olho esquerdo, queestava com a pressão intra-ocu-lar elevada. “Eu tenho uma ir-ritação no olho, mas pensavaque era causada porque ficomuito exposto ao sol. Nuncative problemas para dirigir, in-clusive eu iria deixar para fa-zer o exame quando eu tiver querevalidar minha carteira de mo-torista, daqui a dois anos”, ale-gou Sílvio, que não faz examesoftalmológicos há dez anos enão imaginava que pudesse es-tar com suspeita da doença.

Segundo Taleb, a maioriados casos é tratada com colí-rio, usado para baixar a pres-são do olho e controlar a do-ença. Somente em alguns ca-sos, quando não se conseguecontrolar a doença clinica-mente, o paciente é encami-nhado para a cirurgia. Entre-tanto, o tratamento não con-segue recuperar o campo visu-al perdido, apenas preserva ocampo que ainda resta ao pa-ciente. Portanto, os oftalmo-logistas alertam para a impor-

tância da preven-ção da doença quepermite que o glau-coma seja detecta-do precocemente.

Projeto de exten-são – Essa não é a

primeira campanha realizadano Cerof. O centro tem a tra-dição de realizar campanhasde atendimento oftalmológicoà população desde a sua fun-dação, em 2000. Esse tipo deassistência coletiva ressalta ocompromisso da universidadecom a sociedade, segundo Ta-leb.

“O Cerof é uma instituiçãocem por cento pública, ligadaao Hospital das Clínicas daUFG. Portanto, a nossa funçãoé atender a população com amelhor qualidade possível e,além disso, promover a educa-ção de nossos estudantes da Fa-culdade de Medicina, como tam-bém a educação da população.É papel da universidade fazera extensão universitária, fazerchegar até a população o quenós produzimos aqui dentro. Ascampanhas são projetos de ex-tensão que levam benefício à po-pulação goiana, não apenas naconscientização, mas tambémno atendimento, em que esta-remos beneficiando cerca deduas mil pessoas somente nes-sa campanha”, concluiu Taleb.

Além da Campanha Bra-sil contra o Glaucoma, o Cerofjá realizou as campanhas DeOlho na Visão (2002-2006), deRetinopatia Diabética, cirurgi-as de Catarata, e desenvolveos programas Mutirão da Saú-de nos Bairros em Goiânia eProjeto Kalunga.

(Thalízia Souza)

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Mais de 1.500 pessoas buscaram o Cerof para realizaros exames gratuitamente

O exame é indolor e essencial para a detecção e controle da doença

Page 10: Jornal UFG 10

10 Goiânia, junho de 2007CÂMPUS

Ineficiência do transporte públicoA FALTA DE QUALIDADE DO SISTEMA AFETA A COMUNIDADE DO CÂMPUS II E REGIÃO

tualmente são dez aslinhas de transportecoletivo responsáveis

por atender a população doCâmpus II da UniversidadeFederal de Goiás e dos se-guintes bairros: ConjuntoItatiaia, Condomínio CidadeUniversitária, Mansões doCâmpus, setor Pindorama,setor Elza Franza e Privê Ita-nhangá, Residencial dosIpês, Morada dos Sonhos,Jardim Pompéia, São JudasTadeu, Chácaras Retiro, Goi-ânia II, Chácaras Califórnia,Village Casa Grande, Jar-dim Bom Jesus, ChácarasSão Geraldo, ResidencialAntônio Barbosa, Residenci-al Alice Barbosa, CondomínioShangri-lá, Village Atalaia,Residencial Câmpus, Moradados Ipês e Nossa Morada.

Os moradores da re-gião, bastante insatisfeitoscom a qualidade do transpor-te público, apontam para osatrasos, a redução dos ôni-bus nas férias, feriados e fi-nais de semana e a superlo-tação como os principais pro-blemas referentes ao siste-ma integrado de transportepúblico de Goiânia. “Nós, doConjunto Itatiaia, tínhamosque ter ônibus garantido. Emperíodos de greve, dia de fi-nados, feriado, férias e finaisde semana, os ônibus demo-ram muito e eles ganham di-nheiro. A mudança da linhado Câmpus Centro nãoagradou os morado-res” afirma o mora-dor do Conjunto Ita-tiaia, Martinho Go-mes de Brito, que éex-servidor da UFG.Antes a linha Cam-pus-Centro fazia atrajetória Câmpus,

Santa Genoveva, Câmpus.Agora são duas as linhas quevão para o centro, uma quepassa pelo Itatiaia, São Judase Pompéia, Goiânia II, Cri-méia Leste e Centro e outraque passa pelo Itatiaia, Chá-caras Califórnia, São Judas,Goiânia II, Urias Magalhães,Terminal Rodoviário e Centro.

Almiro Pereira, moradordo Conjunto Itatiaia há 25anos, disse que havia acaba-do de passar e não parar umônibus da linha Câmpus Ma-rista. “Levantei, dei com amão, mas o motorista não pa-rou, e isto não é de hoje.”Devido a esse fato, Almirochega constantemente atra-sado no trabalho, que fica noSetor Sul. O morador afirma:“A mudança das linhas nãomudou nada, dizem que fa-zem pelo povo, mas a gentenão vê nada. Final de sema-na piora. Parece que não temgente aqui.”

Mesmo fora do ano le-tivo, muitos estudantes fa-zem curso de férias ou vão àbiblioteca estudar. Muitasvezes não têm condições derecarregar antecipadamentea carteirinha com meia pas-sagem e, com isso, acabamprejudicados: “Geralmentenão tenho dinheiro para co-locar crédito na carteirinhaantecipadamente, principal-mente nas férias de janeiro,que são mais longas. Façocursos de verão, que são

matérias optativasou de nú-

cleo livre para adiantar o cur-so de graduação. Nas fériasde julho também há ativida-des como bolsa trabalho, pes-quisa e extensão. Se liberarmeia passagem nas férias,não adianta nada ser somen-te para as linhas do Câm-pus, pois o aluno pode fazeratividades da universidadesem ser na universidade. Ea universidade se omite emrelação a isso” afirma Sala-tiel Gomes Carvalho, estu-dante do Curso de Engenha-ria de Alimentos. Ele tambémdiz que a mudança nas li-nhas de ônibus prejudicou osmoradores das proximidadesdo Câmpus, principalmenteos do Residencial Nossa Mo-rada, local onde faz ativida-de de extensão: “Antes a li-nha que passava no NossaMorada era o Itatiaia – Praçada Bíblia, agora é o Circular-Câmpus, que só passa dehora em hora. Sábado só pas-sa até uma hora da tarde edomingo não tem”, afirma oestudante.

Pedro Cruz, coordenadoradjunto da Associação deMoradores e Proprietários doResidencial Nossa Morada eCondomínio Shangrilá diz seressencial que a populaçãotenha acesso aos horáriosoficiais dos ônibus, paraque esta possa cobrarda Companhia Me-tropolitana deTransportes Co-letivos (CMTC)pela pontu-a l i -

dade dos ônibus. “O transpor-te público é um serviço quepagamos antes de receber epor isso o dinheiro entra lí-quido para a empresa. Paga-mos adiantado não somentepara facilitar o acesso ao ôni-bus, mas principalmente paragerar liquidez à empresa”, afir-ma Pedro. Diante das recla-mações da população a CMTCinforma que o levantamentoda demanda é feito por meiode dados técnicos e não cominformações de sentimento.

Nas férias, além daacentuada redução dos ôni-bus, os estudantes ficam im-possibilitados de recarregarsuas carteirinhas com meiapassagem. De acordo com Si-mone Bastos, gerente geralde cadastro do Sindicato dasEmpresas de Transporte Pú-blico - Setransp, quem esta-belece a data da interrupçãoda meia passagem é a CMTC.“Nós fazemos a pesquisa emalgumas escolas sobre o tér-mino e início das aulas paradepois encaminhar para aCMTC, que estabelece a datada interrupção.”

