jornal do dia 21-22/02/2012

16
NA I NTERNET www.jdia.com.br - REDAÇÃO 3217.1117 - COMERCIAL [email protected] 3217.1100 - DISTRIBUIÇÃO 3217.1111 - ATENDIMENTO 3217.1110 Domingo e Segunda R$ 3,50 - Terça a Sábado R$ 1,50 Macapá-AP, Quarta-feira, 08 de Fevereiro de 2012 - Ano XXV Fundado em 04 de Fevereiro de 1987 MáRIO TOMAZ/EVERTON MENDES Depois da polêmica do retorno do Pira- tão ao grupo especial, desfiles foram mar- cados por contratempos nas alegorias e falhas no sistema de som que por pouco não tiraram o brilho e a alegria dos foliões no Sambódromo. nA5 e Caderno B CARNAVAL 2012 Críticas e elogios marcam desfiles no meio do mundo Chichona, boneca da Banda, levada por foliões por ruas e avenidas Motoristas sob efeito do álcool: acidentes geralmente envolves passageiros e terceiros no trânsito PREVENÇÃO Saúde quer realizar 3,4 milhões de testes rápidos antiaids este ano Ideia é propor a criação de uma comissão para sugerir mudanças nas sanções ad- ministrativas do código. Entre as possíveis mudanças, ele destaca o aumento do valor da multa e do tempo de suspensão do di- reito de dirigir. nA6 SOB ANáLISE Motorista que dirigir alcoolizado poderá ter punição mais rigorosa HEVERTON MENDES HEVERTON MENDES Os dados mostram uma re- dução da contaminação na população em geral, de até 20% nos casos de infecção pelo HIV, mas um aumento de 10% no público homos- sexual, sobretudo de 19 a 24 anos. nA4 ESTATíSTICA Número de mortes diminuiu nas rodovias SUJOS NA FOLIA A Banda vai às ruas com público esperado de 125 mil brincantes A Banda é o maior encon- tro popular do carnaval amapaense e da Amazô- nia. Uma prova disso são os 47 anos ininterruptos que o bloco sai as às ruas arrastando uma multidão. nA5 POLÊMICA Isso é o que mostram os números dos primeiros três dias do carnaval des- te ano em relação ao ano passado. nA4 Essa é a visão do senador Sandes Júnior que acha o assunto bastante comple- xo. nA4 Lei da Palmada pode não ser aprovada DIVULGAÇÃO Senador Sandes Júnior TRADIÇÃO Quarta-feira tem Pavão O famoso Caldeirão do Pa- vão comemora 18 anos nes- te carnaval. nA5 NA SEXTA Trem e Papão jogam no PA Jogo está sendo agendado para o final desta semana, na Curuzu. nC1 EMAGREÇA Com o chá do limão Confira as dicas de como utilizar o limão em prol da saúde. nC3

Upload: jornal-do-dia

Post on 31-Mar-2016

233 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Jornal do Dia 21-22/02/2012

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal do Dia 21-22/02/2012

NA INTERNET www.jdia.com.br - REDAÇÃO 3217.1117 - COMERCIAL [email protected] 3217.1100 - DISTRIBUIÇÃO 3217.1111 - ATENDIMENTO 3217.1110

Domingo e Segunda R$ 3,50 - Terça a Sábado R$ 1,50 Macapá-AP, Quarta-feira, 08 de Fevereiro de 2012 - Ano XXV

Fundado em 04 de Fevereiro de 1987

MáRIO TOMAz/EVERTON MENDES

Depois da polêmica do retorno do Pira-tão ao grupo especial, desfiles foram mar-cados por contratempos nas alegorias e

falhas no sistema de som que por pouco não tiraram o brilho e a alegria dos foliões no Sambódromo. nA5 e Caderno B

CARNAVAL 2012

Críticas e elogios marcam desfiles no meio do mundo

Chichona, boneca da Banda, levada por foliões por ruas e avenidas

Motoristas sob efeito do álcool: acidentes geralmente envolves passageiros e terceiros no trânsito

PREVENÇÃOSaúde quer realizar 3,4 milhões de testes rápidos antiaids este ano

Ideia é propor a criação de uma comissão para sugerir mudanças nas sanções ad-ministrativas do código. Entre as possíveis

mudanças, ele destaca o aumento do valor da multa e do tempo de suspensão do di-reito de dirigir. nA6

SOB ANáLISEMotorista que dirigir alcoolizado poderá ter punição mais rigorosa

HEVERTON MENDES

HEVERTON MENDES

Os dados mostram uma re-dução da contaminação na população em geral, de até 20% nos casos de infecção

pelo HIV, mas um aumento de 10% no público homos-sexual, sobretudo de 19 a 24 anos. nA4

ESTATíSTICANúmero de mortes diminuiu nas rodovias

SUjOS NA FOLIAA Banda vai às ruas com público esperado de 125 mil brincantesA Banda é o maior encon-tro popular do carnaval amapaense e da Amazô-nia. Uma prova disso são

os 47 anos ininterruptos que o bloco sai as às ruas arrastando uma multidão. nA5

POLÊMICA

Isso é o que mostram os números dos primeiros três dias do carnaval des-te ano em relação ao ano passado. nA4

Essa é a visão do senador Sandes júnior que acha o assunto bastante comple-xo. nA4

Lei da Palmada pode não ser aprovada

DIV

ULg

AÇÃO

Senador Sandes júnior

TRADIÇÃOQuarta-feira tem PavãoO famoso Caldeirão do Pa-vão comemora 18 anos nes-te carnaval. nA5

NA SEXTATrem e Papão jogam no PAjogo está sendo agendado para o final desta semana, na Curuzu. nC1

EMAgREÇACom o chá

do limãoConfira as dicas de como

utilizar o limão em prol da saúde. nC3

Page 2: Jornal do Dia 21-22/02/2012

A2JD Macapá-AP, terça e quarta-feira, 21 e 22 de fevereiro de 2012OpiniãoEditor: Fabrício Costa - [email protected]

JANDERSON CANTANHEDEJornalista

Foto do Dia Arquibancadas lotadas no Carnaval 2012. Todas as escolas fizeram uma bela apresen-tação que contagiou o público que esteve presente nos dois de festa.

Opinião - A2, A3Política - A4Economia - A5 e A6

Índice Edição número7833

Meio Norte - A7Diversão - A8Dia Dia - B1, B3

Polícia - B2Santana - B4Classidia - 12 Pág

Siga: @cantanhede_APAcesse: jandersoncantanhede.wordpress.comEmail: [email protected]

Sambódromo – Apesar dos contratempos ocor-ridos nos desfiles das es-colas de samba, o carna-val no Sambódromo está de parabéns. Infelizmen-te, muita gente ficou de fora e não conseguiu ver o brilho da festa.

Preço salgado – O preço salgado de R$ 20 para as arquibancadas foi consi-derado salgado por mui-ta gente. O jeito foi acompanhar o que rola-va na concentração.

Tudo meia – Aquela co-nhecida história das mi-caretas de anunciar in-teira “por tanto”, mas vender tudo como se fosse meia, rolou lá pelo Sambódromo. O Procon bem que podia ter visto o assunto de perto.

Banheiros pagos – Achei um verdadeiro absurdo o povo ter que pagar R$ 1 para usar os banheiros que ficaram na praça de alimentação do Sambó-dromo. Afinal de contas, até para tirar “a água do joelho” o folião tinha que meter a mão no bolso?

Pane no som – Infeliz-mente algumas escolas se sentiram prejudicadas

com as constantes panes no som do Sambódro-mo. Maracatu da Favela, Piratas Estilizados e Pira-tas da Batucada critica-ram as panes no siste-ma.

Atrasos – A escola Pira-tão teve um atraso de uma hora e meia no des-file. O Piratinha então nem se fala. Boa parte da escola já na avenida fi-cou sem a cobertura do áudio. Apelar para quem?

Estrutura – Em 2013, é preciso que a Liesa orga-nize melhor o carnaval para o folião, que não quer apenas pagar in-gresso e ver escola desfi-lar. Quer bom atendi-mento, serviço de qualidade e bom preço.

Favorita – Pela apresen-tação na avenida do samba e pelos comentá-rios nas redes sociais, a Maracatu da Favela é a favorita para levar o títu-lo de melhor escola de 2012.

Esforço – A escola, sob o comando do Tenente Souza, fez bonito no meio do mundo. Empol-gou até quem não era

Entre Aspas“ ”verde e rosa. Mérito para o esforço de toda a equi-pe da Favela.

Entorno – A área do en-torno do Sambódromo ficou com uma excelente urbanização. Deu um ar de modernismo que os outros carnavais não ti-veram. De parabéns o governo pela iniciativa.

Segurança – Fiz questão de participar das duas noites de folia no meio do mundo e não presen-ciei nenhuma cena de violência, salvo aquela em que o caboco bebe tanto que chega a agre-dir o próprio fígado. Nada que uma boa dose de insulina não resolves-se.

Tiroteio – Já a Vila Isabel entrou no sambódromo carioca às 5h40 de se-gunda-feira (20) e teve sua evolução prejudica-da por um tiroteio ocor-rido no Morro de São Carlos, nas proximidades da Sapucaí. É o tipo de coisa que a gente ainda não viu pelo Amapá.

Sujos – Quem pensa que hoje a Banda põe um ponto final no carnaval amapaense está engana-do. Amanhã (quarta-fei-ra), ainda tem o tradicio-nal Caldeirão do Pavão que este ano completa 18 anos e no sábado, em Santana, o show do Pa-rangolé. Haja pernas para tanta folia!

Com vontade – Falando em Santana, a escola Im-pério do Povo recebeu muitos elogios no pri-meiro dia de desfile em Macapá. Os críticos dis-seram que a santanense fez bonito na avenida e vem com vontade de le-var o título.

Teste rápido - O gover-no federal quer propor-cionar este ano a realiza-ção de 3,4 milhões de exames rápidos antiaids. O ministro ressaltou que este ano o foco principal é o público mais jovem, principalmente entre os gays de 19 a 24 anos.

Bom carnaval...

Diretor Editorial: José Arcângelo Pinto PereiraDiret. Adm. Financeira e Contábil: Maria Inerine Pinto PereiraDiretor de Assuntos Corporativos: Luiz Alberto Pinto PereiraDiretor Executivo: Marcelo RozaAssessoria Jurídica e Tributária: Dr. Américo Diniz — OAB/AP 194Dr. Eduardo Tavares — OAB/DF - 27421Editor-Chefe: Janderson Cantanhede

EndereçosRedação, Administração, Publicidade e Oficinas: Rua Mato Gros-so, 296, Pacoval, Macapá (AP) - CEP 68908-350 - Tel.: (96) 3217.1110

E-mailspautas e contato com a redação: [email protected]: [email protected] comercial: [email protected]@[email protected]

JD na Internet: www.jdia.com.brVIA CELULAR: m.jdia.com.br

Representantes comerciais JC Repres. Com. Ltda. - Brasília, DF n Tel. (61) 2262-7469 - Rio de Janeiro, RJ nº Tel. (21) 2223-7551, São Paulo Visão Global Comunicação S/C Ltda. n Rua Alvarenga, 573- Bu-tantã - CEP - 05509-000 - São Paulo, SP Tel. (11) 3032-3595, Fax (11) 3032-4102.New Mídia - Belém-PA (Gil Montalverne) Tel.: (91) 3279-3911 / 8191-2217

ContatosFale com a redação (96) 3217-1117Fale com o departamento comercial (96) 3217-1100 / 3217-1111 Geral (96) 3217-1110Conceitos emitidos em colunas e artigos são de responsabilidade de seus autores e nem sempre refletem a opinião deste jornal. Os originais não são devolvidos, ainda que não publicados. Proibida a reprodução de matérias, fotos ou outras artes, total ou parcial-mente, sem autorização prévia por escrito da empresa editora.

Uma publicação do Jornal do Dia Publicidade Ltda. CNPJ 34.939.496/0001-85Fundado em 4 de fevereiro de 1987por Otaciano Bento Pereira(+1917-2006) e Irene Pereira(+1923-2011)Primeiro Presidente Júlio Maria Pinto Pereira(+1954-1994)

“O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter” (Claudio Abramo)

Empolgação – Em ter-mos de animação pré-carnavalesca, ninguém batia a turma de Piratas da Batucada. Especial-mente depois que a esco-la ganhou o festival de samba de enredo e ga-rantiu na Justiça o direito de desfilar no grupo es-pecial.

Perna de pau - No Sam-bódromo, porém, o desfi-le não correspondeu à animação. Para adversá-rios, Piratas desfilou de “perna de pau”.

Favoritismo - Terminado o segundo dia de desfile na Ivaldo Veras, Boêmios e Maracatu da Favela despontam como favori-tas ao título. Império do Povo corre por fora. “Pi-ratistas” mais apaixona-dos, contudo, acham que a escola pode surpreen-der.

Perseguição – O radialis-ta Azevedo Picanço sen-tiu o peso da persegui-ção. Depois de anunciar e saldar a presença do pre-feito Roberto Góes no Sambódromo, acabou li-mado da apresentação do desfile no segundo

dia.

Piriguetes – Em Salvador, aquelas latinhas de cer-veja de 250 ml, são co-nhecidas como pirigue-tes. Seus atributos: são acessíveis, fáceis de pe-gar e não esquentam.

Caro e ruim – Frequenta-dores das tais áreas Vips do Sambódromo saíram cuspindo fogo contra or-ganizadores da festa. Pa-garam caro pelo ingresso, com direito a serviço de péssima qualidade.

Olhar além - Para o car-naval amapaense virar produto de exportação, como querem seus pa-trocinadores, não basta pensar no desfile em si, mas em tudo a ele rela-cionado.

Complemento – A des-peito de todas as campa-nhas educativas reco-mendando não misturar álcool e direção, proble-mas decorrentes dessa infausta relação foram muitos em Macapá, nos primeiros dias de carna-val. Só educação não dá jeito. Tem que haver pu-nição.

Hora-Hora

Frases do Dia“Pensamos que se pudéssemos voltar atrás fariamos dife-rente, mas esquecemos que foi o presente que nos fez perceber que precisamos mudar.”

(Luks Luz)

mARiO TOmAz

Editorial

O Governo do Es-tado apostou alto no carnaval

de 2012, possivelmente motivado pela necessi-dade de desfazer a má imagem de 2011, em que o principal evento carnavalesco, o desfile das escolas de samba, não foi realizado. E sem o desfile no Sambódro-mo fica a sensação de que o carnaval não aconteceu.

A falta de patrocínio público para a folia no ano passado foi uma forma de corroborar o discurso da crise ado-tado pelo governo de Camilo Capiberibe, en-tão iniciante. Um dis-curso que contaminou toda a sociedade ama-paense, criando no es-tado um clima de pes-simismo tal que, por ironia, acabou por in-fluir na avaliação da imagem do próprio governador. As vaias estrondosas que mar-caram algumas das aparições públicas de Camilo no segundo se-mestre são testemunha disso.

Para tentar melhorar a imagem, o governo mudou o tom do dis-curso. Como por en-canto, a casa subita-mente ficou arrumada e passou a sobrar di-nheiro para investi-mentos. O carnaval de 2012 foi um dos con-templados com o “saco de bondades” aberto pelo Governo. A Cida-de do Samba foi con-cluída, as escolas de samba receberam re-cursos públicos com a necessária antecedên-cia, o Sambódromo passou uma mini-re-forma e o carnaval amapaense foi divulga-do além das divisas do estado – na Guiana Francesa e em Belém do Pará.

Além dos investimen-tos, o Governo do Esta-do, como principal pa-

trocinador do evento, atuou com antecedên-cia no planejamento do carnaval, mobilizando os diversos atores en-volvidos e também os diferentes setores da administração estadu-al, para garantir o su-cesso da festa.

