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Gazeta n.º 47 | Terça-feira, 7 de março de 2017 Jornal Oficial da União Europeia TRÁFEGO AÉREO: requisitos para o desempenho e a interoperabilidade da vigilância no céu único europeu Agência Europeia para a Segurança da Aviação Aeronaves de asa fixa com massa máxima certificada à descolagem superior a 5 700 kg ou velocidade de cruzeiro verdadeira máxima superior a 250 nós Coordenação civil-militar Datas relativas a isenções para certas categorias de aeronaves Operadores de aeronaves de Estado Rede europeia de gestão do tráfego aéreo Transponders de radar de vigilância secundário (1) Regulamento de Execução (UE) 2017/386 da Comissão, de 6 de março de 2017, que altera o Regulamento de Execução (UE) n.º 1207/2011 que estabelece os requisitos para o desempenho e a interoperabilidade da vigilância no céu único europeu (Texto relevante para efeitos do EEE) [C/2017/1426]. JO L 59 de 7.3.2017, p. 34-36. ELI: http://data.europa.eu/eli/reg_impl/2017/386/oj PDF: http://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:32017R0386&from=PT Artigo 1.º O Regulamento de Execução (UE) n.º 1207/2011 é alterado como segue: 1) O artigo 5.º é alterado do seguinte modo: a) o n.º 4 é suprimido; b) Os n.ºs 5, 6 e 7 passam a ter a seguinte redação: «5. Os operadores devem assegurar, o mais tardar até 7 de junho de 2020, que: a) As aeronaves que operam os voos a que se refere o artigo 2.º, n.º 2 estão equipadas com transponders de radar de vigilância secundário com as capacidades definidas no anexo II, parte A; b) As aeronaves com massa máxima certificada à descolagem superior a 5 700 kg ou velocidade de cruzeiro verdadeira máxima superior a 250 nós, que operam os voos a que se refere o artigo 2.º, n.º 2, estão equipadas com transponders de radar de vigilância secundário que, além das capacidades descritas no anexo II, parte A, dispõem das capacidades definidas na parte B desse anexo; c) As aeronaves de asa fixa com massa máxima certificada à descolagem superior a 5 700 kg ou velocidade de cruzeiro verdadeira máxima superior a 250 nós, que operam os voos a que se refere o artigo 2.º, n.º 2, estão equipadas com transponders de radar de vigilância secundário que, para além das capacidades definidas no anexo II, parte A, dispõem das capacidades definidas na parte C desse anexo. 6. Os operadores devem assegurar que as aeronaves equipadas de acordo com o n.º 5 e com massa máxima certificada à descolagem superior a 5 700 kg ou velocidade de cruzeiro verdadeira máxima superior a 250 nós operam com diversidade de antena, em conformidade com o ponto 3.1.2.10.4 do anexo 10 da Convenção de Chicago, volume IV, quarta edição, incluindo o conjunto de emendas até ao n.º 85. 7. Os Estados-Membros podem impor requisitos de transporte nos termos do n.º 5, alínea b), a todas as aeronaves que operam os voos a que se refere o artigo 2.º, n.º 2, nas áreas em que os prestadores de serviços de navegação aérea fornecem serviços de vigilância que utilizam os dados de vigilância identificados no anexo II, parte B.»; 2) No artigo 6.º, n.ºs 1 e 3, a data de «5 de fevereiro de 2015» é substituída por «2 de janeiro de 2020». 3) O artigo 8.º, n.ºs 1, 2 e 3, passa a ter a seguinte redação: «1. Os Estados-Membros devem assegurar que, o mais tardar até 7 de junho de 2020, as aeronaves de Estado que operam em conformidade com o artigo 2.º, n.º 2, são equipadas com transponders de radar de vigilância secundário que dispõem da capacidade definida no anexo II, parte A. 2. Os Estados-Membros devem assegurar que, o mais tardar até 7 de junho de 2020, as aeronaves de Estado do tipo transporte com massa máxima certificada à descolagem superior a 5 700 kg ou

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Gazeta n.º 47 | Terça-feira, 7 de março de 2017

Jornal Oficial da União Europeia

TRÁFEGO AÉREO: requisitos para o desempenho e a interoperabilidade da vigilância no

céu único europeu

Agência Europeia para a Segurança da Aviação

Aeronaves de asa fixa com massa máxima certificada à descolagem superior a 5 700 kg ou velocidade de cruzeiro verdadeira máxima

superior a 250 nós

Coordenação civil-militar

Datas relativas a isenções para certas categorias de aeronaves

Operadores de aeronaves de Estado

Rede europeia de gestão do tráfego aéreo

Transponders de radar de vigilância secundário

(1) Regulamento de Execução (UE) 2017/386 da Comissão, de 6 de março de 2017, que altera o Regulamento de Execução

(UE) n.º 1207/2011 que estabelece os requisitos para o desempenho e a interoperabilidade da vigilância no céu único

europeu (Texto relevante para efeitos do EEE) [C/2017/1426]. JO L 59 de 7.3.2017, p. 34-36.

ELI: http://data.europa.eu/eli/reg_impl/2017/386/oj

PDF: http://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:32017R0386&from=PT

Artigo 1.º

O Regulamento de Execução (UE) n.º 1207/2011 é alterado como segue:

1) O artigo 5.º é alterado do seguinte modo: a) o n.º 4 é suprimido; b) Os n.ºs 5, 6 e 7 passam a ter a seguinte redação: «5. Os

operadores devem assegurar, o mais tardar até 7 de junho de 2020, que: a) As aeronaves que operam os voos a que se refere o artigo 2.º,

n.º 2 estão equipadas com transponders de radar de vigilância secundário com as capacidades definidas no anexo II, parte A; b) As

aeronaves com massa máxima certificada à descolagem superior a 5 700 kg ou velocidade de cruzeiro verdadeira máxima superior a 250

nós, que operam os voos a que se refere o artigo 2.º, n.º 2, estão equipadas com transponders de radar de vigilância secundário que, além

das capacidades descritas no anexo II, parte A, dispõem das capacidades definidas na parte B desse anexo; c) As aeronaves de asa fixa com

massa máxima certificada à descolagem superior a 5 700 kg ou velocidade de cruzeiro verdadeira máxima superior a 250 nós, que operam

os voos a que se refere o artigo 2.º, n.º 2, estão equipadas com transponders de radar de vigilância secundário que, para além das

capacidades definidas no anexo II, parte A, dispõem das capacidades definidas na parte C desse anexo. 6. Os operadores devem assegurar

que as aeronaves equipadas de acordo com o n.º 5 e com massa máxima certificada à descolagem superior a 5 700 kg ou velocidade de

cruzeiro verdadeira máxima superior a 250 nós operam com diversidade de antena, em conformidade com o ponto 3.1.2.10.4 do anexo 10

da Convenção de Chicago, volume IV, quarta edição, incluindo o conjunto de emendas até ao n.º 85. 7. Os Estados-Membros podem impor

requisitos de transporte nos termos do n.º 5, alínea b), a todas as aeronaves que operam os voos a que se refere o artigo 2.º, n.º 2, nas

áreas em que os prestadores de serviços de navegação aérea fornecem serviços de vigilância que utilizam os dados de vigilância

identificados no anexo II, parte B.»;

2) No artigo 6.º, n.ºs 1 e 3, a data de «5 de fevereiro de 2015» é substituída por «2 de janeiro de 2020».

3) O artigo 8.º, n.ºs 1, 2 e 3, passa a ter a seguinte redação: «1. Os Estados-Membros devem assegurar que, o mais tardar até 7 de

junho de 2020, as aeronaves de Estado que operam em conformidade com o artigo 2.º, n.º 2, são equipadas com transponders de radar de

vigilância secundário que dispõem da capacidade definida no anexo II, parte A. 2. Os Estados-Membros devem assegurar que, o mais tardar

até 7 de junho de 2020, as aeronaves de Estado do tipo transporte com massa máxima certificada à descolagem superior a 5 700 kg ou

Gazeta n.º 47 (07-03-2017)

2

velocidade de cruzeiro verdadeira máxima superior a 250 nós, que operam em conformidade com o artigo 2.º, n.º 2, são equipadas com

transponders de radar de vigilância secundário que, para além da capacidade definida no anexo II, parte A, dispõem da capacidade definida

nas partes B e C desse anexo. 3.Os Estados-Membros devem comunicar à Comissão, o mais tardar até 1 de janeiro de 2019, a lista das

aeronaves de Estado que não podem ser equipadas com transponders de radar de vigilância secundário que cumprem os requisitos

estabelecidos no anexo II, parte A, bem como os motivos que justificam a não instalação. Os Estados-Membros devem comunicar à

Comissão, o mais tardar em 1 de janeiro de 2019, a lista das aeronaves de Estado do tipo «transporte» com massa máxima certificada à

descolagem superior a 5 700 kg ou velocidade de cruzeiro verdadeira máxima superior a 250 nós, que não podem ser equipadas com

transponders de radar de vigilância secundário que cumprem os requisitos estabelecidos no anexo II, partes B e C, bem como os motivos

que justificam a não instalação. Os motivos que justificam a não instalação são os seguintes: a) Razões imperiosas de ordem técnica; b)

Aeronaves de Estado que operam em conformidade com o artigo 2.º, n.º 2, que irão ser retiradas do serviço operacional o mais tardar até

1 de janeiro de 2024; c) Condicionalismos associados à adjudicação de contratos.»;

4) O artigo 14.o é alterado do seguinte modo: a) No n.º 1, a data de «8 de junho de 2016» é substituída por «7 de junho de 2020»; b)

No n.º 3, a data de «1 de julho de 2017» é substituída por «1 de janeiro de 2019»;

5) O anexo II é alterado do seguinte modo: a) O título da parte A passa a ter a seguinte redação: «Parte A: Capacidades dos

transponders de radar de vigilância secundário a que se referem o artigo 4.º, n.º 3, o artigo 5.º, n.º 5, alínea a), o artigo 7.º, n.º 2, e o artigo

8.o, n.os 1 e 3»; b) O título da parte B é substituído pelo seguinte texto: «Parte B: Capacidades dos transponders de radar de vigilância

secundário a que se referem o artigo 4.º, n.º 3, o artigo 5.º, n.º 5, alínea b), o artigo 5.º, n.º 7, o artigo 7.º, n.º 2, e o artigo 8.º, n.ºs 2 e 3»;

c) O título da parte C passa a ter a seguinte redação: «Parte C: Capacidade dos transponders de radar de vigilância secundário para

fornecerem os dados de vigilância adicionais a que se referem o artigo 4.º, n.º 3, o artigo 5.º, n.º 5, alínea c), o artigo 7.º, n.º 2, o artigo 8.º,

n.ºs 2 e 3, e o artigo 14.º, n.º 1».

