jornal do são francisco - edição 140

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Campanha de vacinação contra Febre Aftosa Para zerar as dívidas com município De 1 o a 15 de novembro de 2013 • Ano 7 • Edição 140 São Francisco JORNAL DO A VOZ DE INTEGRAÇÃO DO OESTE BAIANO jornaldosaofrancisco.com.br • 77 3612 3066 • R$ 2,00 Piscicultura: a grande aposta da região (77) 3639.5100 | LEM, BARREIRAS E RODA VELHA Internet LABORATÓRIO CLÍNICO BARREIRAS-BAHIA FONE: (77) 3611-6680 / FAX: (77) 3612-8858 Rua Café Filho, 210 - Jd. Primavera (Próx. a Caixa e Bradesco) Lei Municipal possibilita redução de multa e de juros em débitos do valor total até o final do ano PÁGINA 3 Estudante tem a melhor redação do Brasil Ele conquistou o prêmio na etapa nacional do INPEV PÁGINA 7 LUÍS EDUARDO AGRONEGÓCIO PÁGINA 21 PÁGINA 26 LOCAL PÁGINA 13 ENTREVISTA COM WALTER PINHEIRO Em DEfESA DO PACTO FEDERATIVO REPRODUÇÃO A ordem é exterminar com o inseto que consumiu, reforçado pela pequena estiagem, mais de R$ 2 bilhões das plantações PÁGINA 18 Em BREVE, O JORNAL DO SÃO fRANCISCO PASSARÁ A CIRCULAR SEmANALmENTE! BATALhA CONTRA LAGARTA GANhA fORÇA ARQUIVO/ABAPA

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BATALHA CONTRA LAGARTA GANHA FORÇA - A ordem é exterminar com o inseto que consumiu, reforçado pela pequena estiagem, mais de R$ 2 bilhões das plantações PÁGINA 18

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Page 1: Jornal do São Francisco - Edição 140

Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013 1Jornal do São Francisco

Campanha de vacinação contra Febre Aftosa

Para zerar as dívidas com município

De 1o a 15 de novembro de 2013 • Ano 7 • Edição 140

São FranciscoJORNAL DO

A VOZ DE INTEGRAÇÃO DO OESTE BAIANO

jornaldosaofrancisco.com.br • 77 3612 3066 • R$ 2,00

Piscicultura: a grande aposta da região (77) 3639.5100 | LEM, BARREIRAS E RODA VELHA

InternetLABORATÓRIO CLÍNICO

Barreiras-Bahia

FONE: (77) 3611-6680 / FAX: (77) 3612-8858Rua Café Filho, 210 - Jd. Primavera (Próx. a Caixa e Bradesco)

Lei Municipal possibilita redução de multa e de juros em débitos do valor total até o final do ano PÁGINA 3

Estudante tem a melhor redação do BrasilEle conquistou o prêmio na etapa nacional do INPEV PÁGINA 7

LUÍS EDUARDO

AGRONEGÓCIO

PÁGINA 21 PÁGINA 26

LOCAL

PÁGINA 13

ENTREVISTA COM WALTER PINHEIRO

Em DEfESA do PActo FEdErAtIVo

REPR

ODUÇ

ÃO

A ordem é exterminar com o inseto que consumiu, reforçado pela pequena estiagem, mais de r$ 2 bilhões das plantações PÁGINA 18

Em BREVE, O

JORNAL DO SÃO

fRANCISCO PASSARÁ

A CIRCULAR

SEmANALmENTE!

BATALhA CONTRA LAGARTA GANhA fORÇA

ARQU

IVO/

ABAP

A

Page 2: Jornal do São Francisco - Edição 140

Jornal do São Francisco2 Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013

editora: Heloíse Steffens | repórteres: Ivana Dias, Virgília Vieira, Raul Beiriz e Luciano Demetrius | Diagramador: Nicélio Ramos | Colunistas: Alexandre Garcia, Durval Nunes, Carlos Augusto e Vanessa Horita | Publicidade: Aline Mello impressão: IGráfica | Tiragem: 15 mil exemplares

Praça Dr. Augusto Torres, 38 - Centro HistóricoBarreiras - Bahia - CEP 47.805-230FONe/FaX: (77) 3612-3066

[email protected]@jornaldosaofrancisco.com.br

jornaldosaofrancisco.com.brSão Francisco

JORNAL DO

OPINIÃO

Quem gosta de caminhar, pedalar, fazer compras, curtir a noite ou an-dar de moto pela cidade devia se

dizer um aventureiro. E neste quesito es-tão até os que trabalham em lojas, postos de gasolina e taxistas. Fazer qualquer coisa na rua, aos pouquinhos, virou uma gran-de loteria, na qual só há duas opções: ser roubado ou não! Assim está Barreiras, pra-ticamente sitiada por leis que afrouxam as rédeas dos pequenos bandidos, sejam eles em tamanho, idade ou em monta do roubo.

Não adianta. Ao sair de casa, começa a aventura. O sentimento de medo e de revolta nas pessoas, por enquanto, está oculto. Violência, como já foi descrito por este jornal, é como uma doença que só passa a ser importante quando sorrateira-mente bate à sua porta. Até então, fica pa-recendo um problema distante, bem fora de hora. Basta, no entanto, alguém tocar no assunto que surgem histórias, casos e eis que vem o medo à tona, colado nas ati-tudes de cada um. A insegurança, agora, é oculta, mas já dá o ar de sua graça em plena luz do dia.

Cresce o número de motos roubadas na região Oeste. Muitas delas nem ainda fo-ram pagas. Encontram-se financiadas e os antigos donos – já que dificilmente apare-cerão – nem sempre fazem seguro. Aliás, quase nunca têm seguro das motos.

As agências, bancárias ficam à mercê de quem as observa, com más intenções. Não há qualquer segurança do lado de fora das agências, tampouco raras são as agências que mantêm um vigilante em suas depen-dências, muito embora não haja qualquer relação entre ter um segurança e ter maior segurança.

A polícia tenta fazer sua parte. Trafegam de moto pelas ruas escuras de Barreiras e de viaturas, mas isso não basta. Ao contrá-rio dos grandes centros urbanos e nas ci-dades de médio porte de outras regiões, é muito difícil encontrar um policial militar andando pelas ruas para passar maior se-gurança à população. Ou como fazem nas maiores cidades do planeta, em duplas para que um policial proteja o outro.

O pior – e mais grave – é que estes pe-quenos delitos se tornaram lugar comum. Não ecoam na mídia porque são de valo-res pequenos, exceto para quem foi vítima. São agora números nas estatísticas, quan-do o roubado resolve registrar queixa.

A violência das ruas não está só no po-liciamento, diga-se de passagem. Esbar-ra na péssima iluminação oferecida pela Coelba, nos buracos das ruas, na taxa de esgoto cobrada por algo que não existe, na falta de sinalização e até mesmo na covar-dia de quem não denuncia.

Interessante observar a quantidade de motos apreendidas nos postos de polícia. Possivelmente, a maior parte por falta de documentos que é provocada pela alta tarifa cobrada para se ter um bem e pelo peso de um pífio salário para pagar duas prestações: o IPVA e a do financiamento da moto.

Hoje, não importa que dia seja da se-mana, certamente todo leitor do JSF vai se aventurar por Barreiras. Como em um videogame, o objetivo é não ser roubado, furtado, assaltado ou morto. No jogo pra-ticado pelos fãs de PlayStation ou afins, há a chance de nova partida. Na vida real, em Barreiras e nas cidades do Oeste da Bahia, no jogo de escapar da violência nem sem-pre há Game Over. ■

PAÍS SEM LEIO Anuário recém divulgado pela

Secretaria Nacional de Segu-rança Pública, do Ministério

da Justiça, confirma a matança nacional: 50.108 homicídios dolo-sos no ano passado - 137 por dia. A Itália, que tem a Máfia, somou 594 homicídios dolosos no país inteiro, no mesmo período. A Síria, que tem guerra civil, registrou 41 mil mortes no mesmo período. Aqui no Brasil os homicídios equiva-lem à queda de um Boeing 737 por dia, todos os dias. No entanto, convivemos com a ausência de segurança; ou nos acostumamos ou pensamos que vida de brasilei-ro nada vale. No aeroporto de Los Angeles, sábado, tiros mataram um americano. Foi notícia. Os mais de 150 homicídios de brasileiros no mesmo dia (sábado é campeão) nem apareceram nos noticiários.

Os políticos também estão longe da tragédia nacional. Cuidam das eleições do ano que vem. A Minis-tra dos Direitos Humanos cuida do bandido morto por um policial. As autoridades cuidam do marketing que possa aumentar as chances de reeleição da presidente. Boa parte de nós, brasileiros, está cuidan-do de torcer para o seu time de futebol. Se estão matando todos os dias, não é problema nosso. É lá no Brasil. Aliás, o escritor e acadêmico João Ubaldo Ribeiro escreveu do-mingo nos dois mais importantes jornais do país que “esse negócio de falar no Brasil é coisa do passado. E pensei e vi que não tem mais Brasil; a gente acha que tem porque se

viciou, mas não tem mais”.Vale a pena reproduzir o que ele

escreveu: “Não tem essa besteira de Brasil-Brasil-Brasil, isso é coisa para os iludidos de minha marca, que agora estão abrindo os olhos. Agora tem o Brasil das mulheres e o Brasil dos homens até nos discursos das autoridades, o Brasil dos negros, o Brasil dos brancos e o Brasil dos pardos, o Brasil dos héteros e o Brasil dos gays, o Brasil dos evangélicos e o Brasil dos católicos, Brasil com bolsa família e Brasil sem bolsa família e nem sei mais quantas categorias, tudo dividido direitinho e entremeado de animosidades; todo mundo agora dispõe de várias categorias para odiar! A depender do caso, o sujeito está mais para uma delas do que para essa conversa de Bra-sil - esquece esse negócio de Brasil, não tem mais nada disso!

A escritora Lya Luft escreveu na Veja desta semana que o país está doente; que nós perdemos nosso direito de ir e vir e pergunta o que há com nossas leis. Ela também percebeu que a polícia parece contida. Até nosso direito de nos defendermos, em casos extremos, é reprimido pelo tal “desarma-mento”- de que estão isentos os bandidos. Aliás, bandidos parecem ser os queridinhos de alguns dos meus coleguinhas, de muitas enti-dades e autoridades. Não sei como Freud explicaria essa preferência por quem preferiu viver fora da lei. Mas, enfim, a consequência aí está, nos 50 mil homicídios/ano.

É jornalista das Organizações Globo onde, desde 1996 apresenta o programa Espaço Aberto, na GloboNews, e desde 2001 apresenta e coordena, direto de Brasília, o telejornal local matutino DFTV - 1ª Edição. Faz participações diárias como comentarista político do telejornal Bom Dia Brasil e está no grupo de apresentadores que se revezam na bancada do Jornal Nacional aos sábados e integra a equipe de colunistas do Jornal do São Francisco.

ALEXANDRE GARCIA

EDITORIAL

Jornal do São Francisco

O jogo da violência

ENQUANTO ISSO NA BATCAVERNA...

A pedido da professora Carlana Faria, o Jornal do São Francisco destaca a sua autoria no Projeto Café com Letras – Os mundos de Chico Buarque, realizado com alunos do Colégio Enigma, no último dia 16 de outubro, no Le Rêve. A nota sobre o evento foi publicada na edição 139, na coluna social Mosaico.

NOTA DA REDAçãO

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Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013 3Jornal do São Francisco

LOCALJornal do São Francisco

Raul BeiRiz

Lei aprovada em outubro pela Câmara dos Vereadores de Barreiras concede benefício fiscal de anistia de multas e

juros a quem tiver dívida com a Fazenda Pública Municipal vencida até 31 de de-zembro de 2012. As informações foram dadas pelo secretário de Finanças da ci-dade, Pedro Antonio de Oliveira Neto. Se-gundo o Diário Oficial Municipal, trata-se da Lei 1.045/2013, assinada pelo prefeito Antônio Henrique de Souza Moreira.

Pela lei, o contribuinte que quitar o va-lor total da dívida ganhará desconto de 100% dos juros e das multas, só pagando o valor principal. “Neste caso estão o Im-posto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre Serviços (ISS) e taxas de regularização dos imóveis”, informou o secretário, lembrando que a lei abrange tudo, ou seja, todos os débitos fiscais mu-nicipais, incluídos na dívida ativa ou não.

A lei, que autoriza o Executivo a reduzir integralmente os juros e multas das dí-vidas, estabelece tabela progressiva para pagamento dos juros e das multas e até o parcelamento. No caso, há o desconto de 80% dos acréscimos legais quando a dí-vida for parcelada em até três vezes; 60% de desconto para quem parcelar o débito com o município de quatro a seis vezes; 40% quando o pagamento for acertado para ser feito de sete e 12 meses e 20% para as quitações em até 24 vezes. A Lei 1.045 preconiza que “para fazer jus aos benefícios deste artigo, o contribuinte de-verá pagar a dívida integral e/ou parcela-da; a primeira parcela até o último dia útil do mês que aderiu aos incentivos”.

Neste caso, a lei faz um alerta que, no pagamento com prazo superior a 12 me-ses, haverá a incidência de juros de finan-ciamento sobre o valor de cada parcela, calculados à razão de 1% ao mês, o que vai dar uma taxa real de 12,68% (1,01 ele-vado a 12). Além disso, há ainda a multa de 10% ao mês, a multa, já descrita, e a atualização monetária feita com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-E), calculado pelo IBGE. A lei es-tipula ainda o valor mínimo para as par-celas do refinanciamento do débito com a administração municipal. No caso de pessoas físicas, o valor da parcela não po-derá ser inferior a R$ 50.

Nos microempresários individuais e empresas de pequeno porte, o valor de cada parcela não pode ser inferior a R$ 100; para as empresas de médio porte, R$ 200 e, para as de grande porte, as parcelas não poderão ser inferiores a R$ 1 mil.

O secretário de Finanças de Barreiras informou que o maior problema vivido pela cidade hoje diz respeito ao IPTU. “Em 2012, apenas 30% dos proprietá-rios de imóveis pagaram o imposto, mas há também boa parcela de devedores de ISS”, disse, lembrando que o Tribunal de Contas passou a exigir rigor com as dívi-das municipais. “Venceu 2012 e não pa-gou 2013 eu tenho que colocar na dívida ativa. O Tribunal de Contas exige que as-

sim seja feito”, disse. Pedro Antonio lembrou que quando

inclusas na dívida ativa do município, as quantias devidas já vão para execução ju-dicial. “Quando não estão em fase de exe-cução, as dívidas podem ser negociadas diretamente com a gente, aqui”, disse. A meta da prefeitura é a de que pelo menos 40% das pessoas que estejam atrasadas procure pela prefeitura para acertar suas contas. Calculando por alto, com base nos números brutos, chega-se à conclu-são que, com a campanha, cerca de 58% dos contribuintes estará com a dívida do Imposto Predial em dia, mais do que a metade.

Neste ponto é que está, segundo o se-cretário, uma das grandes vantagens do programa de refinanciamento. “Ao ne-gociar um débito, com base nesta lei, o contribuinte terá seu nome retirado ime-diatamente da dívida ativa”, disse. A lei, no entanto, estabelece que caso o con-tribuinte venha a atrasar três parcelas se-guidas do seu financiamento, estará no-vamente sujeito à execução fiscal e suas consequências.

Aliás, se o objetivo é a redução da dívida ativa, já é hora. Informações extraoficiais dão conta que a dívida ativa do municí-pio de Barreiras, acumulada nos últimos anos, ultrapassa o limite dos R$ 90 mi-lhões, só dos maiores devedores, o que seria bastante para um município do ta-manho de 170 mil habitantes e orçamen-to de R$ 212 milhões anuais, segundo informações do secretário. A dívida ativa seria de aproximadamente 42,4% do or-çamento da cidade, o que é preocupante, ainda mais, com somente R$ 15 milhões em IPTU.

REGULARIzAçãO IMObILIáRIADentro do texto da lei que concede a anistia fiscal, o secretário Antonio Pedro contou que também foi aberta a possi-bilidade para que os contribuintes regu-larizem espontaneamente seus imóveis. No caso, trata-se de imóveis que tenham sofrido alterações nos últimos anos, como é o caso dos que tiveram reformas sem o consentimento da administração municipal, ou dos terrenos, por exem-plo, que tiveram construções, sem o res-pectivo alvará.

Antonio Pedro lembrou que quando entrou na administração não havia ca-dastro pronto dos imóveis em Barreiras, mas mesmo assim arrisca fazer uma es-timativa do total de imóveis em situação tida como irregular: “Devem ter aí uns 50% dos imóveis em situação que neces-site regularização. Há prédios que foram construídos em Barreiras sem alvará de construção”, disse.

“Tem gente que mora em casa há três ou quatro anos e continua pagando IPTU como terreno. A pessoa que vier espontaneamente à Prefeitura e comu-nicar que construiu uma casa, o efeito da cobrança de impostos não vai retroagir nos últimos cinco anos”, disse, destacan-do que só será pago imposto a partir de 2014. Antonio Pedro lembrou que esta lei é válida para as pessoas e para os co-merciantes. Na mesma data, também foi aprovada a Lei 1.046/2013, lei que esta-belece o Cadastro Único de Imóveis da Prefeitura de Barreiras. O prazo previsto na lei termina em 31 de dezembro deste ano. Mais informações podem ser obti-das pelos telefones 77-3614-7100 e 77-3614-7175. ■

Para zerar as dívidasLei Municipal possibilita redução de multa e de juros em débitos com município de até 100% do valor total até o final do ano e a regularização dos imóveis

Pedro Antonio de o. Neto, secretário de Finanças

ViRgília VieiRa

O representante do Poder Execu-tivo de Barreiras, prefeito Antonio Henrique Moreira, sancionou no último dia 12, a Lei Municipal 1048/2013, que garante ao motota-xista a possibilidade de transferir, caso necessário, a sua permissão de trabalho para outro após dois anos de serviço na atividade. Com a lei, novos mototaxistas poderão substituir aqueles que, por algum motivo, optarem por outra profis-são. “Estamos trabalhando para atender as reivindicações de todas as categorias, investindo na cidade e melhorando o trânsito. Com relação aos mototaxistas, valoriza-remos a atividade e esta lei é mais uma ação de apoio aos que trans-portam o cidadão”, disse o prefeito Antonio Henrique.

O serviço de mototáxi consiste no transporte individual de passa-geiros e encomendas por meio de sidecar e semirreboque. Segundo a nova lei, quem transferir a permis-são só poderá retornar à atividade depois de seis anos. Os profissio-nais festejaram a alteração da lei e compareceram em massa ao encontro com o prefeito no pátio da Prefeitura de Barreiras.

Da ReDação | coM INForMAçõES AcMV

Na sessão da última terça-feira, 12, o Governo do Estado foi criticado em relação à área da saúde, princi-palmente no que se refere à falta de investimentos em novos hospitais.

O Hospital do Oeste (HO), que atende não só a região Oeste, mas aos Estados do Piauí, Tocantins, Goiás e Minas Gerais, foi mencio-nado devido à grande demanda de atendimentos.

� De acordo com a vereadora Graça Melo, o governo estadual deveria construir unidades hospitalares em outras localidades da região, para que as pessoas não tivessem que vir à Barreiras em busca de atendimen-to, ocasionando superlotação do HO.

mAIS NOTÍCIAS LOCAiS NA PÁGINA 6

Sancionada lei que beneficia mototaxistas

Governo estadual é criticado em sessão da Câmara

Proposta garante transferência de permissão de trabalhoRAUL BEIRIZ

ASCOM

Page 4: Jornal do São Francisco - Edição 140

Jornal do São Francisco4 Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013

A maior cidade da região Oeste da Bahia não foi contemplada com a vinda dos novos magistrados designados pelo Decreto 974

iVana Dias

Por decisão do Decreto 974 de 24 de outubro de 2013, o presidente do Tri-bunal de Justiça do Estado da Bahia,

desembargador Mário Alberto Hirs, de-signou 105 novos juízes substitutos para Comarcas no interior do Estado.

No Oeste baiano apenas 16 comarcas foram contempladas nos municípios de Riachão das Neves, Santana, São Desidé-rio, Serra Dourada, Santa Rita de Cássia, Correntina, Formosa do rio Preto, Carira-nha, Barra, Wanderley, Coribe, Bom Jesus da Lapa, Paratinga, Cocos, Xique-xique e Santa Maria da Vitória. O total de 17 juí-zes que serão distribuídos em Jurisdições Plenas (11), Varas dos Feitos Relativos às Relações de Consumo Cíveis e Comer-ciais (4), Vara Criminal (1) e Juizado Es-pecial (1).

A carência de juízes na região é uma

ViRgília VieiRa

Nesta primeira quinzena de no-vembro, o 10º Batalhão de Po-lícia Militar de Barreiras divul-

gou o balanço preliminar das ações realizadas durante o ano de 2013 na região Oeste da Bahia. Segundo o relatório, aproximadamente 3,8 mil ocorrências foram atendidas nos primeiros nove meses do ano, sendo março, o mês com o maior número de atendimentos (485) e, janeiro, o mês de menor incidência (389). Atu-almente o 10º Batalhão atende 13 municípios, somando um número de aproximadamente 400 mil habi-tantes.

Os maiores números de registros na região estão relacionados aos au-tos de infração de trânsito. Segundo o balanço, de janeiro a setembro, 72,5 mil veículos foram abordados, 2.673 autuações de infração de trân-sito foram aplicadas e 1.812 aciden-tes de trânsito foram registrados. Este mesmo balanço aponta que 360

das causas da morosidade no desenvol-vimento do trabalho jurisdicional, o que ocasiona descontentamento dos profis-sionais e muitos transtornos à população, e em Barreiras não é diferente. No entan-to, apesar de ser a maior cidade da região Oeste da Bahia, não foi contemplada com a vinda dos novos magistrados.

Em entrevista para o Jornal do São Fran-cisco, edição 132, a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Subseção de Barreiras, Cristiana Matos Américo, fa-lou sobre o atual quadro de juízes da Co-marca do município. “São seis magistra-dos nas varas de Juizado Cível e Criminal (1); Vara Crime (1); Fazenda Pública (1); 1ª Cível (1); 2ª Cível (1) e 3ª Cível (1), nas quais tramitam mais de 50 mil processos. O que não é suficiente para a demanda populacional”, disse a presidente que res-saltou ainda a quantidade de profissio-nais para suprir a carência do município

motoristas foram conduzidos à de-legacia, 129 Carteiras de Habilitação foram recolhidas por apresentarem alguma irregularidade, 527 veículos ficaram retidos ou foram apreendi-dos e 116 veículos roubados foram recuperados.

Em nove meses de operação fo-ram apreendidas 237 armas de fogo e 173 armas brancas, 296 pessoas foram conduzidas à delegacia de po-lícia por porte ou tráfico de drogas, aproximadamente 147,5 mil pessoas foram abordadas, 469 menores de 18 anos foram apreendidos e um total de 3,3 mil pessoas encaminhadas ao distrito policial.

