jornal especial dia do patrono

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Nesta edi- ção:Nesta edi- ção: ESCOLA SECUNDÁRIA COM 3ºCICLO FERNANDO NAMORA 3º TRIMESTRE # ESPECIAL ESPECIAL ESPECIAL ESPECIAL - 2009/2010 Assim, com esta Edição Especial, pretende levar-vos um pouco do per- curso biobibliográ- fico de F. Namora que cativou os colaboradores des- te número. Que esta Edição sir- va de motivação para a leitura da vasta e bela obra do nosso Patrono, exemplificada nesta página por estes dois maravilhosos poemas transcritos de Mar de Sargaços. EDIÇÃO ESPECIAL DIA DO PATRONO 15 de Abril de 2010 O JE não podia dei- xar de participar nes- ta meritória iniciati- va — a Comemoração do Dia do Patrono.a JEscola Fernando Namora PELICANO Onda que vais morrendo em nova onda, mar que vais morrendo noutro mar, assim a minha vida se desprenda e do meu sumo escorra a vida para as bocas que se finam de desejar. Ó dia que vais escoando como os rios e empalideces rostos e cabelos, traz a palavra para a incerteza dos que vagueiam à deriva; a bandeira amarela se rasgue e dos farrapos se gere outra cor. Ó dia correndo e findando, some-te lá no cimo da fraga mas deixa que no teu rasto fique o sangue anunciando a esperança noutro dia. Sê como a onda que morre para outra começar. TUDO NA VIDA... Tudo na vida está em esquecer o dia que passa. Não importa que hoje seja qualquer coisa triste, um cedro, areias, raízes, ou asa de anjo caída num paul. O navio que passou além da barra já não lembra a barra. Tu o olhas nas estranhas águas que ele há-de sulcar e nas estranhas gentes que o esperam em estranhos portos. Hoje corre-te um rio dos olhos e dos olhos arrancas limos e morcegos. Ah, mas a tua vitória está em saber que não é hoje o fim e que há certezas, firmes e belas, que nem os olhos vesgos podem negar. Hoje é o dia de amanhã.

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Jornal da Escola Secundária Fernando Namora

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Page 1: Jornal Especial Dia do Patrono

Nesta

edi-

ção:Nesta edi-

ção:

E S C O L A S E C U N D Á R I A C O M 3 º C I C L O F E R N A N D O N A M O R A

3º TRIMESTRE

# ESPECIALESPECIALESPECIALESPECIAL - 2009/2010

Assim, com esta

Edição Especial,

pretende levar-vos

um pouco do per-

curso biobibliográ-

fico de F. Namora

que já cativou os

colaboradores des-

te número.

Que esta Edição sir-

va de motivação

para a leitura da

vasta e bela obra do

nosso Patrono,

exemplificada nesta

página por estes

dois maravilhosos

poemas transcritos

de Mar de Sargaços.

EDIÇÃO ESPECIAL

DIA DO PATRONO

15 de Abril de 2010

O JE não podia dei-

xar de participar nes-

ta meritória iniciati-

va — a Comemoração

do Dia do Patrono.a

JEscola Fernando Namora

PELICANO Onda que vais morrendo em nova onda, mar que vais morrendo noutro mar, assim a minha vida se desprenda e do meu sumo escorra a vida para as bocas que se finam de desejar. Ó dia que vais escoando como os rios e empalideces rostos e cabelos, traz a palavra para a incerteza dos que vagueiam à deriva; a bandeira amarela se rasgue e dos farrapos se gere outra cor. Ó dia correndo e findando, some-te lá no cimo da fraga mas deixa que no teu rasto fique o sangue anunciando a esperança noutro dia. Sê como a onda que morre para outra começar.

TUDO NA VIDA... Tudo na vida está em esquecer o dia que passa. Não importa que hoje seja qualquer coisa triste, um cedro, areias, raízes, ou asa de anjo

caída num paul. O navio que passou além da barra

já não lembra a barra. Tu o olhas nas estranhas águas que ele há-de sulcar e nas estranhas gentes que o esperam em estranhos portos. Hoje corre-te um rio dos olhos

e dos olhos arrancas limos e morcegos. Ah, mas a tua vitória está em saber que não é hoje o fim

e que há certezas, firmes e belas, que nem os olhos vesgos

podem negar. Hoje é o dia de amanhã.