Solicitações por meiapassagem nas férias são con-sideradas pelo Setranspcomo casos atípicos. Para

fazer o requerimento de meiapassagem é necessária a as-sinatura do coordenador dainstituição de ensino comotambém a descrição da ativi-dade, que deve ocorrer nomínimo três vezes por sema-na: “A instituição que temque fazer o ofício para a soli-citação e quem avalia é a di-retoria. Não são muitas assolicitações”, afirma ÁlvaroPereira Pedroso, assistenteadministrativo do Setransp.Os critérios para avaliaçãodo requerimento, que irá per-mitir ou não que o estudan-te carregue sua carteirinhacom meia passagem nas fé-rias são determinados peladiretoria do Setransp, quenão considera esse tipo desolicitação como uma práti-ca de rotina.

Estudante do Curso deVeterinária, Eliete Silva deSouza afirma que fica preju-dicada no período de férias:“Para ir à universidade já tivede largar de comer o lanchepara pagar a passagem intei-ra do ônibus”. Além de pos-sibilitar que o estudante che-gue à instituição de ensino,a meia passagem deveria ga-rantir o acesso à culturacomo um todo, como afirmaEverton Araújo Assis, estu-

dante do Curso de Ciên-cia da Computação. “A

garantia da meia pas-sagem durante o

ano todo é umaforma de o estu-dante ter acessoà cultura. Cos-tumo ir ao ci-nema, e paraisso uso a meiapassagem”.(Pilar Lisboa)

A Reitoria divulgou no Portal UFG (www.ufg.br) os quadros de horáriosdas linhas de ônibus que atendem os câmpus Colemar Natal e Silva(Câmpus I) e Samambaia (Câmpus II). Segundo o ouvidor da UFG,Júlio César Prates, a ampla divulgação desses horários é umasolicitação da comunidade universitária, e visa garantir a fiscalizaçãodos serviços prestados pela Companhia Metropolitana

UFG divulga quadros de horários das linhas que atendem a comunidadede Transportes Coletivos (CMTC).Mais informações podem ser obtidas junto à CMTC (e-mail [email protected] , [email protected] , telefones: (62)3524 5037 e 3524 1849), à Ouvidoria da UFG (Gabinete da Reitoria daUFG, com Júlio César Prates), ao Portal UFG (www.ufg.br) e telefone(62) 3521-1149.

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11Goiânia, junho de 2007 PESQUISA E EXTENSÃO

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raesde que foi implanta-do em 1995, o Progra-ma de Pós-Graduação

em Ciência Animal, da Escolade Veterinária (EV) da UFG,não parou mais de intensifi-car a sua produção científica.Atualmente o Programa sedestaca sendo o único da UFGcom conceito 5 na avaliaçãoda Coordenação de Aperfeiço-amento de Pessoal de NívelSuperior (Capes). Estruturadopara oferecer o aperfeiçoamen-to de profissionais, tanto emnível de mestrado quanto emdoutorado, o programa contacom 45 professores orientado-res credenciados e destina-seaos profissionais das áreas deCiências Agrárias. As linhasde pesquisa ofertadas são:Sanidade Animal, Patologia,Clínica e Cirurgia Animal, Pro-dução Animal e Higiene e Tec-nologia de Alimentos.

Segundo dados da Coor-denação de Pós-Graduação daEV, ao todo estão matricula-dos 70 alunos no mestrado e73 no doutorado. O número deprojetos cadastrados no Sis-tema de Acompanhamento deProjetos de Pesquisa da UFG(SAPP) já soma 174. A Escolade Veterinária conta tambémcom dois de seus professores,Adilson Donizete Damascenoe Rosângela Alves de Olivei-ra, como integrantes do Comitêde Ética em Pesquisas daUFG. De acordo com a profes-sora Maria Clorinda Soares Fi-oravanti, coordenadora dePesquisa e da Pós-Graduaçãoda EV, este cenário reflete di-retamente na Unidade, trans-formando-a numa das maiscompetitivas da UFG.

Em levantamento feitopela coordenadora junto amatriz orçamentária da UFG,é possível constatar, porexemplo, que mesmo não pos-suindo o maior número de pro-fessores doutores da UFG, fa-tor decisivo na obtenção de re-cursos financeiros, os proje-tos da Escola de Veterinária

Não, não... Este não é onome de mais uma festa gó-tica da cidade. Trata-se deum projeto de extensão daEscola de Veterinária da UFGjunto ao município goiano deOrizona, desenvolvido desde1989. Segundo o coordenadordo projeto, professor AiresManuel de Souza, o objetivoé a sistematização do contro-le da raiva animal dos herbí-voros. O professor esclareceuainda que Orizona foi esco-lhida pela incidência de mor-cegos devido a grande quan-

Veterinária destaca produção científicaPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL CONSOLIDA-SE E REPERCUTE NA GRADUAÇÃO

Bat night, a noite do morcego

conquistam editais nacionaise locais, como os do CNPq, Fi-nep, Funape e Sectec-GO.Para a professora Maria Clo-rinda, isto acaba provocandoo chamado “círculo virtuoso”,onde maior produtividade ci-entífica atrai maiores recursospara a elaboração e execuçãode mais projetos e melhoriada infra-estru-tura da Escola.

Com recur-sos destina-dos à constru-ção e reformasde laboratórios,foram contem-plados os deNutrição Ani-mal e de Pato-logia e criado olaboratório deMic roscop ia .Outro exemplofoi a criação do Centro de Pa-rasitologia Animal, construí-do totalmente com recursosde editais de fomento à pes-quisa, e a construção de gabi-netes individuais para os pro-fessores do Departamento deProdução Animal. Para o Di-retor da EV, professor Eugê-

nio Gonçalves de Araújo, após-graduação contribuiu nãosó com a melhoria da estru-tura dos laboratórios, mastambém mudou o horizontee a perspectiva de docentese servidores da Escola de Ve-terinária frente à CiênciaAnimal.

Outro dado constatadoneste levanta-mento foi aquantidade debolsistas do Pro-grama Instituci-onal de Bolsasde Iniciação Ci-entífica do CNPq(Pibic/Pivic), queem 2006 chegoua 56. Um dadosignificativo, vis-to que é na gra-duação que sãodespertados os

futuros pesquisadores. Foi oque aconteceu com Marina Pa-checo Miguel, ex-bolsista deiniciação. Assim que terminoua graduação se inseriu no Pro-grama de Pós-Graduação ehoje se dedica à sua tese dedoutorado. “Os professorespesquisadores daqui sempre

estimulam osalunos mais in-teressados dagraduação apar t i c iparemdas pesquisas”,afirma a douto-randa.

Com o au-mento do nú-mero de profes-sores bolsistasem produtivida-de, consolida-ram-se os gru-pos de pesqui-sas como os deForragicultura,Hemoprasito-ses, Pododer-matites, GadoCurraleiro e aA v i c u l t u r a .Neste ano, naconferência da

Fundação Apinco de Ciência eTecnologias Avícolas, realiza-da em Santos, SP no períodode 29 a 31 de maio, o alunoRodrigo Afonso Leitão, daequipe de pesquisadores deAvicultura do Departamentode Produção Animal da EV, ob-teve menção honrosa do prê-mio Prof. José Maria Lamas,na área de Nutrição Animal.

Para Aline Machado Ra-pello do Nascimento, que segraduou na UPIS-FaculdadesIntegradas em Brasília, estereconhecimento foi decisivo.Interessada em ingressar nomestrado da área de Patolo-gia, não encontrou a ofertadesta área nas pós-gradua-ções na capital federal. Seguiuentão o conselho de um pro-fessor que já conhecia o tra-balho desenvolvido pela EV eatualmente, Aline Machadoestá prestes a defender suadissertação.

Neste contexto, a Facul-dade de Medicina Veterináriae Zootecnia da UniversidadeFederal do Tocantins (FMVZ-UFT), propôs um projeto paraa capacitação em bloco deseus professores em nível de

doutorado. É o chamadoDinter-institucional, que con-siste na formação de dez dou-tores pelo Programa de Pós-Graduação da EV. As ativida-des neste caso são divididas.A maior parte ocorre no Câm-pus da UFT em Araguaína e orestante, cerca de 1/3, o dou-torando permanece em conta-to direto com o seu orienta-dor, em Goiânia. As primeirasdefesas estão previstas parameados de julho de 2009.