De acordo com o relatório, os mu-nicípios com os maiores índices de ocorrência, são: Barreiras, com 1.770; Luís Eduardo Magalhães, com 1.001; São Desidério, com 225 e Santa Rita de Cássia, com 193. Formosa do Rio Preto ficou em terceiro lugar no nú-mero de menores apreendidos, com 35, perdendo para Barreiras com 193, e Luís Eduardo com 181. ■

e região. “Seria necessário trabalhar com a proporção de 100 juízes para cada 1 mi-lhão de habitantes. Barreiras deveria ter no mínimo 12, na prática temos apenas cinco. O juiz da 2ª vara está em gozo de li-cença médica desde o início do ano e, em razão da gravidade do seu caso, não existe uma previsão de retorno”, observou.

A decisão do desembargador, Mário Alberto Hirs, causou indignação ao pre-sidente do Poder Legislativo de Barrei-ras, Carlos Tito, que na sessão do último dia 5, propôs uma moção de repúdio ao Tribunal de Justiça da Bahia, por julgar o ato desrespeitoso. Todos os vereadores aprovaram o documento que seguiu para conhecimento do Tribunal de Justiça, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção de Barreiras, OAB da Bahia, Conselho Nacional de Justiça, Ministé-rio Público Estadual e juízes que atuam no município. “É desrespeitosa a não

designação de juízes substitutos para a Comarca de Barreiras. Os órgãos da jus-tiça estadual estão desprovidos de meios humanos e materiais suficientes para so-lucionar conflitos de interesse. A falta de juízes e serventuários deixa estagnados milhares de processos”, concluiu.

No mês de agosto, a OAB/Subseção Barreiras organizou o manifesto “A Justiça do Oeste pede socorro!”, um pedido pelo fim da morosidade do Poder Judiciário na região, que contou com a presença do presidente da OAB/BA, Luiz Viana Quei-roz e cerca de 500 advogados, além de um abaixo-assinado para demonstrar a insa-tisfação da classe no município.

A redação do Jornal do São Francisco procurou a presidência da OAB/Subseção de Barreiras para falar sobre o posiciona-mento da instituição sobre o ocorrido, mas até o fechamento desta edição não obteve retorno. ■

morosidade do Judiciário de Barreiras vai continuar

Infrações de trânsito lideram lista de ocorrências policias na região

LOCAL

Números são apontados em balanço preliminar das atividades realizadas em 2013 pelo 10o Batalhão de Polícia Militar

AÇÕES POLICIAIS mILITARES DE JANEIRO À SETEmBRO DE 2013

Jornal do São Francisco

FONTE: 10o BPM/BARREIRAS

Page 5: Jornal do São Francisco - Edição 140

Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013 5Jornal do São Francisco

sAúde

De acordo com a psicóloga Milena Danielli, com um tratamento feito de forma adequada, há grandes possibilidades de se obter resultado eficaz imediato

ViRgília VieiRa

Aflição, agonia, impaciência e inquie-tação são alguns dos sinais de ansie-dade que, mesmo fazendo parte da

natureza do indivíduo, em excesso pode ser prejudicial. Em entrevista ao Jornal do São Francisco, a psicóloga formada pela Universidade Tiradentes (Unit), em Ara-caju (SE), e com especialização na área de Saúde Pública e Programa Saúde da Família, Milena Lima Danielli afirma que dependendo do grau ou frequência dos sintomas, a ansiedade pode se tornar pa-tológica e acarretar em sérios problemas. A profissional com sete anos de atuação na região Oeste esclarece algumas dúvi-das e dá orientações. Acompanhe.

Jornal do são Francisco: A ansiedade é uma doença ou uma reação natural do organismo?

Milena danielli: A ansiedade é uma reação natural que faz parte da natureza humana - necessária para o estabeleci-mento de estratégias que nos protejam de situações de perigo, seja este físico ou psicológico. Ao contrário do que muitos

imaginam, a ansiedade é uma emoção ne-cessária para a sobrevivência e para o al-cance de um bom desempenho nas tare-fas diárias. É uma emoção semelhante ao medo. E é exatamente pela preocupação e expectativa geradas pela ansiedade que tomamos as medidas necessárias para li-darmos com situações que consideramos perigosas para nossa integridade física ou moral. Por isso nos preparamos para uma prova, uma entrevista de emprego ou cor-remos para nos salvar de um incêndio. No entanto, quando essa reação atrapalha ou até mesmo impede o cumprimento de nossas tarefas, ela se torna uma doença. Dependendo do grau ou frequência des-ses sintomas, pode se tornar patológica e acarretar problemas posteriores, chegan-do ao desenvolvimento de um Transtorno de Ansiedade.

JsF: Quais são os principais sintomas de um Transtorno de Ansiedade?

Md: Aflição, agonia, impaciência e in-quietação. Esses são alguns sinais da an-siedade - sentimento capaz de prejudicar a qualidade de vida, autoestima e saúde do ser humano. São manifestações co-mumente observadas nos transtornos de ansiedade: dor no peito, palpitação, taquicardia, desconforto respiratório, respiração ofegante, dor no estômago, dor de cabeça, tonturas, formigamento, tensão muscular, tremores, suar muito, boca seca, insônia, dificulda-de para engolir alimentos (nó na garganta), dificuldade de concentração, medo ou irri-tação sem motivo aparente, entre outros sinais e sinto-mas. No entanto, todas essas manifestações podem ocor-rer rotineiramente de acordo com os acontecimentos da vida diária. Também é pos-sível apresentar redução da produtividade, tanto em casa como no trabalho e, portanto, podem ser extremamente de-pendentes financeiramente e emocionalmente. Além disso, conforme a intensidade dos sintomas, a funcionalidade do indivíduo pode ser gra-vemente afetada, levando ao desemprego, isolamento so-cial e até disfunções sexuais. Importante destacar ainda que, assim como qualquer doença, quando um mem-bro de uma família apresenta um transtorno de ansiedade, todos são afetados pela de-pendência e custos que esses transtor-nos podem trazer. Por isso, o tratamento à família também desempenha um papel fundamental. A banalização dos sinto-mas descritos pelo familiar pode atrasar o diagnóstico do transtorno e favorecer a evolução para um quadro crônico.

JsF: Quais são os principais transtornos de ansiedade? existe diferença entre

cada um deles? Md: Entre os principais

Transtornos de Ansiedade, está o Transtorno do Pânico. As pessoas com essa condi-ção têm sentimentos de ter-ror que surgem repetidamen-te sem nenhum aviso. Outros sintomas de um ataque de pânico incluem dor no peito, sudorese, palpitações (bati-mentos cardíacos irregulares) e uma sensação de asfixia, que pode fazer a pessoa sen-tir como se estivesse tendo um ataque cardíaco ou "fi-car louco". Também existe o Transtorno Obsessivo-Com-pulsivo (TOC). Pessoas com TOC são atormentadas por pensamentos constantes ou medos que fazem com que o indivíduo desenvolva rituais de comportamentos. Os pen-

samentos perturbadores são chamados de obsessões e os rituais são chamados de compulsões. Um exemplo é uma pes-soa com um medo irracional de germes que constantemente lava as mãos. Outro transtorno é o Pós-traumático (TEPT). O TEPT é uma condição que pode desenvol-ver-se após um evento traumático, como uma agressão sexual ou física, a morte

De acordo com a psicóloga Milena Lima danielli, o transtorno merece atenção redobrada quando passa a prejudicar os relacionamentos conjugais, profissionais, acadêmicos e até mesmo sexuais

Viver com ansiedade é viver perigosamente

inesperada de um ente querido ou um desastre natural. Pacientes com TEPT têm frequentemente pensamentos assusta-dores e lembranças do evento, e tendem a ser emocionalmente entorpecidos. O Transtorno de Ansiedade Social, também chamado de fobia social, envolve preocu-pações sobre situações cotidianas sociais. A preocupação muitas vezes gira em tor-no de um medo de ser julgado pelos ou-tros ou de se comportar de uma maneira que possa causar constrangimento ou levar ao ridículo. Temos também fobias específicas: a fobia específica é um medo intenso de um objeto ou situação especí-fica, como cobras, altura ou voar. O nível de medo geralmente é inadequado para a situação e pode levar a pessoa a evitar situações comuns cotidianas. Há também o Transtorno de Ansiedade Generalizada: este distúrbio envolve preocupação ex-cessiva irreal e tensões, mesmo se houver pouco ou nada para provocar a ansiedade.

JsF: Como os transtornos psiquiátricos relacionados à ansiedade são diagnosti-cados? existem exames específicos para identificá-los?

Md: Para ser detectado um distúrbio de ansiedade, alguns exames laboratoriais devem ser realizados para descartar pro-blemas médicos, como o desequilíbrio hormonal e problemas cardíacos. Contu-do, não existem exames específicos para

Ter força de vontade e entender que essa ansieda-de descontrola-da não é nor-mal é requisito básico para o processo de cura inicial”mILENA LImA DANIELLIPsicóLOgA

REPRODUÇÃO

ARQU

IVO

PESS

OAL

A banalização dos sintomas descritos pelo familiar pode atrasar o diagnóstico do transtorno e favorecer a evolução para um quadro crônico

Jornal do São Francisco

Page 6: Jornal do São Francisco - Edição 140

Jornal do São Francisco6 Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013

Filho de vereadora é assassinado com sete tiros

Dia mundial do Diabetes chama atenção para cuida-dos com a doença

Jornal do São Francisco

ViRgília VieiRa

O estudante Caio Crisóstomo Mace-do Antonio, 18 anos, filho da ve-readora Karlúcia Macedo e Carlos

Antonio, foi assassinado a tiros por vol-ta das 20h da última quarta-feira, 13, em Barreiras, enquanto estaria trocan-do alguma peça do seu carro, que es-tava localizado à Rua Amazonas, pró-ximo ao Nego D’agua, em Barreirinhas. A vítima estava com mais uma pessoa conhecida como Netão, que também foi atingida.

Testemunhas afirmaram à polícia que viram quando dois homens passa-ram e logo depois retornaram efetuan-do disparos que atingiram as duas ví-timas. Segundo o delegado de polícia, Francisco Carlos de Sá, as cápsulas en-contradas no local do crime apontam que a arma utilizada pelos criminosos foi uma pistola ponto 40. “No local do crime encontramos oito cápsulas, ti-vemos a informação por testemunhas que os criminosos, após a execução da vítima, ainda fotografaram o corpo caí-do no chão”, contou o delegado.

O delegado disse ainda que foram ve-

ViRgília VieiRa

Criado em 1991 pela International Diabetes Federation (IDF) em parceria com a Organização Mun-

dial da Saúde (OMS), o Dia Mundial do Diabetes conseguiu chamar a atenção de todos para essa doença, que hoje atinge mais de 371 milhões de pesso-as em todo o mundo. Em Barreiras, a Secretaria de Saúde desenvolveu ações conjuntas com as Unidades Básicas de Saúde da Família, com palestras edu-cativas e café-da-manhã balanceado, incentivando e promovendo o hábito da alimentação saudável, a prevenção e o combate à doença, além de medir a glicemia e aferição da pressão arterial.

O objetivo da data é chamar a aten-ção, sobretudo no que diz respeito ao acesso à sua prevenção e tratamento

rificadas sete perfurações no corpo do jovem Caio, e uma no corpo da segunda vítima, que sobreviveu. Até o fechamen-to desta edição, a vítima passava por ci-rurgia para a retirada da bala, no Hospi-tal do Oeste (HO). “Tudo sinaliza que o

adequados e de qualidade para evitar complicações mais severas, reduzindo o impacto sobre os indivíduos, famí-lias e custos para os sistemas de saúde e para a sociedade em geral. De 2000 a 2010, o diabetes foi responsável por mais de 470 mil mortes em todo o Bra-sil. Neste período, o número saltou de 35,2 mil para 54,8 mil. Isso significa que a taxa de mortalidade avançou de 20,8 para 28,7 mortes por 100 mil ha-bitantes.

A Diabetes Mellitus está entre as cinco doenças que mais matam, che-gando cada vez mais ao topo da lista. É uma doença metabólica caracteriza-da pelo aumento anormal de glicose (açúcar) no sangue. Embora ainda não haja uma cura definitiva, há vários tra-tamentos que podem melhorar a qua-lidade de vida. ■

crime foi de execução. As testemunhas serão ouvidas e após a investigação che-garemos aos autores”, afirmou o delega-do. O Jornal do São Francisco, em nome de sua equipe de profissionais, presta condolências à família enlutada. ■

diagnosticar diretamente os distúrbios de ansiedade. É importante entender de maneira integrada nosso funcionamento físico e psíquico, porque a identificação do sofrimento em cada um deles permi-te o tratamento adequado e o equilíbrio necessário para uma boa qualidade de vida. Alguns distúrbios de ansiedade po-dem durar pequenos períodos de tempo, enquanto outros poderão ocorrer durante toda a vida, exigindo assim um tratamen-to prolongado.

JsF: Ansiedade tem cura? Qual é o me-lhor tratamento?

Md: A ansiedade tem cura. Com um tratamento feito de forma adequada, há grandes possibilidades de resultado eficaz imediato, inclusive sem o uso de remédios. A abordagem para tratar a ansiedade, não se resume à medicação e à psicoterapia; o indivíduo deve passar a adotar um estilo de vida saudável, com atividade física, ali-mentação adequada e sono regular. Ou-tra forma de prevenção é optar por uma Psicoterapia Cognitiva Comportamental (TCC). Essa Terapia é eficiente como for-ma de ensinar o paciente a reconhecer e controlar os sintomas, atenuando seus impactos em sua vida ao longo do tempo.

JsF: então, todas as pessoas são passíveis de ficarem ansiosas. Como reconhecer se esta ansiedade está se tornando um problema mais grave?

Md: Qualquer um sofre, em maior ou menor grau, de ansiedade. Mas o trans-torno merece atenção redobrada quando passa a prejudicar os relacionamentos conjugais, profissionais, acadêmicos e até mesmo sexuais. Quando a ansiedade ultrapassa o limite e a pessoa não conse-gue mais realizar suas tarefas diárias sem sofrimento, é hora de buscar ajuda espe-cializada e dar início a um tratamento. Ter força de vontade e entender que essa ansiedade descontrolada não é normal é requisito básico para o processo de cura inicial. Procurar ajuda psicológica é fun-damental para retomar a rotina. Curar-se sozinho é praticamente impossível, em casos extremos e dependendo do perfil do paciente é necessária a prescrição de me-dicamentos, que somente pode ser feita por um profissional de psiquiatria.

JsF: existe algum perfil pessoal com pre-disposição à ansiedade (por sexo, idade, região onde vivem)?

Md: No mundo atual, por causa dos múltiplos papéis que desempenham e devido às variações hormonais, algumas mulheres sofrem mais com a ansiedade. Porém, os homens não estão imunes a esse mal. Questões profissionais e finan-ceiras também podem desencadear a sen-sação de angústia e impaciência no sexo masculino.

JsF: Quais as consequências mentais de se estar em um estado de ansiedade ex-trema?

Md: Se não for controlada, a ansiedade pode causar o surgimento de enfermida-des psicossomáticas, ou seja, doenças que afetam a saúde física e mental. Gastrite, úlceras, colites, taquicardia, hipertensão, cefaleia e alergias são alguns exemplos de doenças causadas pela ansiedade. Ela também é responsável pelo surgimento de doenças psiconeurológicas e psicoon-cológicas. Isso acontece, pois as pessoas não conseguem eliminar de forma natural a tensão gerada pela ansiedade. Assim, a mente cria válvulas artificiais para dar va-zão a essa energia negativa. A partir daí, a pessoa começa a usar o próprio organis-mo como válvula de descarga. ■

LOCAL

De acordo com o delegado, no local do crime foram encontradas oito cápsulas de pistola ponto 40

Durante toda a semana, ações de prevenção foram realizadas pela secretaria de saúde

Fatores de Risco e Prevenção do DiabetesFATORES DE RISCO• Urbanização crescente • Idade maior de 45 anos (envelheci-

mento da população) • Estilo de vida pouco saudável, como:

sedentarismo, dieta inadequada e obesidade

• Sobrepeso (IMC - índice de massa corporal maior ou igual a 25)

• Antecedente familiar • Hipertensão arterial (maior que 14

por 9) • Colesterol e/ou triglicerídios maior

que o normal • História de macrossomia ou diabetes

gestacional • Diagnóstico prévio de síndrome de

ovários policísticos • Doença cardiovascular, cerebrovas-

cular ou vascular periférica definida

PREVENÇÃO DE RISCOS• Mudanças de estilo de vida • Redução de peso (entre 5 a 10% do

peso) • Manutenção do peso perdido • Aumento da ingestão de fibras • Restrição de gorduras, especialmen-

te as saturadas • Aumento de atividade física regular

Jovem caio foi atingido por sete disparos

VIRGÍLIA VIEIRA

Page 7: Jornal do São Francisco - Edição 140

Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013 7Jornal do São Francisco

MUNICÍPIOsJornal do São Francisco

luciano DemetRius

Ao chegar à Escola Municipal Mozart Feliciano, em Luís Eduardo Magalhães, em meados de outubro, para mais um dia de aula, o aluno Matheus Barbosa Cama-can, 11 anos, do 5º ano, foi surpreendido pela notícia de que havia sido o primeiro colocado em um concurso de redação. E não era um concurso qualquer: ele havia conquistado o prêmio na etapa nacional do INPEV – instituto que representa a in-dústria fabricante de defensivos agrícolas para a destinação das embalagens vazias de seus produtos.

“Quando cheguei à escola, fui para mi-nha sala e me chamaram. Quando levantei o braço, me deram a notícia. Nem acre-ditei”, disse Matheus que concorreu com cerca de 10 mil alunos dos 4º e 5º anos do Ensino Fundamental de 19 estados. O tema proposto para criação dos textos foi: “Por que reciclar é bom para o planeta?”

Com o tema de redação “A arte de reci-clar”, o estudante da Mozart Feliciano apre-sentou propostas úteis para melhorias na reciclagem. “Eu escrevi o que sempre prati-co todos os dias em casa, sempre separan-do o que pode ser reaproveitado”, explicou.

Torcedor do Flamengo, Matheus tem como disciplina preferida a matemática. O prazer pela leitura e escrita aconteceu naturalmente. Filho de professora, que segundo ele o estimula a ler e a escrever, o campeão nacional de redação é fã do escritor Monteiro Lobato e, nas horas va-gas, gosta de andar de bicicleta. Quanto à profissão que irá seguir, Matheus está em dúvida. “Gosto de advocacia e engenharia agronômica”, diz.

Para a professora Joelice de Souza, res-ponsável pela instrução de Matheus e dos demais estudantes da escola Mozart Feliciano que participaram do concurso, a conquista é motivo de orgulho e é uma forma de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido com os alunos. “O Matheus é um aluno querido por todos, dedicado e muito inteligente”, pontua. Somente da Escola Mozart Feliciano outros 220 estu-dantes participaram do concurso. Luís Eduardo Magalhães foi representada por três escolas.

O CONCURSOPara produzir os trabalhos, os alunos re-ceberam em sala de aula os conteúdos do Programa de Educação Ambiental Campo Limpo, desenvolvido pelo INPEV, com o apoio das associações gerenciadoras das unidades de recebimento. Parte dos es-tudantes também esteve nas centrais de recebimento no Dia Nacional do Campo Limpo e receberam a visita do represen-tante das centrais.

A comissão julgadora, formada por re-presentantes de entidades e empresas e profissionais do mercado, como jornalis-tas, educadores, pedagogos e designers, avaliou 131 trabalhos finalistas (65 dese-nhos e 66 redações) e ficou satisfeita com a qualidade dos trabalhos. Alunos e profes-sores serão premiados com tablets e note-books, respectivamente, e a escola com um projetor multimídia. A data da entrega da premiação para a Escola Mozart Feliciano e para Matheus ainda não foi definida. ■

Estudante tem a melhor redação do BrasilPopulação será

beneficiada com parceria do Sistema fIEB

Professores par-ticipam do PNAIC

Comunidades recebem poços artesianos

iVana Dias

cOM iNfOrMAções | AscOM sãO DesiDériO

Representantes da Federação das Indústrias do Estado da Bahia - Sistema FIEB, que in-

tegram o Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB), do Serviço Nacional de Aprendizagem Indus-trial (SENAI), do Serviço Social da Indústria SESI - Oeste, do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e da secretaria de Trabalho, Emprego e Renda, par-ticiparam de uma reunião com o prefeito Demir Barbosa na última segunda-feira, 11, em São Desidé-rio, para discutir sobre a parceria na implantação de cursos técnicos profissionalizantes.

O próximo passo será conhecer a infraestrutura e dialogar com em-presas e a comunidade para ana-lisar a demanda do município em oportunidades de emprego.

De acordo com o gerente da uni-dade do SENAI de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, Antonyony de Jesus Santana, o município neces-sita de desenvolvimento industrial. “O sistema FIEB através dos progra-mas de interiorização vai dar todo o suporte à São Desidério e ao distrito de Roda Velha. A escolha dos cursos a serem aplicados depende da de-manda. Posteriormente, alinhare-mos isso com o município”, garante Antonyony Santana.

O gerente de estágio e formação de talentos do IEL, Marco Antônio, acredita que com os programas de interiorização do SESI, SENAI e do IEL, será possível desenvolver um trabalho voltado para indústria e segurança do trabalho, além de consultoria na área de segurança e saúde do trabalhador, que estará disponível para as empresas. “Va-mos propor um trabalho de estágio para que os estudantes de cursos superiores, técnicos ou até mesmo o ensino médio possam estagiar na cidade”, disse Marco Antônio.

O município deverá oferecer a es-trutura física, instalação de móveis e computadores, em contraparti-

iVana Dias

O IX encontro de formação com os professores alfabetizadores do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) foi realizado pela Secre-taria Municipal de Educação no último sábado, 9, na Escola Municipal Profes-sora Haidêe Gomes Machado.

Com o tema “Avaliação”, o evento teve os objetivos de planejar o ensino na alfabetização; compreender a im-portância da avaliação no ciclo da al-fabetização e construir coletivamente o que se espera em relação aos direitos da aprendizagem e desenvolvimento no ciclo de alfabetização.

“O Pacto Nacional da Educação na Idade Certa é uma realidade. Com o projeto conseguimos oferecer recursos de instrução, que consolidam a impor-tância de uma formação continuada para um fazer pedagógico de qualida-de, com instrumentos eficazes de ava-liação e garantir a alfabetização plena de crianças com até oito anos”, disse o prefeito Arival Viana. ■

Da ReDação | cOM iNfOrMAções OesTe10

Iniciou no último dia 5, a perfuração de poços artesianos nas comunidades da zona rural de Cristópolis afetadas pela seca. A previsão é de que 12 poços sejam perfurados.