Page 2: Jornal Especial Dia do Patrono

Fernando Namora (1919 – 1989)

Período Literário Literatura Contemporânea Neo-Realismo

Fernando Gonçalves Namora nasceu em Condeixa-a-Nova, no distrito de Coimbra, a

15/04/1919. Os seus pais eram descendentes de camponeses do concelho de Ansião (distrito de Leiria) e na tentativa de fuga à actividade agrícola abriram uma modesta retrosaria onde actualmente existe a Casa -Museu Fernando Namora em Condeixa-a-Nova.

Concluída a instrução primária, iniciou os estudos secundários no Colégio Camões, em Coimbra, tendo em seguida transitado para o Liceu Camões, em Lisboa, onde foi colega de Jorge de Sena. De novo em Coimbra, no Liceu José Falcão, dirige o jornal académico Alvora-da e escreve a sua primeira obra, uma colectânea de novelas, Almas sem Rumo (1935), nunca publicada. Em 1937 chega a anunciar a publicação da novela Pecado Venial, o que também nunca veio a acontecer.

A sua iniciação literária fez-se sob o signo presencista, mas rapidamente foi atraído pela estética neo-realista. Fez parte do grupo do "Novo Cancioneiro" e foi um livro seu (Terra) que iniciou a colecção, em 1941.

Continuou os estudos na Universidade de Coimbra, onde se licenciou em Medicina. O seu interesse pela escrita acentuou-se durante os anos da mocidade e são dessa época as primeiras obras publicadas, nomeadamente o romance de estreia (As Sete Partidas do Mun-do), galardoado com o Prémio Almeida Garrett, que marca a sua adesão à corrente neo-realista.

Concluído o curso, exerceu medicina em ambientes diversos, sobretudo na Beira Baixa

e Alentejo, além da terra natal, Condeixa, e essa experiência clínica e humana permitiu-lhe

recolher múltiplos elementos que aparecem transfigurados na sua obra literária.

Segundo A. J. Saraiva e O. Lopes, Fogo na Noite Escura é o único romance neo-realista sobre a juventude universitária, enquanto Casa da Malta retrata a vida dos traba-lhadores alentejanos e Retalhos da Vida de um Médico traduzem literariamente a sua expe-riência de médico rural.

Recebeu o Prémio José Lins do Rego, pelo romance Domingo à Tarde. Foi-lhe atribuído também o Prémio Ricardo Malheiros.

Página 2 Jornal de Escola

Page 3: Jornal Especial Dia do Patrono

O seu romance evoluiu de uma espécie de inquérito social para construções romanes-cas mais livres, abertas a dimensões picarescas e poéticas. Em algumas das suas obras nota-se a influência da corrente existencialista (O Homem Disfarçado e Cidade Solitária) e em Domingo à Tarde percebe-se uma harmoniosa integração desse existencialismo com um neo-realismo amadurecido. Nos anos sessenta e setenta a ficção cede o lugar à crónica e impres-sões.

Além da ficção e da poesia, cultivou uma espécie de crónica romanceada, em que se fundem a reportagem e o ensaio.

Retalhos da Vida de um Médico, Domingo à Tarde e O Trigo e o Joio foram adaptados para o cinema e, o primeiro, também para a televisão.

Era membro da Academia das Ciências de Lisboa. Morreu em Lisboa a 31/01/1989.

Retalhos da Vida de um Médico, 1ª série – narrativas (1949)

A Noite e a Madrugada – romance (1950)

Deuses e Demónios da Medicina – biografias romanceadas (1952)

O Trigo e o Joio – romance (1954)

O Homem Disfarçado – romance (1957)

As Frias Madrugadas – poesia (1959)

Cidade Solitária – narrativa (1959)

Domingo à Tarde – romance (1961)

Esboço Histórico do Neo-realismo (1961)

A Piedosa Oferenda (1962)

Retalhos da Vida de um Médico, 2ª série – narrativas (1963)

Diálogo em Setembro – crónica romanceada (1966)

Um Sino na Montanha – cadernos de um escritor (1968)

Marketing – poesia (1969)

Os Adoradores do Sol – cadernos de um escritor (1971)

Os Clandestinos – romance (1972)

Jornal de Escola Página 3

Bibliografia de Fernando Namora

(por ordem cronológica):

