jornal do cremam

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http://www.medico.cfm.org.br/portalam [email protected] facebook.com/pages/CREMAM-Conselho-Regional-de-Medicina-do-Amazonas CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO AMAZONAS RESIDÊNCIA MÉDICA no interior do Amazonas P reocupado com a situação da falta de estrutura médica e profissionais ha- bilitados para atuarem no interior do Estado, o Conselho Regional de Me- dicina do Amazonas iniciou no dia 10 de agos- to as primeiras avidades para a implantação e credenciamento da Residência Médica em Medicina da Família e Comunidade. É o primeiro programa de residência a ser implantado em municípios do interior do Amazonas. Entre as metas do projeto está a necessidade de suprir a falta de médicos qualificados nas especialidades básicas para o interior do Amazonas e promover também a fixação desses profissionais nessas localida- des para garanr principalmente a redução de mortalidade infanl. Inicialmente, a Residência deve ser desen- volvida em São Gabriel da Cachoeira, municí - pio da bacia do alto rio Negro, - a 858 quilô- metros de Manaus. Com 29,9 mil habitantes, o município é representado por 23 etnias, sendo os indígenas 95% da população local. Um Protocolo de Intenções foi assinado entre as Endades, cujo objevo é a conjuga- ção de ações técnico-cienficas, financeiras e assistenciais, visando prover e executar estu- dos, pesquisas cienficas e desenvolvimento tecnológico-operacional, relacionados com a organização de programas de ensino em pós- graduação de Medicina no Amazonas. A soma desses esforços para invesr na saú- de e na capacitação de profissionais para os municípios amazonenses vem num momen- to em que o estado carece de invesmentos nessa área. Dados apontados pelo Portal da Saúde do SUS mostram que apesar de ter di - minuído a taxa de mortalidade infanl, nesses úlmos anos, o Amazonas ainda apresenta números elevados. Entre 2000 e 2007, o Es- tado registrou 11.878 óbitos infans (crianças com menos de um ano de idade). No ranking estadual, o maior número de mortes ocorreu nos municípios de Manaus (6.390), Parinns (399), Manacapuru (335), São Gabriel da Ca- choeira (330) e Coari (294). A coordenadora do Programa de Re- sidência Médica da Fundação Hospital Adriano Jorge, Débora Lareiro Jezini, apre- sentou as propostas do Programa que trata ainda, da execução de estudos, pesquisas cienficas e desenvolvimento técnológico- operacional, relacionado com a promoção de programas de ensino em pós-graduação de medicina no Estado do Amazonas e da realização de avidades que possibilitem a melhoria de vida da população na região, de modo a obter o máximo de benecios para as atuais e futuras gerações. Entre outras questões, o Presidente do CRM, Dr. Jefferson Jezini, falou das dificulda- des a serem superadas e o caminho a ser tra- çado para angir esses objevos. Em discurso, ele afirmou que a união dessas instuições configura um momento histórico no Ama- zonas, afirmação essa, apoiada pelo Diretor- Presidente da Fundação Hospital Adriano Jorge, Dr. Raymison Monteiro De Souza que salientou também a importância dessa tão louvável iniciava para a melhoria do quadro de saúde no interior e a parceria firmada en- tre as referidas instuições renomadas A Secretaria de Estado da Saúde – SUSAM, não compareceu ao encontro, nem mandou representante, mas manifestou através da mídia total apoio a iniciava proposta. De acordo com o presidente da Comissão Estadual de Residência Médica, Dr. Jacob Cohen, há uma grande necessidade de mé- dicos no interior do Estado do Amazonas. “São menos de 400 médicos no interior en- quanto na capital há mais do que o triplo desse total”. Disse ele. O diretor da Escola Superior de Ciências da Saúde, da UEA, Cleinaldo Costa, desta- cou que o papel da Universidade é oportu- nizar esta iniciava e contribuir na qualifi- cação dos profissionais, desmisficando a ideia de que a formação se complementa somente no hospital. O Amazonas possui uma singularidade geográfica, e essa caracterísca é um agra- vante na hora de levar o atendimento mé- dico às regiões mais longínquas no Estado, e nessas horas, as Forças Armadas (Exérci- to, Marinha e Aeronáuca) são parceiras do Programa, como agente facilitador nas operações de saúde. O convênio de cooperação técnica será um passo importante para a medicina local e um grande avanço para a saúde da popu- lação do interior do Estado. Ano I - nº 01•novembro, 2011 PÁGINA 05 Dr. Júlio Torres, representante do CFM, prestigiou a cerimônia em comemoração ao Dia do Médico. PÁGINA 03 MÉRITO Uma honraria conferida aos Doutores Heitor Vieira Dourado e Ney Bahiense de Lacerda (In Me- moriam), por relevantes serviços prestados a medicina em favor da colevidade, recebida por familia- res dos homenageados. O evento reuniu Prefeitos e Se- cretários Municipais de Saúde de todo o Estado, além da Comissão de Saúde da Assembleia Legislati - va do Amazonas, afim de ouvir e discutir as necessidades dos mu- nicípios do interior. COMENDA ZILDA ARNS NEUMANN, DE MEDICINA E RESPONSABILIDADE SOCIAL ENCONTRO DE PREFEITOS O CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA foi assinado pelo Dr. Raymison (Fundação Hospital Adriano Jorge), Dr.Jefferson Jezini (presidente do Conselho Regional de Medicina - CREMAM e representantes da UFAM e da Fundação Getúlio Vargas PÁGINA 07 Em fase de implantação, o projeto deve proporcionar uma melhor assistência médica aos municípios do interior do Amazonas