O primeiro poço foi perfurado na co-munidade de Santa Rosa, que chegou a 110 metros de profundidade. Porém, os técnicos não encontraram quantidade de água suficiente para a instalação do poço. De acordo com o prefeito Antonio Pereira, outra solução será definida para resolver a situação. “Esta é a sexta vez que um poço é perfurado no povoado e não tem água. Existe a possibilidade de abrirmos outro em uma localidade pró-xima somente para servir Santa Rosa”, analisa o prefeito.

Nas comunidades de Pau Seco e Ca-roá, o poço perfurado apresentou vazão de 40 mil litros de água por hora. No entanto, mesmo com a realização de estudo com aparelhos tecnológicos de grande precisão, o lençol freático encon-trado no povoado de Água Doce passou a fornecer apenas 10 mil litros de água por hora, volume abaixo da expectativa, mas suficiente para suprir, com sobras, as necessidades da localidade.

“Sairemos de um déficit de muitos anos. Houve aumento populacional sem investimentos necessários no sistema de fornecimento de água para acompa-nhar esse crescimento. É um grande es-forço para que a população tenha água potável em casa”, disse Pereira. ■

da, o sistema FIEB disponibilizará instrutores para ministrar os cursos e capacitação dos inscritos. O pre-feito Demir confia nesta parceria e acredita que tem tudo para da certo. "O município vai fazer todo o es-forço para oferecer a estrutura so-licitada pela empresa, sabendo nós que todo o curso de qualificação é de fundamental importância, prin-cipalmente para o jovem em início de carreira e que ainda não teve seu primeiro emprego. Com essa quali-ficação fica mais fácil conseguir um emprego", ressalta o prefeito.

SESIComo Departamento Regional na Bahia é uma entidade de direito pri-vado e sem fins lucrativos. Baseado no regulamento nacional é uma unidade com autonomia política e administrativa. Uma organização de grande porte do setor de servi-ços, que opera por meio de unida-des de negócio, agências e postos distribuídos nas regiões de maior concentração de indústrias.

SENAI – bAHIASua missão é promover a educação profissional e tecnológica, a inova-ção e a transferência de tecnologias industriais e contribuir para elevar a competitividade da indústria baia-na.

O SENAI-Bahia está vinculado ao SENAI nacional, braço educacional da Confederação Nacional das In-dústrias - Sistema CNI: na Bahia in-tegra o Sistema FIEB, tendo à frente a Federação das Indústrias do Esta-do da Bahia (FIEB).

INSTITUTO EUVALDO LODI – IEL Fundado em 1969, ajuda as empre-sas a ganharem em competitivida-de, por meio de linhas de atuação de desenvolvimento de carreiras e de desenvolvimento empresarial. O IEL oferece serviços que, aplicados individualmente ou em conjunto, ajudam a melhorar os processos internos da empresa e colaboram com o seu crescimento. ■

LUÍS EdUArdo MAGALHÃES

bUrItIrAMA

crIStóPoLISSÃo dESIdÉrIo

Page 8: Jornal do São Francisco - Edição 140

Jornal do São Francisco8 Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013

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MUNICÍPIOs

Paty tem muitos amigos

luciano DemetRius

A campanha de cadastro para doação de medula óssea promovida pelos grupos Amigos da Paty, Amigas do

Bem e Secretaria Municipal de Saúde teve 1.324 amostras coletadas na última quar-ta-feira, 6, no Ginásio de Esportes do Co-légio Mimoso do Oeste (CMO), no Jardim Paraíso, em Luís Eduardo Magalhães. A campanha teve por objetivo a localização de possível doador compatível em prol da estudante de Engenharia de Alimen-tos, Patrícia Oshiro Brentan, 25 anos, que há um ano e meio luta contra a leucemia. Atualmente, ela está internada no Hospi-tal Mário Covas, em Santo André (SP). O transplante era para ter sido realizado em outubro. Porém, nos exames finais, o doa-dor compatível desistiu fazendo com que ela, a família e os amigos recomeçassem a campanha do zero.

Com início intenso às 9h, o ginásio não permaneceu um só minuto parado e lon-gas filas se formaram pelos interessados em colaborar. E quem não poderia fazer sua parte, deu um jeito de levar voluntá-rios, como o caso comum verificado entre os alunos do CMO – a maioria com idade inferior a 18 anos e, portanto, impossibi-litados de se cadastrar (doadores devem ter idade entre 18 anos e 55 anos). Então, restou aos estudantes recorrerem aos pais e outros familiares. “Eu conheço muitos pais de alunos e percebi que vieram a pe-dido de seus filhos. Dias antes do evento, ouvi muitos alunos dizendo que já faziam campanha em casa”, disse um funcionário do colégio.

Com previsão de encerramento para as 17h, já às 15h a assistente social da unida-de de Barreiras da Fundação de Hemato-logia e Hemoterapia (Hemoba), Luciene Aguiar, comunicou aos organizadores que o limite mensal de 1.600 coletas para toda a Bahia havia sido superado, graças aos 1.324 colaboradores cadastrados so-mente na campanha em prol da Paty. De acordo com a representante da entidade, será preciso correr para avisar a central da entidade, em Salvador, para que todas as amostras obtidas em Luís Eduardo Ma-galhães possam ser cadastradas. “Preci-samos comunicar à unidade central, em Salvador, para que não sejam realizadas mais amostras na capital, pois somente em um dia conseguimos realizar o traba-lho de um mês em todo o Estado”, afirmou a assistente social da unidade da Hemoba

de Barreiras, Lucilene Aguiar.

INDIGNAçãOA interrupção dos trabalhos desagradou as 17 integrantes do grupo “Amigas do Bem”. Segundo elas havia sido comunicado à He-

moba que a campanha pretendia coletar duas mil amostras. “O que nos comoveu foi ver o público de cerca de 400 pessoas que aguardava para ser atendido ter que ser avisado e sair sem poder colaborar”, disse Claudia Almada. “Já imaginou se en-

tre uma destas pessoas estivesse alguém compatível para fazer a doação à Paty?”, questionou outra integrante do grupo, Ân-gela Kappes.

Porém, segundo a assistente social Lu-cilene Aguiar, para realizar campanhas de amostras, é preciso autorização do Instituto Nacional do Câncer (Inca). “O Inca estabelece um prazo de até 30 dias para responder se é possível ou não rea-lizar a campanha e qual o número limite de amostras a serem colhidas. No caso da campanha da Paty, a Hemoba foi avisa-da 15 dias antes do evento. Por isso é que não foi possível realizar a coleta além do número limite”. Devido à grande procura, está agendada nova coleta para o dia 4 de dezembro.

A maior dificuldade no transplante da medula é a compatibilidade entre as célu-las do doador e do receptor. A chance de encontrar uma medula compatível é, em média, de uma a cada 100 mil. Devido a tal dificuldade é que são organizados os re-gistros de doadores voluntários de medula óssea, a fim de cadastrar pessoas dispostas a doar. Quando um paciente necessita de transplante e não possui um doador na fa-mília, este cadastro é consultado.

SATISFAçãOPolêmicas à parte, a irmã da Paty, Bruna Brentan, disse que independentemente do número de amostras coletadas, a socieda-de respondeu positivamente à campanha. “Certamente ela (Paty) vai ficar satisfeita com o resultado da campanha. Percebe-mos toda a mobilização e interesse das pessoas em vir aqui. O ginásio não ficou vazio um só minuto”, disse.

Em seu perfil no Facebook, Patrícia Oshiro agradeceu aos que participaram da coleta no dia 6 de novembro. “Estou mui-to orgulhosa das pessoas que moram em Luís Eduardo Magalhães. As expectativas foram superadas e foi atingido o número máximo de cadastros de doação de medu-la”, destacou. Disse que era indescritível expressar o sentimento em relação à soli-dariedade demonstrada durante a campa-nha. “Como eu me sinto em relação a isso? Não tem como expressar, é alegria, fé, es-perança, tudo ao mesmo tempo. Eu estou extremamente feliz em ver que existe tanta solidariedade, que existe amor no coração das pessoas. Obrigada, juntos somos mais fortes e juntos vamos conseguir”, concluiu.

PROCURAEntre 15h40 e 16h20, a reportagem do Jornal do São Francisco acompanhou a movimentação de pessoas em frente ao portão de acesso do Ginásio do CMO. Neste período, cerca de 40 pessoas foram informadas de que a coleta havia se en-cerrado antes do horário previsto. “Apesar de não poder colaborar, fico satisfeita que a campanha atingiu o número esperado de contribuição”, disse uma comercian-te que estava acompanhada da filha que também pretendia colaborar. “O que vale é o empenho de todos. No próximo dia de coleta, em dezembro, vou me programar para vir mais cedo e poder participar”, completou. ■

campanha de cadastro para doação de medula supera expectativas e atinge meta mensal do estado

Patricia oshiro brentan descobriu há um ano e meio ser portadora de leucemia

ARQUIVO PESSOAL

Equipe de voluntárias atuou na coleta de amostras

Page 9: Jornal do São Francisco - Edição 140

Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013 9Jornal do São Francisco

EStAMPA GEoMÉtrIcAestima-se público de aproximadamente 1,2 mil pessoas no evento que contará com palestra, desfile e coquetel

ViRgília VieiRa

Um “Encontro de Estilo” marcará a noite do dia

10 de dezembro, no Espaço de Eventos Quatro Estações, em Luís Eduardo Magalhães, com a presença da famosa jornalista, empresá-ria e consultora de moda, Gloria Kalil. O evento, cujo tema é “Estilo: Moda e Com-portamento” tem o objetivo de propor-cionar a qualificação dos profissionais das empresas da região, fornecendo elemen-tos para uma melhor etiqueta profissional.

Entre os temas a serem abordados, estão à intro-dução ao conceito de moda como atividade inter-ligada à questão do comportamento, fragmentação de moda, noções do que é estilo, diferenças entre moda e estilo, como reforçar o próprio estilo e iden-tidade e moda enquanto código social, com um bre-ve resumo das fortes tendências da temporada. Ad-jetivo que lhe é característico, Gloria Kalil também vai definir o que é ser chic.

Sobre o seu trabalho, Kalil define: escreve e traba-lha para passar informações de moda e códigos de etiqueta para quem realmente precisa, sempre no sentido de democratizar a moda e incentivar a ci-vilidade. Ao ser capa da Revista Veja São Paulo em 2006, a jornalista foi descrita: Gloria Kalil é chique, civilizada e multimídia. Gloria Kalil iniciou sua car-reira como jornalista em São Paulo, na Editora Abril. Esteve à frente de uma indústria, quando dirigiu o departamento de criação de uma importante tece-lagem brasileira e, posteriormente, proprietária e di-retora de uma das mais famosas marcas de moda do país dos anos 80.

De volta ao jornalismo e à consultoria desde 1993, escreveu cinco livros (todos são best-sellers), criou o primeiro site de moda brasileiro no ano 2000 (www.chic.com.br) e, desde então, percorre regularmente o Brasil dando palestras sobre tendências de moda, rumos da indústria têxtil e etiqueta empresarial. É também colaboradora com matérias e textos para rádio, imprensa escrita e internet. Organizado pela MS Eventos Empresariais, o Encontro com Glória Kalil, em Luís Eduardo Magalhães, abordará temas de Etiqueta Pessoal e Profissional, Moda e Compor-tamento.

O evento acontecerá no Espaço de Eventos Qua-tro Estações, às 19h30. O investimento é de R$ 80 - 1º Lote, R$100 - 2º Lote, R$120 - 3º Lote. Durante o evento haverá desfile, coquetel e palestra. Estima-se um público de aproximadamente 1,2 mil pessoas.

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oi pessoal, bem vindos ao meu cantinho de moda. Primeiramente gostaria de agradecer à equipe do Jornal do São Francisco pelo convite de escrever

aqui pra vocês. Toda semana trarei novidades, dicas e curiosidades sobre o mundo da moda.

Estamos passando por uma fase clássica na moda, mostrando que o preto, branco e vermelho continuam cores clássicas. Mas como sabemos que a moda muda o tempo todo, cores somente não bastam. Com isso as estampas surgem esbanjando criatividade nas criações e muito estilo nos looks de quem veste. E garanto a vocês que não é moda passageira não. Lembram da estampa étnica? Tribal? Se você parar pra pensar todas são mini formas geométricas juntas.

E para estrear essa coluna a protagonista de hoje é a es-tampa geométrica. Acredito que qualquer tipo de estam-pa valoriza muito o corte da roupa e do seu corpo, basta saber escolher. Sei que tem horas que ficamos perdidos, mas as formas geométricas são as mais democráticas, pois qualquer pessoa, seja alta, baixa, magra ou mais cheinha, podem usar.

As estampas podem vir coloridas com a cara do verão pra alegrar um look ou na forma mais clássica, no preto, branco e nos cortes assimétricos (saia de pontas). As estam-pas geométricas são politicamente as mais corretas, pois podem ser usadas também em qualquer ocasião.

Não só as roupas podem ter a presença dessa estampa, mas também os acessórios, como bolsas, brincos, colares, inclusi-ve em móveis de decoração e papel de parede.

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CHEgA à BARREIRASO modelo de franquias imobiliárias da RE/MAX tem revolucionado o negócio imobiliário de Norte a Sul do País. Na Bahia, a rede está presente com 14 franquias, e acaba de ultrapassar uma fronteira importante no Estado: o Oeste baiano. Este objetivo foi cumprido com a inauguração, que aconteceu no dia 07 de novembro, da RE/MAX West, em Barreiras. De propriedade de Ronilson Pereira e Joabe Brasil, a RE/MAX está localizada com amplas e modernas instalações à Rua Capitão Manoel Miranda, 906 - Centro.

A comemoração do aniversário da dermatolo-gista Vanessa Gurgel aconteceu no último dia 10, na companhia de amigos e familiares. Na foto, posa com Dra. Graça Melo e Brancildes Junior.

ANIVErSÁrIo dE GUILHErME toNHÁCom o tema Batman, o aniversário de quatro anos de Guilherme Tonhá foi comemorado com a presença de amigos e familiares no último dia 2, na Casa de Eventos Castelo.

A franquia de móveis planeja-dos Bentec foi inaugurada no

último dia 9, em Luís Eduardo Magalhães. O coquetel contou

com a presença do prefeito Humberto Santa Cruz e da pri-meira dama, Maira de Andrada

Santa Cruz, recepcionados pelos proprietários Luzia e

Silvano Xavier.

INAUGUrAçÃo bENtEc UAU MAIS

No final do mês de outubro, Ligiane Kuffel, Severo Ramos e Selma Barreto viajaram para Bento Gonçalves, na serra gaúcha, para visitar a fábrica e o show room da Todeschini com as novidades para 2014. Na foto, posam para fotografia em Gramado.

VIAGEM à SErrA GAúcHA

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fOTOS: 1. Thiago Tonhá cardoso, guilherme, Naura, e família figueiredo, Virgínia, Wilson, Nazilde, Denise e Dicíola; 2. Viviane Tonhá cardoso, guilherme, Tonhá, Naura fiqueiredo e José Luiz cardoso; 3. graça Melo, Vanessa gurgel e Brancildes Junior; 4. Ligiane Kuffel, severo ramos e selma Barreto; 5. Luzia e silvano Xavier, Maira e Humberto santa cruz.

1. Joabe Brasil (sócio-proprietário), ernani Braga Assis (ceO regional da reMAX Brasil) e ronilson Pereira (sócio-proprietário) 2. João Batista fernandes Junior, carlos costa e carlos costa filho (cal) 3. camila Viana, ronilson Pereira e Kelly rahna 4. colaboradores da nova franquia: João Batista fernandes Junior, Paulo cardoso, Joabe Brasil, Daybson Monteiro, Ana cristina costa e ronilson Pereira 5. Pastor Valter e Joabe 6. Luiz felipe, Marciel santos, Juscelino Macedo e Marcos Almeida 7. Joabe Brasil, silvano e Luzia Xavier e erica Miranda 8. Juarez Pinheiro, Joabe Brasil e erica Miranda 9. carlos costa filho e carlos costa (cal), Amanda sá Teles e Tchesco Pereira, 10. Valdinar Mesquita, Marcia Mesquita, Dalvan cunha, rogério Lustosa, Tiago figueiredo e ronilson Pereira.

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INFORME PUBLICITÁRIO

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Jornal do São Francisco12 Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013

ReGIÃO

municípios do Oeste recebem novos ônibus escolares

Raul BeiRiz

cOM iNfOrMAções DA AssessOriA

A Empresa de Planejamento e Logísti-ca (EPL) realizou entre os dias 7 a 14 de novembro, na BR 242, em frente

ao Posto da Polícia Rodoviária Federal, em Barreiras, a primeira etapa da Pesqui-sa de Origem e Destino sobre a movimen-tação de cargas e de pessoas em 200 pos-tos instalados em rodovias do País. Oito pesquisadores, com o reforço de policiais rodoviários, abordaram os motoristas de carros de passeio, caminhões e demais veículos nos dois sentidos da pista.

Segundo a EPL, a pesquisa em todo o País contou com mais de dois mil entre-vistadores e amplo apoio da Polícia Ro-doviária Federal e das Polícias Rodoviá-rias dos Estados de São Paulo, Goiás e do Paraná. O objetivo do levantamento, de acordo com a empresa de logística, é co-letar informações sobre a origem e desti-no das viagens feitas por usuários dos ve-ículos de carga e de passeio nas rodovias brasileiras. Com base nos dados colhidos, será elaborado um plano nacional de lo-gística integrada. Este plano será um es-tudo completo para identificar os garga-

iVana Dias cOM iNfOrMAções secOM BA

Prefeitos baianos receberam as cha-ves dos ônibus escolares que foram entregues no último dia 7, pelo go-

vernador Jaques Wagner e pelo secretário de Educação do Estado, Osvaldo Barreto, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), por meio do Programa Caminho da Esco-la. O programa é uma parceria do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa-ção (FNDE), Governo do Estado e do Ins-tituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), criado em 2007 com o objetivo de renovar a frota de veí-culos escolares.

É também objetivo do Instituto, garantir segurança e qualidade ao transporte dos

los de infraestrutura na movimentação de cargas e de passageiros e propor soluções para as demandas de transporte.

O Jornal do São Francisco esteve no local e observou o trabalho dos pesqui-sadores com o auxílio da PRF. Os pesqui-sadores que trabalham na PRF de Bar-reiras usaram questionários eletrônicos e contadores automáticos. A cada carro que passava, parado ou não, os pesquisa-dores acionavam os marcadores. Foram usados dois tipos de coletas de dados: as contagens volumétricas, que classificam os veículos e questionários voltados para identificação da origem e destino da via-gem, além das características desses des-locamentos.

Segundo os pesquisadores, por alto, cerca de 2 mil veículos passam pela ro-dovia, em cada sentido, durante o dia. “O tráfego é maior no sentido Luís Edu-ardo Magalhães. O trecho principal entre os pesquisados é de Barreiras para Luís Eduardo Magalhães”, disse um pesqui-sador que não quis se identificar. O mes-mo pesquisador informou que poucos motoristas se recusaram a responder à pesquisa; com a maioria informando ori-gem, destino, motivo da locomoção e até

estudantes e contribuir para a redução da evasão escolar, ampliando, por meio do transporte diário, o acesso e a permanên-cia na escola dos estudantes matricula-dos na educação básica da zona rural das

a renda familiar. A primeira etapa da pes-quisa terá duração de aproximadamente um mês, segundo a EPL. Após a análise dos primeiros dados, o levantamento será retomado em março de 2014 e a ter-ceira e última etapa ocorrerá em agosto de 2014.

AEROPORTOS E EMbARCADORESA EPL também deu início ao processo de contratação de duas empresas que farão uma pesquisa de origem e destino em 65 aeroportos do País e uma pesquisa com embarcadores, o agente que contrata ou solicita um serviço de transporte de car-gas. Programado para ter início no pri-meiro trimestre de 2014, o levantamento de origem e destino servirá para identi-

ficar a movimentação de passageiros em viagens nacionais e internacionais.

Já a pesquisa com embarcadores, tam-bém prevista para o início do ano, será mais qualitativa e fará uma análise do per-fil do contratante do serviço de transpor-te de cargas e suas características. Serão levantados ainda o perfil socioeconômico do embarcador, o processo de escolha do serviço, o peso, o volume e o valor das cargas movimentadas, além dos critérios para utilização de outros modos de trans-porte. Para complementar o levantamen-to de informações, a EPL irá coletar dados secundários em órgãos governamentais e do setor privado para a montagem de um banco de conhecimento sobre logística e mobilidade no Brasil. ■

redes estaduais e municipais. Na região Oeste, os municípios de Buritirama, Ca-tolândia e Luís Eduardo Magalhães foram beneficiados com os transportes destina-dos exclusivamente para uso dos alunos

da zona rural. De acordo com o secretário de Educa-

ção do Estado, Osvaldo Barreto, o veículo possui especificações para transporte de estudantes e são adequados às condições de trafegabilidade das vias da zona rural brasileira. O veículo tem capacidade para 55 pessoas sentadas, plataforma elevató-ria, além de controles de acesso rápido que facilitam a entrada e saída do aluno cadeirante - que tem um espaço reserva-do no interior do veículo.

“Esse investimento é fundamental para nossos estudantes da zona rural. No ano que vem quero conseguir mais 250 veícu-los. Com isso, proporcionaremos ainda mais condições aos prefeitos e garantin-do segurança e qualidade no transporte escolar para que nossos jovens estejam em sala de aula”, ressaltou o governador, Jaques Wagner. Para o prefeito de Buriti-rama, Arival Viana, é dever do gestor fi-car atento aos recursos oferecidos pelos governos Federal e Estadual. “Beneficiar os alunos é sinônimo de compromisso e responsabilidade com o município”, disse o prefeito. ■

Os transportes são destinados para estudantes da zona rural

Pesquisa para melhorar logística do transporte

Secretário de Educação do Estado, osvaldo barreto, Prefeito de catolândia, Ataíde Pimental e o Governador Jaques Wagner

FOTO: SECOM/BA

RAUL BEIRIZ

Jornal do São Francisco

Com base nos dados colhidos, será elaborado um plano nacional de logística integrada

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Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013 13Jornal do São Francisco

esPeCIAL

Raul BeiRiz

Defensor do sistema portuário da Bahia, o senador Walter Pinheiro, do Partido dos Trabalhadores, disse, em

entrevista ao Jornal do São Francisco, que está lutando pelo chamado Pacto Fede-rativo, pelo qual se quer uma nova forma de distribuição do Fundo de Participação dos Estados para os municípios. Pinhei-ro também quer acabar com a chamada guerra fiscal, na qual alguns estados e municípios dão enormes vantagens para captar empresas. No seu entendimento, este pacto tem que ser votado urgente-mente pelo Congresso. Walter Pinheiro lembra que foi um dos criadores do Pro-jeto de Lei 383, que concede descontos especiais nas tarifas de energia elétrica que for utilizada para irriga-ção e aquicultura. Pinheiro também é um dos que luta pela liberação do benzoato de emamectina, preso até o fechamento desta edição nos entraves burocráticos. O senador discorda da máxima que o governo Estadual não atua como deveria no Oeste da Bahia. A seu ver, tal crítica faz parte do passado. Ele cita como exemplos a contribui-ção de fazer chegar a Uni-versidade do Oeste na região e a luta por maior celeridade na implantação da Ferrovia de Integração Leste-Oeste. Pinheiro também critica as pífias mudanças feitas pelo Congresso nas questões elei-torais. No seu entendimento, a minirreforma proposta pelo Congresso Nacional é tímida e praticamente não acrescen-ta nada à legislação em vigor. “Ficaram mais preocupados com o tamanho do adesivo do que com os problemas po-líticos”, declarou ao Jornal do São Francisco. Acompanhe a entrevista.