Revista - A excelênciada pesquisa na EV também foidecisiva na conquista no ní-vel A na avaliação da Capes darevista Ciência Animal Brasi-leira (CAB), editada pela Es-cola. De acordo com o servi-dor Antonio José Siqueira Bor-ges, um dos editores, a revis-ta já possui todo um sistemade avaliação e respostas online aos autores de trabalhosa serem publicados. Os traba-lhos enviados são entreguespara avaliadores credenciadosem várias partes do Brasil. Arevista aguarda para o próxi-mo semestre a resposta aopedido de inclusão no bancode dados do SciELO, sigla paraScientific Electronic LibraryOnline. Trata-se de uma bibli-oteca eletrônica, resultado deum projeto de pesquisa daFundação de Amparo à Pesqui-sa do Estado de São Paulo (Fa-pesp), em parceria com o Cen-tro Latino-Americano e doCaribe de Informação em Ci-ências da Saúde (Bireme), quedisponibiliza uma coleção se-lecionada de periódicos cien-tíficos brasileiros na internet.

Em seu levantamento, aprofessora Maria Clorinda es-tipulou metas para o aperfei-çoamento da Pós-Graduação,como o fortalecimento do pro-grama de iniciação científica,o estímulo à capacitação depessoal docente e técnico-ad-ministrativo e o aumento dademanda qualificada nos edi-tais de financiamento de pro-jetos. (Michele Martins)

tidade de abrigos naturais eartificiais que servem a es-tes animais, facilitando as-sim a proliferação destes.

Durante os dias 17, 18e 19 de maio, 35 formandosem Medicina Veterinária ma-triculados na disciplina Saú-de Pública, se dedicaram àlocalização, cadastramento emonitoramento de abrigos,para controlar a população demorcegos hematófagos, quese alimentam de sangue ani-mal, da espécie Desmodusrotundus. Promoveram ainda

a vigi lânciaepidemiológicae diagnósticolaboratorial, a va-cinação de animais herbí-voros domésticos e educa-ção sanitária, junto à po-pulação.

As atividades noturnasse concentraram na EscolaFamília Agrícola de Orizona(Efaori). Após a instalaçãodas redes de captura, emsistema de escala, os alu-nos se revezaram de horaem hora até o amanhecer

para recolher os animais nas gai-olas. Na manhã seguinte, outros

morcegos foram capturados em abri-gos naturais, como cavernas, nos ar-

redores da cidade.No período da tarde, foi realizado o

VI Encontro sobre Raiva Animal, para umnúmero de 109 participantes entre estu-

dantes, produtores rurais e comunidade lo-cal. Todos assistiram palestras preparadas

por alguns dos alunos e por integrantes deórgãos como a Superintendência Federal deAgricultura em Goiás, a Agrodefesa e a Agên-cia Rural, a Secretaria de Saúde de Goiás,Prefeitura Municipal, Sindicato Rural deOrizona e iniciativa privada.

D

Recursos para a pós-graduação e pesqusia são investidos também na compra deequipamentos e melhoria dos laboratórios da Escola de Veterinária

“A pós-graduaçãocontribuiu

também parauma nova

perspectiva dedocentes e

servidores daEscola frente à

Ciência Animal”

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12 Goiânia, junho de 2007UNIVERSIDADE

Atendimento noturno no DAA

Livro aborda sedação em Odontologia

prefeito de GoiâniaÍris Rezende Macha-do e o secretário mu-

nicipal do Meio Ambiente,Clarismino Luiz Pereira Jú-nior, visitaram a Escola deAgronomia e Engenharia deAlimentos (EA) da Universi-dade Federal de Goiás (UFG),no início de junho. Objetivofoi formalizar o protocolo deintenções entre ambas as ins-tituições com vistas à assina-tura de convênio, previstopara o mês de agosto. A pro-posta é dar continuidade àprodução de espécies de árvo-res nativas e de grama, paraatender as demandas do pro-jeto de arborização urbana epaisagismo da Prefeitura deGoiânia.

As autoridades foramrecebidas pelo reitor da UFG,Edward Madureira Brasil, epelo diretor da EA, professorJuarez Patrício de OliveiraJúnior, além de um grupo deprofessores e estudantes. Naoportunidade, o prefeito res-saltou a importância da par-ceria de instituições, como aUFG com a Prefeitura. “É pre-ciso haver união de esforçospara a concretização de pro-jetos sociais”. Também lem-brou da época em que foi es-tudante da UFG, expressan-do o seu carinho pela insti-tuição.

para ampliar áreasverdes de Goiânia

O objetivo é darcontinuidade à produçãode mudas de árvores,a fim de atender o projetode arborização urbana epaisagismo da Prefeiturade Goiânia. Convêniopossibilitará a produção de300 mil mudas/ano deespécies nativas.

PREFEITURA BUSCA PARCERIA DA UFG

A Prefeitura Municipalde Goiânia comemora os re-sultados do último estudo queclassifica a capital goianacomo a capital de Estado demaior extensão de área ver-de por habitante – 0,56 árvo-re/habitante e maior núme-ro de árvores em vias públi-cas do País.

A UFG e a Prefeitura jámantêm um convênio há dezanos, e que termina em julho,para a produção de mudas deespécies florestais nativasdestinadas à recuperação dabacia do rio Meia Ponte. Paratanto, a universidade cedeárea de 2,1 hectares, com ainfra-estrutura necessária,com casas de vegetação e sis-tema de irrigação, para a pro-dução das mudas.

Por meio do novo convê-nio, a UFG deverá ceder maiscinco hectares de terra paraas atividades previstas, alémdo suporte técnico. A Prefei-tura, por sua vez, fornecerámateriais, equipamentos epessoal de apoio, para a for-mação e manutenção dos vi-veiros. Cerca de 300 mil mu-das deverão ser produzidaspor ano e replantadas em pra-ças, ruas e logradouros dacapital.

O professor Jácomo Di-vino Borges, coordenador doconvênio na UFG, informaque os viveiros servirão tam-bém para a condução de pes-quisas e aulas práticas emdiferentes disciplinas, alémde serem utilizados para aprodução de mudas de plan-tas ornamentais para os câm-pus da UFG. Também estarãoatuando nas atividades osprofessores Ronaldo VelosoNaves, Larissa Leandro Pirese Gilmarcos Carvalho Correa,todos da EA. (Silvânia Lima)

“Sedação em Odontologia: desmistificandosua prática”. Este é o título do livro publicado,em maio, por uma equipe da Faculdade de Odon-tologia (FO) da UFG. A obra é fruto de um proje-to de extensão (FO-2, NESO - Núcleo de Estudosem Sedação Odontológica) desenvolvi-do desde 1998, e de vários projetosde pesquisa, que envolvem profes-sores e pós-graduandos da FO.“Trata-se da primeira obra brasilei-ra sobre sedação em Odontologia,que busca preencher uma lacunanessa temática, visando o con-texto nacional”, afirma a profes-sora da FO Luciane Ribeiro deRezende Sucasas da Costa, dogrupo de autores do livro.

Além dela, respon-dem pela autoria princi-pal do livro, os profes-sores Paulo Sérgio Su-casas da Costa, da Fa-culdade de Medicina(FM) da UFG e as dou-torandas em Ciências daSaúde, Alessandra Ro-drigues de Almeida Limae Giovanna Pires da Sil-va Ribeiro de Rezende (FO/UFG). Participam da obra,

ainda, outros professores e pesquisadores.A publicação, dividida em três partes, visa

subsidiar o cirurgião-dentista com o conhecimen-to teórico essencial à prática da sedação mínima emoderada em consultório odontológico. Na primei-

ra, são apresentados os aspectos filosóficose conceituais relacionados à sedação em

Odontologia; a segunda trata de aspectospré-clínicos importantes à realização da

sedação, fundamentados na fisiologiae farmacologia clínica; e a terceira

parte representa a operacionaliza-ção da sedação no consultórioodontológico, desde a semiologiapré-anestésica até as emergên-

cias médicas.

