jornal dos comerciários - nº 125

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Page 1: Jornal dos Comerciários - Nº 125

Ano 16 Nº 125 Julho / 2011 Filiado à CSP Conlutas

bilhões de reais. Essa é a quantia 4com que o governo

Dilma quer entrar na negociata que vai fundir os dois maiores grupos do comércio varejista no Brasil, o grupo Pão de Açúcar (Que reúne as re-des Sendas, Extra, Ponto Frio, Casa Bahia, entre outros), e o Carrefour (su-permercados, postos de combustíveis, drogarias, etc.). O Dinheiro viria pelo BNDES, um banco esta-tal, que serviria (teorica-mente) para aplicações em benefício da popula-ção. Mas o que essa fusão traria de bom para os trabalhadores e para o Brasil?O governo fala que cri-

ando uma empresa deste tamanho, poderíamos vender produtos para a Europa. Muito bom para os patrões, mas o que eles planejam para o trabalhador? Vejamos:

Governo quer dar dinheiro para fusão Pão de Açúcar-Carrefour, e patrões anunciam demissões

Primeiro o novo grupo seria res-ponsável por quase um terço de tudo que se compra em va-rejo no Brasil! E isso eleva o risco desta em-presa poder botar o preço que quiser nos produtos.Mas os donos

falam que não tem problema, por que, para não ter mono-pól io, basta eles fecharem algumas lojas que estão concentradas principalmente no Rio e em São Paulo. Isso mesmo... Para aumentar seus lucros, ameaçam colocar trabalhadores na rua. “... nossa avaliação é que entre 5% e 7% das lojas nos grandes centros poderão ser fechadas...”

disse um empresário ao jornal O Globo*.Será que Dilma não tem

nada melhor pra fazer com o dinheiro público? Todos falam que a crise econômica passou, mas muitas empresas vêm se fundindo para não fali-rem, e nesse processo

demitem trabalhadores e não respeitam nossos direitos, conquistados à duras penas. Mais uma vez o governo mostra a quem serve: aos ricos e poderosos.

Governo quer dar dinheiro para fusão Pão de Açúcar-Carrefour, e patrões anunciam demissões

* Jornal O Globo, 29 de Junho de 2011, página 25

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Jornal dos Comerciários / julho 2011

Jornal de responsabilidade da diretoria colegiada do Sindicato dos Trabalhadores no

Comércio de Nova Iguaçu, Nilópolis, Paracambi, Itaguaí, Belford Roxo,

Queimados, Japeri, Seropédica, e Mesquita

Sede: Rua Dr. Barros Júnior, 408/412Centro - Nova Iguaçu - RJ

TELs./FAX2768-9297 / 2767-5130 / 2767-8232

[email protected]

SUBSEDESITAGUAÍ

Avenida Paulo de Frontin, 72/202Tel. (21) 2687-7729

NILÓPOLISRua Prof. G. Alfredo Filgueiras, 18, Sala 407-A

Tel. 2791-9271BELFORD ROXO

Praça Getulio Vargas, 112 Ap 201 - CentroTel. 2663-1904QUEIMADOS

Avenida Irmãos Guinle, 901/214Tel. 2665-3093

Textos: Geovani PereiraTextos e Diagramação: Raphael Botelho

FILIADO À CSP CONLUTAS

www.sindconir.org.br

ChifonEssa empresa sem noção

continua fazendo da vida das trabalhadoras um verdadeiro inferno. As trabalhadoras conti-nuam pagando o uniforme, uma parte salário é pago por fora do contracheque, sem contar que são obrigadas a trabalhar todos os feriados. E o pior, é que a em-presa toda vez que é cobrada a dar explicações jura de pé junto que isso não existe. Quanta cara de pau.

Orientamos todas as trabalha-doras da loja a procurar o jurídico do Sindicato. Podendo entrar com uma ação agora ou quando sair da empresa. O advogado do Sindicato estará à disposição das trabalhadoras para reparar essa injustiça.