Embora ainda não te-nha chegado ao fim, o que só ocorrerá depois da apuração dos resul-tados na Quarta-Feira de Cinzas, foram per-ceptíveis os avanços na programação deste ano, comparada aos anos anteriores. Em es-pecial no tocante ao relacionamento do Go-verno do Estado com as escolas de samba, permitindo que estas se preparassem ade-quadamente para o desfile.

Ainda há muitos pon-tos a serem melhora-dos, para que o carna-val seja efetivamente uma festa com capaci-dade de atrair turistas para o Amapá, como pretende o Governo. Melhorar os serviços oferecidos ao público nos locais dos eventos, rever a política de pre-ços adotadas no Sam-bódromo, divulgar o carnaval amapaense com mais antecedência e de forma mais per-manente em outros es-tados e países do Platô das Guianas são algu-mas dessas medidas.

Também será funda-mental melhorar o re-lacionamento do Go-verno do Estado com a Prefeitura de Macapá. Afinal, a chave da cida-de está nas mãos do prefeito e é na cidade que a festa acontece. Deixar que divergên-cias político-partidá-rias inviabilizem essa parceira indispensável é um contra-senso, pois conspira contra o objetivo primário de todos: o sucesso do carnaval.

Saldo do Carnaval

Page 3: Jornal do Dia 21-22/02/2012

A3JD Opinião Macapá-AP, terça e quarta-feira, 21 e 22 de fevereiro de 2012

Editor: Fabrício Costa - [email protected]

Foram poucos os polí-ticos vistos no Sam-bódromo neste car-

naval. Alguns por motivos que consideram óbvios, mas principalmente por um – estão muito afasta-dos dos eleitores.

Preferiram recolher-se para meditar ou simular estratégias para enfrentar essa ausência que estão experimentando, princi-palmente durante o man-dato.

Para aqueles que estão sem mandato a ausência ainda é maior. Provavel-mente o efeito “mãos lim-pas” ainda esteja presente e inibindo aqueles que, desconfiados, preferem fi-car recolhidos sem “botar a cara para fora”, esperan-do o milagre do esqueci-mento ou do resultado da ação do tempo que, se-gundo alguns dos seus principais estrategistas de que “o tempo apaga tudo”.

O próprio PSB, o maior vitorioso das eleições de 2010 ainda não conseguiu assumir o papel de lide-rança que conquistou nas urnas, mesmo que alguns insistam em querer de-monstrar que foi “obra do acaso”.

Se foi ou não obra do

O carnaval está na rede

A imprensa tradicio-nal ainda faz uma r e p r e s e n t a ç ã o

aceitável da realidade na sociedade contem-porânea? A questão vem à tona neste perío-do carnavalesco, em que de modo geral os costumes se esgarçam e aquilo que é conside-rado imoral no resto do ano se transforma em qualidades positivas do espetáculo.

Sob o mote da alegria, vale quase tudo: as pá-ginas dos jornais e a tela da televisão se transfor-mam em passarela de periguetes e outros per-sonagens sobre os quais, em outras ocasi-ões, a mídia tem olhos mais críticos.

Pode-se dizer que isso é natural como a dinâ-mica social: sob o signo de Momo, arquivam-se certas responsabilida-des, guardam-se os preceitos da linguagem culta e vamos que va-mos. No entanto, pode-se perceber um padrão moral conservador sub-jacente ao discurso apa-rentemente liberal com que são tratadas as no-tícias sobre os quatro dias de folia.

Corregedora moralVale para o carnaval,

de modo geral, o pa-drão que convém ao se tratar de eventos rela-cionados, por exemplo, a um programa como o Big Brother Brasil.

Como parte do jogo, os protagonistas do re-ality show estão com-prometidos com certas rupturas do comporta-mento socialmente aceitável. Eles são con-tratados para ousar e, eventualmente, chocar o público. Até mesmo certos desvios, como o caso em que um dos participantes foi acusa-do de estupro, são ab-sorvidos na largueza de valores em que se insta-la o produto de entrete-nimento, como um de seus predicados comer-

ciais.A luta pela audiência

justifica praticamente tudo. A questão se torna mais complexa quando se observa que a mesma organização acumula créditos de audiência no campo do entretenimen-to para ampliar ou con-solidar sua presença no campo do jornalismo, onde os valores são mui-to outros. Essa dicotomia se apresenta, por exem-plo, em detalhes na co-bertura de crimes de grande repercussão, como ocorreu na semana passada.

Na sua faceta entreteni-mento, a organização de mídia aborda festiva e descuidadamente a coisi-ficação do ser humano, em especial da mulher, e na faceta jornalística ten-ta se impor como corre-gedora da moral, do res-peito à diversidade social, de pressupostos que a identificam com o que se imagina deva ser a socie-dade contemporânea.

Sem reserva de mercado

Essa condição caracte-rística do duplipensar já foi absorvida de tal forma pela persona jornalística das organizações de mí-dia que só lhes resta transformá-la em quali-dade a ser admirada. As-sim, também no contexto restrito do jornalismo, valem os dois pesos e duas medidas, de acordo com o protagonista da história.

Por trás das escolhas de edição não parece haver dúvidas, mas existe uma tabela de valores e um index que relaciona per-sonagens gratas e desa-fetos. De um lado, o per-missionismo deslavado das imagens de carnaval e do Big Brother. Do ou-tro, uma parceria com as forças mais conservado-ras da sociedade a obs-truir o debate sobre a questão da descriminali-zação do aborto.

Assim, a notícia, como ruptura previsível do es-tado latente no espaço público é um fato cons-tantemente esperado

porque sempre acontece alguma coisa noticiável. Mas o acontecimento não parece disturbar o am-biente das redações, por-que a primeira decisão é sempre a de enquadrar em padrões domésticos os elementos de caos presentes no inusitado.

Mas os processos de to-mada de decisão, plane-jados para sistemas está-veis de produção, cujo limiar é definido pelo acionamento das máqui-nas na gráfica, talvez não sejam mais adequados para a sociedade hiper-mediada.

As estruturas das reda-ções, divididas em cader-nos especializados, talvez não sejam mais adequa-das para a tarefa de cap-tar os fatos e transformá-los em produto noticioso. Mas elas não podem mu-dar porque justificam o sistema vertical de ges-tão, que garante a padro-nização das opiniões ex-plícitas ou dissimuladas que estão contidas em todo material jornalístico.

E essa talvez seja a prin-cipal contradição e o grande desafio para a chamada imprensa tradi-cional: ela precisa se abrir para a inovação, para ser capaz de concorrer com os novos protagonistas do meio digital, principal-mente os estrangeiros. Mas sua estrutura conser-vadora é avessa ao espíri-to inovador.

Enquanto puderem, as empresas brasileiras de comunicação vão tentar preservar sua reserva de mercado – embora todas elas estejam dispostas a receber o dinheiro de in-vestidores estrangeiros. Mas a cada novo avanço das tecnologias de comu-nicação e informação, menos se justifica a ma-nutenção dessas estrutu-ras. Não há reserva possí-vel para o mercado difuso da notícia. As imagens do carnaval brasileiro, por exemplo, estão em sites de todo o mundo, e até em emissoras que podem ser captadas gratuita-mente pelos tablets.

O mundo desfila na rede.

RODOLFO JUAREZJornalista

O principal adversário

LUciAnO MARtins cOstAObservatório da imprensa

acaso o resultado da elei-ção de 2010, já houve tempo suficiente para que os socialistas definisse esse comando e continu-asse a caminhada rumo às novas conquistas.

O PT, o principal aliado do PSB, foi o grande sacri-ficado nas eleições de 2010, pois, além de perder os seus dois deputados na Assembléia Legislativa, viu o seu aliado, o PSB, recu-perar um mandato de se-nador, manter um manda-to de deputado federal e, de quebra, ficar com duas das 24 vagas de deputado estadual na AL e, de que-bra, a chefia do Poder Exe-cutivo – o Governador do Estado.

O PT manteve apenas o cargo deputado federal.

Se resolvesse a questão com o seu principal aliado, o PSB já teria dado um rumo para a liderança po-lítica local, mas não, conti-nua “pisando em ovos” para não contrariar ainda mais, os dirigentes do Par-tido dos Trabalhadores que entenderam que o es-forço feito em 2010, não correspondeu aos resulta-dos alcançados pelo parti-do.

Já não estão mais que-rendo se conformar com a

máxima de que “política é assim”. Preferem os outros tempos quando, a cada eleição, chegavam com vantagem sobre muitos outros partidos, inclusive o PSB.

As questões administra-tivas, na opinião de alguns, pode estar influindo nas questões políticas. Os “ca-ciques” do PSB ou estão com mandato, ou estão afastados ou muito ocu-pados. E isso, segundo a militância, está fazendo falta no encaminhamento das decisões políticas que são tomadas, mas não são seguidas.

Aqueles que não se con-formam com a falta de atenção às diretrizes do Partido (PSB) já começam a se inquietar, entendem que estão deixando tudo muito para cima da hora, enquanto os adversários avançam, tomando conta de espaços que são consi-derados importantes, in-clusive na Capital.

De camarote a oposição, eles estão analisando to-dos os movimentos ou a falta desses movimentos e, aos poucos, vão se intei-rando das questões e pro-curando aumentar a rejei-ção do partido que está no governo, teoricamente o principal adversário, agora em 2012.

Para eu, tanto faz!

Hoje volto ao assun-to hipercorreção por causa de ocor-

rências que andei pescan-do em diversos materiais escritos e falados.

Antes de avançar, veja-mos um exemplo típico de hipercorreção: “Fazem dez anos que não a vejo”. O autor dessa frase levan-ta uma hipótese equivo-cada: ele interpreta “dez anos” como o sujeito da frase e, por isso, flexiona o verbo na terceira pesso-al do plural. Acontece que essa frase não tem sujei-to, o que obriga o verbo a ficar no singular (Faz dez anos). De modo bem simples, a hipercor-reção se manifesta quando, na tenta-tiva de acertar, corrigimos o que já está certo e aí erra-mos. Optamos por uma forma de prestígio em detri-mento de uma es-tigmatizada. É o que acontece no exem-plo que serve de tí-tulo a esta coluna.

Como sabemos, a expressão corre-ta é “Para (pra) mim, tanto faz”. Ora, quase todos nós já a usamos pelo me-nos uma meia dúzia de

vezes na vida. O que leva uma pessoa a escrever (o exemplo vem de um texto escrito) “Para eu, tanto faz”?

Uma explicação possível deve considerar essa cons-trução em relação com ou-tra, típica da fala da maioria dos brasileiros, qual seja, a produtiva e estigmatizada forma “para mim + infiniti-vo”. Seguem exemplos: “Ele pediu para mim fazer um relatório” (fala de um advo-gado em situação informal); “Se for pra mim voltar lá, quero um aumento” (fala de uma auxiliar de enferma-gem em situação informal).

O pa-

ADiLsOn ALvEsJornalista

drão escrito e falado é, nos dois casos, “para eu + infinitivo”: para eu fazer um relatório e para eu voltar. Tudo indica que a pessoa que escreveu “Para eu, tanto faz” se lembrou dessa lição e a aplicou equivocadamente.

Finalizo lembrando que os brutos também amam e os letrados também er-ram. Em uma sentença, assim se expressou o juiz: “Tratam-se de crimes...”. O correto é “Trata-se de crimes”.

O erro do meritíssimo é típico de pessoas com boa escolaridade. Mas é um erro.

E a Justiça é para to-dos.

Divagações carnavalescas

Ca r r e g a v a uma tristeza e não pensa-

va em novo amor, quando alguém anunciou a Portela e a alvo-rada trouxe o samba, com azul que não era do céu nem era do mar. Foi um rio que passou em mi-nha vida e meu coração se deixou levar. Em prosa trago a poesia de Paulinho da Viola que me emociona desde a juventude. A genialidade meló-dica do sam- b i s -ta ao decla- r a r amor pela es-cola de samba encanta com intensidade que mantém a música sem-pre presente no tambo-rilar dos dedos sobre a mesa de trabalho. À época do carnaval me flagro batucando sobre o computador ao pen-sar no assunto para a segunda-feira da folia, dia de trabalho no ca-lendário, feriado por costume. O Irã anuncia potência nuclear, os gregos quebram os pra-tos que sobraram da farra do Euro, brasilei-ros são vítimas de xe-nofobia no Paraguai. O mundo continua como sempre e nós, imersos em festa carnavalesca. Absorto, volto ao mun-do quando Paulinho diz que aceita o argumen-to, mas não altere o samba tanto assim, para que a rapaziada não sinta falta do pandeiro e tamborim. É isso! An-tigos carnavais.

A verdade é que eu não me recordo de ne-nhuma música do car-naval de 2011, 10, 09. Tenho memória de sam-bas dos anos 70, 80; me lembro do Bum bum paticunbum prugurun-dum contagiando a Marquês de Sapucaí;

Ten- g o -tengo Santo An-

tônio Chalé, minha gen-te é muito samba no pé pra minha alegria que atravessou o mar e an-corou na passarela, pal-co iluminado onde a es-cola se encanta, o povão se levanta e o realejo diz que eu serei feliz, bem feliz porque a Mãe do Ouro vem nos salvar. Dizem que velho não vai à cartomante por-que não tem futuro para ver, por isso não se an-gustia com o que virá, mas com as interpreta-ções sobre o que já foi e teima em dizer que “an-tigamente” era melhor. Pode ser que eu tenha desligado as antenas para captar as novas músicas de carnaval, tanto as de ruas quanto as de salão, mas a sen-sação que me acompa-nha é de ausência de novidade.

Visão sulista? Talvez. O carnaval de Salvador e o de Recife têm identi-dade própria que os distingue entre si e da festa no Rio e São Pau-lo. Baianos fazem car-naval cheio de inova-ções tecnológicas, caminhões gigantes com potência sonora audível na Lua. Porém,

n ã o gosto do

menu mu-s i - cal. A mi-n i - guitarra elé-trica me dá nos nervos; a pulação feito pipoca em panela quente can-sa a beleza. Em Pernam-buco há alguma coisa de raiz na preferência por instrumentos de so-pro que fazem do frevo em Recife ritmo mais adequado à dança que a saltos epiléticos. Para a turma do funil, basta haver música e todo mundo bebe, mas nin-guém dorme no ponto.

Engraçado é curitibano opinando sobre carnaval dos outros. Antigo é melhor; a vassourinha pernambucana é deli-ciosa. Nem sai de casa para ver o desfile no Centro Cívico, fica com receio de pegar friagem ou de passar vergonha de aparecer na tevê e durante a semana as pessoas dizerem que te viram na arquibancada dançando. Era alguém parecido comigo. Juro que eu não fui.

Melhor é se entregar às músicas, novas ou anti-gas, até o momento das marchinhas que anun-ciam a Estrela D’Alva que no céu desponta com tanto esplendor. Aí, a festa acaba e 2012 co-meça.

AntÔniO DE QUEiROZcolunista

Page 4: Jornal do Dia 21-22/02/2012

A4JD Geral Macapá-AP, terça e quarta-feira, 21 e 22 de fevereiro de 2012

Editor: Fabrício Costa - [email protected]

Bastidores da notícia

AblocaOs blocos filiados à Abloca, além de atrasarem o início do desfile, ainda confundiram todo mundo. Para não dar mais problema houve até blo-cos antecipando a entrada com relação aos concorrentes. Ainda bem que foram poucos os que se arriscaram a pagar o cobrado pela entrada. Se o povão tivesse ido, as reclama-ções poderiam fazer eco.

LIGA – primeiro diaApesar do bom tempo, os es-pectadores preferiram ficar em casa. Considerando as grandes atrações, a não-reali-zação do carnaval no ano pas-sado havia uma grande ex-pectativa com relação ao desfile. Provavelmente os pre-ços cobrados tenham influen-ciado na presença de público em todos os espaços, inclusi-ve nos mais em conta.