Jornal do são Francisco: O estado da Bahia enfrentou alguns pro-blemas em função da seca e de questões sociais agravadas pela estiagem. Qual a sua visão acerca destas questões?

senador Walter Pinheiro: O enfrenta-mento dos efeitos da longa estiagem que ainda se abate por grande parte do Nor-deste e no semiárido baiano, onde estão localizados 350 municípios que abrigam uma população de 1,7 milhão de habi-tantes, recebeu desta vez um tratamento muito diferente ao qual a população es-tava acostumada a receber. No lugar das antigas frentes de trabalho, que alimen-tavam uma indústria de triste memória, os governos federal e estadual agiram em duas frentes: emergencial e perenizadora. Na emergencial tivemos a distribuição de água pelo maior programa de carros pipa da história, de cestas básicas, do Programa Fome Zero, que evitou os saques que sem-pre marcavam o cenário da seca, além da oferta de milho a preços subsidiados para

condições de pagar o que receberam. Es-tamos estabelecendo novas regras para o comércio eletrônico, de tal forma que o imposto seja pago no município onde o produto será usado e consumido, e não como ocorre hoje no município de origem da mercadoria. Mas além de cuidarmos do estabelecimento dessas novas regras, como o FPE, que mantém a Bahia como principal estado beneficiado, temos dado celeridade na votação de empréstimos vultosos para o Estado, criação de novas universidades federais (Sul e Oeste), MP 613 com recursos para os municípios, Or-çamento Impositivo com mais recursos para a Saúde, emendas parlamentares com máquinas agrícolas para centenas de municípios, além da coordenação do seminário que resultou na aceleração das obras da Fiol. Criei o Projeto de Lei que al-tera a Lei de Responsabilidade Fiscal, para modificar a vedação prevista no artigo 42, na execução do orçamento do último exercício do mandato do prefeito muni-cipal. Este artigo veda ao titular de poder ou órgão, nos últimos dois quadrimestres

do mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser

cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha

parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficien-te disponibilidade de caixa para este efeito. Isso não pode ser desse jeito, está errado. Ora, elementos externos,

como a desoneração fis-cal promovida pelo go-

verno em estí-

alimentar o rebanho. Na perenizadora foram construídas adutoras do São Fran-cisco e Algodão, barragens, sistemas de abastecimento de água, poços e aguadas e a distribuição de dezenas de máquinas agrícolas para os municípios baianos para a construção de estradas vicinais, com recursos oriundos de emendas parlamen-tares. No campo administrativo, atuamos de forma firme junto aos ministérios en-volvidos com o atendimento às calami-dades, pressionando para a liberação dos recursos para amenizar o problema. No campo legislativo, foram editados diver-sos diplomas, com a MP da Seca, cuja rela-toria esteve sob minha responsabilidade, o que nos permitiu alocar mais recursos e refinanciar e perdoar débitos contraídos por agricultores junto à rede bancária ofi-

cial e adiar o pagamento das prefeituras e empresas loca-lizadas nas áreas atingidas, como os compromissos com o INSS. A relatoria me permi-tiu autorizar aos agricultores com saldo devedor atual de até R$ 200 mil, a pedir a ne-gociação da dívida junto aos bancos, em parcelas que po-derão ser pagas ao longo de 10 anos, com suspensão das execuções das dívidas. Com essa repactuação, ajudamos a resolver a situação peno-sa em que se encontravam cerca de 150 mil produtores que estavam perdendo seus bens na cobrança de seus débitos, e de outros 350 mil agricultores que possuem dívidas de até R$ 35 mil. (...) Durante o recesso parlamen-tar tive de fazer diversas via-gens à Brasília para mostrar que a situação não pode ser tratada com distanciamento, sem envolvimento. (...) Outra conquista importante que coloquei na MP da Seca está em reunir todas as fontes de financiamento em uma úni-ca negociação - o que vem facilitando a liberação dos

cadastros dos mutuários que têm mais de uma dívida. No relatório, criamos condições para o Governo Federal instituir linhas de crédito especiais para municípios que, em 2012, decretaram situação de emer-gência ou estado de calami-dade pública. Não podemos esquecer do primeiro Plano Safra para o Semiárido na história do País. Para a Bahia, estão sendo destinados R$ 5,5 bilhões do total de recursos do Plano Safra 2013/14. Deste montan-te, vamos destinar para a agricultura familiar R$ 1,2 bilhão. O restante será destinado a produtos como o café, leite ou na cultura do sisal, na agro-pecuária e na produção de frutas na região do

Vale do São Francisco, com irrigação.

JsF: O senhor está trabalhando em al-gum Projeto de Lei que venha a melho-rar o estado?

WP: O que de mais urgente podemos fa-zer para ajudar não somente a Bahia, mas a maioria dos Estados brasileiros, particu-larmente os do Nordeste, é concluirmos o Novo Pacto Federativo. Com este pacto vamos definir fontes de recursos para o fi-nanciamento dos entes federados, como a nova forma de distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e, por extensão, dos municípios. Essa nova par-tilha vai exigir a criação de um fundo para compensar os Estados que tiverem seus repasses reduzidos, como também esta-mos reformulando toda a sistemática do ICMS, com o estabelecimento de novas alíquotas de acordo como o desenvolvi-mento dos Estados; vamos também criar um fundo para compensar aqueles que tiverem perda de arrecadação em função da mudança das alíquotas. Esperamos acabar com a guerra fiscal a que foram levados os Estados a uma luta suicida por investimentos. Este capítulo precisa ser completado com a con-validação dos incenti-vos fiscais que foram concedidos pelos Es-tados sem a anuência do Confaz. Se isso não for aprovado no Con-gresso, corremos o ris-co de uma grande que-bradeira das empresas que receberam esses in-centivos e não teriam

Em defesa do Pacto federativosenador Walter Pinheiro defende nova forma de distribuição de recursos e classifica “tímida” a minirreforma eleitoral

A reforma ficou devendo muito. entrou em pormenores, tamanho de adesivo e deixou de colocar o dedo na ferida e democratizar o processo eleitoral”WALTER PINhEIROseNADOr DA BAHiA PeLO PArTiDO DOs TrABALHADOres

Jornal do São Francisco

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Jornal do São Francisco14 Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013 Jornal do São Francisco

mulo ao consumo, provocaram queda na arrecadação dos impostos que compõem o Fundo de Participação dos Municípios, diminuindo o repasse das verbas. Como se poderia culpar alguém por essas cir-cunstâncias? No meio da execução do or-çamento, a receita cai. E cai sobre a cabe-ça do prefeito o artigo 42, classificando-o como alguém que praticou improbidade administrativa, sujeito a sanções. Por isso criei este projeto que vai dar um alívio às prefeituras, principalmente da Bahia, uma vez que a maioria delas depende dos recursos do FPM para gerir os municípios. Também com foco nas atividades produ-tivas rurais, criei no Senado o Projeto de Lei 383, para conceder descontos espe-ciais nas tarifas de energia elétrica que for utilizada para irrigação e aquicultura. Além disso, tenho lutado muito para fazer a banda larga chegar à zona rural, enten-dendo que este recurso é um insumo bá-sico para a atração de novos empreendi-mentos para o interior.

JsF: Na região Oeste da Bahia, sempre foi dito que o governo estadual não atua como deveria operar. existe alguma contribuição do senador para ajudar os moradores a resolver os problemas da região?

WP: Essa crítica faz parte do passado e não se sustenta diante da atenção dispen-sada à região Oeste pelo governador Ja-ques Wagner e pelo governo federal, uma das mais importantes da Bahia. Por isso, a contribuição de fazer chegar a Universi-dade do Oeste, a luta por maior celerida-de na implantação da FIOL, novo marco regulatório da mineração, mais recursos para os municípios, com o novo pacto federativo. Estamos em um esforço cons-tante de fazer chegar novas indústrias e empreendimentos para esta região. A chegada de uma universidade federal vai contribuir de forma extremamente posi-tiva para o crescimento da economia lo-cal, para criar novas vocações na região, inclusive lutamos muito no Senado e garantimos a inclusão de um campus da universidade em Santa Maria da Vitória e a celeridade na aprovação do projeto que criou a Ufoba. Em relação à agricultura, o Plano Safra vai destinar 5,5 bilhões de re-ais somente para a Bahia - o maior inves-timento de todos os tempos. Para oferecer uma ideia da importância do Oeste para nossa agricultura, temos no município de São Desidério a maior economia agrícola entre os municípios brasileiros em 2012,

ao movimentar R$ 2,3 bilhões, com des-taque para a colheita do algodão. Estamos ampliando os investimentos em aquicul-tura e criando um novo polo têxtil, com a atração de indústrias portuguesas. Enfim, muito ainda precisa ser feito, mas estamos dando celeridade na implantação da Fiol e do Porto Sul, que tiveram problemas no cronograma. Com certeza o Oeste da Bahia vai vivenciar um novo ciclo de de-senvolvimento muito grande.

JsF: Os produtores da região Oeste en-frentam problemas, entre os quais a lagarta helicoverpa, cuja liberação do defensivo não sai. Já há sinais de perdas econômicas por causa da lagarta inclu-sive para a safra 2013/14. O senhor está atento a isso?

WP: Estamos acompa-nhando com muita atenção a evolução deste problema. Particularmente, em relação à lagarta, trabalhamos jun-to à Anvisa para maior rapi-dez na concessão do registro emergencial do benzoato de emamectina. Porém, precisa-mos estabelecer uma parceria com os produtores no que diz respeito ao monitoramento da lavoura. Os pesquisado-res da Embrapa elaboraram o Programa Fitossanitário da Bahia, que vai investir 6,3 mi-lhões de reais em ações como capacitação de produtores, contratação de técnicos e fis-calização para ações como o vazio sanitário, controle biológico e uso de defensivos. (...) Trabalhamos para a criação do Parque Tecnológico tendo como setor prioritário a biotecnologia. A Bahia só po-derá melhorar sua produtividade no cam-po com o desenvolvimento da Inovação e da Tecnologia. O parque, hoje, completou um ano de funcionamento e estamos bus-cando maior dinâmica com as universida-des.

JsF: Impulsionar a economia do Oeste em outros setores é outro desafio. É ne-cessário que empresas se instalem na região. A chamada equalização do ICMs, que impede incentivos fiscais para a ins-talação de companhias não pode atrapa-lhar a instalação de empresas na região Oeste e no estado?

WP: Por suas condições de um Estado que precisa sempre e sempre atrair novos

investimentos para o seu desenvolvimen-to, a Bahia não pode prescindir de incen-tivos fiscais. Estamos trabalhando no Se-nado para construção de um novo Pacto Federativo que possa incentivar a implan-tação de indústrias no Nordeste, sem levar os Estados à guerra fiscal. Estou lutando para resolver essa questão de forma deci-siva. Na semana passada estivemos com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para tentar equalizar a questão. Talvez a solu-ção passe pela criação de fundos de com-pensação e de desenvolvimento regional, destinados a compensar as esperadas perdas de receitas dos estados e a garantir compensações às unidades da federação que estabeleceram incentivos à atração de investimentos. Não há como consagrar uma resolução que trate do ICMS sem os

fundos de compensação dos Estados e de desenvolvimen-to regional. (...) Desenvolver o setor industrial é de extrema importância para economia do Estado e do Oeste, e vamos prescindir disso. A Bahia tem atraído muitas indústrias, a exemplo da energia eólica, o polo acrílico, mas queremos mais, como por exemplo, a indústria têxtil, como disse anteriormente, e um polo fer-ramental cirúrgico.JsF: O anúncio do fim do voto secreto na Câmara é um passo importante para a de-mocracia? Qual a sua visão sobre este tema?

WP: Com a aprovação pela Comissão de Constituição, Justiça e Cida-dania da PEC do voto aberto, o plenário do Senado ganhou uma oportunidade histórica de banir definitivamente das ca-sas legislativas brasileiras um instituto sob cujo manto parlamentares se escondiam, se omitiam e até mesmo se vingavam. (...) O voto secreto já não se justifica na demo-cracia brasileira. Travei no Senado uma verdadeira batalha regimental para che-gar à aprovação desta proposta na CCJ.

JsF: O que mais precisa ser feito, a seu ver, para que se complete a reforma elei-toral clamada pelo povo nas ruas?

WP: Posso falar disso de uma forma até veemente porque lutei para uma reforma eleitoral mais contundente e tentei con-vencer os outros senadores da importân-cia deste tema. Vou ser taxativo! A minirre-forma proposta pelo Congresso Nacional

é tímida e praticamente não acrescenta nada à legislação em vigor. Não conseguiu acabar com o cabo eleitoral, um dos prin-cipais agentes de corrupção eleitoral; não definiu o financiamento de campanha de forma moderna, com doação de pessoa física com limite para afastar o poder eco-nômico das eleições. Outro ponto é em relação às coligações. Refiro-me às coliga-ções tanto na majoritária quanto na pro-porcional. Na majoritária é fundamental que a coligação obedeça a um programa. Qual é o problema de fixar? Romper o pro-grama é voto de desconfiança. Você tem como controlar na majoritária o cumpri-mento de um programa, mas, na propor-cional, não tem, é impossível. A reforma ficou devendo muito. Entrou em porme-nores, tamanho de adesivo e deixou de colocar o dedo na ferida e democratizar o processo eleitoral.

JsF: O movimento de ruas mudou o com-portamento dos políticos brasileiros? Quais foram as principais mudanças notadas pelo senador que vive o dia a dia político?

WP: As manifestações que tomaram as ruas exigiram dos parlamentares uma res-posta imediata com ações em resposta às reivindicações. No Senado, atuei de forma direta na elaboração de uma lista de pro-jetos que seguiram para votações prioritá-rias, inclusive, obtendo o reconhecimento do presidente do Senado que destacou em público o nosso empenho. Para o comba-te à corrupção, três projetos já aprovados no Senado são apontados como avanços para o País: o que transforma corrupção em crime hediondo; o que responsabili-za pessoas jurídicas por ato de corrupção de agente público e a PEC que exige ficha limpa para ingresso no serviço público. Aprovamos a Proposta de Emenda à Cons-tituição que facilita a tramitação de pro-postas de iniciativa popular, aprovamos a PEC que reduz o número de suplentes de senadores e impede a escolha de parentes para a vaga. Direcionamos os royalties do petróleo para as áreas de Saúde e Educa-ção, além do orçamento impositivo, que destina 50% do valor das emendas para a área de saúde. Agora estou lutando para aprovar o projeto, sob minha relatoria, que acaba com o foro privilegiado para autoridades e queremos dar um passo adiante na questão do passe livre para es-tudantes. As manifestações sociais são le-gítimas e precisam atender ao clamor que vem das ruas. ■

São FranciscoJORNAL DO

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esPeCIAL

Oeste da Bahia vai vivenciar um novo ciclo de desenvol-vimento muito grande"WALTER PINhEIRO

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Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013 15Jornal do São Francisco

JsF NO PLANALTO

JSF no PlanaltorAUL bEIrIZColunista Interino

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Raul BeiRiz

O Congresso passa duas impressões a quem o observa atentamente. A de que está acelerando, porque

vem o final do ano e precisa estar em ponto de bala para o Natal, Ano Novo e aquele breve recesso e, a de que está caindo a marcha, reduzindo a veloci-dade para não gerar despesas e evitar polêmicas em um período tão festivo. Pois é. Isso lembra um clássico comer-cial da Folha de São Paulo, dos anos 70, com uma frase arrancada da essência do que pregava Joseph Goebbels, mi-nistro da propaganda de Adolf Hitler. O ministro dos nazistas dizia que "uma mentira repetida um milhão de vezes se torna verdade". A propaganda do jornal paulista afirmava que “é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade”.

Estas frases incorporam a política no final do ano. É praxe, em Brasília, usar e abusar dos gerúndios, para dizer que se está analisando, estudando ou aguar-dando para se votar algo que bastava boa vontade para se votar. Os gerún-dios são tão repetidos que acabam ver-dadeiros. A primeira pessoa do plural, nós, é usada indiscriminadamente para dar a impressão de que tudo é coletivo, de que há um esforço de entendimen-to. Nada como desviar o foco. Tirar o olhar da mídia de fatos que podem mu-dar o País.

Percebe-se que, aos poucos, tudo volta para a estaca zero. As passeatas pararam, o Congresso engata a quar-ta, terceira marcha e tudo como antes no reino de Abrantes. No comercial da Folha, a imagem que ilustra a frase é de Adolf Hitler. Coincidência ou não, co-meçou o final do ano - período em que “é possível contar um monte de men-tiras dizendo só a verdade” e repetir tal frase até que se torne a verdade, como a frase do ministro nazista.

A PRESIDêNCIA DA REPúbLICA INFORMA...Se valer a máxima de que em time que está ganhando não se mexe, o Brasil está perdendo o jogo. Haverá mudan-ças na turma de frente da Dilma Rous-seff. A presidente alega que as mudan-ças na sua equipe de primeiro escalão ocorrerão na medida em que ministros decidam deixar o governo para concor-rer às eleições de 2014. A declaração da presidente, feita durante entrevista

na visita oficial ao Peru, não foi bem ventilada pelas paisagens brasilienses. Dizem que há ministros prestigiados, como se diz no futebol quando um téc-nico está para cair. Ou seja: para Brasí-lia, haverá alguns “remanejamentos”, digamos assim.

A presidente chegou a se ver pres-sionada pelos repórteres. Indagada se na virada do ano haveria a chance de alguns ministros saírem, a presidente respondeu que isto é “muito possível”. “Eu vou fazer substituições”, disse Dil-ma encerrando a entrevista. Soa como mais um caso da frase “é possível con-tar um monte de mentiras dizendo só a verdade”.

O PRÓxIMO TIRIRICAA bancada evangélica, com muito or-gulho, tem seu favorito para as próxi-mas eleições. Trata-se do pastor Marco Feliciano (PSC-SP), cujo nome cresceu em popularidade diante das polêmicas que ele causou. O PSC aposta que Mar-cos Feliciano irá trazer um grande nú-mero de votos para o partido e ajudar a eleger um número maior de candidatos da legenda. Pois é! Muita gente foi às ruas pedir que fosse feita uma reforma eleitoral para que este fenômeno fosse evitado. Tem gente com mais voto que não entra; tem gente com pouco voto que prevalece. Política é assim! Quem é aprende; quem não é se aperfeiçoa.

ESFORçO COLETIVODa série “Vamos falar sempre nós”... A Câmara fará um esforço de votação en-tre os dias 2 e 6 de dezembro para ana-lisar projetos que estão prontos para a pauta do Plenário. A intenção é votar 49 Propostas de Emenda Constitucional, Projetos de Lei Complementar e Proje-tos de Lei. A proposta foi apresentada pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Lyra Alves, do PMDB do Rio Grande do Norte. Todo mundo apoiou o deputado, especialmente para des-trancar a pauta, rolhada pelo marco ci-vil da internet.

Interessante como há duas leituras para esta história. A primeira é de que, sim, os parlamentares estão cheios de disposição; a segunda é a de que não, ninguém quer nada com nada e que o esforço é mais uma daquelas menti-ras ditas para falar a verdade. Cerca de 99,99% dos leitores do JSF no Planalto sabem que quando atrasam alguma de suas tarefas, são obrigados a trabalhar mais para compensar as horas de atra-so. Na Câmara, o verbo trabalhar é o mesmo que esforçar!

COMARCAS TERãO PRESÍDIOSE acaba-se o drama de Barreiras, já que a cidade do Oeste baiano é uma comar-ca. Mas até, tem chão. A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Cri-

me Organizado aprovou proposta que obriga a existência de pelo menos um estabelecimento penal por comarca. Entenda-se por comarca a circuns-crição judiciária que limita a área de competência de determinado juiz de primeira instância, o que pode englo-bar vários municípios. O texto aprova-do é o substitutivo do relator, deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP), para os Projetos de Lei 1607/11, da deputada Sandra Rosado (PSB-RN), e 1802/11, do deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF).

O texto aprovado especifica que o es-tabelecimento penal a ser criado será preferencialmente uma cadeia pública e que nos municípios com mais de 50 mil habitantes deverá existir pelo me-nos uma penitenciária ou colônia agrí-cola, industrial ou similar. O substituti-vo também abre prazo de 90 dias, após a publicação oficial, para que a lei entre em vigor. O texto original determinava a vigência imediata após a publicação. Tem deputado que atua na região oes-tina que vai chorar se esta lei entrar em vigor antes do projeto do presídio em Barreiras começar a valer. Até agora, pelo que parece, foi só uma história contada várias vezes...

A piadinha ganha força nas redes sociais e em Brasília. A de que Eike Batista, por gostar de batizar toda empresa com a letra “X”, estaria montando uma rede de lanchonetes para não quebrar. Em vez de petroleiras, estaleiros, empresas de grande porte, uma rede de sanduíches seria o ideal. O empresário teria chance de manter a tradição ao batizar os sanduíches de X-Egg, X-Bacon, X-Tudo... Pano rápido, como se diz no teatro.

“É possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade”

X-Eike

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Jornal do São Francisco16 Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013

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Jornal do São Francisco18 Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013

JSF RURAL

A ordem é exterminar com o inseto que consumiu, reforçado pela pequena estiagem, mais de r$ 2 bilhões das plantações

Raul BeiRiz

A guerra contra a lagarta helicover-pa armígera e outras pragas, agora, mudou de tom. O Programa Fitossa-

nitário da Bahia foi referendado na sede da Associação dos Agricultores e Irrigan-tes da Bahia (Aiba) no final de outubro e agora passou a ser a bandeira de todo agricultor da região Oeste da Bahia. A or-dem é exterminar com o inseto que con-sumiu, reforçado pela pequena estiagem, mais de R$ 2 bilhões das plantações.

As ações em campo já têm data para começar: 18 de novembro. A iniciativa terá coordenação do Grupo Operacional de Emergência Fitossanitária, que é formado pelas institui-ções: Aiba, Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Associação dos Engenheiros Agrônomos de Barreiras (Aeab), Fundação Bahia, produtores rurais, en-tomologistas, Secretaria da Agricultura da Bahia (Seagri) e pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária (Embrapa).

