jornal do são francisco - edição 125

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Para controlar o avanço da lagarta Helicoverpa zea, que ataca as lavouras na região Oeste da Bahia, o Ministé- rio da Agricultura liberou o uso em caráter emergencial de dois produtos biológicos e três químicos. Porém, a medida gerou frustração, pois não saiu a liberação do benzoato de emamectina, a mais esperada por produto- res, por ser considerado o único produto capaz de realmente dizimar a lagarta. PÁGINA 18 Serão necessários cinco anos para acabar com a praga da lagarta Helicoverpa zea, afirma o engenheiro agrô- nomo, produtor e presidente do Grupo Brasileiro de Consultores de Algodão, Celito Eduardo Breda. PÁGINA 20 O deputado e produtor rural mineiro Antônio Eustáquio Andrade Ferreira é o novo ministro da Agricultura, em substituição a Mendes Ribeiro Júnior. PÁGINA 18 Eleito pela Fifa quatro vezes o melhor jogagor de futsal do mundo, Falcão esteve em Luís Eduardo Maglhães para a apresentação da equipe Vento em Popa/Janjar. PÁGINA 28 O bispo de Barreiras, Dom Josafá Menezes, lançou a Campanha da Fraternidade 2013, cuja tema é “Fraternidade e Juventude: Eis-me aqui, envia-me (Is 6,8)”. O objetivo é acolher os jovens e levá-los à construção de uma sociedade fraterna. PÁGINA 18 O mercado de automóveis está aquecido. No primeiro bimestre do ano, as vendas na região Oeste da Bahia atingiram 1.002 unidades, aumento de 15,27% sobre igual período do ano passado. Para alguns modelos, há fila de espera e demora de até 60 dias para entrega. PÁGINA 8 e 9 Um grupo de moradores luta para salvar o imóvel histórico conhecido como “casa do gerente” (foto), localizado no aeroporto de Barreiras, e transformá-lo em museu. Ordem de demolição foi expedida pela Infraero, que abriu licitação para contratar empresa que execute o serviço. PÁGINA 7 MUNICÍPIOS MODA JSF NO PLANALTO CLASSIFICADOS CRÔNICA ESPORTE ENTRETENIMENTO PASSEIO CULTURAL LEIA MAIS Prorrogado prazo para prestar contas da merenda escolar O melhor jogador de futsal do mundo Economia criativa, nova proposta para a gestão pública Umob propõe consórcio para pleitear verbas PÁGINA 5 PÁGINA 4 PÁGINA 14 JORNAL DO O JORNAL DE INTEGRAçãO DO OESTE BAIANO 77 3612 3066 SÃO FNCISCO JORNALDOSAOFRANCISCO.COM.BR BARREIRAS/BA, 1º A 15 DE MARÇO DE 2013 - ANO VII - EDIÇãO 125 - R$ 2,00 GOVERNO LIBERA 5 AGROTÓXICOS Cinco anos para acabar com lagarta Novo ministro Mercado de automóveis registra aquecimento Demolição de imóvel histórico gera reação LOCAL REGIÃO ESPORTE Carreta vazia após descarregar carros em concessionária de Barreiras REPRODUÇÃO REPRODUÇÃO VIRGÍLIA VIEIRA IVANA DIAS ARQUIVO: NAPOLEÃO MACEDO

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O jornal de integração do oeste baiano

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Page 1: Jornal do São Francisco - Edição 125

Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013JORNAL DO SÃO FRANCISCO 1

Para controlar o avanço da lagarta Helicoverpa zea, que ataca as lavouras na região Oeste da Bahia, o Ministé-rio da Agricultura liberou o uso em caráter emergencial de dois produtos biológicos e três químicos. Porém, a medida gerou frustração, pois não saiu a liberação do benzoato de emamectina, a mais esperada por produto-res, por ser considerado o único produto capaz de realmente dizimar a lagarta. PÁGINA 18

Serão necessários cinco anos para acabar com a praga da lagarta Helicoverpa zea, afirma o engenheiro agrô-nomo, produtor e presidente do Grupo Brasileiro de Consultores de Algodão, Celito Eduardo Breda. PÁGINA 20

O deputado e produtor rural mineiro Antônio Eustáquio Andrade Ferreira é o novo ministro da Agricultura, em substituição a Mendes Ribeiro Júnior. PÁGINA 18

Eleito pela Fifa quatro vezes o melhor jogagor de futsal do mundo, Falcão esteve em Luís Eduardo Maglhães para a apresentação da equipe Vento em Popa/Janjar. PÁGINA 28

O bispo de Barreiras, Dom Josafá Menezes, lançou a Campanha da Fraternidade 2013, cuja tema é “Fraternidade e Juventude: Eis-me aqui, envia-me (Is 6,8)”. O objetivo é acolher os jovens e levá-los à construção de uma sociedade fraterna. PÁGINA 18

O mercado de automóveis está aquecido. No primeiro bimestre do ano, as vendas na região Oeste da Bahia atingiram 1.002 unidades, aumento de 15,27% sobre igual período do ano passado. Para alguns modelos, há fila de espera e demora de até 60 dias para entrega. PÁGINA 8 e 9

Um grupo de moradores luta para salvar o imóvel histórico conhecido como “casa do gerente” (foto), localizado no aeroporto de Barreiras, e transformá-lo em museu. Ordem de demolição foi expedida pela Infraero, que abriu licitação para contratar empresa que execute o serviço. PÁGINA 7

• MUNICÍPIOS• MODA• JSF NO PLANALTO• CLASSIFICADOS • CRÔNICA• ESPORTE• ENTRETENIMENTO• PASSEIO CULTURAL

LEIA MAISProrrogado prazo para prestar contas da merenda escolar

O melhor jogador de futsal do mundo

Economia criativa,nova proposta paraa gestão pública

Umob propõeconsórcio para pleitear verbas

PÁGINA 5

PÁGINA 4

PÁGINA 14

JORNAL DO O JOrnal de integraçãO dO Oeste baianO 77 3612 3066

SÃO FRANCISCOjornalDosaofrancisco.com.br

BARREIRAS/BA, 1º A 15 DE MARÇO DE 2013 - ANO VII - EDIÇãO 125 - R$ 2,00

GoverNo lIberA 5 AGrotóxIcosCinco anos para acabar com lagarta Novo ministro

Mercado de automóveisregistra aquecimento

Demolição de imóvelhistórico gera reação

LOCAL

REGIÃO

ESPORTE

Carreta vazia após descarregar carros em concessionária de barreiras

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Page 2: Jornal do São Francisco - Edição 125

Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013 JORNAL DO SÃO FRANCISCO2

EDITORIAL

Em ano de preços bons e de cenário favorável para o agronegócio, à expecta-

tiva para significativo número de produtores não foi à espe-rada. Prejudicados pelo ataque da lagarta helicoverpa zea – praga que tem se manifestado na região Oeste da Bahia, nas culturas de soja, algodão, fei-jão, sorgo e milheto, gerando prejuízos estimados em R$ 1 bilhão – entre perdas em pro-dutividade e gastos extras com defensivos – além da estiagem que afetou muitas regiões, os produtores estão preocupa-dos.

E foi exatamente por esta preocupação que, unidos atra-vés de entidades, decidiram agir – solicitando auxílio de forças maiores, uma vez que todos os outros esforços não foram suficientes para se che-gar à solução do problema. Com o aumento nacional da área de plantio de soja, ficou difícil para as revendas de pro-dutos agrícolas abastecerem os produtores em suas neces-sidades, que tiveram de optar por produtos com desempe-nhos inferiores aos desejados.

O estado instalou através de uma parceria com institui-ções vinculadas ao Estado e também à União, um Grupo Operacional de Emergência Fi-tossanitária com o objetivo de identificar, propor e executar

a implantação de ações para o controle da praga. A ação do grupo – com escritórios em Salvador e Barreiras - terá a finalidade de assegurar o com-pleto reestabelecimento pro-dutivo das culturas. À presi-denta Dilma Rousseff também foi solicitada ajuda, uma vez que a referida praga não tem prejudicado apenas o agrone-gócio da região Oeste da Bahia, mas muitos outros Estados do país.

Com a decretação de emer-gência fitossanitária para com-bate à lagarta, seria acelerado o processo de registro dos pro-dutos agroquímicos - que po-deria demorar anos. Por isso mesmo, a autorização foi fada pela presidente Dilma, após a solicitação do Governo do Estado que apresentou o pe-dido com o laudo técnico ela-borado pela Adab e Embrapa, demonstrando a gravidade da situação.

A autorização para alguns produtos já aconteceu, mas, parafraseando o entomolo-gista da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Paulo Degrande, em ocasião do Fórum Regional sobre a Helicoverpa, ocorrido em Luís Eduardo Magalhães, esta não é uma praga simples. “É dinâ-mica e de difícil controle. Para vencê-la é preciso haver união e adotar estratégias aplicadas”.

OPINIÃO

União estratégica para vencer

exPedienteeditOra Chefe: Heloíse steffens - DrT/Pr-7213 / joão Penido | redaçãO: ivana Dias - DrT/ba-4258 / Virgília Vieira - DrT/ba-3787 | diagraMaçãO: nicélio ramos COrresPOndente nO PlanaltO: romênia mariani | COlUnistas: Durval nunes, carlos augusto, Denise Pitta e Tizziana oliveira | MarKeting: angélica rambo COMerCial e distribUiçãO: aline mello | seCretária: Priscila Pereira | iMPressãO: imprima Gráfica | tirageM: 15 mil

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Câmara de Vereadores de Barreiras inicia debates sobre o Tálio

Mais uma vez os vereado-res levantaram o debate sobre a descoberta do minério Tálio em Barreiras, na localidade do Val da Boa Esperança. Participaram da última sessão ordinária, rea-lizada no dia 13, representantes de vários órgãos federais e esta-duais, como o promotor de Jus-tiça do Meio Ambiente, Eduardo Bittencourt; o gerente do Ibama, Zenildo Soares; a engenheira ambiental, Jamile de Oliveira e o engenheiro agrônomo Jobel So-ares, representantes do Inema e o secretário municipal de Meio Ambiente, Nailton Almeida. A comunidade do Val da Boa Espe-rança e estudantes universitários também estiveram presentes. Segundo explicação dos repre-sentantes ambientais, o processo ainda é de estudos na região. Não há licenças concedidas, nem tra-balho efetivo de exploração.

Após greve, vigilantes retornam ao trabalho

Após 10 dias de greve, os vi-gilantes da Bahia retornaram ao trabalho no dia 8 de março. O retorno foi decidido após o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-BA) determinar o retorno imediato ao trabalho. Durante a greve dos vigilantes, apenas serviços marcados por telefone, como pedidos de aposentadoria, estavam sendo realizados nas agências bancárias do Estado. O Sindicato dos Vigilantes da Bahia afirmou que vai recorrer da de-cisão e retomar a luta através de outros meios. A categoria pede o pagamento da periculosidade com a compensação dos 18% do risco de vida, o que representaria o complemento de mais 12% no salário dos profissionais.

SAMU está sem o link 192 Em Barreiras, a coordenação do SAMU de Barreiras informou que o número 192 está em ma-nutenção. Os técnicos já estão fa-zendo a manutenção no número, mas ainda não informaram quan-do será restabelecido. Outro pro-blema que a equipe do SAMU está enfrentando são os trotes – o que tem provocado o deslocamento desnecessário de ambulâncias e profissionais de saúde, além de policiais e bombeiros. Este tipo de ato impede que pessoas realmente necessitadas sejam atendidas e que vidas sejam sal-vas. Caso as pessoas precisem do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, devem ligar para o nú-mero (77) 3612-2323.

Faculdade oferece tratamento psicoterapêutico gratuito

Estão abertas as vagas para o Grupo Teraupêtico de Apoio Psicológico oferecido pela Facul-dade São Francisco de Barreiras (FASB). As inscrições podem ser

realizadas na Clínica Escola de Psicologia, na Unidade de Servi-ços da FASB, localizada na Aveni-da Clériston Andrade. Os grupos serão formados a partir de maio e terão encontros semanais com duração de 60 minutos . As inscri-ções e a participação no projeto são oferecidas de forma gratuita e integram um projeto de inter-venção para realização do Estágio Básico I do curso de Psicologia da FASB. Segundo a coordenadora do projeto, Patrícia Teubner, po-dem se inscrever pessoas que passem por algum desconfor-to, conflito ou adoecimento que possam prejudicar seu dia-a-dia e com os quais não conseguem lidar de maneira adequada, afe-tando seu aspecto psicológico ou emocional. As inscrições estarão abertas até o dia 15 de abril de 2013.

Prefeitura de Barreiras obteve Certidão do INSS

Depois de firmar acordo junto ao INSS e parcelar a dívida da ad-ministração anterior, a Prefeitura Municipal de Barreiras finalmen-te conseguiu a Certidão Negativa da Previdência Social. Sem a cer-tidão, a prefeitura estava impedi-da de obter financiamentos, assi-nar convênios e realizar projetos. “Com a Certidão Negativa em mãos, os financiamentos federais e até as liberações de verbas se-rão realizadas com mais rapidez. Assim vamos trabalhar com mais agilidade”, afirmou o prefeito An-tônio Henrique Moreira.

“Minha Cara Mãe Calina”, o livro!

Aguardado ansiosamente pelo público leitor, finalmente será lançada mais uma obra lite-rária do nosso colunista, o poeta Durval Nunes. Dessa vez são 48 contos, rememorando lembran-ças da infância, passagens de sua vida profissional e alguns oníri-cos, carregados de sentimento de ternura, mas sempre eivados de um incrível apego telúrico e ambiental pelos elementos da natureza. O lancçamento acon-tecerá no dia 30 de março, sába-do de Aleluia, às 19h, no Palácio das Artes, em Barreiras.

Dilma anuncia desoneração de impostos da cesta básica

A presidente Dilma Rousse-ff anunciou na noite do dia 8 de março, um novo pacote para bai-xar preços de produtos da cesta básica. Em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV em homenagem ao Dia Internacio-nal da Mulher, Dilma anunciou a isenção de impostos federais em todos os produtos da cesta bási-ca. A renúncia fiscal é de R$ 7,3 bilhões por ano, com a desone-ração do Imposto sobre Produ-tos Industrializados (IPI) e PIS/Cofins sobre os itens da cesta. Com os tributos zerados, Dilma afirmou que espera "contar" com

os empresários para que isso sig-nifique uma redução de pelo me-nos 9,25% no preço das carnes, do café, da manteiga, do óleo de cozinha, e de 12,5% na pasta de dentes, nos sabonetes, entre ou-tros. O pacote reduz o PIS/Cofins de 9,25% para zero das carnes, café, óleo, manteiga, açúcar e pa-pel higiênico. A pasta de dente e o sabonete, que eram tributados em 12,5%, também teve alíquota de PIS/Cofins zerada. Além dis-so, no caso do açúcar e sabone-te, o IPI cai de 5% para zero. Os demais produtos da cesta básica (leite, feijão, arroz, farinha de tri-go ou massa, batata, legumes, pão e frutas) tinham PIS/Cofins e IPI zero.

Brasil fica em 85º lugar em ranking mundial de desenvolvimento humano

O PNUD (Programa das Na-ções Unidas para o Desenvolvi-mento) lançou na quinta-feira (14), o relatório que mede o IDH global (Índice de Desenvolvimen-to Humano). A Noruega foi consi-derada a mais desenvolvida entre 187 países. Já o Brasil, manteve a 85ª posição e recebeu uma pon-tuação de 0,730, se mantendo no grupo dos países de desenvolvi-mento alto. O IDH do País conti-nua à frente de outros emergen-tes, como a China (101ª), África do Sul (121ª) e Índia (136ª). Porém, o País continua atrás de outros latino-americanos, como o Chile, 40º, Argentina, 45º, Uru-guai, 51º, Venezuela, 71º, e Peru, posicionado no 77º lugar. Até 2050, segundo as projeções do relatório, o Brasil, a China e a Índia em conjunto serão respon-sáveis por 40% do PIB mundial, contra 10% em 1950. O estudo avalia os avanços nacionais e atri-bui uma nota de 0 a 1 de acordo com indicadores de desenvol-vimento humano, como saúde, educação, integração social, eco-nomia, comércio, ambiente e ten-dências populacionais.

CNJ cobra governo da Bahia por presos mantidos em delegacias

O Conselho Nacional de Jus-tiça (CNJ) cobrou do governo da Bahia informações sobre os pre-sos mantidos em delegacias da capital e do interior. Segundo a solicitação de informações assi-nada pelo coordenador do Depar-tamento de Monitoramento e Fis-calização do Sistema Carcerário e das Medidas Socioeducativas (DMF) do CNJ, o juiz Luciano Lo-sekann, 4,2 mil presos são man-tidos em condições impróprias. O governo da Bahia tem até o dia 5 de abril para responder o pedido de informações do DMF. Segundo Losekann, a situação dos presos desrespeita o cronograma de um acordo feito pelo governo baiano com o CNJ e o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) sobre melhorias no sistema carcerário no Estado.

NOTAS

rEProDUÇÃo

Page 3: Jornal do São Francisco - Edição 125

Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013JORNAL DO SÃO FRANCISCO 3LOCAL

Comércio quer mudar lei sobre taxa de publicidadeRAUL MARQUES

A diretoria da Câmara de Dirigentes Lo-jistas (CDL) pediu ao prefeito de Barrei-ras, Antônio Henrique de Souza Moreira, em reunião no dia 8 de março, a revisão da Lei Municipal 922/2010, do Código Tributário. Entre outros itens, a lei prevê a cobrança da Taxa de Licença para ex-ploração dos meios de publicidade nas vias e logradouros e em locais expostos ao público.

A diretora financeira da CDL, Irineide Figueiredo, afirmou que a lei não apre-senta critérios específicos e esclarece-dores sobre a forma de cobrança. “A lei foi publicada no final de ano, na admi-nistração anterior, e não segue qualquer padrão específico, exceto que a exposição de letreiros e outros tipos de publicidade nas lojas será cobrada por metro quadra-do”, disse.

A questão da taxa de publicidade veio à tona quando alguns dos 700 comer-ciantes integrantes da CDL reclamaram que estava sendo exigido o pagamento da Taxa de Licença pelo uso de cartazes e letreiros no ato da renovação dos alva-rás. “A Prefeitura vinculou o pagamento da taxa à renovação dos alvarás”, disse Irineide Figueiredo.

A tabela que determina os valores a serem cobrados consta da edição de nú-mero 1125 do Diário Oficial de Barreiras. A tabela estabelece para os letreiros ilu-minados, a cobrança anual de R$ 33 por metro quadrado e de R$ 23 para os não iluminados.

- Há uma diferenciação na lei que deixa todos os comerciantes em dúvida quan-do se refere aos letreiros, por exemplo. A tabela de receita VI, publicada em anexo à lei, diferencia os letreiros especiais dos chamados simples e manda ver legislação específica a respeito. Deveria detalhar o que é letreiro especial e o que é letreiro simples – disse Irineide Figueiredo, mais uma vez reclamando dos critérios pouco claros da cobrança da taxa.

Segundo a diretora da CDL, alguns lo-jistas optaram por pagar a taxa e renovar seus alvarás sem questionar os critérios, outros não. "Algumas pessoas vieram até a CDL para discutir o assunto, que é o que a gente quer”, disse.

O QUE DIz A LEISegundo o artigo 204 da Lei Municipal

922, “a taxa de licença para exposição de publicidade nas vias e logradouros pú-blicos e em locais expostos ao público... tem como fato gerador o licenciamento obrigatório, bem como a sua fiscalização quanto ao cumprimento das normas ad-ministrativas constantes na legislação do município concernentes à estética urba-na, poluição do meio ambiente, costumes, ordem e tranquilidade pública”.

O artigo 205 determina que estão su-jeitos à taxa “a pessoa física ou jurídica que explorar qualquer espécie de ativida-de emissora e/ou produtora de poluição sonora e visual, inclusive a exploração

de meios de publicidade em geral, feita através de anúncio, ao ar livre ou em lo-cais expostos ao público, ou que, nesses locais, explorar ou utilizar, com objetivos comerciais, a divulgação de anúncios de terceiros”.

O artigo seguinte menciona a tabela questionada pela diretora da CDL, en-quanto o artigo 207 determina, entre outros pontos, que o pagamento deve ser feito antes da expedição do alvará, para o início da veiculação da publicidade.

DIáLOGOO governo municipal mostrou-se favo-

rável a discutir o assunto. “Nosso governo está aberto ao diálogo com todos os se-tores da sociedade civil. Recebemos a di-retoria da CDL e empresários, e tivemos uma conversa franca sobre a situação de Barreiras. Nesse momento de transição precisamos do apoio de todos os setores para que nossa cidade cresça economica-mente. Vamos analisar, dentro da legali-dade, a demanda do empresariado”, disse o prefeito Antonio Henrique.

O presidente da CDL, Alberto Celesti-no agradeceu ao prefeito por receber os empresários. “A CDL-Barreiras está à dis-posição para contribuir no processo de ações para o fortalecimento do comércio local. Parcerias com a Prefeitura irão ga-rantir a realização de ações que fomen-tam o desenvolvimento do setor", disse. Os dirigentes lojistas elogiaram as medi-das emergenciais do início de governo e destacaram o trabalho do Barreiras Ur-gente nas ruas centrais, com a retirada de ambulantes das calçadas, o que melhorou a mobilidade dos pedestres e também o acesso de clientes às lojas.

Estiveram presentes na reunião, entre outros, o vice-prefeito e secretário muni-cipal de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços, Mineração e Turismo,

Carlos Augusto Barbosa Nogueira (Paê); os diretores da CDL, Rider Castro, Hum-berto Carlos Fagundes Ribeiro Junior, Pe-dro Dourado Junior, Gil Arêas Machado e Maria Célia Sampaio Kumagai; o procura-dor jurídico Wagner Pamplona e, o repre-sentante do Sindilojas, Carlos Costa.

LEGISLATIVOO presidente da Câmara de Vereadores

de Barreiras, Carlos Tito Marques Cordei-ro, o Tito, do Partido Democrático Traba-lhista (PDT), disse que conhece o teor da lei e lembrou que a votação foi muito rá-pida, no final de 2010, sem que os verea-dores pudessem analisar detalhadamen-te cada artigo. “Foi uma votação a toque de caixa, sem tempo hábil para a necessá-ria análise da legislação”, disse.

Sobre uma possível mudança no teor da lei, Tito disse que agora é necessária a manifestação do Executivo. “Tem que vir um Projeto de Lei do Executivo para que a gente possa ajudar os comerciantes e mi-croempresários nesta questão”, afirmou. ■

coMUNIcADo

A Sertaneja Empresa Agropastoril S/A, empresa com quase um século de história no município de Barreiras, vem a público in-formar que:

I – Preocupada com a manutenção da memória da cidade, por meio de prédios históricos pertencentes à família Balbino, está promoven-do a restauração de dois destes verdadeiros patrimônios da arquite-tura Barreirense.