LIGA – segundo diaPouco diferente do que o pri-meiro dia. Certamente, se for medido pelo público, esse não seria um dos carnavais para ficar para a história. Mas outros aspectos contaram ponto para a organização. Por exemplo, o reforço na luz dos refletores foi notado por quem estava dentro e por quem estava fora do Sambó-dromo.

LibaNa segunda-feira são os blo-cos filiados a Liba que estarão desfilando no Sambódromo. Os organizadores esperam um público maior do que aquele que foi ver os blocos da Abloca. Os 12 blocos têm grande tradição e calcularam que poderão justificar a parti-cipação dos blocos com mui-to entusiasmo e animação, mesmo considerando o sacri-fício de alguns dirigentes.

Futebol a fantasiaNa segunda-feira gorda, na Praça de Nossa Senhora da Conceição, no campo da As-sociação Solteiros e Casados do Bairro do Trem, um dos eventos mais esperados é fu-tebol à fantasia, onde homens vestidos de mulher se dividem em dois times e saem para uma das mais inusitadas par-tidas de futebol. Antes a esco-lha dos melhores e falece um boi para ser consumido pelos presentes.

DomingoA noite de domingo, na Beira Rio, foi absolutamente nor-mal. Não dava nem para ima-ginar que haveria desfile no Sambódromo. É o sinal dos tempos. Noutras épocas não adiantava nem abrir os bares porque não havia ninguém para consumir. No domingo a presença da juventude mostra que o carnaval não está atrain-do boa parte dos novos ama-paenses.

PreocupaçãoOs moradores das proximida-des dos canais, qualquer um deles, estão muito preocupa-dos com as chuvas. Basta cair uma chuva um pouco mais pesada para que todos fiquem atentos, esperando pelo pior – a invasão das casas pelas águas. Desconfiam que os ca-nais, do jeito que estão, não darão vazão à água da chuva.

Sobrou para todo mundoA forma como estão sendo realizados os serviços da Ro-dovia Duca Serra e o resulta-do apurado no sábado, não deixou ninguém da Secretaria dos Transportes sem ser xin-gado. Desde o motorista do diretor, até o secretário La Ro-que, passando pelo governa-dor foram muito cobrados pelos que estavam no con-gestionamento que ser for-mou, nos dois sentidos na ro-dovia. O problema maior é que não tinham ninguém para orientar os condutores.

IPVAO boleto para pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) deve chegar à residên-cia do contribuinte no final deste mês ou no início de março. Mas desde já é possí-vel consultar o valor, datas e forma de pagamento no site da Secretaria da Receita Esta-dual (SRE) – www.fazenda.pr.gov.br – e até mesmo recolher o imposto na rede bancária e nas casas lotéricas.

A alíquotaA alíquota permanece a mes-ma – 3% para automóveis, ca-minhonetes e embarcações recreativas ou esportivas, in-clusive jet ski e aeronaves não destinadas à atividade comer-cial, nacionais e estrangeiras, e 1,5% para ônibus, microôni-bus, caminhões, cavalo mecâ-nicos, motocicletas e similares ou qualquer outro veículo au-

tomotor não indicado ante-riormente.

20% de descontoAté 15 de março o contribuin-te pode recolher o valor em cota única do IPVA com des-conto de 20% ou pagar a 1ª cota. Se o contribuinte optou por parcelar o IPVA, deve lem-brar que a data de vencimen-to da 1ª cota é para o dia 15/03/2012. Os demais venci-mentos correspondem aos dias 16/04 (2ª cota), 16/05 (3ª cota), 15/06 (4ª cota), 16/07 (5ª cota) e 16/08 (6ª cota). O prazo máximo para licencia-mento se dará no dia 31/08 e a fiscalização começará no dia 03/09.

Onde pagarOs valores de 2012 (IPVA, taxa de licenciamento, seguro obrigatório e eventuais mul-tas e débitos anteriores) deve-rão ser pagos em qualquer agência do Banco do Brasil, Santander, Itaú, Bradesco, Basa, Caixa Econômica e casas lotéricas, com o Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais (DAR), que poderá ser emitido nos sites do De-tran – www.detran.ap.gov.br – e SRE – www.sefaz.ap.gov.br

Escapou da Ficha Limpa - Valdemar Costa Neto (PR-SP) - Ele foi um dos parlamen-tares que renunciaram ao mandato em 2005 por conta do seu suposto envolvimento no mensalão do PT. Investiga-do pela CPI dos Correios, aca-bou deixando o cargo. Porém, ao se candidatar em 2010 para um novo mandato na Câmara, conseguiu o registro de candidatura. A tese vence-dora no Tribunal Superior Eleitoral deixa clara a necessi-dade de existir uma represen-tação contra o parlamentar que resulte em cassação. Ou seja, protocolada ou na Corre-gedoria da Câmara ou no Conselho de Ética. Valdemar foi investigado pela CPI, mas não chegou a ser protocolado pedido de cassação contra ele. Assim, ele pode disputar as eleições.

Escapou da Ficha Limpa - Jader Barbalho (PMDB-PA)Figura política controvertida, Jader voltou ao Senado um ano após receber 1,8 milhão de votos dos eleitores paraen-ses. Ele já presidiu a Casa e renunciou ao mandato após ser alvo de uma série de de-núncias, em meio a uma que-da de braço com o então se-nador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Na épo-ca, por conta da disputa, ele acabou renunciando ao man-dato em 2001. Ele ficaria no cargo até 2003. Como os mi-nistros decidiram que a Lei da Ficha Limpa vale para conde-nações e renúncias ocorridas antes de 2010, conta-se o pra-zo de oito anos. Oito anos de-pois de 2003 é 31 de janeiro de 2011. Portanto, Jader não está mais inelegível.

Escapou da Ficha Limpa - João e Janete Capiberibe (PSB-AP)Janete e João Capiberibe per-deram os mandatos por deci-são do Tribunal Superior Elei-toral (TSE) por compra de votos nas eleições de 2002. Em 2010, os dois concorre-ram, respectivamente, a de-putada e a senador, conse-guindo votos suficientes para serem eleitos. No entanto, só tomaram posse após o Supre-mo decidir que a Lei da Ficha Limpa só seria aplicada a par-tir das eleições deste ano. Na época da análise dos registros de candidatura dos dois, os TSE informou que a sanção de oito anos de inelegibilidade passou a ser contada a partir das eleições de 2002, quando a compra de votos ocorreu. Portanto, a perda dos direi-tos políticos do casal se en-cerrou em 2010.

Escapou da Ficha Limpa - José Roberto Arruda (SEM PART.)Apontado pelo Ministério Público como líder de um es-quema de propina envolven-do membros do Executivo e do Legislativo da capital fe-deral, Arruda ficou preso por dois meses por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) cassou o mandato do então governa-dor por infidelidade partidá-ria. Para evitar a expulsão do partido, Arruda saiu do DEM. O partido, então, entrou na Justiça contra ele. Apesar de ter sido preso e da cassação por infidelidade partidária, ele não está inelegível. Assim como o peemedebista Jader Barbalho, ele renunciou ao mandato de senador em 2001, ficando sem os direitos políticos até 31 de janeiro de 2011.

RODOLFO JUAREZJornalista

Sandes Júnior (PP-GO) diz que a matéria é complexa e merece ser debatida por mais tempo

O número de acidentes de trânsito nas rodovias federais teve redução

Ministério da Saúde quer realizar 3,4 milhões de testes rápidos antiaids este ano

Lei da Palmada corre o risco de não ser aprovada no CongressoProjeto de lei que proíbe os pais de castigarem fisicamente os filhos está parado na Mesa

O polêmico projeto de lei que proíbe os pais de castigarem

fisicamente os filhos corre o risco de não ser aprova-do pelo Congresso Nacio-nal. Depois da anuência, em caráter terminativo, da comissão especial criada para analisá-lo, o projeto deveria ter sido encami-nhado ao Senado, mas está parado na Mesa Diretora da Câmara. O texto aguar-da a votação de seis recur-sos para que seja votado também no plenário da Casa.

Os deputados que apre-sentaram os recursos que-rem que a matéria seja dis-cutida no plenário da Câmara antes de seguir para o Senado. Esses parla-mentares esperam que a proposta seja rejeitada, quando a maioria dos de-putados tiver acesso ao texto. Na comissão espe-cial, apenas um grupo pe-queno de parlamentares teve a oportunidade de apreciar e votar a proposta – que foi aprovada por unanimidade.

Para um dos deputados que apresentou recurso, Sandes Júnior (PP-GO), a matéria é complexa e me-rece ser debatida por mais tempo com um número maior de parlamentares. “Trata-se de matéria polê-mica, objeto de acalora-das discussões na referida comissão especial, porém sem a necessária visibili-dade e amadurecimento que a importância do as-

sunto exige”, justificou no recurso.

Declaradamente contrá-rio ao projeto, o deputado Augusto Coutinho (DEM-PE) também apresentou recurso para que o texto seja discutido no plenário da Câmara. Para ele, as re-lações familiares não po-dem ser ditadas pelo Esta-do. “É indubitável que devam existir mecanismos para proteger a criança e o adolescente da violên-cia, seja essa doméstica ou não. Contudo, não pode ser concedida ao Es-tado a prerrogativa de in-gerência desmedida nos lares brasileiros”, defen-deu o deputado.

O projeto, de autoria do Poder Executivo, altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para es-tabelecer que “a criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuida-dos pelos pais, pelos inte-grantes da família, pelos responsáveis ou por qual-quer pessoa encarregada de cuidar, tratar, educar ou vigiar, sem o uso de castigo corporal ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação, ou qualquer outro pretexto”. O texto determina ainda que é considerado castigo corporal qualquer forma de uso da força física para

punir ou disciplinar cau-sando dor ou lesão à criança.

A proposta, que ficou conhecida como Lei da Palmada, também estabe-lece que os pais que co-meterem o delito deverão passar por acompanha-mento psicológico ou psi-quiátrico e receberem uma advertência. Eles, no entanto, não estão sujei-tos à prisão, multa ou per-da da guarda dos filhos. Os médicos, professores ou funcionários públicos que souberem de casos de agressões e não os de-nunciarem ficam sujeitos à multa que pode chegar a 20 salários mínimos.

O governo federal quer proporcionar este ano a realiza-

ção de 3,4 milhões de exa-mes rápidos antiaids. A meta foi anunciada nesse domingo (19), pelo minis-tro da Saúde, Alexandre Padilha, na abertura dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial, na Marquês de Sapucaí, no Rio.

“É o dobro de testes em relação ao ano passado. A estimativa é que tenhamos 250 mil brasileiros que es-tão infectados pelo HIV e não sabem. O diagnóstico precoce é fundamental para bloquear a cadeia de transmissão e para as pes-soas terem acesso mais rá-pido ao tratamento.”

O ministro ressaltou que este ano o foco principal é o público mais jovem. “Os dados que temos mostram uma redução da contami-nação na população em geral, de até 20% nos casos

de infecção pelo HIV, mas um aumento de 10% no público jovem gay, sobre-tudo de 19 a 24 anos. En-tão, estamos aproveitando o carnaval para reforçar a

mensagem de que a aids não tem cura e a única for-ma de prevenção é usar a camisinha.”

Padilha disse que estão sendo distribuídos em todo

o país 70 milhões de pre-servativos nas unidades de saúde, nos blocos de rua, nos desfiles de carnaval, nos camarotes e nos ho-téis.

Governo federal quer proporcionar este ano a realização de 3,4 milhões de exames rápidos antiaids

Diminui o número de mortes em rodovias federais nos três primeiros dias de carnaval

O número de mortes em acidentes de trânsito nas rodo-

vias federais durante os três primeiros dias do carnaval caiu em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o balanço parcial da Polícia Rodoviá-ria Federal (PRF), divulgado ontem, foram registradas 122 mortes em 2012, ante 135 em 2011.

Segundo a PRF, dois gra-ves acidentes foram res-ponsáveis por um quinto dos óbitos. No sábado (18), em Goiás, dois ônibus de turismo se chocaram na BR-153, causando a morte de 14 passageiros, dezenas ficaram feridos. Outro aci-dente envolvendo um car-

ro de passeio e um ônibus deixou oito mortos na BR-349, próximo ao município de São Félix, na Bahia.

O número de acidentes de trânsito e de pessoas fe-ridas nas rodovias federais também apresentou uma redução de quase um terço em relação aos primeiros dias da Operação Carnaval do ano passado. Em 2011 foram registrados 2,73 mil acidentes e 1,62 mil feridos, enquanto este ano foram 2,73 mil acidentes e 1,14 mil feridos.

Nos três primeiros dias da Operação Carnaval, os agentes da PRF fiscalizaram mais de 80 mil veículos e emitiram 31 mil multas. En-tre sexta-feira e domingo,

foram apreendidos 700 quilos de cocaína, 328 qui-

los de maconha e cerca de três mil pedras de crack.

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

Page 5: Jornal do Dia 21-22/02/2012

A5JD Macapá-AP, terça e quarta-feira, 21 e 22 de fevereiro de 2012PolíticaEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

População que esteve no Sambódromo reclamou dos preços abusivos e atraso de escola de samba

Mônica do Socorro, filha do mestre Pavão

Caldeirão do Pavão completa 18 anos

População reclama dos altos preços de produtos na área interna do Sambódromo, as escolas ficam insatisfeitas com a qualidade do som

Carnaval da Liesa gera criticas e elogios

Nos dois dias de des-files das Escolas de Samba de Macapá,

o público amapaense com-pareceu em grande núme-ro lotando as arquibanca-das do Sambódromo. Para muitos, o Carnaval 2012 esta sendo considerado um dos mais organizados e mais disputados dos últi-mos anos.

Uma das principais criti-cas e que grou polêmica foi do senador João Alberto Capiberibe (PSB). Ao con-trario do filho e governador Camilo Capiberibe (PSB), que ofereceu todo apoio a Liesa, o senador escreveu na sua página pessoal do Twitter: “Estou batendo em retirada do Sambódro-mo, com a certeza de que a Liesa não tem condições de organizar e nem realizar um carnaval”.

Ao certo o senador não definiu as falhas que en-controu na organização do desfile, mas mostrou des-contentamento com que viu. Nem Liesa e nem o próprio filho e governador se pronunciaram a respei-to da declaração.

Contudo, elogios e criti-cas andaram lada a lado durante os dois dias de desfiles na Avenida Ivaldo Veras. A Escola Piratas da Batucada, primeira agre-miação a desfilar no Sam-bódromo atrasou cerca de 30 minutos, o que ocasio-nou o atraso para outras agremiações.

De acordo com a direção da escola, a Liga das Esco-las de Samba (LIESA) não corrigiu um problema no som, mais precisamente no

carro que acompanha os interpretes. Inclusive essa falha acompanhou todas as agremiações que passa-ram pelo Sambódromo.

O problema já teria re-passado a direção da Liga uma semana antes, quan-do aconteceram os ensaios técnicos, momento em que as escolas colocam em prá-tica a evolução das alas co-reografadas. Reforçando a falha no som, a Escola Ma-racatu da Favela realizou dois ensaios técnicos, uma vez que o primeiro não dava para ouvir o retorno para bateria e interpretes. “Ficamos surpresos com a qualidade do som, deixou muito a desejar. Em primei-ro lugar eles deveriam dá prioridade, porque houve falhas grotescas na aveni-da. E hoje (domingo), deu para ver que não mudou”, disse Alan Maia.

O público também notou a ausência da qualidade do som. Para quem estava nas arquibancadas reclamava das dificuldades para en-tender o samba enredo das agremiações. “Eu tentava acompanhar, mas me per-dia, o som estava realmen-te ruim, mas também foi só isso de negativo que en-contrei aqui dentro, o resto esta de parabéns, show de bola”, destacou o enge-nheiro Almin Saruê.

E certos momentos da apresentação das Escolas, eram perceptíveis as falhas do carro som e das caixas espalhadas pelo Sambó-dromo.

