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Gazeta n.º 37 | terça-feira, 21 de fevereiro de 2017 Jornal Oficial da União Europeia AVIAÇÃO CIVIL: lista de operadores de aeronaves (1) Regulamento (UE) 2017/294 da Comissão, de 20 de fevereiro de 2017, que altera o Regulamento (CE) n.º 748/2009 relativo à lista de operadores de aeronaves que realizaram uma das atividades de aviação enumeradas no anexo I da Diretiva 2003/87/CE do Parlamento Europeu e do Conselho em ou após 1 de janeiro de 2006, inclusive, com indicação do Estado-Membro responsável em relação a cada operador de aeronave (Texto relevante para efeitos do EEE) [C/2017/1071]. JO L 43 de 21.2.2017, p. 3-195. ELI: http://data.europa.eu/eli/reg/2017/294/oj PDF: http://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:32017R0294&from=PT Artigo 1.º - O anexo do Regulamento (CE) n.º 748/2009 é substituído pelo texto que consta do anexo do presente regulamento. Artigo 2.º - O presente regulamento entra em vigor no terceiro dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia. O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e diretamente aplicável em todos os Estados- Membros. ANEXO «ANEXO PORTUGAL, p. 133-141. (2) Diretiva 2003/87/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de outubro de 2003, relativa à criação de um regime de comércio de licenças de emissão de gases com efeito de estufa na Comunidade e que altera a Diretiva 96/61/CE do Conselho. JO L 275 de 25.10.2003, p. 32. (2) Diretiva 2008/101/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de novembro de 2008, que altera a Diretiva 2003/87/CE de modo a incluir as atividades da aviação no regime de comércio de licenças de emissão de gases com efeito de estufa na Comunidade (JO L 8 de 13.1.2009, p. 3). (3) Regulamento (CE) n.º 748/2009 da Comissão, de 5 de agosto de 2009, relativo à lista de operadores de aeronaves que realizaram uma das atividades de aviação enumeradas no anexo I da Diretiva 2003/87/CE em ou após 1 de janeiro de 2006, inclusive, com indicação do Estado-Membro responsável em relação a cada operador de aeronave (JO L 219 de 22.8.2009, p. 1). AGÊNCIA EUROPEIA PARA A SEGURANÇA E A SAÚDE NO TRABALHO: membros do Conselho de Direção (1) Decisão do Conselho, de 17 de fevereiro de 2017, que nomeia dois membros do Conselho de Direção da Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho em representação da República Checa e de Portugal (2017/C 54/03). JO C 54 de 21.2.2017, p. 2-3. http://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:32017D0221(01)&from=PT

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Gazeta n.º 37 | terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Jornal Oficial da União Europeia

AVIAÇÃO CIVIL: lista de operadores de aeronaves

(1) Regulamento (UE) 2017/294 da Comissão, de 20 de fevereiro de 2017, que altera o Regulamento (CE) n.º 748/2009

relativo à lista de operadores de aeronaves que realizaram uma das atividades de aviação enumeradas no anexo I da

Diretiva 2003/87/CE do Parlamento Europeu e do Conselho em ou após 1 de janeiro de 2006, inclusive, com indicação do

Estado-Membro responsável em relação a cada operador de aeronave (Texto relevante para efeitos do EEE) [C/2017/1071].

JO L 43 de 21.2.2017, p. 3-195.

ELI: http://data.europa.eu/eli/reg/2017/294/oj

PDF: http://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:32017R0294&from=PT

Artigo 1.º - O anexo do Regulamento (CE) n.º 748/2009 é substituído pelo texto que consta do anexo do presente

regulamento.

Artigo 2.º - O presente regulamento entra em vigor no terceiro dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União

Europeia. O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e diretamente aplicável em todos os Estados-

Membros.

ANEXO

«ANEXO

PORTUGAL, p. 133-141.

(2) Diretiva 2003/87/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de outubro de 2003, relativa à criação de um regime

de comércio de licenças de emissão de gases com efeito de estufa na Comunidade e que altera a Diretiva 96/61/CE do

Conselho. JO L 275 de 25.10.2003, p. 32.

(2) Diretiva 2008/101/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de novembro de 2008, que altera a Diretiva

2003/87/CE de modo a incluir as atividades da aviação no regime de comércio de licenças de emissão de gases com efeito

de estufa na Comunidade (JO L 8 de 13.1.2009, p. 3).

(3) Regulamento (CE) n.º 748/2009 da Comissão, de 5 de agosto de 2009, relativo à lista de operadores de aeronaves que

realizaram uma das atividades de aviação enumeradas no anexo I da Diretiva 2003/87/CE em ou após 1 de janeiro de 2006,

inclusive, com indicação do Estado-Membro responsável em relação a cada operador de aeronave (JO L 219 de 22.8.2009,

p. 1).

AGÊNCIA EUROPEIA PARA A SEGURANÇA E A SAÚDE NO TRABALHO: membros do Conselho de

Direção

(1) Decisão do Conselho, de 17 de fevereiro de 2017, que nomeia dois membros do Conselho de Direção da Agência

Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho em representação da República Checa e de Portugal (2017/C 54/03). JO C

54 de 21.2.2017, p. 2-3. http://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:32017D0221(01)&from=PT

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Gazeta n.º 35 (17-02-2017)

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Artigo 1.º - São nomeados membros do Conselho de Direção da Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho,

para o período que termina em 7 de novembro de 2019:

I. REPRESENTANTES DAS ORGANIZAÇÕES DE TRABALHADORES

País | Membro efetivo | Portugal

Fernando José GOMES MACHADO

II. REPRESENTANTES DAS ORGANIZAÇÕES PATRONAIS

País | Membro efetivo | Membro suplente | República Checa

Nora ŠEJDOVÁ

Artigo 2.º - O Conselho procede em data posterior à nomeação dos membros efetivos e dos membros suplentes ainda não

designados.

Artigo 3.º - A presente decisão entra em vigor na data da sua adoção.

(2) Regulamento (CE) n.º 2062/94 do Conselho, de 18 de julho de 1994, que institui a Agência Europeia para a Segurança e a

Saúde no Trabalho. JO L 216 de 20.8.1994, p. 1.

(3) Decisão do Conselho, de 17 de outubro de 2016, que nomeia os membros efetivos e os membros suplentes do Conselho

de Direção da Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho (JO C 386 de 20.10.2016, p. 3).

(4) Decisão do Conselho, de 28 de novembro de 2016, que nomeia membros efetivos e membros suplentes do Conselho de

Direção da Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho em representação da Dinamarca, França, Itália e

Malta (JO C 447 de 1.12.2016, p. 7).

(5) Decisão do Conselho de 23 de janeiro de 2017, que nomeia um membro efetivo e um membro suplente do Conselho de

Direção da Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho em representação da Eslováquia e do Reino Unido (JO

C 27 de 27.1.2017, p. 4).