Artigo 2.º

O presente regulamento entra em vigor no vigésimo dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e diretamente aplicável em todos os Estados-Membros.

(2) Regulamento (CE) n.º 552/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 10 de março de 2004, relativo à

interoperabilidade da Rede Europeia de Gestão do Tráfego Aéreo («Regulamento Interoperabilidade»). JO L 96 de

31.3.2004, p. 26.

(3) Regulamento de Execução (UE) n.º 1207/2011 da Comissão, de 22 de novembro de 2011, que estabelece os requisitos

para o desempenho e a interoperabilidade da vigilância no céu único europeu (JO L 305 de 23.11.2011, p. 35).

Diário da República

CERTIFICADO MÉDICO PARA MARÍTIMOS

Código Deontológico da Ordem dos Médicos

Código sobre Normas de Formação, de Certificação e de Serviço de Quartos para os Marítimos (Código STCW)

Direção-Geral da Saúde

Garantia de qualidade na emissão dos certificados médicos dos marítimos: competência da Ordem dos Médicos

Lista de Médicos Reconhecidos

Orientações preconizadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT)

Gazeta n.º 47 (07-03-2017)

3

Portaria n.º 101/2017, de 7 de março / Saúde e Mar. - Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º

34/2015, de 4 de março, define os procedimentos relativos à emissão do certificado médico para marítimos, aprova o

respetivo modelo e define o grau de discricionariedade permitido aos médicos reconhecidos na aplicação das normas

médicas. Diário da República. - Série I - N.º 47 (07-03-2017), p. 1247 - 1249.

ELI: http://data.dre.pt/eli/port/101/2017/p/dre/pt/html

PDF: https://dre.pt/application/conteudo/106566473

O Decreto-Lei n.º 34/2015, de 4 de março, transpôs para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2012/35/EU, do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 21 de novembro de 2012, que altera a Diretiva n.º 2008/106/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de novembro

de 2008, relativa ao nível mínimo de formação de marítimos, e procede à regulamentação da aplicação das Emendas de Manila ao anexo à

Convenção Internacional sobre Normas de Formação de Certificação e de Serviço de Quartos para os Marítimos, de 1978 (Convenção

STCW).

O referido decreto-lei estabelece no seu artigo 8.º que os procedimentos relativos à emissão do certificado médico para marítimos, a

aprovação do respetivo modelo e a definição do grau de discricionariedade permitido aos médicos reconhecidos, é feito através de

portaria conjunta aprovada pelos membros do Governo responsáveis pelas áreas da Saúde e do Mar.

A presente portaria aprova assim o modelo de certificado médico para marítimos e estabelece os requisitos para a emissão dos certificados

e para a constituição da lista de médicos reconhecidos.

Reconhecendo ainda a necessidade de assegurar a garantia de qualidade na emissão dos certificados médicos, estabelecem-se os

respetivos procedimentos e identifica-se a entidade com competência na matéria.

Finalmente, no sentido de promover a desmaterialização dos procedimentos administrativos, estabelecem-se medidas de simplificação

administrativa e de reforço dos mecanismos de articulação entre as entidades envolvidas, atentas as respetivas atribuições e

competências.

Artigo 1.º

Objeto

A presente portaria define os procedimentos relativos à emissão do certificado médico para marítimos, aprova o respetivo

modelo e define o grau de discricionariedade permitido aos médicos reconhecidos na aplicação das normas médicas.

Artigo 2.º

Modelo de certificado médico para marítimos

1 - É aprovado o modelo de certificado médico para marítimos, nos termos dos n.os 1 e 2 do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º

34/2015, de 4 de março, publicado no Anexo I à presente portaria, da qual faz parte integrante.

2 - O modelo de certificado médico para marítimos, em formato eletrónico, está disponível na página eletrónica da

administração marítima.

Artigo 3.º

Emissão do certificado médico para marítimos

1 - O certificado médico para marítimos é emitido após verificação dos requisitos físicos e psíquicos previstos na Secção A-

I/9 do Código sobre Normas de Formação, de Certificação e de Serviço de Quartos para os Marítimos (Código STCW).

2 - O certificado médico é emitido por médicos com especialidade de medicina do trabalho, reconhecida pela Ordem dos

Médicos ou, na sua falta, por médicos em serviço nos centros de saúde do Serviço Nacional de Saúde que integram a lista

publicada na página eletrónica da administração marítima, sem prejuízo do disposto no n.º 5 do artigo 4.º do Decreto-Lei

n.º 34/2015, de 4 de março.

3 - Para além do disposto no número anterior, os médicos habilitados para a emissão de certificados médicos para

marítimos devem possuir instalações apropriadas e com equipamento e utensílios adequados para a avaliação da aptidão

física e psíquica dos marítimos.

4 - Os requisitos das instalações, equipamentos e utensílios constam do Anexo II da presente portaria, da qual faz parte

integrante.

5 - Para efeitos da avaliação da aptidão física e psíquica dos marítimos os médicos devem seguir:

Gazeta n.º 47 (07-03-2017)

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a) As orientações preconizadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) no documento "Guidelines on the medical

examination of seafarers/International Labour Office, Sectorial Activities Programme; International Migration Organization, Geneva: ILO,

2013", ou na sua versão mais recente;

b) As normas de boas práticas e o Código Deontológico da Ordem dos Médicos.

Artigo 4.º

Garantia de qualidade

1 - A garantia de qualidade na emissão dos certificados médicos dos marítimos é da competência da Ordem dos Médicos,

sem prejuízo da intervenção de outras entidades inspetivas da área da saúde, no âmbito das suas competências.

2 - Os médicos emissores dos certificados médicos para marítimos devem constituir um registo clínico de natureza

confidencial, disponível para efeitos de eventual recurso ou auditoria e inspeção pelas autoridades competentes.

3 - Os médicos emissores devem comunicar à administração marítima, anualmente, o número de certificados emitidos, sem

prejuízo da implementação do processo de emissão e transmissão eletrónica do certificado médico para marítimos.

Artigo 5.º

Lista de Médicos Reconhecidos

1 - Os médicos que pretendam ser reconhecidos para efeitos de emissão de certificados médicos para marítimos, devem

dirigir ao Diretor-Geral da Saúde um requerimento para esse fim, disponível na página eletrónica da Direção-Geral da

Saúde.

2 - O requerimento referido no número anterior é submetido em formato eletrónico, acompanhado dos seguintes

elementos:

a) Informação sobre elementos de identificação pessoal, incluindo local de atendimento e contactos telefónico e eletrónicos;

b) Cópia da cédula profissional com indicação de respetiva especialidade médica;

c) Declaração de cumprimento dos requisitos relativos às instalações, equipamentos e utensílios, incluindo cópia da planta das instalações

e listagem de equipamentos e utensílios disponíveis, em conformidade com o Anexo II da presente portaria.

3 - Cabe à Direção-Geral da Saúde a verificação dos requisitos técnicos, instalações e equipamentos, de acordo com o

disposto nos números 2 e 3 do artigo 3.º da presente portaria.

4 - A Direção-Geral da Saúde, após verificação dos requisitos exigíveis, comunica aos médicos interessados o resultado e

envia à administração marítima a lista de médicos reconhecidos.

5 - A administração marítima publicita e atualiza, sempre que necessário, na sua página eletrónica, a lista de médicos

reconhecidos.

6 - Cabe ao médico que integre a lista referida nos números anteriores comunicar à Direção-Geral da Saúde qualquer

alteração relevante aos dados fornecidos, incluindo a sua intenção de saída da lista de médicos reconhecidos ou a

suspensão da atividade.

Artigo 6.º

Desmaterialização dos procedimentos

No sentido de garantir a eficiência, a economicidade e a celeridade da atividade administrativa, a administração marítima e

a Direção-Geral da Saúde promovem os mecanismos tendentes, no âmbito das respetivas competências, à partilha de

plataformas informáticas e dos meios técnicos necessários à completa desmaterialização e simplificação dos procedimentos

previstos na presente portaria.

Gazeta n.º 47 (07-03-2017)

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Artigo 7.º

Entrada em vigor

A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

Em 22 de fevereiro de 2017.

O Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes. - A Ministra do Mar, Ana Paula Mendes Vitorino.

ANEXO I

Modelo de certificado médico para marítimos

(a que se refere o artigo 2.º)

(ver documento original)

ANEXO II

Requisitos de instalações, equipamentos e utensílios para efeitos de avaliação física e psíquica dos marítimos

(a que se refere o n.º 4 do artigo 3.º)

FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DO PORTO: Mestrado em Criminologia

Despacho n.º 1938/2017 (Série II), de 13 de fevereiro / Universidade do Porto. Reitoria. - Alteração do plano de estudos do

2.º Ciclo de Estudos conducente ao grau de mestre em Criminologia, da Faculdade de Direito. Diário da República. - Série II-

E - N.º 47 (07-03-2017), p. 4123 - 4124. https://dre.pt/application/conteudo/106566379

Por despacho reitoral de 06/12/2016, sob proposta do Conselho Científico da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, foi aprovada,

nos termos do disposto no artigo 76.º do Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de março, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 63/2016, de 13 de

setembro, a alteração da Estrutura Curricular do 2.º Ciclo de Estudos conducente ao grau de mestre em Criminologia, ministrado pela

Universidade do Porto, através da Faculdade de Direito, criado em 04 de dezembro de 2009, conforme Deliberação n.º 1655/2010,

publicada no DR n.º 179, 2.ª série, de 14 de setembro de 2010, e acreditado pelo Conselho de Administração da A3ES na sua reunião de 15

de novembro de 2016.

A alteração da estrutura curricular e plano de estudos que a seguir se publicam foi remetida à Direção-Geral do Ensino Superior em 12 de

dezembro de 2016 e registada a 24 de janeiro de 2017 sob o n.º R/A-Cr 1434/2010/AL01, de acordo com o estipulado no artigo 76.º-B do

Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de março, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 63/2016, de 13 de setembro.