Varejão das Fabricas - Nova Iguaçu

Há cerca de um mês o sindi-cato vem recebendo denuncias de desvio de função e a falta do assento no provador para as trabalhadoras. Apesar das ten-tativas do Sindicato para resol-ver a questão junto à empresa, até o dia 29 de junho não havia sido resolvido nada. Portanto estaremos encaminhando ao setor de fiscalização do Minis-tério do Trabalho para que ela possa ser multada. E espera-mos que a partir daí a empresa passe a respeitar seus trabalha-dores.

Riachuelo – Top Shopping

Os trabalhadores dessa empresa não aguentam mais a falta de respeito desta empresa. As jornadas extremamente excessivas, que são pagas com o banco de horas (o que é ilegal) são só alguns dos muitos pro-blemas. O trabalho nos feriados, apesar de ser proibido, é uma prática constante nesta loja. Diante de tanta desgraça o Sindicato já chamou a empresa para exigir o fim imediato des-sas irregularidades. Vamos ficar em cima para ver o direito dos trabalhadores respeitado.

os dias 2 e 23 de maio e 2 de junho, mais de 300 tra-Nbalhadoras e trabalhado-

res reuniram-se em assembleia, na Mitra, Moquetá, convocados pelo Sindicato, para discutir o destino do processo trabalhista há mais de 2 anos na justiça. Após varias manobras da Em-presa, processos que sumiram na 6ª vara e etc., a determinação dos trabalhadores/as foi uma vitória a parte. Das passeatas até o dia 2 de junho, com presença

expressiva, os demitidos fizeram valer a mobilização, pelos telefo-nes e contatos nas bases. Foi esta mobilização que rejeitou a proposta sem moral apresentada pelos administradores e patrões, de tornar os demitidos sócios da nova empresa (possíveis com-pradores interessados nas cinco lojas). Nova assembléia foi mar-cada e continuou a mobilização com o nosso advogado, Dr. Car-lão.

É preciso credenciar a todos. Estamos sabendo que parte do dinheiro retido e o aluguel das lojas de Miguel Couto, Cabuçú, Posse, Vila de Cava, Santa Rita, estão sendo usados para pagar o escritório jurídico e administrado-res a peso de ouro, ou seja, estão raspando o tacho. Convocamos a todos/as a preencher o formu-lário da procuração. Quem não fez deve fazê-lo no escritório jurídico.

Em assembléia de 23 de maio, todos sabem que rejeitar totalmente a proposta de recupe-ração será a falência, e que foi preciso construir uma proposta com os trabalhadores/as presen-tes à assembléia. Todos compre-enderam a situação do processo, e que as coisas não são fáceis. Na justiça burguesa sempre

pesa o lado dos ricos. A proposta de falência será um caminho muito difícil, jogando contra os demitidos. Os trabalhadores abririam mão da multa pelo descumprimento do acordo individual, estabelecido pelo juiz. sem nenhuma redução das verbas rescisórias, Portanto não interessava a nenhuma das partes a falência, seguimos na convocação, era preciso levar muitos trabalhadores/as pra à assembléia do dia 02 de junho.

Começa a fila de credencia-mento, com os administradores da justiça. Somente foram aptos a participar da assembléia 50 trabalhadores. Começa a preo-cupação, seguimos firmes esclarecendo aos trabalhadores que todos são credores, da classe I ( primeiros a receberem) que estes 50 irão votar pela maioria, mas sabendo que não queremos a falência, mas abrin-do mão da multa, e recebendo tudo sem redução.

O tensionamento é grande na base, Os 50 votaram, individual-mente, pela venda dos cinco imóveis, Miguel Couto, Cabuçú, Vila de Cava, Posse e Santa Rita, e outros imóveis, já que existe proposta de compradores, para estes (porque imóvel vazio vale menos). Os credores fornecedo-res seguiram a votação dos trabalhadores, somente o (banco Indusval) votou contra a proposta dos administradores, segue-se o processo para o juiz, caso concretize-se as vendas o juiz homologará no prazo de 180 dias.