Estrutura Toda a estrutura do Sam-

bódromo ganhou reparos que custaram aos cofres públicos a bagatela de R$ 280 mil. Além disso, próxi-mo a concentração foi in-serida uma praça de ali-mentação, que foi coordenada pela Secretaria Estadual do Trabalho e em-preendedorismo (SETE), que tinha como intenção tirar os ambulantes que se aglomeravam em frente do Sambódromo. Mesmo com todo intuito do Estado, os vendedores informais me-nosprezavam a idéia e se aglomeravam na saída para o estacionamento.

Também a ausência de banheiros químicos na área externa estava reduzida para a grande demanda da população. De acordo com informações, estava sendo cobrado R$ 1 para utilizar os espaços. “Nunca vi co-brarem para isso, fiquei surpresa ao saber, mas muita gente estava procu-rando os banheiros dos barracões e outros faziam em qualquer lugar. É preci-so ver essa situação”, co-mentou a dona de casa Mi-rian Silvia.

PreçosUm dos assuntos que

também fez parte das po-lemicas do carnaval 2012 foi os preços cobrados para entrar no Sambódromo. Com valor de R$ 20, e meia de R$ 10, a população re-clamou, mas em vão. Se-gundo informações, no se-gundo dia de desfiles (domingo), a população estava pagando R$ 10 para entrar e na bilheteria não estavam solicitando a apre-

sentação de carteira de es-tudante.

Além da população pa-gar para entrar, era obriga-do a comprar alimentação, cerveja, refrigerante e água tudo acima do preço se comparado ao mesmos produtos vendidos na área de alimentação. Para a co-merciante Isaura Lemos, a organização do carnaval deveria ser a primeira a combater o preço abusivo dos produtos comerciali-zados no interior do Sam-bódromo. “Pagamos tudo direitinho para assistir os desfiles, e ainda temos que gastar com bebidas e ali-mentos bem acima do preço, mas isso já é brincar com a nossa cara”, conta.

Em algumas barracas encontradas na Praça de Alimentação, uma cerveja era vendida a R$ 2, e na

compra de três o cliente pagava R$ 5. No Sambó-dromo uma cerveja custa-va R$3, refrigerante de baixa qualidade a R$ 3, e uma garrafinha de R$ 250 ml de água, R$ 2.

Semente carne na chapa estava sendo vendido a um custo de R$ 8 a R$ 10. “Em média cada cidadão gasta R$ 100 para ver os desfiles, a população que se exploda, sequer nos respeitam, e não existe ne-nhum tipo de fiscalização para ver os absurdos co-brados aqui dentro. É um roubo”, assegura o profes-sor Silvio Sales.

ElogiosDesde a recém inaugu-

rada Cidade do Samba até o Sambódromo, a popula-ção conferiu de perto a preparação das escolas de

samba. Na Praça de Ali-mentação até os barracões das agremiações, o movi-mento de pessoas era in-tenso, sem contar que o público lotava as arqui-bancadas. Segurança, lim-peza, campanhas educati-vas e atendimentos médicos foram destacados durante s desfiles. Na par-te do transito, BPTRAN, EMTU e DETRAN executa-ram com sucesso o tráfego nas mediações do Sambó-dromo.

Encerrando a programa-ção de desfiles, a Liga In-dependente dos Blocos Carnavalesco do Estado do Amapá (Liba/AP) apre-sentou 12 blocos carnava-lescos. O Governo do Esta-do efetuou um repasse no valor R$ 120 mil para a Liga organizar as apresen-tações.

Na próxima quarta-feira (22) a popula-ção amapaense es-

tará comparecendo em peso ao Caldeirão do Pa-vão, localizado na Avenida Vereador José Tupinambá, antiga Nações Unidas, no bairro do Laguinho, para em mais um ano, finalizar o Carnaval amapaense to-mando aquele caldo do Mestre Pavão.

Neste ano a festividade – que iniciou para a come-moração de aniversário de um dos filhos do Seu Lineu Ramos, o Famoso Mestre Pavão – celebrará 18 anos, e para essa celebração se-rão distribuídos 1000 aba-das, e o tradicional caldo, para que os amantes de carnaval matem sua ressa-ca, após esses sete dias de festividade.

Segundo Monica do So-corro, filha do Mestre Pa-vão, tudo começou com a celebração do aniversário do seu irmão Lino, mo-mento em que a família re-solveu comemorar o ani-versário de uma forma diferenciada. “Nós saímos na rua batendo panela, dançando e festejando a data. E foi assim que tudo começou, com uma brin-cadeira que iniciou com 20 pessoas e hoje recebe mais de 3000 brincantes” expli-cou

Com a rápida populari-dade do bloco, a família deu continuidade à come-

moração que tem como uma de suas particularida-des o famoso caldo do Pa-vão, que é servido em to-das as quartas-feiras de Cinza, para curar a ressaca dos dias anteriores e reto-mar a energia dos foliões.

Em quase todos os anos quem ficava responsável pelo preparo do caldo era o Seu Pavão, mas hoje de-vido ao falecimento dessa figura histórica e folclórica do Amapá, o preparo fica a cargo de seus filhos, netos e bisnetos, que pretendem tornar essa história em algo eterno.

HojeApós quase três anos do

falecimento do patriarca da festa, a tradição continua a ser seguida com empenho pela família, principalmen-te, por ter sido um pedido de Lineu Ramos antes de

morrer, tendo total impor-tância para a família: “A fa-mília resolveu continuar com o bloco, pois o meu pai antes de morrer pediu que a gente continuasse não só com o bloco, mas também com a realização do festejo de marabaixo, outra comemoração que ele prezava e a partir da-quele ano demos continui-dade à tradição”.

A concentração do bloco sempre ocorre na casa dos Ramos, na Avenida José Tupinambá, aonde a partir das 10hs o caldo começa a ser distribuído para as pes-soas que participam do bloco e também à todos os presentes. Às 17hs o bloco do Pavão sai atrás do trio e percorre ruas dos bairros Laguinho e Jesus de Naza-ré até retornar á sede do bloco onde a festa conti-nua até anoitecer.

ANDERSON CALANDRINIDa Redação

Hoje tem! A Banda, maior encontro popular do carnaval amapaense

A terça-feira gorda é um dos momentos mais esperados do

carnaval de Rua em Maca-pá. É o dia em que a bloco de sujos, “A Banda” sai às ruas levando foliões com suas fantasias improvisa-das: rapazes vestidos de mulher e vice versa numa alegria contagiante. A Ban-da é o maior encontro po-pular do carnaval amapa-ense e da Amazônia. Uma Prova disso são os 47 anos ininterruptos que o bloco sai as às ruas arrastando uma multidão que hoje ul-trapassa a 125 mil brincan-tes.

E como em todas as ter-ças-feiras de carnaval, os foliões amapaenses vão ao centro de Macapá, para participar do maior bloco de rua da região Norte, que de acordo com seus diri-gentes todos os anos ar-rasta uma multidão de aproximadamente 125 mil pessoas, pelas ruas da Ca-pital, número esse que continua crescendo.

Nesse ano de 2012 os di-retores do bloco estão muito alegres, pois além da festividade ser considerada um patrimônio histórico do

Amapá, o mesmo ganhara uma sede, voltada para apresentações culturais, lo-cal esse que contará com teatro para 300 pessoas e galeras para exposições.

Tais vitórias trazem lágri-mas aos olhos de José Fi-gueiredo, conhecido como Savino, que é um dos fun-dadores desse bloco, que foi montado em 1965 com o intuito de fazer resistên-cia ao Governo Totalitário existente na Época. “Hoje, 47 anos depois, trago mui-tas lembranças boas de to-dos esses desfiles, porém junto com essas, também trago algumas perdas e históricos de conflito com o Executivo. O principal ocorreu no ano de nasci-mento da Banda, pois nes-se ano fomos perseguidos, impedidos de caminhar li-vremente pelas as ruas e alguns foram até recolhi-dos pelo DOI-CODI, pois fomos taxados de comu-nistas, porque escolhemos a música A Banda, de Chico Buarque de Holanda, como tema de nossa caminhada” explicou.

História:A Banda foi criada em 02

de março de 1966, em pro-testo a um general da épo-ca. Desde o primeiro ano, o bloco adotou a música “A Banda”, de Chico Buarque, como tema principal. Hoje na Banda toca-se de tudo, frevo, axé, as tradicionais marchinhas e outros ritmos populares, sem esquecer, é claro, da música tema.

Segundo os populares mais velhos a sua origem vem dos tempos das ba-talhas de confete, do Bar-rigudo — no bairro do Trem —, do Bar Caboclo, do Canta Galo e do Bar Du Pedro, no Mercado Central. Junto com A Ban-da nasceu a Chicona, bo-neca com cerca de três metros de altura conside-rada uma das principais atrações do bloco. Ela é a matriarca da festa e foi criada de improviso pelo saudoso mestre “Cutião”. Ele é quem ficava de bai-xo boneca gigante de pano e papelão. Cutião manteve essa tradição até partir para brincar no car-naval celeste. Depois sur-giram outros bonecos, o marido, Anhanguera, os filhos, Arizinho e Cutião, e a boneca Iracema.

Antônio Munhoz e José Figueiredo de Sousa: fundadores da Banda

Page 6: Jornal do Dia 21-22/02/2012

A6JD Macapá-AP, terça e quarta-feira, 21 e 22 de fevereiro de 2012GeralEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Entre os temas relevan-tes a serem debatidos nos próximos meses

pelo Senado Federal estão segurança pública e pacto federativo. O líder do PT na Casa, Walter Pinheiro (BA), anunciou na última terça-feira (14) que os senadores planejam dedicar duas se-manas inteiras a projetos específicos sobre seguran-ça, questão que, em sua avaliação, é “explosiva”. A intenção dos líderes é ane-xar os principais projetos em tramitação sobre o tema para se chegar a uma pauta única e de consenso, agilizando a tramitação das propostas.

Para o líder do DEM, se-nador Demóstenes Torres (GO), segurança pública deve ter “prioridade zero” no Senado. O senador afir-mou que, com o cresci-mento da desigualdade social, a violência aumen-

tou. E o Brasil não pode mais esperar por soluções.

No retorno aos trabalhos, o pacto federativo estará no centro das discussões, e os senadores planejam também criar uma Comis-são Especial para debater a regulamentação do Fundo de Participação dos Esta-dos (FPE). Estão previstas sessões conjuntas da CCJ com as comissões de De-senvolvimento Regional e Turismo (CDR) e de Assun-tos Econômicos (CAE), para buscar um acordo sobre assuntos como incentivos fiscais, Fundo de Participa-ção dos Estados (FPE) e mesmo royalties do petró-leo, motivo de grande po-lêmica no Congresso.

A comissão especial deve analisar também o projeto de Resolução (PRS 72/2010), que uniformiza em 4% a alíquota para o Imposto sobre Circulação

de Mercadorias (ICMS) nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior. O objetivo é combater a guerra fiscal, causada pelos incentivos concedidos por alguns estados, para atrair empresas. O projeto está em análise na CCJ.

A oposição concorda que o FPE precisa ser discutido com urgência, já que o Su-premo Tribunal Federal (STF) deu o prazo até 31 de dezembro deste ano para que o Congresso regula-mente o tema. Os senado-res alertam apenas para que seja definida uma re-gra de transição de forma a evitar que os estados per-cam parte de sua receita de forma repentina.

Medidas Provisórias A lista de prioridades dos

senadores incluem ainda a tramitação das medidas

Com o crescimento da desigualdade social, a violência também aumentou. Pacto está no centro das discussões

Segurança pública e pacto federativo serão prioridades no Senado após o carnaval

DIVULGAÇÃO

Seis assassinatos no final de semana

Jovem morre e família garante que ele foi espancado por policiais militares

Menor morre em tiroteio no Rio

Tentativa de assalto termina em morte em Barcarena

provisórias (MP). Os líderes pediram ao presidente do Senado, José Sarney, que realize um esforço junto ao governo e à Câmara dos Deputados para que a pro-posta de emenda à Consti-

tuição (PEC) 11/2011 seja aprovada.

Segundo Alvaro Dias, o Senado está sendo subme-tido a “uma situação até de humilhação”, devido ao pouco tempo para análise

e pela quantidade de MPs enviadas ao Congresso. O texto, que altera o rito das MPs, foi aprovado em agosto pelo Senado e está em análise na Câmara dos Deputados.

Seis assassinatos ocorreram no final de semana do car-

naval, cinco na capital e um no município de Fer-reira Gomes. Segundo a polícia, nenhum deles foi registrado nas áreas onde ocorriam os feste-jos momescos.

No sábado, primeiro dia dos desfiles no Sam-bódromo, um assassina-to ocorreu por volta das 4h da madrugada no ini-cio da Avenida Ivaldo Ve-ras, bairro Jardim Marco Zero. Um homem ainda não identificado sacou um revólver e disparou na direção dos jovens Raimundo Viana dos Santos, de 21 anos e Wander Jeferson Caval-cante, de 23. Raimundo levou um tiro na cabeça e Wander, no pescoço.

Os dois foram levados

as pressas para o Hospital de Emergências, mas por volta das 15h da tarde de sábado, Raimundo não resistiu ao ferimento e acabou falecendo naque-la casa de saúde. A polícia já tem o nome de um suspeito de ter cometido o crime.

Na madrugada de do-mingo (19) no bairro do São Lázaro, Ronaldo Alves dos Reis, de 34 anos, foi encontrado por populares atrás do Terminal Rodovi-ário Municipal. A polícia foi acionada e constatou que Ronaldo foi assassi-nado com pelo menos 7 facadas.

Uma equipe da Delega-cia de Crimes Contra a Pessoa (Decipe) esteve no local e abriu um inquérito policial para apurar o cri-me. Eles já descobriram que o telefone celular da vítima estava com um ra-paz que disse que com-prou de um homem. Resta

eles investigarem se foi crime de latrocínio.

Já no bairro Zerão mais um assassinato cometido a facadas e sem pista dos assassinos. Fagno da Silva Nunes, de 26 anos, foi en-contrado morto por volta das 4h da manhã caído na Rua Inspetor Antônio Oli-veira. A Decipe também instaurou um inquérito para apurar o caso.

Criança vítima de bala perdida passa bem

A pequena Débora Lai-sa, de apenas 8 anos, esta-va na casa dela, no bairro do Muca quando foi víti-ma de uma bala perdida na perna. O fato aconte-ceu por volta das 10h da manhã de sábado (18).

Segundo a polícia, vá-rios bandidos que moram naquela área iniciaram um tiroteio que resultou no ferimento da pequena. Ninguém foi preso até o fechamento desta edição.

ALYNE KAISERDa Redação

O jovem Anderson da Silva cruz, de 22 anos, faleceu

NBA noite de sábado no pronto Socorro de Ma-capá. De acordo com al-guns familiares do jo-vem, ele teria sido espancado por policiais militares no último dia 14 de fevereiro bem pró-ximo a casa dele, no Bairro Novo Horizonte.

Naquele dia, Anderson e um amigo de prenome Walisson, estariam em via

pública quando foram abordados por policiais militares que passaram a agredi-los. Os dois foram levados as pressas para o Pronto Socorro, mas An-derson não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo. O amigo já está em sua casa.

Um boletim de ocor-rência foi registrado no Centro Integrado de Operações em Segurança Pública do Pacoval para apurar o crime.

Nos últimos meses policiais tem se envolvi-do em crimes contra a

vida e assaltos. Mês passado um soldado te-ria sido acusado de as-sassinar dois irmãos após uma discussão no Balneário de Fazendi-nha. Ele apresentou a arma na Politec mas o exame balístico ainda não fora divulgado.

Outro caso relevante é o do na época tenente Reinildo Carvalho, que foi visto por dezenas de testemunhas atirando em um funcionário pú-blico na orla da cidade. Ele encontra-se preso na sede da PM.