II – Os prédios em questão são: a residência de Antonio Balbino de Carvalho, pai do ex-governador do estado da Bahia, Antonio Balbino de Carvalho Filho, situada na rua Rui Barbosa e a antiga sede da Ser-taneja Empresa Agropastoril S/A, situada na Praça Landulfo Alves.

III – A residência de Antonio Balbino de Carvalho já está em adiantado processo de restauração, que teve início em 2012 e deve ser conclu-ída ainda em 2013.

IV – A antiga sede da Sertaneja Empresa Agropastoril S/A, iniciará o processo de restauração ainda este mês, visando sua conclusão no mais breve espaço de tempo.

V – A Sertaneja esclarece também que estes processos de restaura-ção têm o compromisso de manter as características externas origi-nais dos dois prédios em restauração pela empresa.

VI – A parte interna dos dois prédios em restauração necessitará de alterações na estrutura original (alicerce e cobertura), visando, além da substituição da antiga estrutura, colocar materiais resistentes à ação do tempo e assim, diminuir a necessidade de reformas frequen-tes.

Barreiras, 11 de março de 2013.

SERTANEJA EMPRESA AGROPASTORIL S/A

raUl marQUEs

irineide figueiredo

Page 4: Jornal do São Francisco - Edição 125

Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013 JORNAL DO SÃO FRANCISCO4 LOCAL

Economia criativa, uma nova proposta para a gestão públicaPrefeitos do oeste da bahia participam de oficina sobre cidades criativas, promovida pelo sebrae, em barreiras

VIRGILIA VIEIRA

Com o objetivo de apresentar um novo caminho para a gestão pú-blica municipal e territorial, com mais geração de riqueza, quali-dade de vida, empregos, ocupa-ção e renda, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) realizou em Barreiras, no dia 11 de março, a Oficina de Economia Criativa e Cidades Criativas. O evento reuniu mais de 230 participantes, entre pre-feitos, vereadores, secretários e representantes de entidades da região Oeste da Bahia.

A Oficina foi ministrada pela especialista Ana Carla Fonseca. De acordo com ela, economia criativa engloba um conjunto de setores da economia que vi-vem em função da criatividade. “O conjunto desses setores é chamado de indústrias criati-vas. As empresas normalmente brigam pelo preço do produto, mas chega uma hora em que não vale mais a pena continuar essa briga. É preciso inventar alguma coisa diferente”, disse.

Ana Carla Fonseca destacou a importância de se pensar em criatividade como um grande ativo da economia. “Festejos como o Divino e a Romaria de Bom Jesus da Lapa podem ser incrementados dentro de uma política de valorização das ma-nifestações religiosas. Pode ser uma manifestação cultural legí-tima ou de potencial ecológico”,

afirmou.O superintendente do Sebrae

Bahia, Edival Passos, ressaltou a necessidade de despertar nos gestores públicos a ideia de tra-balhar com a economia criativa. “Estamos provocando o debate para que a economia criativa seja decodificada. Após a oficina, o Sebrae pretende avançar na pactuação com os municípios”, disse.

O ciclo de oficinas sobre Cida-des Criativas contemplou dez cidades da Bahia, entre elas: Salvador, Feira de Santana, San-to Antônio de Jesus, Vitória da Conquista, Ilhéus, Porto Seguro, Lençóis, Juazeiro, Jacobina e Bar-reiras. As oficinas mostram aos gestores públicos municipais a importância de promover o de-senvolvimento local através da Economia Criativa e de identifi-car o potencial criativo da região, além de explicar como a diversi-dade propicia condições para o desenvolvimento de estratégias inovadoras de economia.

Para o coordenador regional do Sebrae em Barreiras, Emer-son Cardoso, a participação dos gestores municipais é importan-te para o conhecimento e envol-vimento dos municípios nesta temática. “Precisamos buscar subsídios e contribuir para que façamos um desenvolvimento di-ferenciado na região Oeste, não apenas baseado no crescimento econômico, mas potencializando esse crescimento para as ativi-

dades culturais de cada cidade”, disse.

O prefeito de Barreiras, Antô-nio Henrique Moreira destacou o conceito de economia criativa para as cidades como uma opor-tunidade de solucionar antigos problemas vivenciados nos mu-nicípios da região. “A partir desta oficina, acredito que ações cria-tivas deverão ser empreendidas com oportunidades de geração de emprego, renda, cidadania e empreendedorismo para a nos-sa população”, disse. ■

“Em economia, é fácil explicar o passado. Mais fácil ainda é predizer o futuro. Difícil é entender o presente”. Com essas palavras o saudoso jornalista e sociólogo brasileiro, Joelmir Beting, traduziu bem essa ci-ência tão complexa e instigante que é a Economia.

O governo anunciou oficialmente que o crescimento da economia brasileira em 2012 foi de 0,9%. Magro, para não dizer pífio. Muito lon-ge da expectativa de 4% que foi divulgada no início do ano passado.

O Brasil não decolou? Ou o voo que não é sustentável? Lembro que o nosso país foi destaque da revista inglesa “The Economist” em 2009 onde noticiava "Brazil takes off" (O Brasil decola), na época fazendo jus à recuperação da economia brasileira no pós-crise e carimbando nosso passaporte no grupo dos “BRICS” - emergentes composto ainda por Rússia, Índia, China e África do Sul. Parecia que estávamos sobre-voando em pleno céu de brigadeiro.

Mas, será que o tempo fechou?Como certos, recorremos, mais uma vez, à escola Keynesiana que

se fundamenta no princípio de que o ciclo econômico não é auto--regulado e defende a intervenção do Estado na economia. A teoria atribui ao Estado o direito e o dever de conceder benefícios para es-timular a demanda. Assim foi feito. Redução de impostos, a exemplo do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), os juros baixaram a patamares recordes, desoneração da folha de pagamento inicialmen-te atendendo 25 segmentos, anúncio da redução de energia elétrica, câmbio favorável à exportação (dólar superior a dois reais), amplia-ção da oferta de crédito e dos benefícios sociais para não citar outros.

O modelo acima tem demonstrado que funciona pontualmente para estimular o consumo, mas não consegue promover o crescimen-to econômico de maneira sustentável.

Inspirado na frase antológica de Peter Druker (considerado pai da administração moderna) que dizia “a melhor maneira de prever o fu-turo é criá-lo”, o economista Ricardo Amorim evidenciou que em se tratando de futuro no Brasil, “nós não prevemos, não criamos, nem agimos, apenas reagimos”. Portanto, chega de “Plano B”. Urge acelerar as reformas estruturais que este país tanto necessita para crescer.

Inicialmente, essa agenda passa pela gestão dos processos e reava-liação do modelo da administração pública. O governo deveria fazer o seu próprio dever de casa: controlar gastos públicos, enxugar a má-quina administrativa, eliminar a corrupção e o tráfico de interesse.

O setor produtivo, por sua vez, não consegue ser competitivo, pa-gando 35% do que produz em impostos ou tendo que conviver com tamanha burocracia. São necessários mais de 120 documentos para liberar um único contêiner dos portos brasileiros.

Lembramos ainda, a nossa infraestrutura ineficiente, o desrespeito com as questões ambientais, pouco investimento em ciência e tecno-logia, legislação trabalhista caduca (1* de maio 1943), educação bási-ca precária (88* lugar no ranking de 127 países segundo a Unesco), retração dos investimentos e baixa produtividade do trabalhador bra-sileiro.

Destaco os últimos dois pontos supracitados como fundamentais para atenuar as turbulências da crise econômica mundial. É neces-sário aumentar o investimento produtivo que no Brasil não chega a 19% do seu PIB (Produto Interno Bruto), comparativamente, Peru e Chile, representam 30 e 27% respectivamente. Imperativo, também, é melhorar nossa produtividade. Um trabalhador americano produz o mesmo que cinco brasileiros. Para ficar claro, um brasileiro gera 22.000 dólares por ano de riqueza, um americano 100.000 dólares.

Mesmo com este cenário macro econômico adverso, a Bahia cres-ceu 3,1% em 2012 segundo dados da SEI (Superintendência de Estu-dos Econômicos e Sociais da Bahia). Portanto, mais do que o Brasil. Apesar da retração do setor agropecuário de 9% (o governo justifica a forte seca no período), a dinâmica dos setores de serviços e industrial foi fundamental para oxigenar a economia do estado. Mas, se o Brasil não aprender a lição e efetivar os investimentos necessários, corre-mos o risco de assistir um decepcionante voo de galinha em terras baianas.

Na mira da bola de cristal, os economistas de plantão já arriscam um crescimento do PIB brasileiro de 3 a 4% para 2013. "Predizer o futuro é fácil".

Com tanta literatura em economia ou administração pública dispo-níveis, parece-nos possível essa integração entre os intelectuais que interpretam os fatos e os agentes políticos que, através do estado, tem o poder de influenciar e/ou mudar a realidade. Poderíamos, inclusive, errar menos as previsões econômicas e acertar no direcionamento das políticas públicas para dinamizar o mercado.

"Difícil é entender o presente". Realmente. Não é uma tarefa sim-ples, porém, necessária. Talvéz, esteja aí a complexidade dessa ciência, que não é exata, mas é Economia.

ARTIGO

Previsão Econômica – O Brasil vai crescer quanto em 2013? Façam suas apostas!

Emerson CardosoMestrando em Gestão Social e Desenvolvimento Territorial pela UFBA; Pós-graduado em Adm. de Empresas e Desenvolvimento de Pessoas – Fundação Cairu; Bacharel em Ciências Contábeis pela UFBA.

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ana Carla fonseca, palestrante da oficina

edival Passos

VirGÍlia ViEira

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Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013JORNAL DO SÃO FRANCISCO 5LOCAL

municípios que não enviarem relatório até 30 de abril ficarão sem receber recursos até que a situação seja regularizada

IVANA DIAS

O prazo para municípios, esta-dos e Distrito Federal prestarem contas dos recursos recebidos do Programa Nacional de Ali-mentação Escolar (PNAE) em 2012 foi prorrogado para o dia 30 de abril. Os dados devem ser encaminhados para o Sistema de Gestão de Prestação de Con-tas (SiGPC), mais conhecido por Contas Online, pelos atuais ges-tores.

Aqueles que não cumprirem o prazo ficarão sem os recursos do governo federal para a alimen-tação escolar até que a situação seja regularizada. O orçamento do PNAE para este ano é de mais de R$ 3,5 bilhões, e deve benefi-ciar cerca de 44 milhões de alu-nos da educação básica, incluin-do o ensino de jovens e adultos em todo o Brasil.

Até o dia 11 de março, segun-do informado no site do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), gestor do PNAE, ainda não haviam pres-tado contas os seguintes muni-cípios do Oeste baiano: Angical, Barreiras, Brejolândia, Canápolis, Catolândia, Correntina, Cotegipe, Cristópolis, Formosa do Rio Pre-to, Jaborandi, Luís Eduardo Ma-galhães, Riachão das Neves, San-ta Maria da Vitória, Santana, São Desidério e São Félix do Coribe.

Até o dia 14 de junho, os con-selheiros da alimentação esco-lar, responsáveis pela análise inicial das contas, devem emitir parecer das informações trans-mitidas pelos gestores públicos,

IVANA DIAS

Ações sociais, mesa redonda, cursos, pa-lestras, atendimento médico e atividades esportivas e de lazer marcaram as come-morações do Dia Internacional da Mulher, 8 de março, em Barreiras.

Nas unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) - conhecido como Casa da Família - houve palestra so-bre “Direitos da mulher”, ministrada pela delegada Cláudia Rosana Duarte, e “A mu-lher na luta pelos seus direitos”, com a ad-vogada Karoline Kedma Cruz. Houve ainda atendimentos médico, odontológico e de beleza e assistência psicológica.

Para as praticantes do futebol society fe-minino, foi organizado pelo Departamento de Esportes, um torneio regional no povo-ado da Nanica, dedicado a Maria Madalena Pires da Silva, a mulher mais velha do po-voado. Participaram do evento 12 equipes de Barreiras, além dos times de Muquém do São Francisco e Cotegipe na categoria livre. No encerramento da programação houve exposição de artigos artesanais do Projeto Colmeia em frente à Câmara Muni-cipal de Vereadores.

No pátio da Prefeitura, o prefeito An-tonio Henrique reuniu servidoras muni-cipais para um café no fim da tarde. “As mulheres representam o progresso da so-ciedade, parabéns a todas e obrigada pelo trabalho diário de cada servidora munici-pal”, disse o prefeito. O prefeito anunciou a implantação, em breve, do Sistema de Comprovante de Rendimento - o contra-cheque online, que proporcionará maior eficiência nos serviços prestados pelo mu-nicípio em relação à folha de pagamento.

Na Câmara de Vereadores de Barreiras, foi realizada mesa redonda sobre “A mu-lher na sociedade contemporânea”. Com-pareceram, além de vereadoras e suas convidadas, a diretora da UNEB, Marilde Guedes; a coordenadora diocesana da pas-toral da pessoa idosa, Maria de Lourdes; a secretária de Ação Social, Antônia Pedro-sa; a presidente da OAB de Barreiras, Cris-tiana Matos; a delegada da Delegacia da Mulher, Claudia Duarte.

Marilde Guedes fez um relato histórico sobre as lutas e conquistas das mulheres. Maria de Lourdes ressaltou as carências das mulheres no município, entre elas, o atendimento oferecido. “Barreiras não

tem um centro de referência para trata-mento da mulher; foi feito um projeto há mais de anos, que não funciona. Com mais de 140 mil habitantes, a cidade comporta uma delegacia para mulheres, um centro de referência, juizado especial, e essas são as mínimas condições para que nós mu-

lheres sejamos mais respeitadas”, disse.Na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL)

de Barreiras foi realizado o evento gra-tuito Especial Mulher. Houve cursos de maquiagem, estética facial e orientação nutricional, e foi proferida palestra sobre o tema “Beleza Atual”. ■

aprovando ou não as contas. Para auxiliar os gestores esta-duais e municipais no preenchi-mento da prestação de contas da alimentação escolar, o FNDE ela-borou um guia de orientações, disponível no site www.fnde.gov.br.

GASTOSO município de Barreiras tem

87 escolas, incluindo as rurais. Todas as instituições, da creche ao ensino fundamental, rece-bem merenda escolar. De acordo com o secretário municipal de Educação, Cosme Wilson Perei-ra de Carvalho, no relatório de prestação de contas referente ao

exercício de 2012, o valor exato do recurso anual repassado ao município pelo FNDE para ali-mentação escolar foi de mais de R$ 1,5 milhão, valor insuficiente para manter os 19 mil alunos matriculados na rede. A prefei-tura injetou aproximadamente R$ 335 mil, elevando os gastos a mais de R$ 1,8 milhão anual, in-formou o secretário.

“O relatório de prestação de contas dispõe de informações até o mês de dezembro de 2012, quando findou o ano letivo. Ao entrarmos na secretaria, o re-latório já estava sendo fechado pela equipe técnica da merenda escolar, e já está pronto. Esses

valores foram todos executados, com exceção de recursos que são de programas especiais, mas que também são destinados à alimentação escolar, como o pro-grama Mais Educação, que tem uma reserva para a merenda”, disse o secretário.

Para o início do ano letivo de 2013, no dia 11 de março, foi feita uma compra emergencial para suprir a necessidade dos primeiros 30 dias letivos. O edi-tal de compras da merenda es-colar está disponível desde o dia 13 de março no site www.barrei-ras.ba.gov.br.

Além da compra emergencial da merenda escolar, distribuída

em todas as escolas municipais, as merendeiras participaram de um curso de capacitação com orientação de uma nutricionista, durante o qual foram orientadas a organizar toda a estrutura da cozinha escolar.

- A preparação das meren-deiras é essencial para uma ali-mentação saudável das nossas crianças. Durante dois dias, elas foram capacitadas para lidar com a questão da higiene, ar-mazenamento e preparo dos ali-mentos industrializados. Além de ser muito importante, que elas tenham no mínimo o ensi-no fundamental completo para atender às necessidades básicas da função - disse o secretário.

LEIDe acordo com a Lei nº 11.947,

de 16/6/2009, do valor total destinado à alimentação esco-lar, 70% devem ser utilizados na compra de alimentos indus-trializados, e 30% investidos na compra direta de produtos da agricultura familiar. “O cardápio é padrão e deve-se levar em con-sideração aquilo que a lei especí-fica regulamenta sobre a meren-da escolar”, disse o secretário.

O objetivo da medida é esti-mular o desenvolvimento eco-nômico das comunidades com a aquisição de alimentos diversifi-cados, produzidos pela agricul-tura familiar e que proporcione mais qualidade à alimentação escolar. Em Barreiras, existem comunidades que sobrevivem da agricultura familiar e podem ser beneficiadas com a lei. ■

Prazo para prestar contas da merenda escolar é prorrogado

Ações sociais e atividades de lazer marcam o Dia da Mulher

iVana Dias

depósito da merenda escolar em barreiras

no pátio da Prefeitura, o prefeito antonio henrique reuniu servidoras municipais para um café no fim da tarde

VirGÍlia ViEira

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Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013 JORNAL DO SÃO FRANCISCO6 LOCAL

Futuro presídio terá 533 vagasconstrução levará seis meses. atualmente, 110 presos se amontoam nas oito celas do complexo policial de barreiras, que tem espaço para somente 28VIRGÍLIA VIEIRA

O projeto do presídio de Barrei-ras, que teria anteriormente 450 vagas, foi ampliado para 533 e será construído em seis meses, pelo método modular. As obras terão início assim que o Estado assinar contrato de empréstimo com o Banco do Brasil, previsto para acontecer no início do pró-ximo mês. As informações são do secretário de Administração Pe-nitenciária e Ressocialização do Estado, Nestor Duarte Neto. “O Governo do Estado auto-rizou o uso de recurso próprio. Por determinação do governa-dor Jaques Wagner, a unidade de Barreiras será a próxima a ser construída na Bahia”, afirmou o secretário. A construção do pre-sídio vem sendo anunciada pelo governador desde 2010. Em Barreiras, o grande pro-blema do sistema prisional é a superlotação. Cerca de 110 pre-

sos – quando a capacidade é de 28 – superlotam as oito celas do complexo policial, uma média de 13 presos por cela. Segundo o delegado Joaquim Rodrigues, titular da 1ª Delegacia, esse nú-mero já foi superior, chegando a quase 200, tendo sido reduzido graças às liberações e transferên-cias realizadas há duas semanas.

“Nós estávamos com um número muito maior de detentos. A situa-ção é desumana e a única solução é a construção do presídio”, disse o delegado. Segundo o padre Gleicimar Santos, da Pastoral Carcerária, que realiza um projeto de assis-tência religiosa com os presos, a situação é insustentável. “Eles co-

meteram erros, porém, a consti-tuição resguarda a dignidade hu-mana dos encarcerados. São celas pequenas, abrigando um grande número de homens que mal po-dem se movimentar”, afirmou. Para ele, o Estado precisa to-mar providências, para que não seja tirado dos presos o que lhes é de direito. “Eles já tiveram sua liberdade tolhida, perderam o di-reito de ir e vir, então, precisam ter sua dignidade resguardada, e isso inclui saúde, alimentação e ambiente adequado”.

TENTATIVAS DE FUGA São constantes as tentativas de fuga. Recentemente, durante uma vistoria de rotina, policiais civis descobriram um buraco no teto em uma das celas, bem como bar-ra de ferro, um pedaço de serra, uma broca, um pedaço de madei-ra e cerca de 30 “chuchos” (armas artesanais criadas por detentos). Para o delegado Rodrigues, os presos estariam armando mais uma fuga e um dos motivos seria a superlotação carcerária. - Estamos com o número re-duzido de agentes para realizar a custódia, temos buscado atender

a todas às solicitações possíveis. Infelizmente, estamos trabalhan-do com um número reduzido de agentes, e isso tem dificultado tanto a assistência aos presos, quanto a outros serviços de nos-sa competência - disse. Para o padre, no contexto desu-mano em que os detentos vivem, é facilmente compreensível o fato de quererem fugir. “Qualquer ser humano resistiria à permanência em um lugar impróprio e inade-quado. Faltam agentes para levá--los ao médico e aos bancos. Os presos reclamam também da co-mida, que já constatei ser de bai-xo valor nutritivo. A situação não é fácil e precisa urgentemente de uma solução”, afirmou. Por conta das tentativas de fuga e do número reduzido de policiais, o trabalho da Pastoral Carcerária foi suspenso até que seja amenizada a situação de insegurança na carceragem. “A assistência religiosa é um direito do detento previsto por Lei. Es-peramos, em breve, retornar ao nosso trabalho”, afirma o padre que, acompanhado por agentes policiais, é o único que entra na carceragem. ■

Diocese de Barreiras lança Campanha da FraternidadeIVANA DIAS

A Campanha da Fraternidade 2013 foi lançada em Barreiras, com o tema “Fraternidade e Ju-ventude: Eis-me aqui, envia-me (Is 6,8)”. O objetivo é acolher os jovens e levá-los à construção de uma sociedade fraterna, funda-mentada na cultura da vida, da justiça e da paz, disse o bispo da Diocese de Barreiras, Dom Josafá Menezes da Silva. O lançamento da campanha ocorreu no final de fevereiro, no Clube ABCD, com a presença de agentes de Pasto-ral da Diocese, diáconos, padres, religiosos e de coordenadores diocesanos da Pastoral, além do vice-prefeito Carlos Augusto Bar-bosa Nogueira (Paê) e secretários municipais.

De acordo com Dom Josafá, a campanha deve levar em conta o contexto da realidade dos jovens do município, como uma forma de acolher as vocações dos mes-mos. “Podemos acolher os jovens a partir da compreensão das po-tencialidades que eles têm, espe-cialmente no mundo digital. Eles são os que melhor sabem utilizar as redes sociais; e são os mais en-tendidos no manuseio das novas

tecnologias”, disse. - Recomendamos que nossas

comunidades acolham os jovens e abram espaços para que se expressem também na arte, na música e no esporte. Educadores, pais, entidades, autoridades e o povo em geral, com uma compre-ensão adequada da juventude, poderão agir melhor em relação aos jovens - acrescentou.

Com a Campanha da Fraterni-dade, a Igreja católica pretende contribuir com a mudança da realidade dos jovens barreiren-ses através da potencialização das ações em favor da juventu-de. “Queremos ir ao encontro daqueles que estão em situação de risco, devido à omissão de um acompanhamento qualificado e à ausência de condições mí-nimas para uma vida digna. Em Barreiras e região há muitos jo-vens desempregados, sem quali-ficação profissional e envolvidos com o crime organizado”, disse Dom Josafá.