FUNDAÇÃO EUROPEIA PARA A MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE VIDA E DE TRABALHO:

membro suplente do Conselho de Direção em representação de Portugal

(1) Decisão do Conselho, de 17 de fevereiro de 2017, que nomeia um membro suplente do Conselho de Direção da

Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho em representação de Portugal (2017/C 54/04). JO

C 54 de 21.2.2017, p. 4. http://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:32017D0221(02)&from=PT

Artigo 1.º - É nomeado para o Conselho de Direção da Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de

Trabalho, na qualidade de suplente, em representação de Portugal, para o período que termina em 30 de novembro de

2019:

I. REPRESENTANTES DAS ORGANIZAÇÕES DE TRABALHADORES

País | Membro suplente

Portugal | Augusto COELHO PRAÇA

Artigo 2.º O Conselho procede em data posterior à nomeação dos membros efetivos e dos membros suplentes ainda não

designados.

Artigo 3.º A presente decisão entra em vigor na data da sua adoção.

(2) Regulamento (CEE) n.º 1365/75 do Conselho, de 26 de maio de 1975, relativo à criação da Fundação Europeia para a

Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho. JO L 139 de 30.5.1975, p. 1.

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Gazeta n.º 35 (17-02-2017)

3

(3) Decisão do Conselho, de 28 de novembro de 2016, que nomeia os membros efetivos e os membros suplentes do

Conselho de Direção da Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho (JO C 447 de 1.12.2016, p.

2).

(4) Decisão do Conselho, de 23 de janeiro de 2017, que nomeia os membros efetivos e os membros suplentes do Conselho

de Direção da Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho no que respeita a Bulgária, a Itália, a

Lituânia, ao Luxemburgo, a Malta, a Áustria e a Eslováquia (JO C 27 de 27.1.2017, p. 8).

Diário da República

CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS: Grupo de Trabalho

Despacho n.º 1668-A/2017 (Série II), de 20 de fevereiro de 2017 / Saúde e Economia. Gabinetes dos Secretários de Estado

Adjunto e da Saúde e da Energia. - Determina a criação e composição de um Grupo de Trabalho, denominado Grupo de

Trabalho para os Campos Eletromagnéticos. Diário da República. - Série II-C - N.º 37 – 1.º Suplemento (21-02-2017), p.

3346-(2). https://dre.pt/application/conteudo/106499634

O XXI Governo Constitucional, no seu programa para a saúde, estabelece como prioridade promover a saúde através de uma nova ambição

para a Saúde Pública, reforçando a prevenção primária e a prevenção secundária.

A Lei n.º 30/2010, de 2 de setembro, atribui ao Governo a competência na regulamentação dos níveis da exposição humana máxima

admitida a campos eletromagnéticos, derivados de linhas, instalações e demais equipamentos de alta e muito alta tensão, tendo em vista

salvaguardar a saúde pública.

A limitação da exposição humana aos campos eletromagnéticos encontra-se definida na Recomendação 1999/519/CE do Conselho de 12

de julho de 1999. Esta limitação é assegurada através do estabelecimento de restrições básicas, e respetivos níveis de referência, que, por

proposta de um grupo de trabalho interministerial, foram transpostos para o ordenamento jurídico interno através da Portaria n.º

1424/2004, de 23 de novembro, no âmbito da regulamentação do Decreto-Lei n.º 11/2003, de 18 de janeiro, que regula a autorização

municipal inerente à instalação e funcionamento das infraestruturas de suporte das estações de radiocomunicações e respetivos

acessórios.

Apesar da Portaria n.º 1424/2004, de 23 de novembro, já prever as restrições básicas e níveis de referência para a exposição a campos

magnéticos, elétricos e eletromagnéticos em toda a gama de frequências, dos 0 Hz aos 300 GHz, incluindo, portanto, a frequência

fundamental da rede elétrica, 50 Hz, é necessário tornar mais lato o seu âmbito legal, de forma a abranger todas as origens possíveis.

O Comité Científico para Riscos de Saúde Novos e Emergentes, da Comissão Europeia publicou, em 2015, um relatório sobre os efeitos

potenciais da exposição a campos eletromagnéticos, em toda a gama de frequências.

As conclusões deste painel de peritos, suportam que o quadro conceptual de proteção constante da Recomendação n.º 1999/519/CE, do

Conselho, permanece válida, garantindo uma proteção eficaz da população.

Neste âmbito entende-se ser prioritária a proteção do público relativamente à exposição a campos magnéticos, elétricos e

eletromagnéticos. É igualmente importante que o desenvolvimento do sistema elétrico nacional seja baseado numa sustentável

coexistência com as comunidades locais, e numa confiança mútua entre estas e os concessionários das infraestruturas.

Neste termos, e considerando a Resolução da Assembleia da República n.º 210/2016, de 28 de outubro, importa regulamentar as

restrições básicas e os níveis de referência da exposição humana a campos magnéticos, elétricos e eletromagnéticos, tendo como base as

conclusões mais atuais do meio científico sobre o tema.

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Gazeta n.º 35 (17-02-2017)

4

1 - É criado um Grupo de Trabalho, denominado Grupo de Trabalho para os Campos Eletromagnéticos, com a seguinte

composição: a) Eng.º Artur Filipe Schouten Patuleia, do Gabinete do Secretário de Estado da Energia; b) Eng.º Pedro Rosário da Direção-

Geral da Saúde; c) Doutor Jorge Esteves, da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos; d) Eng.ª Maria José Espírito Santo, da Direção-

Geral de Energia e Geologia; e) Doutor Nobumitsu Shohoji, do Laboratório Nacional de Energia e Geologia.

2 - Os membros do Grupo de trabalho podem-se fazer acompanhar por técnicos das entidades que representam.

3 - O grupo de trabalho tem por missão: a) Elaborar o anteprojeto de decreto-lei previsto no artigo 2.º da Lei n.º 30/2010, de 2 de

setembro, fixando as restrições básicas e os níveis de referência para exposição do público a campos magnéticos, elétricos e

eletromagnéticos, na gama de frequências dos 0 Hz aos 300 GHz, considerando as orientações científicas mais atuais, e as melhores

práticas europeias; b) Propor as necessárias alterações à metodologia de licenciamento de novas infraestruturas elétricas que inclua a

demonstração expressa do cumprimento das restrições básicas e dos níveis de referência previstos na alínea a), cumprindo os mais

rigorosos critérios técnico-económicos.

4 - O Grupo de Trabalho apresenta um relatório com as suas propostas até 30 de abril de 2017.

5 - A atividade dos membros do Grupo de Trabalho não é remunerada, sem prejuízo do direito à afetação de tempo

específico para a realização dos trabalhos.

6 - O apoio logístico e técnico necessário ao funcionamento do Grupo de Trabalho é providenciado pela Direção-Geral de

Energia e Geologia.

7 - O presente despacho produz efeitos a partir da data da sua assinatura.