ALYNE KAISERDa Redação

Um menor, de apro-ximadamente 14 anos, morreu na

madrugada desta segun-da-feira, 20, durante tro-ca de tiros entre policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na re-gião da favela de São Carlos, no Centro do Rio, segundo informações

inicias da Polícia Militar. Uma pessoa foi presa.

O tiroteio começou por volta das 5 horas, quando policiais reco-nheceram um traficante que brincava em um bloco de carnaval. O suspeito percebeu que seria preso e deu início à troca de tiros.

O homem ficou ferido e foi preso. Um menor foi atingido e morreu. Ou-tros três moradores do local também foram atin-gidos, segundo a PM. Uma viatura da PM foi incendiada. A assessoria da UPP ainda não tinha mais informações sobre o ocorrido. (AE)

Segundo informações da polícia militar de Barcarena, Nordeste

do estado; na madrugada desta segunda-feira(20), Geovan Ribeiro da Con-

ceição teria tentado assal-tar um jovem no ponto de ônibus e acabou levando quatro tiros e morreu na hora. O jovem, identifica-do com Sirlei; autor dos

disparos foi detido logo em seguida enquanto ten-tava fugir de carona em um veículo de placa JVI-5222 -modelo Fox, que era conduzido por um amigo.

O debate em torno de punições mais duras para quem

dirige sob o efeito de ál-cool deve retornar à Câ-mara nas próximas sema-nas. Um dos pontos mais polêmicos, previsto no PL 2788/11, do Senado, é o que criminaliza o ato de dirigir sob a influência de qualquer concentração de álcool no sangue.

Atualmente, segundo o Código de Trânsito Brasi-leiro (CTB – Lei 9.503/97), só comete crime de trânsito – sujeito a pena de deten-ção de 6 meses a 3 anos – o motorista que, ao ser sub-metido ao etilômetro (ba-fômetro), apresenta con-centrações iguais ou superiores a 0,3 mg de ál-cool por litro de ar expelido, o equivalente a 0,6 g de ál-cool por litro de sangue.

O presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, depu-tado Hugo Leal (PSC-RJ), defende que neste primei-ro momento apenas o au-mento das sanções admi-nistrativas seja colocado em pauta: “Vamos propor uma separação das pro-postas e aquelas que tra-tam de questões penais deverão ser analisadas em um segundo momento.”

De acordo com Leal, a ideia é propor nos próxi-mos dias a criação de uma comissão especial mista (com deputados e sena-dores) para sugerir mu-danças na parte de san-ções administrativas do código. Entre as possíveis mudanças, ele destaca o aumento do valor da mul-ta e do tempo de suspen-são do direito de dirigir, além da ampliação do

conjunto de provas que podem ser usadas para atestar a embriaguez do motorista.

Relator do PL 2788/11 na Comissão de Viação e Transportes, o deputado Edinho Araújo (PMDB-SP) é contrário à ideia de se-parar a parte penal. “Pre-cisamos de punições que sirvam de lição às pesso-as, que tenham um senti-do pedagógico capaz de mudar os costumes e a cultura dos motoristas”, afirma. Ele considera es-sencial alterar a Lei Seca (Lei 11.705/08) para ga-rantir que o condutor al-coolizado seja responsa-bilizado mesmo quando se recusar a passar pelo teste do bafômetro.

Pesos diferentes Para o presidente da

ONG Instituto Brasileiro de Segurança no Trânsito (IST,) David Duarte Lima, o limite de tolerância adota-do no Brasil (0,6 g/l) já é suficiente para uma puni-ção justa nos casos de em-briaguez extrema. “Não se deve beber e dirigir, mas também não concordo com a ideia de colocar na cadeia o motorista que beber duas latas de cerveja ou umas ta-ças de vinho durante o jan-tar”, pondera.

De acordo com o CTB, concentrações entre 0,1 mg e 0,29 mg de álcool por litro de ar expelido dos pulmões são consideradas apenas infrações, sujeitando o con-dutor a multa de R$ 957,70 e a suspensão do direito de dirigir por 12 meses.

Lima é favorável, no en-tanto, ao uso de outras formas de comprovação do estado de embriaguez

do motorista. “Em muitos países desenvolvidos, os agentes de trânsito são treinados para identificar possíveis sinais de embria-guez”, ressalta.

Provas Pela legislação atual, o

agente de trânsito só pode usar outras provas admiti-das em Direito, como as testemunhais, para aplicar multa e suspender o direi-to de dirigir. No entanto, muitos motoristas flagra-dos dessa forma questio-nam na Justiça a legitimi-dade das provas. “Hoje é comum o motorista se ne-gar a fazer o teste do ba-fômetro para depois con-testar o estado de embriaguez na Justiça”, afirma o especialista em educação no trânsito José Nivaldino Rodrigues.

Para ele, a ampliação do conjunto de provas, in-cluindo testemunhas, ima-gens e vídeos, entre ou-tras, seria um avanço significativo na aplicação dos rigores da lei. No pró-ximo dia 29, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) deverá decidir se a polícia pode usar outros méto-dos, além do bafômetro, para aferir a embriaguez do motorista.

Rodrigues observa ainda que, após dois anos, a fal-ta de fiscalização fez a Lei Seca perder um pouco da efetividade no controle de acidentes envolvendo mo-toristas embriagados. Se-gundo ele, isso se deve em parte ao fato de a lei ter saído do foco de aten-ção da mídia, o que teria feito as autoridades tam-bém diminuírem o nível de controle.

Comissão poderá debater aumento de punição a motorista alcoolizado

Senado Federal: intenção é analisar os principais projetos sobre o tema

Atualmente, segundo o CTB, só comete crime de trânsito o motorista que tiver 0,3 mg de álcool por litro

Page 7: Jornal do Dia 21-22/02/2012

A7JD GeralEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Macapá-AP, terça e quarta-feira, 21 e 22 de fevereiro de 2012

O polêmico projeto de lei que proíbe os pais de castigarem

fisicamente os filhos corre o risco de não ser aprova-do pelo Congresso Nacio-nal. Depois da anuência, em caráter terminativo, da comissão especial criada para analisá-lo, o projeto deveria ter sido encami-nhado ao Senado, mas está parado na Mesa Diretora da Câmara. O texto aguar-da a votação de seis recur-sos para que seja votado também no plenário da Casa.

Os deputados que apre-sentaram os recursos que-rem que a matéria seja dis-cutida no plenário da Câmara antes de seguir para o Senado. Esses parla-mentares esperam que a proposta seja rejeitada, quando a maioria dos de-putados tiver acesso ao texto. Na comissão espe-cial, apenas um grupo pe-queno de parlamentares teve a oportunidade de apreciar e votar a proposta – que foi aprovada por unanimidade.

Para um dos deputados que apresentou recurso, Sandes Júnior (PP-GO), a matéria é complexa e me-rece ser debatida por mais tempo com um número maior de parlamentares. “Trata-se de matéria polê-mica, objeto de acaloradas discussões na referida co-missão especial, porém

Os deputados que apresentaram os recursos querem que a matéria seja discuti-da no plenário da Câmara antes de seguir para o Senado

O texto aguarda a votação de seis recursos para que seja votado também no plenário da Casa

DIVULGAÇÃO

Lei da Palmada corre o risco de não ser aprovada no Congresso

sem a necessária visibilida-de e amadurecimento que a importância do assunto exige”, justificou no recur-so.

Declaradamente contrá-rio ao projeto, o deputado Augusto Coutinho (DEM-PE) também apresentou recurso para que o texto seja discutido no plenário da Câmara. Para ele, as re-lações familiares não po-dem ser ditadas pelo Esta-do. “É indubitável que devam existir mecanismos para proteger a criança e o adolescente da violência, seja essa doméstica ou não. Contudo, não pode ser concedida ao Estado a prerrogativa de ingerência desmedida nos lares brasi-

leiros”, defendeu o depu-tado.

O projeto, de autoria do Poder Executivo, altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para estabelecer que “a criança e o adolescente têm o di-reito de ser educados e cuidados pelos pais, pelos integrantes da família, pe-los responsáveis ou por qualquer pessoa encarre-gada de cuidar, tratar, edu-car ou vigiar, sem o uso de castigo corporal ou de tra-tamento cruel ou degra-dante, como formas de correção, disciplina, edu-cação, ou qualquer outro pretexto”. O texto deter-mina ainda que é conside-rado castigo corporal qual-

quer forma de uso da força física para punir ou disci-plinar causando dor ou le-são à criança.

A proposta, que ficou co-nhecida como Lei da Pal-mada, também estabelece que os pais que comete-rem o delito deverão pas-sar por acompanhamento psicológico ou psiquiátrico e receberem uma adver-tência. Eles, no entanto, não estão sujeitos à prisão, multa ou perda da guarda dos filhos. Os médicos, professores ou funcioná-rios públicos que soube-rem de casos de agressões e não os denunciarem fi-cam sujeitos à multa que pode chegar a 20 salários mínimos.

Chega a 30 mil número de pessoas afetadas pela chuva no AcreA chuva no Acre afeta

mais de 30 mil pes-soas e deixa mais de

6 mil desabrigadas. O nível do Rio Acre está 6 metros acima do normal e chegou a 17,26 metros. A tendên-cia é que a água continue a subir, segundo informa-

ções da Defesa Civil do es-tado.

O Rio Juruá também con-tinua subindo. Desde últi-ma asexta-feira (17), estão sendo enviados alimentos, cestas básicas e medica-mentos às famílias da re-gião, especialmente as das

cidades de Santa Rosa e Sena Madureira.

A capital Rio Branco está em situação de emergên-cia desde a semana passa-da. Quase 2 mil pessoas tiveram de deixar suas ca-sas e estão abrigadas no parque de exposições lo-

cal. Mais de 5 mil casas fo-ram alagadas e 30 bairros das regiões urbana e rural foram atingidos.

O Instituto Nacional de Meteorologia alerta para a ocorrência de pancadas de chuva em todo o estado durante o carnaval.

JD Mundo

DIVULGAÇÃO

fOtOs DIVULGAÇÃO

México

Coreia do Sul

Afeganistão

Paraguai

Sem-terrasO conflito de terras no Paraguai envolve muito mais do que a disputa entre os carperos, como são conhecidos os sem-terra que acampam nas “carpas” (tendas), e os fazen-deiros brasileiros.Do lado dos sem-terra, o único ponto de união é a defesa da reforma agrária. “Suspeitamos que em Ñacunday [município onde há um dos maiores acampa-mentos] haja um grupo dirigente em confabulação com políticos, promovendo ações de violência como uma ma-neira de chantagear os produtores e conseguir dinheiro”, disse Luís Aguayo, líder da Mesa Coordenadora Nacional de Organizações Campesinas. .

DIVULGAÇÃO

Briga mata 44 prisioneirosUm grupo de 30 presos fugiu do presídio de Apodaca

(norte), na cidade de Monterrey, do estado mexicano de Nuevo León, durante o conflito registrado no domingo que deixou 44 prisioneiros mortos, disse nesta segunda-feira o governo deste distrito. “Em meio à briga e à desordem pro-vocadas no interior do presídio, um grupo de 30 presos conseguiu escapar das celas”, disse durante uma coletiva de imprensa o governador de Nuevo León, Rodrigo Medi-na.

Resgata criançasO governo afegão informou ontem que a polícia resgatou 41 crianças entre 6 e 11 anos que o Taleban pretendia en-viar ao Paquistão e treinar para atuarem como terroristas suicidas. A operação ocorreu na última quarta-feira (15) na província oriental de Kunar, fronteiriça com o Paquistão, informou Sediq Sediqi, porta-voz do ministério do Interior, à imprensa em Cabul. Quatro talebans que passariam pela fronteira com as crianças foram detidos, acrescentou ele.As crianças, de 6 a 11 anos, estavam destinadas a sofrer uma “lavagem cerebral” e a serem “preparadas para se tor-narem suicidas contra as tropas afegãs e internacionais no Afeganistão”, explicou Sadiqi em uma coletiva de impren-sa.

Manobras militares A Coreia do Sul começou nesta segunda-feira nas proxi-

midades da fronteira com a Coreia do Norte, em pleno Mar Amarelo manobras militares com fogo real, o que voltou a aumentar a tensão entre os dois países. O teste faz parte de um exercício antissubmarino rotineiro em conjunto com os Estados Unidos que se prolongará até sexta-feira, e englo-ba o uso de mísseis autopropulsados, canhões Vulcan, morteiros e helicópteros de ataque Cobra, informou o Mi-nistério da Defesa de Seul.

Presidenta pede atenção aos motoristas na volta do feriado de carnavalA presidenta Dilma

Rousseff disse on-tem (20) que os bra-

sileiros que estão curtindo o carnaval devem ter cui-dado ao pegar as estradas no retorno para casa. Em seu programa semanal Café com a Presidenta, ela lembrou que a maioria dos acidentes de trânsito re-gistrados nesta época do ano poderia ser evitada “com um pouco mais de atenção e responsabilida-de”.

Segundo Dilma, no ano passado, mais de 27 mil motoristas foram multa-

dos apenas nas estradas federais porque estavam dirigindo alcoolizados. “Tem gente que ainda acha que pode beber e dirigir e que nada de ruim vai acon-tecer, mas não é assim, a gente sabe. É preciso mu-dar esse comportamento – álcool e volante não combinam mesmo”, disse.

Ela ressaltou que o moto-rista que bebe fica com os reflexos mais lentos para reagir a uma situação de perigo, além de perder a noção de distância, por exemplo, em relação a uma curva mais perigosa.

“Se beber, é melhor pegar uma carona com o amigo, ir de táxi, de ônibus ou até adiar um pouco a via-gem.”

De acordo com a presi-denta, desde o dia 15 de dezembro até o próximo domingo (26), o governo realiza uma operação inte-grada em rodovias fede-rais, estaduais e munici-pais. Na Operação RodoVida, a Polícia Rodo-viária Federal, as polícias rodoviárias estaduais e os órgãos de segurança pú-blica dos estados traba-lham de forma articulada

com o objetivo de reduzir os acidentes violentos no país.

“Agora, no carnaval, a Polícia Rodoviária Federal está com 9.200 policiais nas estradas para evitar, principalmente, o excesso de velocidade, a embria-guez e as ultrapassagens em local proibido. Além disso, os policiais contam com 1.800 bafômetros para evitar que as pessoas que consumiram bebidas alcoólicas continuem diri-gindo e coloquem em ris-co a sua própria vida e a vida dos outros”, explicou.

Médico alerta sobre gripe suína, que ainda registra casos no país O presidente da So-

ciedade Paulista de Pneumologia e Ti-

siologia, Igor Bastos, disse hoje (20) que a população brasileira está “se esque-cendo” da influenza A (H1N1) – gripe suína – e alertou que o país ainda re-gistra casos, inclusive gra-ves, da doença.

Em entrevista ao progra-ma Revista Brasil, ele lem-brou que as doenças respi-ratórias atingem a população de maneira fre-

quente, sobretudo no in-verno, quando há maior aglomeração em ambien-tes fechados. “Mas isso não quer dizer que no verão não possamos ter casos. É menor o índice, mas, mes-mo assim, pode acontecer”, ressaltou. Outro fator im-portante, segundo o médi-co, é a imunização contra a gripe suína. “Existe a vaci-nação, mas muitas pessoas deixaram de tomar a vaci-na”, disse. “A vacinação é uma maneira de evitar a

doença sim, mas a vacina, apesar de a gente acreditar que imuniza, muitas vezes pode não imunizar, depen-dendo da pessoa. Mesmo vacinado, você pode ter doenças”, completou.

Por isso, Bastos destacou que cuidados básicos como lavar bem as mãos com água e sabão e cobrir a boca ao tossir devem ser reforçados. Pessoas com doenças respiratórias crô-nicas, como enfizema pul-monar e bronquite, e pes-

soas imunossuprimidas devem ter os cuidados re-dobrados.