O otimismo com o Progra-ma está estampado nas pala-vras e nas atitudes dos parti-cipantes. “Vamos nos reunir com os produtores de cada comunidade para falar so-bre a situação da helicoverpa no Estado, apresentar todo o Programa Fitossanitário e explicar como é importante colocá-lo em prática e seguir em frente”, disse um dos lí-deres do grupo, o presidente da Aiba, Júlio César Busato. O Programa Fitossanitário da Bahia deve ser revisto no pri-meiro semestre de 2014.

“Nesta primeira fase, vamos fazer reuniões nas associa-ções, em cada núcleo, com o objetivo de explicar ao produ-tor o teor do programa, como ele foi referendado pelos co-ordenadores e mostrar quais as ações serão obrigatórias e quais serão facultativas”, dis-se, ressaltando a importância de haver mobilização total dos produtores em torno do programa de combate às pragas, em especial a he-licoverpa armígera. Busato lembrou, na ocasião, que o ano de 2014, em alusão à

safra 2013/14, será um período decisivo para vencer a lagarta.

Todas as ações do Programa Fitossa-nitário terão a coordenação da Aiba e da Abapa, utilizando-se da estrutura do Programa de Monitoramento e Controle do Bicudo, responsável pela fiscalização de mais de 500 mil hectares e 69 algodo-eiras na região Oeste da Bahia. As infor-mações da Aiba também dão conta que o Programa Fitossanitário será coordena-do por um agrônomo e contará com oito técnicos para realização do trabalho de campo. As duas instituições admitem, no

entanto, a possibilidade de se contratar mais profissionais.

ExPECTATIVA POSITIVAO diretor da Abapa, Celito Missio, entende que o Progra-ma Fitossanitário tem tudo para dar certo por ter surgi-do dos próprios produtores e contar com o apoio de agrô-nomos, consultores, Assomi-ba, Aciagri e, agora, a Abacafé, que se juntou ao grupo. “To-dos nós temos que ser fiscais e propagadores desta mensa-gem”, insiste Missio, garantin-do ainda que todos os produ-tores de algodão – que detêm mais de 900 mil hectares de toda a área plantada do Esta-do da Bahia – devem integrar todas as etapas do programa.

“É preciso participar de todo o processo para aca-bar com a helicoverpa. Será necessário investir recursos para eliminarmos a lagar-ta”, disse o diretor da Abapa que defendeu ainda o uso de agentes biológicos para com-bater o inseto. “Aplicar inseti-cida é mais fácil, no entanto, os agentes biológicos têm se mostrado eficientes no com-bate à helicoverpa. Há vários à disposição dos produtores”, disse Missio, lembrando que além de fiscalizar a produ-ção, os produtores terão que monitorar todo o processo de plantio, como abrir as plantas e as flores para verificar se há larvas ou ovos. No próximo mês, na Fundação Bahia, o Grupo Operacional de Emer-gência Fitossanitária coor-

denará a Caravana da Helicoverpa, que terá a organização da Embrapa. Serão abordados os itens do Manejo Integrado de Pragas (MIP), dentro do Programa Na-

cional de Manejo da Helicoverpa e Mosca Branca, elaborado por pesquisadores e consultores e coordenado pela Embrapa.

RECURSOS DO PROGRAMAO Programa Fitossanitário da Bahia foi validado com uma estrutura específica para cada fase ou setor e tem custo estimado em R$ 6,3 milhões, recur-sos que terão origem dos próprios produtores rurais, empresas privadas e do Go-verno do Estado. O grupo de Calendário de Plantio e Va-zio Sanitário definiu prazo para a duração e a posição do vazio sanitário; datas de plantio e colheita das cultu-ras; porcentagem de refúgio para as culturas de milho e algodão e as estratégias de uso do refúgio estruturado. Em relação ao vazio sanitá-rio foi destacado que o ob-jetivo é evitar a ponte ver-de para pragas infestantes. Este vazio sanitário deve ser revisto anualmente, sempre respeitando a legislação vigente. O grupo será coor-denado pelo agrônomo Luís Kasuya. O

grupo também definiu que o refúgio para proteção de biotecnologias (OGMS) será mandatório, com 20% de plantas não Bt para as culturas de milho; 20% nas de al-godão e 50% nas de soja.

O segundo grupo cuidou da chama-da Calendarização do uso de Inseticidas, que ficará responsável pela tarefa de sistematizar as recomenda-ções para as culturas do al-godão, soja e milho. À frente do grupo estará o agrônomo Pedro Brugnera. O grupo de Agentes de Controle Bioló-gico, por sua vez, trabalhou em parceria com universi-dades e institutos de pes-quisa. O grupo fez testes com parasitóides, bactérias, fungos e vírus para com-bater a lagarta helicoverpa armígera. Liderado pelo agrônomo Marcos Tamai, o grupo também estabeleceu o uso intensivo de produtos biológicos e inimigos natu-rais para o controle de pra-

gas e uso de armadilhas e iscas tóxicas, além de outros métodos para o controle físico de mariposas.

Batalha contra lagarta ganha força

O Grupo Ope-racional de Emergência Fitossanitária é formado pelas instituições: Aiba, Abapa, Adab, Aeab, Fundação bahia, produtores rurais, entomo-logistas, Seagri e pesquisadores da Embrapa

Nesta primeira fase, vamos fa-zer reuniões nas associações, em cada núcleo, com o objetivo de explicar ao produtor o teor do programa, como ele foi re-ferendado pelos coordenadores e mostrar quais as ações serão obrigatórias e quais serão facultativas”JÚLIO BUSATOPresiDeNTe DA AiBA

Período da Safra 2013/14 será decisivo para vencer a lagarta

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Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013 19Jornal do São Francisco

JSFRURAL

Ao grupo de Áreas Irrigadas coube esta-belecer a eliminação mecânica de pupas; o uso intensivo de produtos biológicos e inimigos naturais para o controle de pra-gas e uso de armadilhas e iscas tóxicas, além de outros métodos para o controle físico de mariposas. O grupo destacou a importância da rotação de culturas; de-finição de janelas de plantio; adoção de áreas de refúgio e destruição de restos culturais, plantas voluntárias e outros hospedeiros. Este grupo será coordena-do pelo agrônomo Orestes Mandelli. Já o grupo de Controle de Pupas (sequeiro e irrigado), que atuou sob a orientação do entomologista australiano David Murray, estabeleceu as ações e os métodos de amostragem de pupas no solo e o levan-tamento de espécies inimigas naturais de pupas.

GRUPO DE CALENDáRIO DEPLANTIO E VAzIO SANITáRIOO engenheiro agrônomo da Kasuya Consultoria Agronômica, Luís Henri-que Kasuya, é um dos que participou da elaboração do programa e coordena o grupo de Calendário de Plantio e Vazio Sanitário. Em seu trabalho, o agrônomo faz propostas de ações de manejo da he-licoverpa armígera. “O Oeste da Bahia é

hospedeira (vazio sanitário) para Helicoverpa spp”, afirma Kasuya em documento sobre o programa emitido pela Aiba. O profissional justifica ainda a importância do vazio sanitário. “Quando deixamos de ofertar comida para esta praga, ocorre uma diminuição do metabolis-mo das mais fortes causando um enfraquecimento da mes-ma e morte das restantes”, ex-plica.

O engenheiro agrônomo também descreve, no docu-mento, os efeitos provocados por outra praga, a mosca bran-ca, especialmente nas culturas de soja, feijão, algodão e milho. Ele relata que o calendário de plantio e o vazio sanitário são ferramentas que complemen-tam as outras medidas para a convivência com as demais pragas. Kasuya lembra que “a entrada da helicoverpa veio para mudar e melhorar o siste-ma, desde que tenhamos estra-tégias inteligentes”.

UM PROGRAMA SÓ PARA TODAS AS PRAGASO diretor de Defesa Sanitária Vegetal da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Armando Sá Nascimento Filho, vê a homologação do Programa Fitossanitário com otimismo. “A partir do momento em que foi criado o Programa Fitossanitário, deixa de existir um programa para cada praga e passa a

uma região consolidada no cenário na-cional e internacional, caracterizada por altas produtividades nas culturas de soja, milho, algodão e feijão irrigado entre ou-tras”, evidencia acerca da importância da região.

De acordo com ele, a identificação do primeiro foco da lagarta do gênero heli-coverpa armígera aconteceu justamen-te na safra 2011/12. Segundo dados da Kleffman Pesquisas, na safra 2012/13, o Brasil fez uma média de 1,8 aplicações para o gênero Heliothis da Helicoverpa, enquanto na Bahia foram feitas 7,1 apli-cações. O engenheiro agrônomo lembra, ainda, que a helicoverpa na fase de lagar-ta passa por seis estágios larvais, varian-do de 21 a 26 dias. No ano, há entre cin-co a seis gerações, segundo a literatura. Na região Oeste, de acordo com Kasuya, pode aumentar o número de gerações devido às condições climáticas favorá-veis e em razão das culturas irrigadas for-necerem alimentação para as lagartas o ano inteiro.

“O intuito da criação do calendário do plantio visa justamente adequar e alinhar com os produtores para que possamos diminuir o intervalo de plantio para cada cultura e, principalmente, deixar uma determinada época do ano sem cultura

Batalha contra lagarta ganha forçaCULTURA SISTEmA

PROPOSTAS 2014/2015VAZIO SANITÁRIO

PERÍODO DE PLANTIOPeríodo Duração (dias)

*Regulamentado: Portaria da ADAB

Detalhamento da proposta de Vazio Sanitário e Períodos de Plantio

Algodão* irrigado 01/set - 09/nov 70 10/nov - 10/fev sequeiro 01/set - 09/nov 70 10/nov - 05/janFeijão carioca irrigado 01/set - 15/out 45 16/out - 30/mai sequeiro 01/set - 15/out 45 16/out - 28/fevFeijão gurutuba sequeiro / irrigado 01/set - 15/out 45 16/out - 30/maiMilheto sequeiro / irrigado 01/set - 15/out 45 16/out - 01/mai irrigado 01/set - 15/out 45 16/out - 10/marMilho semente 01/set - 15/out 45 16/out - 30/abr sequeiro 01/set - 15/out 45 16/out - 15/dezSoja* irrigado 01/jul - 15/out 101 10/out - 01/mar sequeiro 01/jul - 15/out 101 10/out - 25/dezSorgo sequeiro / irrigado 01/set - 15/out 45 16/out - 01/mai

haver um só, que vai cuidar da helicover-pa e do bicudo no Oeste da Bahia”, disse, lembrando que o programa foi aprovado com a dotação orçamentária e a alocação de recursos por parte do Governo Estadu-al.

Filho explicou ainda que este programa segue os moldes de um programa ado-tado pela Abapa e que, a partir de agora, o produtor de algodão que plantar soja e milho, também será monitorado pelo Programa Fitossanitário da Bahia. Per-guntado se este programa não atendia a uma antiga reinvindicação dos produ-tores, que na edição passada da Bahia Farm Show deixaram claro que queriam uma ação mais centralizada, o diretor reconheceu a existência deste desejo, en-tretanto, lembrou que cada cultura tinha uma praga específica.

“O bicudo era só ao algodão, mas hoje nós temos uma praga agressiva, que é a lagarta, e que ataca várias culturas. Hoje

nós temos um programa amplo, pioneiro, com a par-ticipação de diversos pesqui-sadores e que veio atender a esta demanda e retificar o que era para ser mudado no antigo programa”, disse. O grande trunfo nesta batalha contra a helicoverpa é, no entender do diretor da Adab, o fato de ele ter nascido de um trabalho dos entomo-logistas, que têm uma visão diferente das pragas em vista daqueles que operam no dia a dia do campo. “Foram uni-das as visões científicas dos entomologistas com a práti-ca dos produtores”, explica.

O diretor explicou ainda que o calendário estabeleci-do foi feito de forma a não prejudicar qualquer produ-tor de soja, algodão e mi-lho. “Este programa vai se tornar referência a nível na-cional. Evidente que vamos atingir pelo menos 50% da área, mas pretendemos levar vantagem com o chamado efeito multiplicador“, disse o diretor ao tratar do tempo hábil para vencer a lagarta, levando-se em consideração a área de dois milhões de hectares. O chamado efeito multiplicador citado pelo di-retor refere-se à expectativa de que cada produtor aca-

be incentivando outro produtor a adotar também o programa, na chamada defesa compartilhada das plantações.

é um plano único para combater os problemas com as pragas já existentes e a lagarta. isso facilita a luta de todos nós contra tais problemas”RAImUNDO SAmPAIOsUPeriNTeNDeNTe De DeseNVOLViMeNTO AgrOPecUáriO DA secreTAriA De AgricULTUrA DO esTADO DA BAHiA (seAgri)

FOTOS: ARQUIVO/ABAPA

helicoverpa spp

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Jornal do São Francisco20 Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013 Jornal do São Francisco

“O programa não deve ser feito pela Abapa, Adab e Aiba, mas pelos sindicatos rurais, produtores, agricultores e profis-sionais da área técnica”, disse, destacan-do que não faltará mão de obra para esta grande batalha dos agricultores locais. O diretor da Adab informou ainda que se-rão distribuídos manuais sobre os pro-cedimentos do programa para cada pro-dutor. “Já ciente de cada norma e medida fitossanitária, o produtor vai começar a adotar cada medida, o que deve favorecer o desenvolvimento dos trabalhos”, expli-cou, alertando, no entanto, que a lagarta helicoverpa é a maior praga da agricultu-ra mundial e que a tarefa não será fácil. “A meu ver, a batalha contra a lagarta será um aprendizado para produtores e equi-pe técnica, representada aqui por profis-sionais da Embrapa. Será um desafio e uma vitória”, completou, elencando todos os técnicos brasileiros e internacionais, time que classificou como de alto gabari-to para enfrentar os problemas.

O superintendente de Desenvolvimen-to Agropecuário da Secretaria de Agri-cultura do Estado da Bahia (Seagri), Rai-mundo Sampaio, explicou que a primeira ação do Governo Estadual foi convencer todos os envolvidos nos problemas que assolaram a região Oeste, como a lagar-ta, de que seria necessário um programa amplo para resolver a questão. “Também foi feito um trabalho junto ao Governo Federal sobre o que era necessário para enfrentar a lagarta”, disse.

Em entrevista ao Jornal do São Fran-cisco, Raimundo Sampaio lembra que foi montado um comitê em quatro dias úteis, o que chamou de tempo re-corde, para liberação de todas as armas para enfrentar a he-licoverpa. “Infelizmente, após toda esta mobilização, o uso do benzoato de emamectina foi vetado por uma ação ci-vil pública pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual”, explicou. Raimundo Sampaio considera que houve, na ver-dade, transferência de res-ponsabilidade. “Foi feito tudo e houve uma difusão de res-ponsabilidade do problema da lagarta, como se tudo fosse um problema só do Oeste da Bahia. O tempo provou que não era bem assim”, disse, lembrando que nem mesmo a mobilização política foi ca-paz de quebrar, no início da guerra, a estrutura burocráti-ca para liberar o benzoato.

“Eu falo das instâncias dos governos Federal e Estadual. Na Federal, o Ministério da Agricultura, o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Saúde; na esfera estadual, a Adab, o Inema e a Saúde. Isso tudo dificultou uma res-posta imediata ao problema, gerando perdas da safra. Foi muito mais pela burocracia do que pela inoperância, já que tínhamos montado um comitê para gerir a crise em apenas quatro dias”, disse. Sampaio explicou que agora a situação é mais positiva para os agricultores. “É um plano único para combater os problemas com as pragas já existentes e a lagarta. Isso facilita a luta de todos nós contra tais problemas”, evi-dencia.

RETROSPECTO DO CRESCIMENTO DA REGIãOAté o final da década de 80, era possível cultivar soja com duas a quatro aplica-ções tão somente de inseticidas. Prati-

camente, não se usava fungi-cida. Diante destes números, o custo de produção de soja ficava torno dos US$ 350 por hectare, com a produtividade mantendo-se por volta de 35 sacas por hectare nas áreas ti-das como consolidadas. Neste período, os inseticidas usados nesta cultura, de qualidade bem inferior aos atuais, gera-vam um custo da ordem entre US$ 20 a US$ 30 por hectare.

As lavouras de soja, milho e algodão aumentaram nos anos 90, com a expansão das áreas irrigadas. A preocupa-ção principal dos agricultores locais era com os veranicos. Uma deficiência, porém, já incomodava quem plantava naquela época, e que persiste até hoje, a falta de infraestru-tura e de armazéns, sem falar da questão logística. Foi exa-tamente nos anos 90 que sur-giram os problemas fitossani-tários como o cancro da haste na soja, nematóides, spodóp-tera no milho, lagartas como anticársia e plúsias, mosca branca, além dos percevejos.

A média de produtividade da cultura de soja era de 40 sacas/hectare e de 125 sacas/hectare no milho. Os custos de produção da soja eram de US$ 550 por hectare e entre US$ 10 e US$ 12 por saca. As lavouras de algodão, as pri-meiras da região, tinham pro-dutividade de 50 a 60 arrobas por hectare, sendo necessá-rias de cinco a sete aplica-

ções de inseticidas variados, cujo custo final era de US$ 35, em média. No últi-mo ano do século XX (2000) e na última década, houve a expansão da cotonicul-tura. O avanço da plantação de algodão

aconteceu junto com o das primeiras lavouras transgênicas, como a soja RR (Resistente ao Roundup), milho e o algodão BT. Também ganharam força a ferrugem asiática e mofo branco na soja, o bicudo no algodoeiro, spodóp-teras em milho e outras culturas como algodão, feijão, sorgo e milheto.

Com a diversificação na ma-triz produtiva, a produtividade da soja passou para faixa superior a 50 sacas/hectare, enquanto que a do mi-lho subiu para a faixa entre 130 e 150 sacas/hectare. No algodão, o salto foi mais visível. Subiu para 275 arrobas/hectare, em média. Também houve variação nos custos da produção. Os da soja subiram para níveis acima de US$ 800/hectare, com valores médios entre US$ 15 e US$ 18 por saca. Nesta primeira década do século XXI, o de-sembolso com inseticidas usados na cultura de soja ficava entre US$ 40 a US$ 50/hectare, mantendo de seis a oito aplicações por hectare; no algo-dão, os custos ficavam entre US$ 150 a US$ 250/hectare, mantendo a média de aplicações de inseticida entre 10 a 12 aplicações.

Ficou marcada também, na região, a intensa estiagem entre janeiro e mar-ço ocorrida entre 2011/12. Este perío-do de falta de chuvas contribuiu para que a Helicoverpa armígera avanças-se nas culturas de algodão. Tal fato aumentou o custo dos produtores, que passaram a ter que aplicar entre 20 a 22 vezes inseticidas, dos quais oito eram tão somente para combater a praga. O problema agravou-se na sa-fra 2012/13 com uma nova estiagem. A lagarta expandiu sua atividade a outras culturas, bem como as demais pragas. Para tentar controlar os problemas, os agricultores investiram em mais defen-sivos. Os custos com inseticidas na soja atingiram US$ 150 por hectare, ante US$ 112 por hectare no milho. No algodão, o custo com defensivos somente para en-frentar a helicoverpa, pulou para US$ 450 por hectare. O número médio de aplicações de defensivos chegou a 25 no algodão ante 11 na soja.

Diante de tantas pragas ameaçando o

JSFRURAL

este programa vai se tornar referência a nível nacional. evidente que va-mos atingir pelo menos 50% da área, mas pretendemos levar vantagem com o chamado efeito multiplica-dor”ARmANDO SÁ NASCImENTO fILhODireTOr De DefesA sANiTáriA VegeTAL DA AgêNciA De DefesA AgrOPecUáriA DA BAHiA (ADAB)

INGREDIENTEATIVO SELETIVIDADE

GRUPO QUÍmICO (COm BASE Em

IRAC, 2007)

TAbELA DE SELETIVIDADE DE INSETICIDAS EM USO ATUAL

Abamectina Avermectina NAcefato organofosforado tAcetamiprido Neonicotinóide MAlfa-cipermetrina Piretróide tbacillusthuringiensis biológico Nbenfuracarbe carbamato Mbeta-ciflutrina Piretróide tbeta-cipermetrina Piretróide tbifentrina Piretróide tbuprofezina tiadiazinona Ncarbosulfano carbamato Mcipermetrina Piretróide tclorfenapir Pirrole Mclorfluazurom benzoiluréia Ncartape cartap tclorpirifós organofosforado tclotianidina Neonicotinóide Mdeltametrina Piretróide tdiafentiurom Feniltiouréia Mdiflubenzurom benzoiluréia Ndimetoato organofosforado tEndossulfam ciclodieno MEnxofre Inorgânico NEsfenvalerato Piretróide tEspinosade Espinosina NEspiromesifeno cetoenol NEtofenproxi Piretróide tEtoxazol difeniloxazolina MFenitrotiona organofosforado tFenpropatrina Piretróide tFenvalerato Piretróide tFipronil Fenilpirazol tFlonicamida Fagodeterrente NFlufenoxurom benzoiluréia NGama-cialotrina Piretróide tImidacloprido Neonicotinóide MIndoxacarbe oxadiazina MLambda-cialotrina Piretróide tLufenurom benzoiluréia NMalationa organofosforado tMetamidofós organofosforado tMetidationa organofosforado tMetomil carbamato tMetoxifenozida diacilhidrazina NMilbemectina Milbemicina NNovalurom benzoiluréia NParationa-Metílica organofosforado tPermetrina Piretróide tPiridafentiona organofosforado tPiriproxifem Éter Piridiloxipropílico NProfenofós organofosforado MPropargito Sulfito de Alquila Ntebufenozida diacilhidrazina Nteflubenzurom benzoiluréia Ntiacloprido Neonicotinóide Mtiametoxam Neonicotinóide Mtiodicarbe carbamato Mtriazofós organofosforado ttriclorfom organofosforado Mtriflumurom benzoiluréia NZeta-cipermetrina Piretróide t

setor produtivo e institucional das mais diferentes esferas, o grupo envolvido no assunto resolveu adotar medidas visando alternativas viáveis e sustentáveis. Basi-camente, as tradicionais formas de ma-nejo da helicoverpa não se mostraram eficientes. O Programa Fitossanitário, segundo documento da Aiba, foi adota-do para desenhar medidas emergenciais para as futuras safras. De acordo com dados da Aiba, na safra 2012/13 foram cultivados 1,255 milhões de hectares de Soja; 253,5 mil hectares de algodão; 248 mil hectares de milho; 5.276 hectares de feijão, totalizando 2,251 milhões de hec-tares. ■

FOTO: ARQUIVO/ABAPA

Técnicos sugerem monitorar as plantações para acabar com a lagarta

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Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013 21Jornal do São FranciscoJornal do São Francisco

JSFRURAL

ViRgília VieiRa

O anúncio da implantação de projetos de piscicultura na região Oeste foi feito durante o 1º Seminário Regio-

nal de Pesca e Aquicultura, realizado nos dias 8 e 9 de novembro, no auditório do Instituto Federal de Educa-ção, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), em Barreiras. O evento teve como objetivo a construção de meios para o desenvolvimento sustentá-vel da piscicultura no Oeste, sendo uma das ações oriun-das da parceria firmada entre a Secretaria Estadual da Agri-cultura (Seagri), através da Bahia Pesca, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parna-íba (Codevasf) e a União dos Municípios do Oeste da Bahia (Umob).