Criada a Associação de Arquivologia de Goiás

O Departamento de Assuntos Acadêmicos (DAA) da Univer-sidade Federal de Goiás (UFG) passa a atender também no períodonoturno, das 19h às 21h30 horas, os estudantes da instituição. Amedida tem por objetivo beneficiar os alunos que não têm condi-ções de procurar o órgão no horário comercial. A iniciativa faz par-te do plano de gestão da Reitoria da UFG e ainda está em fase deteste, com apenas três guichês funcionando. Segundo a diretorado DAA, Valquíria da Rocha Santos Veloso, apesar de o horário depico dos atendimentos ser das 17 às 19 horas, sempre aparecempessoas atrás dos serviços do departamento.

Atualmente, apenas os guichês do Protocolo, de Registro de Alu-nos e Registro de Diplomas estão abertos. O DAA funciona à noite comdois servidores efetivos e três estagiários contratados pela Pró-Reitoriade Administração e Finanças (Proad). Valquíria afirma que o sistema seráavaliado daqui a dois meses, e já foram feitos os pedidos para a contrata-ção de mais servidores. A diretora afirma que a expectativa do DAA para ofuturo é instalar um posto de informações do departamento na Faculdadede Educação, no Câmpus I da UFG. (Matheus Álvares Ribeiro)

No último dia 5 dejunho ocorreu a cerimô-nia oficial de criação daAssociação de Arquivo-logia do Estado de Goi-ás (AAG), no Centro Cul-tural Jesco Puttkamer,em Goiânia. A Associa-ção, que tem o apoio daUniversidade Federal deGoiás (UFG) e Universi-dade Católica de Goiás(UCG), foi criada no dia19 de dezembro de 2006e, provisoriamente, fun-ciona no Centro de Informação e Documentaçãoda UFG, no Câmpus II. A diretoria da AAG écomposta da presidente, Heloísa Esser dos Reis(UFG); vice-presidente, Rosângela Barbosa Silva(UFG); 1ª secretária, Simone de Lourdes de Oli-veira; 2ª secretária, Célia Araújo Silva; 1º tesou-reiro, Antônio Henrique Braga; e 2º tesoureiro,Carlos Antônio Ferreira.

Segundo a arquivista e membro da comissãocientífica da associação, Maria Teresinha Camposde Santana, a AAG foi criada com o objetivo defortalecer e dar maior visibilidade à área no Esta-do de Goiás. “Nós não temos cursos de graduaçãoem Arquivologia em Goiás, e por isso, a Associa-ção pode fomentar a discussão para que se crie ocurso”, explicou Teresinha.

O profissional de arquivologia deve conduzira gestão da informação, o acompanhamento doprocesso documental e informativo, a identifica-ção das espécies e tipologias documentais, o pla-nejamento para o tratamento de novos documen-tos e o controle de meios de reprodução.

Atualmente, exis-tem em todo o país ape-nas dez cursos de gradu-ação para arquivistas. EmGoiânia, há um curso deespecialização em Gestãode Arquivos e Tecnologiada Informação, no qual,segundo Teresinha, mui-tas empresas e institui-ções de ensino têm pro-curado aprimorar-se. AArquivologia abrange ain-da os cursos de Bibliote-conomia, História, Ciên-

cias Sociais, Secretariado Executivo, Tecnologiada Informação, Direito e outros.

Durante a solenidade de criação, que contoucom a presença do reitor da UFG Edward Madu-reira Brasil, dez arquivistas e professores foramhomenageados. Dentre eles, o arquivista aposen-tado da UFG Armando Honório da Silva. Para ele,a criação da associação tende realmente a fortale-cer a área e os profissionais. Ele explicou que jáexiste a Associação dos Amigos do Arquivo do Es-tado de Goiás, mas a associação terá maiores ins-trumentos para a fomentação dos trabalhos da área.

Juntamente com a cerimônia de criação daassociação, foi lançado o XV Congresso Brasilei-ro de Arquivologia que irá ocorrer de 30 de ju-nho a 4 de julho de 2008, em Goiânia, e terácomo comissão organizadora a equipe da AAG,com apoio da UFG e UCG. O tema do congressoserá “A Arquivologia no Brasil: diversidades, desi-gualdades e perspectivas”. Mais informações so-bre o congresso no site: www.cidarq.ufg.br

(Maria Emília Naves)

Membros da diretoria da AAG, sob a presidência deHeloísa Esser dos Reis (3ª da D para E)

Edward Brasil e Iris Rezende visitam o viveiro de mudas mantido pelaSemma na Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos

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Page 13: Jornal UFG 10

13Goiânia, junho de 2007 COMUNICAÇÃO

omunicar implica interagir,construir relações, trafegar empista de mão dupla. Trata-se

de um processo de construção e re-construção de textos. A propósito, eti-mologicamente, “texto” significa te-cido (do latim), o que remete à idéiade textura. Podemos, pois, definir co-municação como ato de costurar sig-nificados e sentidos, de tecer fioscom reciprocidade, dialogicidade ecompreensão mútua. Teias de comu-nhão.

Entretanto, o que observamosno mundo contemporâneo aproxima-se mais a um processo de incomuni-cação. O excesso de informações e asaturação de imagens contribuemmais para confundir do que para pro-mover o conhecimento e a educação.De uma maneira geral, há quatro pa-radigmas em comunicação organiza-cional:

1. instituições e empresas sem es-trutura de comunicação;

2. instituições e empresas com prá-ticas improvisadas e meramentereativas de comunicação;

3. organizações com práticas de co-municação planejadas técnica e ta-ticamente;

4. organizações em que a comunica-ção assume valor estratégico nagestão administrativa.

No modelo de comunicação téc-nica e tática a preocupação básica écom a transmissão de informações enotícias. Embora de fundamentalimportância, o paradigma da divulga-ção tende a ocorrer em sentido uni-direcional, de cima para baixo, e sempossibilidade de interatividade. Tra-ta-se, pois, de um modelo linear, demão única, como se os receptores fos-sem apenas um mero receptáculo (cai-xa vazia) de conteúdos hierarquiza-dos e, às vezes, manipulados ideolo-gicamente. Ocorre, porém, que os di-ferentes públicos não devem ser en-carados como indivíduos passivos. Aocontrário, são sujeitos ativos do pro-cesso de comunicação, e querem nãosó receber informações como tam-bém produzir conteúdos. Enfim, ou-vir e falar, dialogar.

Comunicação estratégica – Ummodelo alternativo acena, porém, emdireção a uma outra comunicação.

Fios e desafios da comunicação em rede

Prof. Magno Medeiros

Neste, as organizações conferem umvalor estratégico aos processos decomunicação, situando-os no centrodas preocupações. Isso implica prio-rizar a comunicação como vetor ca-talisador de energias. A postura es-tratégica requer planejamento contí-nuo, de longo prazo, além de visãoglobal de metas, objetivos, obstácu-los, riscos e soluções aos problemasexistentes. Trata-se, portanto, deempreender uma atitude crítica econstrutiva, repensando sempre osprodutos e serviços oferecidos à co-munidade, dentro de um contextoem que atuam públicos distintos,com pleitos específicos. A comuni-cação estratégica impõe que resga-temos a dimensão humana das or-ganizações. Neste sentido, é preci-so valorizar e facilitar a contribui-ção ativa de todos, promover discus-sões democráticas e buscar solu-ções coletivas.

No caso da UFG, é preciso con-siderar que se trata de uma institui-ção pública e, por isso mesmo, situ-ada no campo da pluralidade de inte-resses e demandas da sociedadecomo um todo. As diversidades soci-ais, culturais, econômicas, étnicas,de gênero e orientação sexual, im-põem uma postura de tolerância. Acomunicação estratégica, reconhe-cendo as identidades, deve pautar-se pela multiplicidade de vozes e co-res. Tem que se orientar, politica-mente, pelo respeito aos valores ex-pressos pela sociedade e pela defe-sa aos direitos humanos.

Política de comunicação integra-da – A dispersão de informações, apulverização de mídias e a falta depadronização de formatos institu-cionais são problemas que atingemas organizações de um modo geral.Um sério obstáculo é a fragmenta-ção da universidade e suas práti-cas, o que acaba provocando o iso-lacionismo de unidades, órgãos,departamentos, coordenações etc.Interagir e ampliar raios de ação evisibilidade são desafios necessá-rios para que a comunicação flua deforma integrada.