DISTANCIAMENTO DA RELIGIÃOAo analisar o distanciamento

dos jovens em relação à religião, Dom Josafá acredita ser uma fase

complexa da vida que os deixam vulneráveis às drogas e atos cri-minosos. “A juventude de um lado é atraída pelas coisas boas da cultura moderna; de outro, é vulnerável também aos aspectos mais negativos dos tempos de hoje. Um deles é que os jovens se afastam das instituições sociais, como a Igreja, por exemplo, às vezes até por acompanharem a onda ideológica da modernida-de”, disse.

Dom Josafá vê no incentivo à participação dos jovens uma maneira de aproximá-los do convívio religioso. “Devemos comprometê-los mais e dar a eles mais espaços. Os jovens que participam da desestruturação dos tempos de hoje, os que têm a vida desorganizada na família, os que não têm chance de educação e dos outros benefícios sociais, se aproximam do mundo das dro-gas e das outras formas de crime, como prostituição e outros”, con-clui.

PROJETOSUm dos projetos a serem de-

senvolvidos durante a campanha, segundo Dom Josafá, é o Observa-tório de Juventude, que irá ajudar

a articular os setores pastorais que trabalham com jovens, bem como potencializar as. ações pas-torais e institucionais em favor da juventude. “As políticas públicas já implementadas nem sempre chegam aos municípios. Muitas vezes não temos os instrumentos capazes de captar os benefícios desses programas”, disse o bispo, que defende ainda a criação de conselhos municipais.

“Devemos trabalhar para que sejam criados conselhos muni-cipais de juventude, para que existam entidades e organizações capazes de receber as políticas públicas e aplicá-las corretamen-te. Devemos continuar a preparar as lideranças de pastorais de ju-ventude e dos movimentos para que participem de Conselhos Mu-nicipais de Juventude em suas ci-

dades e possam exigir a aplicação dessas políticas”, afirmou.

Entre as ações já em desenvol-vimento estão a Pastoral Carce-rária, que acompanha os presi-diários no Complexo Policial de Barreiras, onde, de acordo com Dom Josafá, dos mais de 100 in-ternos que vivem em condições desrespeitosas do ponto de vis-ta humano, 80% são jovens; os projetos Cata-Ventos, que aten-dem quase 700 adolescentes nos bairros periféricos de Bar-reiras; as ações da Pastoral da Juventude e da Pastoral da Aids; a Escola Família Agrícola de An-gical e a Escola Família Agrícola de Tabocas do Brejo Velho. Há ainda projetos de creche e for-mação da juventude desenvol-vidos em outros municípios da Diocese de Barreiras. ■

igreja católica quer contribuir para mudar a realidade dos jovens

VirGÍlia ViEira

iVana Dias

delegado Joaquim rodrigues

dom Josafá acredita em melhor acolhimento dos jovens a partir da compreensão das suas potencialidades

Page 7: Jornal do São Francisco - Edição 125

Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013JORNAL DO SÃO FRANCISCO 7LOCAL

Ordem de demolição de imóvel histórico em aeroporto gera reação

Taxa de esgoto e serviços da Embasa na pauta da Câmara

VIRGÍLIA VIEIRA

A ordem de demolição do imóvel conhecido como “casa do geren-te”, localizado na área do aero-porto de Barreiras, erguido pelos norte-americanos no início da década de 40, para lhes dar su-porte durante a Segunda Guerra Mundial, vem provocando reação de um grupo de moradores da ci-dade, que deseja tombar o imóvel e transformá-lo em um museu.

Com autorização do Coman-do da Aeronáutica, a ordem de demolição foi expedida pela Em-presa Brasileira de Infraestrutu-ra Aeroportuária (Infraero), que já abriu licitação para a contra-ção da empresa que executará o mandato.

Na intenção de preservar a úl-tima casa original da antiga cons-trução do aeroporto, um grupo de moradores acionou o Minis-tério Público Federal (MPF), que recomendou que a Infraero sus-penda a demolição. O MPF vai apurar se a casa integra o patri-mônio histórico do município de Barreiras. O procurador da Repú-blica José Ricardo Teixeira Alves já solicitou que o Instituto do Pa-trimônio Histórico e Artístico Na-cional (Iphan) se manifeste sobre a possibilidade de tombamento do imóvel.

“Este imóvel tem um grande significado como patrimônio histórico para Barreiras. Muitas famílias residiam, outras visi-tavam socialmente, durante as décadas em que o aeroporto de Barreiras funcionou como ponto de apoio para abastecimento de combustível das aeronaves, tan-to internacionais, como nos voos domésticos”, afirma a professora e historiadora Ignez Pitta de Al-meida.

RAUL MARQUES

O fornecimento de água e os serviços de esgotamento sanitá-rio em Barreiras serão os temas de duas audiências públicas que acontecerão nos dias 21 e 22 de março, quinta e sexta-feira, na Câmara de Vereadores, às 9 ho-ras.

O presidente da Câmara, Car-los Tito Marques Cordeiro, dis-se que há quase quatro anos tramita um Projeto de Lei, de sua autoria, que visa corrigir irregularidades na forma como

A Academia Barreirense de Le-tras (ABL) também lançou uma campanha de mobilização pela preservação da casa. Recente-mente solicitou uma audiência com o prefeito Antônio Henrique, no sentido de pedir sua colabo-ração como chefe do executivo

a Empresa Baiana de Água e Sa-neamento (Embasa) explora o fornecimento de água e o ser-viço de esgoto. “A cobrança da taxa de esgoto, por exemplo, foi determinada por lei estadual, datada de 1º de junho de 2001 e não houve contestação. Isso pre-cisa ser corrigido”, disse.

Carlos Tito informou que de-verão participar das audiências públicas autoridades de todas as esferas – federal, estadual e municipal -, bem como repre-sentantes dos bairros mais afe-tados, pelo que chamou de pres-

municipal. A proposta inicial é sugerir o tombamento da casa, através de Lei nº 578/2003, de 29 de abril de 2003, sancionada por Antônio Henrique, em gestão anterior. “A ideia é fazer no local, depois de reformado e restaura-do, o Museu do Aeroporto, com

tação de serviços inadequada.- Existem alguns bairros que

não são totalmente atendidos pelas redes coletoras de esgoto e pelas estações de tratamento. Nestes casos, encontram-se Vila Brasil, Vila Dulce, Loteamento São Paulo, Ribeirão, São Miguel, Centro Histórico e Centro Ha-bitacional Rio Grande. Isso tem que acabar - disse.

A pauta das audiências públi-cas coloca como primeiro tema a política tarifária municipal existente na cidade, sobre a qual o vereador faz vários questiona-

fotos e equipamentos que são testemunhas da nossa história”, disse Ignez.

Segundo a Infraero, que falou ao Jornal do São Francisco por meio de sua Assessoria de Co-municação, a recuperação ou res-tauração do imóvel seria inviável economicamente. “Não cabe à Infraero julgar questões relacio-nadas aos valores subjetivos de bens; não se trata de imóvel tom-bado. Portanto, a cidade deverá buscar os órgãos competentes para tratar o assunto em ques-tão”, disse.

HISTóRIA DO IMóVELDestinada a ser a residência

do gerente da base aérea, inau-gurada em 1941, com a presença do então Presidente da Repúbli-ca, Getúlio Vargas e de autori-

mentos. “O principal deles é o fato de o sistema da cidade ter sido totalmente construído com recursos públicos, da Prefeitura e da União, a fundo perdido, sem contrapartida da Embasa e do Governo do Estado. Isso precisa ser revisto e ficar claro a todos os cidadãos barreirenses”, disse.

“Precisa ser feita uma Lei Municipal, como manda a Lei Orgânica, instituindo a Tarifa de Esgoto em Barreiras”, disse, acrescentando que 80% sobre o valor do consumo de água são cobrados sob a chancela de Ta-

dades norte americanas, que ali implantaram uma base militar aérea durante a Segunda Guerra Mundial, o imóvel era ao mesmo tempo um ponto de apoio para reabastecimento de combustí-veis para os aviões que faziam a rota Miami/ Rio de Janeiro/Bue-nos Aires.

A partir de 1945, com o fim da Segunda Guerra, o aeroporto foi entregue pelos norte america-nos à companhia aérea Panair do Brasil, que passou a administrá--lo. Segundo a historiadora, o funcionamento do aeroporto foi um dos grandes acontecimentos da história do município. “O ae-roporto era para Barreiras um ícone, um patrimônio que a fazia crescer e fazia parte do sentido de pertencimento e identidade dos seus habitantes”, afirma.

Com a desativação do ponto de apoio, que foi transferido para Brasília, pelo governo militar que sucedeu ao golpe de 1964, o ae-roporto foi também desativado e esvaziado de suas funções. “Com o tempo, a casa passou a abrigar os aparelhos de rádio do contro-le de voos, depois tornou-se, até o momento, um ponto de apoio para os guardas do aeroporto que, inclusive só encontram nela um abrigo, nas noites de chuva, quando o terminal de passagei-ros está fechado”, conta Ignez.

Depois da quase desativação do aeroporto, com a demolição sumária da maioria das casas, o imóvel passou a ser usado para abrigar os aparelhos de radioco-municação e seus operadores e, atualmente serve aos guardas e seguranças do local que, à noite, ali se refugiam em horas de chu-va. Portanto, a casa é o único mar-co histórico existente da constru-ção original. ■

rifa de Esgoto em Barreiras. “O que não pode haver é uma em-presa ganhar dinheiro a custo zero”, disse.

Também serão debatidas na audiência pública questões como a paralisação das obras de esgotamento sanitário na cidade, que contam com finan-ciamento da Caixa; problemas na prestação de serviços, como a falta d´água e a renovação da concessão dos serviços públicos municipais de abastecimento de água e do esgoto, entre a Prefei-tura e a Embasa. ■

localizado na área do aeroporto, a “casa do gerente” é o único marco histórico existente da construção original

Em audiências públicas, serão discutidos o acordo entre a Prefeitura e a concessionária e as tarifas cobradas pelos serviços

VirGÍlia ViEira

O imóvel é o único marco histórico existente da construção original

avião da Pan american na pista do aeroporto na década de 1940

arQUiVo: naPolEÃo macEDo

Page 8: Jornal do São Francisco - Edição 125

Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013 JORNAL DO SÃO FRANCISCO8 LOCAL

Aquecimento no mercado de automóveisVendas sobem 15% nos primeiros 64 dias do ano no oeste baiano. Previsão das concessionárias é de que haja aumento de 3% até 78% em 2013. Para alguns modelos, há fila de espera e demora de até 60 dias para entrega

JOÃO PENIDO

De 2 de janeiro a 5 de março deste ano foram emplacados 1.002 veí-culos leves (carros, caminhonetes e

furgões) na Primavia, revendedora Fiat em Barreiras, que abrange mais de 30 municí-pios na região Oeste da Bahia. Houve au-mento de 15,27% sobre as 849 unidades vendidas em igual período do ano passado.

Apesar da volta gradual do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre os carros com motor 1.0, que começou em ja-neiro, com 1%, e passou a 3,5% em março, o mercado de automóveis na região Oeste mantêm-se aquecido. Revendedoras ouvi-das pelo Jornal do São Francisco esperam obter este ano aumentos de vendas que variam de 3% (caso da Mitsubishi) a 78% (caso da Hyundai). Em face do aquecimen-to, alguns modelos têm fila de espera e de-moram até 60 dias para serem entregues.

FIATConcessionária da Fiat, fabricante que

lidera as vendas de veículos na região Oes-te da Bahia, com 30% do total, a Primavia de Barreiras vendeu no ano passado 1.400 carros novos e espera vender 1.540 este ano, aumento de 10%, informou Wagner Correia, executivo de vendas. Os números restringem-se à sua área de atuação (de Barreiras a Bom Jesus da Lapa e também alguns municípios do Piauí, num raio de 500 quilômetros).

No entanto, ressalvou, o comportamen-to das vendas neste ano dependerá sobre-tudo do nível de perdas em produtividade dos produtores de grãos em decorrência da estiagem e da lagarta Helicoverpa zea. “Se a receita dos produto-res e também a de pecu-aristas for muito afetada (no caso destes últimos por conta da estiagem) o ano não será tão bom, po-dendo terminar no mes-mo nível do ano passado”, disse.

As vendas, informou, foram muito boas em janeiro e arrefeceram um pouco em fevereiro, voltando a subir bem no início de março, por con-ta do início da colheita de soja. O aumento de ven-das neste ano, ressaltou, está ocorrendo apesar da volta gradual da cobran-ça do Imposto sobre Pro-dutos Industrializados (IPI) sobre os automóveis com motor 1.0. Em janei-ro, o percentual cobrado foi de 1%; em fevereiro, subiu para 3,5%; e até ju-nho voltará aos 9,5% que eram cobrados antes do início da isenção.

Dos modelos vendidos, informou Cor-reia, o Grand Siena completo, que custa R$ 39.500, está com espera de 30 dias em média; já o Strada cabine dupla, com mo-tor 1.4, que custa a partir de R$ 44 mil, está com espera de 30 a 45 dias. Pessoas jurí-

Márcio andrade, diretor da renault/nissan

Jorge Costa, gerente comercial da gts Motors, revendedora hyundai

foTos DE joÃo PEniDo

dicas e produtores rurais podem comprar diretamente na fábrica, com descontos de 5% a 10%. Neste caso, também há espera de 30 a 45 dias.

HyUNDAIA GTS Motors, revendedora da sulcore-

ana Hyundai em Barreiras, vendeu 280 carros em 2012 e espera vender 500 neste ano, que começou bastante aquecido, re-gistrando alta de 34% no primeiro bimes-tre. Em janeiro, as vendas subiram 60% em relação a igual mês de 2012; em feve-reiro, ficaram abaixo das de janeiro, mas aumentaram 20% em relação a fevereiro

do ano passado. Se a meta de vender 500 carros este ano for atingida, representará aumento de 78% so-bre as vendas de 2012.

As informações são do gerente comercial, Jorge Costa, segundo o qual o forte cresci-mento esperado para este ano deve-se so-bretudo ao início da produção dos carros da Hyundai no Brasil, em 19 de setembro do ano passado, em Pira-cicaba (SP). Anterior-mente, de novembro de 2011 a setembro de 2012, os carros vendi-dos pela GTS Motors eram importados pela Caoa.

Com o lançamento do primeiro modelo produzido no país, o HB20 (o H vem de

Hyundai, o B de Brasil e 20 refere-se à plataforma de montagem), em 20 de ou-tubro, a GTS optou por deixar de reven-dedora Caoa e aderir à Hyundai Motors Brasil (HMB). De outubro para cá foram lançados mais dois modelos nacionais: o HB20X, em 20 de fevereiro, e o HB20S

(sedan), no início de março. O HB20 com motor 1.0, que custa R$

34.995, não está disponível para pronta entrega. A espera, que já chegou a uma média de 60 dias, estava reduzida a uma média de 45 no início de março e vai con-tinuar diminuindo à medida em que a fá-brica for aumentando a produção. O HB20 com motor 1.0 é o segundo mais barato entre os carros da Hyundai, só perdendo para o Confort 1.0, que custa R$ 32.935. Já o modelo HB20 com motor 1.6, com preço de R$ 39,995, dispunha de três unidades para pronta entrega.

VOLkSwAGEN E TOyOTAA Sanave, concessionária Volkswagen,

também registrou aquecimento nas ven-das no primeiro bimestre deste ano, no-tadamente em fevereiro, com a abertura da filial em Luís Eduardo Magalhães, no dia 4. Segundo informou o gerente de Ven-das, Silvio Reis, em janeiro foram vendidos 36 carros novos e, em fevereiro, 45. O au-mento de vendas em relação ao primeiro bimestre do ano passado foi de 15%.

O carro-chefe das vendas foi o Gol, com mais de 50% do total. Modelos com alguns opcionais, como volante multifuncional (que permite ao motorista controlar o som no próprio volante) estão com espera de 30 dias para serem entregues.

Na concessionária Toyota, do mesmo grupo da Sanave, o Campo Verde, a fila de espera é constante. “O mercado está aquecido. Os carros que chegam da fábri-ca já estão vendidos e é difícil ter modelos em estoque”, disse o gerente de vendas, Jackson Mattos, que espera obter au-mento de 30% no faturamento deste ano, também graças à abertura da filial em Luís Eduardo.

De acordo com o gerente, os modelos mais vendidos são o Hillyux (50% das ven-das anuais), Corola (25%), SW 4 (20%) e Ethios (5%). Todos estão com espera de 30 dias para serem entregues.

RENAULT E NISSANNas concessionárias Renault e Nissan de

Barreiras, integrantes do grupo Primavia, que, somadas, tiveram em 2012 cresci-mento de 20% sobre 2011, as vendas no primeiro bimestre do ano não foram tão boas. Porém, o diretor Márcio Andrade espera que deslanchem em março e atin-jam o ápice em junho, mês da Bahia Farm Show. Ele prevê para este ano incremento de 12% a 15%, dependendo do comporta-mento da safra agrícola.

Entre os executivos do setor ouvidos pelo Jornal do São Francisco, Márcio An-drade foi o que mostrou maior preocupa-ção com as perdas que estão ocorrendo na atual safra devido à estiagem e ao ataque da lagarta Helicoverpa zea. “Apesar de Barreiras ter um comércio forte, atraindo consumidores de cidades vizinhas e aten-dendo hoje a cerca de 1 milhão de pessoas, as perdas de produtividade na atual safra são preocupantes. Há produtores que es-tão estimando queda de 30% ”, disse.

No entanto, o diretor informou que al-guns modelos não estão disponíveis para pronta entrega. É o caso do utilitário Dus-ter, da Renault, que custa de R$ 49.900 a R$ 76 mil, e tem fila de espera de 20 pes-

No país, veNdas subiram 6,32%

Em todo o Brasil, foram vendidos

519,3 mil veículos, entre automó-veis e comerciais leves (como vans e furgões) no primeiro bimestre do ano, com alta de 6,32% sobre igual período de 2012, segundo a Fede-ração Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Em janeiro foram vendidos 296,8 mil veículos e, em fevereiro, 222,4 mil (queda de 25% em relação a janeiro e de 5,65% ante fevereiro de 2012). A previsão da Fenabrave para as vendas deste ano é de au-mento de 2,6%, somando 3,7 mi-lhões de automóveis e comerciais leves emplacados. A entidade ha-via previsto, em janeiro, alta de 3%.

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Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013JORNAL DO SÃO FRANCISCO 9LOCAL

Jackson Mattos, gerente de Vendas da toyota

Wagner Correia, executivo de Vendas da Primavia, concessionária fiat

silvio reis, gerente de Vendas da sanave, concessionária VW

Ao contrário do que ocorreu no mer-cado de automóveis, o de motoci-cletas registrou queda de vendas

no primeiro bimestre deste ano. Na Luz Motos, revendedora Honda, a queda foi de 5%, segundo informou a gerente co-mercial, Valéria Chaves. No entanto, ela espera vender este ano uma média de 430 unidades por mês, aumento de 6% sobre 2012. Como o ano passado regis-trou queda também de 6%, a meta deste ano, se atingida, significará um retorno ao patamar de 2011.

Valéria Chaves disse que o ano passado teve um primeiro semestre aquecido, mas, no segundo, registrou queda acentuada, de cerca de 10%. Isto ocorreu, assinalou, devido ao fato de as financeiras terem li-mitado a concessão de crédito, em virtude do aumento da inadimplência. “Foi uma queda inesperada, que ocorreu em todo o país. O mercado teve em 2012 uma osci-lação muito grande, mudando de um mês para outro”, disse.

A Luz Motos vende somente motocicle-tas da Honda, produzidas na Zona Franca de Manaus. Os preços variam de R$ 5 mil (100 cilindradas) a R$ 34 mil (600 cilin-dradas). O tíquete médio é de R$ 7.500, informou Valéria Chaves. Como em todo o Nordeste, as vendas por consórcio res-pondem por 40% do total (no Sul este

percentual é de 15%) e são parceladas em 72 meses, enquanto para as demais o fi-nanciamento é de no máximo 50 meses. A Honda e a Yamaha são as únicas fabrican-tes nacionais; as motos das demais marcas são apenas montadas no país. (J.P.) ■

Motos em queda

Valéria Chaves, gerente Comercial da luz Motos

GUAIBIM

soas, a maior parte para a versão auto-mática, que demora entre 45 a 60 dias para ser entregue.

MITSUBISHIA Paraíso Motors, concessionária Mit-

subishi em Barreiras, que atua em 20 municípios do Oeste baiano, de Barrei-ras a Bom Jesus da Lapa, espera obter este ano aumento de 3% nas vendas. No ano passado, foram vendidos 250 carros, o mesmo número de 2011, informou o gerente comercial, Marcélio da Cunha. Ele espera que o lançamento da Triton flex, em abril, com preço de R$ 79.900, contribua para atingir a meta deste ano. Atualmente, a linha Triton, que é bem di-versificada, tem modelos de R$ 87 mil até

R$ 125 mil.Ao contrário de outros executivos do

mercado de automóveis, Marcélio da Cunha não acredita que os problemas da atual safra agrícola venham desaquecer as vendas. “A safra não vai atrapalhar as vendas. A queda na produção de grãos não é generalizada e será pequena”, dis-se. Além disso, ele assegura que grande parte dos clientes troca de carro a cada 100 mil quilômetros, que seriam percor-ridos a cada ano, pois “as fazendas ficam distantes das cidades e os carros fazem constantes viagens a Salvador e Brasília”.

Ele informou ainda dispor de grande variedade de carros em estoque. “Apenas alguns modelos específicos estão com es-pera, de 10 a 30 dias”, disse. ■

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Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013 JORNAL DO SÃO FRANCISCO10

Luiz Augusto CunhaEspecialista em Ortodontia, Pós-Graduado pela New York University College of Dentistry

ARTIGO

Odontologia para bebêsAntes do nascimento

A dentição começa a se formar meses antes do nascimento. Os dentes de leite, a partir da 6ª semana e os permanentes, por volta do 5º mês de vida intra-uterina. Assim, condições desfavoráveis durante a gestação como infecções, carência nutricional, medi-camentos inadequados, podem trazer pro-blemas aos dentes em fase de formação e mineralização. Hábitos saudáveis como a higiene bucal diária e a boa alimentação da gestante, são fundamentais. A futura mamãe deve estabe-lecer uma dieta balanceada, rica em fósforo, cálcio e vitaminas A, C e D, pois nutre o bebê e assegura-lhe o desenvolvimento de uma boa estrutura dental. Alimentos com muito açúcar e carboidratos devem ser consu-midos com moderação e, evitados entre as refeições, uma vez que o seu consumo fre-quente favorece o aparecimento de cáries.

Importância da amamentação para os dentes do bebê

A amamentação natural é fundamental para a saúde geral do bebê e prevenção de alterações bucais indesejadas. Além da im-portância afetiva e nutricional, o exercício muscular durante a sucção do seio, favorece a respiração nasal e ajuda na prevenção de problemas de posicionamento incorreto dos dentes e estruturas faciais.