Relevos – poesia (1937)

As Sete Partidas do Mundo –

romance (1938)

Mar de Sargaços – poesia (1939)

Terra – poesia (1941)

Fogo na Noite Escura – romance

(1943)

Casa da Malta – novela (1945)

Minas de San Francisco – roman-

ce (1946)

Ana Mafalda Moreira 11.ºC

Page 4: Jornal Especial Dia do Patrono

Página 4 Jornal de Escola

Fernando Namora

Ilustríssima personalidade que vou apresentar nem precisa de apresentação, o nome já é conhecido,

até por quem não liga nada a nomes – estamos a falar do consagrado escritor Fernando Namora. Quem é que já não ouviu falar nele!? Ele deu o nome à nossa escola. Nascido em Condeixa a 15 de Abril de 1919, Fernando Namora foi um escritor português

de poesia e prosa. Multifacetado, exercia a profissão de médico, mas notabilizou-se como escritor, era também pintor nas horas vagas. O seu volume de estreia foi “Relevos”, em 1938, em 1948 escreveu a primeira série “Retalhos

da vida de um médico”, e em 1963 a segunda. Obras marcadas pela vivência da sua profissão de Clínico, a sua última obra foi “Sentados na

relva” em 1986, pois veio a falecer a 31 de Janeiro de 1989 em Lisboa.

VEJAM SÓ ESTA MARAVILHA! Um dos seus belíssimos poemas!

Poema de Amor Se te pedirem, amor, se te pedirem que contes a velha história da nau que partiu e se perdeu, não contes, amor, não contes que o mar és tu e a nau sou eu. E se pedirem, amor, e se pedirem que contes a velha fábula do lobo que matou o cordeiro e lhe roeu as entranhas, não contes, amor, não contes que o lobo é a minha carne e o cordeiro a minha estrela que sempre tu conheceste e te guiou — mal ou bem. Depois, sabes, estou enjoado desta farsa. Histórias, fábulas, amores tudo me corre os ouvidos a fugir. Sou o guerreiro sem forças para erguer a sua espada, sou o piloto do barco que a tempestade afundou. Não contes, amor, não contes que eu tenho a alma sem luz.... Quero-me só, a sofrer e arrastar a minha cruz. Fernando Namora, in "Relevos"

Rafael Fonseca 9ºD nº16

A

Page 5: Jornal Especial Dia do Patrono

Jornal de Escola Página 5

Fernando Namora Em vila humilde nasceu

Ilustre e famoso escritor

Que em grande cidade morreu,

Da população grande dor.

Mas a sua memória permaneceu

E as obras são o seu valor.

Esta não era a sua profissão,

Mas sim a sua vocação.

Queres conhecer melhor Fernando Namora?

REPÚBLICA PORTUGUESA

BILHETE DE IDENTIDADE

DE

CIDADÃO NACIONAL

Nome: Fernando Gonçalves Namora Pai: António Mendes Namora Mãe: Albertina Augusta Gonçalves Namora Naturalidade: Condeixa Data de nascimento: 15 de Abril 1919 Data de morte: 31 de Janeiro de 1989 Profissão: médico e escritor

Estudou em grande colégio e prestigiado liceu

E no Mondego na ilustre Universidade

Em medicina se doutorou e exerceu

A sua profissão com habilidade.

Nestes estudos Jorge de Sena conheceu

E com ele estabeleceu amizade.

Para o relembrar existe a Escola

E a Casa-museu Fernando Namora.

Poema de António Frois

9ºD Nº5

Johanna M

adeira Sim

ões , nº12-9ºD

Page 6: Jornal Especial Dia do Patrono

Página 6 Jornal de Escola

Fernando Namora em Versão Inglesa Depois de muito procurar, não encontrei traduções inglesas dos poemas de Fernando Namora. Provavelmente as haverá: somente eu não as achei. Então, decidi traduzir, livremente, alguns poemas do seu livro Mar de Sargaços. Espero que gostem.

Fernando Namora, Novelist, 69 AP Published: February 1, 1989

LISBON, Jan. 31— Fernando Namora, one of Portugal's best-known novelists,

died today. He was 69 years old.

Mr. Namora was born in the central Portuguese town of Condeixa in 1919 and

studied medicine in Lisbon. He became a doctor serving remote mountain

locations, writing about his experiences in ''Mountain Doctor.'' Mr. Namora wrote

more than 30 books and several volumes of poetry.