A alteração agora apresentada ao Plano de Estudos entrará em vigor no ano letivo 2017/2018.

13 de fevereiro de 2017. - O Reitor, Prof. Doutor Sebastião José Cabral Feyo de Azevedo.

IRS | MODELO 48 - Instruções de preenchimento

Apresentação da declaração, por transmissão eletrónica de dados, até 31 de agosto do ano seguinte ao da transferência da residência

CÓDIGO DO IRS: artigo 10.º-A (Perda da qualidade de residente em território português), n.º 5

Portaria n.º 378/2015, de 22 de outubro: artigo 2.º, n.º 2 (alteração e revogação das anteriores instruções de preenchimento)

(1) Portaria n.º 96/2017, de 7 de março / Finanças. - Nos termos do disposto no artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 442-A/88, de

30 de novembro, e nos n.os 5 e 11 do artigo 10.º-A do Código do IRS, altera a Portaria n.º 378/2015, de 22 de outubro -

Modelo 48 e instruções. Diário da República. - Série I - N.º 47 (07-03-2017), p. 1233 - 1235.

ELI: http://data.dre.pt/eli/port/96/2017/p/dre/pt/html

PDF: https://dre.pt/application/conteudo/106566468

Gazeta n.º 47 (07-03-2017)

6

Através do Decreto-Lei n.º 41/2016, de 1 de agosto, foi alterado o prazo de entrega da declaração oficial a que se refere o n.º 5 do artigo

10.º-A do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), devendo ser apresentada até 31 de agosto do ano seguinte

ao da transferência de residência.

Em consequência procede-se à alteração da Portaria n.º 378/2015, de 22 de outubro, que aprovou o modelo oficial da declaração modelo

48, prevista nos n.ºs 5 e 6 do artigo 10.º-A do Código do IRS e das respetivas instruções de preenchimento.

Artigo 1.º

Objeto

A presente portaria altera o artigo 2.º, n.º 2 da Portaria n.º 378/2015, de 22 de outubro - que aprova a Declaração Modelo

48 destinada a dar cumprimento à obrigação declarativa a que se refere o n.º 5 do artigo 10.º-A do Código do IRS -, e as

respetivas instruções de preenchimento da Declaração Modelo 48, anexas à presente portaria, e que dela fazem parte

integrante.

Artigo 2.º

Alteração à Portaria n.º 378/2015, de 22 de outubro

O artigo 2.º, n.º 2 da Portaria n.º 378/2015, de 22 de outubro, passa a ter a seguinte redação:

«Artigo 2.º

[...]

1 - [...].

2 - Os sujeitos passivos devem apresentar a declaração a que se refere o artigo anterior, por transmissão eletrónica de dados,

até 31 de agosto do ano seguinte ao da transferência da residência.

3 - [...].

4 - [...].

5 - [...].

6 - [...]».

Artigo 3.º

Norma revogatória

São revogadas as anteriores instruções de preenchimento da Declaração Modelo 48, aprovadas pela Portaria n.º 378/2015,

de 22 de outubro.

Artigo 4.º

Entrada em vigor e produção de efeitos

A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação e produz efeitos desde 1 de janeiro de 2017.

O Ministro das Finanças, Mário José Gomes de Freitas Centeno, em 22 de fevereiro de 2017.

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO MODELO 48

Transferência da residência para fora do território português

(UE/EEE)

Pagamento diferido ou fracionado

(artigo 10.º-A do Código do IRS)

(2) Portaria n.º 378/2015 (Série I), de 22 de outubro / Ministério das Finanças. - Nos termos do disposto no artigo 8.º do

Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de novembro, aprova o modelo oficial da declaração modelo 48, prevista nos n.ºs 5 e 6 do

artigo 10.º-A do Código do IRS e respetivas instruções de preenchimento. Diário da República. - Série I - N.º 207 (22-10-

2015), p. 9180 - 9183. ELI: http://data.dre.pt/eli/port/378/2015/p/dre/pt/html

PDF: https://dre.pt/application/conteudo/70762420

Acionamento da garantia bancária | Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) | Declaração contendo a discriminação das partes de capital |

Falta de prestação da garantia | Fundado receio de frustração da cobrança do crédito tributário | Instauração de execução fiscal pela

totalidade do montante em dívida | Levantamento total ou parcial da garantia | Mais-valias | Pagamento do imposto (três modalidades):

Gazeta n.º 47 (07-03-2017)

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pagamento imediato, diferido ou fracionado | Prestação de garantia bancária | Sujeitos passivos titulares de partes sociais adquiridas no

âmbito de operações abrangidas pelos regimes de neutralidade fiscal | Transferência da residência para outro Estado-Membro da União

Europeia (UE) ou do Espaço Económico Europeu (EEE) | Transmissão eletrónica de dados

A Lei n.º 82-E/2014, de 31 de dezembro, que procedeu à reforma da tributação das pessoas singulares, veio introduzir o regime previsto no

artigo 10.º-A no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), aplicável aos sujeitos passivos que sejam titulares de

partes sociais adquiridas no âmbito de operações abrangidas pelos regimes de neutralidade fiscal previstos no Código do IRS e transfiram a

sua residência para fora do território português.

O regime instituído determina a tributação no ano fiscal em que ocorreu a perda da qualidade de residente da eventual mais-valia apurada

relativamente àquelas partes sociais, estabelecendo os termos e condições em que se deve processar o pagamento do imposto

correspondente.

Nos casos em que a perda da qualidade de residente em território português decorra da transferência da residência para outro Estado

membro da União Europeia (UE) ou do Espaço Económico Europeu (EEE), podem os sujeitos passivos optar por uma de três modalidades

de pagamento do imposto: pagamento imediato, diferido ou fracionado.

A opção pela modalidade do pagamento diferido ou fracionado deve ser exercida na declaração de rendimentos do ano em que ocorreu a

perda da qualidade de residente, determinando igualmente a entrega de uma declaração contendo a discriminação das partes de capital.

No âmbito desta declaração pode a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), em caso de fundado receio de frustração da cobrança do

crédito tributário, subordinar a aplicação do regime à prestação de garantia.

Artigo 1.º

Objeto

A presente portaria aprova o modelo oficial da declaração modelo 48, prevista nos n.os 5 e 6 do artigo 10.º-A do Código do

IRS e respetivas instruções de preenchimento, que se anexam à presente portaria e que dela fazem parte integrante, bem

como os termos e condições para a prestação de garantia prevista no mesmo artigo.

Artigo 2.º

Cumprimento da obrigação

1 - Os sujeitos passivos estão obrigados à apresentação da declaração a que se refere o artigo anterior quando transfiram a

sua residência para outro Estado membro da União Europeia (UE) ou do Espaço Económico Europeu (EEE), neste último

caso desde que esteja vinculado a cooperação administrativa no domínio da fiscalidade equivalente à estabelecida na União

Europeia, e exerçam a opção por uma das modalidades de pagamento do imposto previstas nas alíneas b) e c) do n.º 3 do

artigo 10.º-A do Código do IRS.

2 - Os sujeitos passivos devem apresentar a declaração a que se refere o artigo anterior, por transmissão eletrónica de

dados, no ano seguinte àquele em que ocorreu a perda da qualidade de residente e dentro do prazo fixado na alínea b) do

n.º 1 do artigo 60.º do Código do IRS.

3 - Nas situações previstas na alínea b) do n.º 3 do artigo 10.º-A do Código do IRS, os sujeitos passivos devem apresentar,

anualmente, no prazo fixado na alínea b) do n.º 1 do artigo 60.º do Código do IRS, a declaração referida no artigo anterior,

até ao pagamento da totalidade do imposto apurado.

4 - A declaração considera-se apresentada na data em que é submetida, sem prejuízo da possibilidade de correção de

eventuais erros no prazo de 30 dias.

5 - Findo o prazo referido no número anterior sem que se mostrem corrigidos os erros detetados, a declaração é

considerada sem efeito.

6 - A não entrega da declaração referida no n.º 3 determina a notificação para a sua apresentação e o pagamento do

imposto eventualmente devido no prazo de 30 dias, sob pena de instauração de execução fiscal pela totalidade do

montante em dívida.

Gazeta n.º 47 (07-03-2017)

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Artigo 3.º

Prestação de garantia bancária

1 - Quando exista fundado receio de frustração da cobrança do crédito tributário, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT)

notifica o sujeito passivo para que preste, nos termos do n.º 5 do artigo 10.º-A do Código do IRS, garantia bancária por valor

correspondente ao montante do imposto a que se refere o n.º 1 do artigo 10.º-A do Código do IRS, acrescido de 25 %.

2 - A avaliação da existência de fundado receio de frustração da cobrança do crédito tributário compete ao diretor-geral da

AT.

3 - A garantia bancária deve ser apresentada no prazo de 30 dias a contar da data da notificação referida no número

anterior.

Artigo 4.º

Prazo e condições da garantia bancária

1 - A garantia bancária referida no artigo 3.º deve:

a) Ser constituída a favor da AT por instituição de crédito legalmente autorizada a exercer a sua atividade em Portugal ou noutro Estado

membro da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu e sujeita à supervisão das respetivas autoridades;

b) Conter a identificação do sujeito passivo e da dívida garantida;

c) Conter cláusula através da qual a instituição de crédito que presta a garantia se obriga como principal pagadora e renuncia ao benefício

da excussão prévia;

d) Ser prestada por prazo não inferior: i) A 3 anos, quando o sujeito passivo tenha exercido a opção pela modalidade de pagamento do

imposto prevista na alínea b) do n.º 3 do artigo 10.º-A do Código do IRS; ou ii) Ao que corresponda ao termo do prazo para o pagamento da

última fração do imposto acrescido de 3 meses, quando o sujeito passivo tenha exercido a opção pela modalidade de pagamento do

imposto prevista na alínea c) do artigo 10.ºA do Código do IRS.