No fim do ano passado, especialistas alertaram que o Brasil não está livre de enfrentar nova epidemia de gripe suína, como a que atingiu o país em 2009. De acordo com o representan-te da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Otávio Oliva, a do-ença pode voltar a atingir o Brasil e outros países em forma de pandemia.

Page 8: Jornal do Dia 21-22/02/2012

Aline LimaMacapá-AP, terça e quarta-feira, 21 e 22 de fevereiro de 2012 Editor: Pablo Oliveira - [email protected]

Sociedade [email protected]

Aline e Jaqueline Ramos aproveitando o carnaval

Charlinho e Gessica Pinheiro

Bruno Gurjão se divertindo na folia Gabriel Ferreira da Radio Difusora

Ex BBB Fernando Mesquita marcando presença no carnaval d e Santana

Marchinha de carnaval

Mulata ie ie ieMulata bossa novaCaiu no hully gullyE só dá elaÊ ê ê ê ê ê ê êNa passarela...

Hoje é o dia da BANDA

A terça-feira gorda é um dos momentos mais esperados do carnaval de rua de Macapá.

Todos os anos mui-tas pessoas vão para as ruas com suas fan-tasias improvisadas. A Banda é a maior diversão do carnaval amapaense.

O poder dos sucos

Os líquidos são sempre bem-vindos ao organismo. A hi-dratação começa pela água e continua com os sucos de fru-tas, que oferecem ao organismo um su-porte importante de vitaminas. Uma defi-ciência em qualquer um dos nutrientes que mantém as de-fesas altas, por me-nor que seja, reduz a capacidade do or-ganismo de comba-ter os invasores ex-ternos e os venenos internos. Para evitar isso é preciso incluir regularmente na dieta alimentos que contêm vitamina A, complexo B, vitami-na C, vitamina E, Co-bre e magnésio.

Sabrynna Leah

Ana paula sorridente na coluna

Karla Torres e Paulo Junior

Page 9: Jornal do Dia 21-22/02/2012

Editor: Fabrício Costa - [email protected]

CarnavalCaderno BMacapá-AP, terça e quarta-feira, 21 e 22 de fevereiro de 2012

Piratas da Batucada, primeira escola a desfilar, entrou na avenida com 1:10h de atraso

Na noite de sábado (18) foi a vez do público conferir a beleza e a magia dos desfiles na Avenida do Samba Ivaldo Veras. Superação: Piratas da Batucada entra na avenida apesar de ter enfrentado problemas

A noite de sábado já começou com con-gestionamento nas

vias que dão acesso ao sambódromo. A Guarda Municipal estava posicio-nada para orientar os mo-toristas e organizar a difícil tarefa de estacionar o car-ro. Às dez da noite não ti-nha mais vaga disponível para quem chegou em cima da hora.

Piratas da Batucada, primeira escola a desfilar, entrou na avenida com 1:10h de atraso. Problema no equipamento de som dificultou o início do des-file. Mas não acarretou perda de pontos. Meia noite um dos diretores do Piratão, num tom de de-sabafo, fez um discurso repudiando a atitude da LIESA, que segundo ele, prejudicou a escola.

Em seguida a escola Soli-dariedade surpreendeu com seus carros alegóricos e demonstrava que ela veio para disputar entre as favo-ritas. Com a comissão de frente que virava jacarés, e um beija flor sobrevoando a Ivaldo Veras, agitou o pú-blico do início ao fim.

Unidos do Buritizal foi a terceira escola a desfilar, in-vadindo a avenida e apre-sentando a platéia seu uni-

verso azul. O destaque foi para o carro alegórico em forma de Avatar, lembran-do o filme de James Came-ron, lançado em 2009.

Contingente policialDentro do sambódromo

era possível notar a presen-ça da Polícia Militar e dos bombeiros. Grupos com 5 PMs ficaram estrategica-mente posicionados nos cantos das arquibancadas. Na avenida Ivaldo Veras, o corpo de Bombeiros tam-bém estava devidamente equipado com macas e kits de primeiros socorros caso alguém passasse mal na hora do desfile.

Mas essas cenas não se viam no entorno do sam-bódromo. Nos banheiros químicos instalados próxi-mo ao muro do estádio Zerão, ocorreram vários assaltos. Na praça de ali-mentação haviam poucos policiais para cobrir a área.

O Conselho Tutelar tam-bém esteve presente para fiscalizar menores em situ-ação de risco.

Segundo Orles Braga, o balanço do primeiro dia foi positivo, sendo que o único ponto negativo foi o equi-pamento de som que fa-lhou. De acordo com as in-formações dos técnicos, uma queda de energia im-possibilitou que o equipa-mento funcionasse 100%.

Jackeline carvalhoDa redação

Inovação, cores e muito brilho marcaram apresentação das escolas de samba, este ano. Emoção contagiou o público no Sambódromo

Do Piratão ao Unidos do Buritizal, público lota arquibancadas diante do espetáculo

fotos mario tomaz

“2011 veio compensar 2010. O sambódromo está crescendo e a LIESA tem que acompanhar esse crescimento para poder acomodar as pessoas que vem curtir o carnaval de Macapá”, afirma Orles.

Com relação ao equi-pamento de som, o pre-

sidente da LIESA diz que foi feito um investimen-to alto para que aten-desse a expectativa do público, mas explica que o som do ensaio técnico estava passando por ajustes para funcionar com toda sua potência nos dias de desfile.

Este ano a surpresa fo-ram, sem dúvida, as esco-las do grupo de acesso. Demonstraram que estão em pé de igualdade com as do grupo especial. Isso torna o carnaval mais atra-ente e mais competitivo. Solidariedade inovou com tecnologia ao colocar um

helicóptero ornamentado como um beija flor na co-missão de frente. Esse ano não tem como dizer que só uma escola é a favorita, o plural agora veio pra fi-car de vez nas especula-ções de quem acompa-nhou o carnaval do meio do mundo.

Em seguida a escola Solidariedade surpreendeu com seus carros alegóricos e demonstrava que veio para disputar entre as favoritas. Com a comissão de frente que “virava jacarés”, e um beija flor (destaque) sobrevoando a Ivaldo Veras

Page 10: Jornal do Dia 21-22/02/2012

B2JD Macapá-AP, terça e quarta-feira, 21 e 22 de fevereiro de 2012CarnavalEditor: Fabrício Costa - [email protected]

Empolgar uma avenida inteira. Esse foi o desafio da Império da Zona Norte na primeira noite de Carnaval

Nas alas, o brilho das fantasias na Escola Império da Zona Norte

Entre os Impérios, torcida vibra com cores e muito sambaFesta no primeiro dia foi encerrada com a Império da Zona Norte e a Império do Povo

Império da Zona Norte foi a penúltima escola. Com o enredo homena-

geando Parintins, o inter-prete Aureliano Neck en-toou o samba enredo que cantava Caprichoso e Ga-rantido. Mesmo com a di-minuição do público, a es-cola deu seu recado evoluindo durante o desfile e mostrando que veio pra ficar no grupo especial.

Império do Povo desfi-lou cheiroso no corredor do samba. Com o enredo “Perfume”, empolgou o público e também surpre-

endeu com seus carros alegóricos bem trabalha-dos, principalmente a águia dourada. Com o dia amanhecendo, a escola foi a última a se apresen-tar, mas não perdeu o bri-lho. Mesmo com as arqui-bancadas quase vazias, desfilou bem, mas com vi-sível cansaço no final.

Ao término de cada des-file, os garis da Prefeitura Municipal de Macapá (PMM) davam o seu espe-táculo limpando o corredor do samba e demonstraram que mesmo com os salá-rios atrasados e na iminên-cia de uma greve, estavam cumprindo seu papel.

Jackeline carvalhoDa redação

Alegria e força. O suor de quem faz o espetáculo acontecer. Nas alegorias, luzes, efeitos especiais e luxuosidade do mestre sala e da porta bandeira

As escolas que desfilaram sábado pelo grupo especial deram um verdadeiro show no Sambódromo de Macapá. Uma noite de espetáculos e de arquibancadas cheias para festejar o Carnaval

Brilho, luxo e muito samba no pé no desfile das escolas de samba de Macapá. A escola Império da Zona Norte, no último sábado, fez uma bela apresentação e brincantes se empolgaram na Avenida Ivaldo Veras

FoToS mario Tomaz

Page 11: Jornal do Dia 21-22/02/2012

B3JD Macapá-AP, terça e quarta-feira, 21 e 22 de fevereiro de 2012DiaDiaEditor: Fabrício Costa - [email protected]

A emoção tomou conta durante a passagem da Escola Maracatu da Favela no segundia dia de carnaval na capital amapaense

A região sul do Amapá foi retratada pelo enredo “O Encantado Vale do Jari de Piratas Estilizados”, com enfoque para o Laranjal do Jari. A história, riquezas naturais e culturais do município foram retratadas na avenida do samba

Integrantes da Embaixada empolgados no Sambódromo no segundo dia de carnaval

Rainha da bateria do Boemios do Laguinho brilha na Avenida

O alaranjado e o verde-rosa mostraram que beleza é fundamental, e que o Jari tem o que contar

Estilizados, Embaixada e Maracatu: favoritismo entra na Avenida do Samba

O segundo dia de desfile pode estar confirmando a

campeã do grupo especial e também a vencedora do grupo de acesso. O ala-ranjado e o verde-rosa mostraram na avenida que beleza é fundamental, e que o Jari tem o que con-tar por aqui. Contagiaram o público presente com suas apresentações, que o diga Nalva Alencar, rainha da bateria de Maracatu e Amanda, de Estilizados.

Saiba como foi o segun-do dia de apresentações no sambódromo.

Boemios do Laguinho. A Universidade de Samba Boêmios do Laguinho fe-chou o desfile das escolas de samba na manhã desta segunda-feira, 20, com o enredo “Laguinho África Minha: Cantos e Revoadas de Dois Poetas Geniais.

Em sua apresentação a

agremiação carnavalesca levou para a avenida 1500 brincantes em 12 alas e três carros alegóricos, evoluindo em uma via-gem pela musicalidade e poesia de dois respeitados artistas amapaenses: Fer-nando Canto e Osmar Jú-nior, envoltos na africani-dade do povo do laguinho, seus costumes, lendas e tradições.

Embaixada. Em uma viagem pelo mundo dos sonhos, a Embaixada de Samba Cidade de Macapá foi a segunda agremiação carnavalesca a desfilar na avenida. A escola trouxe para a Ivaldo Veras o en-redo “Sonho... Fantasia ou Realidade? trazendo ele-mentos como conto, so-nhos sensuais, sonhos de criança, felicidade, educa-ção, o lado bom do ato de sonhar.

Além de uma visão mi-tológica, como a repre-sentação de Morpheu, o rei do pesadelo e a rainha

mario tomazDa redação

FotoS mario tomaz

do conto, guardiãs do pe-sadelo, sonâmbulos e guardiãs dos sonhos. A es-cola mostrou tudo que as-susta e amedronta as mentes durante o sono - monstros, bruxos, morte, guerra, fome e corrupção.

Elementos que assom-bram as pessoas durante o sono e perturbam o incons-ciente, alem de aterrorizar a

vida real. Mas também pas-seou pelo lado bom dos sonhos, prazerosos, sensu-ais, revitalizador.

A última alegoria ho-menageou os artistas amapaenses, entre eles o cantor Zé Miguel, Ama-deu Cavalcante, Dulce Rosa, Nivito Guedes e outros artistas de seg-mentos diversos. A escola trouxe para a Ivaldo Veras o enredo “Sonho... Fantasia ou Realidade? trazendo elementos como conto, sonhos sensuais

Estilizados. A região sul do Amapá foi retratada pelo enredo “O Encantado Vale do Jari de Piratas Esti-lizados”, com enfoque para o Laranjal do Jari. A história, riquezas naturais e culturais do município foram retratadas na aveni-da do samba pelas fanta-sias e alegorias da escola de samba do Laguinho. Os conflitos que deram origem ao povoado, seu desmembramento de Ma-zagão e a economia são alguns dos destaques. A rica biodiversidade da re-gião e seu potencial para desenvolvimento econô-mico também foram des-taque na escola que os-tenta o pavilhão nas cores predominantes verde, pre-to e laranja.

Page 12: Jornal do Dia 21-22/02/2012

B4JD Macapá-AP, terça e quarta-feira, 21 e 22 de fevereiro de 2012CarnavalEditor: Fabrício Costa - [email protected]

A escola Maracatu da Favela questionou a busca incansável e cada vez mais sem medidas de homens e mulheres pelo corpo perfeito

Boêmios do Laguinho veio para a Ivaldo Veras com o objetivo de quebrar preconceitos e paradigmas. A última escola a desfilar levantou a torcida e vem com vontade para ganhar o título

A agremiação que disputa o título do grupo de acesso veio para a Ivaldo Veras distribuída em 11 alas

A escola de samba Emissários da Cegonha abriu a segunda noite de desfile do carnaval 2012 levando para a avenida o enredo “Com garra e determinação, ele se fez respeitar”

Escolas de samba Emissários da Cegonha e Boêmios do Laguinho entram na avenida mostrando a beleza da folia

Emissários e Boêmios: destaque na Justiça e os detalhes da África contados pelo carnaval

Emissários. A escola de samba Emissários da Cegonha abriu a se-

gunda noite de desfile do carnaval 2012 levando para a avenida o enredo “Com garra e determinação, ele se fez respeitar”. Das mãos de um sapateiro, molda-se a justiça no estado do Amapá em uma homena-gem ao desembargador Dôglas Evangelista.

A agremiação que dis-puta o título do grupo de acesso veio para a Ivaldo Veras distribuída em 11 alas com cerca de 1.800 brincantes, contando a vida do magistrado desde sua juventude.

A agremiação contou com 110 profissionais que trabalharam nos cinco pon-tos de produção da escola, como carpinteiros, adere-cistas, costureiras, soldado-res, grafiteiros , decorado-res, coreógrafos para fazer “bonito” na avenida.

Maracatu. A beleza é vista pelos olhos de quem a vê. A escola do bairro Santa Rita, Maracatu da

Favela, veio para a Ivaldo Veras com o objetivo de quebrar preconceitos e paradigmas, afirmando que o conceito de que o feio é subjetivo.

O enredo Espelho, Espe-lho meu fez um passeio pelo mundo encantado dos desenhos animados que têm como fundo, de alguma forma, a beleza humana. Trouxe na comis-são de frente o persona-gem grosseiro, mas encan-tador, ogro Sherek, a pura beleza de Branca de Neve, a doentia fixação por si próprio de Narciso, a apo-teótica história de poder e sensualidade da rainha do Egito Cleopátra, e questio-nou a busca incansável e cada vez mais sem medi-das de homens e mulheres pelo corpo perfeito, este-reotipado pelas mídias e sociedade. A Verde e Rosa fez uma viagem pelo tem-po e civilizações contada em 12 alas e três alegorias. Uma história que também resguarda a beleza das ori-gens Maracás, Cunanis, Macapabas e Favelas.

FOTOS MARIO TOMAZ

Page 13: Jornal do Dia 21-22/02/2012

Caderno CMacapá-AP, terça e quarta-feira, 21 e 22 de fevereiro de 2012Editor: Pablo Oliveira - [email protected]

Esporte

Em ritmo acelerado, jogadores treinam para confirmarem presença. Abaixo o diretor Bruno Boca, presidentes Socorro Marinho e Omar do Papão

MARIO TOMAZ

Diretorias de ambos os times estão conversando para que jogo seja na Curuzu, em Belém, a partir das 20h30

Trem e Paysandu anunciam amistoso para sexta

Uma visita inusitada mudou a trajetória de treinos do Trem

Desportivo Clube para esta semana. O presiden-te do Paysandu Sport Club, Luiz Omar Pinto es-teve no Centro de Trei-namento Osmar Marinho conversando com o dire-tor de finanças do clube amapaense, Italo Bruno Caldas Paulo, a presiden-te Socorro Marinho e o treinador Hugo Sales apresentando proposta de jogo amistoso na sex-ta-feira, em Belém, no estádio da Curuzu, a par-tir das 20h30 visando a Copa do Brasil e o Brasi-leiro da Série D.