Lembrando que ao rico tudo é permitido, no estado capitalista. É preciso dar um basta!!!

Demitidos do decidem seu !

Supermercado Alto da Posse futuro

CATEGORIA DENÚNCIAS

Por Telmo de Oliveira

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Jornal dos Comerciários / julho 2011

CAMPEONATO

CAMPEÃO do CAMPEONATO 2011Sapataria Ponto do Pé

2º: Vianense Central/ 3º: Chatuba Free

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Jornal dos Comerciários / julho 2011

Sapataria Ponto do Pé é campeã do campeonatoepois de muito suor numa divertida con-Dfraternização de

nossa categoria, conhece-mos o campeão de mais um campeonato de futebol or-ganizado pelo sindicato! Foram 16 equipes que se enfrentaram numa primeira

fase, divididos em quatro grupos. Os dois mais bem colocados de cada grupo foram para as quartas de final, e depois da fase do mata-mata, a equipe da Sapataria Ponto do Pé se sagrou campeã do nosso campeonato comemorativo

dos 50 anos do Sindicato. A Vice Campeã foi a equipe do Vianense Central, e em terceiro lugar a Chatuba Free, equipe essa que ainda contou com o artilheiro da competição, Moab, com 14 gols. O goleiro menos vazado foi Gil, da equipe

Vice Campeã. Parabéns à todos os participantes, especialmente aos vence-dores, e que nos próximos 50 anos de sindicato tenha-mos mais campeonatos como esse!

Os Participantes:

QUARTAS DE FINAL Guanabara Galáticos2 5 Vianense Filial 2Ponto do Pé 3 0 Chatuba DepósitoChatuba Free 5 1 CitycolVianense Central 6 1 Guanabara Balança a Rede

SEMI FINAIS Chatuba Free 2 0 Vianense CentralVianense Filial 2 2 2 Ponto do Pé** Ponto do Pé Venceu nos pênaltis

FINAIS Chatuba Free 4 3 Vianense Filial 2Vianense central 1 2 Ponto do Pé

05 de Junho

19 de Junho

26 de Junho

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X

X

ARTILHEIRO

MoabChatuba Free14 Gols

GOLEIRO MENOS VAZADO

GilVianense Central

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Jornal dos Comerciários / julho 2011

CATEGORIA

uem não precisa de um dinheiro a mais no final Qdo mês? Com o tama-

nho do salário todo mundo não é verdade?

Por isso a PPR (Programa de Participação nos Resultados) é muito bem vinda. O problema é quando os patrões a usam para tentar ganhar os trabalhadores a trabalharem mais. Por isso, muitas lojas, como a Casa & Video e a Di Santinni, tem usa-do a PPR para nos “agraciar” uma ou duas vezes ao ano, mas o salário se mantém a mesma coisa, ou até menor.

A Casa & Vídeo há muito tempo vem fazendo seus traba-lhadores pagarem a conta da crise que se enfiou, não pagan-do direitos trabalhistas, abrindo

Casa & Vídeo Di Santinni PPR fajuta

e tentam comprar trabalhadores com

aos feriados e etc. E usam a desculpa que ganharam na justiça um período de dois anos para sair da crise, e podem deixar de aumentar os salários nesse período. Por isso, os trabalhadores já estão há 2 anos sem reajuste, e enquanto isso o preço dos alimentos só aumenta, e o Brasil tem os maiores juros do mundo. Que-rendo que seus funcionários trabalhem mais por pouco dinheiro, oferecem agora a PPR, com metas astronômicas.

Outra que vem tentando iludir os trabalhadores é a Di Santinni, que foi mais cara de pau ainda: Vem demitindo seus vendedores e contratando “Operadores de Loja” para fazer a mesma função, mas

ganhando bem menos. Para mostrar como eles são bonzi-nhos, impuseram metas abusi-vas para os trabalhadores que quiserem ter direito à PPR, metas que quase ninguém consegue bater. Ou seja, o trabalhador na tentativa de garantir um dinheiro à mais no final do mês se mata de traba-lhar, e raramente consegue ter esse direito.