2 - Quando tenha sido exercida a opção pela modalidade de pagamento do imposto prevista na alínea b) do n.º 3 do artigo

10.º-A do Código do IRS e a garantia prestada não contenha cláusula nos termos da qual a mesma se renova

automaticamente por períodos sucessivos de igual duração, o sujeito passivo deve renovar a garantia prestada ou

apresentar nova garantia bancária até 90 dias antes do fim do prazo da garantia anteriormente prestada, nos termos e

condições previstos no número anterior, que corresponda ao montante do imposto ainda em dívida, acrescido de 25 %.

Artigo 5.º

Falta de prestação da garantia

A falta de prestação da garantia bancária nos termos e condições previstos nos artigos anteriores determina a caducidade

da opção pelas modalidades de pagamento previstas nas alíneas b) ou c) do n.º 3 do artigo 10.º-A do Código do IRS e a

notificação do sujeito passivo de IRS para efetuar o pagamento, no prazo de 30 dias, da totalidade do imposto e juros de

mora devidos.

Artigo 6.º

Levantamento da garantia

A garantia bancária pode ser total ou parcialmente levantada, oficiosamente ou a requerimento do sujeito passivo,

designadamente:

a) Quando, face ao montante do imposto já pago, se verificar existir uma manifesta desproporção entre o montante da garantia prestada e

o montante do imposto ainda em dívida acrescido de 25 %;

b) Uma vez verificado o pagamento da totalidade do imposto e dos respetivos juros.

Artigo 7.º

Acionamento da garantia bancário

Nos casos previstos nos n.os 7 ou 9 do artigo 10.º-A do Código do IRS, quando deva ser acionada a garantia prestada, a

instituição de crédito que a tiver prestado é citada para efetuar o pagamento do montante do imposto ainda em dívida,

Gazeta n.º 47 (07-03-2017)

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incluindo os respetivos juros, nos termos e condições previstos no n.º 2 do artigo 200.º do Código de Procedimento e de

Processo Tributário, sob pena de ser executada no processo de execução fiscal.

Artigo 8.º

Entrada em vigor

A presente portaria entra em vigor no dia 1 de janeiro de 2016.

O Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo de Faria Lince Núncio, em 1 de outubro de 2015.

(3) Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS). Última atualização: Lei n.º 42/2016, de 28 de

dezembro. - Lisboa: AT-Autoridade Tributária e Aduaneira (em linha), 2016, 117 p.

http://info.portaldasfinancas.gov.pt/NR/rdonlyres/8787D561-FF96-4DC1-B8B3-23A4AC97947E/0/CIRS.pdf

Artigo 10.º-A

Perda da qualidade de residente em território português

1 - Nos casos referidos nos n.os 8 e 9 do artigo anterior, e, bem assim, no artigo 38.º, perdendo o sócio a qualidade de

residente em território português, há lugar à consideração enquanto mais-valias, para efeitos da tributação respeitante ao

ano em que se verificar aquela perda da qualidade de residente, do valor que, por virtude do disposto naqueles números e

artigo, não foi tributado aquando da permuta de ações, da fusão ou da cisão ou de transmissão do património, o qual

corresponde:

a) Nos casos previstos no n.º 8 e na alínea a) do n.º 9 do artigo anterior, à diferença entre o valor de mercado das partes de capital

recebidas e o valor de aquisição das antigas, determinado de acordo com o estabelecido no presente Código;

b) Nos casos previstos na alínea b) do n.º 9 do artigo anterior, à diferença entre o valor real das partes de capital e o respetivo valor de

aquisição determinado nos termos estabelecidos na mesma alínea;

c) No caso previsto no artigo 38.º, à diferença entre o valor real das partes de capital e o valor previsto na alínea d) do n.º 1 daquele artigo.

2 - O disposto no número anterior não prejudica a requalificação do rendimento efetuada nos termos previstos na primeira

parte do n.º 3 do artigo 38.º nas situações em que a transferência de residência ocorra antes de decorrido o período de

cinco anos aí previsto.

3 - Nos casos em que a perda da qualidade de residente em território português decorra da transferência da residência para

outro Estado membro da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu, que esteja vinculado a cooperação

administrativa no domínio da fiscalidade equivalente à estabelecida no âmbito da União Europeia, o imposto, na parte

Gazeta n.º 47 (07-03-2017)

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correspondente ao saldo positivo das diferenças referidas no número anterior, é pago de acordo com as seguintes

modalidades:

a) Imediatamente, pela totalidade do imposto apurado na declaração de rendimentos apresentada, nos termos e prazos estabelecidos nos

artigos 57.º e 60.º;

b) No ano seguinte àquele em que se verifique em relação a cada uma das partes de capital consideradas para efeitos do apuramento do

imposto, a sua extinção ou transmissão, por qualquer título, pela parte do imposto que corresponda ao resultado fiscal de cada uma das

partes individualmente identificada;

c) Em frações anuais de igual montante, correspondentes a um quinto do montante do imposto apurado no ano em que ocorre a

transferência da residência.

4 - O exercício da opção por uma das modalidades previstas nas alíneas b) e c) do número anterior determina o vencimento

de juros, à mesma taxa prevista para os juros de mora, contados desde o dia seguinte à data prevista na alínea a) do n.º 1

do artigo 97.º até à data do pagamento efetivo.

5 - A opção por uma das modalidades previstas nas alíneas b) e c) do n.º 3 deve ser exercida na declaração de rendimentos

correspondente ao ano em que ocorreu a perda da qualidade de residente em território português e determina a entrega,

até 31 de agosto do ano seguinte ao da transferência da residência, de declaração oficial, aprovada por portaria do membro

do Governo responsável pela área das finanças, que contenha a discriminação das partes de capital, podendo, em caso de

fundado receio de frustração da cobrança do crédito tributário, ser subordinada à prestação de garantia bancária, que

corresponda ao montante do imposto acrescido de 25 %. (Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 41/2016, de 01/08)

6 - O sujeito passivo que tiver exercido a opção pela modalidade de pagamento do imposto prevista na alínea b) do n.º 3

deve enviar, anualmente, por transmissão eletrónica de dados, no prazo fixado na alínea b) do n.º 1 do artigo 60.º, a

declaração de modelo oficial referida no número anterior e, sendo devido, efetuar o pagamento do imposto dentro do

mesmo prazo, acrescido dos juros vencidos, calculados nos termos do n.º 4.

7 - Sem prejuízo da responsabilidade contraordenacional que ao caso couber, a não entrega da declaração referida no

número anterior determina a notificação para a sua apresentação e pagamento do imposto eventualmente devido no prazo

de 30 dias, sob pena de instauração de processo de execução fiscal pela totalidade do montante em dívida.

8 - O sujeito passivo que tiver exercido a opção pela modalidade de pagamento do imposto prevista na alínea c) do n.º 3

deve efetuar o pagamento do imposto devido até ao final do mês de agosto do ano da entrega da declaração de

rendimentos e de cada um dos quatro anos seguintes.

9 - No caso referido no número anterior, a falta de pagamento de qualquer prestação implica o imediato vencimento das

seguintes, instaurando-se processo de execução fiscal pela totalidade do montante em dívida.

10 - O sujeito passivo que, na sequência da opção por uma das modalidades de pagamento do imposto previstas nas alíneas

b) ou c) do n.º 3, transfira a sua residência para um território ou país que não seja um Estado membro da União Europeia

ou do Espaço Económico Europeu, neste último caso, desde que exista obrigação de troca de informações, deve efetuar, no

prazo estabelecido na alínea a) do n.º 1 do artigo 97.º, o pagamento da totalidade ou da parte do imposto liquidado ou das

prestações que se encontrem em falta, consoante os casos, acrescido dos respetivos juros calculados nos termos do n.º 4.

11 - Os termos para o cumprimento das obrigações declarativas e para prestação da garantia são definidos por portaria do

membro do Governo responsável pela área das finanças.

Artigo 60.º

Prazo de entrega da declaração

1 - A declaração a que se refere o n.º 1 do artigo 57.º é entregue de 1 de abril a 31 de maio. (Redação da Lei n.º 42/2016, de

28 de dezembro)

2 - A declaração a que se refere o número anterior é ainda apresentada nos 30 dias imediatos à ocorrência de qualquer

facto que determine alteração dos rendimentos já declarados ou implique, relativamente a anos anteriores obrigação de os

declarar, salvo se outro prazo estiver previsto neste Código.

3 - Nas situações em que o sujeito passivo aufira rendimentos de fonte estrangeira relativamente aos quais tenha direito a

crédito de imposto por dupla tributação internacional, cujo montante não esteja determinado no Estado da fonte até ao

termo do prazo previsto no n.º 1, o prazo nele previsto é prorrogado até ao dia 31 de dezembro desse ano.

Gazeta n.º 47 (07-03-2017)

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4 - Para efeitos do disposto no número anterior, o sujeito passivo deve comunicar à Autoridade Tributária e Aduaneira que

cumpre as condições aí previstas, devendo indicar a natureza dos rendimentos e o respetivo Estado da fonte, dentro dos

prazos previstos no n.º 1.

ORÇAMENTO DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA PARA O ANO DE 2017: execução

Abono para falhas

Alterações orçamentais

Aquisição, permuta e locação de equipamentos

Cabimentação

Compromissos plurianuais

Contratos de locação financeira

Controlo de prazos médios de pagamento

Confirmação da situação tributária e contributiva no âmbito dos pagamentos por serviços da administração pública regional

Contratos de aquisição de serviços

DROT

Entidades públicas incluídas no universo das administrações públicas em contas nacionais

Fundos de maneio

Informação a prestar pelos serviços e entidades incluídas no universo das administrações públicas em contas nacionais

Institutos públicos e serviços e fundos autónomos: requisição de fundos

Legalidade das despesas

POCP

Prazos para autorização e pagamento de despesas

Receitas cobradas pelos serviços simples e integrados

Recursos próprios de terceiros

Regime duodecimal

Sanções por incumprimento do dever de informação e reporte

Saldos de gerência

Serviços e organismos da administração pública regional

Sistema de Normalização Contabilística da Administração Pública (SNC-AP)

Tesouraria do Governo Regional

Transferências e apoios para entidades de direito privado

Unidades de Gestão

Utilização das dotações orçamentais

Decreto Regulamentar Regional n.º 3/2017/M, de 7 de março / Região Autónoma da Madeira. Presidência do Governo. -

Ao abrigo do disposto na alínea d) do n.º 1 do artigo 227.º da Constituição da República Portuguesa e da alínea d) do artigo

69.º do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma da Madeira, aprovado pela Lei n.º 13/91, de 5 de junho, e

revisto pela Lei n.º 130/99, de 21 de agosto, com as alterações previstas na Lei n.º 12/2000, de 21 de junho, aprova a

execução do Orçamento da Região Autónoma da Madeira para o ano de 2017. Diário da República. - Série I - N.º 47 (07-03-

2017), p. 1249 - 1256.