Para o prefeito de Barreiras, Antonio Henrique Moreira, o Seminário Regional foi o marco inicial para fortalecer a cadeira produtiva da pesca e garantir a qualidade produti-va do pescado na região. “Pre-cisamos incentivar a pesca. Estamos desenvolvendo um projeto que abrange a criação de frango, peixe, ba-cia leiteira e agricultura familiar e iden-tificamos esse potencial no município. O pequeno produtor do vale já sofre por ter sua área reduzida, porém, com esse

incentivo, acredito que dá para desenvol-ver a pesca na nossa região. Somos bem servidos de água e precisamos usar esse potencial da atividade”, salientou.

Durante o seminário foram assinados dois projetos, um de Dinami-zação da Produção Aquícola do Oeste e outro de Revita-lização da Unidade de Be-neficiamento de Barreiras, denominado de ‘Peixe Vivo’. No Projeto de Dinamização da Produção, as instituições vão implantar 15 unidades modulares em viveiros esca-vados, capacitar 300 famílias, viabilizar o acesso ao crédito e prestar assistência técnica aos piscicultores. “Queremos diversificar a produção na re-gião, introduzir proteína do peixe na dieta da alimentação escolar e da população local, contribuir com a soberania alimentar e nutricional do território e servir como polo irradiador para outros muni-cípios”, destacou o secretário estadual da Agricultura, en-genheiro agrônomo Eduardo Salles.

Ainda de acordo com o se-cretário, o Oeste reúne todas

as condições necessárias para o desen-volvimento da piscicultura, contando hoje com 140 hectares de lâmina d’ água. “Ocupa o segundo lugar na produção de pescado da Bahia, com 2.131 toneladas, das quais 1.231 toneladas são de peque-

nas associações. Está na primeira posi-ção no ranking de produção em viveiros escavados, alcançando produtividade de 3.200 kg/hectare/ano, o que representa 13% da produção baiana”, pontuou.

Já o projeto de Beneficia-mento de Barreiras tem o objetivo de agregar valor ao pescado produzido e gerar emprego e renda, contribuin-do com o desenvolvimento da região Oeste. Neste projeto, o produtor será preparado pe-los técnicos da Bahia Pesca e do Sebrae, através da capaci-tação ao manejo dos peixes, beneficiamento do pescado, associativismo, cooperativis-mo e empreendedorismo.

De acordo com o presidente da Bahia Pesca, Cássio Peixo-to, por ser uma atividade que produz alimento com alto va-lor agregado, de fácil aceita-ção – ainda inexplorada - nos mercados nacional e interna-cional –, a piscicultura surge como uma atividade pro-missora, possibilitando um avanço extraordinário para a região. “É importante salien-tar que as práticas sanitárias permeiam todos os fatores relativos à contaminação de alimentos marinhos, incluin-do o meio em que esses or-ganismos são capturados, a manipulação da matéria-prima fresca e o estado das instalações onde o pescado

é armazenado e processado”, afirmou o presidente.

O superintendente federal da pesca e aquicultura do Estado na Bahia, Marcos Rocha, ressaltou a importância desses projetos para a economia regional. “Essa região recebe um projeto inédito, que com certeza vai alavancar de forma defi-nitiva o grande potencial dessa atividade e, acima de tudo, verticalizar a produ-ção”, destacou.

O ‘Projeto Rota do Peixe’, que está em fase de criação pela Codevasf e Ministé-rio de Pesca e Aquicultura, também foi citado pelo superintende da Codevasf, Lourival Gusmão, que pediu agilida-de ao Ministério de Pesca. “Precisamos desse projeto implantado urgentemen-te. Queremos fazer da região um celeiro de peixes também. A Codevasf e Bahia Pesca estão juntas em vários programas de apoio aos piscicultores, agora preci-samos da assinatura e deliberação deste projeto pelo Ministério da Pesca”, disse.

bAHIA PESCA NO OESTEDurante a abertura do seminário, os pre-feitos dos municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães também assinaram os termos de inauguração das unidades da Bahia Pesca, que foram instaladas nos municípios para apoio e assistência téc-nica regional. Segundo Cássio Peixoto, o crescimento da atividade e as perspecti-vas de tornar a região a maior produtora de pescado motivaram o governo a ter esta iniciativa.

Para o prefeito Humberto Santa Cruz o objetivo é alavancar a geração de empre-go e renda entre as famílias assentadas. “A piscicultura é uma excelente oportu-

nidade para geração de ren-da e emprego. Atualmente, mais da metade da produção de pescado da região vem da agricultura familiar. Embora Luís Eduardo Magalhães não tenha vocação para a pesca, queremos desenvolver a ca-deia da piscicultura, incen-tivando a criação de peixes, desenvolvendo a economia local e estimulando a autono-mia financeira das famílias”, disse o prefeito.

A perspectiva é que a Seagri através da Bahia Pesca fomen-te projetos de Piscicultura e Aquicultura para os municí-pios do Oeste do Estado, dan-do assistência técnica às se-cretarias municipais, além de incentivar o associativismo e as pesquisas científicas e esti-mular o crédito e a comercia-lização das produções.

DESAFIOS AOS PISCICULTORES DO OESTEPara o gerente regional do Se-brae, Emerson Cardoso, ain-da existe um grande desafio a ser lançado aos pequenos

produtores, que é sair da piscicultura ar-tesanal e entrar na piscicultura profissio-

Piscicultura: a grande aposta da região O Oeste ocupa atualmente o segundo lugar na produção de pescado da Bahia, com 2.131

toneladas, das quais 1.231 toneladas são de pequenas associações

somos bem servidos de água e precisamos usar esse potencial da atividade”ANTONIO hENRIQUEPrefeiTO De BArreirAs

Precisamos desse projeto implantado urgentemente. Queremos fazer da região um celeiro de pei-xes também”LOURIVAL GUSmÃOsUPeriNTeNDeNTeDA cODeVAsf

FOTOS: REPRODUÇÃO E VIRGÍLIA VIEIRA

Região oeste tem possibilidade de vir a ser a maior produtora de pescado do País

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Jornal do São Francisco22 Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013

JSFRURAL

luciano DemetRius

O produtor rural Celso Batezini mostra-se otimista em relação à conservação dos grãos de milho e soja da próxima

safra a serem colhidos em sua proprie-dade, a Fazenda Capão do Erval, no Anel da Soja. O motivo é a solicitação feita por ele ao Banco do Brasil para o Programa para Construção e Ampliação de Arma-zéns (PCA), linha de crédito apresentada a cerca de 50 produtores rurais da região de Luís Eduardo Magalhães, no auditório da Agrosul, em Luís Eduardo Magalhães, em outubro último.

“Tão logo acabou a apresentação do programa, já fui conversar com os repre-sentantes do banco pra me inscrever”, disse Batezini que está na região Oeste há 25 anos e prevê produção de 80 mil sacas nas duas culturas para a safra 2013/14. A linha de crédito PCA (voltada para produ-tores rurais, pessoas físicas ou jurídicas e cooperativas rurais de produção) tem prazo de pagamento de até 15 anos (com três anos de carência), juros de 3,5% ao ano e o limite é de até 100% do valor do projeto (com teto ilimitado).

Os recursos são do Manual de Crédito Rural (MCR) do Banco do Brasil. Outra li-nha de crédito é específica para cerealis-tas (exceto cooperativas) com recursos do

BNDES. Para esta modalidade, o limite é de até 90% do valor do projeto proposto, com prazo de pagamento para até 15 anos (três destes de carência). Cada uma das li-nhas tem disponíveis R$ 2 bilhões para a construção e ampliação de armazéns.

Dentre as exigências ao produtor, é necessária a apresentação de licença ambiental. As garantias do produtor ao

banco podem ser equipamentos do pro-jeto e outros itens a serem avaliados pela instituição bancária de acordo com cada propriedade e pedidos.

PERDASSegundo o superintendente regional de varejo em Barreiras, Fernando Leite Car-valho, o apoio para investimento em ar-

mazéns deve-se às perdas verificadas ao final das safras. “Muitas vezes a produção é acima do esperado, mas por não haver um local para armazenagem, o produtor acumula perdas”, disse. Prova disso é do primeiro produtor rural que se inscreveu para solicitar a linha de crédito, Celso Ba-tezini.

“Perco, em média, 3% do que produzo. Parece pouco, mas no final das contas eu chego a jogar fora em torno de 2.400 sacas se eu levar em conta a expectativa que tenho para a próxima safra (80 mil sacas)”, pontuou. Luís Eduardo Maga-lhães é o primeiro município a ser atendi-do pelo programa na Bahia. “A região é a maior produtora da área agrícola, é onde o agronegócio apresenta um dos maiores índices de evolução em todo o Brasil. As-sim, não podemos deixar desguarnecidos os produtores que aqui investem alto”, afirmou o gerente do mercado de agro-negócios para o Estado da Bahia, Rogério Pereira de Sousa.

“O produtor rural enfrenta problemas por ter que deixar os grãos ao relento. A perda é certa. Isso fora o alto investimen-to para construir ou melhorar o arma-zém. Somente o aço teve alta de 18% de um ano para cá. Ou o produtor tem apoio para investir ou seguirá correndo riscos”, encerrou. ■

Linha de crédito para construção e melhorias de armazéns às propriedades rurais

nal. “O mercado é altamente competitivo. A concorrência hoje é grande, estamos competindo com os grandes centros. Se não profissionalizarmos e focarmos em gestão, nós não vamos sobreviver. Temos um potencial hídrico imenso, temos to-das as instituições com disposição, força de vontade e recursos para contribuir com esse trabalho na região, porém, os piscicultores também precisam abraçar o desafio”, alertou.

De acordo com o representante da Co-operativa Mista dos Agricultores Familia-res do Rio Grande, José de Jesus Santana, a expectativa por partes desses pequenos produtores é muito grande. “Precisamos dessa parceria e estamos todos apostan-do nessa oportunidade de desenvolvi-mento. Acreditamos na capacidade da região para a produção de peixe e nós sabemos que com o potencial que temos e com o apoio das instituições, podemos acreditar no desenvolvimento dessa ati-vidade”, afirmou o piscicultor.

INVESTIMENTOS DO GOVERNO FEDERAL O diretor do Ministério da Pesca, Adal-myr Moraes Borges, que representou o ministro Marcelo Crivella, destacou os principais investimentos do Governo Fe-deral para a pesca e aquicultura. “Ações do Plano Safra da Pesca, lançado pela presidente Dilma Rousseff, pretendem dobrar a produção de pescado até 2014. Queremos atingir 2 milhões de tonela-das”, disse, acrescentando que a disponi-bilização de crédito é o ponto de partida para que o plano tenha êxito.

Em conversa exclusiva ao Jornal do São Francisco, Adalmyr Moraes, que é diretor do Departamento de Planejamento e Or-

denamento da Aquicultura em Estabele-cimentos Rurais e Áreas Urbanas do Mi-nistério da Pesca, destacou que a região Oeste da Bahia tem uma grande vocação para o agronegócio, estampada na di-vulgação do Produto Agrícola Municipal (PAM) pelo Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE), no qual entre os maiores produtores estão seis municí-pios da região. “A atividade de aquicultu-ra tem potencial para crescer. Esta ação do governo federal de trazer a aquicultu-ra para a região é resultado exatamente deste potencial de desenvolvimento. É uma atividade nova, ainda muito tímida na região Oeste”, disse.

Adalmyr Moraes disse esperar que as unidades instaladas na região pelo Go-

verno Federal como a de processamento de pescado e fábrica de ração e as patru-lhas mecanizadas sejam fatores que in-duzam à expansão da atividade. Adalmyr declarou ao público presente, na quali-dade de representante do ministro Mar-celo Crivella, que a região Oeste tem pos-sibilidade de vir a ser o maior produtor de pescado do País. “Falo isso em função do clima, do terreno e dos insumos, já que basicamente a ração do peixe é pro-duzida a partir do milho e da soja, dois grãos fortemente presentes na atividade da agricultura”, disse.

Além da presença dos representantes dos municípios que integram a Umob, o evento contou com a participação dos deputados João Leão (federal) e Cacá

Leão (estadual); do gerente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Emerson Cardoso; do representante da Cooperativa Mista dos Agricultores Familiares do Rio Grande, José de Jesus Santana; do superinten-dente federal de Pesca e Aquicultura na Bahia, Marcos Rocha; do secretário es-tadual de agricultura, Eduardo Salles; do presidente da Bahia Pesca, Cássio Peixo-to; do superintende da Codevasf, Louri-val Gusmão; do diretor do Departamen-to de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura em Estabelecimentos Rurais e Áreas Urbanas do Ministério da Pesca, Adalmyr Moraes e, do superintendente regional do Banco do Brasil, Fernando Leite Carvalho, entre outros. ■

Autoridades presentes ao 1o Seminário regional de Pesca e Aquicultura destacaram potencial da região

LUCIANO DEMETRIUS

Rogério Pereira de Sousa, celso batezini e Fernando carvalho

VIRGÍLIA VIEIRA

Page 23: Jornal do São Francisco - Edição 140

Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013 23Jornal do São Francisco

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TRABALhAdOR RuRAL pOLIvALeNTe – 10 vAgAsAtuar em serviços gerais na fazenda: Revestimento de lona canal, descarregar adubo, etc. Segunda a sábado, preferência idade inferior a 35 anos, sexo masculino.

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pulverização.01. Dosador para fazenda.01. Operador de máquinas para fazenda.01. Auxiliar de mangueiras hidráulica 22

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Page 24: Jornal do São Francisco - Edição 140

Jornal do São Francisco24 Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013

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IMÓVEIS RURAIS1000 - Uma fazenda a 60 km de LEM, sen-tido Roda Velha, com 4.600 hectares, sen-do 3.300 de lavoura, com armazém, silo e sede. Valor- 400 sacas de soja por hectare em 1+4.

1001 - Uma fazenda em Roda Velha, com 4 mil hectares, sendo 2.300 de lavoura, sendo 400 hectares irrigados, com outorga para mais 6 pivôs (600 hectares). Valor R$ 30.000.000,00 em 1+2.

1002 - Uma fazenda no Anel da Soja, com 6.500 hectares, sendo 4 mil hectares de la-voura. Valor 300 sacas de soja por hectare em 1+4.

1003 - Uma fazenda em Placas, com 2.200 hectares, sendo 1.900 de lavoura. Valor 350 sacas de soja por hectare em 1+1.

1004 - Uma fazenda na BR 242, entre Bar-reiras e LEM, com 3000 hectares, sendo 2400 ha abertos. Valor 600.000 sacas de soja em 1+9.

1008 - Uma fazenda na Coaceral com 7.300 hectares, sendo 5.300 abertos. Valor 180 sacas de soja por ha em 1+4.

1009 - Uma fazenda de 6.700 ha com 4000 ha de lavoura no Município de São Desidério. Valor 300 sacas de soja por ha em 1+5.

1011 - Uma fazenda de 35.000 hectares na Coaceral. Valor 120 sacas de soja por hec-tare em 1+3.

1012 - Uma fazenda no Linha Alto Hori-zonte, com 2500 hectares, sendo 1100 de lavoura, 600 ha de capim, dois poços arte-sianos, 2 casas e galpão.

1013 - Uma fazenda no Novo Paraná com 620 hectares sendo 500 ha de lavoura, casa, poço e galpão.

1014 - Uma fazenda de 1000 hectares com 770 ha de lavoura na estrada de Taguatin-ga. Valor R$ 18.000.000,00 à vista.

1015 - Uma fazenda em Barreiras com 7200 hectares, com 3000 ha de eucalip-to plantados entre 2 a 5 anos de plantio. Valor- R$ 100.000.000,00 - prazo a com-binar.

1020 - Fazenda a mais ou menos 70 km de LEM, com 1830 ha com 1350 ha de la-voura velha. Valor: 640 mil sacas de soja, 1 entrada mais 4 prestações anuais.

1021 - Fazenda a mais ou menos 50 km de LEM, na linha Timbaúba com 975 ha, com 750 ha de lavoura velha. Valor: 350 mil sacas de soja. Entrada mais 4 paga-mentos anuais.

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149 - Cobertura Prédio Érico Verís-simo, primeiro piso, cozinha, área de serviço, sala de jantar, sala de estar, 2 suítes, lavado, segundo piso, Suíte master com dois banheiros, área de lazer com churrasqueira e banheira de hidromassagem de 6 lugares, todo documentado. Duas vagas de gara-gem, 230 metros de área privativa. Playground com piscina, quadra po-liesportiva. Salão de festas. Valor R$ 1.300.000,00.

ReNATO GONçALVeS

111 - Uma casa situada na Rua Aratu (ao lado do Fórum antigo), com dois quartos, uma suíte master com ba-nheira e closet, sala de tv, sala-jantar, cozinha, lavabo, adega, canil, depen-dência de empregada, garagem para quatro carros, área de lazer/chur-rasco, piscina. Documentação toda pronta para financiamento. VALOR- 600.000,00.

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144 - Uma casa com três quartos sendo uma suíte, duas salas, cozinha, banheiro social, garagem e área de serviço. Documentação para finan-ciar, mas não pelo Minha Casa Minha Vida. Valor R$ 90.000,00.

ReNATO GONçALVeS

122 - Apartamentos residenciais, com três suítes, sala dois ambientes, varanda com exaustor para churras-queira, ampla copa-cozinha, dep. de empregada e garagem para dois car-ros. Com toda a infraestrutura. Valor: A consultar.

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Page 26: Jornal do São Francisco - Edição 140

Jornal do São Francisco26 Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013

JSFRURALJornal do São Francisco

Raul BeiRiz

Começou, na sexta-feira, 1º de novem-bro, a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa

em 21 estados brasileiros e no Distrito Federal. Em outubro, outras três unida-des da federação já iniciaram a imuniza-ção: Roraima, Rondônia e a fase única no Amapá. A vacinação de todo o rebanho de bovinos e bubalinos será nos estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Espí-rito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Gran-de do Norte e São Paulo. Já a imunização em animais com idade abaixo de 24 me-ses está prevista nos estados da Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins. Algu-mas localidades desses estados têm datas diferenciadas. Na Bahia, os municípios que compõem a Zona de Proteção vaci-nam todos os bovinos e búfalos nas duas etapas.

Segundo o site do Ministério da Agri-cultura, os serviços veterinários oficiais têm 30 dias após o final do prazo para en-

ascom | Pmlem

Pelo menos 240 pequenos produtores rurais de Luís Eduardo Magalhães devem ser contemplados com kits de

irrigação pelo Programa Água para Todos do Governo Federal. A informação é da representante da empresa Beck de Souza, terceirizada da Companhia de Desenvol-vimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF), Rosana do Rosá-rio, em reunião pública na tarde da última terça-feira, 12, no Ponto Cidadão, locali-zado no Centro Administrativo.

Um kit tem capacidade para irrigar uma área de 500 m², atendendo direta-mente ao produtor junto a sua residência e utilizando pouca água; na maioria dos casos, dispensa, inclusive, a necessidade de bombeamento. O número de kits, se-gundo Rosana, foi definido após avalia-ção feita em 2011 da realidade local do município. De acordo com a Secretaria de Agricultura de Luís Eduardo Magalhães e EBDA, esse número atualmente está aquém da realidade das pequenas pro-

caminhamento ao Mapa de um relatório com as atividades completas da campa-nha contra a enfermidade. A expectativa do Ministério da Agricultura é que 150 milhões de cabeças sejam vacinadas nes-ta nova etapa em todo o Brasil.

Há no Brasil, atualmente, reconhecidos como zona livre de febre aftosa com vaci-nação, as áreas de 22 estados (sendo sete do Nordeste e o Pará apenas em 2013) e o Distrito Federal. A campanha é funda-mental para impedir a reintrodução da doença no território. O Estado de Santa Catarina não está no calendário por ser considerada zona livre de aftosa sem va-cinação.

No Estado da Bahia, a campanha leva o slogan: “Unidos contra a Aftosa”. A cam-panha de vacinação contra febre aftosa de 2013 foi lançada oficialmente no Parque de Exposições Juvino Oliveira, em Itape-tinga, no último dia 8. Itapetinga está no Centro-Sul do Estado, a 562 quilômetros de Salvador. Tem cerca de 74 mil habitan-tes e como característica principal a pe-cuária. A região tem um dos maiores re-banhos do Estado, com 1.111.607 bovinos ante 11.173.003 de cabeças existentes no

priedades rurais do município.A distribuição de kits de irrigação fami-

liar com cisternas (reservatório de águas) tem como objetivo possibilitar aos peque-nos agricultores uma alternativa geração de renda, pois, com essa ação, é possível agregar até um salário mínimo por mês, dependendo do tipo de cultura. Além dis-so, essa iniciativa também melhora a qua-lidade dos alimentos colocados na mesa desses trabalhadores.

Durante a reunião foi apresentado o Programa Água Para Todos, seus dados técnicos e os benefícios que estes trarão à população da zona rural, além de escla-recer as dúvidas que forem surgindo com o andamento das obras. “O acesso à água deve ser prioritário para as necessidades básicas da vida, pois constitui um direito inalienável”, defendeu a representante da Codevasf.

A secretária de Trabalho e Assistência Social de Luís Eduardo, Maira de Andra-da, lembrou que desde 2011 o governo municipal pedia pela realização desse en-contro. Para ela os benefícios serão mui-

território baiano, ou seja 9,94% do gado existente no Estado da Bahia.

Levantamento realizado pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) informa que o Estado precisa imunizar somente 4 milhões de bovinos e bubali-nos até o dia 30 deste mês, já que, agora, todos criadores baianos vacinam apenas o rebanho de até 24 meses, inclusive os da Zona de Proteção. “Vacinar os animais jovens é importante porque essa é a faixa etária mais susceptível ao vírus da Febre Aftosa. Por isso é necessário o esforço má-ximo dos pecuaristas e o apoio dos sindi-catos e associações para alcançar altos índices de vacinação nos animais de 0 a 24 meses”, disse o diretor-geral da Adab, Paulo Emílio Torres. “Também nos permi-tem uma posição de destaque e referên-cia no cenário nacional e o sucesso nas ações de defesa”, complementa.