Se as empresas realmente querem recompensar o traba-lhador pelas suas vendas, então por que não aumentam os salários? O que não vale é estimular essa competição, ainda por cima com metas abu-sivas, e brincar com a necessi-dade do trabalhador! Estamos de olho, e não somos bobos!

DENÚNCIASRicardo Eletro - Nova Iguaçu, Praça da Liberdade

Essa denúncia é sobre uma infiltração no teto da loja que pinga no chão o dia inteiro. A ge-rência da empresa para resol-ver o problema colocou papelão no chão. O problema é que os trabalhadores correm o risco de escorregarem no chão molhado e sofrer um acidente. A direção da empresa já tomou conheci-mento do problema, e espera-mos que seja resolvido rapida-mente.

Ricardo Eletro - Shopping Pátio Mix

O shopping é novo, mas os problemas são velhos. O refei-tório segundo os trabalhadores está insalubre. Até barata tem aparecido por lá. O banheiro vive entupido e isso acaba im-pedindo seu uso pelos trabalha-dores, que precisam se virar no banheiro do shopping. Até pro-dutos de limpeza têm faltado. O absurdo é tão grande que até água os trabalhadores preci-sam levar de casa.

O banco de horas ilegal é prati-cado pela empresa, os traba-lhadores não têm o controle sobre suas vendas e até peça de móvel que vai faltando para o cliente é descontada dos traba-lhadores. Eta empresinha muquirana!

Ricardo Eletro NilópolisSeria cômico se não fosse trá-

gico: A empresa simplesmente não vem depositando correta-mente o vale transporte dos trabalhadores. A conseqüência disso foi uma revolta geral, e a companheirada cruzou os bra-ços e ninguém foi trabalhar. Entramos em contato com a empresa e ouvimos o mesmo blá-blá-blá de sempre.

Todas essas denúncias foram encaminhadas para o Ministério do Trabalho para que sejam efetuadas fiscalizações e as lojas sejam multadas.

ENTREVISTA

Como se manifesta a homofobia contra os trabalhadores/as comerciários/as?

Em geral, se manifesta com a falta de oportunidade dentro das lojas. Mesmo tendo todas as condições não recebemos as promoções, e somos os primeiros (a ser chamados) quando é pre-ciso desempenhar outras fun-ções como lavar banheiros ou cozinhas, quando existe. Sem contar com as piadas homofó-bicas.

Existe alguma bandeira de luta ou reivindicação especifica dos/as trabalhadores/as gays de nossa categoria, ou as bandeiras são as mesmas já reivindicadas pelo movimento gay?

Reivindicamos trabalho igual salá-rio igual, e a aprovação do PL(Projeto de Lei) 122, que criminaliza a homofobia.

O Sindicato e a CSP-Conlutas tem um programa em defesa dos homossexuais?

O nosso Sindicato criou no seu último congresso a secretaria contra as opressões, e dentro desta secretaria estaremos discutindo as demandas das mulheres, negros e gays de nossa categoria.

Como você vê a decisão que permite a união civil entre as pessoas do mesmo sexo?

Vejo como uma conquista do movimento gay. Agora teremos direito a partilha dos bens de nossos companheiros/as, direito a pensão etc. O reconhecimento da

união civil veio para corrigir o que era uma injustiça.

Nos meses de junho e julho ocorrem paradas gays em todo o país. Esses são espaços onde os gays protestam contra o preconceito ou é só mais uma festa?

As paradas gays tem sido para alguns uma grande festa. Mas para outros ainda é um espaço importante de luta e reivindi-cação.

Que mensagem você passaria para todos os companheiros e companheiras gays de nossa categoria que sofrem com a homofobia?

Eu gostaria de dizer que precisamos nos organizar para defender nossos direitos e lutarmos por mais conquistas.