20 de fevereiro de 2017. - O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Manuel Ferreira Araújo. - O Secretário de

Estado da Energia, Jorge Filipe Teixeira Seguro Sanches.

ELETRICIDADE: material elétrico destinado a ser utilizado dentro de certos limites de

tensão

(1) Decreto-Lei n.º 21/2017, de 21 de fevereiro / Economia. - Estabelece as regras aplicáveis à disponibilização no mercado

de material elétrico destinado a ser utilizado dentro de certos limites de tensão, transpondo a Diretiva n.º 2014/35/UE.

Diário da República. - Série I - N.º 37 (21-02-2017), p. 1029 - 1038.

ELI: http://data.dre.pt/eli/dec-lei/21/2017/p/dre/pt/html

PDF: https://dre.pt/application/conteudo/106499601

O presente decreto-lei estabelece as regras aplicáveis à disponibilização no mercado de material elétrico destinado a ser utilizado dentro

de certos limites de tensão, procedendo à transposição para a ordem jurídica interna da Diretiva n.º 2014/35/UE, do Parlamento Europeu e

do Conselho, de 26 de fevereiro de 2014.

A referida diretiva revoga a Diretiva n.º 2006/95/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de dezembro de 2006, transposta para o

direito português pelo Decreto-Lei n.º 6/2008, de 10 de janeiro. As alterações agora consagradas visam o reforço do alinhamento do

quadro legislativo aplicável, constituído pelo Regulamento (CE) n.º 765/2008, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de julho de

2008, e pela Decisão n.º 768/2008, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de julho de 2008, cuja aplicação efetiva no ordenamento

jurídico nacional foi assegurada pelo Decreto-Lei n.º 23/2011, de 11 de fevereiro.

A disciplina normativa ora aprovada visa garantir, por um lado, que o material elétrico destinado a ser utilizado dentro de certos limites de

tensão, disponibilizado no mercado, satisfaz os requisitos que asseguram um elevado nível de proteção da saúde e da segurança das

pessoas, dos animais domésticos e dos bens, e, por outro lado, que todos os intervenientes conhecem e cumprem os deveres que sobre

eles recaem.

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Gazeta n.º 35 (17-02-2017)

5

Artigo 1.º

Objeto

O presente decreto-lei estabelece as regras aplicáveis à disponibilização no mercado de material elétrico destinado a ser

utilizado dentro de certos limites de tensão, transpondo para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2014/35/UE, do

Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de fevereiro de 2014.

Artigo 2.º

Âmbito

1 - Sem prejuízo do disposto no número seguinte, o presente decreto-lei aplica-se ao material elétrico destinado a ser

utilizado sob uma tensão nominal compreendida entre: a) 50 V e 1 000 V, em corrente alterna; b) 75 V e 1 500 V, em corrente

contínua. 2 - Ficam excluídos do âmbito de aplicação do presente decreto-lei: a) O equipamento elétrico destinado a ser utilizado

em atmosfera explosiva; b) O equipamento elétrico para radiologia e para medicina; c) As partes elétricas dos elevadores e monta-cargas;

d) Os contadores de energia elétrica; e) Às fichas e tomadas para uso doméstico; f) Os dispositivos de alimentação de vedações

eletrificadas; g) As perturbações radioelétricas; h) O material elétrico especializado, destinado a ser utilizado em navios, aeronaves ou

caminhos-de-ferro, que satisfaça as disposições de segurança estabelecidas pelos organismos internacionais de que os Estados-Membros

da União Europeia (UE) façam parte; i) Os kits de avaliação, fabricados por medida, destinados a profissionais, para uso exclusivo em

instalações de investigação e desenvolvimento.

Artigo 30.º

Norma transitória

Sem prejuízo do disposto no artigo 32.º, o material elétrico colocado no mercado antes de 20 de abril de 2016, pode ser

disponibilizado no mercado, desde que esteja conforme com o previsto no Decreto-Lei n.º 6/2008, de 10 de janeiro.

Artigo 31.º

Norma revogatória

É revogado o Decreto-Lei n.º 6/2008, de 10 de janeiro.

Artigo 32.º

Entrada em vigor

O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 15 de dezembro de 2016. - Augusto Ernesto Santos Silva - Augusto Ernesto

Santos Silva - Mário José Gomes de Freitas Centeno - Francisca Eugénia da Silva Dias Van Dunem - Manuel de Herédia

Caldeira Cabral.

Promulgado em 5 de fevereiro de 2017.

Publique-se.

O Presidente da República, MARCELO REBELO DE SOUSA.

Referendado em 14 de fevereiro de 2017.

O Primeiro-Ministro, António Luís Santos da Costa.

ANEXO I

[a que se referem a alínea a) do artigo 3.º, o n.º 2 do artigo 4.º, o artigo 6.º, alínea a) do artigo 7.º, as alíneas c) e f) do artigo 9.º, as alíneas

c) e d) do artigo 10.º, o artigo 13.º, o n.º 1 do artigo 14.º e a alínea a) do n.º 1 do artigo 17.º]

Principais elementos dos objetivos de segurança para o material elétrico destinado a ser utilizado dentro de certos limites

de tensão

ANEXO II

[a que se refere o n.º 2 do artigo 4.º, as alíneas b), c) e d) do artigo 7.º, o n.º 2 do artigo 14.º e a subalínea i) da alínea a) do n.º 2 do artigo

23.º]

ANEXO III

(a que se refere o n.º 2 do artigo 14.º)

Declaração UE de conformidade (n.º XXXX) (1)

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Gazeta n.º 35 (17-02-2017)

6

(1) É facultativo para o fabricante atribuir um número à declaração de conformidade.

(2) Diretiva 2014/35/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de fevereiro de 2014, relativa à harmonização da

legislação dos Estados-Membros respeitante à disponibilização no mercado de material elétrico destinado a ser utilizado

dentro de certos limites de tensão (reformulação) (Texto relevante para efeitos do EEE). JO L 96 de 29.3.2014, p. 357-374.

ELI: http://data.europa.eu/eli/dir/2014/35/oj

PDF: http://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:32014L0035&from=PT

Artigo 1.º

Objeto e âmbito de aplicação

A presente diretiva tem por objetivo assegurar que o material elétrico presente no mercado cumpra os requisitos que

proporcionam um elevado nível de proteção da saúde e da segurança das pessoas, e dos animais domésticos e dos bens,

garantindo ao mesmo tempo o funcionamento do mercado interno. A presente diretiva aplica-se ao material elétrico

destinado a ser utilizado sob uma tensão nominal compreendida entre 50 e 1 000 V para a corrente alterna, e entre 75 e 1

500 V para a corrente contínua, com exceção dos materiais e fenómenos referidos no anexo II.

Artigo 26.º

Transposição

1. Os Estados-Membros devem adotar e publicar até 19 de abril de 2016 as disposições legislativas, regulamentares e

administrativas necessárias para dar cumprimento ao disposto no artigo 2.º, no artigo 3.º, primeiro parágrafo, no artigo 4.º,

nos artigos 6.º a 12.º, no artigo 13.º, n.º 1, nos artigos 14.º a 25.º e nos anexos II, III e IV. Os Estados-Membros devem

comunicar imediatamente o texto dessas medidas à Comissão. Os Estados-Membros devem aplicar essas medidas a partir

de 20 de abril de 2016. (...).