Uma política de comunicação emrede fundamenta-se na integração einteração. Ou seja: apóia-se no con-ceito de comunicação integrada, apartir de três perspectivas:

a) Atuação interdispliciplinare multiprofissional – Habilidadese competências distintas (jornalis-mo, relações públicas, publicidade,marketing, design gráfico, webdesign,produção audiovisual, ciência da in-formação, letras, informática) se so-mam em uma completa sinergia mul-tiprofissional. Hoje, a eficiência é ini-miga da fragmentação e aliada da in-terdisciplinaridade. Na UFG, a Asses-soria de Comunicação (Ascom) traba-lha de maneira integrada, promoven-do o diálogo entre duas seções: a As-sessoria de Imprensa e a Assessoriade Relações Públicas. Nestas, háestagiários de jornalismo, relaçõespúblicas, publicidade e design gráfi-co. Já a equipe web do portal da UFGtem estagiários de Ciência da Com-putação, Engenharia de Computação,dentre outros. É preciso, no entan-to, integrar ainda mais as áreas decomunicação de unidades e órgãos daUFG, especialmente Rádio Universi-tária, Fundação RTVE, Faculdade deComunicação e Biblioteconomia, Ce-graf, UFGNet, Cercomp, Centro Inte-grado de Aprendizagem em Rede eSistema de Bibliotecas.

b) Convergência de mídias –Produtos e serviços podem ser desen-volvidos com maior eficiência a par-tir da confluência de tecnologias e mí-dias: publicações impressas (jornais,informativos, catálogos, folders, car-tazes etc.), produções eletrônicas(rádio e televisão) e internet (portais,sites, webtv, web-rádio, newsletter,e-boletins, vídeos, fotografias, listasde discussão, videoconferência,chats, banners etc). O Jornal UFG eo boletim UFG Notícias, por exem-plo, possuem formato impresso e ele-trônico, e estão disponíveis on-lineno portal da UFG. Vídeos e fotografi-as também são publicados em váriossuportes digitais. Os sites das uni-dades e órgãos da UFG podem e de-vem ser atualizados diariamente apartir de uma maior integração como portal da UFG e com as equipes daAscom. O grande desafio, hoje, é aimplantação da TV UFG, cuja conces-são do canal 14 (educativo e cultu-ral) já foi outorgado pelo Ministériodas Comunicações. Há um projeto emconstrução que muito beneficiará asrádios e TVs universitárias: a RedeI-FES. Este projeto tem por objetivo vi-

abilizar a per-muta de programas pormeio da rede RNP. A infovia permi-tirá a distribuição de programas dasinstituições federais de ensino su-perior. As produções poderão sercompartilhadas, com redução subs-tancial de recursos. A digitalizaçãodos sistemas de comunicação e arede pública de televisão permiti-rão uma inusitada convergência demídias.

c) Interação de públicos – Adimensão humana da comunicaçãoreside em ambientes de inter-relaci-onamento e convivência. Neste sen-tido, é preciso promover a interaçãode públicos (professores, técnicos-administrativos, estudantes, pesqui-sadores, gestores, lideranças gover-namentais e não-governamentais,fornecedores e comunidade em geral).Mas as interações só ocorrem, efeti-vamente, em situações que motivema participação, a polifonia, a eqüida-de e o envolvimento.

No contexto das organizações, énecessário confluir duas sub-redes:a formal e a informal. A primeira éconstituída pelos meios de comuni-cação e instrumentos especialmen-te criados para informar de maneiraoficial. Já a rede informal é consti-tuída por fluxos espontâneos e ex-tra-oficiais. São fluxos oriundos daconversa, do diálogo, das conexões in-terpessoais em que todos têm oportu-nidades iguais, sem hierarquias. Nadimensão humana, a comunicação estápresente em todos os atos de relacio-namento. Reuniões administrativas einstitucionais também constituem pro-cessos de comunicação. E, enquantotal, devem ser pensadas a partir deações estratégicas.

A instauração de uma política decomunicação em rede integra, portan-to, essas duas sub-redes, pois o cen-tral e o periférico são igualmente im-portantes, e cada qual tem o seu es-paço no jogo democrático das organi-zações. Mas essa política precisa serpensada e construída coletivamente.E é exatamente por isso que esta-mos convidando toda a comunidadeuniversitária para, juntos, elaborar-mos uma rede de comunicação ativa,orientada, substancialmente, pelointeresse público

(Magno Medeiros).

C

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14 Goiânia, junho de 2007PESQUISA

MESTRADO

FÍSICAInstituto de Física (IF)

Aluno: BRUNO DE MOURA ESCHERTítulo: “Estados de Fock no Campo Luminoso: Geração em ModosViajantes”Orientador: Professor Basílio BaseiaData da defesa: 1/3/2007

Aluno: WESLEY BUENO CARDOSOTítulo: “Teletransporte de estados quânticos sem medida explícitados estados de Bell incluindo efeitos de flutuações no tempo deinteração entre o átomo e campo”Orientador: Professor Norton Gomes de AlmeidaData da defesa: 12/3/2007

Aluna: IARA PEREIRA DE QUEIRÓSTítulo: “Processos Dissipativos em Eletrodinâmica Quântica de Cavi-dades Bimodais:Engenharia e Teletransporte de Estados Coerentes do Campo Eletro-magnético”Orientador: Profesor Norton G. de AlmeidaData da defesa: 4/4/2007

Aluno: EMÍLIO SANTIAGO NAVESTítulo: “Cálculos da polarizabilidade e da segunda hiperpolarizabili-dade dinâmicas do peróxido de hidrogênio incluindo correções vi-bracionais”Orientador: Professor Marcos A. de CastroData da defesa: 12/4/2007

MATEMÁTICAInstituto de Matemática e Estatística (IME)

Aluna: FABIANA CHAGASTítulo: “Variedades Quase Einstein”Orientador: Professor Romildo da Silva PinaData da defesa: 9/3/2007

Aluna: FRANCIANE JOSÉ DA SILVATítulo: “Superfícies com fibrado normal palno: uma construção explí-cita”Orientador: Professor Armando Mauro Vasquez CorroData da defesa: 23/3/2007Aluno: EVERSON JOSÉ DA SILVATítulo: “Método Proximal de Segunda Ordem Para o Problema deEqulíbrio”Orientador: Professor Geci José Pereira da SilvaData da defesa: 29/3/2007

Aluno: PAULO ALEXANDRE OLIVEIRATítulo: “Convergência finita do algoritmo ponto proximal para desi-gualdade variacional”Orientador: Professor Luis Román Lucambio PérezData da defesa: 30/3/2007

Aluna: STELA MARES CORRÊATítulo: “Métricas de Einstein Projetivas na Geometria de Riemann-Finsler”Orientador: Professor Marcelo Almeida de SouzaData da defesa: 30/3/2007

PATOLOGIA TROPICALInstituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP)

Aluna: LY DE FREITAS FERNANDESTítulo: “Miíases, pé diabético e úlceras de estas e venosa em pacien-tes do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás: estu-do da entomofauna e microbiota relacionadas”Orientador: Professor Fernando de Freitas FernandesData da defesa: 2/3/2007

Aluna: LUCIANA SILVA CRUZ OLIVEIRATítulo: “Streptococcus pneumoniae isolados simultaneamente de líqu-or, sangue e nasofaringe de crianças com meningites pneumocóci-cas: suscetibilidade, sorotipos e tipagem da PspA”Orientadora: Professor Fabiana Cristina PimentaData da defesa: 2/3/2007

Aluna: NÁDIA RÚBIA DA SILVA REISTítulo: “Estudo sorológico e molecular da infecção pelo vírus da hepa-tite C em afro-descendentes de comunidades isoladas de Goiás”Orientadora: Professora Regina Maria Bringel MartinsData da defesa: 2/3/2007