Segundo Luiz Omar, não adianta ficar realizando jogo contra equipes de base pois apesar da quali-dade existe uma grande diferença de uma profis-sional como é a do Trem. “Sem contar que gostei da altura do grupo amapaen-se. São jogadores de boa estatura bem diferente dos últimos anos que a gente verificou e será um grande adversário para o papão nesta semana”, lembrou Luiz Omar.

A presidente Socorro Marinho informou então, que em vez de jogar em Serra do Navio a idéia agora é focar o grupo no

MARIO TOMAZDa reportagem

Ceap inicia treinos visando brasileiro Universitário 2012

Um novo ano se inicia para o handebol amapaense. Depois

da Taça Cidade de Macapá, que terminou com vitória do Ceap e do Santos che-gou a hora da Copa Adert, a partir do dia 16 de março, em Santana. Enquanto isso, um grupo de jogadores está treinando para o maior evento do ano: o brasileiro universitário. Estamos fa-lando do Ceap de Hande-bol. O grupo comandado por Ronaldo Cunha ga-nhou espaço no ginásio Avertino Ramos e está trei-nando a partir das 7 horas, diariamente. São jogadores de várias idades e com um

MARIO TOMAZDa reportagem

MARIO TOMAZ

único objetivo: vencer na vida. O título agora virou conseqüência de um mo-mento saudável e de glória na vida de cada um desses atletas como explica Han-derson Silva, um dos desta-ques da equipe “A gente se sente com dever cumprido, mas acima de tudo com a certeza de que jogou bem e defendeu as cores de nosso Estado ao terminar esse treinamento aqui no Avertinão”, lembrou.

Do grupo Ceap de 2011, Lohan, um dos jovens ta-lentos do esporte amapa-ense fechou com o vice-campeão universitário brasileiro, o FAE e se apre-senta na próxima semana, enquanto isso vai treinan-do com o grupo amapaen-

se. “Foi uma ótima oportu-nidade que pintou na vida do Lohan, onde os benefí-cios serão maiores do que ele tem aqui e vamos ter que reforçar nosso grupo até o campeonato para mostrar que podemos ficar na elite do handebol brasi-leiro”, lembrou o treinador Ronaldo Cunha. Com apoio da Secretaria de Es-tado do Desporto e Lazer, o grupo pretende se apre-sentar muito bem nesta temporada. “Estamos rece-bendo apoio com local para treinamento e passa-gem para a viagem até o local do campeonato deste ano e vamos mostrar que esse investimento não está sendo em vão”, destacou Ronaldo Cunha.

Equipe de handebol masculina do Ceap já iniciou treinamentos visando a disputa

jogo em Belém, na curu-zu, onde haverá um teste de fogo com o Paysandu e depois sim o grupo ru-bro-negro jogará contra Serra do Navio. “A con-versa foi longa e bastan-te proveitosa, estaremos viajando na sexta-feira para Belém e jogaremos contra o Paysandu á noi-te, retornando somente no sábado para Maca-pá”, lembrou Socorro Marinho.

O Trem não parou no carnaval. Grupo treinou forte visando o jogo des-te final de semana e ex-pectativa é que nesta quarta-feira já terá condi-ções de ter uma base for-mada para o primeiro confronto do ano. Equipe esta que servirá para jogo contra o ABC no dia 7 de março, 20h30, no estádio Glicério Marques.

Seminário sobre centros de treinamentos para seleções será em Vitória

O Comitê Organi-zador Local (COL) da Copa

do Mundo da Fifa 2014 realiza no dia 30 de março, em Vitória-ES, o Seminário Geral de Centros de Treinamen-to de Seleções (CTS). O encontro vai reunir re-presentantes de hotéis e campos de treina-mento que se inscre-veram para servirem como base de seleções durante a Copa do Mundo da Fifa no Bra-sil, além de integrantes das esferas estadual e municipal de todo o país. Durante a reu-nião, membros da Fifa, do COL e do Escritório de Acomodações da Fifa (FAO) irão apre-sentar a situação de momento do processo de seleção, explicar quais são os requeri-mentos básicos para se tornar um CTS e falar sobre as oportunida-des geradas aos candi-datos. “Vamos ter a

MARIO TOMAZDa reportagem

oportunidade de res-ponder aos questiona-mentos dos candidatos, o que enriquece o deba-te porque a dúvida de um hoje pode ser a do outro amanhã. A pre-sença dos governos e de federações de futebol estaduais vai garantir o incentivo a novos inscri-tos e a qualidade dessas inscrições”, afirma o ge-rente de Competições e Serviços às Equipes, Fre-derico Nantes. Até o momento, 274* conjun-tos formados por hotel e campo de treinamento se inscreveram. Destes, 212* (77%) já foram ins-pecionados por equipes técnicas, que geram um relatório completo com informações e fotos de cada candidato. Depois dessa etapa, será divul-gada uma lista de apro-vados. Quando finaliza-do o processo de assinatura de contratos, os CTS constarão num catálogo enviado pela FIFA a seleções de fute-bol de todo o mundo.

“As 32 equipes que vi-rão ao Brasil devem ter no mínimo 64 opções

de CTS. O objetivo do COL é chegar a 90”, cal-cula Nantes, deixando claro que a inclusão de um CTS no catálogo não significa que ele será escolhido por uma das seleções. Até o final de junho, a primeira versão do documento deve estar disponível. Para aqueles que ainda não se candidataram ou não preencheram os re-quisitos básicos nas duas primeiras tentati-vas, haverá uma terceira oportunidade ainda neste ano, e uma quarta e última chance, no ano que vem.

A escolha de Vitória como sede do seminário faz parte do desejo do COL de incluir o maior número de cidades pos-sível no roteiro de pre-paração e realização da Copa do Mundo da FIFA 2014. “Nosso compro-misso é com todo o Bra-sil. Os CTS e seminários como esse têm papel fundamental nesse ob-jetivo”, acredita Marcello Cordeiro, Gerente Geral de Competição e Servi-ços às Equipes.

Page 14: Jornal do Dia 21-22/02/2012

C2JD Macapá-AP, terça e quarta-feira, 21 e 22 de fevereiro de 2012EsporteEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

MARCOS MONTEIRO

PositivoOrganização, bons atletas e bons investidores mar-cam o Trem dentro e fora de campo. Que pelo vis-to, busca futuro promis-sor. Acelera, locomotiva!

NegativoTerça de carnaval alegra fãs de Momo. Por outro lado, alguns afundam no álcool e submergem na violência. Infelizmente.

Toque de PrimeiraANTONIO [email protected]

Não brinque com a vida!

TrembalaLocomotiva segue para Be-lém e na sexta-feira enfren-ta o Paysandu. Amistoso de prima!

Trembala IFicou para outra ocasião o jogo que o Trem faria sába-do vindouro em Serra do Navio.

Judô

Antonio Viana desponta favorito à reeleição na FAJ, fruto da ótima gestão que realiza.

CorintianoGaviões da Fiel celebrou o ex-presidente Lula, que não desfilou por conselho médico.

Corintiano IExibiu o enredo “Verás que um Filho Fiel Não Foge à Luta. Lula, o Retrato de Uma Nação”.

Ovação a J NeyAplauso espontâneo de eufóricos foliões aclamou o cidadão do samba no Sambódromo.

Ovação a J Ney IHomem de bem, ícone da comunicação e desportista nato, Jotinha curte São José, Paysandu e Vasco. É o cara!

PatrocínioClubes pedem a Camilo Capiberibe aumentar $$$$ do Amapazão. E agora, governador?

CariocãoVascão mantém 100% de aproveitamento e pega o Mengão na semi da Taça Guanabara.

CiclismoI Copa Amapá de Ciclismo agita o pedal nos dias 18 e 19 de março. Corrida na-

cional!

Canil do PitbullEscolinhas de basquete e futsal exibem a força do São José. Já no futebol, si-lêncio total.

ContestaçãoOratório e Ypiranga Clube discordam da tabela do Amapazão quanto a índice técnico. Número 1Mayra Aguiar, 20 anos, pri-meira brasileira a atingir o topo do ranking mundial no judô.

Número 1Mayra garantiu vaga nas Olimpíadas de Londres,

sendo esperança de me-dalha de ouro.

Número 1O Brasil integra o seletíssi-mo grupo de países que tem judocas em todas as categorias.

Número 1Vale lembrar, o premiado judô brasileiro ganhou medalha nas ultimas sete Olimpíadas.

Você SabiaQue o flamenguista e dire-tor da EMTU, Jair Coelho, tem projeto revolucionário para a Av. Hamilton Silva. Envolve ciclofaixas. Confi-ra!

Meia Douglas diz que faz treinos extras para emagrecer e tentar perder 1,5 Kg

DIVuLGAÇÃO

Aniversariante do dia, o meia deixou Willian na cara do gol aos 18 min do segundo tempo

Douglas (15) abraça Willian após deixá-lo na cara do goleiro para fazer o gol da vitória

Desde que foi adota-do pelo técnico Joel Santana, Negueba

vem recebendo mais opor-tunidades na equipe do Flamengo. Se sob coman-do de Vanderlei Luxembur-go, o meia deixou a cabe-leira crescer, com a chegada do ‘Papai’ o cabelo foi cor-tado e com ele voltaram as boas atuações. Na partida decisiva com o Resende, no último sábado, o jogador, inclusive, deixou sua marca, o terceiro da vitória por 3 a 1, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redon-da. Por onde passa, o trei-nador sempre tem um jo-gador de confiança que entra no segundo tempo para mudar o rumo da par-tida. No Botafogo, Caio as-sumiu esse posto e, após a saída do comandante, caiu em ostracismo e não vive boa fase com a torcida alvi-negra. O novo talismã ru-bro-negro já caiu nas gra-ças de Joel.

“Às vezes as coisas dão certo em um dia que você tem um talismã. Negueba é

talentoso, tem um bom co-ração e uma boa índole O gol foi bom para o garoto. Ele é menino ainda, mas é habilidoso. Mais um filho meu que marca um gol e ajuda o papai”, disse.

Joel, no entanto, sabe que seu novo filho precisa me-lhorar a cada dia pois a co-brança no Flamengo é mui-to grande. O treinador afirmou que o último sába-do deve ter sido um dos

melhores dias do meia em sua breve carreira.

“O Negueba já tem cari-nho da torcida, que gosta muito dele. É um xodó. Ele tem de procurar se prepa-rar mais para jogar no Fla-mengo. No sábado deve ter sido um dos dias mais felizes dele aqui dentro. En-trou e correspondeu e é isso que eu espero, sempre se preparando. É assim, com calma”, afirmou.

Contra o Vasco, na quar-ta-feira, Negueba prova-velmente terá mais uma oportunidade de se firmar como o novo talismã ru-bro-negro. O jogo é válido pelas semifinais da Taça Guanabara e será disputa-do nesta quarta-feira, às 22h, no Engenhão. Quem passar pegará o vencedor de Botafogo e Fluminense, nesta quinta, às 21h, no mesmo estádio.

N a primeira partici-pação como titular neste seu retorno

ao Corinthians, o meia Douglas não estava bem em campo e errava mui-tos passes, porém foi de-cisivo na assistência para o gol da vitória por 1 a 0 sobre o São Caetano, fora de casa, no último sábado de Carnaval. Ani-versariante do dia (com-pletou 30 anos), o meia deixou Willian na cara do gol aos 18 min do segun-do tempo.

Dois minutos depois, foi substituído, porque ainda está fora de forma. “Estou treinando, faço trabalhos extras após os treinos, já baixei meu

peso, mas falta 1,5 Kg ainda”, declarou. “No primeiro tempo dei uma afogada. Até quem está bem fisicamente afogou nesse calor, mas deu para movimentar legal, no segundo tempo deu uma melhorada.”

Segundo o Datafolha, Douglas foi quem mais vacilou no toque de bola: errou 7 passes e acertou 23. Tite pediu para o ca-misa 15 se movimentar mais pelo meio para não cansar. E foi num arran-que pela intermediária ofensiva que ele fez a as-sistência para a finaliza-ção precisa de Willian.

“É o jogador da assis-tência. Falei para não sair

da faixa central do gra-mado senão ele cansa e não é utilizado onde é

fundamental”, opinou o treinador gaúcho.

“Essa é a minha caracte-

rística, sempre foi. Estou ali para isso, a movimen-tação dos atacantes tam-

bém é importante e hoje deu certo”, comentou Douglas.

Negueba aproveita adoção de “Papai Joel” para virar o novo talismã do Flamengo

Grêmio demite Caio Júnior antes de Gre-Nal

O Grêmio anunciou ontem a demissão do técnico Caio Jú-

nior na página oficial na internet sem dar explica-ções. O treinador ficou no clube menos de 50 dias. Ele foi anunciado como novo treinador no final do Campeonato Brasilei-ro de 2011.

No comando do clube gaúcho, Caio Júnior con-seguiu quatro vitórias, um empate e três derrotas.

O empate foi justamen-te contra os reservas do Internacional.

O que selou definitiva-mente sua queda foi ter obtido a vaga para as quartas de final do Cam-peonato Gaúcho apenas porque o Cruzeiro inscre-veu um jogador de forma irregular e perdeu seis pontos. Caso contrário, o Grêmio ficaria fora da fase mata-mata do primeiro turno do Estadual.

“O Grêmio tem bons jo-gadores, foi feito um es-forço muito grande [para contratar], mas a equipe não está jogando aquilo que estamos esperan-do”, afirmou o diretor executivo do clube, Pau-lo Pelaipe. “Estamos ape-nas regular, não mais do que regular. Vamos con-

versar e saber o que está acontecendo, o trabalho é apenas razoável”, disse. “Não dá para isentar nin-guém, não estamos bem e não vamos tapar o sol com a peneira”, disse em entrevista coletiva, no sábado.

Segundo o Grêmio, o auxiliar e ex-lateral Roger comandará a equipe inte-rinamente contra o Inter, quarta-feira, no Beira-Rio.

A imprensa gaúcha dá o nome de Vanderlei Lu-xemburgo, demitido re-centemente do Flamen-go, como o mais provável para o seu lugar.

Caio Jr. afirmou, tam-bém no sábado, que vi-nha tendo dificuldades para montar um time en-tre outros reforços, o Grêmio contratou os ata-cantes Marcelo Moreno e Kleber. “Se chegássemos em primeiro com tudo 100% não seria normal. Quando se forma uma equipe você tem que ter uma dificuldade, mas não estamos acostumados a dar tempo. No momento, quem paga o preço sou eu, mas já fiz isto em ou-tros clubes, mas sei que o Grêmio vai colher frutos lá na frente”, disse o téc-nico..

DIVuLGAÇÃO

Negueba virou o “Talismã” rubro-negro. Nesta quarta, mais uma chance contra o Vasco

Durant faz 51 pontos e lidera Oklahoma na vitória sobre DenverCom 51 pontos do

ala Kevin Durant, o Oklahoma City

Thunder derrotou o Denver Nuggets, do bra-sileiro Nenê, na noite deste domingo, por 124 a 118, na prorrogação, em Oklahoma, pela tem-porada regular da NBA.

Com os 51 pontos, Durant quebrou o seu recorde pessoal. Ele pe-gou ainda oito rebotes, deu três assistências e teve quatro roubos de bola. O Thunder (24 vi-tórias e sete derrotas)

contou ainda com 40 pontos do armador Russell Westbrook.

O pivô Nenê não atuou por estar contun-dido. O cestinha dos Nuggets (17 vitórias e 15 derrotas) foi Arron Afflalo, que 27 pontos.