Last year, President Mario Soares awarded Mr. Namora Portugal's highest civilian

honor, the Order of Henry the Navigator.

http://www.nytimes.com/1989/02/01/obituaries/fernando-namora-novelist-

69.html?pagewanted=1

Notícia da Morte de Fernando Namora, publicada no jornal americano New York Times

Ana Paula Amaro

Coisas, Pequenas Coisas

Fazer das coisas fracas um poema.

Uma árvore está quieta, murcha, desprezada. Mas se o poeta a levanta pelos cabelos e lhe sopra os dedos, ela volta a empertigar-se, renovada. E tu, que não sabias o segredo, perdes a vaidade. Fora de ti há o mundo e nele há tudo que em ti não cabe.

Homem, até o barro tem poesia! Olha as coisas com humildade.

Things, Little things

From simple things to make a poem.

A tree stands still

fading, despised.

But if the poet raises her from the hair

and blows through her fingers

she straightens again, renewed.

And you, unfamiliar with her secret,

Lose vanity.

Outside yourself there’s the world

and in it there’s everything

that you cannot contain

Man, even the clay holds poetry!

Look at things with humility.

Page 7: Jornal Especial Dia do Patrono

Jornal de Escola Página 7

Poema para Iludir a Vida

Tudo na vida está em esquecer o dia que

passa. Não importa que hoje seja qualquer coisa

triste,

um cedro, areias, raízes,

ou asa de anjo caída num paul.

O navio que passou além da barra

já não lembra a barra.

Tu o olhas nas estranhas águas que ele

há-de sulcar

estranhas gentes que o esperam em

estranhos portos.

Hoje corre-te um rio dos olhos

e dos olhos arrancas limos e morcegos.

Ah, mas a tua vitória está em saber que

não é hoje o fim e que há certezas, firmes e belas,

que nem os olhos vesgos

podem negar.

Hoje é o dia de amanhã.

Poem to Deceive Life

Everything in life consists of forgetting

the present day.

It doesn’t matter that today means

something sad

a cedar, sand, roots,

or angel’s wing

laid over a swamp.

The ship that crossed the harbour

no longer remembers the harbour

You look at it in the unknown waters yet

to sail

unknown people that wait for it in strange

ports.

Today a river flows in your eyes

And from the eyes you pull sea-weeds and

bats out.

Oh, but your victory consists of knowing

that today isn’t the end

and that there are certainties , solid and

beautiful

that not even blind eyes

can deny.

Today is tomorrow.l

Todos os Caminhos me Servem

Todos os caminhos me servem. Em todos serei o ébrio cabeceando nas esquinas. Uma rua deserta e o hálito das pessoas que se escondem, uma rua deserta e um rafeiro por companheiro. Ó mar que me sacode os cabelos que mulher alguma beijou, lágrimas que os meus olhos vertem no suor dos lagares, que uma onda vos misture e vos leve a morrer numa praia ignorada.

Every road fits me

Every road fits me.

In everyone I’ll be the ebrious

stumbbling across the alleys.

A desert street and the breath of hidding people,

a desert street and a mutt

as a companion. Oh sea that waves my hair

that no woman ever kissed

tears that my eyes shed

in the sweat of wine-press,

may a wave blend thee

and carry you both to die

on an ignored beach. Ana Paula Mabrouk

8th April 2010

Page 8: Jornal Especial Dia do Patrono

Página 8 Jornal de Escola

Poema de Amor Se te pedirem, amor, se te pedirem que contes a velha história da nau que partiu e se perdeu, não contes, amor, não contes que o mar és tu e a nau sou eu. E se pedirem, amor, e se pedirem que contes a velha fábula do lobo que matou o cordeiro e lhe roeu as entranhas, não contes, amor, não contes que o lobo é a minha carne e o cordeiro a minha estrela que sempre tu conheceste e te guiou — mal ou bem. Depois, sabes, estou enjoado desta farsa. Histórias, fábulas, amores tudo me corre os ouvidos a fugir. Sou o guerreiro sem forças para erguer a sua espada, sou o piloto do barco que a tempestade afundou. Não contes, amor, não contes que eu tenho a alma sem luz. ...Quero-me só, a sofrer e arrastar a minha cruz.