O secretário de Agricultura do Estado da Bahia, Eduardo Salles, agradeceu o empenho dos pecuaristas na proteção do rebanho. “O governo do Estado busca sempre políticas públicas que reduzam custos e desenvolva a pecuária baiana”, concluiu Salles. ■

tos, a exemplo de comunidades como a Vereda Alegre onde já teve início o traba-lho de cadastramento para o Programa Minha Casa Rural.

Na oportunidade foi formado um Co-mitê Gestor Municipal, com representan-tes de associações de pequenos produ-tores de comunidades como Muriçoca, Novo Paraná, Vila Buritis, Umburana I e II e Assentamento Rio de Ondas. Esse grupo ficará responsável pela realização de um diagnóstico e identificação do público-alvo beneficiado, adotando os critérios sugeridos no modelo de gestão social do Programa Água para Todos.

O vice-prefeito Marcos Alecrim, a secre-tária de Saúde, Soraia Trindade, a secretá-ria de Educação, Verinha Stresser, o secre-tário de Infraestrutura, Waldemar Lobo, o secretário de Indústria, Comércio e Ser-viços, Ondumar Ferreira Borges, o presi-dente da Associação dos Comerciantes e Empresários de Luís Eduardo Magalhães (Acelem), os vereadores Deusdete Petro-nilo e Zezé da Farmácia também partici-param da audiência. ■

Campanha de vacinação contra Febre Aftosa durante

todo novembro

Programa Água Para Todos deve beneficiar mais de 240 pequenos

produtores rurais de Lem

Da ReDação

A Comissão de Agricultura, Pecu-

ária, Abastecimento e Desenvolvi-mento Rural apresentou proposta que assegura aos agricultores fami-liares, iguais benefícios concedidos pelo governo aos assentados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A medi-da está prevista no Projeto de Lei 6001/13, do deputado Jorge Silva, do PROS do Estado do Espírito Santo, que tramita na Câmara dos Deputados.

O Plano Nacional de Reforma Agrária garante aos agricultores familiares assentados vários bene-fícios, entre os quais crédito para comprar equipamentos e insumos. Também haverá crédito para a construção de casas. Os assentados também terão acesso a políticas públicas específicas de saúde, educação e assistência social, por exemplo.

Este plano estende tais auxílios para todos os 4 milhões de agricul-tores familiares do País que, segun-do a Política Nacional da Agricultu-ra Familiar (Lei11.326/06), somente podem possuir terra de até quatro módulos fiscais. O relator da pro-posta, o deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), que esteve em Barrei-ras para explicar o Código Florestal, disse que muitos estabelecimentos de agricultura familiar não geram renda suficiente para assegurar a subsistência digna das famílias, criando um bolsão de pobreza que não pode ser ignorado.

“Não há como negar que, sem o decisivo apoio de políticas públicas a elas direcionadas, essas famílias não conseguirão fugir ao destino de crescente miséria e abandono de suas terras”, disse. A proposta ainda será analisada pela Comis-são de Constituição e Justiça e de Cidadania. ■

Agricultores familiares ganharão benefícios

Eduardo Salles, Secretário Estadual de Agricultura

REPRODUÇÃO

Page 27: Jornal do São Francisco - Edição 140

Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013 27Jornal do São FranciscoJornal do São Francisco

TeCNOLOGIA

Um grupo de engenheiros da empresa americana Solid Concepts realizou o primeiro disparo de uma arma real feita a partir de uma im-pressora 3D. O vídeo gravado pela equipe mostra todo o processo de construção da arma até o disparo.

A arma construída pelos enge-nheiros especializados em tecnolo-gia é uma réplica da M911, já usada pelo exército americano. O projeto foi construído com aço inoxidável e possui 625 componentes. De acor-do com a empresa, o sucesso na construção da arma comprova que as impressoras 3D podem ser utili-zadas para aplicações comerciais.

"Estamos provando que isso é possível, a tecnologia está em um lugar agora onde podemos fa-bricar uma arma com impressão Metal 3D", afirmou, em nota, Kent Firestone, vice-presidente da Solid Concepts. ■Fonte: terra.com.br

A Apple está desenvolvendo novos designs para o iPhone, incluindo telas maiores com vidro curvo e sensores avançados que podem detec-tar diferentes níveis de pres-são, publicou a agência Bloomberg neste domingo, citando uma fonte familiarizada com os planos.

Com telas de 11,9 centímetros e 14 centímetros, os dois novos modelos poderiam ser os maiores iPhones da Apple, disse a fonte.

As novas definições ainda estão sendo desenvolvidas e os planos não foram finalizados, disse a Bloomberg, acrescentando que a empresa deve lançar os modelos no terceiro trimestre do ano que vem.■Fonte: terra.com.br

Primeira arma real feita em impressora 3D faz disparo nos EUA

Apple trabalha com novas telas e sensores para o Iphone

Primeira arma real feita em impressora 3d é disparada

A médica Natália de Mattos, 27, que começou a usar o tinder e aprova o app

'Não fosse o Tinder, provavelmente a gente nunca teria se encontrado’

Internet brasileira deve respeitar mínimo de 70% da velocidade

A possibilidade de encontrar um amor ou algo mais casual, com o deslize de um dedo na tela do smartphone tem

incendiado o mundo dos solteiros. "Estar na pista" virou "estar no Tinder".

O crescimento do aplicativo no Brasil é resultado da propaganda boca-a-boca que rola entre os solteiros descolados. Propaganda tão eficiente que até quem não é muito chegado em tecnologias se rendeu à praticidade desse cupido virtual.

De repente, as amigas da médica Natá-lia de Mattos, 27, só falavam do tal Tinder. "Não uso muito redes sociais, mas decidi baixar o aplicativo. Fiquei empolgadíssi-ma já no primeiro dia", conta Natália, que usa o Tinder há cerca de dois meses.

Como o foco da médica está na vida real, a experiência já rendeu três encon-tros. "Não sou muito de balada e quero investir numa relação. O aplicativo ajuda a conhecer gente nova que tenha a ver co-migo", argumenta.

Uma coisa ela aprendeu logo de cara: cada um deve deixar bem claro seu obje-tivo, pois no Tinder "tem de tudo".

MUITOS LIKESO advogado Guilherme (nome fictício), 31, usa o aplicativo pelo menos uma vez por dia e adotou o método de dar vários likes. "Acho que a coisa desenvolve mes-mo na conversa, não dá para escolher só pelas fotos", explica.

Ele já colheu frutos: um encontro que tem "muitas chances de se repetir", diz. "Estamos nos falando por telefone, mas também converso com mais 'matches'. Para mim, o aplicativo é uma forma a mais de me conectar."

Camila Domingues, 30, foi apresentada ao Tinder pela irmã mais nova. Mesmo sendo "tímida até na internet", ela arris-cou papo com alguns pares. Acabou sain-do com um deles por três meses.

Entrou em vigor na última sexta-feira (1º), a norma da Anatel (Agência Na-cional de Telecomunicações) que de-

termina que os provedores de conexão de internet banda larga respeitem uma mé-dia mensal de, no mínimo, 70% da veloci-dade contratada pelo cliente.

A velocidade também não deve nunca estar abaixo de 30% do valor contratado a partir de hoje. Tais exigências eram, até ontem, de 60% e de 20%, e saltarão para 80% e 40% em novembro do ano que vem.

Isso significa que, em um teste de cone-xão, alguém que paga por um plano de 10 Mbps nominais deve verificar sempre que sua internet está acima de 3 Mbps. Essas porcentagens valem tanto para a taxa de download (dados recebidos) quanto para a de upload (dados enviados), que são quase sempre diferentes - a de upload é

geralmente muito mais baixa.As taxas médias são fiscalizadas pelo

próprio órgão, com a ajuda de voluntá-rios. Já a momentânea pode ser feita pelo usuário. A Anatel indica o site Brasil Ban-da Larga para que os clientes façam testes do serviço que contrataram e vejam se es-tão recebendo a velocidade exigida.

Há também aplicativos da Anatel para Android e para iOS feitos para aferir as taxas de transmissão usando o smar-tphone.

Consumidores que verificarem a velo-cidade abaixo de 30% da contratada de-vem reclamar na operadora, recomenda a Anatel. Caso o problema não seja resolvi-do, o cliente deve fazer uma reclamação com a própria agência, no telefone 1331 ou por meio do site (Fale Conosco, link si-tuado no menu inferior).

MÉDIA NACIONALSegundo uma classificação da Akamai, o Brasil está em 73º lugar em velocidade média das conexões, num ranking com 243 países, com média nacional de 2,3 Mbps (abaixo da de 3,1 Mbps global).

Um relatório da Cisco aponta que há 27,3 milhões de pontos de conexão de banda larga no país, incluindo os fixos (residen-ciais, 19,9 milhões) e móveis (7,3 milhões).

O relatório considera como banda larga móvel, acessos feitos por meio de modem USB em planos pós-pago ou em modem embutido (caso de tablets) tam-bém pós pago.

Segundo a Cisco, a velocidade média das conexões de banda larga no país é de 4,88 Mbps, enquanto o preço médio pago pelo brasileiro por internet é de R$ 64. ■Fonte: folha.uol.com.br

"Não fosse o Tinder, provavelmente a gente nunca teria se encontrado. Ele mora longe e, apesar de termos muita coisa em comum, não vamos aos mesmos lugares", conta.

Como os aplicativos funcionam a ritmo de modismos, a coordenadora do Núcleo de Pesquisa de Psicologia em Informáti-ca da PUC-SP, Rosa Maria Farah, observa que ainda é cedo para dizer se o Tinder mudará a maneira das pessoas se rela-

cionarem. Mas ressalta que o assunto já che-gou aos consul-tórios.

"Por mais que esses aplicativos se popularizem, nada substituirá o teste de realidade. Só o encontro pessoal pode dizer se há química para uma futura rela-ção", afirma. ■

Fonte: folha.uol.com.br

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Page 28: Jornal do São Francisco - Edição 140

Jornal do São Francisco28 Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013

luciano DemetRius

Vila Leopoldo (Santa Maria da Vitó-ria) x Vento em Popa (Luís Eduardo Magalhães) e Angico (São Desiderio)

x Morada da Lua (Barreiras) são os con-frontos das semifinais da Copa Regional de Clubes, promovida pela Sociedade Desportiva São Francisco (Sodesf). No sábado, 16, jogaram Vila Leopoldo e Ven-to em Popa, no Estádio Turibão, em Santa Maria da Vitória, enquanto Angico e Mo-

rada da Lua se enfrentaram no domingo, 17, no Estádio Ocivalzão, em São Desi-derio. Os jogos foram disputados após o fechamento desta edição.

Por terem feito melhor campanha na primeira fase, Morada da Lua (grupo B) e Vento em Popa (grupo A) jogam a par-tida de volta em casa. Em caso de igual-dade de pontos nas semifinais e de saldo de gols, a disputa da vaga será definida na cobrança de pênaltis após o segundo confronto.

Além de tentar o bicampeonato e de ter a melhor campanha da primeira fase da competição, o Morada da Lua tem tam-bém o melhor ataque (dez gols) e a me-lhor defesa (três gols contra, assim como o Vila Leopoldo). A segunda melhor cam-panha é do Vento em Popa, sete pontos, ao lado do Vila Leopoldo (a equipe de Luís Eduardo Magalhães leva vantagem no saldo de gols: dois contra nenhum). Entre os semifinalistas, a pior campanha é do Angico, com cinco pontos.

No primeiro dia da competição, no sábado, 9, logo após a soleni-dade de abertura, um fato curioso aconteceu e que poucas pessoas entre as cerca de 150 presentes ao Ginásio de Esportes José Alberto Lauck percebessem: os dois socor-ristas de plantão para acompanhar os jogos, retiraram-se do local por volta das 18h50, quando nem meta-de dos confrontos havia sido reali-zada. O espantoso é que, ao mano-brar o carro que estava em frente ao ginásio, o motorista (que seria um dos socorristas) quase atropelou o prefeito de Luís Eduardo Maga-lhães, Humberto Santa Cruz. Sem notar que o carro de atendimento médico deixava o ginásio, o prefeito continuou a conversar com pessoas que estavam ao seu redor.

Com a frase acima, o secretário municipal de Esporte e Lazer, Val-tair Fontana, respondeu à reporta-gem do Jornal do São Francisco ao ser questionado sobre a saída dos dois socorristas que estariam para atender aos jogadores e público durante a etapa final do Campeo-nato Baiano de Vôlei. Antes dessa resposta, o secretário afirmou que a responsabilidade era da Federação Baiana de Vôlei, organizadora do evento. Ao perceber que não havia nenhum representante da entidade naquele momento, soltou a frase: "Fazer o quê, né?"

Na Série A, com o Cruzeiro pra-ticamente campeão, a briga anda bonita é pela Libertadores que tem como principais candidatos Grê-mio, Atlético (PR), Botafogo, Goiás e agora, quem diria, até o Vitória. Também é bonita a briga lá embai-xo da tabela.

O Náutico é o único que já se foi. De resto, Ponte Preta, Fluminense, Criciúma, Vasco, Bahia e Portugue-sa vão brigar até o fim.

Na série B, só Palmeiras garantiu vaga na principal divisão do futebol do país. Brigando pelas outras três vagas estão Chapecoense (a uma vitória do acesso) e uma guerra de foice no escuro entre Sport, Icasa, América (MG), Ceará, Figueirense, Joinville, Paraná Clube e Avaí.

Na série C, Santa Cruz, Luver-dense, Vila Nova e Sampaio Correa garantiram o acesso para a Série B do próximo ano. A disputa do título é entre os nordestinos – e campeões de bilheteria – Sampaio Correa e Santa Cruz. Para fechar a Série D, o campeão Botafogo (PB) em 2014 vai disputar a Série C ao lado dos também promovidos Juventude (RS) Salgueiro (PE) e Tupi (MG).

Definidos semifinalistas da Copa Regional de Clubes

Socorro, os socorristas sumiram!

Um retrato do campeonato mais disputado do planeta

esPORTesJornal do São Francisco

FOTO: ASCOM/PMLEM

Luís Eduardo magalhães fica com bronze masculino e feminino no Campeonato Baiano de Vôlei

Equipes feminina e masculina de Luis Eduardo Magalhães

ascom/Pmlem

As seleções masculina e feminina de vôlei de Luís Eduardo Magalhães conquistaram o terceiro lugar na fi-

nal do Campeonato Baiano de Vôlei rea-lizado no último sábado (09) e domingo (10), no Ginásio de Esportes José Alberto Lauck, no bairro Jardim das Acácias. O título, nas duas categorias, ficou com a equipe do E.C Vitória (masculino) e CVT Vitória (feminino), ambas da capital baia-na. O vice-campeonato ficou com a equi-pe ACEO de Barreiras.

No entanto, a principal notícia do es-porte em Luís Eduardo Magalhães no fi-nal de semana foi o anúncio do prefeito Humberto Santa Cruz do interesse em implantar no município, o Projeto Viva Vôlei. O projeto da Confederação Brasilei-

ra de Voleibol (CBV) tem como alvo crian-ças com idade entre 7 e 14 anos.

“Queremos ver esse projeto implantan-do no município ainda no primeiro semes-tre de 2014”, disse o prefeito durante a final do campeonato. O projeto Viva Vôlei tem como princípio básico a formação lúdica, com o desenvolvimento de turmas mistas de crianças de 7 a 14 anos, adequação do tamanho da quadra, do peso da bola, altura da rede e das regras do jogo às faixa etária.

Para o secretário de Esporte e Lazer, Val-tair Fontana, o prefeito está ajudando de maneira significativa o esporte na cidade e região. “O prefeito Humberto Santa Cruz está investindo no esporte, novas quadras e ginásios estão sendo construídos. Os projetos atingem diretamente a juven-tude que precisa de atenção”, comentou o secretário relacionando o esporte com

uma juventude longe das drogas.O presidente da Confederação Baiana

de Voleibol, Hércules Pimenta, esteve pre-sente no campeonato e relatou que ficou surpreso com a iniciativa da prefeitura para o evento. “Outros municípios pode-riam ter participado, como Porto Seguro e Vitória da Conquista, por exemplo, po-rém não tiveram apoio logístico. Por isso digo que Luís Eduardo Magalhães está de parabéns”, disse.

Pimenta também disse que a Confede-ração Baiana de Voleibol tem planos de descentralizar os jogos de vôlei de Sal-vador e “interiorizar” as competições. A região Oeste da Bahia é conhecida nacio-nalmente pelas atividades do agronegó-cio e busca ser reconhecido, também, por sediar competições esportivas de diferen-tes modalidades. ■

"fazer o quê, né?"

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Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013 29Jornal do São Francisco

Falta pouco para que a torcida do Fluminense possa festejar a volta de Darío Conca às Laranjei-ras. Depois de redigir o pré-con-trato e remetê-lo ao jogador, os dirigentes do Flu aguardam pela assinatura para comemorar o acerto. Com contrato em vigor até 31 de dezembro com o Guang-zhou Evergrande (China), Conca só seria apresentado em janeiro de 2014. O novo contrato prevê vínculo de três anos, com o atleta recebendo salário de R$ 700 mil mensais. Grande ídolo do torce-dor tricolor, o argentino Darío Conca tem 208 partidas disputa-das pelo Fluminense, por onde marcou 41 gols. Em 2010, Conca foi eleito o melhor jogador do Brasileirão quando o Fluminense conquistou o tricampeonato.

Os quatro melhores times do Brasileirão até agora não têm trei-nadores considerados "de primei-ra linha" no Brasil. Isto significa dizer que, na prática, ainda tem muita mão de obra boa e barata "dando sopa" por aí. Basta que os dirigentes saibam escolher na hora de contratar. O técnico do Cruzeiro é um exemplo. Marcelo Oliveira não ganha mais de R$

250 mil por mês, mas montou um time que é muito melhor do que todos os outros concorrentes diretos ao título.

Enquanto isso, Wanderley Lu-xemburgo (Fluminense), Muricy Ramalho (São Paulo), Abel Braga (dispensado pelo Fluminen-se) e Mano Menezes (demitido do Flamengo), que ganham ou ganharam verdadeiras "fortunas" recentemente, não conseguiram ter sucesso por onde passaram. A exceção é Tite (Corinthians), que mesmo em baixa, ganha um grande salário, mas em compen-sação é o atual campeão mundial de clubes.

A qualidade de uma equipe de futebol muitas vezes pode ser medida pelos jogadores que sen-tam no banco de reservas. Basta vermos a dupla Grêmio e Interna-cional. No lado vermelho, estão na reserva jogadores do naipe de Alex, Scocco, Forlán e Rafael Mou-ra que seriam titulares em quase todos os times que disputam a primeira divisão.

No lado tricolor, estão no banco Zé Roberto, Elano, Marcelo Grohe e o uruguaio Máx Rodriguez. Sem dúvida, jogariam em muitas equi-pes brasileiras, mas no Grêmio de Renato não conseguem a cami-sa titular. Futebol é mesmo um esporte "estranho": ídolos, altos salários, fama, mas reservas.

O ídolo vai voltar ao Fluminense

Nem sempre os caros são os melhores

Dupla Gre-Nal: mas que "baita" banco, tchê!

Após anunciar que vai jogar pela sele-ção espanhola e não pela brasileira, o atacante Diego Costa, do Atlético de

Madrid, "comprou briga" com boa parte da CBF. Agora, o diretor jurídico da entida-de, Carlos Eugênio Lopes, acusa o jogador de ter optado pela Espanha por questões financeiras. Mas aí fica a pergunta: com quem Diego Costa teria aprendido que o dinheiro fala mais alto? Será que os téc-nicos Felipão e Eugênio Lopes estariam trabalhando de graça na CBF? E o que di-zer do atual presidente da CBF, José Maria Marin? Ele gosta tanto do dinheiro que en-tra no seu bolso que, em menos de dois meses no cargo, aumentou o seu próprio salário e de vários assessores. Marin recebe desde abril R$ 160 mil por mês. Seu antecessor, Ricardo Teixeira, deixou a CBF ganhando R$ 98 mil mensais. E os dirigentes ainda querem criticar o novo atacante "espa-nhol". Como diz o velho ditado, "é o sujo querendo falar do mal lavado".

dIEGo coStA x brASIL, A PoLêMIcA coNtINUA

cArLoS AUGUSto [email protected]

Mundo da bola

ESPORTESJornal do São Francisco

O ano de 2013 é, definitivamente, para os clubes paulistas esquecerem, e mo-tivos não faltam: o Palmeiras jogou

a Série B; na Libertadores da América, os paulistas não passaram pelas oitavas de fi-nal; na Série A, nenhum paulista figura no G-4 e, de quebra, a Ponte Preta está qua-se rebaixada; na Copa do Brasil, nenhum paulista chegou às semifinais. E os proble-mas não param por aí: na série B, apesar do acesso do Palmeiras, outros dois repre-sentantes paulistas, Bragantino e São Ca-etano, correm risco de serem rebaixados

A relação entre Alexandre Pato e o Corinthians está cada vez mais difícil. Agora até os dirigentes do clube paulista admitem que o atleta pode ser vendido na próxima jane-la de transferências que será aberta em janeiro próximo. Se alguma proposta da Euro-pa chegar, principalmente do Tottenham ou do Arsenal, clu-bes ingleses que já manifestaram publica-mente o interesse em contratar o atacan-

Já está definido que o Palmeiras em 2014, ano em que completa 100 anos, vai abrir os cofres e montar um time à altura da sua história. Além da volta a série A, o Palmeiras também vai inaugurar seu es-tádio, o remodelado Parque Antártica. As especulações já começaram e a primeira delas está fora das quatro linhas.

Mesmo sendo um dos responsáveis di-retos pelo retorno à primeira divisão, o técnico Gilson Kleina não é unanimida-de entre os dirigentes e pode sair assim que o contrato for concluído, dia 31 de dezembro. Wanderley Luxemburgo, que saiu do Fluminense, é o nome preferido do Palmeiras pela história que construiu no clube paulista.

O rubro-negro carioca acertou na mosca. Sem muitas alternativas, depois de serem comunicados da demissão de Mano Mene-zes, os dirigentes deram uma rápida olhada no mercado e no saldo bancário. Com as finanças no vermelho, apostaram e contra-taram o desconhecido Jayme de Almeida. O novo treinador chegou, identificou os problemas, salvou o time do pior e o que é melhor, está prestes a ganhar um título na-cional e disputar a Libertadores de 2014.

Aconteça o que acontecer até o fim do

para a série C. Na Série C, o Guarani, que já foi campeão brasileiro (1978), nem che-gou ao "mata-mata". E o Grêmio Barueri foi rebaixado à Série D. Calma, ainda tem mais: o Santos conseguiu perder de 8 a 0 do Barcelona, um vexame internacional.

Para o ano não ser totalmente perdido, a esperança é que São Paulo ou Ponte Pre-ta conquistem a Sul-Americana. Pouquís-simo para um estado que num passado recente foi considerado "o papão" dos títulos brasileiros e sul-americanos, não é verdade?

te, tudo leva crer que mesmo perdendo parte do dinheiro que investiu - R$ 40 milhões -, o Corinthians venda o jogador.