Em Miami, LeBron Ja-mes e Dwyane Wade comandaram a vitória do Heat sobre o Orlan-do Magic, por 90 a 78, em casa, no clássico da Flórida.

Wade foi o cestinha da partida ao anotar 27

pontos. Já LeBron mar-cou 25, pegou onze re-botes e deu oito assis-tências. O cestinha do Orlando foi J.J. Redick, que fez 17 pontos.

O Heat soma agora 25 vitórias e sete der-rotas, enquanto o Ma-gic tem 20 triunfos e 12 derrotas.

Em outro jogo de do-mingo, o Cleveland Ca-valiers, do brasileiro An-derson Varejão, bateu o Sacramento Kings, por 93 a 92. Varejão, ainda contundido, não jogou.

Marcado por Andre Miller (esq.), Kevin Durant tenta uma jogada para o Oklahoma City Thunder

DIVuLGAÇÃO

DIVuLGAÇÃO

Caio Júnior, agora ex-técnico do Grêmio

Page 15: Jornal do Dia 21-22/02/2012

C3JD Macapá-AP, terça e quarta-feira, 21 e 22 de fevereiro de 2012AtualidadesEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Como prova de amor, jovens apaixonados compartilham senhas

Três jovens empreen-dedores chilenos aproveitaram a ex-

plosão dos celulares de última geração para criar, com poucos recursos, um game que tem como pro-tagonista Eddie, um sim-pático porco, cujas aven-turas já deram a volta ao mundo.

Os irmãos Nicolas e Die-go Palacios, de 25 e 21 anos respectivamente, não estudam informática, mas economia, e se uniram ao desenhista Andres Cortes para criar a ePig Games, uma empresa que se dedi-ca ao desenvolvimento destes aplicativos.

A sede de operações desta companhia, longe do polo tecnológico do Vale do Silício, fica em um pequeno quarto da casa dos pais dos irmãos Pala-cios, na capital do país.

De Santiago, Nicolas cui-da da programação e Die-go cria as histórias e fases pelas quais o protagonista irá passar, enquanto An-dres se dedica a melhorar o desenho deste videoga-me que, segundo seus criadores, foi muito bem aceito em mais de 16 paí-ses e, em um ano e meio, alcançou 1,5 milhão de downloads. O sucesso das aventuras de Eddie se deve à explosão dos celu-lares de última geração, os smartphones, e dos ta-blets, que provocaram uma mudança de paradig-ma no setor de videoga-mes. A saga da ePig Ga-mes remonta a 2008, quando os irmãos Palacios compraram um Macin-tosh, baixaram o Game Maker, um aplicativo para gerar videogames para iPhone, e começaram um hobby que terminou com a criação, em 2010, de sua própria empresa.

“No começo, criamos um jogo que calculava o nível de virilidade dos usuários, além de um aplicativo para

Com poucos recursos foi criado um game que tem como protagonista Eddie, um simpático porco, cujas aventuras já deram a volta ao mundo

O sucesso das aventuras de Eddie se deve à explosão dos celulares de última geração

DIVULGAÇÃO

Game chileno sobre as aventuras de um porco faz sucesso mundial

magos, e ambos fizeram um sucesso notável”, lem-bra Nicolas em entrevista à Agência Efe.

Mas foi em outubro de 2010 que os irmãos Pala-cios começaram a acredi-tar em seu projeto e cria-ram a ePig Adventure, uma versão premium na qual o carismático porco rosa Eddie deveria desviar de uma série de obstácu-los. “Tínhamos a ideia, mas faltava um desenhista para tornar o personagem atra-ente”, relembra Nicolas.

Por isso, puseram um anúncio na Internet para encontrar um desenhista e, finalmente, Nicolas se encontrou em uma lan-chonete de Santiago, com o publicitário Andres Cor-tes, que melhorou a ima-gem de Eddie.

“Quando conhecemos Andres, nosso jogo me-lhorou 100%”, disseram os irmãos Palacios.

Isto feito, lançaram a ePig Dash, uma versão gratuita do game que, em abril de 2011, ficou em primeiro

Alimentos com mais fibras e menos calorias

Alimentos com mais fibras e menos calorias são altamente valorizados nas dietas para emagrecer. A razão é simples: fibra alimentar absorve água, aumentando o volume do alimento, assim, você começa a satisfazer o seu apetite com uma baixa ingestão de calorias. Mas este não é o único benefício de ali-mentos ricos em fibras, que além de favorecer o trato intestinal, efetuam a limpeza e desintoxicação do organismo.

. Por outro lado, a digestão dos alimentos ricos em fibras, às vezes requer mais energia do que a fornecida pelo seu consu-mo, de modo que o consumo de alimentos ricos em fibras, pode resultar em balanço calórico negativo, tão procurado para perder peso. Ao planejar seu cardápio semanal a partir destes alimentos ricos em fibras e pobres em calorias, você pode estar emagrecendo, ou mantendo o peso, além de manter-se saudá-vel e cheio de energia.

Dicas de Saúde

Corações partidos pela morte de um ente querido

Ele morreu de tristeza”, dizem quando alguém não consegue lidar com a morte de seu parceiro e morre poucos dias depois”. “Eles não podiam viver um sem o outro” dizem incontáveis ro-mances e canções de amor.

No entanto, além da sabedoria convencional como literatura e música, a ciência também pode explicar por que alguns cora-ções pararam de bater quando perdem a pessoa amada.

De acordo com dados de pesquisa recente, após a morte de um ente querido, as chances de se sofrer um ataque cardíaco aumentam muito.

O risco é especialmente alto nas 24 horas após a morte, mas o fato é que “continua a ser elevado pelo menos, nos próximos meses”, especialmente entre aqueles com saúde cardiovascular prejudicada, como dizem os autores deste trabalho na última edição da revista “Circulation”

Como emagrecer com limãoPor suas propriedades diuréticas, depurativas e desintoxican-

tes, limões sempre estiveram entre os alimentos preferidos quando se quer perder peso. No entanto, para obter todos os benefícios, você deve saber como perder peso com limão. Ema-grecer com limão é possível, se você souber como incorporar este citrico valioso em sua dieta diária.

Beba suco de limão antes de café da manhã, quando o corpo está mais receptivo a se beneficiar de suas propriedades depu-rativas e antioxidantes.

Em todos os momentos, combinado com outros ingredientes e receitas que incluem o seguinte:

• Aipo e limão batidos• Aloe vera e limão• Limão e pepino batidosAntes ou após as refeições, no chá, sozinho ou combinado

com outros componentes, tais como:• Chá de casca de limão• Infusão de alho e limão• Chá gelado com limão

Memória começa a declinar após os 45 anos

O declínio das nossas capacidades mentais começam mais cedo do que se pensava anteriormente. Sempre nos referimos a velhice como o momento que nossa memória e raciocínio começam a falhar, mas a ciência tem visto que isto ocorre antes, ou seja, a partir dos 45 anos. Entender o envelhecimento cogni-tivo é um dos desafios de um Centro de Investigações em Epi-demiologia e Saúde da População (França) e University College de Londres (Reino Unido), pois a memória e o raciocínio pare-cem começar a diminuir por volta dos 40 anos. Os cientistas, cujo trabalho é publicado pelo British Medical Journal, estuda-ram e acompanharam a saúde mental de mais de 7.000 pesso-as, durante um período de 10 anos.

lugar na lista dos mais bai-xados na loja da Apple de países como o Chile, Mé-xico, Finlândia, Argentina, Noruega e Suíça, entre outros. “O segredo de nossos jogos é que são simples e o usuário pode jogar onde quiser e como quiser”, enfatiza Nicolas.

Com o sucesso das aven-turas de Eddie, a ePig Ga-mes ganhou o prêmio na-cional do Chile na categoria multimídia em 2011, assim como um cheque de US$

40 mil concedido pelo Go-verno do Chile a novas empresas. Em maio, Nico-las, Diego e Andres apre-sentarão este projeto na prestigiada feira Game Developers Conference (GDC), em São Francisco, nos Estados Unidos.

“Isto irá servir para apre-sentarmos o nosso traba-lho ao mundo e buscar um investidor que esteja inte-ressado em desenvolver o jogo”, disse, esperançoso, o jovem Nicolas.

Os casais jovens há muito demons-tram sua devoção

mútua de diversas ma-neiras uma peça de rou-pa emprestada que vira presente, uma troca de anéis ou de pulseiras de identificação.

A era digital deu ori-gem a um costume mais íntimo. Tornou-se moda entre jovens expressar afeto pela revelação de senhas de e-mail, Face-book e outras contas. Namorados e namora-das muitas vezes usam senhas idênticas e per-mitem acesso mútuo às suas mensagens e tex-tos pessoais.

Eles dizem saber que esse tipo de envolvi-mento acarreta riscos, porque um relaciona-mento que se deteriore pode levar uma pessoa a usar os segredos da outra para prejudicá-la. Mas isso, dizem, é parte do que torna tão pode-roso o simbolismo da senha compartilhada.

“É um sinal de confian-ça”, diz Tiffany Caradang, 17, sobre a decisão que ela o namorado toma-ram, no mês passado, de revelar um ao outro suas senhas de e-mail e Face-book. “Não tenho coisa alguma a esconder dele, e ele tampouco tem algo

a esconder de mim.” “Ah, que bonitinho”, diz

Cherry Ng, 16, ao ouvir a declaração da amiga a um repórter diante de sua escola, em San Fran-cisco. “Eles realmente confiam um no outro.”

Caradang, 17, confirma. “Tenho certeza de que ele não faria coisa algu-ma que pudesse prejudi-car a minha reputação.”

Mas as coisas nem sem-pre terminam tão bem, claro. Mudar uma senha é simples, mas estudan-tes, conselheiros educa-cionais e pais dizem que o estrago muitas vezes acontece antes que a se-nha seja mudada,e que o compartilhamento tão estreito de uma vida on-line pode até causar o fracasso de um relacio-namento.

As histórias negativas sobre a prática incluem a de um namorado abandonado que apro-veitou o acesso ao e-mail de sua ex-namora-da para contar seus segredos e humilhá-la em público, tensões en-tre namorados em fun-ção de mensagens revi-radas à procura de sinais de deslealdade ou infi-delidade, ou uso do ce-lular de um amigo do qual a pessoa conhece a senha para enviar men-

sagens de texto amea-çadoras a terceiros.

A escritora Rosalind Wiseman, que estuda as formas de uso da tecno-logia pelos adolescentes, diz que a pressão pelo compartilhamento de senhas é semelhante à pressão por sexo. “A ati-tude é a mesma: se esta-mos em um relaciona-mento, você deveria me dar tudo”, diz Wiseman.

Em 2011, uma pesquisa do instituto Pew consta-tou que 30% dos adoles-centes que usavam a in-ternet regularmente tinham revelado suas se-nhas a amigos, namora-dos ou namoradas. O estudo, com 770 adoles-centes entre 12 e 17 anos, constatou que a probabilidade de uma menina revelar sua se-nha é quase duas vezes maior do que a de um menino fazê-lo. E em mais de duas dúzias de entrevistas com pais, es-tudantes e conselheiros, foi possível constatar que a prática é bastante comum.

Em um recente artigo para o site de tecnolo-gia Gizmodo, o editor Sam Biddle classificou a revelação de senhas como um dos marcos da intimidade do século 21 e ofereceu conselhos

a casais e amigos para que evitem percalços da prática.

“Conheci muitos casais cujas senhas foram compartilhadas, e ne-nhum deles não se arre-pende de tê-lo feito”, disse Biddle em entre-vista, acrescentando que a prática inclui uma ameaça latente de des-truição mútua caso um dos dois se comporte mal. “É o tipo de simbo-lismo que sempre ter-mina em encrenca.”

Os estudantes dizem que existem motivos, além da demonstração de confiança, para a re-velação mútua de se-nhas on-line. Por exem-plo, diversos universitários revelaram que sabiam as senhas de Facebook de amigos, e que estes sabiam as suas --não com o obje-tivo de espionar ou fis-calizar o comportamen-to alheio, mas como forma de estimular mais estudo na época dos exames. O universitário revela a senha a um amigo para que este a altere e só revele a se-nha nova depois dos exames, bloqueando o acesso do estudante à sua conta do Facebook e removendo uma gran-de fonte de distração.

Page 16: Jornal do Dia 21-22/02/2012

C4JD Macapá-AP, terça e quarta-feira, 21 e 22 de fevereiro de 2012Diversão&CulturaEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

fotos DIVULGAÇÃo

A rainha de bateria da Imperatriz Leopoldi-nense, Luiza Brunet,

disse que quer completar 30 anos à frente dos ritmis-tas e se tornar “uma refe-rência para o Carnaval e

para as mulheres”. Quero entrar para o livro

dos recordes como a rai-nha de bateria mais anti-ga”, disse, antes de entrar na avenida. Ela está há 17 anos na escola.

Já o diretor de Carnaval da escola, Wagner Araújo, pas-sou um pito ao microfone para quem vestia camisa de diretoria e vinha na frente da escola. Mandou todos irem para trás do carro abre-alas

e se espalharem pelas late-rais das alegorias. “O público veio ver Carnaval e não dire-toria” Muitos dos que vem com camisa de diretoria são, na verdade, amigos de diri-gentes ou carnavalescos.

“Quero entrar para o livro dos recordes como a rainha de bateria mais antiga”

Luiza Brunet quer completar 30 anos de Imperatriz na avenida

Após festa com Chris Brown, Rihanna completa oficialmente 24 anos

Luiza Brunet, rainha de bateria da Imperatriz , Ela está há 17 anos na escola

DIVULGAÇÃo

Rihanna começou a cantar aos nove anos com duas amigas do

colégio.Aos 15, foi apresentada

por um amigo ao produtor Evan Rogers, que estava de férias em Barbados.

Junto com Carl Sturken, ele produziu cantores como Christina Aguilera e Laura

Pausini. Os dois marcaram uma audição, na qual a jo-vem interpretou “Emotion”, da banda Destiny’s Child.

Um ano depois, em 2005, a dupla a ajudou a gravar em Nova York (EUA) o pri-meiro álbum, “Music of the Sun”, que alcançou o top 10 da Billboard 200.

Desde então, ela já ven-

deu mais de 25 milhões de álbuns e 60 milhões de sin-gles e cravou hits como “SOS”, “Umbrella”, “Take a Bow”, “Disturbia”, “Live Your Life”, “Rude Boy”, “Love the Way You Lie”, “What’s My Name?”, “Only Girl (In the World)” e “S&M”.

Em 2009, a cantora faria

uma atuação no Grammy Awards, mas não compare-ceu. Primeiro, disseram que tinha sofrido um acidente de avião. Depois, confirma-ram que o namorado Chris Brown tinha agredido Rihanna com socos, ponta-pés e mordidas, fato que levou a cantora ao hospital e Chris para a prisão.

DIVULGAÇÃo

Deborah Secco

Diz estar “velha”Acompanhada do marido Roger, a atriz Deborah Secco assiste ao primeiro dia de desfiles do Grupo Especial em um camarote no sambódromo do Rio. Ex-madrinha de bateria da Grande Rio, ela disse que não tem mais idade para assumir o posto.

Christina Hendricks

Foi vítima de bullyingA atriz Christina Hendricks, 36, revelou ao britânico “Dai-ly Mirror” que também foi vítima de bullying durante a adolescência.Conhecida pelo papel de Joan Holloway, a ruiva da sé-rie “Mad Men”, ela disse que alguns colegas cuspiam nela nos corredores da escola por causa de seu visual.

Fergie

Tumulto na SapucaíDe óculos escuros e a inde-fectível cabeleira loura, a cantora e atriz americana Fergie, famosa por ser a voz feminina do grupo The Black Eyed Peas, causou tumulto durante o desfile da Mocida-de Independente de Padre Miguel ao aparecer na beira da frisa de um camarote para ver a escola mais de perto.

Celebridades