Artigo 27.º

Revogação

A Diretiva 2006/95/CE é revogada com efeitos a partir de 20 de abril de 2016, sem prejuízo das obrigações dos Estados-

Membros relativas aos prazos de transposição para o direito nacional e às datas de aplicação da diretiva, indicados no

anexo V. As referências à diretiva revogada devem entender-se como sendo feitas à presente diretiva e devem ser lidas de

acordo com a tabela de correspondência constante do anexo VI.

Artigo 28.º

Entrada em vigor

A presente diretiva entra em vigor no vigésimo dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

ANEXO I

PRINCIPAIS ELEMENTOS DOS OBJETIVOS DE SEGURANÇA PARA O MATERIAL ELÉTRICO DESTINADO A SER UTILIZADO

DENTRO DE CERTOS LIMITES DE TENSÃO

ANEXO II

MATERIAL E FENÓMENOS EXCLUÍDOS DO CAMPO DE APLICAÇÃO DA PRESENTE DIRETIVA

ANEXO III

MÓDULO A

Controlo interno da produção (…)

ANEXO IV

DECLARAÇÃO UE DE CONFORMIDADE (N. o XXXX) (1)

ANEXO V

Prazos de transposição para o direito nacional e datas de aplicação das diretivas constantes do anexo V, parte B, da Diretiva

2006/95/CE (referidos no artigo 27.º)

Diretiva | Prazo de transposição | Data de aplicação

ANEXO VI

TABELA DE CORRESPONDÊNCIA

Diretiva 2006/95/CE | Presente diretiva

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Gazeta n.º 35 (17-02-2017)

7

DECLARAÇÃO DO PARLAMENTO EUROPEU

O Parlamento Europeu considera que unicamente nos casos em que atos de execução nos termos do Regulamento (UE) n.º 182/2011

sejam debatidos em reuniões de comissões, podem estas ser consideradas comités de comitologia na aceção do anexo I do Acordo-quadro

sobre as relações entre o Parlamento Europeu e a Comissão Europeia. Por conseguinte, as reuniões das comissões inserem-se no âmbito

de aplicação do ponto 15 do Acordo-quadro quando e na medida em que sejam debatidas outras questões.

ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO JOÃO DE DEUS

Reconhecimento da formação académica dos estudantes e diplomados | Anos letivos 2010/2011, 2011/2012 e 2012/2013

Despacho n.º 1645/2017 (Série II), de 23 de janeiro de 2017 / Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Gabinete do Ministro.

- Reconhecimento da formação académica dos estudantes e diplomados que frequentaram ou concluíram os ciclos de

estudos de mestrado em Educação Pré-Escolar, Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico, Ensino do 1.º

Ciclo do Ensino Básico e Ensino do 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico da Escola Superior de Educação João de Deus, nos anos

letivos 2010/2011, 2011/2012 e 2012/2013. Diário da República. - Série II-C - N.º 37 (21-02-2017), p. 3300 - 3301.

https://dre.pt/application/conteudo/106494599

Determino o seguinte, ouvidas a A3ES e a DGES, bem como a IGEC que procedeu à remessa do processo administrativo:

a) A revogação parcial do despacho do Secretário de Estado do Ensino Superior, datado de 7-08-2015, na parte em que

decidiu "não estarem reunidas as condições necessárias para o reconhecimento da formação académica dos estudantes";

b) O reconhecimento da formação académica dos estudantes e diplomados que frequentaram ou concluíram os ciclos de

estudos de mestrado em "Educação Pré-Escolar", "Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico, "Ensino do

1.º Ciclo do Ensino Básico" e "Ensino do 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico" na Escola Superior de Educação João de Deus nos

anos letivos 2010/2011, 2011/2012 e 2012/2013;

c) A notificação do presente despacho: a) À Secretaria Geral da Educação e Ciência para, no âmbito da ação administrativa especial

intentada pela Associação de Jardins Escolas João de Deus comunicar aos autos e em tempo o presente despacho; b) À direção da

Associação de Jardins Escolas João de Deus e à direção do estabelecimento de ensino superior seu instituído, Escola Superior de Educação

João de Deus, para remessa à Inspeção-Geral da Educação e Ciência de listagens, por cada ciclo de estudos de mestrado, com a indicação

do nome do aluno que o frequentou, do n.º de aluno, unidades curriculares concluídas, créditos obtidos, data de conclusão do ciclo de

estudos e respetiva classificação final, para ser confrontada com a informação recolhida pela IGEC, no âmbito do referido processo de

averiguações, devendo facultar a este serviço o necessário suporte documental probatório e toda a informação considerada pertinente

para estes efeitos; c) À IGEC, para os devidos efeitos e ainda para prover a notificação ao Ministério Público do teor deste despacho, na

sequência das participações anteriormente efetuadas; d) À DGES e à A3ES, para os devidos efeitos.

23 de janeiro de 2017. - O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Frederico Tojal de Valsassina Heitor.

INSTITUTO NACIONAL DE MEDICINA LEGAL E CIÊNCIAS FORENSES, IP (INMLCF, IP):

presidente do conselho diretivo

Resolução do Conselho de Ministros n.º 29/2017, de 21 de fevereiro / Presidência do Conselho de Ministros. - Designa o

presidente do conselho diretivo do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, IP. Diário da República. - Série

I - N.º 37 (21-02-2017), p. 1021.

ELI: http://data.dre.pt/eli/resolconsmin/29/2017/p/dre/pt/html

PDF: https://dre.pt/application/conteudo/106499595

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Gazeta n.º 35 (17-02-2017)

8

Nos termos do disposto nos artigos 5.º e 13.º do Decreto-Lei n.º 166/2012, de 31 de julho, conjugados com o n.º 2 do artigo 13.º do

Decreto-Lei n.º 71/2007, de 27 de março, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 8/2012, de 18 de janeiro, e alterado pelo Decreto-Lei

n.º 39/2016, de 28 de julho, resulta que os membros do conselho diretivo do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, I. P.

(INMLCF, I. P.), são designados por resolução do Conselho de Ministros, quando a escolha recaia em professores universitários de medicina

legal ou de outras ciências forenses, ou diretores de serviços médicos, sob proposta dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das

finanças e da justiça pelo mandato de três anos, renovável até ao máximo de três renovações consecutivas.

Atendendo a que se encontra vago o lugar de presidente do conselho diretivo do INMLCF, I. P., afigura-se imperativo assegurar a efetiva

direção deste importante organismo da administração indireta do Estado.