ELI: http://data.dre.pt/eli/decregulreg/3/2017/m/dre/pt/html

PDF: https://dre.pt/application/conteudo/106566474

O Orçamento da Região Autónoma da Madeira para 2017 foi aprovado pela Assembleia Legislativa da Madeira, através do Decreto

Legislativo Regional n.º 42-A/2016/M, de 30 de dezembro.

O presente diploma estabelece as regras do controlo, efetivo e rigoroso, da execução desse orçamento, com vista ao cumprimento dos

objetivos e metas da política orçamental regional, estabelecidas para o ano de 2017.

O aperfeiçoamento dos mecanismos de controlo implica a continuação da obrigatoriedade dos procedimentos informativos, de reporte, às

entidades de acompanhamento e fiscalização, tendo em vista a introdução, atempada, de medidas corretivas que permitam o alcance dos

objetivos orçamentais, definidos para o presente ano económico.

Gazeta n.º 47 (07-03-2017)

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A rigorosa gestão dos recursos disponíveis, conjugada com o estrito cumprimento das normas legais, no âmbito da assunção de encargos e

das determinações legais previstas neste diploma, conduzirão à continuidade do processo de estabilização das finanças públicas regionais e

do reforço da sua solvabilidade e capacidade de autofinanciamento, essencial para a dinamização da economia e para a criação de

emprego e de riqueza.

Artigo 1.º

Objeto

O presente diploma estabelece as disposições necessárias à execução do Orçamento da Região Autónoma da Madeira para

o ano de 2017, aprovado pelo Decreto Legislativo Regional n.º 42-A/2016/M, de 30 de dezembro.

Artigo 32.º

Vigência

O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação, produzindo efeitos desde 1 de janeiro de 2017.

Aprovado em Conselho do Governo Regional em 23 de fevereiro de 2017.

O Presidente do Governo Regional, Miguel Filipe Machado de Albuquerque.

Assinado em 2 de março de 2017.

Publique-se.

O Representante da República para a Região Autónoma da Madeira, Ireneu Cabral Barreto.

PENSÕES DE ACIDENTES DE TRABALHO: aumento de 0,5% em 2017

Portaria n.º 97/2017, de 7 de março / Finanças e Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. - Nos termos dos artigos 6.º

do Decreto-Lei n.º 142/99, de 30 de abril, alterado pelos Decretos-Leis n.os 185/2007, de 10 de maio, e 18/2016, de 13 de

abril procede à atualização anual das pensões de acidentes de trabalho, para o ano de 2017. Diário da República. - Série I -

N.º 47 (07-03-2017), p. 1235.

ELI: http://data.dre.pt/eli/port/97/2017/p/dre/pt/html

PDF: https://dre.pt/application/conteudo/106566469

As pensões por incapacidade permanente e por morte resultantes de acidente de trabalho são atualizadas, anualmente, nos termos do

disposto no artigo 6.º, do Decreto-Lei n.º 142/99, de 30 de abril, alterado pelos Decretos-Leis n.os 185/2007, de 10 de maio, e 18/2016, de

13 de abril, tendo como referenciais de atualização o crescimento real do produto interno bruto (PIB) e a variação média dos últimos 12

meses do índice de preços ao consumidor (IPC), sem habitação.

A presente portaria vem, assim, definir a taxa de atualização das pensões resultantes de acidentes de trabalho para 2017.

Considerando que a variação média do IPC nos últimos 12 meses, sem habitação, disponível em dezembro foi de 0,5 %, e que o valor

médio de crescimento real do PIB nos últimos dois anos, apurado a partir das contas nacionais trimestrais do Instituto Nacional de

Estatística (INE) para o 3.º trimestre de 2016, se situa abaixo de 2 %, a taxa de atualização das pensões de acidentes de trabalho para 2017,

corresponde ao valor de referência do IPC, sem habitação, arredondado até à primeira casa decimal, ou seja, 0,5 %.

Artigo 1.º

Âmbito

A presente portaria procede à atualização anual das pensões de acidentes de trabalho, para o ano de 2017.

Artigo 2.º

Atualização das pensões de acidentes de trabalho

As pensões de acidentes de trabalho são atualizadas para o valor resultante da aplicação da percentagem de aumento de

0,5 %.

Gazeta n.º 47 (07-03-2017)

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Artigo 3.º

Norma revogatória

É revogada a Portaria n.º 162/2016, de 9 de junho.

Artigo 4.º

Produção de efeitos

A presente portaria produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2017.

O Ministro das Finanças, Mário José Gomes de Freitas Centeno, em 30 de janeiro de 2017. - O Ministro do Trabalho, Solidariedade

e Segurança Social, José António Fonseca Vieira da Silva, em 1 de fevereiro de 2017.

PENSÕES E DE OUTRAS PRESTAÇÕES SOCIAIS: atualização em 2017

Portaria n.º 98/2017, de 7 de março / Finanças e Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. - Nos termos dos artigos 68.º

da Lei n.º 4/2007, de 16 de janeiro, 4.º a 7.º-A, e 10.º da Lei n.º 53-B/2006, de 29 de dezembro, 42.º do Decreto-Lei n.º

187/2007, de 10 de maio, 59.º do Estatuto da Aposentação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 498/72, de 9 de dezembro, 6.º

da Lei n.º 52/2007, de 31 de agosto, 124.º da Lei n.º 98/2009, de 4 de setembro, procede à atualização anual das pensões e

de outras prestações sociais, para o ano de 2017. Diário da República. - Série I - N.º 47 (07-03-2017), p. 1235 - 1239.

ELI: http://data.dre.pt/eli/port/98/2017/p/dre/pt/html

PDF: https://dre.pt/application/conteudo/106566470

Tendo por objetivo a manutenção da estabilidade e melhoria dos rendimentos dos pensionistas, o XXI Governo Constitucional assumiu

como prioridade a atualização anual das pensões e de outras prestações sociais atribuídas pelo sistema de segurança social e das pensões

de aposentação, reforma e invalidez atribuídas pela Caixa Geral de Aposentações, I. P. (CGA), repondo o cumprimento do estabelecido na

Lei n.º 53-B/2006, de 29 de dezembro, e na Lei n.º 52/2007, de 31 de agosto, respetivamente.

Paralelamente, nos termos da Lei do Orçamento do Estado para 2017, procedeu-se ao alargando do limite da atualização mais benéfica às

pensões, de 1,5 vezes para 2 vezes o valor do indexante de apoios sociais (IAS). São indicadores de referência de atualização das pensões o

crescimento real do produto interno bruto (PIB), correspondente à média da taxa do crescimento médio anual dos últimos dois anos,

terminados no 3.º trimestre do ano anterior àquele a que se reporta a atualização ou no trimestre imediatamente anterior, se aquele não

estiver disponível à data de 10 de dezembro, e a variação média dos últimos 12 meses do índice de preços ao consumidor (IPC), sem

habitação, disponível em dezembro do ano anterior a que se reporta a atualização, ou em 30 de novembro, se aquele não estiver

disponível à data da assinatura do diploma de atualização.

Deste modo, considerando que a variação média do IPC nos últimos 12 meses, sem habitação, disponível em dezembro de 2016, foi de

0,52 % e que o valor médio de crescimento real do PIB nos últimos dois anos, apurado a partir das contas nacionais trimestrais do Instituto

Nacional de Estatística (INE) para o 3.º trimestre de 2016, se situa abaixo de 2, as pensões e outras prestações atribuídas pelo sistema de

segurança social e as pensões de aposentação, reforma e invalidez atribuídas pela CGA de montante igual ou inferior a 2 vezes o valor do

IAS, são atualizadas, em 2017, em 0,5 %, enquanto as de montante superior mantêm o seu valor.

CAPÍTULO I

Disposições gerais

Artigo 1.º

Objeto

1 - A presente portaria procede à atualização anual das pensões e de outras prestações sociais atribuídas pelo sistema de

segurança social, das pensões do regime de proteção social convergente atribuídas pela CGA e das pensões por

incapacidade permanente para o trabalho e por morte decorrentes de doença profissional, para o ano de 2017.

2 - Excluem-se do âmbito da atualização prevista no número anterior os seguintes grupos de beneficiários:

a) Os beneficiários da Caixa de Previdência dos Empregados do Banco de Angola, extinta pelo Decreto-Lei n.º 288/95, de 30 de outubro,

com direito aos benefícios constantes de instrumento de regulamentação coletiva de trabalho do setor bancário, exceto no que respeita a

Gazeta n.º 47 (07-03-2017)

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eventual parcela de pensão correspondente a carreira contributiva do regime geral de segurança social e ao complemento de pensão por

cônjuge a cargo;

b) Os beneficiários abrangidos pelos regulamentos especiais de segurança social dos trabalhadores ferroviários e do pessoal do Serviço de

Transportes Coletivos do Porto, exceto no que respeita à garantia dos valores mínimos de pensão e do complemento por dependência;

c) Outros grupos de beneficiários não abrangidos pelo Centro Nacional de Pensões e pela Caixa Geral de Aposentações, I. P.

CAPÍTULO II

Atualização das pensões do regime geral de segurança social e do regime da CGA

Artigo 2.º

Atualização das pensões

1 - As pensões estatutárias e regulamentares de invalidez e de velhice do regime geral e as pensões de aposentação,

reforma e invalidez da CGA, atribuídas anteriormente a 1 de janeiro de 2016, de montante igual ou inferior a (euro) 842,64,

são atualizadas em 0,5 %, sem prejuízo do disposto nos artigos 3.º e 4.º

2 - As pensões estatutárias e regulamentares de invalidez e de velhice do regime geral e as pensões de aposentação,

reforma e invalidez da CGA, atribuídas anteriormente a 1 de janeiro de 2016, de montante superior a (euro) 842,64, não

são objeto de atualização.