Aluna: ANA PAULA MARTINS DE OLIVEIRATítulo: “Moluscos em Goiás. Importância como transmissores de para-sitos, com especial citação de Achatina fulica (Bowdich, 1822)”Orientador: Professor José Luiz de Barros AraújoData da defesa: 6/3/2007

Aluna: ZILMA FERREIRA DOURADO E SOUSATítulo: “Diagnóstico da Leishmaniose Visceral em áreas rurais, endê-micas e não endêmicas, utilizando o teste imunocromatográfico rK39(2004-2006)”Orientador: Professor Marco Túlio A. García-ZaptaData da defesa: 9/3/2007

Aluno: DAVID ANTÔNIO COSTA BARROSTítulo: “Controle da Doença de Chagas após implantação do SistemaÚnico de Saúde (SUS) em Novo Brasil – GO e São Luis de MontesBelos – GO: Aspectos históricos, vigilância soro-entomológica e par-ticipação comunitári”Orientador: Professor Marco Túlio A. García-ZaptaData da defesa: 15/3/2007

Aluno: MAX WEYLER NERYTítulo: “Dislipidemias em pacientes portadores de HIV/Aids, em tra-tamento com terapia anti-retroviral”

Orientadora: Professor Marília Dalva TurchiData da defesa: 30/3/2007

Aluna: NAIRA BORGES AMAROTítulo: “Avaliação do potencial de extratos vegetais de Trichiliapallida (Swartz, 1788) (Sapindales: Meliaceae) e Sesamum indi-cum (Linnaeus, 1753) (Lamiales: Pedaliaceae) na prospecção deacaricidas botânicos para controle de Rhipicephalus sanguineus(Latreille, 1806) (Acari: Ixodidae)”Orientador: Professor Fernando de Freitas FernandesData da defesa: 16/4/2007

CULTURA VISUAL Faculdade de Artes Visuais (FAV)

Aluno: MIGUEL LUIZ AMBRIZZITítulo: “Caminhos Cruzados. Artistas entre viagens, olhares e tempos: artee ciência na expedição Langsdorff - Séculos XIX E XX”Orientadora: Professora Rosana Horio MonteiroData da defesa: 14/2/2007

Aluno: HENRIQUE LIMA ASSISTítulo: “Outros modos de ver: imagem cinematográficas no ensino deArtes Visuais”Data da defesa: 3/4/2007

Aluna: LAVÍNNIA SEABRA GOMESTítulo: “A matriz de gravura como elemento de moda”Orientador: Professor José Teatini de Souza ClímacoData da defesa: 11/4/2007

Aluno: SÉRGIO ANTONIO PENNA DE MORAESTítulo: “Gravuras com uso de computação gráfica: um processo pes-soal de criação, autoconhecimento e transformação”Orientador: Professor José Teatini de Souza ClímacoData da defesa: 17/4/2007

Aluno: ADAIR MARQUES FILHOTítulo: “Arte e cotidiano: experiência homossexual, Teoria Queer eeducação”Orientador: Professor Raimundo MartinsData da defesa: 24/4/2007

LETRAS E LINGÜÍSTICAFaculdade de Letras

Aluna: CAROLINE BRUM JACQUESTítulo: “Um olhar sobre a infância atual: sua constituição subjetiva apartir do livro didático”Orientadora: Professora Kátia Menezes de SousaData da defesa: 6/3/2007

Aluna: SUENE HONORATO DE JESUSTítulo: “Trilogia do enfrentamento do mistério: a poesia de AlexeiBueno e sua relação como mundo”Orientadora: Professora Goiandira de Fátima Ortiz de CamargoData da defesa: 13/3/2007

Aluna: MARIA LUCIA KONSTítulo: “Uma leitura sobre a formação do professor-leitor”Orientador: Professor Agostinho Potenciano de SouzaData da defesa: 15/3/2007

Aluna: MARGARIDA ROSA ÁLVARESTítulo: “Do Brasil à Espanha: uma viagem intercultural através dapropaganda”Orientadora: Professora Lucielena Mendonça de LimaData da defesa: 19/3/2007

Aluna: BRUNA MARIA DA CUNHA OLIVEIRATítulo: “Indícios de autoria em Redações do Vestibular/UFG” Orientadora: Professora Kátia Menezes de SousaData da defesa: 30/3/2007

Aluna: VANESSA GOMES FRANCATítulo: A Literatura Infantil/Juvenil brasileira na França: où estLobatô?Orientadora: Professora Ofir Bergemann de Aguiar/ Faculdade deLetrasData da defesa: 11/4/2007

Aluna: ALEXANDRA ALMEIDA DE OLIVEIRATítulo: “Clarice Lispector, Hélène Cixous e os Thiériot: unidos peloslaços das (re)escrituras”Orientadora: Professora Ofir Bergemann de AguiarData da defesa: 11/4/2007

Aluna: ELIANE ÂNGELA ALMEIDA MEIRATítulo: “As transgressões em Kadosh de Hilda Hilst” Orientadora: Professora Maria Zaira TurchiData da defesa: 16/4/2007

Aluno: WILMAR FARIA DE OLIVEIRATítulo: “Práticas de leitura: a leitura em casa”Orientador: Professor Agostinho Potenciano de SouzaData da defesa: 19/4/2007 Aluna: MARIA LUIZA GOMES VASCONCELOSTítulo: “O imaginário popular expresso em narrativas orais poranga-tuenses”Orientador: Professor Mário Luiz Frungillo (Unicamp)Data da defesa: 26/4/2007 Aluna: MARIANA AMORIM ROMEROTítulo: “Encontrando o diabo dantesco: uma viagem ao Inferno deDante”. Orientador: Professor Mário Luiz Frungillo (Unicamp)Data da defesa: 27/4/2007

A revista eletrônica da Faculdade de En-fermagem (FEN) da Universidade Federal deGoiás (UFG), classificada como “C” interna-cional pelo Programa “Qualis”, da Coorde-nação de Aperfeiçoamento de Pessoal deNível Superior (Capes), acaba de ser inte-grada a mais um importante meio de divul-gação da área de Enfernagem, o Portal dePeriódicos Eletrônicos da BVS-Enfermagem(Bireme/ OPAS/ OMS).

Com periodicidade quadrimestral, aREE da FEN/UFG é a primeira publicação ex-clusivamente eletrônica de enfermagem noBrasil. Seu conselho editorial é compostopor enfermeiros e pesquisadores, de reno-me internacional.

Criada em 1999, por iniciativa dos pro-fessores Joaquim Tomé de Souza e MarceloMedeiros, “a REE surgiu da necessidade decolocar na rede um periódico de acesso li-vre, um ‘Open Journal’, com o objetivo deatender a comunidade da saúde, em especi-al o público de Enfermagem”, como informouo diretor da FEN, professor Marcelo Medei-ros.

Além de ser indexada no Qualis CapesC – Internacional, desde 2006, a REE cons-ta nas seguintes bases de literatura cientí-fica e bibliotecas virtuais da área de saúde:Literatura Latino- Americana e do Caribe emCiências da Saúde (Lilacs), Base de Dadosde Enfermagem (BDENF), Cumulative Indexto Nursing and Allied Health Literature(Cinahl), Base de Datos Bibliográfica de laFundación Index (Cuiden), Directory of OpenJournal System (Doaj) e o Directorio dePublicaciones Cientí f icas Seriadas deAmerica Latina; além de várias outrasindexações complementares.

Segundo o editor da revista e diretorda Faculdade de Enfermagem da UFG, pro-fessor Marcelo Medeiros, “este é um mo-mento importante para a Revista, pois está,a cada dia, alcançando maior visibilidade”.Ele ressalta que o êxito na publicação nocenário científico nacional e internacionalse deve a um trabalho coletivo de colabora-dores, consultores, equipe técnica institu-cional, e todos aqueles que acreditaram emseu potencial. Para conferir a Revista Ele-trônica de Enfermagem no Portal da BVS-Enfermagem, o endereço é http://www.portalbvsenf.eerp.usp.br/scielo.php?