Fernando Namora, in "Relevos"

O Verdadeiro Gesto de Amor

Aquilo que de verdadeiramente significativo podemos dar a alguém é o que nunca demos a outra pessoa, porque nasceu e se inventou por obra do afecto. O gesto mais amoroso deixa de o ser se, mesmo bem sentido, representa a repetição de incontáveis gestos anteriores numa situação semelhante. O amor é a invenção de tudo, uma originalidade inesgotável. Fundamentalmente, uma inocência.

Fernando Namora, in 'Jornal sem Data'

A vida reparte-se por ciclos,

cujas fronteiras são por vezes de uma perturbadora nitidez. O último talvez seja este: o que delimita a fase em que nos resta administrar acauteladamente (em alguns casos, avaramente) uma sabedoria amealhada, ou em que nos preparamos para a desbaratar numa espécie de furiosa imolação.

Parece, no entanto, ilusório que nos caiba escolher. Talvez a opção tenha sido feita desde o princípio, isto é: talvez haja uma ordem íntima que deva ser cumprida através de uma dessas manifestações, mesmo quando a escolhida se nos afigura incoerente. Parece, no entanto, ilusório que nos caiba escolher. Talvez a opção tenha sido feita desde o princípio, isto é: talvez haja uma ordem íntima que deva ser cumprida através de uma dessas manifestações, mesmo quando a escolhida se nos afigura incoerente.

Fernando Namora, in 'Jornal sem Data'

Pedro Gaspar, nº 20-9ºB

Page 9: Jornal Especial Dia do Patrono

Jornal de Escola Página 9

Escolhi estes 4 versos como parte favorita da obra de

Fernando Namora. Penso que o escritor consegue resumir

numa estrofe o que não seria dito por muitos num poema

integral. Nos primeiros dois versos, ele demonstra a

impotência e a fraqueza. Nos outros dois, dá ênfase a essa

ideia. A estrofe pode não conter uma rima, mas passa a

mensagem de uma forma comovente e esclarecedora.

Fernando Abreu / Nº9 / 9ºB Professora: Anabela Estêvão

Disciplina: Língua Portuguesa Ano Lectivo: 2009/2010

Sou o guerreiro sem forças

para erguer a sua espada,

sou o piloto do barco

que a tempestade afundou.

Fernando Namora, em "Relevos"

Page 10: Jornal Especial Dia do Patrono

Página 10 Jornal de Escola

Fernando Namora

Ouvi falar de grande Homem

Dizem que era um valente escritor

Entre outros, sabia escrever contos

Cantava paz e amor.

Mas acima de tudo, sabia falar

Cativava todos ao seu redor

Quando na sala entrava, não viam senão

Todo o seu brilho e esplendor.

A voz, então, tinha que se lhe dissesse

Mal daquele que não a ouvia

Encantava com as simples palavras

E com essas mesmas, vivia.

Não sabia outro ofício

E de outro também não necessitaria

Por escrever era conhecido

E a escrever morreria.

Falam da sua felicidade

Do carinho que recebeu

Lêem as adoradas obras

Com que cresceu e aprendeu.

Tal Homem não será esquecido

Gravado nos corações de quem o conheceu

Nas ruas em que andou

E, claro nos livros que escreveu.

Vanessa Pinto, nº25-9ºB

Page 11: Jornal Especial Dia do Patrono

Jornal de Escola Página 11

Fernando Namora

Leonor Serra,12ºA

A MINHA ESCOLHA: TRÊS REFLEXÕES DO AUTOR

Page 12: Jornal Especial Dia do Patrono

Página 12 Jornal de Escola

FICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICA

Colaboração Colaboração Colaboração Colaboração Alunos e Professores

Revisão de texto, composição e grafismoRevisão de texto, composição e grafismoRevisão de texto, composição e grafismoRevisão de texto, composição e grafismo Maria Pia Pinto Serra

Coordenação Editorial e Redactorial Coordenação Editorial e Redactorial Coordenação Editorial e Redactorial Coordenação Editorial e Redactorial Maria Pia Pinto Serra

Sede e Impressão Sede e Impressão Sede e Impressão Sede e Impressão Escola Secundária c/ 3º Ciclo Fernando Namora

Rua Longjumeau - 3150-122 CONDEIXA-A-NOVA

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