A erupção dos dentes do bebê

Se o bebê coloca tudo na boca, geme ou chora com frequência, está salivando de-masiadamente, provavelmente algum den-te está irrompendo. Se a gengiva estiver irritada, avermelhada e inchada, ou se você puder sentir ou mesmo ver a ponta de um dente surgindo, então o dente do bebê está na fase de erupção.Outros sintomas, como irritação, febre, náusea, falta de apetite e diarréia muitas vezes estão presentes du-rante a erupção dos dentes. Esta, no entan-to, não é a única razão para o aparecimento destes sintomas. Assim uma consulta com o odontopediatra e com o pediatra é impor-tante.

Higiene bucal do bebê Apesar das bactérias que provocam cáries só aparecerem com a erupção dos dentes, uma higienização precoce treina o bebê a aceitar mais facilmente este hábito. Com uma gaze, ou ponta de fralda ou ainda uma dedeira de tecido, seca ou embebida em água filtrada e fervida ou soro fisiológico, os resíduos do leite materno são retirados, de-licadamente, da boca do bebê. É interessan-te o uso do fio dental logo após o nascimento dos primeiros dentes para instituir o hábito nesta fase precoce.

Transmissão da cárie Beijos na boca do bebê, assoprar o ali-mento para esfriá-lo e o uso compartilhado de copos e talhares devem ser evitados des-de cedo. Assim não se tornam costumes tão prejudiciais após o nascimento dos dentes, quando bactérias adquiridas por contato bucal, aderem aos dentes da criança favore-cendo o aparecimento de cáries. Lembrem-se, incentivar a higienização da criança, desde a fase inicial do aparecimento dos dentes, é fator fundamental para que ela acostume a escovar os dentes, fazendo disso um hábito comum do dia-a-dia. ■

barreiras ganha shopping popularO Centro Comercial de Barreiras está sendo construído na Rua Aroldo Andrade, mais conhecida como rua do Estádio

com o objetivo de ampliar as oportunidades de ne-gócio, gerando emprego

e renda à população, a Peixo-to Empreendimentos e seus parceiros - Construtora Almei-da Barbosa, Prolar Galdenes House e Vista Imóveis trazem para Barreiras, o Centro Co-mercial de Barreiras (CCB). São 103 lojas com boxes a partir de 4m² com opção de junção, monitoramento 24 horas, praça de alimentação, água e energia, banheiros e fraldário. O shopping popular está sendo construído na Rua Aroldo Andrade, no centro da cidade.

Segundo o engenheiro civil e sócio proprietário do empre-endimento, Ligierre Barbosa, o grupo Almeida Barbosa está presente em vários lugares do país e a cidade de Barreiras foi escolhida por ser uma cidade de comércio forte e povo aco-lhedor. “Estamos executando uma obra de qualidade e efi-ciência. Este é o compromisso do nosso grupo com o povo de Barreiras”, disse.

A entrega, prevista para

novembro de 2013, foi ante-cipada para agosto, graças ao sucesso das vendas. “As lojas podem ser facilmente pagas até a entrega das cha-ves, o que facilita a aquisição de mais de um conjunto, por exemplo, permitindo a am-pliação do espaço e o aten-dimento a diversos públicos no momento da locação”, afir-

mou Ligierre. “Com um conceito inovador,

o CCB agrega comodidade, facilidade e oportunidades de negócios para a população de Barreiras. Sob o conceito de shopping popular, acreditamos que o empreendimento está chegando na cidade para re-alizar sonhos e transformar a realidade”, disse o diretor co-

mercial Thyago Galdenes.No dia 06 de março, com a

presença de representantes empresariais, políticos, lojistas e investidores, o grupo rea-lizou o lançamento oficial do empreendimento. Na oportuni-dade, o presidente da Câmara de Vereadores de Barreiras, Carlos Tito, ressaltou a impor-tância desse novo momento.

“A nossa cidade é carente em investimentos desse porte. As-sim, a Câmara se vê satisfeita com a iniciativa, que já chega promovendo oportunidades e confiança, tanto na população, quanto no comércio”, disse.

O empreendedor José Car-los Lima Peixoto chamou a atenção para a administra-ção do empreendimento, com foco no bem estar dos lojis-tas e clientes. “Teremos uma gestão compartilhada, na qual ouviremos e conversa-remos com todos os lojistas. Estamos trazendo um novo conceito de comércio para Barreiras e quem sai ganhan-do é o cliente”.

Para o vice-prefeito, Carlos Augusto Barbosa (Paê), a atividade de comércio e ser-viço é uma vocação da cida-de de Barreiras. “Precisamos qualificar a mão-de-obra de Barreiras, para melhorar ain-da mais as nossas potencia-lidades no ramo comercial. Este empreendimento chega a Barreiras, propiciando em-prego e renda para a popula-ção”, afirmou Paê.

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O diretor comercial Thyago Galdenes apresenta proposta para população e autoridades

VirGÍlia ViEira

EDiÇÃo 125, 1º a 15 DE marÇo DE 2013 JORNAL DO SÃO FRANCISCO10 LOCAL

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Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013JORNAL DO SÃO FRANCISCO 11informE PUbliciTÁrio

A data sera eternizada como o “di- inte e oito de fevereiro de 2013.visor de aguas, entre o presente e o futuro” dos cento e dezesseis formandos da Faculdade Arnaldo Horácio Ferreira (Faahf) de Luıs Eduardo Maga-lhaes. A frase destacada pelo professor e paraninfo das turmas, Josias Gar-cia Ribeiro, “e o resultado de uma longa caminhada de gran-des esforços e dedicaçao, e o i-nıcio de uma vida proissional,onde cada um e produto de su-as escolhas”. Realizada no Quatro Es-taçoes Hall, a solenidade de co-laçao de grau marcou a quarta formatura da IES, desde a sua fundaçao em março de 2006. Neste ano, a Faahf entregou ao mercado de trabalho, oito pro-issionais de administraçao, vinte e cinco em ciencias con-tabeis, oito em Letras, vinte e tres pedagogos, dezesseis en-genheiros agronomos, vinte e nove bachareis em Direito e se-te engenheiros de produçao. Para a diretora geral da Faculdade, Maria Angelica Car-doso Ferreira de Sousa, a Faahf cumpriu todas as metas esta-belecidas e sela deinitivamen-te o compromisso academico e social. “Nosso grande desaioe-ra fazer um projeto que visasse a construçao de uma instituiçao de ensino superior com qualidade e humanismo, pautado na ilosoiade vida dos fundadores do nosso muni-cıpio e patronos da Faahf e do CEMAC, senhor Arnaldo Horacio Ferreira (in me-moriam) e Maria Cardoso Ferreira (presi-dente da Sociedade Educacional Arnaldo Ho-racio Ferreira, - mantenedora da Faahf), que pela fe vivenciaram a beleza de acreditar que so o amor e real”, pontuou Maria Angelica. Ainda segundo a direçao geral, a missao da Faculdade Arnaldo Horacio Ferreira, estabelecida desde o nascimento do projeto, possui um vınculo qualitativo e etico com a educaçao, oferecendo condi-

çoes que favoreçam a transmissao, o desenvolvimento e aplicaçao de conhecimentos respondendo prontamente as exigencias do meio em que se situa e como agente propulsor de mudanças. “Para a Faahf, e-ducaçao quer dizer promoçao da pessoa em sua totalidade, e o pro-cesso de desenvolvimento do cidadao que devera ser dinamico, inte-gral e ter como referencia imprescindıvel o aspecto cognitivo, o afeti-vo e o moral da pessoa”, enfatizou Maria Angelica.

Alem da entrega dos di-plomas, a Faahf tambem pre-miou os primeiros colocados de cada curso, durante os anos de atividade academica. Os aca-demicos Ulisses Moreira San-tos Neto e Talison Fernandes Martins do curso de Direito tambem receberam o certiica-do de Honra ao Merito pela a-provaçao no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil, antes mesmo da conclusao do curso. A formanda Admaria Carlos de França Franco Andrade, em no-me dos demais formandos rece-beu homenagem pelo esforço, empenho e dedicaçao obser-vados durante todo o curso. Ao inal,a presidente da Sociedade Educacional Arnaldo Horacio Ferreira, Maria Cardo-so Ferreira, deixou a seguinte re-comendaçao aos formandos. “Nunca se esqueçam de colocar em primeiro lugar na vida de vo-ces, o que eu tive como meta, um

Deus que e vivo e presente, porque somente com ele que chegamos e

alcançamos tudo. Se hoje existe u-ma Faahf nao foi por acaso, foi de uma

fe inabalavel des-de a aquisiçao da Fazenda Mimoso do Oeste. Tenham

muito amor, em primeiro lugar a Deus, uns com os outros e sejam gratos aos seus pais por

terem tido condiçoes de manter cada um de voces em um trabalho e um estudo, que hoje os tornam

independentes, abrindo portas para grandes oportunidades graças a esse esforço”.

V

Rua Pará, 2280 – Bairro Mimoso do Oeste Luís Eduardo Magalhães/BA

(77) 3628-9900 www.faahf.edu.br

FAAHF entrega mais de 100 profissionais ao mercado de trabalho de Luís Eduardo e região

Faahf sela definitivamente, mais um compromisso acadêmico e social.

Page 12: Jornal do São Francisco - Edição 125

Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013 JORNAL DO SÃO FRANCISCO12 MUNICÍPIOS

ANGICAL

Padre é assassinado por três em AngicalDA REDAÇÃO

O pároco de Angical, o padre Raimundo Reinan Valente, foi assassinado com golpes de faca e de pedras na noite do último dia 10 de março, no pátio da casa paroquial. A Paróquia Senhora Sant'Ana faz parte da Diocese de Barreiras. A polícia já prendeu dois suspeitos e um terceiro – um menor de 17 anos – que entregou-se por volta das 19 horas de quarta-feira, 13 de março, à polícia. O menor se apresentou acompa-nhado do advogado e da mãe. Os outros suspeitos de matarem o padre são um me-nor de apenas 12 anos e Rodrigo Gabriel da Silva Souza, de 18 anos, preso em São Desidério. Rodrigo é goiano e seria viciado em drogas, hospedando-se na casa da ví-tima toda vez que vinha à região. Os dois menores seriam de Barreiras, segundo in-formações.

De acordo com a polícia, os autores do crime fugiram com o carro da vítima, um Corsa Sedan de cor prata, levando a car-teira com documentos e dinheiro. Um dos criminosos chegou a tentar vender o carro que pertencia ao padre, em Roda Velha,

por R$ 2 mil, mas foi preso. O que chamou a atenção do comprador foi um adesivo da paróquia no carro. O provável comprador desconfiou ao lembrar do que havia ocor-rido com o pároco e chamou a polícia.

Segundo a apuraçãopolicial, os homens já estavam dentro da casa paroquial quan-do o padre retornou após celebrar a missa dominical. Um dos assassinos, que seria assíduo frequentador da casa paroquial, tinha acesso ao controle remoto do portão da garagem.

Informações dos peritos que estiveram no local dão conta que o padre teria entra-do em luta corporal com os agressores e seu corpo estava de bermuda e sem cami-sa, com as marcas das agressões. As ar-mas utilizadas no crime – as pedras e facas – foram abandonadas no local. O menor que se apresentou dia 13 de março à po-lícia negou que tivesse agredido o padre. Ele disse que somente Rodrigo Gabriel da Silva Souza teria praticado a agressão ao padre com pedradas e facadas. A polícia duvida desta versão já que os ferimentos no corpo do padre não teriam sido feitos apenas por uma pessoa.

SãO DESIDÉRIO

Moradores recebem orientação para limpeza de reservatóriosDA REDAÇÃO

Cerca de 80 imóveis localizados nas ruas Valério de Brito e das Palmeiras receberam a visita de técnicos da Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa). As visitas aconteceram nos imóveis onde aparece-ram vestígios de substância derivada de petróleo na rede de água para orientação quanto ao correto procedimento de limpe-za dos reservatórios e sobre a normaliza-ção do abastecimento de água.

Foram entregues pela Embasa aos mo-radores que ainda não tinham lavado os seus reservatórios, 1 litro de água sa-nitária e esponja, além de cartilha com

orientações do procedimento de limpeza. Embora os resquícios da substância não tenham sido mais encontrados na rede distribuidora, a água dos imóveis foi anali-sada pelos técnicos da empresa. As causas do incidente ainda estão sendo investiga-das pela Embasa.

De acordo com o gerente regional da Embasa, Francisco Araújo Andrade, logo que a substância foi detectada na rede distribuidora, a empresa suspendeu o fornecimento para limpar a rede de água na região onde apareceu a substância no município de São Desidério e prevenir que um novo incidente atingisse maior quanti-dade de imóveis.

Projeto Cras entrega biscoitos a famílias carentesDA REDAÇÃO

Mais de 280 pacotes de biscoitos deriva-dos da mandioca foram entregues a famí-lias carentes de São Desidério. A ação faz parte do projeto desenvolvido em parce-ria entre a Casa da Família e a Cooperativa dos Mandiocultores de São Desidério, do povoado de Cabeceira Grande, a cerca de 40 km da sede, onde os biscoitos são fabri-cados.

A parceria iniciada em janeiro terá dura-ção de quatro meses, e já foram feitas duas entregas de produtos como beiju, biscoi-to voador e de puba, bolacha de goma, bolo de tapioca e de puba. “Foram mais de 2.200 kg de biscoitos distribuídos até o momento com esta segunda entrega. É uma parceria que tem tudo para dar certo

e estamos muito confiantes”, disse o tesou-reiro da cooperativa, João Xavier.

A cooperativa é responsável pela fabri-cação e entrega à Associação de Morado-res e Pequenos Produtores de Manoel Lo-pes e adjacências, enquanto a Associação de Moradores e Pequenos Produtores de Ponte de Terra e adjacências, são respon-sáveis pela entrega ao Cras.

“O critério para participação das famí-lias nesse projeto é que estejam inseridas em algum programa desempenhado no Cras, a exemplo do Ser Mulher, Ativa Ida-de e Arte em Jogo. Já estamos articulando as inscrições de novos projetos que en-tram em atividade ainda esse ano, como o Ser Mãe e o Brinquedoteca”, disse a co-ordenadora da Casa da Família, Fabiane Martins.

MPE apreende 1,7 toneladas de alimentosDA REDAÇÃO

Em ação concluída no dia 8 de feverei-ro, o Ministério Público do Estado (MPE) e órgãos de defesa do consumidor apre-enderam na cidade de Luís Eduardo Ma-galhães, 1,7 toneladas de alimentos. Esta foi à primeira operação realizada no mu-nicípio desde a sua emancipação - há doze anos. Na ocasião, supermercados, pada-rias, açougues e lanchonetes foram inspe-cionados.

Entre os problemas identificados pelo MP, os principais foram os produtos com prazo de validade vencidos, falta de re-gistro e indicação de origem, além da ex-posição inadequada para a venda. Foram emitidos pelo Procon 15 autos de infração e dois autos de constatação, além de três

apreensões, com procedimento policial. Em sua atuação, a vigilância sanitária emitiu mais de 40 notificações, 34 termos de apreensão e 15 autos de infração. Já a fiscalização tributária inspecionou 89 em-presas do comércio varejista de alimento, sendo 15 identificadas em funcionamento em situação irregular e 13 multadas por ausência de cadastro.

A operação teve o apoio do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça do Consumidor (Ceacon), da 1ª Promotoria de Justiça da comarca, da Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), do Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Iba-metro), das Vigilâncias Sanitária e Epide-miológica do Município e da fiscalização tributária.

LUÍS EDUARDO MAGALHãES

Duas agências bancárias são assaltadas no municípioDA REDAÇÃO

No final da manhã de quinta-feira, dia 13, duas agências bancárias da cidade de Barra, no Oeste da Bahia, foram assalta-das por um grupo com aproximadamen-te 15 homens. Segundo testemunhas, o grupo, muito bem armado, dividiu-se em três grupos e assaltou, quase que simultaneamente o Bradesco e o Banco do Brasil da cidade. Um grupo foi para cada banco, enquanto o terceiro ficava

de prontidão, caso algo desse errado. Este terceiro grupo dava tiros para o alto, para assustar a população e manter as ruas desertas.

A ação foi facilitada pela localização dos bancos. As agências ficam na mesma rua, ambas no centro da cidade, e são separa-das por cerca de 100 metros, o que facili-tou a ação. Foram feitos seis reféns, entre funcionários e clientes das agências, que acabaram liberados posteriormente du-rante a fuga na direção de Ibotirama.

BARRA

Município é o primeiro do Oeste a implantar os serviços do ProconDA REDAÇÃO

Uma audiência pública no último dia 08, em Luís Eduardo Magalhães, no Fórum da Comarca, teve por objetivo a implantação dos serviços da Superintendência de Pro-teção e Defesa do Consumidor (Procon) – tornando-se a primeira cidade da região Oeste da Bahia a dispor da presença do órgão. Entre os assuntos em discussão na cerimônia comandada pelo promotor da Vara Cível, Dr. André Bandeira, estavam a acessibilidade às pessoas com deficiência e exposição da Operação Passando a Lim-po – trabalho que deu início às atividades do Procon na cidade.

A implantação do serviço é resultado de um convênio que a região Oeste esperava há muitos anos, e que Luís Eduardo Ma-galhães conquistou em menos de 90 dias. Durante a audiência, o prefeito Humberto Santa Cruz anunciou a intenção da Secre-taria de Indústria e Comércio em firmar parceria para implantação da Junta Co-mercial do Estado da Bahia (Juceb), junto com a Associação Comercial e Empresarial de Luís Eduardo Magalhães (Acelem).

Estiveram presentes, além do prefei-to Humberto Santa Cruz, o vice-prefeito Marcos Alecrim, o vice-presidente da Câ-

mara de Vereadores, Vôga Pelissari, o se-cretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado da Bahia, Dr. Almi-ro Sena Soares, o Juiz de Direito da Vara Crime, Dr. Claudemir da Silva Pereira, o Juiz de Direito da Vara Cível e Relações de Consumo, Dr. Pedro Rogério Castro Godinho, o presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Luís Eduardo Magalhães, Dr. Carlos César Cabrini, o coordenador de fiscali-zação do Procon do Estado da Bahia, Sr. Carlos Brandão e, representando o Ins-tituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro), o Gestor Regional de Barrei-ras, Sr. João dos Santos Silva.

ascom/PnlEm

Page 13: Jornal do São Francisco - Edição 125

Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013JORNAL DO SÃO FRANCISCO 13

O Pacto Federativo nasce para estreitar as relações entre a União e os Estados.

A intenção é criar os mecanis-mos necessários para que os tra-balhos da Administração Pública possam ser feitos de maneira articulada. Depois do polêmico e tenso debate acerca dos royal-ties do petróleo, o Congresso Na-cional tem como alvo os projetos que visam um novo pacto fede-rativo.

União, Estados e Municípios devem estar em sintonia. Esse é o grande objetivo do pacto fede-rativo. O Pacto Federativo Brasi-leiro, longe dessa realidade, faz algum tempo que está ultrapas-sado e rema contra a maré. Tudo indica que esse ano o pacto pas-sará por uma reformulação e um novo cenário será despontado.

Encontro dos líderes do Con-gresso – Renan Calheiros e Hen-rique Eduardo Alves com os governadores dos 26 estados e do Distrito Federal promete dar

uma chacoalhada na situação. Pretende-se nesse encontro de-finir uma pauta mínima para resolver as incongruências do pacto brasileiro. A pauta con-templa assuntos como a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); compensação a estados; fundo de desenvolvimento regional; repactuação de dívidas com a União; solução para a ‘guerra’ fiscal e novo rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE).

Hoje o que existe no Brasil é uma organização federativa que praticamente ignora as condi-ções financeiras e administrati-vas dos estados para suprir os excessos de atribuições e pode-res do governo federal, que na realidade arrecada a maior par-te dos impostos e pouco deixa para as unidades federadas - os Estados como também os muni-cípios.

A União Federal arrecada mais

de 70% da tributação, sobra muito pouco para os Estados e Municípios, o que inviabiliza a eficiência e qualidade dos ser-viços públicos. Sem recursos, os gestores dos estados e municí-pios ficam impossibilitados de atender as demandas básicas da população. Os rapasses para estados e municípios estão cada vez mais minguados. Querer governar um país continental como o Brasil por meio de uma centralização de poder e força política não procede. É compli-cado para o tecnocrata de Brasí-lia estar a par dos problemas do interior da Bahia, do Amazonas, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina ou de qualquer outro estado; é preciso conhecer e vi-venciar de perto a realidade de cada povo. O efeito proximidade, combinado da descentralização, são fatores essenciais para uma boa administração.

O Pacto Federativo vigente, de forma desleal distribui os

recursos arrecadados, gerando guerras fiscais entre os estados, que são obrigados a reduzirem sua arrecadação para atrair em-presas. O pior de tudo é que as responsabilidades dos estados, principalmente, dos municípios, aumentam a cada dia e os recur-sos diminuem; a sobrecarga tem sido grande.

É oportuno destacar trechos do artigo escrito por Ribamar Oliveira no Valor Econômico – Municípios assumem gastos da União e Estados. “Os municípios brasileiros gastaram mais de R$ 19 bilhões em 2011 para ofere-cer serviços à população que, por lei, deveriam ser custeados pela União e pelos Estados, segundo estudo feito pelo economista e geógrafo François Bremaeker, da Associação Transparência Muni-cipal (ATM). O estudo feito por Bremaeker mostra que os maio-res prejudicados são os menores municípios, com população de até 10 mil habitantes, que gas-

tam proporcionalmente mais para garantir os serviços que não são executados pelos Esta-dos e pela União. "A participação relativa desses gastos sobre a receita total é maior nas regiões mais "abandonadas", ou seja, onde há necessidade de uma atuação mais intensa por par-te dos municípios para garantir fornecimento dos serviços à po-pulação", diz o texto da ATM”.

“Bremaeker constatou tam-bém que 3.895 municípios, com população inferior a 20 mil habi-tantes, despendem com os servi-ços e ações da competência dos Estados e da União mais do que conseguem arrecadar com os seus tributos. O texto diz que os 122 municípios com população de até 2 mil habitantes têm um gasto com essas despesas 4,23 vezes maior que o da sua arre-cadação tributária. Constatou-se ainda que 70,2% dos municípios brasileiros comprometem mais do que toda a sua arrecadação tributária para custear serviços que deveriam ser custeados pe-los Estados e União”.

O que se espera é uma refor-ma no Pacto Federativo que priorize os municípios, para que estes possam administrar uma maior fatia do bolo. A nova divi-são dos Royalties, se não houver mais nenhum embaraço, repre-senta o pontapé para o fortale-cimento do municipalismo, uma vez que transfere recursos para todos os municípios brasileiros, produtores ou não de petróleo e derivados.