Contato:Revista eletrônica de Enfermagem(http://www.fen.ufg.br/revista/)Editor-chefe: Marcelo MedeirosEditoração eletrônica: Joaquim Tomé deSouzaUniversidade Federal de GoiásFaculdade de EnfermagemRua 227 Qd 68, S/N - Setor Leste Univer-sitárioCEP: 74605-080 - Goiânia/GoiásTelefone: (62) 3209-6136Fax: (62) 3521-1807E-mail: [email protected]

Revista Eletrônicade Enfermagem

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15Goiânia, junho de 2007 VIDA ACADÊMICA

• O Sistema de Bibliotecas (Sibi/UFG) possui cinco unidades, sendo que aBiblioteca Central (BC) fica no Câmpus II. As setoriais são: Câmpus I (BSCAMI),Cepae (BSCepae), Câmpus de Jataí (BSCAJ) e de Catalão (BSCAC). Vejamais no site www.bc.ufg.br.

• O acervo do Sibi/UFG reúne cerca de 180 mil exemplares de livros e fitas emVHS e DVD, 206.006 exemplares de periódicos em papel e 4.557 exempla-res. O acervo pode ser consultado pelo s ite www.bc.ufg.br, link Acervo.

• Em 2004 a UFG adquiriu o software SophiA, que possibilitou o gerenciamen-to integrado dos dados e funções entre as bibliotecas do Sistema e a ofertade novos serviços para a comunidade UFG, como, por exemplo, o alerta dedevolução.

• Os serviços de reserva e renovação on line de materiais bibliográficos jáestão disponíveis para alunos de pós-graduação e servidores docentes etécnico-administrativos da UFG. Para isso basta solicitar uma senha pelo e-mail: [email protected].

• As Bibliotecas Central e Setorial do Câmpus I possuem salas didáticas deinformática para ensino e pesquisa. O acesso é permitido à comunidade daUFG mediante a apresentação da carteira de usuário da biblioteca.

• As bibliotecas da UFG realizam treinamentos direcionados aos programasde pós-graduação para acessar as bases de dados e periódicos eletrônicosdisponíveis no Portal Capes. No site www.ufg.br há um atalho para o portal.

• O serviço de Comutação Bibliográfica (Comut) permite a obtenção de cópiasde artigos, independente do lugar em que esteja o documento original. Opedido pode ser feito pelo site www.bc.ufg.br.

• O Sibi/UFG possui uma biblioteca digital que publi-ca a produção de teses e dissertações da UFG e in-tegra um banco eletrônico de várias instituições deensino superior brasileiras, o qual é gerenciado peloIbict. O acesso pode ser pelo site www.bc.ufg.br.

• O Conselho de Bibliotecas, formado por re-presentantes das unidades acadêmicas daUFG. Entre suas atribuições está a elabora-ção da lista anual de materiais bibliográficosque serão adquiridos para as bibliotecas. Pormeio deste representante você pode fazer su-gestões de aquisição.

• O Projeto Biblioteca às 12 horas tem cunho cul-tural e é realizado pela Biblioteca Central desde1994. Acontece todas as terças-feiras úteis docalendário acadêmico, sempre ao meio-dia. Asatividades são abertas ao público em geral e va-lem horas complementares para alunos de gradu-ação da UFG.

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maior parte dos cur-sos da UniversidadeFederal de Goiás

(UFG), avaliados pelo Exa-me Nacional de Desempe-nho de Estudantes (Enade),ano base 2006,obteve as me-lhores pontua-ções (4 e 5). Aotodo, oito dosdez cursos ava-liados tiverameste desempe-nho, o que oscoloca, segundoos critérios doexame, entreos melhorescursos do país.

Os cursosavaliados esuas respecti-vas notas fo-ram: Biblioteco-nomia (4), Bio-medicina (5),Publicidade ePropaganda (4), RelaçõesPúblicas (4), Design (4), Di-reito de Goiânia e Cidadede Goiás (5 e 4, respecti-vamente) e Artes Cênicas(4). Os cursos de Jornalis-mo (2) e Música (3) não fo-ram bem conceituados pormotivo de boicote por par-te dos alunos convocadospara o exame. Os cursos deAdministração, CiênciasContábeis, Ciências Eco-nômicas e Psicologia, daUFG, selecionados para oEnade deste ano, não rece-beram classificação porainda não possuírem alu-nos concluintes.

O Enade avalia o de-sempenho dos estudantesrecém-ingressos e conclu-intes de todas as univer-sidades do país. Além deavaliar o desempenho ge-ral dos alunos, por meio deprovas, também é efetua-da uma avaliação paramedir a progressão do de-sempenho destes estudan-tes ao longo do curso. OÍndice de Diferença doDesempenho (IDD) medea quantidade/qualidadede conhecimento que ocurso é capaz de dar aosestudantes. Os cursos daUFG avaliados, tambémconseguiram um bom de-sempenho neste índice,com conceitos variandoentre três e cinco. É ocaso de Biblioteconomia(5), Direito (4), Artes Cê-nicas (3) e Publicidade ePropaganda (3).

Cursos da UFG foram bem avaliados pelo EnadeOITO DOS DEZ CURSOS AVALIADOS RECEBERAM CONCEITOS 4 E 5, AS MAIORES NOTAS DO EXAME

Bem conceituados – Comtrês dos seus quatros cur-sos bem conceituados noexame, a Faculdade de Co-municação e Bibliotecono-mia (Facomb) entra para o

quadro das faculdades comos melhores cursos de co-municação do país. Segun-do o diretor da unidade,professor Joãomar Carva-lho Brito Neto, os resulta-dos positivos são fruto dopróprio comprometimentodos estudantes com o Ena-de. Para ele, cursos que ti-raram notas inferiores sóo fizeram por motivo de boi-cote. “Isso é um tiro no pé”,afirma o professor. “Quemserá avaliado no mercadoé o aluno, não a institui-ção”, lembra. O maior des-taque foi o curso de Biblio-teconomia, com nota má-xima no IDD, que indica acapacidade do curso emoferecer um ensino de qua-lidade aos acadêmicos.

Estreante – Com pouco

mais de dois anos de exis-tência, o curso de Biome-dicina da UFG foi avaliadopela primeira vez pelo Ena-de. Foram avaliados 94 cur-sos de Biomedicina em

todo o país, sen-do que o da UFGficou em pri-meiro lugar noCentro-Oeste eem quarto naavaliação naci-onal. “O resul-tado positivo éfruto de um tra-balho de consci-entização dacoordenação docurso”, afirmaa coordenadora,professora El-len SynthiaFernandes Oli-veira. “Todos osalunos convo-cados compare-ceram no dia da

prova”, afirma.Da mesma forma, a

Faculdade de Direito teveseu curso incluído entre osmelhores do Brasil. Deacordo com o diretor daunidade, professor Eriber-to Francisco BevilaquaMarin, o resultado é frutoda própria competênciados professores e alunos.Para ele, os estudantes deDireito mais qualificadosde Goiás.

Outrora ameaçado defechamento, curso de Di-reito da Cidade de Goiástambém foi bem avaliado,este ano. O professor Eri-berto avalia o desempenhodos alunos como resultadodos projetos político-peda-gógicos realizados dentrodo curso. “Hoje, todo o qua-dro de professores da ex-

A tensão em Goiás está pre-enchido”, comemora.

De acordo com os dadosdo Ministério da Educação(MEC), dos 5.701 cursos ava-liados, somente 45 obtive-ram nota máxima. O esta-do com o maior número decursos com conceito 5 é SãoPaulo (oito, ao todo), segui-do pelo Paraná (sete). Goiáspossui dois cursos com con-

ceito máximo, sendo ambosde universidades públicas:a Universidade Estadual deGoiás (UEG), com um curso(Administração) e a UFGcom dois (Direito e Biome-dicina). As duas institui-ções também foram as úni-cas do estado a serem in-cluídas entre as 80 melho-res do país.(Matheus Álvares Ribeiro)

“Trabalho de conscientização da Coordenação do curso deBiomedicina foi determinate para o resultado positivo”,

afirma professora Ellen Synthia Fernandes Oliveira

O bom desempenho do curso de Direito foi atribuído à própriacompetência dos alunos. “São os alunos de Direito mais qualificados

de Goiás”, afirma o diretor Eriberto Francisco Bevilaqua Marin

“Os resultados positivos do curso de Biblioteconomia são fruto dopróprio comprometimento dos estudantes com o Enade”, disse o

diretor Joãomar Carvalho de Brito Neto

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16 Goiânia, junho de 2007

De segunda a sexta-feira:

Boletins informativos de 15 em 15minutos, durante todo o dia.