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Jornal do Conselho Regional de Medicina do Amazonas

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Page 1: Jornal do CREMAM

► http://www.medico.cfm.org.br/portalam ► [email protected] facebook.com/pages/CREMAM-Conselho-Regional-de-Medicina-do-Amazonas

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO AMAZONAS

RESIDêNCIA MéDICA no interior do Amazonas

Preocupado com a situação da falta de estrutura médica e profissionais ha-bilitados para atuarem no interior do Estado, o Conselho Regional de Me-

dicina do Amazonas iniciou no dia 10 de agos-to as primeiras atividades para a implantação e credenciamento da Residência Médica em Medicina da Família e Comunidade.

É o primeiro programa de residência a ser implantado em municípios do interior do Amazonas. Entre as metas do projeto está a necessidade de suprir a falta de médicos qualificados nas especialidades básicas para o interior do Amazonas e promover também a fixação desses profissionais nessas localida-des para garantir principalmente a redução de mortalidade infantil.

Inicialmente, a Residência deve ser desen-volvida em São Gabriel da Cachoeira, municí-pio da bacia do alto rio Negro, - a 858 quilô-metros de Manaus. Com 29,9 mil habitantes, o município é representado por 23 etnias, sendo os indígenas 95% da população local.

Um Protocolo de Intenções foi assinado entre as Entidades, cujo objetivo é a conjuga-ção de ações técnico-científicas, financeiras e assistenciais, visando prover e executar estu-dos, pesquisas científicas e desenvolvimento tecnológico-operacional, relacionados com a organização de programas de ensino em pós-graduação de Medicina no Amazonas.

A soma desses esforços para investir na saú-de e na capacitação de profissionais para os municípios amazonenses vem num momen-

to em que o estado carece de investimentos nessa área. Dados apontados pelo Portal da Saúde do SUS mostram que apesar de ter di-minuído a taxa de mortalidade infantil, nesses últimos anos, o Amazonas ainda apresenta números elevados. Entre 2000 e 2007, o Es-tado registrou 11.878 óbitos infantis (crianças com menos de um ano de idade). No ranking estadual, o maior número de mortes ocorreu nos municípios de Manaus (6.390), Parintins (399), Manacapuru (335), São Gabriel da Ca-choeira (330) e Coari (294).

A coordenadora do Programa de Re-sidência Médica da Fundação Hospital Adriano Jorge, Débora Lareiro Jezini, apre-sentou as propostas do Programa que trata ainda, da execução de estudos, pesquisas científicas e desenvolvimento técnológico-operacional, relacionado com a promoção de programas de ensino em pós-graduação de medicina no Estado do Amazonas e da realização de atividades que possibilitem a melhoria de vida da população na região, de modo a obter o máximo de benefícios para as atuais e futuras gerações.