Nos termos dos artigos 5.º e 13.º do Decreto-Lei n.º 166/2012, de 31 de julho, conjugados com o n.º 2 do artigo 13.º do Decreto-Lei n.º

71/2007, de 27 de março, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 8/2012, de 18 de janeiro, e alterado pelo Decreto-Lei n.º 39/2016, de

28 de julho, e da alínea d) do artigo 199.º da Constituição, o Conselho de Ministros resolve:

1 - Designar, sob proposta do Ministro das Finanças e da Ministra da Justiça, Francisco Manuel de Andrade Corte-Real

Gonçalves para o cargo de presidente do conselho diretivo do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, I.

P., cujo perfil, formação e experiência adequados ao exercício das funções são evidenciados na nota curricular que consta

do anexo à presente resolução e da qual faz parte integrante.

2 - Estabelecer, nos termos do n.º 1 do artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 166/2012, de 31 de julho, que o estatuto

remuneratório do designado é equiparado a gestor público, sem prejuízo da faculdade estatuída no n.º 3 do artigo 13.º do

mesmo decreto-lei.

3 - Determinar que a presente resolução produz efeitos a partir da data da sua aprovação.

Presidência do Conselho de Ministros, 26 de janeiro de 2017. - O Primeiro-Ministro, António Luís Santos da Costa.

ANEXO

Nota Curricular

SANGUE E MEDICINA TRANSFUSIONAL: monitorizada de forma centralizada pelo

Instituto Português do Sangue e da Transplantação, I. P. (IPST, I. P.)

Despacho n.º 1649/2017 (Série II), de 14 de fevereiro de 2017 / Saúde. Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da

Saúde. - Ao abrigo do disposto nos artigos 1.º, 2.º, 3.º, alínea d) do n.º 1 do artigo 5.º, e artigo 17.º do Decreto-Lei n.º

124/2011, de 29 de dezembro, na sua atual redação, determina que a atividade dos serviços de sangue e medicina

transfusional a nível nacional é monitorizada de forma centralizada pelo Instituto Português do Sangue e da

Transplantação, I. P. (IPST, I. P.), no âmbito das suas competências legais, e engloba todas as entidades hospitalares dos

setores público, privado e social que devem garantir a recolha automatizada da informação necessária. Diário da República.

- Série II-C - N.º 37 (21-02-2017), p. 3308 - 3309. https://dre.pt/application/conteudo/106494620

1 - A atividade dos serviços de sangue e medicina transfusional a nível nacional é monitorizada de forma centralizada pelo

Instituto Português do Sangue e da Transplantação, I. P. (IPST, I. P.), no âmbito das suas competências legais, e engloba

todas as entidades hospitalares dos setores público, privado e social.

2 - A monitorização prevista no número anterior deve ser realizada de forma contínua, sistemática e fiável, devendo as

referidas entidades hospitalares garantir a recolha automatizada da informação necessária.

3 - Para efeitos do disposto no número anterior as entidades hospitalares devem assegurar a recolha e envio automático da

informação necessária ao IPST, I. P., de acordo com as especificações e requisitos técnicos estabelecidos pelo IPST, I. P., em

articulação com os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E. P. E. (SPMS, E. P. E.).

4 - As entidades hospitalares que, à data do presente despacho, não tenham sistemas de recolha e de reporte automático

da informação referida nos números anteriores, dispõem de um prazo máximo de 180 dias para procederem às adaptações

que permitam dar cumprimento ao disposto no presente despacho.

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Gazeta n.º 35 (17-02-2017)

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5 - As entidades que se enquadrem no âmbito de aplicação do número anterior e enquanto não dispuserem de sistemas

que permitam a recolha e o reporte automático da informação devem proceder ao seu registo manual nos termos e de

acordo com os requisitos técnicos estabelecidos para o efeito pelo IPST, I. P., em articulação com os SPMS, E. P. E.

6 - O IPST, I. P., procede à publicação mensal, no Portal do SNS, da informação referente às colheitas, reservas e consumo

de componentes do sangue de todas as entidades hospitalares, até ao dia 15 do mês seguinte àquele a que se reporta, e

elabora relatórios trimestrais de atividade os quais são submetidos à apreciação do membro do Governo responsável pela

área da saúde.

7 - As regras relativas ao processo de recolha e de reporte da informação a que se refere o presente despacho são objeto

de regulamento do IPST, I. P., o qual será publicado na respetiva página eletrónica e remetido às entidades hospitalares dos

setores público, privado e social, no prazo de 5 dias úteis a contar da data de publicação do presente despacho.

8 - O presente despacho entra em vigor no dia 1 de abril de 2017.

14 de fevereiro de 2017. - O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Manuel Ferreira Araújo.

UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA: fundação pública com regime de direito privado

Decreto-Lei n.º 20/2017, de 21 de fevereiro / Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. - Ao abrigo do disposto no n.º 12 do

artigo 129.º da Lei n.º 62/2007, de 10 de setembro, transforma a Universidade Nova de Lisboa numa fundação pública com

regime de direito privado e aprova os respetivos Estatutos. Diário da República. - Série I - N.º 37 (21-02-2017), p. 1025 -

1029.

ELI: http://data.dre.pt/eli/dec-lei/20/2017/p/dre/pt/html

PDF: https://dre.pt/application/conteudo/106499600

A reforma do sistema de ensino superior português aprovada pela Lei n.º 62/2007, de 10 de setembro, criou, no âmbito do ensino superior

público, um novo tipo de instituições, as fundações públicas com regime de direito privado, medida saudada de forma extremamente

positiva pelo Comité de Educação da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico.

Nos termos deste regime jurídico, as instituições de ensino superior públicas podem requerer ao Governo a sua transformação em

fundações públicas com regime de direito privado com fundamento nas vantagens da adoção deste modelo de gestão e de

enquadramento jurídico para o prosseguimento dos seus objetivos.

Estas fundações públicas, entre outros aspetos, caracterizam-se por terem um quadro alargado de autonomia institucional, se regerem

pelo direito privado, nomeadamente no que respeita à sua gestão financeira, patrimonial e de pessoal não docente e não investigador,

podendo criar carreiras próprias para o seu pessoal docente, investigador e outro, serem financiadas pelo Estado através da atribuição das

dotações do Orçamento do Estado para funcionamento e investimento previstas na lei do financiamento do ensino superior, definidas em

função de critérios objetivos comuns a todas as instituições públicas, sem prejuízo da possibilidade de celebração de contratos plurianuais,

de duração não inferior a três anos, com vista à realização de objetivos concretos, concorrendo, para efeitos de candidatura a fundos

públicos, nos mesmos moldes que as outras instituições públicas de ensino superior.

O Conselho Geral da Universidade Nova de Lisboa deliberou requerer ao Governo a sua transformação em fundação pública de direito

privado, instruindo o pedido com os documentos previstos no artigo 129.º da Lei n.º 62/2007, de 10 de setembro.