Artigo 3.º

Limites mínimos de atualização

1 - O valor da atualização das pensões previstas no n.º 1 do artigo anterior, cujo montante seja igual ou superior (euro)

263,00 e inferior ou igual a (euro) 842,64 não pode ser inferior a (euro) 1,32.

2 - O valor da atualização das pensões de montante superior a (euro) 842,64 e inferior a (euro) 846,85 é o necessário para a

pensão atingir este último valor.

3 - O disposto nos números anteriores não é aplicável aos beneficiários referidos na alínea a), do n.º 2, do artigo 1.º, cuja

atualização das pensões observe o disposto nesta portaria.

Artigo 4.º

Valores mínimos de pensão de invalidez e de velhice

1 - Aos pensionistas de invalidez e de velhice do regime geral com carreira contributiva relevante para a taxa de formação

da pensão inferior a 15 anos é garantido um valor mínimo de pensão de (euro) 264,32.

2 - Aos pensionistas de invalidez e de velhice do regime geral com carreira contributiva relevante para a taxa de formação

da pensão igual ou superior a 15 anos são garantidos os valores mínimos de pensão constantes da tabela seguinte:

Escalões por anos de carreira contributiva Valor mínimo da pensão (euros)

15 a 20 anos € 277,27

21 a 30 € 305,96

31 e mais € 382,46

3 - Os valores mínimos fixados nos n.ºs 1 e 2 deste artigo:

a) Não relevam para efeitos da parcela de pensão a que se refere a última parte da alínea a), do n.º 2, do artigo 1.º;

b) Não são aplicáveis às pensões antecipadas atribuídas ao abrigo do regime de flexibilização da idade de pensão por velhice, previsto na

alínea a), do n.º 2, do artigo 22.º, do Decreto-Lei n.º 329/93, de 25 de setembro, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 9/99, de 8 de

janeiro, nem às pensões antecipadas atribuídas ao abrigo do regime de flexibilização previsto na alínea a), do n.º 1, do artigo 20.º, do

Decreto-Lei n.º 187/2007, de 10 de maio;

c) São aplicáveis aos beneficiários abrangidos pelos regulamentos especiais de segurança social referidos na alínea b), do n.º 2, do artigo

1.º

Gazeta n.º 47 (07-03-2017)

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Artigo 5.º

Valor mínimo das pensões de aposentação, reforma e invalidez

Os valores mínimos garantidos às pensões de aposentação, reforma e invalidez pagas pela GGA, em função do tempo de

serviço considerado no respetivo cálculo, são os constantes da tabela seguinte:

Tempo de serviço Valor mínimo da pensão (euros)

De 5 a 12 anos € 247,02

Mais de 12 e até 18 anos € 257,48

Mais de 18 e até aos 24 anos € 275,24

Mais de 24 e até aos 30 anos € 308,00

Mais de 30 anos € 408,09

Artigo 6.º

Atualização das pensões de sobrevivência

1 - As pensões de sobrevivência do regime geral iniciadas, anteriormente a 1 de janeiro de 2016, são atualizadas por

aplicação das respetivas percentagens de cálculo aos montantes das pensões de invalidez e de velhice que lhes servem de

base, bem como do complemento social, sendo caso disso, segundo o valor que para ambos resulta da aplicação das regras

de atualização previstas neste diploma.

2 - A regra de atualização definida no n.º 1 é igualmente aplicável:

a) Às pensões de sobrevivência iniciadas a partir de 1 de janeiro de 2016, desde que o óbito que lhes deu origem se tenha verificado em

data anterior;

b) Às pensões de sobrevivência resultantes de óbitos verificados em data anterior à do início de vigência da presente portaria e

correspondentes a pensões de invalidez ou de velhice iniciadas até 31 de dezembro de 2015.

Artigo 7.º

Atualização das pensões de sobrevivência, de preço de sangue e outras

1 - As pensões de sobrevivência, de preço de sangue e outras, atribuídas pela CGA, de valor global igual ou inferior a (euro)

421,32 são atualizadas em 0,5 %.

2 - Sem prejuízo do disposto no número seguinte, as pensões de sobrevivência, de preço de sangue e outras de valor global

superior a (euro) 421,32 não são objeto de atualização.

3 - As pensões de sobrevivência, de preço de sangue e outras de valor global situado entre (euro) 421,33 e (euro) 423,43

são aumentadas para (euro) 423,44.

Artigo 8.º

Valor mínimo das pensões de sobrevivência, preço de sangue e outras

Os valores mínimos garantidos às pensões de sobrevivência pagas pela CGA, em função do tempo de serviço considerado

no respetivo cálculo, são as constantes da seguinte tabela:

Tempo de serviço Valor mínimo da pensão (euros)

De 5 a 12 anos € 123,51

Mais de 12 e até 18 anos € 128,74

Mais de 18 e até aos 24 anos € 137,62

Mais de 24 e até aos 30 anos € 154,00

Mais de 30 anos € 204,05

Gazeta n.º 47 (07-03-2017)

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Artigo 9.º

Atualização das pensões limitadas

As pensões do regime geral limitadas por aplicação das normas reguladoras da acumulação de pensões de diferentes

regimes de enquadramento obrigatório de proteção social, iniciadas anteriormente a 1 de janeiro de 2016, são atualizadas

nos termos do artigo 2.º

Artigo 10.º

Atualização das pensões reduzidas e proporcionais

1 - As pensões do regime geral, iniciadas anteriormente a 1 de janeiro de 2016, reduzidas ou proporcionais em

consequência do recurso a períodos contributivos de outros regimes, quer por força da aplicação de normas inscritas em

legislação nacional, quer por aplicação de instrumentos internacionais, são atualizadas nos termos do artigo 2.º

2 - Na aplicação do disposto no n.º 1 às pensões não acumuladas com outras, são salvaguardados, nos termos do n.º 1 do

artigo 104.º do Decreto-Lei n.º 187/2007, de 10 de maio:

a) Para as pensões reduzidas, o valor fixado no n.º 1 do artigo 4.º;

b) Para as pensões proporcionais atribuídas ao abrigo do artigo 39.º do Decreto-Lei n.º 329/93, de 25 de setembro, o valor da pensão

social, nos termos do n.º 2 do artigo 44.º do mesmo decreto-lei, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 437/99, de 29 de outubro.

c) Para as pensões proporcionais atribuídas ao abrigo do disposto no artigo 39.º do Decreto-Lei n.º 187/2007, de 10 de maio, a

percentagem do valor mínimo estabelecido no artigo 4.º correspondente à fração do período cumprido no âmbito do regime geral, nos

termos do n.º 2 do artigo 44.º do mesmo decreto-lei.

Artigo 11.º

Atualização das pensões bonificadas

1 - As pensões de invalidez e de velhice, calculadas ao abrigo do artigo 27.º do Decreto Regulamentar n.º 75/86, de 30 de

dezembro, que atinjam montante igual ao valor mínimo garantido aos pensionistas de invalidez e de velhice do regime

geral são atualizadas para o valor estabelecido no n.º 1 do artigo 4.º

2 - As pensões de invalidez e velhice, calculadas no âmbito do artigo 27.º do Decreto Regulamentar n.º 75/86, de 30 de

dezembro, que não atinjam montante igual ao valor mínimo garantido aos pensionistas de invalidez e de velhice do regime

geral são atualizadas por aplicação do montante fixado no n.º 1, do artigo 13.º, na parte respeitante à pensão do regime

especial e em 0,5 % relativamente à bonificação e a eventuais acréscimos.

Artigo 12.º

Atualização da pensão provisória de invalidez

O valor das pensões provisórias de invalidez que esteja a ser concedido à data da entrada em vigor desta portaria é fixado

em € 203,35.

CAPÍTULO III

Atualização das pensões de outros regimes de segurança social

Artigo 13.º

Atualização das pensões do regime especial das atividades agrícolas

1 - O quantitativo mensal das pensões de invalidez e de velhice do regime especial das atividades agrícolas é fixado em €

244,00.

2 - Os valores das pensões de sobrevivência são atualizados por aplicação das respetivas percentagens de cálculo em vigor

no regime geral ao quantitativo das pensões referido no n.º 1.

Gazeta n.º 47 (07-03-2017)

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Artigo 14.º

Atualização das pensões limitadas, reduzidas e proporcionais do regime especial das atividades agrícolas

As pensões do regime especial das atividades agrícolas limitadas por aplicação das normas reguladoras de acumulação de

pensões de diferentes regimes de enquadramento obrigatório de proteção social, bem como as reduzidas e proporcionais

nos termos do artigo 10.º, iniciadas anteriormente a 1 de janeiro de 2016, são atualizadas nos termos do artigo 2.º

Artigo 15.º

Atualização das pensões dos regimes transitórios dos trabalhadores agrícolas

1 - O valor mensal das pensões de invalidez e de velhice dos regimes transitórios dos trabalhadores agrícolas, referidos no

artigo 90.º do Decreto-Lei n.º 445/70, de 23 de setembro, no Decreto-Lei n.º 391/72, de 13 de outubro, e demais legislação

aplicável, é fixado em (euro) 203,35.

2 - As pensões de sobrevivência dos regimes transitórios dos trabalhadores agrícolas, atribuídas, nos termos do n.º 5, do

artigo 4.º, do Decreto-Lei n.º 174-B/75, de 1 de abril, aos cônjuges sobrevivos dos respetivos pensionistas são atualizadas

por aplicação da respetiva percentagem de cálculo em vigor no regime geral ao montante fixado no n.º 1.

Artigo 16.º

Atualização das pensões dos antigos fundos de reforma dos pescadores

As pensões dos antigos fundos de reforma dos pescadores são atualizadas de acordo com o disposto no artigo 2.º

Artigo 17.º

Atualização das pensões do regime não contributivo

1 - O quantitativo mensal das pensões de invalidez e de velhice do regime não contributivo é fixado em (euro) 203,35.

2 - As pensões de viuvez e de orfandade do regime não contributivo são atualizadas para o valor que resulta da aplicação

das respetivas percentagens de cálculo em vigor no regime geral ao montante fixado no n.º 1.