"O reconhecimento da união civil veio para corrigir o que era uma injustiça”

Depois da recente conquista no Supremo Tribunal Federal, a luta do movimento Gay ganhou mais notoriedade. Conversamos com Edimílson, diretor do Sindicato, que nos falou sobre à opressão aos homosexuais em nossa categoria, as Paradas Gay, as reivindicações do movimento e etc.

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Jornal dos Comerciários / julho 2011

RIO DE JANEIRO

o dia 4 de Junho o Rio acordou com a prisão Nde 439 bombeiros.

Seu crime? Protestar por melhores salários. De lá para cá, tomaram as páginas dos jo rna is uma lu ta que começou há pelo menos três meses, quando salva vidas que começaram a protestar por melhores condições de trabalho contagiaram seus colegas. O bombeiro no RJ ganha o menor salário do país (cerca de R$ 950 líqui-do), e tem que pagar instru-mentos de trabalho (como óculos e protetor solar para os salva vidas), sofrem com punições disciplinares, e falta de condições de trabalho. A CSP-Conlutas vem acompa-nhando as manifestações desde o começo.

No dia 3 de Junho, após realizarem sua assembleia, decidiram adentrar em seu Quartel General para serem recebidos pelo seu coman-dante. A mídia (em especial a rede Globo) junto com o go-

Bombeiros vão à lutaapóia Cabral reprime!

: População , mas

CABRAL: Polícia para atacar professores, médicos são “vagabundos”, bombeiros “vãndalos”.

vernador Sérgio Cabral (que se nega a abrir diálogo) e o Comandante do corpo de bombeiros (que foi derrubado pelo protesto) trataram os bombeiros como bandidos: o BOPE invadiu o prédio usan-do bombas de gás, sprays de pimenta, e inclusive tiros de fuzil contra viaturas! Isso com filhos e familiares dos bom-beiros lá dentro!

Cabral costuma tratar tra-balhadores dessa maneira: Em setembro de 2008, na greve dos profissionais da saúde contra o caos da rede pública e por reajuste, cha-mou os grevistas de “safa-dos” e “vagabundos”. Já em setembro de 2009 foram os professores do estado: Du-rante uma manifestação que reuniu trabalhadores da edu-cação em greve, o governa-dor jogou a Tropa de Choque contra professores com bombas, spray e balas de borracha deixando mais de 10 educadores feridos. Sem falar na prisão de 13 manifes-tantes na passeata contra o presidente norte americano em março, e outros inúmeros exemplos.

Toda essa selvageria com que Cabral trata trabalhado-res, não é à toa: Está prepa-rando o Rio para investimen-tos bilionários, e também está ganhando muito com isso. Um acidente de helicóptero envolvendo a família do Governador expôs toda a sua relação com os empreiteiros que ganham rios de dinheiro no Rio de Janeiro: O helicóp-tero que Cabral iria embarcar era do dono da Delta Cons-

truções, a empreiteira que mais tem obras no Rio. Coincidência não? Cabral ainda usou o jatinho de Eike Batista, o mais rico do Brasil.

A brutalidade e o show do governador na televisão chamando os bombeiros de “vândalos” e “covardes”, não deu certo. A Globo teve que mudar seu discurso, e Cabral pedir desculpas. Falou até que precisam aprovar um “código de ética” para ele. Os bombeiros foram soltos graças aos trabalhadores desse país que apoiaram a luta desses companheiros. Batalham agora pela Anistia. Seu exemplo passou a empolgar outras categorias: Os técnicos e professores das escolas estaduais tam-

bém pararam. A categoria pede reajuste emergencial de 26%, incorporação imediata de gratificações e descongelamento do Plano de Carreira dos funcionários. Também há outras categori-as indignadas, como profis-sionais de saúde, e inclusive policiais militares dispostos a entrarem na luta.

Com toda essa mobiliza-ção, os trabalhadores bota-ram por água a baixo a imagem do “Rio Maravilha”, da Copa do Mundo e das Olimpíadas. No Rio de Janeiro verdadeiro, trabalha-dores ganham uma merreca para ralar muito e sustentar os governos e os patrões desse estado.