Neste momento de reformas, há que se observar que nosso modelo tributário concentra enorme parte do que é arreca-dado na União, o que torna os estados e municípios depen-dentes do poder central. Para o Brasil avançar, os entes federati-vos devem falar a mesma língua, entoar a mesma música, dançar o mesmo ritmo e abraçar a des-centralização. ■

JSF NO PLANALTO Romênia Mariani

Jornalista Correspondente (*)[email protected] Brasília | Fotos: reprodução

JSF NO PLANALTO

PODER As eleições 2014 já movimen-tam o Centro do Poder. A largada antecipada para aqueles que de-sejam comandar o país foi dada. Para disputar a presidência da República, quatro nomes já são ventilados. A presidente Dilma (PT) vai para a reeleição; Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva também es-tão dispostos a entrar na briga. A quarta candidata ainda não tem partido, mas já está construindo

uma “Rede” com essa finalidade.

REDUÇÃO DE IMPOSTOS No último dia 08, a presiden-te Dilma anunciou a redução de todos os impostos da cesta básica. Segundo ela, ao adotar essa medida é possível diminuir a inflação e melhorar a renda de todo brasileiro. “Desoneramos a parte mais custosa, que foi a car-ne, porque achamos que a cesta básica do brasileiro tem que ter carne. Achamos que essa cesta

básica é crucial, porque quanto mais barata ela for, melhor para o Brasil”, disse a presidente.

ELEIÇÕES 2014 A presidente Dilma Rousse-ff, já com o olhar voltado para as próximas eleições, disse no último dia 12, que a economia brasileira vai crescer e que isso é fundamental para a melhoria de vida da população. Dilma de-clarou que, para que o país cres-ça, o governo está tomando uma

série de medidas com o intuito de melhorar as condições de produção. De acordo com a pre-sidente, a economia brasileira é forte e “nada contra a corren-te internacional”, com a menor taxa de desemprego de sua his-tória.

ORÇAMENTO 2013 Depois de muita lenga lenga, O Congresso Nacional aprovou a proposta orçamentária de 2013, que será enviada agora para

sanção presidencial. O projeto contempla gastos de R$ 2,28 tri-lhões, sendo R$ 2,17 bilhões no âmbito dos orçamentos fiscal e da seguridade, e R$ 110,61 bi-lhões de investimentos estatais. Os investimentos totais alcan-çam R$ 196,91 bilhões em 2013. Esse número inclui o valor dis-ponibilizado pelas estatais, mais R$ 86,3 bilhões dos demais ór-gãos públicos federais, alocado nos orçamentos fiscal e da segu-ridade. ■

NOTAS

rEProDUÇÃo

Entes federativos devem dançar no mesmo ritmo

eduardo e renan

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Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013 JORNAL DO SÃO FRANCISCO14 REGIÃO

Umob propõe criar consórcio para pleitear verbas de projetosRAUL MARQUES

Criar um consórcio dos municí-pios com menos de 50 mil habi-tantes para facilitar o acesso à linha de programas de financia-mento do Governo Federal foi o assunto principal da reunião dos prefeitos que fazem par-te da União dos Municípios do Oeste da Bahia (Umob), realiza-da quinta-feira, 14 de março, na sede da instituição, em Barrei-ras. A Umob tem 18 municípios associados. Na reunião, havia sete representantes municipais – seis prefeitos e um vice-pre-feito. O prefeito de Barra, Artur Silva Filho, ligou para a Umob avisando que não poderia ir em razão do assalto a dois bancos, com reféns, que houve em sua cidade.

O presidente da Umob, o pre-feito de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz, pediu a todos os presentes que agilizas-sem sua integração ao consórcio

da Umob para que a região tenha mais força ao pleitear qualquer recurso junto aos órgãos gover-namentais. Entre os projetos, ci-tou o Cidade Inteligente, conheci-do também como Cidade Digital. “Temos que ser rápidos. Só há 300 projetos a serem aprovados para todo o Brasil.As inscrições terminam no próximo dia 4 de abril e há condições de obtermos êxito”, disse Santa Cruz.

Na ocasião, Santa Cruz e o di-retor da Hiamina Tecnologia, Werther Brandão, apresentaram o projeto Oeste Digital, que prevê a integração por fibra ótica dos municípios da Região Oeste. No entender de Humberto Santa Cruz, a articulação dos prefeitos que fazem parte da Umob é es-sencial para a obtenção de recur-sos para o projeto. “Será muito diferente se fizermos um pedido em nome de vários municípios, ao invés de somente um. Isso, em qualquer esfera. O consórcio en-tre os municípios do Oeste baia-

no é importante para que tenha-mos sucesso”, disse.

Para que o consórcio seja pos-sível, será preciso alterar o esta-tuto da Umob, segundo informou o presidente. “Com as mudanças propostas no estatatuto, será possível criar colegiados nas áreas de saúde, educação, assis-tência social e meio ambiente. Precisamos nos organizar para pleitear melhorias”, disse. Hum-berto propôs ainda que sejam feitas reuniões periódicas com os secretários destas áreas para a discussão de projetos.

Foi sugerida, ainda, a criação de uma mensalidade para cada um dos participantes da Umob, a ser cobrada de acordo com o tamanho da cidade e a arrecada-ção. “Com este valor será possí-vel custearmos nossas despesas com a Umob, criada para fortale-cer o Oeste da Bahia”, disse Hum-berto. Esta taxa será calculada por uma equipe da Umob e não será uniforme.

O prefeito de São Desidério, Demir Barbosa, lembrou que precisa haver maior integração também dos prefeitos da região com a União dos Prefeitos da Bahia (UPB). “É preciso saber a proposta da diretoria para que tenhamos mais força”, disse, re-cebendo o apoio dos presentes. Estas questões de taxas e proje-tos será feita pela seretária-geral da Umob, Magdalena Carolina Guilherminot Alves de Udaeta.

Na ocasião, o presidente da Umob também informou haver necessidade de mudar a sede

da associação para um local de maior espaço, especialmente para os eventos programados para os próximos dias, que en-volvem questões tributárias e de gestão.

Estiveram também presentes à reunião da Umob os prefeitos de Riachão das Neves, Hamilton Américo; de Baianópolis, An-derson Cleyton Santos Almeida; de Angical, Leopoldo de Oliveira Neto; de Vanderley, José Concei-ção dos Santos; e o vice-prefeito de Barreiras, Carlos Augusto Barbosa. ■

raUl marQUEs

na reunião, havia sete representantes municipais – seis prefeitos e um vice-prefeito

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JSFRURALEDiÇÃo 125, 1 a 15 DE marÇo DE 2013

JORNAL DO SÃO FRANCISCO18

RAUL MARQUES

Para controlar o avanço da lagarta He-licoverpa zea, que ataca as lavouras na região Oeste da Bahia, o Ministério da Agricultura liberou na quinta-feira, 14 de março, o uso de dois produtos biológicos (Virus VPN HzSNPV e Bacillus Thurin-giensis) e três químicos (Clorantranili-prole, Clorfenapyr e Indoxacarbe). A li-beração foi publicada no Diário Oficial da União de sexta-feira, 15, e os produtos já estão disponíveis para comercialização.

A utilização restrita dessas substâncias foi concedida em caráter emergencial após negociações entre os Ministérios da Agricultura, Saúde e Meio Ambiente, no âmbito do Comitê Técnico para Assesso-

ramento de Agrotóxicos (CTA), e também com produtores da região. O prazo de uso previsto em lei é de 24 meses.

A medida, porém, gerou frustração, pois não saiu a liberação do benzoato de emamectina, a mais esperada por produ-tores, por ser considerado o único prin-cípio ativo capaz de realmente dizimar a lagarta.

“Esperamos que o comitê tenha sensi-bilidade e aprove o registro do benzoato de emamectina o mais rápido possível, porque cada dia de atraso representa prejuízos significativos para os produto-res", disse o secretário de Agricultura do Estado da Bahia, Eduardo Salles, que tem levado ao Governo Federal as reivindica-ções dos produtores do Oeste baiano.

Segundo produtores, os dois produtos biológicos e os três inseticidas liberados não devem trazer muitos resultados con-tra a helicoverpa. A eficácia dos defensi-vos usados atualmente não chega a 50% do que é considerado necessário para re-almente dizimar a helicoverpa.

VAzIO SANITáRIOO diretor de Sanidade Vegetal do Minis-

tério da Agricultura, Cósam de Carvalho Coutinho, disse que o estabelecimento de um vazio sanitário pode ser uma medida eficiente para conter o avanço da Helico-verpa zea. No período de vazio sanitário, é proibido o cultivo de qualquer lavoura.

Agricultores destacam que a medi-da tem que ser tomada em conjunto, já

que tem de ser respeitada por todos. Se houver plantação em alguma área, sem respeitar o vazio sanitário, há o risco de toda a região ser infestada de novo pela lagarta.

Cósam Coutinho informou que ações emergenciais para o controle da Helico-verpa serão discutidas nos próximos dias 3 e 4 de abril em um seminário promovi-do pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Ele explicou que o aumento da população de lagartas, que migrou para as lavouras de algodão e soja, está também relacionado à ques-tões de manejo das lavouras, que devem ser melhor estudadas, como o cultivo do milho transgênico, que tem toxinas que matam as lagartas. ■

HELOÍSE STEFFENS

O ataque da lagarta Helicoverpa zea, mais conhecida como “la-garta da espiga do milho”, gerou grande procura por defensivos agrícolas no Oeste da Bahia. Re-vendedoras da região estão com estoques reduzidos ou sem pro-dutos para pronta entrega aos agricultores, que passaram a apli-car maior variedade de produtos, em maiores doses.

Paulo Augusto Gondim, pro-prietário da revenda Uniagro, de Luís Eduardo Magalhães, disse que a praga “pegou todo mundo desprevenido, tanto que está ha-vendo falta de produtos e muita dificuldade de reposição”. Ele in-formou que, em um período de 60 dias, 80 mil litros de um único produto para combate à praga foram comercializados, quando, anteriormente, se vendia 10 mil litros/safra. “Em inseticida esta-mos crescendo 100% a cada sa-fra; se tivéssemos mais oferta, as vendas triplicariam”, disse.

De acordo com Gondim, a alta nas vendas de defensivos não deve se restringir à safra 2012/13, uma vez que muitos

produtores têm procurado sua revenda com o objetivo de asse-gurar a entrega de produtos para a próxima safra. “A encomenda antecipada dos produtos é praxe e vamos pedir um volume maior de inseticidas. Como esses pro-dutos são importados, estou comprando agora para que che-guem a tempo”, disse.

RIAGROJefferson Marino, da revenda

Riagro, também de Luís Eduardo Magalhães, informou que o pico da demanda por defensivos ocor-reu em janeiro e fevereiro deste ano. “Houve um aumento na co-mercialização de produtos espe-cíficos, mas não gostaria de quan-tificá-lo. Contudo, posso adiantar que foram números absurdos”. De acordo com ele, o aumento do plantio de soja em todo o país aumentou a demanda e, com o ataque da lagarta, a procura por defensivos cresceu ainda mais e alguns produtos específicos falta-ram. “Hoje estou com meu esto-que reduzido”, disse.

Marino acrescentou que seus clientes estão preocupados com o ataque da lagarta Helicoverpa

zea, que foi muito severo. “Muitos produtores começaram a colher e, em algumas áreas, não em to-das, houve queda de 30% a 50% na produtividade”, disse. O ata-que, assinalou, foi agravado pela estiagem, que favoreceu a prolife-ração da lagarta e propiciou sua migração para outras culturas, como algodão, soja e feijão, ele-vando os gastos dos produtores com defensivos.

Além disso, a situação se agra-va porque a praga é de difícil con-trole. “Mesmo com a aplicação de mais defensivos, o problema não está sendo totalmente resolvido.

Este é um problema que não será resolvido apenas com produtos químicos. Tem que haver outros mecanismos, outras formas de combater a lagarta, como a ado-ção de um programa fitossanitá-rio”, afirmou.

LAVROBRáSConsultor de vendas da Lavro-

bras para a região de Roda Velha, Rodrigo Amâncio de Araújo es-tima que houve aumento de 20 a 30% nas vendas de inseticidas para combate à lagarta nesta sa-fra. “Tem sido aplicada uma asso-ciação de vários produtos, como

em uma salada, e em maiores doses, com desempenho que va-riou muito de região para região. Tivemos de buscar mais fornece-dores. O estoque de produtos que se mostraram mais eficazes pra-ticamente acabou”, disse.

‒ O mais preocupante hoje é a lagarta. Já passamos pelo bicudo, mofo branco, enfim, por várias dificuldades que foram supera-das. Vamos vencer a lagarta tam-bém – afirmou.

A Lavrobrás já está dimensio-nando a quantidade de defensivos que deverá encomendar para a próxima safra, informou. ■

alguns inseticidas não estão mais disponíveis para pronta entrega

medida, porém, gera frustração, pois não saiu a liberação do benzoato de emamectina, a mais esperada por produtores

Para combater praga, Governo libera uso de cinco agrotóxicos

Estoques reduzidos em revendas de defensivos

rodrigo amâncio de araújoJefferson MarinoPaulo gondim

foTos: HEloÍsE sTEffEns

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Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013JORNAL DO SÃO FRANCISCO 19EDiÇÃo 125, 1 a 15 DE marÇo DE 2013 JSFRURAL

Produtores gastarão mais R$ 28 milhões com dieselRAUL MARQUES

O aumento de 5% no óleo die-sel, anunciado pela Petrobras no início de março, deve gerar um gasto adicional de R$ 28,165 milhões para os agricultores da região do Oeste da Bahia, que já vêm sofrendo perdas com a estiagem e a lagarta Helicover-pa zea. O cálculo é do diretor de Integração e de Agronegócios da Associação dos Agricultores e Ir-rigantes da Bahia (Aiba), Ernani Sabai, com base nos dados da safra anterior. “Há uma série de fatores que devem elevar o custo médio de produção e afetar o lu-cro do produtor”, disse.

Os cálculos do diretor da Aiba levam em conta somente os 5% de elevação anunciados pela Pe-trobras. No entanto, alguns agri-cultores chegaram a ligar para a instituição alertando que dis-tribuidoras estariam praticando aumento de até 6,7%.

O aumento do custo da produ-ção, no caso só com o combus-tível de máquinas envolvidas no preparo do solo, plantio e pulverização, afeta mais os pro-dutores de soja. Segundo Sabai, o custo médio do diesel no pro-cesso produtivo da soja conven-cional é de 22% do total, per-centual superior ao do algodão e ao do milho.

O custo médio por hectare da soja convencional, com a alta do diesel, deve passar de R$ 1.465

JOÃO PENIDO

A estiagem que atinge o Oes-te baiano na atual safra, com a ocorrência de veranicos em de-zembro, fevereiro e também em março, deverá causar perdas em produtividade semelhantes às que serão causadas pela lagar-ta Helicoverpa Zea. “A estiagem deverá consumir tanta receita quanto a lagarta”, disse ao Jornal do São Francisco, o diretor de Relações Institucionais da Asso-ciação de Agricultores e Irrigan-tes da Bahia (Aiba), Ivanir Maia, sem considerar os gastos extras com defensivos para combater a lagarta. As perdas de produ-tividade devido à lagarta estão estimadas em 5 sacas de soja por

para R$ 1.481 (aumento de 1,09%), segundo Sabai. “Temos que colocar neste valor, ainda, o gasto extra com defensivos para combater a lagarta, que varia en-tre US$ 100 e US$ 150 por hecta-re. Pode acrescentar uns R$ 200 aos R$ 1.481,00”, disse.

Na região Oeste da Bahia exis-tem 1.285.334 hectares planta-dos com soja. O gasto dos pro-dutores na safra anterior com diesel foi de R$ 405.272.800. Nesta safra, os produtores de soja irão desembolsar mais R$

hectare e 30 arrobas de algodão por hectare.

De acordo com Ivanir Maia, a Aiba está realizando um levan-tamento de campo para diag-nosticar com precisão o impacto da estiagem, com mapeamento de microrregiões, o qual ficará pronto no final de março. “Uma queda de 10% na produtividade já é constatável a olho nu, mas o percentual deve aumentar, pois a estiagem continua; porém, ain-da não dá para estimar a quanto chegará”, afirmou.

MICRORREGIONALIzAÇÃOA dificuldade de obter uma es-

timava precisa das perdas deve--se ao fato de estar ocorrendo uma microrregionalização da

20,264 milhões em diesel, em todas as fases da produção, sem contar o custo do transporte do produto até o destino final.

ALGODÃO E MILHONo caso do algodão, que ocu-

pa área de 261 mil hectares no Oeste baiano, o gasto médio dos produtores com óleo diesel é de 19% do custo médio total de pro-dução. Os produtores pagarão mais R$ 5,745 milhões em diesel. O custo médio total por hectare do produto deve passar de R$

estiagem. “Por exemplo, choveu ontem e anteontem (dias 6 e 7 de março) em uma área de Luís Eduardo Magalhães, mas em outra área, a menos de 30 qui-lômetros da primeira, não chove desde 29 de janeiro. Por isso, há áreas que vão produzir bem e ou-tras mal na região Oeste”, disse.

Ivanir Maia acrescentou que no caso da soja, cuja colheita já foi iniciada, há áreas nas quais estão sendo colhidas 50 sacas por hectare, enquanto em outras, muito próximas, estão sendo co-lhidas apenas 25. Já o milho, que começou a ser colhido antes da soja, está sendo menos afetado. “A perda com milho não será grande; a produtividade está no patamar de 130 a 140 sacas por

4.031 para R$ 4.069 (aumento de 0,94%).

Em relação ao milho, que ocu-pa área de 239 mil hectares na região Oeste da Bahia, o impacto da alta do diesel será menor, uma vez que o gasto com este combus-tível representa apenas 13% do custo total de produção. Os pro-dutores da região pagarão mais R$ 2,156 milhões pelo diesel, o que elevará o custo de produção por hectare de R$ 2.346 para R$ 2.361 (aumento de 0,63%).

Segundo Ernani Sabai, os pro-

hectare, o que não é ruim”, disse. No caso do algodão, ainda não dá para quantificar o impacto da es-tiagem. “O algodão está em fase de desenvolvimento, e tem boa capacidade de recuperação. Será preciso esperar até meados de abril para se ter uma radiografia precisa”, assinalou.

MELHORA NA TECNOLOGIAIvanir Maia disse que a soja, a

cada ano que passa, tem recebi-do um incremento de tecnolo-gia, tornando-se mais resistente. “Esse nível de estiagem, se ocor-resse há uma década, teria um impacto muito mais agressivo”. Atualmente, destacou, há varie-dades de soja mais adaptadas à região Oeste (cujas raízes cres-

cem mais), bem como melho-radas geneticamente e por isso mais produtivas (colhe-se mais grãos por hectare). Além disso, os insumos são mais eficientes que no passado (há mais micro-nutrientes no solo) e há melho-res práticas de manejo, como o uso do plantio direto. ■

dutores não têm como evitar a maior despesa, já que toda fase produtiva, praticamente, é mo-vida a diesel. “São máquinas pe-sadas e modernas. Quanto mais moderna for uma máquina, mais combustível ela gastará. Só te-ria um jeito; mudar o modal de transporte, passando para o fer-roviário”.

Engenheiro agrônomo da Equi-pe Consultoria Agronômica, Eze-lino Carvalho calcula que o im-pacto da alta do óleo diesel será equivalente a 0,8 saca de soja por hectare, a 1,5 saca de milho por hectare e a duas arrobas de caroço de algodão por hectare. Para chegar a estes números, Ezelino Carvalho utilizou como base o preço médio do litro do óleo diesel este ano, de R$ 2,30, ante R$ 1,90 em 2012. “Isso vai dar um acréscimo de 21,05% no preço do diesel”, informou. Seu cálculo leva em consideração que os gastos com combustível representam 20% do custo mé-dio de produção da soja, 19% no caso do algodão e 15% no caso do milho.

Segundo cálculo da Confede-ração Nacional do Transporte (CNT), o reajuste de 5% no pre-ço do diesel deve resultar em alta de 1,25% no custo do frete de cargas transportadas por ca-minhões no Brasil. No entanto, ainda segundo a entidade, nos postos a alta teria sido maior, ul-trapassando 6%. ■

Estiagem causará tanta perda de produtividade quanto a lagartaExpectativa é da aiba, que está concluindo levantamento de campo para dimensionar com precisão as perdas em decorrência da escassez de chuva

O litro do diesel custa r$ 2,409 no Posto Petrobras, localizado na avenida aCM, em barreiras

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VirGÍlia ViEira

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Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013 JORNAL DO SÃO FRANCISCO20EDiÇÃo 125, 1º a 15 DE marÇo DE 2013JSFRURAL

Serão necessários cinco anos de trabalho para acabar com pragaRAUL MARQUES

Serão necessários cinco anos para acabar com a praga da la-garta Helicoverpa zea, afirma o engenheiro agrônomo, pro-dutor e presidente do Grupo Brasileiro de Consultores de Algodão, Celito Eduardo Bre-da. A praga, acrescentou, pre-cisa ser combatida com uma ação conjunta de longo prazo, com a participação de todos os produtores. “Não se extermina uma praga como esta apenas com uma ação pontual. Pode--se colocar um prazo de cinco anos para acabar com a praga”, disse.

Breda, que também é diretor da Associação Baiana dos Pro-dutores de Algodão (Abapa), participou de missão técnica e científica que foi à Austrália para aprender a tecnologia usada nas duas infestações ocorridas naquele país, uma em 1984 e outra em 1997. De acordo com ele, a Austrá-lia desenvolveu um programa fitossanitário que resolveu a questão. “Este programa está sendo devidamente adaptado à agricultura brasileira por um grupo técnico e deve ser colo-cado em prática em breve pe-los produtores do Oeste baia-no”, informou.

Uma ação do programa a ser adotado, seguindo o exem-

plo da Austrália, é estabelecer um vazio sanitário entre os finais de agosto e de outubro para evitar a multiplicação da praga. “Estabelecer este vazio sanitário é necessário já que a lagarta se hospeda nos mais variados tipos de lavouras, en-tre as quais feijão, trigo, cevada, sorgo e melancia”, disse Breda.

Ele entende que houve su-bestimação em relação à la-garta helicoverpa, que já na safra anterior dava sinais de que causaria problemas para os agricultores brasileiros. Te-ria havido uma confusão inicial entre as espécies de lagarta. “A Helicoverpa é muito pareci-da com as lagartas do gênero heliothis. Foi aplicada grande quantidade de defensivo con-tra a heliothis, sem muito su-cesso”, explicou.

A seu ver, várias causas le-varam à proliferação da He-licoverpa, a “lagarta da espi-ga de milho”. Uma delas foi o aumento do cultivo do milho transgênico, que elimina 100% da espécie conhecida como spodoptera frugiperda, a “la-garta de cartucho”, que come a helicoverpa. “Com a redução do inimigo natural, a quantida-de de helicoverpa aumentou”, disse. Breda cita ainda a estia-gem ocorrida no ano passado e o cultivo ininterrupto de várias culturas como motivos para o

aumento da quantidade de he-licoverpa.