Da análise dos documentos apresentados pela Universidade Nova de Lisboa resulta o preenchimento das condições fixadas pela lei e, bem

assim, um peso significativo das receitas próprias assegurado ao nível da receita.

Artigo 1.º

Instituição da fundação

1 - O Estado português institui uma fundação pública com regime de direito privado denominada Universidade Nova de

Lisboa. 2 - A Universidade Nova de Lisboa resulta da transformação da Universidade Nova de Lisboa em fundação pública

com regime de direito privado nos termos da Lei n.º 62/2007, de 10 de setembro, que aprova o regime jurídico das

instituições de ensino superior.

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Artigo 2.º

Natureza

A Universidade Nova de Lisboa é uma instituição de ensino superior pública de natureza fundacional, nos termos da Lei n.º

62/2007, de 10 de setembro.

Artigo 3.º

Estatutos

1 - Os Estatutos da fundação constam do anexo ao presente decreto-lei, do qual fazem parte integrante. 2 - A revisão dos

Estatutos do estabelecimento de ensino é aprovada pelo Conselho Geral, no prazo de 60 dias a contar da data da entrada

em vigor deste decreto-lei, e sujeita a homologação pelo membro do Governo responsável pela área do ensino superior,

nos termos do n.º 3 do artigo 132.º da Lei n.º 62/2007, de 10 de setembro.

Artigo 4.º

Regime

1 - A Universidade Nova de Lisboa rege-se pelo disposto nos seus Estatutos e pela demais legislação que lhe seja aplicável. 2

- A Universidade Nova de Lisboa goza, nos termos da lei, do poder de execução coerciva dos seus atos administrativos, bem

como do poder de expropriação por utilidade pública nos mesmos termos que as restantes instituições de ensino superior

públicas, regendo-se, neste particular e no tocante à prática de atos unilaterais de autoridade no domínio das suas

atribuições, pelo direito administrativo. 3 - A Universidade Nova de Lisboa rege-se pelo direito privado, nomeadamente no

que respeita à sua gestão financeira, patrimonial e do pessoal, sem prejuízo do disposto nos números seguintes. 4 - A

Universidade Nova de Lisboa pode admitir pessoal docente, investigador e outro em regime de direito privado e pessoal

docente, nos termos do disposto no n.º 2 do artigo 85.º-A do Estatuto da Carreira Docente Universitária, em regime de

contrato de trabalho em funções públicas. 5 - Na definição do regime das carreiras próprias do pessoal docente,

investigador e outro, a Universidade Nova de Lisboa deve, nos termos do n.º 3 do artigo 134.º da Lei n.º 62/2007, de 10 de

setembro, promover a convergência dos respetivos regulamentos internos com os princípios subjacentes à Lei Geral do

Trabalho em Funções Públicas, e à legislação especial aplicável às referidas carreiras. 6 - O pessoal com relação jurídica de

emprego público que se encontre a exercer funções na Universidade Nova de Lisboa à data da transformação em

instituição de ensino superior de natureza fundacional transita para esta, com garantia da manutenção integral do seu

estatuto jurídico, designadamente no que se refere à progressão na carreira.

Artigo 5.º

Financiamento

1 - O financiamento à Universidade Nova de Lisboa é definido de acordo com as regras fixadas pela lei para o financiamento

do Estado às demais instituições públicas de ensino superior, sem prejuízo da possibilidade de celebração de contratos

plurianuais, de duração não inferior a três anos, com vista à realização de objetivos específicos. 2 - Em consequência do

disposto no número anterior, à Universidade Nova de Lisboa são atribuídas as dotações do Orçamento do Estado para

funcionamento e investimento previstas na Lei n.º 37/2003, de 22 de agosto, alterada pelas Leis n.os 49/2005, de 30 de

agosto, e 62/2007, de 10 de setembro, definidas em função de critérios objetivos comuns a todas as instituições públicas de

ensino superior. 3 - Para efeitos de candidatura a fundos públicos, a Universidade Nova de Lisboa concorre nos mesmos

termos que as demais instituições públicas de ensino superior. 4 - A Universidade Nova de Lisboa pode dispor, sem

qualquer restrição, dos resultados das suas contas anuais.

Artigo 6.º

Direitos e obrigações

A Universidade Nova de Lisboa, enquanto fundação pública com regime de direito privado, sucede em todos os direitos e

obrigações na titularidade da Universidade Nova de Lisboa à data da presente transformação.

Artigo 7.º

Endividamento

1 - O montante do endividamento líquido total da Universidade Nova de Lisboa, em 31 de dezembro de cada ano, tem de

respeitar, cumulativamente, os seguintes limites: a) Garantia de um grau de autonomia financeira de 75 %, sendo este definido pelo

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rácio fundo social/ativo líquido; b) Quádruplo do valor do cash-flow, sendo este definido pelo cômputo da adição dos resultados líquidos

com as amortizações e as provisões/ajustamentos do exercício; c) Para efeitos da determinação dos limites referidos nas alíneas

anteriores, as grandezas contabilísticas dizem respeito ao último exercício económico para o qual estejam disponíveis demonstrações

financeiras consolidadas devidamente certificadas pelo fiscal único. 2 - A capacidade de endividamento estabelecida nos termos

dos limites anteriores destina-se a ser utilizada no financiamento de atividades de investimento, podendo ser utilizada,

excecionalmente, até um máximo de 5 %, para o financiamento da atividade de exploração. 3 - Para efeitos de aplicação do

limite definido no n.º 1, por endividamento líquido total da Universidade Nova de Lisboa entende-se os valores passivos, de

curto ou de médio e longo prazo, relativos a empréstimos contraídos e a contratos de locação financeira, deduzidos dos

financiamentos bancários garantidos por créditos relativos a projetos aprovados e financiados por diversas entidades. 4 - A

Universidade Nova de Lisboa pode ainda, nos termos previstos no n.º 2 do artigo 115.º da Lei n.º 62/2007, de 10 de

setembro, ser autorizada a contrair empréstimos para além do limite a que se refere o n.º 1.

Artigo 8.º

Transmissão onerosa de imóveis

1 - A Universidade Nova de Lisboa tem capacidade para transmitir imóveis a título oneroso, nos termos dos seus Estatutos,

sempre que a totalidade do valor de realização seja aplicada em outros investimentos que passem a integrar o seu ativo

imobilizado no prazo referido no n.º 3. 2 - A decisão da transmissão onerosa apenas pode ser tomada quando exista um

plano de investimento em ativos imobilizados necessários à atividade da Universidade Nova de Lisboa, devidamente

aprovado pelos seus órgãos próprios, e quando o montante global de investimento seja comprovadamente igual ou

superior ao valor presumível de realização. 3 - O reinvestimento do valor de realização em outros elementos do ativo

imobilizado constantes do plano de investimento tem de ser concluído até ao fim do terceiro exercício económico seguinte

ao da realização da transmissão onerosa.