São as consequências de uma contratação cara que não deu o resultado esperado. No momento, Alexandre Pato pa-rece aquela laranja bem ma-dura que a gente encontra na beira da estrada. O problema

é que o pé desta mesma laranja pode es-tar cheio de marimbondos.

Dentro do campo, o nome de Hulk, ata-cante do Zenit da Rússia e da Seleção Bra-sileira, surge com força. O jogador já teria inclusive aberto negociações para voltar ao Brasil. O Palmeiras está disposto a mo-bilizar parceiros que ajudem a pagar o sa-lário do atleta. Hulk quer voltar ao Brasil porque é ano de Copa do Mundo e nada melhor do que estar na vitrine da mídia.

Assim, Felipão não esqueceria dele en-tre os relacionados para o Mundial e Hulk poderia também realizar o sonho de vol-tar a defender um grande clube do futebol brasileiro, depois de uma rápida passa-gem pelo Vitória da Bahia. Por enquanto são boatos, mas no futebol, assim como na vida, onde há fumaça, também há fogo.

ano, a grande verdade é que o "funcioná-rio" Jayme é do ramo, tem competência e topou o desafio. Tal qual havia acontecido com Andrade (que chegou a ser campeão brasileiro em 2009), o ex-zagueiro Jayme deve ficar para o ano que vem, provando que tem bem mais estrela do que alguns nomes conhecidos e de contracheques cheios de dígitos que continuam desem-pregados. A solução "caseira" do rubro-negro mais querido do Brasil definitiva-mente deu certo!

Um ano para os paulistas esquecerem

Pato de saída do Timão?

Palmeiras vai investir no ano do centenário

O barato que deu certo

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Jornal do São Francisco30 Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013

dUrVAL [email protected]

Minha Cara Mãe CalinaO dia amanheceu lindo! Chuvoso sim, mas maravilhoso. Karol havia rompi-do com o namorado e estava muito

deprimida, mas ia superando consciente-mente sua deprê. Teria que ser assim; ape-sar de gostar muito dele, sabia que sua vida estava apenas começando. Seu consciente dizia que estava na hora, pois ia completar 18 anos e já o namorava desde os 14. Quem sabe o destino poderia fazê-los se encon-trar numa próxima encruzilhada? Tinha prestado bons exames no Enem, mas, por segurança, estava estudando muito para o vestibular, ao menos em duas estaduais, assim pedia o bom senso.

E com tantos questionamentos em sua cabeça, partiu para Brasília. Queria seguir a carreira de psicóloga, mas, nesta esfera da existência, os desvios são normais e aca-bou fazendo jornalismo. Entrou de cara e começou a estudar todos os periódicos do Brasil, orientada pelo professor Eudório de Aquino Bittencourt d`Itapuy, que era muito mais psicólogo que professor.

Num estudo sobre ornitologia ela viu esta frase poética “two birds never sing the same song” e inquiriu o professor?

― Porque cada um tem sua entonação; e cantam diferentemente, ainda que seja a mesma canção. Mas há um estudo sobre o “Pheugopedius euophrys”, ave dos Andes, cujos parceiros cantam em dueto e a fê-mea até corrige o macho...ha ha ha ha.

Tempos depois Karol começou um caso com um colega de curso, muito galã e inteligente, que ia estudar no apartamento que ela ocupava com duas colegas e era a alegria geral. Nas mensagens para sua mãe demonstrava paz interior e sua cicatriz foi se curando aos poucos. Sempre saiam em grupo para passeios e baladas. Com uns seis meses ela descobriu que o sentimento que nutria para com o namorado era muito mais de amizade e seu relacionamento foi esfriando até congelar.

Nessa ocasião o professor Eudório come-çou a sair com uma aluna do último ano. Só a partir de então, Karol notou como ele era atencioso para com ela, se aproximava e a encarava nos olhos quando ia lhe dar uma explicação e passou a reparar nele. Ficava inquieta quando se surpreendia pensando nele, pois tinha mais que o dobro de sua idade. Passou o resto do ano

naquela sensação esquisita de admiração secreta, ânsia e insegurança.

Vieram as férias e ela ficou na fazenda de seus avós, lendo, nadando no rio e percor-rendo os campos a cavalo para afugentar a tristeza.

Voltou pra faculdade uma semana antes do início das aulas e foi direto para a biblioteca pesquisar os conteúdos para o novo semestre. Só não estava preparada para a surpresa: O professor Eudório se encontrava sozinho, em pé, consultando um livro na última fila de estantes. Quando ouviu passos se virou e foi um simultâneo pulsar de corações. Ela parou estática olhando para ele, que deixou cair o livro das mãos e se abraçaram longamente.

Passada a surpresa ele perguntou: ― A que se deve esta antecipação de uma

semana? ― É que ... minhas amigas estavam

todas viajando, mentiu. ― Posso convidá-la para jantar?― É... não sei... cheguei ontem... Aceito

sim!O jantar foi maravilhoso, num restau-

rante muito aconchegante e florido que ela não conhecia, onde o bacalhau português foi regado a vinho chileno.

― Sabe, professor, lá na fazenda eu ouvia os pássaros cantando o dia inteiro nos campos e à tardinha e pela madrugada ao nascer do sol. Realmente, dois pássaros não cantam jamais a mesma canção. Cada um tem o seu cantar exclusivo, ainda que sejam da mesma espécie ou formem um casal. Era muito lindo. Sabiás, bem-te-vis, passos pretos, rolinhas fogo-pagô, canari-

nhos...― Eu não tive essa felicidade. Nasci na

cidade grande e passo quase todo o tempo envolto com os livros.

Os diálogos foram singelos e triviais, em-bora sentissem uma forte atração recípro-ca. O professor a levou até o apartamento dela, despediu-se e foi pra casa levitando de contentamento. Ela, mal trancou a por-ta correu pro sofá e ficou ali pensando nele.

Só foram se reencontrar no primeiro dia de aula. Ao fim da classe, quando ela saía, Eudório se aproximou e entregou-lhe um livro: - Quando lhe sobrar tempo leia este livro. Ela olhou a capa, era um romance traduzido do francês, agradeceu e o colo-cou na sacola. Só em casa, ao abrir o livro encontrou a carta. Ele se dizia arrebatado por ela desde o primeiro momento que a viu mas não tivera coragem de se declarar, por ética e pela sua idade; mas agora, não podia mais reprimir seus sentimentos. Ela ficou impressionada pois também gostava dele, lá do fundo do coração, mas teima-va em reconhecer e esperava que esse sentimento se dissipasse. Agora tinha que decidir.

Domingo pela manhã ela procurou um cantinho para refletir, respirar ar puro e nada melhor que um passeio junto à natu-reza, um lugar onde emanasse harmonia, pois sabia que aquela decisão seria muito importante.

Sentou-se na grama, de frente pro lago, os arvoredos projetando suas sombras na água, a carta aberta nas mãos... quando um passarinho começou a cantar lá do alto. Ela levantou a cabeça para olhar e o viu. Eudório estava sentado na outra mar-gem do lago, olhando para o passarinho que cantava..

― Professor! O que o senhor está fazendo aqui?

― É aqui que venho toda vez que estou triste ou ansioso, quando preciso tomar uma decisão.

― Pois eu vim aqui, pela primeira vez, justamente por ser um lugar maravilhoso, para tomar a decisão mais importante de minha vida.

E correram e se abraçaram longamente enquanto os passarinhos chilreavam frene-ticamente no dossel do arvoredo.

*Dois pássaros nunca cantam a mesma canção (do mesmo jeito)

Two birds never sing the some song*

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Jornal do São Francisco

ESCORPIãO. O mês trará momentos delicio-sos no amor e vida social agitada. Aproveite o movimento retrógrado de Mercúrio em seu signo, até o dia 10, para aprofundar o tom das conversas e também para refletir sobre objetivos pessoais. Um plano de viagem tra-rá empolgação, no dia 12, que também será um dia de oportunidades para aumentar seu prestígio. Mas, entre os dias 14 e 15, poderá enfrentar problemas com irmãos, pessoas próximas ou relacionamentos de trabalho. Emoções à flor da pele, cumplicidade e ro-mantismo darão um colorido intenso à vida íntima, no dia 17. Aceite um convite de ami-gos para viajar no dia 19. Na última semana, programe investimentos. Há boas chances de ganhar um dinheiro extra.

áRIES. Comemore os planos excitantes para a carreira. Um novo empreendimento ganhará impulso, a partir do dia 3. No dia 8, negociações definirão metas para o seu futuro. Aproveite a primeira quinzena para rever contratos, reformular o projeto de vida e implantar as mudanças necessárias. Um encontro profissional poderoso, no dia 15, despertará emoções. Você se sentirá em con-tato com seu destino. A segunda quinzena promete oportunidades surpreendentes que permitirão viver com mais segurança. Uma viagem, no dia 30, trará aventuras gostosas. A última semana será positiva para fazer acor-dos e encerrar pendências.

TOURO. Uma nova paixão poderá abalar suas estruturas, logo nos primeiros dias do mês. Mesmo quem já tem o seu par terá de revisar os acordos, pois muitos assuntos delicados virão à tona. Mercúrio retrógrado, até o dia 10, cobrará soluções de pendências e com-promissos mais sérios. Fase positiva também para resolver divergências com amigos ou

equipe de trabalho. O dia 12 promete encon-tros instigantes e inicia uma fase de maior confiança. Sentimentos e desejos ficarão mais claros, com a Lua Cheia em seu signo, no dia 17. Amor em alta na última semana! Uma viagem a dois selará a cumplicidade e reforçará os sonhos de longo prazo.

GêMEOS. Novas responsabilidades de tra-balho pesarão na rotina, mas a recompensa virá com um aumento de salário ou benefí-cios. O dia 12 trará oportunidade de ganhar mais dinheiro. Negócios imobiliários estarão aquecidos no dia 19. Embora o amor e o pra-zer sigam intensos durante todo o mês – e a partir do dia 22, a passagem do Sol na área afetiva garanta seu entusiasmo –, a maior parte do tempo será dedicada à carreira. As relações profissionais tendem a se estabilizar na última semana, quando serão tomadas decisões importantes e o volume de tarefas aumentará. Poderá firmar um contrato fi-nanceiro bastante positivo, no dia 28.

CâNCER. Prazer, paixão, fertilidade e segu-rança marcarão este ciclo, a partir do dia 3, com a Lua Nova em harmonia com seu signo. Se o coração estiver livre, este será o melhor momento do ano para se apaixonar. Numa relação já existente, a fase promete viagens relaxantes e muita cumplicidade. A passa-gem de Vênus por Plutão, no dia 15, em sua área afetiva, revelará sentimentos profundos que intensificarão o envolvimento com o parceiro. A partir do dia 23, assumirá mais compromisso com os projetos comuns. Na última semana, sucesso e reconhecimen-to na carreira destacarão seu brilhantismo. Aposte em inovações!

LEãO. Assuntos mal resolvidos no passado vão se esclarecer agora, dando início a uma

nova etapa da vida familiar. Com a autoes-tima em alta, a partir da Lua Nova, no dia 3, estará pronta para decidir planos de longo prazo que permitirão construir bases afetivas mais firmes. Na segunda quinzena, o cotidia-no ficará mais gostoso, e você estará cheia de inspiração. Sol em harmonia com seu signo, a partir do 22, promete prazer, criatividade, entusiasmo e surpresas gostosas na esfera íntima. Se estiver disponível, poderá se apai-xonar de maneira inesperada, no dia 30. A última semana será importante no trabalho, organize melhor a rotina para não descuidar dos interesses pessoais.

VIRGEM. Imprevistos financeiros logo no início do mês cobrarão ajustes no orçamen-to. Aproveite a Lua Nova na sua área do di-nheiro, no dia 4, para iniciar um negócio, criar um plano B ou planejar investimentos. A fase também será favorável para adquirir bens e reforçar sua segurança material. Um projeto mais ambicioso ganhará impulso na segunda quinzena. Prepare-se para conquis-tas vitórias: a partir do dia 15, Marte em seu signo trará mais ousadia e poder de ação. Conversas bem humoradas criarão um clima de sedução, num relacionamento especial. Bom período para expor seus sentimentos com graciosidade e leveza. Os contratos in-satisfatórios poderão ser revistos perto do dia 29. Estará mais decidida e poderosa no dia 31, valorize-se e vença uma batalha!

LIbRA. Com sucesso na carreira e as finanças estáveis, você terá a segurança necessária para cuidar do aconchego e bem-estar da fa-mília. Uma reforma ou mudança poderá ser o primeiro passo. Os dias 12, 19 e 28 prome-tem ótimas oportunidades de crescimento

financeiro. Mas o mês será cansativo, exigin-do também momentos de relaxamento e de maior privacidade. Na primeira quinzena, terá pouca disponibilidade para a vida so-cial. A partir do dia 22, os contatos vão fluir melhor. Bom período para pesquisar cursos, circular mais e informar-se das novidades da sua área. Uma conversa com o parceiro, no dia 30, definirá os rumos da relação, inaugu-rando uma fase de maior companheirismo.

SAGITáRIO. Os primeiros dias do mês reve-larão desejos e ambições. Sintonize-se com sua força espiritual e impulsione um empre-endimento familiar. Mercúrio retrógrado, até o dia 10, poderá provocar atrasos, confusões e desorganização. A partir do dia 11, porém, um clima de autoconfiança e magia inspirará tanto o trabalho quanto os relacionamentos. A vida sexual ficará mais quente do dia 12 em diante. Sol em seu signo, a partir do dia 22, iluminará os caminhos para o futuro. Com o foco nos negócios, conseguirá reunir os recursos necessários para concretizar os pro-jetos que envolvem a família. Contará com a total cumplicidade do parceiro. Se estiver só, poderá se apaixonar num encontro ocasio-nal, no dia 30.

CAPRICÓRNIO. O entusiasmo e o prazer es-tarão de volta, com a conquista de um novo ambiente social ou mais tempo para curtir os velhos e bons amigos de sempre. Em qual-quer das opções, as chances para o amor se-rão grandes. O mês promete um reencontro especial ou um novo romance, se o coração estiver livre. Viagens curtas esquentarão a vida íntima. Na metade do mês, uma mu-dança no visual destacará sua sensualidade e beleza. Os momentos mais intensos de pra-zer virão na Lua Cheia, no dia 17. A partir do dia 22, um sentimento de alívio trará mais re-

laxamento e segurança. Conversas com ami-gos ajudarão a reconhecer o que realmente tem valor em sua vida. Se estiver só, novas mudanças no projeto de vida favorecerão o encontro com um grande amor.

AqUáRIO. Carreira em ascensão: resolva até o dia 10 os últimos detalhes de um contrato profissional e prepare-se para o sucesso! O mês trará ótimas perspectivas de crescimen-to financeiro, mais poder e maior visibilidade no mercado. Seus talentos serão reconheci-dos e recompensados concretamente. Bom período para assumir uma nova posição, lançar um projeto e começar a construir um futuro com mais segurança. O que você conquistar nesta época não perderá mais. Na segunda quinzena, a vida social ficará mais divertida e agitada. Amigos trarão novida-des imperdíveis no dia 30. Tempo de espera no amor, sem definições, mas a vida sexual poderá ficar mais gostosa com as suas inicia-tivas. Use a imaginação e ouse mais!

PEIxES. Uma viagem, na Lua Nova do dia 3, iniciará uma fase gostosa no amor. Tudo aberto para começar um novo relaciona-mento ou para renovar os sentimentos e intensificar a paixão, numa relação já assu-mida. Alto astral, otimismo e autoconfiança marcarão presença nos encontros sociais. Bom período para se integrar num ambien-te diferente e aprofundar vínculos de ami-zade. O mês também promete prestígio e um senso de individualidade mais apurado. Contatos poderosos entre os dias 15 e 20 pro-vocarão mudanças positivas em sua filosofia de vida. A partir do dia 22, Sol na sua área da carreira contribuirá para o sucesso dos em-preendimentos. O dia 30 trará uma proposta financeira atraente. Aproveite a última sema-na para formalizar parcerias.

hORósCOPO

CRÔNICA

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Ed. 140, de 1o a 15 de novembro 2013 31Jornal do São Francisco

eNTReTeNIMeNTO

CRUZADASCAçA-PALAVRASF A F E L I Z Z H M W K S X L K L F M J C X O Z G P M ZQ F I U J B T L M W V S P J Y Y L D W X G C F Q J A Z RR G C E J E O I B M I I C M X W G A F N I Z A I N Y O RP M J W S P M D V H A N W S A S N U R R C Z I B S D V GN A G Q N C C Q H R B A Y Z I N Z T V Y E D J V E G D AV A K D Y L W Q Q F R L A D O D Q T J H U D D D Q R R JM E Q S G H B G E Q C N J F L L H D G L A U N R V U T RP K X X L P V C K P F M X G H Y K H A R E E U B T Y A OG V D T G M H J E K P X X H K J M R O I R N S A Q V L YI G A L Q J P E P J A B D C F L E B C P N Q R I U U J AT J G I T A R E H E Q Q X V D G M L H Q L E S B F E E HI S D A Q Q C G L G K T N S B E D P D E P T R R R V Z OL N E L U U A J X A N Y E Z C C Q D B M M L P A O L H OQ W X C E D T K Y U S M O D E R N O E A O I O N F F B JN P G A I H V F L K R T T N L W U T Q P C O Y I T U U ZR S Y N M R W X E O R A I F B L G I C R Q H G M U N J SW U M C A E X P E R I E N C I A S B J Y P C R A D C X NN S E E D S T K S H M C I H I S M I B H M O E L C I S WQ T I U U O L Y H E I B K U P D R L V I S O P D A O L CJ E X E R C I C I O P S Z B D R A Z I O O N E N T N D PR N V B A S S K I H K J G Y Z U P D K N D A N X R A N WZ T B Q O F L V H C V J O N O R I K E D S L T G D M D JK A Y C B A B Z A R B F O Q Y B D L B U Q H I J R E K AJ C I F O R T E Z P P D U C S D O P P B F J N L Y N G YC A U T C Z W P Z Y I U Y N Q D W A W D A G O D C T A DX O N K E O O B K U U T M N C H F A V K Q R O U W O W HQ R A B H D P R Q R O K J V W X R P K E E U C V B A O RL A B N G C O I S M B D T R T F A M I E I P K O K W Q FN N W V P A L O A O A X R Q B P I V V B Q O P B W G R NY F I Q I F X N F N T A D W F Y Z H F Y T R K E Z I W K

AbErtoALcANcEANIMALbArcocóPIA

ELAStIcIdAdEEMborAExErcÍcIoExPErIêNcIAFELIZ

FortEFUNcIoNAMENtoGErALGrUPoLÍQUIdo

ModErNooLHoPrENdEdorQUEIMAdUrArÁPIdo

rEPENtINorIcoSINALSUStENtAçÃotEMPErAtUrA

FÁCIL

SUDOKU

Sudoku é um quebra-cabeça baseado na colocação lógica de números. o objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada uma das células vazias numa grade de 9x9, constituída por 3x3 subgrades. os algarismos não podem se repetir na mesma coluna, linha ou grade.

SOLUçãO

SO

LUç

ãO

1 8 2 53 4

3 7 15 4 2

7 99 1 5

6 5 47

3 8 6 9 146398725759621384823547169584236917671985243932174856265713498497852631318469572

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

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ESPIAHOODITCENSO

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BISOCRERSESQUIMOTEMOMTZ

MAREPEOANVTANBA

PICARETAGEMAFRAJOLA

OsmarPrado,

ator bra-sileiro

Reaçãoque é

indício depavor

“(?) deFamília”,programa do SBT (TV)

Dígrafo de“tosse”

Letra doremédiogenérico

Peça quemantémo navio

fundeado

Animalque

hiberna(pl.)

Acompa-nhamentodo feijão

Pedido derepetiçãoao bomcantor

Pontomais altoda mon-

tanha

Preposi-ção delugar etempo

Letra dapalma da

mão

Tenhomedo

Remarcontra a(?): lutarem vão

Parte dobovino

chamadade mocotó

Irmão deCaim(Bíb.)

Dama de compa-

nhia

Natália doVale, atrizbrasileira

RogérioFlausino,músico do Jota Quest

Liga debasquete dos EUA(sigla)

Práticacomum dotrapaceiro

O gatinhoque per-

segue Piu-piu (HQ)

Típico daregião daseca (BR)

Tipo de for-mação es-colar faci-litada pela

internet

Doa;cede

Ela, eminglês

Dois tipos deencontros vocálicos

Eu e eles

Puxadorde água

(pl.)

Recense-amento

Repleto debarulho

Robin (?), herói (Lit.)

Destino(pop.)

Amém!

Maluca;insana

Observa secreta-mente

3ª vogal

Moradordo igluPlanta

medicinal

Femininode “peão”Adquirir;comprar

Acreditar;ter fé

Antecedeo “R”

3/nba — she. 4/hood — maré. 5/casos.FAFELIZZHMWKSXLKLFMJCXOZGPMZQFIUJBTLMWVSPJYYLDWXGCFQJAZRRGCEJEOIBMIICMXWGAFNIZAINYORPMJWSPMDVHANWSASNURRCZIBSDVGNAGQNCCQHRBAYZINZTVYEDJVEGDAVAKDYLWQQFRLADODQTJHUDDDQRRJMEQSGHBGEQCNJFLLHDGLAUNRVUTRPKXXLPVCKPFMXGHYKHAREEUBTYAOGVDTGMHJEKPXXHKJMROIRNSAQVLYIGALQJPEPJABDCFLEBCPNQRIUUJATJGITAREHEQQXVDGMLHQLESBFEEHISDAQQCGLGKTNSBEDPDEPTRRRVZOLNELUUAJXANYEZCCQDBMMLPAOLHOQWXCEDTKYUSMODERNOEAOIONFFBJNPGAIHVFLKRTTNLWUTQPCOYITUUZRSYNMRWXEORAIFBLGICRQHGMUNJSWUMCAEXPERIENCIASBJYPCRADCXNNSEEDSTKSHMCIHISMIBHMOELCISWQTIUUOLYHEIBKUPDRLVISOPDAOLCJEXERCICIOPSZBDRAZIOONENTNDPRNVBASSKIHKJGYZUPDKNDANXRANWZTBQOFLVHCVJONORIKEDSLTGDMDJKAYCBABZARBFOQYBDLBUQHIJREKAJCIFORTEZPPDUCSDOPPBFJNLYNGYCAUTCZWPZYIUYNQDWAWDAGODCTADXONKEOOBKUUTMNCHFAVKQROUWOWHQRABHDPRQROKJVWXRPKEEUCVBAORLABNGCOISMBDTRTFAMIEIPKOKWQFNNWVPALOAOAXRQBPIVVBQOPBWGRNYFIQIFXNFNTADWFYZHFYTRKEZIWK

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