PERDASCelito Breda estima que os

produtores gastaram em mé-dia cerca de US$ 200 por hec-tare plantado com inseticidas e outros defensivos, depen-dendo da cultura. “Este valor pode chegar a US$ 300 no caso do algodão e pode variar con-forme a região. Há casos em que o agricultor teve perda completa, preferindo gradear a plantação. E isso não foi só na região não. Tenho um amigo que perdeu parte da plantação no Mato Grosso”, disse.

Celito Breda sentiu os efeitos da praga no próprio bolso. Ele perdeu parte das suas planta-ções de soja em Barreiras e em Baixa Grande do Ribeiro, no Piauí, por causa da lagarta. Sua estimativa é de que no Oeste baiano a perda com a lagarta será de cinco sacas de soja por hectare e de 35 arrobas por hectare de algodão.

Breda participou de reunião em Brasília, na segunda-feira, dia 11 de março, com produto-res de vários estados e repre-sentantes da Casa Civil, do Mi-nistério da Agricultura na qual foram traçadas estratégias para evitar que o problema da lagarta tome maiores propor-ções. ■

DA REDAÇÃO

A Companhia Nacional de Abas-tecimento (Conab) revisou para baixo sua estimativa de produ-ção para a soja. No sexto levan-tamento de safra, divulgado dia 7 de março, a Conab prevê a co-lheita de 82,064 milhões de to-neladas de soja, volume 1,63% (1,360 milhão de toneladas) abaixo dos 83,424 milhões de toneladas estimadas na pesqui-sa divulgada no mês passado. A projeção da Conab ainda é de colheita de uma safra recorde de soja, volume 23,6% acima dos 66,383 milhões de toneladas co-lhidas na safra passada.

A principal revisão nos núme-ros da soja da Conab ocorreu para a região Nordeste. A esti-mativa recuou em 1,073 milhão de toneladas (-10,9%), passando de 9,832 milhões de toneladas em fevereiro para 8,758 milhões em março. A Conab rebaixou as previsões para os três principais estados produtores nordestinos, com destaque para a Bahia, com retração de 615,3 mil toneladas (-16%), para 3,845 milhões de toneladas. Para o Piauí, houve redução de 360,6 mil toneladas (-22,0%) para 1,279 milhão de toneladas, e para o Maranhão, de 97,7 mil toneladas (-5,4%) para 1,704 milhão de toneladas.

Os números da Conab neste mês também foram menores para a região Centro-Oeste, que apresenta recuo de 616,3 mil to-neladas (-1,49%) em relação aos dados de fevereiro, com estima-tiva de produção de 39,036 mi-lhões de toneladas. A queda mais expressiva foi apontada para o Mato Grosso do Sul, com retração de 302,5 mil toneladas (-5,0%) para 5,749 milhões de toneladas. A estimativa para Mato Grosso reduziu em 289,3 mil toneladas (-1,18%) para 24,158 milhões de toneladas.

A Conab estimou que a produ-ção nacional de grãos da safra 2012/2013 deve alcançar 183,5 milhões de toneladas, com alta de 10,5% sobre os 166,1 milhões de toneladas do ciclo anterior. Em relação ao levantamento an-terior, houve redução de 0,8% na estimativa por causa das condi-ções climáticas adversas no perí-odo da pesquisa (de 18 a 22 de fevereiro).

O milho segunda safra também apresenta bom desempenho, com aumento de 5,5%. Devem ser produzidos 41,2 milhões de toneladas, ante 39,1 milhões de toneladas da safra passada. O nú-mero supera a produção do mi-lho primeira safra, estimada em 34,7 milhões de toneladas.

A Conab estima que a área plantada terá crescimento de 4,1% em comparação com a sa-fra passada (50,8 milhões de hectares), chegando a 52,9 mi-lhões hectares. As culturas de soja e milho obtiveram também os melhores desempenhos em área plantada, segundo a esta-tal. No caso da soja, o aumento deve chegar a 10,4%, passando de 25 milhões para 27,6 milhões de hectares. Já o milho segunda safra ampliou a área em 8,6%, passando de 7,6 milhões para 8,3 milhões de hectares.

O Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE) esti-mou que a produção nacional de cereais, leguminosas e oleagino-sas deve totalizar 183,4 milhões de toneladas em 2013, com alta de 13,2% sobre 2012.

Diferentemente do previsto pela Conab, a nova projeção do IBGE supera em 86.466 tonela-das a de janeiro. O instituto anali-sa a colheita de janeiro a dezem-bro, enquanto a Conab se baseia no ano-safra, que vai de agosto a julho do ano seguinte.

Apesar das perdas registradas no Oeste baiano com a estia-gem e a praga helicoverpa zea, a Agroconsult elevou no início de março a estimativa para a safra de soja do Brasil em 2012/13, que passou de 83,9 para 84,2 milhões de toneladas. Ambas as marcas são recorde. A previsão de produtores rurais do Oeste baiano é de que na região a soja registre queda de 10 a 15%.

A estimativa da Agroconsult é maior que a da Companhia Nacional de Abastecimento (Co-nab) - que projetou em fevereiro 83,4 milhões de toneladas -, e

leva em conta a perspectiva de o Rio Grande do Sul colher uma boa safra.

O recorde na produção de soja ocorreu na safra 2010/11, com mais de 75 milhões de toneladas. Em 2011/12 a produção baixou para 66,4 milhões de toneladas, devido à seca que afetou o sul do país.

Para a safra de milho do Bra-sil também foi previsto recorde, de 75 milhões de toneladas, ante 74,7 milhões na estimativa do final de janeiro. Em 2011/12 o Brasil colheu 72,9 milhões de to-neladas, o recorde atual.

Agroconsult elevaprevisões para soja e milho

DA REDAÇÃO

O deputado federal e pro-dutor rural Antônio Eustáquio Andrade Ferreira é o novo mi-nistro da Agricultura, nomeado por Dilma Rousseff na sexta--feira, dia 15 de março. Ele nas-ceu em 18 de junho de 1953 na cidade de Patos de Minas, no Estado de Minas Gerais. É enge-nheiro civil graduado pela Uni-versidade Federal de Minas Ge-rais (UFMG). Filiou-se em 1987 ao Partido do Movimento De-mocrático Brasileiro (PMDB), o único partido de sua carreira política.

Foi presidente do Sindicato Rural, prefeito de Vazante (MG) e deputado estadual por três mandatos. Estava no segundo mandato como deputado fede-ral, antes de assumir o Ministé-rio da Agricultura. Em 2009, foi eleito presidente da Executiva Estadual do PMDB de Minas

Gerais e, em 2012, presidente da Comissão de Finanças e Tri-butação da Câmara dos Depu-tados.

Mendes Ribeiro Filho deixou o Ministério da Agricultura e deve voltar para a Câmara de Deputados. Ele ficou um ano e sete meses à frente do ministé-rio. Assumiu o cargo em agosto de 2011 no lugar de Wagner Rossi, do PMDB, que deixou a pasta envolvido em denúncias de corrupção.

Mendes Ribeiro foi submeti-do a uma cirurgia em outubro daquele ano para remover um câncer no cérebro, diagnosti-cado em 2007, que ainda não foi curado. O ministro passou a receber sessões quinzenais de quimoterapia na unidade de Brasília do Hospital Sírio-Liba-nês, sofrendo duas convulsões, que o levaram a novas interna-ções. Por causa deste problema de saúde, Mendes Ribeiro não

podia realizar longas viagens pelo País.

A troca de Mendes Ribeiro pelo deputado Antônio An-drade faz parte de um acordo pelo apoio do PMDB mineiro à candidatura de Patrus Ananias do PT para a Prefeitura de Belo Horizonte nas últimas eleições.

O presidente da Leite Brasil, Jorge Rubez, disse à Agência Es-tado, que a indicação de Antô-nio Andrade para o Ministério da Agricultura faz parte de uma estratégia política, com vista às eleições de 2014, e não trará qualquer melhoria para o setor.

Já o presidente da União Na-cional da Indústria e Empresas da Carne (Uniec), Francisco Vic-ter, disse que espera uma boa gestão do político à frente do Ministério. No seu entendimen-to, o novo ministro é produtor e deputado por um partido que tem força política para fortale-cer o agronegócio.

Antonio Andrade é o novo ministro da Agricultura

Conab reduz estimativa de alta para a soja

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Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013JORNAL DO SÃO FRANCISCO 21EDiÇÃo 125, 1º a 15 DE marÇo DE 2013 JSFRURAL

Aiba firma parceria para incentivar regularização ambientalassinado acordo de cooperação Técnica que prevê, dentre outras ações, a mobilização de produtores rurais para adesão ao cadastro ambiental ruralVIRGÍLIA VIEIRA

O então ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Tei-xeira e a diretoria da Associação de Agri-cultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) - re-presentada pelo presidente Júlio Busato, o vice-presidente Odacil Ranzi e o diretor executivo Thiago Pimenta - assinaram Acordo de Cooperação Técnica para regu-larização ambiental de imóveis rurais, por meio do Cadastro Ambiental Rural (CAR), no dia 11 de março, em São Paulo.

“Nós, brasileiros, estamos fazendo nos-sa parte para a produção responsável e sustentação do meio ambiente. Agora é possível mostrar isso e cobrar dos outros países, que devem seguir o exemplo e fa-zer o mesmo”, afirmou a ministra Izabella Teixeira.

Além da mobilização de produtores ru-rais para adesão ao CAR, que servirá para estratificar as propriedades e regularizar os imóveis rurais. Ações de apoio ao Pro-grama de Regularização Ambiental (PRA) também estão previstas no Acordo. A par-ceria também prevê incentivo para adesão ao Plano Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que objetiva reduzir as emissões de gases de efeito estufa por meio de sis-temas produtivos sustentáveis, além da redução de áreas desmatadas.

Para o ministro Mendes Ribeiro, o Ca-dastro é uma ferramenta importante para o produtor rural, pois permite a regulari-zação ambiental dos estabelecimentos ru-rais. “Esse acordo permitirá que o Governo elabore as políticas agrícolas nas diferen-tes regiões do País, a partir das informa-ções que estarão no sistema informatiza-do do CAR”, disse. ■

walter Horita na lista dos 100 mais influentes do agronegócio brasileiroJOÃO PENIDO

Walter Horita, um dos grandes produto-res de algodão do Oeste baiano, foi inclu-ído pela revista Dinheiro Rural entre “As 100 personalidades mais influentes do agronegócio”, em reportagem de 20 pá-ginas da edição especial de fevereiro, a centésima da publicação da Editora Três. Horita é a décima personalidade a ser apresentada, seguindo-se a Eduardo Lo-geman, Gustavo Grobocopatel, Eraí Magi Scheffer, José Carlos Grubisich, Emerson Tenório, João Faria da Silva, Otaviano Pi-vetta, César Borges e Blairo Maggi. A lista inclui, entre outros, produtores de grãos, de cana, de café, de leite, de vinho, pecu-aristas, leiloeiros de gado, executivos de multinacionais e de cooperativas, ban-queiros, pesquisadores e dirigentes de órgãos governamentais.

- Maior referência em cultivo de algo-dão na Bahia, o agricultor paranaense Walter Horita é herdeiro de uma família pioneira de japoneses que introduziram o cultivo da fibra no Estado, em 1984. À frente de um grupo que fatura R$ 245 milhões por ano, ele já foi presidente da Associação dos Produtores Baianos de Algodão por dois mandatos – diz a reportagem, que acrescenta uma breve declaração de Horita: “Somos competi-tivos hoje, pela alta qualidade alcançada nas lavouras”.

Assinada por Vera Ondei e Hugo Cilo, a reportagem teve o objetivo de mostrar “quais são as personalidades que, com seu trabalho cotidiano, criam a riqueza no campo brasileiro e transformam o país em protagonista mundial da oferta de grãos, carnes, fibras e biocombustíveis”. ■

Júlio busato, izabella teixeira e Odacil ranzi

Abapa propõe a São Desidério PPP para recuperar estradas vicinais

IVANA DIAS

A Associação Baiana dos Pro-dutores de Algodão (Abapa) apresentou projeto de Parce-ria Público Privada à Prefei-tura de São Desidério visando à recuperação de estradas vicinais, de modo a facilitar o escoamento da produção agrí-cola do algodão baiano. Esti-veram presentes à reunião na sede da Abapa em Barreiras, o prefeito de São Desidério, De-mir Barbosa; os secretários de Agricultura, José Marques de Castro e, de Meio Ambiente, Demósthenes Júnior; a pre-sidente da Abapa, Isabel da Cunha, o vice-presidente, Pau-lo Jorge Mota e o diretor exe-

cutivo, Uilham Hillebrand. De acordo com o projeto

apresentado, serão recupera-dos 518 quilômetros de estra-das vicinais. O valor das obras é estimado em R$ 3,4 milhões. O custo da obra deve ser divi-dido entre o Fundo para o De-senvolvimento do Agronegó-cio do Algodão (Fundeagro), produtores e Prefeitura.

O maquinário seria dispo-nibilizado pela Abapa, assim como a doação do óleo diesel, três caçambas em tempo inte-gral, um engenheiro ou técnico de estradas, um engenheiro ou técnico ambiental, fiscalização da faixa de recuo obrigatória e disponibilização e instalação de manilhas, se houver necessi-

dade. “Essa é a nossa proposta para o município de São Desi-dério. Queremos chegar a um acordo para que de fato con-sigamos tocar o projeto”, disse o diretor executivo da Abapa, Uilham Hillebrand.

A presidente da Abapa, Isa-bel da Cunha destacou que houve boa receptividade por parte da Prefeitura de São Desidério para sanar uma necessidade que vem de en-contro aos anseios do setor produtivo. “Com essa parceria buscamos diminuir os custos da produção. Os resultados da reunião foram satisfatórios. Este é mais um passo para pro-movermos o desenvolvimento da região”, disse. ■

isabel da Cunha com prefeito e secretários de são desidério

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Page 22: Jornal do São Francisco - Edição 125

Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013 JORNAL DO SÃO FRANCISCO22

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fazenda01 – Babá para morar no centro.01 – Eletricista predial p/ fazenda.01 – Arrumadeira para morar.10 – Domésticas p/ Barreiras.02 – Cozinheira e saladeira p/

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01 – Técnico agrícola com experiência em maquinário agrícola.

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registro no Ministério do Trabalho.01 – Chefe de transporte c/ experiência

de 2 anos01 – Motorista hab. D e experiência

em transmodo.01 – Mecânico de caminhão.01 – Encarregado de estoque c/

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masculino.

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noções de informática.01 – Depar. pessoal.02 – Aux. ADM.recém formado em

contabilidade p/ trab. em fazenda.01 – Aux. de escritório masculino p/

faz. em Bom Jesus da Lapa01 – S. gerais c/CNH:AB masculino.01 – Soldador c/exp. em solda mi01 – Supervisor de Estoque., um aux.

de entrega02 - Cozinheiras

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Contador Junior;Gerente de Rh;Gerente de loja;Representante comercial;

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ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA O Presidente da Cooperativa dos Produtores Rurais de Algo-dão Colorido de Angical – COOPACITA, inscrita no CNPJ/MF nº 12.763.145/0001-23, com sede a Agrovila de Itacolomim, CEP.: 47.9600-000 – Angical-Bahia, no uso de suas atribui-ções estatutárias, CONVOCA, os 33 produtores rurais coo-perados, que compõem o quadro social, para a Assembleia Geral Ordinária a ser realizada no dia 28 de Março de 2013 em sua sede à Agrovila de Itacolomim – Angical/Bahia, em primeira convocação às 09:00 horas com total de 2/3 terços do total de seus cooperados, em segunda convocação às 10:00 horas com a metade e mais um de seus cooperados, e na terceira convocação às 11:00 horas com no mínimo 10 (dez) cooperados, para deliberarem a respeito da seguinte ORDEM DO DIA:

a) Prestação de Contas, compreendendo Balanço Geral e Relatório de Gestão da Diretoria Executiva do ano de 2012.

b) Parecer do Conselho Fiscal.c) Certificação orgânica do algodão colorido.d) Plano de Trabalho para o ano de 2013.

Angical/BA, 15 de Março de 2013.

João Alexandrino Filho

Diretor – Presidente

EDITAL DE ConVoCAÇÃo

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A sua melhor vitrine na região Oeste da Bahia

JORNAL DO

SÃO FRANCISCO

O JOrnal de integraçãO dO Oeste baianO

Page 23: Jornal do São Francisco - Edição 125

Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013JORNAL DO SÃO FRANCISCO 23

IMÓVEIS RURAIS1000 - Uma fazenda a 60 km de LEM, sen-tido Roda Velha, com 4.600 hectares, sen-do 3.300 de lavoura, com armazém, silo e sede. Valor- 400 sacas de soja por hectare em 1+4

1001 - Uma fazenda em Roda Velha, com 4 mil hectares, sendo 2.300 de lavoura, sen-do 400 hectares irrigados, com outorga para mais 6 pivôs (600 hectares). Valor R$ 30.000.000,00 em 1+2

1002 - Uma fazenda no Anel da Soja, com 6.500 hectares, sendo 4 mil hectares de la-voura. Valor 300 sacas de soja por hectare em 1+4

1003 - Uma fazenda em Placas, com 2.200 hectares, sendo 1.900 de lavoura. Valor 350 sacas de soja por hectare em 1+1

1004 - Uma fazenda na BR 242, entre Bar-reiras e LEM, com 3000 hectares, sendo 2400 ha abertos Valor 500.000 sacas de soja em 1+9.

1006 - Uma fazenda no município de Cor-rentina, com 2.300 hectares, sendo 1.900 de lavoura e um pivô de 100 hectares. Va-lor 400 sacas de soja por hectare em 1+4.

1007 - Uma fazenda na Coaceral com 6 mil hectares, sendo 2.500 de lavoura e 2 mil de área aberta. Valor 300 sacas de soja por hectare em 1+3

1008 - Uma fazenda na Coaceral com 7.300 hectares, sendo 5.300 abertos. Valor 180 sacas de soja por ha em 1+4

1009 - Uma fazenda de 6.700 ha com 4000 ha de lavoura no Município de São Desidério. Valor 300 sacas de soja por ha em 1+5.

1011 - Uma fazenda de 35.000 hectares na Coaceral. Valor 120 sacas de soja por hec-tare em 1+3

1012 - Uma fazenda no Linha Alto Hori-zonte, com 2500 hectares, sendo 1100 de lavoura, 600 ha de capim, dois poços arte-sianos, 2 casas e galpão.

1013 - Uma fazenda no Novo Paraná com 620 hectares sendo 500 ha de lavoura, casa, poço e galpão.

1014 - Uma fazenda de 1000 hectares com 770 ha de lavoura na estrada de Taguatin-ga. Valor R$ 18.000.000,00 á vista.

1015 - Uma fazenda em Barreiras com 7200 hectares, com 3000 ha de eucalip-to plantados entre 2 a 5 anos de plantio. Valor- R$ 100.000.000,00 - prazo a com-binar.

VENDE-SEMORADA NOBRE

100 - Uma casa com 4 quartos, sendo três suítes todas com closet, banheiro social, 2 salas, mezanino, cozinha, área de serviço, de-pendência para empregada, garagem para 4 carros, área de lazer com churrasqueira, pis-cina de 7x 3,50 metros, dois lotes. Valor – R$ 1.200.000,00

101 - Uma casa com 6 quartos, sendo uma su-íte e mais uma suíte master com closet e ba-nheira, quatro salas, duas cozinhas, escritório, área de serviço, dependência para empregada, 2 banheiros sociais, despensa, área de lazer com churrasqueira, garagem para 4 carros, sistema de monitoramento por câmera. Valor- R$ 650.000,00

149 - Cobertura, Prédio Érico Veríssimo, Pri-meiro piso, cozinha, área de serviço, sala de jantar, sala de estar, 2 suítes, lavado, segundo piso, Suíte master com dois banheiros, área de lazer com churrasqueira e banheira de hidromassagem de 6 lugares. todo documen-tado. Duas vagas de garagem, 230 metros de área privativa. Playground com piscina, qua-dra poliesportiva. Salão de festas. Valor R$ 1.300.000,00

NOVO HORIzONTE

104 - Um conjunto de 5 kitinetes, todos com um quarto, banheiro, sala/cozinha conjugada. Garagem, Valor R$ 180.000,00

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106 - Um ponto comercial na rua da feira, ao lado do Boi na Brasa, 7 metros de frente por 18 metros de frente ao fundo, com 126m² cons-truídos, com banheiro, sala para depósito/ es-critório com estrutura para mais dois andares de apartamentos. Valor R$ 300.000,00

RENATO GONÇALVES

111 - Uma casa situada na rua Aratu (ao lado do fórum antigo), com 2 quartos, uma suíte master com banheira e closet, sala de tv, sala jantar, cozinha, lavabo, adega, canil, depen-dência de empregada, garagem para 4 carros, área de lazer/churrasco, piscina. Documenta-ção toda pronta para financiamento. VALOR- 600.000,00

BAIRRO SÃO PEDRO

115 - Uma casa com 150 m² construídos, com 4 quartos, sendo um suíte, escritório, sala de estar, sala de jantar, cozinha, banheiro social, área de serviço, garagem para 2 carros, lote 12x 15. DOCUMENTAÇãO PRONTA PARA FI-NANCIAMENTO. Valor R$ 270.000,00

MORADA DA LUA

107- Um lote de 12 metros de frente por 30 metros de frente ao fundo, com 12 metros de fundo, todo murado. R$ 75.000,00

119 - Lote de 420m², com uma edícula no fun-do com 40m² construídos, lote todo murado. Valor- R$ 120.000,00.

144 - Uma casa com três quartos sendo uma suíte, 2 salas, cozinha, banheiro social, gara-gem e área de serviço. Documentação para fi-nanciar, mas não pelo Minha Casa Minha Vida. Valor R$ 90.000,00

RENATO GONÇALVES

122 - Apartamentos residenciais, com 3 suítes, sala 2 ambientes, varanda com exaustor para churrasqueira, ampla copa-cozinha, dep. de empregada e garagem para dois carros. Com toda a infraestrutura. Valor - a consultar.