Artigo 18.º

Atualização das pensões de regimes equiparados ao regime não contributivo

O quantitativo mensal das pensões e prestações equivalentes, de nula ou reduzida base contributiva a cargo do Centro

Nacional de Pensões, designadamente as respeitantes à extinta Caixa de Previdência do Pessoal da Casa Agrícola Santos

Jorge, à Associação de Socorros Mútuos na Inabilidade, à extinta Caixa de Previdência da Marinha Mercante Nacional

(antigas associações), ao extinto Grémio dos Industriais de Fósforos, à extinta Caixa de Previdência da Câmara dos

Despachantes Oficiais, não abrangidos pelo Despacho n.º 40/SESS/91, de 24 de abril, bem como às pensões atribuídas por

aplicação dos regulamentos especiais da Caixa de Previdência dos Profissionais de Espetáculos, é fixado em (euro) 203,35,

sem prejuízo de valores superiores em curso.

Artigo 19.º

Atualização dos subsídios complementares

Os subsídios complementares atribuídos ao abrigo do disposto no artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 44 506, de 10 de agosto de

1962 (ex-Fundo de Desenvolvimento da Mão-de-Obra), são atualizados para o valor resultante da aplicação de 0,5 % ao

respetivo quantitativo mensal.

CAPÍTULO IV

Atualização da parcela contributiva, dos montantes adicionais e das prestações complementares

Artigo 20.º

Atualização da parcela contributiva das pensões para efeito de cúmulo

A parcela contributiva a que se refere a alínea d), do artigo 2.º, do Decreto-Lei n.º 141/91, de 10 de abril, é atualizada nos

termos da tabela de coeficientes que consta do anexo I do presente decreto-lei, que deste faz parte integrante.

Gazeta n.º 47 (07-03-2017)

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Artigo 21.º

Montantes adicionais das pensões

Os montantes adicionais das pensões do sistema de segurança social atribuídos nos meses de julho e de dezembro são de

valor igual ao que resultar, para as respetivas prestações, da atualização estabelecida na presente portaria.

Artigo 22.º

14.º mês

1 - Os aposentados, reformados e os demais pensionistas da CGA, bem como os funcionários que se encontrem na situação

de reserva e desligados do serviço, aguardando aposentação ou reforma, com exceção do pessoal que no ano de passagem

a qualquer das referidas situações receba subsídio de férias, tem direito a receber um 14.º mês, pagável em julho, de

montante igual à pensão que perceberem nesse mês, sem prejuízo de disposição legal em contrário.

2 - O 14.º mês é pago pela CGA ou pela entidade de que dependa o interessado, consoante se encontre, respetivamente, na

situação de pensionista ou na situação de reserva e a aguardar aposentação ou reforma, sem prejuízo de, nos termos

legais, o respetivo encargo ser suportado pelas entidades responsáveis pela aposentação do seu pessoal.

Artigo 23.º

Complemento por dependência

1 - O quantitativo mensal do complemento por dependência dos pensionistas de invalidez, de velhice e de sobrevivência do

regime geral de segurança social é fixado em € 101,68 nas situações de 1.º grau e em € 183,02 nas situações de 2.º grau.

2 - O quantitativo mensal do complemento por dependência dos pensionistas de invalidez, de velhice e de sobrevivência do

regime especial das atividades agrícolas, do regime não contributivo e dos regimes a este equiparados, é fixado em € 91,51

nas situações de 1.º grau e em € 172,85 nas situações de 2.º grau.

Artigo 24.º

Complemento de pensão por cônjuge a cargo

O valor mensal do complemento de pensão por cônjuge a cargo é fixado em € 37,13, sem prejuízo de valores superiores

que estejam a ser atribuídos.

Artigo 25.º

Complemento extraordinário de solidariedade

O valor do complemento extraordinário de solidariedade atribuído ao abrigo do Decreto-Lei n.º 208/2001, de 27 de julho, é

de € 17,70 para os titulares de prestações com menos de 70 anos e de € 35,38 para os que tenham ou venham a completar

70 anos.

CAPÍTULO V

Pensões resultantes de doença profissional

Artigo 26.º

Atualização das pensões resultantes de doença profissional

1 - As pensões por incapacidade permanente para o trabalho e as pensões por morte resultantes de doença profissional,

atribuídas anteriormente a 1 de janeiro de 2017, são atualizadas para o valor resultante da aplicação, ao respetivo

quantitativo mensal, da percentagem de aumento de 0,5 %.

2 - As pensões por incapacidade permanente para o trabalho e as pensões por morte resultantes de doença profissional

atribuídas pela CGA, I. P., anteriormente a 1 de janeiro de 2017, quer ao abrigo das Leis n.os 1942, de 27 de julho de 1936, e

2127, de 3 de agosto de 1965, quer do Decreto-Lei n.º 503/99, de 20 de novembro, são atualizadas para o valor resultante

da aplicação, ao respetivo quantitativo mensal, da percentagem de aumento de 0,5 %.

Gazeta n.º 47 (07-03-2017)

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Artigo 27.º

Pensões unificadas

As pensões unificadas atribuídas ao abrigo da Portaria n.º 642/83, de 1 de junho, são atualizadas nos termos do artigo

anterior.

CAPÍTULO VI

Disposições Finais

Artigo 28.º

Norma revogatória

É revogada a Portaria n.º 65/2016, de 1 de abril.

Artigo 29.º

Produção de efeitos

A presente portaria produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2017.

O Ministro das Finanças, Mário José Gomes de Freitas Centeno, em 30 de janeiro de 2017. - O Ministro do Trabalho, Solidariedade

e Segurança Social, José António Fonseca Vieira da Silva, em 1 de fevereiro de 2017.

ANEXO I

Coeficientes de atualização de pensões para efeitos de cúmulo a que se refere o artigo 20.º

Anos Coeficientes

2017 1,0000

2016 1,0000

2015 1,0050

2014 1,0090

2013 1,0090

2012 1,0090

2011 1,0090

2010 1,0090

2009 1,0090

2008 1,0217

2007 1,0513

2006 1,0801

2005 1,1135

2004 1,1392

2003 1,1653

2002 1,1944

2001 1,2184

2000 1,2611

1999 1,3052

1998 1,3482

1997 1,3927

1996 1,4387

1995 1,4862

1994 1,5524

1993 1,6228

1992 1,7120

1991 1,8329

1990 2,0515

1989 2,3579

1988 2,6890

1987 2,9565

1986 3,2614

1985 3,6730

1984 4,5535

1983 5,3763

1982 6,4036

1981 7,6136

1980 8,8824

1979 10,7527

1978 12,2490

Gazeta n.º 47 (07-03-2017)

20

1977 14,9566

1976 16,5995

1975 16,5995

1974 16,5995

1973 19,0826

1972 21,1961

1971 23,3096

1970 25,6489

1969 26,9206

1968 28,2745

1967 29,6714

1966 31,1677

Até 1965 33,3430

PENSÃO DE VELHICE DO REGIME GERAL DE SEGURANÇA SOCIAL: idade de acesso em

2018 (66 anos e 4 meses)

Portaria n.º 99/2017, de 7 de março / Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. - Estabelece a idade de acesso à pensão

de velhice do regime geral de segurança social em 2018. Diário da República. - Série I - N.º 47 (07-03-2017), p. 1239 - 1240.

ELI: http://data.dre.pt/eli/port/99/2017/p/dre/pt/html

PDF: https://dre.pt/application/conteudo/106566471

O Decreto-Lei n.º 187/2007, de 10 de outubro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 167-E/2013, de 31 de dezembro, estabelece no n.º 3, do artigo

20.º, que a idade normal de acesso à pensão de velhice, após 2014, varia em função da esperança média de vida aos 65 anos de idade

verificada entre o segundo e terceiro ano anteriores ao início da pensão, de acordo com a fórmula prevista.

A idade normal de acesso à pensão deve ser publicitada através de portaria do membro do Governo responsável pela área da solidariedade

e segurança social, no segundo ano imediatamente anterior ao ano a que se reporta, em conformidade com o disposto no n.º 9, do artigo

20.º, do referido decreto-lei.

Por outro lado, o fator de sustentabilidade previsto no artigo 35.º do Decreto-Lei n.º 187/2007, de 10 de maio, na redação dada pelo

Decreto-Lei n.º 167-E/2013, de 31 de dezembro, elemento do cálculo das pensões de velhice do regime geral de segurança social, tem em

conta a evolução da esperança média de vida aos 65 anos entre o ano 2000 e o ano anterior ao de início da pensão.

Tendo sido apurado e publicitado pelo Instituto Nacional de Estatística o indicador da esperança média de vida aos 65 anos de idade

relativo ao ano de 2016, está o Governo em condições de determinar os fatores de sustentabilidade a aplicar no cálculo das pensões de

velhice e de invalidez, a atribuir ou a convolar, respetivamente, em 2017, e a idade normal de acesso à pensão de velhice a vigorar em

2018.

Assim, considerando o indicador da esperança média de vida aos 65 anos, verificado em 2000 e em 2016, o fator de sustentabilidade

aplicável às pensões de velhice iniciadas em 2017 e atribuídas antes da idade normal de acesso à pensão, é de 0,8612.

Por seu turno, tendo em conta o indicador da esperança média de vida aos 65 anos, verificado em 2006 e em 2016, o fator de

sustentabilidade aplicável às pensões de invalidez relativa e às pensões de invalidez absoluta atribuídas por um período igual ou inferior a

20 anos, convoladas em pensão de velhice em 2017, é de 0,9291.

Por último, tendo em conta os efeitos da evolução da esperança média de vida aos 65 anos verificada entre 2015 e 2016 na aplicação da

fórmula prevista no n.º 3, do artigo 20.º, do Decreto-Lei n.º 187/2007, de 10 de maio, a idade normal de acesso à pensão em 2018 passa a

ser 66 anos e 4 meses.

Artigo 1.º

Idade normal de acesso à pensão de velhice em 2018

A idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral de segurança social, em 2018, nos termos do disposto no n.º

3, do artigo 20.º, do Decreto-Lei n.º 187/2007, de 10 de maio, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 167-E/2013, de 31 de

dezembro, é 66 anos e 4 meses.

Gazeta n.º 47 (07-03-2017)

21

Artigo 2.º

Fator de sustentabilidade

1 - O fator de sustentabilidade aplicável ao montante estatutário das pensões de velhice do regime geral de segurança

social atribuídas em 2017, dos beneficiários que acedam à pensão antes da idade normal de acesso à pensão em vigor

nesse ano, é de 0,8612.