Artigo 9.º

Património e isenções fiscais

1 - O património da Universidade Nova de Lisboa é constituído pelos bens indicados nas respetivas disposições dos seus

Estatutos. 2 - A Universidade Nova de Lisboa goza de todas as isenções fiscais aplicáveis ao Estado, nos termos do artigo

116.º da Lei n.º 62/2007, de 10 de setembro, aplicável por força do disposto no n.º 5 do artigo 132.º da mesma lei.

Artigo 10.º

Registo

O presente decreto-lei constitui título suficiente para todos os efeitos legais, incluindo os de registo.

Artigo 11.º

Dever de publicitação

A Universidade Nova de Lisboa está obrigada ao dever de publicitação, no respetivo sítio oficial na Internet: a) Das tabelas

remuneratórias respeitantes às carreiras próprias que crie ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 134.º da Lei n.º 62/2007, de 10 de

setembro; b) Das remunerações dos titulares dos seus órgãos de governo e de gestão; c) Dos ativos de que dispõe; d) Das dívidas e

compromissos plurianuais que assume.

Artigo 12.º

Regresso da Universidade Nova de Lisboa ao regime não fundacional

1 - Findo um período experimental de cinco anos de funcionamento no regime fundacional é realizada uma avaliação da

aplicação do mesmo. 2 - Em consequência da avaliação referida no número anterior, o Conselho Geral da Universidade

Nova de Lisboa pode propor, justificadamente, o regresso da instituição ao regime não fundacional. 3 - Em qualquer outro

momento posterior ao período de funcionamento referido no n.º 1, o regresso ao regime não fundacional depende de

prévia avaliação independente. 4 - Durante o período experimental, pode o Governo decidir, ou a Universidade Nova de

Lisboa propor, o regresso ao regime não fundacional, em resultado da não verificação justificada de pressupostos que

presidiram à adoção do mesmo regime.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 15 de dezembro de 2016. - Augusto Ernesto Santos Silva - Mário José Gomes

de Freitas Centeno - Manuel Frederico Tojal de Valsassina Heitor.

Promulgado em 2 de fevereiro de 2017.

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Publique-se.

O Presidente da República, MARCELO REBELO DE SOUSA.

Referendado em 14 de fevereiro de 2017.

O Primeiro-Ministro, António Luís Santos da Costa.

ANEXO

Estatutos da Fundação Universidade Nova de Lisboa

(a que se refere o n.º 1 do artigo 3.º)

CAPÍTULO I

Disposições gerais

Artigo 1.º

Denominação, natureza, sede

1 - A Universidade Nova de Lisboa é uma instituição de ensino superior pública de natureza fundacional que se rege pelos

seus Estatutos e, nos casos omissos, pelas disposições legais aplicáveis. 2 - A Universidade Nova de Lisboa tem a sua sede

em Lisboa e pode desenvolver atividades noutros locais, nos termos da lei.

Artigo 2.º

Missão

A Universidade Nova de Lisboa tem por missão gerar, difundir e aplicar conhecimento, assente na liberdade de pensamento

e na pluralidade dos exercícios críticos, promovendo a educação superior e contribuindo para a construção de um modelo

de sociedade baseado em princípios humanistas que tenha o saber, a criatividade e a inovação como fatores de

crescimento, de desenvolvimento sustentável, de bem-estar e de solidariedade.

Artigo 3.º

Autonomia

1 - A Universidade Nova de Lisboa dispõe de autonomia nos mesmos termos das demais instituições de ensino superior

públicas, com as devidas adaptações decorrentes da sua natureza fundacional, designadamente autonomias estatutária,

pedagógica, científica, cultural, administrativa, financeira, patrimonial e disciplinar. 2 - A Universidade Nova de Lisboa

aprova todas as normas e pratica todos os atos que sejam necessários ao seu regular funcionamento. 3 - A Universidade

Nova de Lisboa dispõe, nos termos da lei e dos seus Estatutos, de poder disciplinar sobre docentes, investigadores, demais

trabalhadores e estudantes.

CAPÍTULO II

Regime patrimonial e financeiro

Artigo 4.º

Património

1 - O património inicial da Universidade Nova de Lisboa é constituído pelos bens imóveis constantes de aviso publicado na

2.ª série do Diário da República. 2 - O património da Universidade Nova de Lisboa é, ainda, constituído: a) Por outros bens

imóveis, bens móveis, direitos e obrigações de conteúdo económico, submetidos ao comércio jurídico privado, afetos à realização dos seus

fins, e adquiridos pela Universidade com os rendimentos dos respetivos bens próprios; b) Por subsídios, fundos, contribuições, donativos,

heranças, legados, cedências, dações em cumprimento ou doações de entidades públicas ou privadas, portuguesas ou estrangeiras. 3 - O

Estado pode contribuir para o património da Universidade Nova de Lisboa com recursos suplementares.

Artigo 5.º

Receitas

Constituem receitas da Universidade Nova de Lisboa: a) As dotações orçamentais anuais que lhe forem atribuídas pelo Estado; b) As

receitas provenientes de contratos de financiamento plurianual celebrados com o Estado; c) As receitas provenientes do pagamento de

propinas e outras taxas de frequência de ciclos de estudos e outras ações de formação; d) As receitas provenientes de atividades de

investigação e desenvolvimento; e) Os rendimentos da propriedade intelectual; f) Os rendimentos de bens próprios ou de que tenha a

fruição; g) As receitas derivadas da prestação de serviços, da emissão de pareceres e da venda de publicações e de outros produtos da sua

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atividade; h) Os subsídios e contribuições, regulares ou ocasionais, subvenções, comparticipações, doações, heranças e legados

provenientes de quaisquer entidades, públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras; i) O produto da venda ou arrendamento de bens

imóveis, quando autorizados por lei, bem como de outros bens; j) Os juros de contas de depósitos e a remuneração de outras aplicações

financeiras; k) Os saldos da conta de gerência de anos anteriores; l) O produto de taxas, emolumentos, multas, coimas e quaisquer outras

receitas que legalmente lhes advenham; m) O produto de empréstimos contraídos; n) Outras receitas previstas na lei.

Artigo 6.º

Capacidade, gestão e autonomia patrimonial e financeira

1 - A capacidade jurídica da Universidade Nova de Lisboa abrange todos os direitos e obrigações necessários ou

convenientes à prossecução da sua missão e à gestão do seu património. 2 - A Universidade Nova de Lisboa goza, nos

termos da lei, do poder de execução coerciva dos seus atos administrativos e do poder de expropriação por utilidade

pública, regendo-se, neste particular e no tocante à prática de atos unilaterais de autoridade no domínio das suas

atribuições, pelo direito administrativo.