148 - Um lindo sobrado, com 288m² constru-ídos, em um lote de 12x30 sendo 4 quartos, 1 suite, três banheiros, dependência, despensa, área de serviço, mezanino, armários embuti-dos, esquadrias de alumínio e portas de ma-deira, jardim, garagem para 4 carros, toda do-cumentada para financiamento. Valor: R$ 690.000,00

SÃO MIGUEL

123 - Dois lotes residenciais juntos, formando ao todo 720 m², com 24 metros de frente e 30 metros de frente ao fundo. Documentação ok. Valor R$ 260.000,00

LOTEAMENTO SÃO PAULO

126 - Um sobrado com 227m² construídos, sendo, primeiro piso, duas salas comerciais, com banheiro, segundo piso, com três quartos, sendo um suíte, sala, cozinha, área de serviço, sacada, garagem para 4 carros, lote 360m², todo reformado. Valor – R$ 450.000,00

FLAMENGO

127 - 06 lotes, na quadra C loteamento Fla-mengo, medindo no total de 2.160 m², com frente de 38 metros. Atrás da Gasiq Tratores, saída pra Salvador. Valor- R$ 398.000,00

CHáCARA NO RIO DE ONDAS

134 - Uma chácara a 9 km da cidade, entrando antes da Polícia Rodoviária Federal, com 30 metros de rio por 120m com excelente área de lazer na beira do rio, com varanda, churras-queira, gramado até a beira do rio, uma suíte, cozinha. Vende com porteira fechada, freezer, frigobar, ar condicionado etc. Aceita permuta. Chácara escriturada. Valor- R$ 330.000,00

BOA VISTA

136 - Uma casa de 198 m², em um lote de 300m² (10x30), com 3 quartos, sendo um suíte, sala, banheiro social, cozinha, área de serviço e despensa, garagem para três carros. Aceita Permuta com carro ou caminhão. Valor R$ 330.000,00

VILA RICA

137 - Casa com 120 metros construídos em um lote de 12x30, com 3 quartos, sendo um suíte, sala, banheiro social, cozinha com ar-mários sob medida, varanda, garagem pra 2 carros, documentação quase pronta pra finan-ciamento, mediante sinal de compra, o pro-prietário encaminha a documentação, ACEITA

CARRO ATÉ 30 MIL. Casa fica a uma quadra da BR, ao lado da torre, na entrada da Vila Rica. Valor R$ 230.000,00

139 - Uma casa com 3 quartos, sala cozinha, dois banheiros, garagem. Apenas com escritu-ra, aceita carro. Lote de 11 x 14=154 metros, com 100 metros construídos. Valor R$ 110.000,00

SÃO MIGUEL

140 - Uma casa com 3 quartos, sendo um su-íte, banheiro social, sala, jardim de inverno, cozinha, área de serviço e quintal, garagem para um carro, escriturada. Casa em perfeito estado. Lote 180 metros quadrados (6x30) e a casa com 145 metros quadrados. Valor- R$ 250.000,00

JARDIM OURO BRANCO

145 - Um lote no Jardim Ouro Branco, com 14 x 30 com 420m², documentado, parte alta da cidade, com belíssima vista. Valor R$ 200.000,00

147 - Vende-se uma churrascaria completa, funcionando, e uma loja de conveniência, ex-celente localização, Saida para São Desidério. Valor: A combinar

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Page 24: Jornal do São Francisco - Edição 125

Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013 JORNAL DO SÃO FRANCISCO24

DenisePitta graduada em Artes Plásticas, Estilismo e Moda

Editora do Fashion Bubbles - www.fashionbubbles.comMODA

O Inverno 2013 foi inspirado na combinação de formas geométricas e abstratas. É um inverno colorido, que mis-tura tons vivos como vermelho, laranja, pink, azul bic e

outros neutros como camelo, off white e preto.As estampas são alegres, contemporâneas e inconfundíveis, e

focam na liberdade de movimento e expressão.A coleção é composta por lenços, vestidos, blusas, camisas,

saias curtas e longas e calças em materiais como jersey, crepe de shine, seda Premium, tricot com mix de seda e malha.

“O homem não tem preo-cupação de quebrar regras ou paradigmas – ele quer apenas prestar atenção à moda e ao que está acontecendo no mo-mento”. É o que afirma Mau-rício Lobo, consultor de moda do Senac Moda Informação. De acordo com ele, o principal look masculino para o Verão 2014 é a bermuda usada com camisa.

As canelas ficarão mais ex-postas, mesmo quando houver preferência por calça. “Nesse caso, ela virá dobrada de modo proposital. Os mais ousados subirão a peça quatro dedos, já os tradicionais a deixarão ali-nhada ao começo do calçado”, explica. Também podem ficar mais aparentes meias, que,

como as bolsas, terão destaque na estação. Para a moda jovem ganham destaque os bonés.

As cores começam a se alas-trar mais no guarda-roupa masculino. O amarelo, por exemplo, virá em muitas cole-ções. Listras horizontais serão as estampas-chave das cami-sas, mas virão discretas, logo, não comprometerão o shape.

As camisas e camisetas se mantêm próximas ao corpo, mas com construções mais quadradas e golas estrutura-das. As mangas também che-gam mais quadradas, influen-ciando o uso delas dobradas. Na camisaria, destaque para os botões de cor caramelo, um detalhe coringa para qualquer cor de camisa.

Formas geométricas e abstratas no Inverno 2013

Tendências para a moda masculina

Verão 2014

Nos últimos tempos os barbudos invadiram editoriais de moda, catá-logos, propagandas e até o cinema, entre muitos outros meios de comu-nicação visual. Eles aparecem com os pelos espessos estilizados de diver-sas formas que variam das mais sim-ples “barbas por fazer” aos estilos mais históricos.

A barba era a marca de filósofos e ermitões dos impérios Gregos e Ro-manos; virou um símbolo obrigató-rio da doutrina cristã da Renascença e aparece nas principais obras de arte desse período. No imaginário ocidental, o homem barbudo é rela-cionado à imagem de Deus, alguém temperante que mostra o caminho a ser seguido e ensina valores huma-nos e sociais à comunidade.

A volta dos barbudos traz o renas-cimento de um homem em busca de espiritualidade, mais próximo à na-tureza e ao mesmo tempo conectado com o mundo – um herói da cultura livre que chega a ser uma inspiração. Esse homem também vive um con-traponto de extremismo, sua barba parece ser profana e associada ao desleixo, mas reitera sua origem sa-grada. Definitivamente, ele é o ho-mem em que podemos acreditar.

Hoje a figura do homem barbado também contribui para uma “re-vi-rilização” de uma sociedade na qual as fronteiras dos gêneros têm sido violadas. Enquanto a androgenia é cada vez mais comum, os barbudos chegam num contra movimento.

Homens de barba – Um estilo de vida que traz de volta a virilidade

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Page 25: Jornal do São Francisco - Edição 125

Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013JORNAL DO SÃO FRANCISCO 25

MOSAICOPublicitária de formação, pela faculdade IESB (Brasília). Colunista social por excelência. facebook: tizzianaoliveiratwitter: @tizzioliveirae-mail: [email protected]

Tizziana Oliveira

Torneio de TênisA quadra do Clube Bnb, em Bar-reiras, esteve agitada nos dias 1º, 2 e 3 de março. O Torneio Master Final de Tênis reuniu os oito melhores do Ranking da região, após os resultados das etapas do Circuito Regional. A União dos Tenistas Barreiren-ses organizou o torneio. O cam-peão foi Regis Barboza e o vice Alexandre Foizer. O torneio con-sistiu em uma única categoria - os melhores do ranking.

Taça Brasil Correios de FuTsalO melhor jogador de futsal do mundo, Falcão, confirmou pre-sença em Luís Eduardo, e atraiu centenas de pessoas ao ginásio da Faahf, no domingo, 10. O atleta acompanhou a apresen-tação oficial da equipe Vento em Popa Janjar. A equipe de futsal de Luís Eduardo busca o título na Taça Brasil Correios de Fut-sal, que acontece entre os dias 25 a 31 de março na cidade de Moita Bonita/SE. A “seleção”, criada pelos empresários Fábio Lauck e Adriano Janjar, recebeu os parabéns e o incentivo de Falcão, principalmente, quando o assunto é o envolvimento da comunidade em busca do cres-cimento coletivo. Falcão foi elei-to pela FIFA, o melhor jogador de futsal do mundo por quatro vezes.

em Congresso mundialA vereadora Drª Graça Melo, participou do X Congresso Mun-dial de Medicina Estética que foi realizado nos dias 7, 8 e 9 de março, em São Paulo, no Centro de Convenções Frei Caneca. O evento contou com a presença de cerca de 1.000 profissionais da área médica.

FormaTura da FaahFOs dias 28 de fevereiro, 1º e 2 de março ficarão marcados na história de 116 alunos da Facul-dade Arnaldo Horácio Ferreira, de Luís Eduardo - sendo 8 de Administração de Empresas, 16 de Agronomia, 25 de Ciên-cias Contábeis, 29 de Direito, 7 de Engenharia de Produção, 8 de Letras e 23 de Pedagogia. O

culto ecumênico aconteceu na Igreja Matriz, na quarta-feira, 27, e foi marcado pela emoção de alunos, pais e professores. Já a colação de grau foi reali-zada no Quatro Estações Hall, na quinta-feira, 28. Além da entrega dos diplomas, a Faahf também premiou os primeiros colocados de cada curso, du-rante os anos de atividade aca-dêmica. O baile dos formandos do curso de Direito aconteceu na sexta-feira, 1º, e do restante dos cursos no sábado, 2.

espeCialmenTe mulherNo sábado, 9, no Hotel Saint Louis, aconteceu o “Especial-mente Mulher”. O evento foi realizado pelo Studio de Bele-za Mademoiselle, em parceria com as lojas Danzer, Divas e Arte na Rua; entre outras de Luís Eduardo. O evento foi or-ganizado para comemorar o Dia Internacional da Mulher que, além de um delicioso chá, trouxe conversas com médi-cos, sorteio de brindes e de-monstração de maquiagens. O evento contribuiu para entida-des carentes da cidade. aniversárioCaroline Queiroz festejou seu aniversário no sábado, 2, em sua residência, com uma fes-ta íntima para amigos e fa-miliares. Ela aproveitou para colocar o papo em dia com os convidados. Jaulim Garcia, seu marido, e os filhos Bernardo e Lavínia, estavam presentes.

ildo João rambo, patrão do Ctg e, o prefeito antônio henrique, ambos de barreiras

Marcia Canzi e ligiane Carneiro no evento “especialmente Mulher”

eder nunes, vereadora graça Melo, brancildes espirito santo, regis barboza e alexandre foizer no torneio de tênis

adriano Janjar, fábio lauck, falcão e o prefeito humberto santa Cruz

formandos da turma de direito da faahfJaulim garcia, bernardo, lavinia e Caroline Queiroz

diretor acadêmico, José Walter de sousa filho; diretora geral, Maria angélica Cardoso ferreira de sousa e a presidente Maria Cardoso ferreira

Evento TradicionalistaO Centro de Tradições Gaúchas (CTG), Estância do Rio Grande, promoveu no sábado, 2, um jan-tar dançante na sede da entida-de. O patrão do CTG, Ildo Rambo, contou com aproximadamente 420 pessoas no jantar. No car-dápio foi servido “Ovelha enfari-nhada e Galeto”, além de outros acompanhamentos. Após o jan-tar, foi realizado um baile anima-do com o Grupo Alternativo.

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Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013 JORNAL DO SÃO FRANCISCO26

INdISCUTIVELMENTE, O jORNAL dE MAIOR TIRAGEM E CIRCULAçãO NO OESTE BAIANOSão 15 mil exemplares e distribuição em 35 municípios

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Page 27: Jornal do São Francisco - Edição 125

Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013JORNAL DO SÃO FRANCISCO 27

NOTÍCIAS DO MUNDO ESPORTIVO

ESPORTE CarlosAugusto [email protected]

De Barreiras

Inter e VItórIa estão contratando

A camisa número 1 do Vitória da Bahia até o ano passado era de Deola, quase que uma una-nimidade entre os torcedores rubro-negros. Mas tudo indica que, por causa de uma decisão da diretoria em contratar um reforço para esta posição, as coisas estão mudando. É que Wilson, goleiro experiente com muitos anos de casa no Figuei-rense de Santa Catarina desem-barcou na Toca do Leão, e deve brigar pela titularidade no gol rubro-negro.

Já em Porto Alegre, a pedido do técnico Dunga, o Inter tem mais um médio volante para disputar posição com Ygor (ti-tular depois da saída do ídolo Guiñazú). É Airton, aquele mes-mo, que por muitos defendeu o Flamengo. Agora, para as duas posições de volante, três atle-tas brigam pelas vagas: Willia-ms, Airton e Ygor, sem falar nos garotos Josimar e Élton. Um "problema" que todo técnico gostaria de ter, disse o próprio treinador do Internacional.

torcIdas? o nome não é este!

Por decisão da Conmebol - entidade que controla o futebol sul-americano - o Corinthians pode de novo receber seus tor-cedores nas arquibancadas quando jogar no Brasil, tanto que enfrentou os mexicanos do Tijuana com um grande públi-co no Pacaembu, mas continua proibido, agora por 18 meses, de levar seus torcedores para jogos fora do país.

A Conmebol também mul-tou o clube paulista em R$ 400 mil - uma mixaria pelo tama-nho do orçamento corintiano. A punição não me parece muito pesada, poderia até ser mais, pois não vejo outra forma de terminar com a bagunça das or-ganizadas, sem punir também os clubes. O exemplo disso, po-demos ver num outro caso re-cente envolvendo outro grande clube de São Paulo: o Palmeiras. Os jogadores simplesmente fo-ram agredidos no aeroporto de Buenos Aires, depois da derrota para o Tigre pela Libertadores da América por 1x0. Um caso simplesmente absurdo.

E o problema maior é que mui-tos desses agressores "fantasia-dos" de torcedores são financia-dos pelos próprios clubes para acompanhar os jogadores na viagem e torcer por eles duran-te os jogos. É preciso punir com

conmebol confIrma punIção ao são paulo

A decisão foi tomada por cau-sa da confusão envolvendo o clube paulista e os jogadores do Tigre da Argentina, na final da Copa Sul Americana em dezem-bro do ano passado. Com isso, o São Paulo não deverá jogar contra o Atlético Mineiro no dia 17 de abril, no Morumbi, pela Libertadores da América. O clu-be paulista também foi multado em 100 mil dólares.

Nos próximos dias, caso não ocorra nenhuma mudança re-pentina, o São Paulo deve con-firmar o Pacaembu como o local do jogo contra o Galo. Disposta a acabar de vez com a omissão que tinha diante das polêmicas envolvendo o futebol sul-ameri-cano, a "Dona Conmebol" pare-ce muito afim de melhorar a sua imagem perante os torcedores sul-americanos. Que bom, já es-tava na hora né?

brasIleIros Vão bem na lIbertadores

Com exceção do Palmeiras, que luta desesperadamente para se recuperar no grupo 2 da Libertadores da América, depois de duas derrotas fora de casa, os outros brasileiros estão com as vagas bem encaminha-das para a disputa da próxima fase do maior torneio de futebol da América do Sul. No grupo 3, o Atlético Mineiro faz brilhan-te campanha, e comandado por Ronaldinho Gaúcho vem confirmando o favoritismo. Foi classificado com duas rodadas de antecipação e tem 100% de aproveitamento na competição. O Galo "vai muito bem obriga-do".

Já o São Paulo, que está no mesmo grupo, ainda depende de uma combinação de resulta-dos para tirar os bolivianos do The Strongesth da briga e ca-rimbar o passaporte para a se-gunda fase. No grupo 5, apesar de não ser tão brilhante quanto foi no ano passado, o Corin-thians deve se classificar sem maiores problemas, até porque, dificilmente será possível alcan-çar o Tijuana do México. Sendo assim, os comandados de Tite vão direcionar as forças para ga-rantir a segunda vaga em busca do bicampeonato.

No grupo 8, Fluminense e Grêmio fazem campanhas bem parecidas e, ao que tudo indica, vão se classificar sem sustos. O Huachipato do Chile e o Caracas da Venezuela devem ficar pelo caminho, isso se não houver ne-nhuma surpresa. Vamos ver...

seleção "com maIs pegada" tem a cara de felIpão

Da nova lista de convocados, Luis Felipe Scolari tirou Ronal-dinho Gaúcho e chamou Kaká para substitui-lo. Fernando, médio volante do Grêmio e Die-go Costa, atacante do Atlético de Madrid, foram às surpresas. Dedé, zagueiro do Vasco da Gama, volta a vestir a amare-linha. Os dois goleiros foram mantidos - Júlio César e Diego Cavalieri.

A chamada "espinha dorsal" tem David Luiz e Thiago Silva na zaga, Ramires e Paulinho na fun-ção de conter os atacantes ad-versários, Oscar e Neymar com a responsabilidade de criar as jogadas e Fred como "matador" - o homem dos gols brasileiros. Por causa da contusão de Lucas, machucado no tornozelo, Osval-do do São Paulo foi chamado às pressas e vai ser um dos atacan-tes da seleção canarinha.

No fim deste mês, o Brasil - que até agora só jogou uma par-tida sob o comando do Felipão (derrota para a Inglaterra por 2x1) - tem mais duas paradas no mínimo "indigestas": Itália em Genebra, e Rússia em Lon-dres. Vai ser dureza, podem acreditar.

santos: a "batata" do chefe está assando

Os métodos de trabalho do técnico Muricy Ramalho estão sendo contestados pela torci-da e até por parte da diretoria do clube paulista. O problema é que o Santos não tem conse-guido repetir no Campeonato Paulista deste ano, as boas atu-ações do ano passado. Há quem diga que até se ventilou a possi-bilidade de trocar o treinador, mas a ideia não se confirmou basicamente por dois fatores: a falta de profissionais do nível de Muricy disponíveis no mercado, e também a multa rescisória do treinador que beira os R$ 4 mi-lhões – sem dúvida, um empe-cilho a mais para uma eventual demissão.

Com contrato firmado até o fim do ano, Muricy Ramalho soma quatro títulos desde que assumiu o Peixe, tendo um apro-veitamento de 57%. Quem tam-bém tem sido alvo de muitas crí-ticas é Dorival Jr., do Flamengo. As duas derrotas seguidas no Campeonato Carioca - primeiro para o Botafogo e depois o inex-pressivo Rezende - deixaram os dirigentes rubro-negros "com a pulga atrás da orelha" em rela-ção ao futuro do treinador.

A decisão tomada por José Maria Marin muda os rumos do próximo Campeonato Brasilei-

ro e não agradou a maioria dos clubes. Isso porque pretendiam manter os clássicos regionais na última rodada para evitar o "dis-se-me-disse" de uma provável combinação de resultados para beneficiar aqueles times que normalmente estão na ponta da tabela de classificação. Só não compareceram à reu-nião de anúncio da decisão, os

representantes da Portuguesa. Também ficou definido que os jogos no mesmo horário, a partir deste ano, valerão somente na última rodada. Nas outras 37, a emissora de televisão que tem os direitos de transmissão dos jogos é que vai definir a hora das parti-das começarem. Se a ideia, ante-riormente, era acabar com qual-quer possibilidade de "supostos acertos extra-campo", o Brasilei-rão deste ano, que nem começou, já é motivo de polêmica, e o que é pior: dúvidas... muitas dúvidas.

cbf determina fim dos clássicos regionais na última rodada do brasileirão

rEProDUÇÃo

José Maria Marin

CONTINuA

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Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013 JORNAL DO SÃO FRANCISCO28

SANTOSContratado a peso de ouro no início do ano,

o argentino Montillo até agora não conseguiu ser "nem a som-bra" do jogador que vestiu com sucesso a camisa do Cruzeiro. E o problema parece não ser apenas questão de adaptação, até porque Montillo já joga no Brasil há um bom tempo. Para não polemizar, mesmo porque não é do seu estilo, o meia evita dar declarações públicas, mas nos bastidores já andou recla-mando para os companheiros de grupo do esquema de jogo montado por Muricy Ramalho. Se dependesse dele, Montillo queria jogar mais próximo de Neymar, e não tão longe do gol como vem acontecendo desde que vestiu a camisa titular. Res-ta saber se Muricy vai atender o pedido do argentino...

VITóRIAO médio volante Ro-drigo Mancha deixou

a Toca do Leão. Seduzido por uma proposta milionária do futebol japonês, rescindiu o contrato com o clube baiano e pagou do próprio bolso a mul-ta rescisória, mas evitou falar sobre valores. O atleta vai jogar no Oita Trinita do Japão. Ro-

drigo Mancha vestiu a camisa do rubro-negro baiano em 53 jogos, sendo 40 deles como ti-tular.

VASCO DA GAMAA derrota para o Bota-fogo, na final da Taça

Guanabara, escancarou o pro-blema do ataque vascaíno: o time está marcando poucos gols e os atacantes Leonardo e Tenório - que têm a missão de "botar a bola pra dentro", não estão conseguindo dar conta do recado. Por isso, o clube ca-rioca já decidiu que vai buscar outro atacante para ser refe-rência no setor mais carente do time. Difícil é descobrir de onde o Vasco da Gama vai ar-rumar dinheiro para contratar. Grana em São Januário é algo cada vez mais difícil de se ver, desde que 2013 começou, e olha que já estamos chegando em abril. Boatos dão conta que pode pintar um troca-troca com o Grêmio de Porto Alegre, que cederia o atacante Marcelo Moreno - que não está jogando no time titular e sequer vem sendo relacionado por Luxem-burgo, e receberia do Vasco, o zagueiro Dedé. Nenhuma das duas diretorias confirma as in-formações.

VOCÊ SABIA: Que Marcelo Lomba completou 100 jogos com a camisa do Bahia?

PERGUNTINHA DO DIA: Jóbson foi preso em São Paulo por agredir a esposa. Depois de estar envolvido em tantas polêmicas, o quê ainda falta ele aprontar?

Dentro de campo, poucos jogaram tão bem quanto ele. Fora dos gramados, poucos foram tão honestos e honra-ram com tamanha dignidade a profissão, como ele. O nome de batismo – Arthur - dado pelos pais, ganhou com o tempo, o apelido de "galinho de quintino", mas foi com a nomenclatura de quatro letras - Zico - que tornou-se uma referência mundial. Foi um dos craques da inesquecí-vel seleção de 82, aquela que perdeu a Copa, mas que con-quistou o mundo. Comoveu o país quando fez de tudo para recuperar-se de uma grave lesão no joelho depois de uma entrada "criminosa" de Már-cio Nunes, na época lateral--direito do Bangu.

Zico se entregou de corpo e alma às intermináveis ses-sões de fisioterapia. Voltou a tempo de jogar a Copa de 86, quando numa dessas "ironias do destino", perdeu pênalti contra a França e viu a sele-ção que defendia ser elimina-da precocemente da disputa.

Mas como sempre deu a vol-ta por cima, saiu do clube do coração - o Flamengo - e se aventurou pela Itália e no Japão, onde se tornou um dos maiores ídolos futebolísticos do povo nipônico, vestindo a camisa do Kashima Antlers.