2 - O fator de sustentabilidade aplicável ao montante regulamentar das pensões de invalidez relativa e de invalidez absoluta

atribuídas por um período igual ou inferior a 20 anos, convoladas em pensão de velhice em 2017, é de 0,9291.

Artigo 3.º

Norma revogatória

É revogada a Portaria n.º 67/2016, de 1 de abril.

Artigo 4.º

Produção de efeitos

A presente portaria produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2017.

A Secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Sofia de Almeida Gaspar Joaquim, em 24 de janeiro de 2017.

PROGRAMA DE CELEBRAÇÃO OU ALARGAMENTO DE ACORDOS DE COOPERAÇÃO PARA O

DESENVOLVIMENTO DE RESPOSTAS SOCIAIS (PROCOOP)

Candidaturas

Celebração do Acordo de Cooperação

Comparticipação financeira

Condições de Acesso à Cooperação

Cooperação entre o Estado e as entidades da economia social

Documentos a apresentar

Elegibilidade de Respostas Sociais

Entidades Concorrentes

Instituições particulares de solidariedade social ou legalmente equiparadas

Instituto da Segurança Social, I. P.

Prioridades, critérios e hierarquização

Tipologias de Candidaturas

Portaria n.º 100/2017, de 7 de março / Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. - Ao abrigo do disposto no artigo 32.º

da Lei n.º 4/2007, de 16 de janeiro, que aprova as bases gerais do sistema de segurança social, cria o Programa de

Celebração ou Alargamento de Acordos de Cooperação para o Desenvolvimento de Respostas Sociais (PROCOOP). Diário da

República. - Série I - N.º 47 (07-03-2017), p. 1240 - 1247.

ELI: http://data.dre.pt/eli/port/100/2017/p/dre/pt/html

PDF: https://dre.pt/application/conteudo/106566472

A cooperação entre o Estado e as entidades da economia social, designadamente as instituições particulares de solidariedade social ou

legalmente equiparadas, assume uma importância central e vital em termos da implementação de programas, medidas e serviços de

proteção social.

No domínio da ação social a cooperação entre o Estado e as instituições sociais assenta, desde há décadas, no primado do estabelecimento

de uma parceria, com partilha de objetivos, mediante a repartição e assunção de obrigações e responsabilidades, com vista ao

desenvolvimento de serviços, respostas e equipamentos sociais para a proteção social dos cidadãos. O modelo de cooperação vigente

rege-se pelos princípios orientadores da subsidiariedade, proporcionalidade, solidariedade e participação, entendidos numa perspetiva de

Gazeta n.º 47 (07-03-2017)

22

otimização de recursos, sobretudo financeiros, impondo a necessidade de uma efetiva programação dos acordos de cooperação a celebrar,

em função da reavaliação de prioridades para o setor e, sobretudo, a definição de objetivos e critérios uniformes e rigorosos na seleção das

respostas sociais.

É em conformidade e salvaguardando os princípios da transparência, da igualdade e da concorrência, que o Governo, em acordo com os

representantes das instituições sociais, em sede de Adenda ao protocolo compromisso de cooperação para o setor solidário 2015-2016,

estabeleceu que, no ano de 2017 e seguintes, «a celebração de novos acordos de cooperação, ou de adendas a acordos de cooperação em

vigor para alargar o número de lugares com acordo, será concretizada no âmbito do Orçamento Programa, através de um Programa

específico que garanta uma maior previsibilidade e transparência, a estabelecer através de Regulamento próprio, o qual será aprovado

pelo Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social».

Conforme consta na Adenda ao Compromisso de cooperação para o setor solidário 2015-2016, este Programa tem como objetivos «a

definição clara de prioridades no Orçamento Programa e a introdução de critérios e regras de hierarquização e de seleção das candidaturas

transparentes e objetivos, sendo concretizado através de avisos de abertura de candidaturas, as quais serão aprovadas até ao limite da

dotação orçamental neles divulgados».

Os critérios de seleção assentam em indicadores de planeamento territorial, de cobertura local ao nível da cooperação, de adequação do

número de utentes com acordo face à capacidade instalada na resposta social e de sustentabilidade económica e financeira das

instituições.

Neste contexto é criado pela presente Portaria o Programa de Celebração ou Alargamento de Acordos de Cooperação para o

Desenvolvimento de Respostas Sociais (PROCOOP), que, no âmbito da celebração de novos acordos de cooperação ou de adendas aos

acordos de cooperação em vigor, assenta na abertura de procedimentos concursais com vista à seleção de respostas sociais promovidas

pelas entidades do setor social e solidário que, ao abrigo do artigo 8.º, conjugado com os respetivos artigos 5.º e 6.º da Portaria n.º 196-

A/2015, de 1 de julho, alterada pela Portaria n.º 296/2016, de 28 de novembro, reúnam as condições e requisitos à celebração de acordos

de cooperação. Estes critérios devem concorrer para o cumprimento do estabelecido na alínea e) do n.º 2 do artigo 31.º da lei de bases

gerais do sistema de segurança social, Lei n.º 4/2007, de 16 de janeiro, segundo a qual a concretização da ação social deve assegurar a

utilização eficiente dos serviços e equipamentos sociais, com eliminação de sobreposições, lacunas de atuação e assimetrias na disposição

geográfica dos recursos envolvidos.

O Programa de Celebração ou Alargamento de Acordos de Cooperação para o Desenvolvimento de Respostas Sociais (PROCOOP) tem

como objetivos a introdução efetiva de mecanismos que garantam uma maior previsibilidade e transparência, na seleção das entidades e

das respostas sociais a incluir em Orçamento Programa de 2017 e anos seguintes, permitindo assim a celebração ou revisão dos respetivos

acordos de cooperação, mediante a definição clara de prioridades, critérios e regras de priorização de respostas sociais, a concretizar

mediante a abertura de avisos de abertura de candidaturas, as quais serão aprovadas até ao limite da dotação orçamental neles

divulgados.

O Governo pretende assim assegurar que a concessão de apoios financeiros do Estado às entidades do setor social e solidário,

consubstanciada no aprofundamento da Rede de Serviços e Equipamentos Sociais (RSES), é efetuada de forma objetiva e transparente,

visando o alargamento e diversificação da oferta de respostas sociais, direcionadas em particular às pessoas e grupos mais vulneráveis,

tendo ainda um papel determinante no combate às situações de pobreza, na conciliação entre a atividade profissional e a vida pessoal e

familiar e, sobretudo, de promoção da inclusão social.

Foram ouvidos a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, a União das Misericórdias Portuguesas e a União das

Mutualidades Portuguesas.

Artigo 1.º

Objeto

1 - Pela presente portaria é criado o Programa de Celebração ou Alargamento de Acordos de Cooperação para o

Desenvolvimento de Respostas Sociais, adiante designado por PROCOOP.

2 - O PROCOOP regula as regras para o alargamento da cooperação estabelecida entre o Instituto da Segurança Social, I. P.,

e as instituições particulares de solidariedade social ou legalmente equiparadas, adiante designadas por instituições,

através de novos acordos de cooperação ou do alargamento dos acordos vigentes.

Artigo 2.º

Âmbito geográfico

1 - O PROCOOP tem uma cobertura territorial que abrange Portugal Continental.

Gazeta n.º 47 (07-03-2017)

23

2 - Em aviso de abertura de candidaturas podem ser fixadas áreas geográficas prioritárias por resposta social.

Artigo 3.º

Candidaturas

As candidaturas ao PROCOOP são objeto de aviso de abertura, por despacho do Ministro do Trabalho, Solidariedade e

Segurança Social.

Artigo 6.º

Regulamento

1 - É aprovado o Regulamento do PROCOOP, que consta em anexo à presente portaria e dela faz parte integrante.

2 - O Regulamento do PROCOOP define as condições, os termos e os requisitos de admissibilidade das entidades

concorrentes, bem como os termos de operacionalização dos procedimentos a adotar em matéria de apresentação,

critérios de análise, seleção, hierarquização e aprovação de candidaturas.

Artigo 7.º

Regime subsidiário

Em tudo quanto não se encontre previsto no Regulamento do PROCOOP, e desde que o não contrarie, aplica-se o disposto

na Portaria n.º 196-A/2015, de 1 de julho, na redação que lhe foi dada pela Portaria n.º 296/2016, de 28 de novembro, que

regulamenta e estabelece os critérios, condições de acesso e formas em que assenta o modelo específico de

contratualização com as entidades que atuam no domínio da segurança social, em concreto, no subsistema de ação social.

Artigo 8.º

Entrada em vigor

A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

O Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Fonseca Vieira da Silva, em 22 de fevereiro de 2017.

ANEXO

REGULAMENTO DO PROGRAMA DE CELEBRAÇÃO OU ALARGAMENTO DE ACORDOS DE COOPERAÇÃO PARA O

DESENVOLVIMENTO DE RESPOSTAS SOCIAIS

[Artigo 1.º (Âmbito) a Artigo 21.º (Celebração do Acordo de Cooperação)]

TAXA DE REFERÊNCIA PARA O CÁLCULO DAS BONIFICAÇÕES (TRCB): 1.º Semestre de

2017

Aviso n.º 2316/2017 Série II), de 9 de dezembro de 2016 / Finanças. Direção-Geral do Tesouro e Finanças. - Taxa de

referência para o cálculo das bonificações (TRCB), a vigorar entre 1 de janeiro e 30 de junho de 2017. Diário da República. -

Série II-C - N.º 47 (07-03-2017), p. 4094. https://dre.pt/application/conteudo/106555829

Em conformidade o âmbito do artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 349/98, de 11 de novembro, na redação dada pelo Decreto-Lei

n.º 320/2000, de 15 de dezembro, e em conformidade com o disposto na alínea b) do n.º 10 da Portaria n.º 1177/2000, de

15 de dezembro, na redação dada pela Portaria n.º 310/2008, de 23 de abril, dá-se conhecimento que a "taxa de referência

para o cálculo das bonificações" (TRCB), a vigorar entre 1 de janeiro e 30 de junho de 2017, é de 0,282 %.

9 de dezembro de 2016. - A Diretora-Geral, Elsa Roncon Santos.

Gazeta n.º 47 (07-03-2017)

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