3 - A capacidade e autonomia patrimonial e financeira da Universidade Nova de Lisboa está subordinada à missão para que

foi instituída, podendo, entre outros: a) Adquirir, alienar e onerar bens móveis e imóveis; b) Aceitar doações e legados puros ou

onerosos; c) Praticar todos os atos necessários à correta gestão e valorização do seu património. 4 - A Universidade Nova de Lisboa

gere livremente os seus recursos financeiros, independentemente da sua origem, conforme critérios por si estabelecidos,

tendo capacidade para, entre outros: a) Elaborar planos plurianuais; b) Elaborar, alterar e executar os seus orçamentos; c) Liquidar e

cobrar receitas; d) Autorizar quaisquer despesas e efetuar quaisquer pagamentos. 5 - As contas da Universidade Nova de Lisboa são

consolidadas com as suas participações noutras entidades e devem explicitar as estruturas de custos, diferenciando

atividades de ensino, de investigação e outras.

CAPÍTULO III

Organização e funcionamento

SECÇÃO I

Normas gerais

Artigo 7.º

Órgãos

São órgãos da Universidade: a) O Conselho de Curadores; b) O fiscal único; c) Os órgãos previstos na lei e especificados nos Estatutos do

estabelecimento de ensino.

SECÇÃO II

Conselho de Curadores

Artigo 8.º

Composição

1 - O Conselho de Curadores é composto por cinco personalidades de elevado mérito e experiência profissional nas áreas

académica, empresarial, cultural, de relações internacionais e de inovação científica e tecnológica reconhecidas para esse

efeito como especialmente relevantes. 2 - Os curadores são nomeados pelo Governo sob proposta do Conselho Geral, que,

durante o processo, deve ouvir o Colégio de Diretores. 3 - O exercício das funções de curador não é compatível com vínculo

laboral simultâneo à Universidade Nova de Lisboa. 4 - Os curadores têm um mandato de cinco anos, renovável uma única

vez, não podendo ser destituídos sem motivo justificado. 5 - Na primeira composição do Conselho de Curadores, o mandato

de dois deles, a escolher por sorteio na primeira reunião, é de apenas três anos.

Artigo 9.º

Competências

Ao Conselho de Curadores compete: a) Eleger o seu presidente; b) Aprovar os Estatutos do estabelecimento de ensino, sob proposta

do Conselho Geral, e sujeitá-los a homologação do membro do Governo responsável pela área do ensino superior; c) Proceder à

homologação das deliberações do Conselho Geral de designação e destituição do Reitor e comunicá-las ao membro do Governo

responsável pela área do ensino superior, apenas podendo a recusa de homologação ocorrer caso se verifiquem as condições expressas no

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n.º 6 do artigo 86.º da Lei n.º 62/2007, de 10 de setembro; d) Propor ou autorizar, conforme disposto na lei, sob proposta do Reitor,

aprovada pelo Conselho Geral, a aquisição ou alienação de património imobiliário da Universidade, bem como as operações de crédito; e)

Nomear e destituir o Conselho de Gestão, sob proposta do Reitor; f) Homologar as deliberações do Conselho Geral relativas a: i)

Aprovação dos planos estratégicos de médio prazo e do plano de ação para o quadriénio do mandato do Reitor; ii) Aprovação das linhas

gerais de orientação da instituição no plano científico, pedagógico, financeiro e patrimonial; iii) Aprovação dos planos anuais de atividades

e apreciação do relatório anual das atividades da instituição; iv) Aprovação da proposta de orçamento; v) Aprovação das contas anuais

consolidadas, acompanhadas de parecer do fiscal único.

Artigo 10.º

Funcionamento e deliberações

1 - O Conselho de Curadores reúne ordinariamente quatro vezes por ano, podendo reunir extraordinariamente mediante

requerimento de qualquer dos seus membros ou a pedido do Reitor, ouvido o Conselho Geral. 2 - O Conselho de Curadores

delibera por maioria absoluta dos seus membros, incluindo o seu presidente.

3 - Não são permitidas abstenções nas deliberações do Conselho de Curadores.

SECÇÃO III

Fiscal único

Artigo 11.º

Designação e mandato

1 - O fiscal único é designado, de entre revisores oficiais de contas ou sociedades de revisores oficiais de contas, por

despacho dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e do ensino superior, sob proposta do Reitor. 2 -

O mandato tem a duração de cinco anos e é renovável, uma única vez, mediante despacho dos membros do Governo

responsáveis pelas áreas das finanças e do ensino superior, sob proposta do Reitor. 3 - No caso de cessação do mandato, o

fiscal único mantém-se no exercício de funções até à efetiva substituição ou à declaração ministerial de cessação de

funções.

Artigo 12.º

Competências e deveres

1 - Ao fiscal único compete: a) Controlar a gestão patrimonial e financeira da Universidade; b) Acompanhar e controlar com

regularidade o cumprimento das leis e regulamentos aplicáveis, a execução orçamental, a situação económica, financeira e patrimonial e

analisar a contabilidade; c) Dar parecer sobre o orçamento e suas revisões e alterações, bem como sobre o plano de atividades na

perspetiva da sua cobertura orçamental; d) Dar parecer sobre o relatório de gestão de exercício e contas de gerência, incluindo

documentos de certificação legal de contas; e) Dar parecer sobre a aquisição, arrendamento, alienação e oneração de bens imóveis; f) Dar

parecer sobre a aceitação de doações, heranças ou legados; g) Dar parecer sobre a contratação de empréstimos, quando a Universidade

esteja habilitada a fazê-lo; h) Manter o Conselho de Curadores informado sobre os resultados das verificações e exames a que proceda; i)

Elaborar relatórios da sua ação fiscalizadora, incluindo um relatório anual global; j) Propor ao Conselho de Curadores a realização de

auditorias externas, quando isso se revelar necessário ou conveniente; k) Pronunciar-se sobre os assuntos que lhe sejam submetidos pelo

Conselho de Curadores. 2 - O prazo para elaboração dos pareceres referidos no número anterior é de 15 dias a contar da

receção dos documentos a que respeitam. 3 - Para exercício da sua competência, o fiscal único tem direito a: a) Obter do

Conselho de Curadores ou dos demais órgãos da Universidade as informações e os esclarecimentos que repute necessários; b) Ter livre

acesso a todos os serviços e à documentação da Universidade, podendo requisitar a presença dos respetivos responsáveis, e solicitar os

esclarecimentos que considere necessários; c) Tomar ou propor as demais providências que considere indispensáveis. 4 - O fiscal único

não pode ter exercido atividades remuneradas na Universidade Nova de Lisboa nos últimos três anos antes do início das

suas funções e não pode exercer atividades remuneradas na Universidade durante os três anos que se seguirem ao termo

das suas funções.

CAPÍTULO IV

Outras disposições

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Gazeta n.º 35 (17-02-2017)

15

Artigo 13.º

Estatutos

O Conselho de Curadores, através de deliberação aprovada por maioria qualificada de quatro quintos e após audição do

Conselho Geral, pode propor ao membro do Governo responsável pela área do ensino superior a modificação dos

presentes Estatutos, sendo a alteração aprovada nos termos do n.º 12 do artigo 129.º da Lei n.º 62/2007, de 10 de

setembro.

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