Deixou o futebol órfão de sua genialidade, mas nunca se afastou da bola. Continua se dedicando ao esporte, como técnico e diretor. Tem um dos centros de formação mais frequentados do país, o CFZ, no Rio de Janeiro. É até hoje a referência para muitos garotos que sequer o viram jogar. Com 60 anos de vida, Zico nos enche de orgulho, não importa para qual time torcemos. Ele nos mostrou que independente de camisa, o futebol é uma paixão que jamais passa, assim como Zico jamais vai passar. Pa-rabéns Galo. Você foi e con-tinuará sendo eternamente o ídolo maior de todos nós, amantes da bola e fãs de um artista chamado Arthur An-tunes Coimbra!

o "galo" agora é VoVô

OPINIãO

ESPORTE

curtInhas

falcão participou da festa de apresentação dos novos atletas do time Vento em Popa janjar

VIRGÍLIA VIEIRA

Considerado quatro vezes o me-lhor jogador de futsal do mundo, Alessandro Rosa Vieira, Falcão, atraiu centenas de pessoas ao Ginásio Mimoso do Oeste da Fa-culdade Arnaldo Horário Ferrei-ra (Faahf), no dia 10 de março, na cerimônia de apresentação oficial da equipe Vento em Popa Janjar. Falcão foi eleito pela FIFA, o melhor jogador de futsal do mundo por quatro vezes (2004, 2008, 2011 e 2012).

A equipe recebeu o incentivo de Falcão, que enfatizou a impor-tância do envolvimento do time com a comunidade. “Às vezes é melhor estar no interior do que nos grandes centros, porque a cidade respira a equipe, todos se envolvem e a ligação é mais for-te. Acredito que este projeto vai crescer muito. Tenho a certeza de que é o início de um projeto bem bacana”, desejou Falcão.

O Vento em Popa Janjar repre-sentará a Bahia na disputa da Taça Brasil Correios de Futsal, que acontece entre os dias 25 a 31 de março na cidade de Moita Bonita/SE. Para garantir a con-quista do título, a equipe conta com atletas da seleção brasileira de futsal, o ala Fininho, o goleiro

Lavoisier e o pivô Índio. O prefeito Humberto Santa

Cruz ressaltou sobre a prática do esporte como instrumento de inclusão social. “Nossa cidade

não é somente desenvolvimento e economia, estamos integrando os jovens com o esporte e afas-tando do problema nacional ‒ as drogas”, disse. ■

mais dureza esses baderneiros, quem sabe até eliminando das competições os clubes que não controlarem os marginais infil-trados na torcida e que passam o tempo, ao invés de torcer, incen-tivando a violência e agredindo aqueles que passam pela frente. É simplesmente inadmissível que essa turma tenha ingressos para entrar nos estádios, viagens financiadas e até hotéis pagos pelos clubes para depois apron-tar, como sempre aprontam, sem que ninguém tenha capacidade para puni-los.

seleção Volta a campo em caráter benefIcente

A CBF confirmou que dia 05 de abril, uma sexta-feira, o Brasil vai voltar a campo para enfren-tar a Bolívia em Santa Cruz de La Sierra. O jogo amistoso terá ca-ráter beneficente - toda a renda será revertida para a família do jovem Kevin Espada, que mor-reu durante a partida entre Co-rinthians e San José, válida pela Libertadores da América, em Oruro, na Bolívia.

Na opinião do presidente José Maria Marin, esta foi a melhor maneira que o Brasil encontrou para prestar solidariedade à fa-mília do garoto boliviano que morreu ao ser atingido por um sinalizador, disparado pela tor-cida corintiana. Doze torcedores do Corinthians seguem presos, acusados de terem disparado o sinalizador. A seleção boliviana está na sétima posição na clas-sificação geral das Eliminatórias para a Copa de 2014. Até agora, os bolivianos somaram oito pon-tos em nove jogos disputados. ■

luís eduardo recebe o melhor jogador de futsal do mundo

rEProDUÇÃo

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Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013JORNAL DO SÃO FRANCISCO 29

CrUZadasCaça-PalaVras

ENTRETENIMENTO

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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

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NAS BANCAS e livrAriAS

DeSCuBrA que A matemática não é

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GERABEABAADEPTOSE

EAUREOLAANOTAROV

TAAVISOARRASADORUIILANT

SILABASDRSEIRAQUEMCNXLM

COMIGOPAAPOSTADOR

SOROBRISA

Causar murmúrio

Falta deatividade

física

Fios nemlisos nemmuito ca-cheados

Vitaminapresentena ace-

rola

Dá exis-tência a

Base damedicinacaseira

Pai do paiou damãe

Aqueleque abra-ça causapolítica

Coroaluminosa

dossantos

Concederabrigopolítico

Agendaum com-promisso

Tipo degoladupla

Notíciacolocadano muralescolar

Muitodeprimido

moral-mente

Meio detranspor-te sobretrilhos

(?) Guerra,cineastabrasileiro

Jogo co-mum emfestas be-neficentes

Ter uma(?):

discutir arelação

Divisõesda

palavra

País cujacapital éBagdá

Em minha compa-

nhia

OrquestraSinfônicaBrasileira

(sigla)

Xororó,para

Sandy

Ferramen-ta pararemover

terra

She-(?), airmã doHe-Man

(TV)Solução

parahidratar opaciente

Aqueleque joga

na LoteriaEsportiva

Ventosuave efresco

Creme de batatasEstabelecimento

para comercializaçãode calçados

AlfabetoMinhae (?):nossa

Formiga,em inglêsSaxofone

(red.)

Não fundo

Vermelhi-dão da face

Tipo detrepadeiraFonte de

sal

Antônimode "volta"

PU

R

E

2/ra. 3/ant. 4/rulê — soro. 5/bingo — rubor. 6/adepto.

Sudoku é um quebra-cabeça baseado na colocação lógica de números. O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada uma das células vazias numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades. Os algarismos não podem se repetir na mesma coluna, linha ou grade.

FÁCIL

4 56 8 4 9 6 3 9 4 8 11 8 5 8 2 4 58 9 5 1 6 2

RESPOSTA

E D U C A Ç Ã O R A Z I UA C I D A D E O T R T W VE E Y B H V D R F B W C VL F B T J A A H E P B O DK O N G G G D D U T T C KH K Y O A N U Y P I B J VF R J L Q T F P E L W O EF J P O N P P F A F M C PS B G E O C E A Q M F Z EF O V S C R E K K H X D NF U C T P O L I C I A L XJ Y Q I Q G A I O D A O TH I D A A D S C I I I I PE B W G N L I V M D L P RX Y U E U R I O I V W H AA G R M O T N S L I Z W GY E R T A O E S T E M P AM A S I C R P A Y V I V DW I R E P D A F W V L X QH C H U V A Z R Q B H L HN P D H D U V A M A O H S

PRAGAPOLICIALLAGARTA

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Page 30: Jornal do São Francisco - Edição 125

Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013 JORNAL DO SÃO FRANCISCO30

FONTE: CINECLICK

ESTREIAS

VEM AÍ - LAnçAMEnTOS DE MARçO

MULHERES AFRICANAS - A REDE INVISÍVELSinopse: Projetadas mundialmente e participantes dos princi-pais núcleos de discussão e decisão em seus países e também em organismos internacionais, cinco mulheres são mostradas como sustentáculo da organização política, econômica, comu-nitária e cultural africana por meio da narrativa da atriz Zezé Motta. A moçambicana Graça Machel, ativista política e esposa de Nelson Mandela, a liberiana Leymah Gbowee, vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 2011, a tanzaniana Mama Sara Masa-ri, a empresária Luisa Diogo, ex-primeira-ministra de Moçam-bique e a sul-africana Nadine Gordiner, vencedora do Prêmio Nobel de Literatura (1991), contam suas histórias comoventes e envolvem o telespectador em uma profunda reflexão da vida e da atuação da mulher no continente.

Oz, MáGICO E PODEROSOSinopse: As origens do personagem de L. Frank Baum, o Mági-co de Oz. Quando Oscar Diggs (James Franco), um inexpressivo mágico de circo de ética duvidosa é afastado da poeirenta Kan-sas e acaba na vibrante Terra de Oz, ele acha que tirou a sorte grande, até encontrar três feiticeiras, Theodora (Mila Kunis), Evanora (Rachel Weisz) e Glinda (Michelle Williams), que não estão convencidas de que ele é o grande mágico que todos estão esperando. Relutantemente envolvido nos problemas épicos que a Terra de Oz e seus habitantes enfrentam, Oscar precisa descobrir quem é bom e quem é mau antes que seja tarde de-mais. Lançando mão de suas artes mágicas por meio da ilusão, ingenuidade e até de um pouco de magia, Oscar transforma-se não apenas no grande e poderoso Mágico de Oz, mas também em um homem melhor.

LINHA DE AÇÃOSinopse: Prefeito de Nova York, Nicholas Hostetler (Russell Crowe), desconfia que sua esposa (Catherine Zeta-Jones) o es-teja traindo e contrata o detetive particular Billy Taggart (Mark Wahlberg) para segui-la. Entretanto, quando ele descobre que as suspeitas do caso extraconjugal são verdadeiras e o amante acaba assassinado, o ex-policial acaba envolvido numa rede de corrupção e crimes.

SUPER NADASinopse: Guto (Marat Descartes) é um artista de rua que luta para se estabelecer como ator e ter reconhecido seu talento. Após inúmeros testes, ele finalmente é escalado para um pro-grama semanal de Zeca (Jair Rodrigues), comediante de TV e ídolo de Guto, apesar de estar com a carreira em decadência. Será que finalmente a sorte de Guto mudará?

ANNA KARENINA (2012)Sinopse: Na Rússia de 1874, Anna Karenina (Keira Knightley), jovem aristocrata casada com Karenin (Jude Law), um alto fun-cionário do governo, envolve-se com o Conde Vronsky (Aaron Taylor-Johnson), oficial da cavalaria filho da Condessa Vronsky (Olivia Williams), chocando a alta sociedade de São Petersbur-go.

1. OZ, MÁGICO E PODEROSO

2. DURO DE MATAR: UM BOM DIA PARA MORRER

3. DEZESSEIS LUAS4. O LADO BOM DA VIDA5. JOãO E MARIA:

CAÇADORES DE BRUXAS

6. COLEGAS7. AMOR É TUDO O QUE

VOCê PRECISA8. OS MISERáVEIS (2012)9. AMIGOS INSEPARÁVEIS10. DJANGO LIVRE

1. OZ, MÁGICO E PODEROSO

2. JACK: O CAÇADOR DE GIGANTES

3. UMA LADRA SEM LIMITES

4. DEAD MAN DOWN5. O ACORDO6. FINALMENTE 187. UM PORTO SEGURO8. O LADO BOM DA VIDA9. ESCAPE FROM PLANET

EARTH10. O ÚLTIMO EXORCISMO

- PARTE 2

BILHETERIAS BRASIL

BILHETERIAS EUA

PASSEIO CULTURAL

Atualizado em 13/03, às 21h

Foram anunciados os primeiros docu-mentários brasileiros de longa, média e curta-metragem que concorrerão à 18ª

edição do Festival Internacional de Docu-mentários, É Tudo Verdade 2013. O evento acontece entre os dias 4 e 14 de abril, em São Paulo e no Rio de Janeiro. O fes-tival também já tem duas itinerâncias confir-madas: em Brasília, de 16 a 21 de abril e, em Campinas, de 23 a 28 de abril. Treze dos indi-cados terão sua première mundial no evento. O vencedor entre longas e médias-metra-gens nacionais leva um prêmio de R$ 110 mil e o troféu, que foi criado pelo artista plástico Carlito Carvalhosa. Entre os curtas, o ganha-dor leva R$ 10 mil e o Troféu É Tudo Verdade.

Confira a lista dos indicados:COMPETIÇÃO BRASILEIRALONGAS E MÉDIAS-METRAGENSA Alma da Gente Dir.: Helena Solberg e David Meyer AntárticaDir.: Evaldo MocarzelEm Busca de IaraDir.: Flávio FredericoMataram Meu IrmãoDir.: Cristiano Burlan

Ozualdo Candeias e o CinemaDir.: Eugênio PuppoSerra Pelada – A Lenda da Montanha de OuroDir.: Victor LopesO Universo GracilianoDir.: Sylvio BackCOMPETIÇÃO BRASILEIRACURTAS-METRAGENSAlexina – Memórias de um ExílioDir.: Claudio Bezerra e Stella Maris SaldanhaCoração de EstudanteDir.: Emílio GalloGericinó – Do Lado de ForaDir.: Gabriel Medeiros e Maria Clara SenraUm Filme de BonecosDir.: Tulio ViaroO Pai do GolDir.: Luiz FerrazPátioDir.: Aly MuritibaSanãDir.: Marcos PimentelSão Paulo MiniaturaDir.: Wiland PindsdorfSimulacrum Praecipitii – A Visão do AbismoDir.: Humberto BassanelliCURTA HORS CONCOURSA Guerra dos GibisDir.: Thiago Brandimarte Mendonça e Rafael Terpins

De acordo com o Bleeding Cool, o vilão de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido pode ser Apocalipse.

A dica veio de Bryan Singer, en-quanto falava da escolha da trama de viagem no tempo. "O filme é so-bre destino. Qual é a sua sina? O que você deveria fazer? O que deveria ter feito quando era mais jovem? O que você não fez e teria feito por um futuro melhor? E se você pudesse voltar e mudar aquilo?".

Quando o site Bleeding Cool suge-riu o uso do vilão Apocalipse, Singer foi evasivo. "Não posso dizer a você". Entretanto, deixou escapar: "É assim que começa, quando alguém come-ça a juntar os pedacinhos", revelou.

Não seria a primeira vez que os arcos dos quadrinhos Era do Apoca-lipse e Dias de um Futuro Esquecido são misturados - isso já aconteceu antes nas séries animadas X-Men e

Os Últimos Dias de Getúlio, filme que mos-trará as circunstâncias do suicídio do ex-presi-dente brasileiro, terá Tony Ramos como prota-gonista. As filmagens do longa devem começar em junho. Como já explícito no título, o filme mos-trará os últimos momentos da vida de Getúlio Vargas, mais precisamente os 19 dias finais de sua vida. A trama mostrará os acontecimentos de 1954, no Palácio do Catete, e irá desde o

atentado contra o jornalista Carlos Lacerda até a morte de Getúlio. A direção é de João Jardim, que já assinou os documentários Janela da Alma e Pro Dia Nascer Feliz. Alzira Vargas, filha e braço direito do ex--presidente, tentou a todo custo salvar a vida do pai, mas não conseguiu. Ela será vivida pela atriz Drica Moraes.

Wolverine e os X-Men. Isso também reforça os rumores de que Omar Sy (Intocáveis) deve viver o mutante Bishop, que volta no tempo para im-pedir o surgimento da Era do Apo-calipse.

Os Últimos dias de getúlio: tony ramos interpretará o ex-presidente no longa

x-Men: days of future Past: apocalipse pode ser o vilão

festival internacional de documentários anuncia concorrentes nacionais

rEProDUÇÃo

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Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013JORNAL DO SÃO FRANCISCO 31

Durval nunes

Agrônomo, ambientalista, professor, poeta, cronista e membro da Academia Barreirense de Letras - [email protected]ÔNICA

Minha Cara Mãe Calina

SInoPSE

Qual um existencialista dotado de senso de humor, Luis Fernando Veríssimo persegue em suas crônicas o absurdo que marca a existência humana. Nos tex-tos reunidos em Diálogos Impossíveis, o autor es-creve sobre impossibilidade, incomunicabilidade e mal-entendidos. Imagina como seria Don Juan tentando sedu-zir a própria Morte ou a conversa cotidiana de um casal que se desentende na hora de dormir. O ho-mem – e, sejamos igualitários, a mulher – parece falar o que não deve e calar no fundamental. Para

sorte do leitor, Veríssimo está sempre por perto, registrando os hilariantes momentos em que o ser humano exerce sua vocação para a confusão. O autor cria situações surreais, como o incor-ruptível Robespierre tentando subornar o carras-co; Goya e Picasso conversando sob o sol da Côte d’Azur. Há ainda o relato de Juvenal que planeja ma-tar a mulher, Marinei, que o despreza, e da recém--casada Heleninha cujo urso de pelúcia é seu maior conselheiro. Nas crônicas reunidas no livro, Veríssi-mo escreve enfim, sobre a vida.

REPR

ODUÇ

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Diálogos Impossíveis por Luis Fernando Verissimo

Cazuza**josé Vicente de Oliveira

Neto veio da Barra do Rio Grande para San-ta Rita do Rio Preto,

em meados do século passado, primeiro como sargento e ficou mantendo a disciplina no Tiro de Guerra e depois na Educação Fí-sica nos colégios. Organizou uma banda de escola, que geralmente chamam de Charanga e fez suces-so. Quando o 4º BEC – Batalhão de Engenharia de Construção chegou a Barreiras, na década de 70, ele foi convidado a fazer uma exibição com a banda e ordem unida para os oficiais do Exército, que arrancou palmas, vibrações de entusiasmo e votos de louvor. Por muitas décadas ministrou au-las de Educação Física em Santa Rita, mas desviou seu rumo para as veredas da cultura. Durante muitos anos seu programa mu-sical Recolhos do Passado, pela Rádio FM Comunitária de Santa Rita, amaciou os corações dos saudosistas que não mais tinham oportunidades de escutar aque-las modinhas de outrora, quando se fazia serenata à luz do luar, se dançava bolero e valsa nas festas de formatura e o desfile de Sete de Setembro era uma manifesta-ção inequívoca de patriotismo.

Cazuza pesquisou e escreveu sobre a história da região da Trí-plice Fronteira (Bahia, Piauí e Tocantins), organizou um quase tratado sobre a formação políti-co/econômica de Santa Rita do Rio Preto. Sua enciclopédia “O Vale de um Rio Preto de Águas Cristalinas” foi distribuída para

toda a região, para faculdades e até para o exterior, se constituin-do numa fonte rara e preciosa de pesquisas.

Seu livro “O Caldeirão do Dia-bo” narra as disputas aguerridas entre os cangaceiros dos coronéis da Guarda Nacional e também entre os jagunços que tiravam o sossego das famílias dos ribeiri-nhos do noroeste esquecido da Comarca do São Francisco. Retra-ta um tempo em que a navegação fluvial não se rendia à imposição das multinacionais de Detroit. Os rios São Francisco, Grande e Preto eram singrados por em-barcações de todos os calados. Barcaças, vapores, barcos e ca-noas transportavam rapaduras, peixes, laranjas, bezerros, car-neiros e gente, muita gente, pelas diversas cidades ribeirinhas, de-sempenhando um próspero co-mércio. Os vapores chegavam até São Marcelo, no Alto Rio Preto, onde havia uma fortificação do governo, O Forte de São Marcelo, para assegurar a paz e o embar-que pacífico da mangabeira, que era a riqueza dos gerais que ia para a Europa se transformar em pneus. Até que uma carnificina envolvendo jagunços, coronéis e prepostos da Polícia Militar des-truiu parcialmente São Marcelo e minguou as perspectivas dos pequenos barqueiros navegarem até ali. Ficou só a história.

Cazuza era afiliado à Acade-mia Barreirense de Letras e, em 2008, numa cerimônia inesque-cível em Santa Rita de Cássia, às margens do seu rio Preto, numa

noite de luar, convidou colegas escritores, poetas, repentistas e acadêmicos, de Barreiras, do Piauí e de Goiás, dentre os quais o Doutor Aidenor Aires, ilustre promotor aposentado, professor, poeta, escritor e presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, para juntos, criar a Aca-demia Sãofranciscana de Letras, que deverá congregar todas as pessoas ligadas à literatura, nos trinta e cinco municípios da mar-gem esquerda do São Francisco, que deverão compor o Estado do Rio São Francisco.

Cazuza deixou mais um livro pronto, prontinho, com causos, contos e histórias vivas das co-munidades do noroeste, do Vale do Rio Preto, da Tríplice Frontei-ra. Eu mesmo tive a gratificante honra de o revisar. A comunidade de Santa Rita ou a Municipalida-

de tem o dever, senão a obriga-ção de editar esse livro. Lembro de um conto “Esmola do Divino”, onde o fazendeiro queria fazer uma comemoração majestosa. Juntou a família, o carro de bois, o jumento de carga, os cantado-res, as vestimentas vermelhas, a bandeira do Divino, divinamente bordada com a pombinha bran-ca e o galho no bico que ia sem-pre à frente do cortejo, e tudo o mais necessário e saiu com um giro pré estabelecido, que dura-ria uma semana. Mas por onde passava a fama se adiantava e em cada freguesia apareciam novos convites e a aglomeração foi cres-cendo. Quando se deu por conta, faltavam quatro dias para a festa e estavam ainda longe. Aí ruma-ram pra casa com toda aquela esmola de galinhas, caças, car-neiros, bezerros, rapaduras, fari-

nha e cachaça e não tinham nem tempo de parar pra comer e dar comida aos animais. Faltava um dia pra chegada e dormiram em redes armadas sob um imenso imbuzeiro. Fincaram a bandeira numa vara e amarraram os bois, os bezerros, os carneiros e o ju-mento. Madrugadinha ao se le-vantar para o café da manhã, dão por falta da bandeira. Acharam que fosse brincadeira de mau gosto e procuraram por todas as moitas até encontrarem a vara do mastro e só então repararam que o jumento, com fome, tinha comi-do a Bandeira do Divino.

No último dia 12, o escritor dei-xou este mundo e foi se encontrar com o conterrâneo e poeta Dor-gival Ribeiro Fidelis, para juntos cantarem o São Gonçalo e louva-rem o Nêgo d´Água e a Yara, nos rios dos espaços celestiais.

rEProDUÇÃo

DUrVal nUnEs

Cazuza recebe homenagem

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Edição 125, 1º a 15 dE MaRço dE 2013 JORNAL DO SÃO FRANCISCO32INFORME PUBLICITÁRIO

Jogadores da seleção brasileira de futsal treinam no ginásio da fasbJogadores da Seleção Brasileira de Futsal

Treinam no Ginásio da FASB Os jogadores da equipe "Vento Em Popa Janjar Futsal" utilizaram a quadra do ginásio de esportes da Faculdade São Francisco de Barreiras (FASB), no último dia 12 de março, para se prepararem para a disputa da "Taça Brasil de Futsal", com início entre os dias 25 a 31 de março na cidade de Moita Bonita, em Sergipe. Dentre os 23 jogadores da equipe sediada em Luis Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, se destacam na seleção brasileira de futsal o ala Fininho, o goleiro Lavoisier e o pivô Índio.

O atleta Sidney Lima de Araujo, mais conhecido como Sidinho, considerado um dos destaques da equipe, se diz confiante na vitória. "A equipe treina desde o dia 10 de março. Estamos todos entrosados. Tenho fé na vitória", afirma. O treinador auxiliar da equipe, Sergio Louzada, também professor da FASB, elogia a quadra do ginásio da Fasb, escolhida para o treinamento por ter as medidas oficiais do futsal e condições de receber os atletas da equipe. Ele também está satisfeito com os resultados já obtidos e quer mais. "Ano passado a equipe foi vice-campeã baiana de futsal, e este ano a Taça Brasil de Futsal seria muito bem-vinda", entusiasma-se.