Das 8h às 12h, o melhor da MPB,programa “Brasileiríssimas”.

Das 14h15 às 16h30 - O melhor da músicanacional e internacional.

Das 16h às 17h - Tudo sobre a artecinematográfica em “Matinê”, trilha sonora,notícias do cinema, entrevistas ecomentários de especialistas.

Das 18h às 18h30 - O tradicional “Jornaldas Seis”, produzido por estudantes deJornalismo da UFG, com um resumo dosprincipais acontecimentos do dia.

De segunda-feira a domingo:

Das 12h às 14h e de 22h às 24h – “Sala deConcertos” - Programação clássica e erudita.

Programas Especiais:

Doutores da Bola - transmissões ao vivo dejogos esportivos aos sábados, domingos, apartir das 15h, e as 4as feiras, às 20h.Projeto da Facomb, com a equipe esportivamais jovem do rádio goiano.

Poesia no Ar - Destaca os poetas goianos;toda 2ª feira, das 21h às 22h.

Beatlemania - As músicas e histórias quemarcaram a banda; toda 3ª feira,das 21h às 22h.

Flauta e Bandolim - Parceria com o Clubedo Choro, com instrumentistas ao vivo;toda 5ª feira, das 21h às 22h.

Universitária em Seresta - Uma viagem comos grandes seresteiros do Brasil;toda 6ª feira, das 21h às 22h.

Meu Sertão - Programa de parceirosvoluntários(CTCG), destaque para asduplas goianas que mantêm a tradiçãocaipira da música, ao vivo;todo domingo, das 9h às 11h.

Resumo da programação

Criada em 1962, a Rádio Universitária recebeu a primeira concessão para a radiodifusão educativado país. Desde então, ela vem se firmando como um veículo de comunicação educativo-cultural einformativo, que se destaca por sua programação pautada pela cobertura jornalística diferenciada epela qualidade musical. Sua missão é oferecer ao público uma programação plural, ética e comprome-tida com a universidade pública, a cidadania, a transformação social e a democracia.

Para tanto, sempre se buscou ampliar a qualidade de transmissão e do áudio da emissora, paraque essa programação alcançasse mais ouvintes. Em 1993, a Universitária recebeu um transmissorcom capacidade de transmissão de 20 kilowatts, considerado de última geração. Porém, devido aproblemas técnicos a potência da emissora era instável. Somente no início deste ano, com a liberaçãode R$ 25 mil pela Reitoria da UFG para melhoria do aparato técnico, o transmissor foi estabilizado,passando a operar em sua capacidade máxima com regularidade. Agora, o sinal da Universitária podeser captado num raio de 100 km ao redor de Goiânia.

Também foi adquirido um sistema de Link que melhora a qualidade do áudio e diminui ruídos detransmissão. Com a potência estabilizada, a emissora está entre as três rádios AM que possuem ossinais mais nítidos da cidade.

Durante o mês de maio ocorreu, em Brasília, o 24º Congresso Brasileiro da Radiodifusão, promo-vido pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). No evento foram discutidasquestões como qual é o espaço do rádio e sua futura digitalização. “Chegamos à conclusão que o futurodo rádio é a digitalização. Nota-se que o jovem de hoje está deixando de ouvir rádio, a ampliação doacesso por meio da Internet, bem como de serviços prestados, pode reverter esse quadro. Existe anecessidade de se formar novos públicos, que vejam o rádio como uma ferramenta necessária e dequalidade. Nos Estados Unidos, existem poucas rádios AM e as rádios FM perderam 70% de seuespaço para as rádios por satélite”, afirma Roberto Nunes, diretor geral da Rádio Universitária.

Roberto acrescenta ainda que a UFG já tem maturidade para pensar em uma Rádio FM, já que osistema digital é mais viável para essa freqüência, mais buscada pelo ouvinte. Desse modo, a rádiopoderia atingir a todas as regiões de Goiânia, levando a instituição para a população metropolitana ecomplementando o trabalho que já vem sendo realizado.

Laboratório – Como única rádio genuinamente educativa de Goiás e sendo ligada à UFG, a emissoraagrega responsabilidades a mais perante os seus ouvintes. “Por estar ligada à instituição, sua respon-sabilidade acaba sendo maior que uma rádio comercial, por exemplo, já que a informação divulgadaaqui leva o timbre da universidade, e isso dá credibilidade ao que a Rádio produz”, afirma Roberto.

A Universitária é também a única rádio laboratório de Goiás e pode ser considerada como omaior laboratório do curso de Comunicação da UFG. Cerca de 60 estudantes da Faculdade de Comuni-cação e Biblioteconomia (Facomb) são responsáveis por 20% de toda programação. “A rádio é comcerteza o melhor e maior laboratório da Facomb. É onde os estudantes colocam em prática o que éaprendido na faculdade, vivenciando o que é ser um profissional de comunicação e o que é fazerrádio”, relata Fracisneide Cunha, que entrou na Rádio ainda como estudante, depois passou a atuarcomo radialista e, atualmente, é diretora de programação.

Programação selecionada – Diversos programas da emissora, como “Voz da Mulher”, “Sopa de Letras”e “Espírito da Música” já receberam homenagens e menções honrosas de outros veículos de comunica-ção. Os programas comandados por estagiários de maior destaque são o “Jornal das Seis” e o “Doutoresda Bola”. Em pesquisa realizada pelo Serpes durante a semifinal do campeonato goiano de futebol, emabril, o “Doutores da Bola” foi o sexto programa mais lembrado pelos torcedores presentes. Umatransmissão realizada só por mulheres que participam e já participaram do programa está marcadapara ocorrer durante a última rodada do campeonato brasileiro, em dezembro, no estádio Serra Doura-da. Além disso, o programa comemorará em agosto, sua transmissão de número 500.

Além dos estudantes da UFG, a rádio conta com a colaboração de instituições e órgãos, como aSecretaria Municipal de Cultura, Rádio França Internacional (RFI), Organização das Voluntárias deGoiás (OVG), Associação dos Docentes da UFG (Adufg) e outros parceiros voluntários. Projeto piloto,intitulado Faculdades, cede o espaço para programas produzidos por estudantes de ComunicaçãoSocial de outras instituições de ensino superior de Goiânia. O projeto inicial é com a Faculdade Sul-Americana (Fasam). Uma das exigências é que 10% do programa noticie a UFG.

Música – Nos últimos 20 anos, tanto a programação quanto o perfil dos estudantes que passaram pelaRádio apresentaram mudanças significativas. O aluno que estava na emisso-

ra entre as décadas de 80 e 90 era outro. “O Brasilestava saindo do período de ditadura militar e os estu-dantes tinham uma grande vinculação com partidos po-líticos. Todos eles chegavam à emissora com uma leitu-ra e um posicionamento político definidos, geralmentede esquerda, e isso era transferido para o discursoradiofônico”, afirma Roberto Nunes.

Todas as mudanças acabaram refletindo na progra-mação musical da Universitária. “Antes, todos eram maisligados às músicas de protesto e a influência estrangei-ra era menor. O rock, por exemplo, está muito mais pre-sente na programação que há anos atrás”, relataFrancisneide. A programação musical da Rádio prioriza aMPB e a música clássica e erudita, entretanto, os diver-sos estilos musicais que surgiram na última década tam-bém ganharam mais espaço, à medida do gosto do público.

Para saber mais e ouvir a Rádio Universitária (870AM), acesse o sítio www.rádio.ufg.br. Os interessados emfazer doações para o acervo fonográfico da emissora po-dem entrar em contato com a secretaria, pelo telefone (62)3521 1700. (Natália Ribeiro)

RADIODIFUSÃO 16

RÁDIO UNIVERSITÁRIAmúsica, jornalismo e educação na 870 AM

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