Entre outras questões, o Presidente do CRM, Dr. Jefferson Jezini, falou das dificulda-des a serem superadas e o caminho a ser tra-çado para atingir esses objetivos. Em discurso, ele afirmou que a união dessas instituições configura um momento histórico no Ama-zonas, afirmação essa, apoiada pelo Diretor-Presidente da Fundação Hospital Adriano Jorge, Dr. Raymison Monteiro De Souza que

salientou também a importância dessa tão louvável iniciativa para a melhoria do quadro de saúde no interior e a parceria firmada en-tre as referidas instituições renomadas

A Secretaria de Estado da Saúde – SUSAM, não compareceu ao encontro, nem mandou representante, mas manifestou através da mídia total apoio a iniciativa proposta.

De acordo com o presidente da Comissão Estadual de Residência Médica, Dr. Jacob Cohen, há uma grande necessidade de mé-dicos no interior do Estado do Amazonas. “São menos de 400 médicos no interior en-quanto na capital há mais do que o triplo desse total”. Disse ele.

O diretor da Escola Superior de Ciências da Saúde, da UEA, Cleinaldo Costa, desta-cou que o papel da Universidade é oportu-nizar esta iniciativa e contribuir na qualifi-cação dos profissionais, desmistificando a ideia de que a formação se complementa somente no hospital.

O Amazonas possui uma singularidade geográfica, e essa característica é um agra-vante na hora de levar o atendimento mé-dico às regiões mais longínquas no Estado, e nessas horas, as Forças Armadas (Exérci-to, Marinha e Aeronáutica) são parceiras do Programa, como agente facilitador nas operações de saúde.

O convênio de cooperação técnica será um passo importante para a medicina local e um grande avanço para a saúde da popu-lação do interior do Estado.

Ano I - nº 01•novembro, 2011

PÁGINA 05

Dr. Júlio Torres, representante do CFM, prestigiou a cerimônia em comemoração ao Dia do Médico. PÁGINA 03

►mérIto

Uma honraria conferida aos Doutores Heitor Vieira Dourado e Ney Bahiense de Lacerda (In Me-moriam), por relevantes serviços prestados a medicina em favor da coletividade, recebida por familia-res dos homenageados.

O evento reuniu Prefeitos e Se-cretários Municipais de Saúde de todo o Estado, além da Comissão de Saúde da Assembleia Legislati-va do Amazonas, afim de ouvir e discutir as necessidades dos mu-nicípios do interior.

►cOMENDA ZILDA ARNS NEUMANN, DE MEDIcINA E RESPONSABILIDADE SOcIAL

►ENcONtRO DE PREfEItOS

O COnvêniO de COOperaçãO téCniCa foi assinado pelo dr. raymison (Fundação Hospital adriano Jorge), dr.Jefferson Jezini (presidente do Conselho regional de Medicina - CreMaM e representantes da UFaM e da Fundação Getúlio vargas

PÁGINA 07

Em fase de implantação, o projeto deve proporcionar uma melhor assistência médica aos municípios do interior do Amazonas

Page 2: Jornal do CREMAM

2 | NOVEMBRO, 2011

É PRECISO TIRAR O PODER DO CÂNCER

A escolha é independe de credo, raça, cor ou con-dição social. O câncer determina o tempo de

vida para a população brasileira e para o mundo. Uma doença temida por todos. O questiona-mento é grande, de onde vem esse ditador, cruel e imparcial?

Um novo desafio está lançado para a comunidade científica, os homens de branco, capazes de descobertas fantásticas e saluta-res em favor da vida. Não faltam exemplos dessa força, haja vista a descoberta da vacina contra a paralisia infantil por Albert Bru-ce Sabin, a cura para a tubercu-

lose, o tratamento para a Han-seníase e tantas outras doenças já vencidas pela extraordinária inteligência do homem, mas o Câncer vem tirando o sono dos que estudam e a vida do Cida-dão que luta diariamente para viver bem.

O mundo completou sete bi-lhões de seres humanos, vivos, no planeta. Onde está o guerrei-ro que o mundo precisa para des-vendar esse segredo e derrotar o inimigo da alegria e da esperança do homem, no mundo moder-no? Afinal são 20 mil mortes no mundo, por dia, ou 7,6 milhões de pessoas por ano, segundo o

relatório publicado pela Socie-dade Americana do Câncer, com saldo de 12 milhões de pessoas diagnosticadas com a doença. Em 2011, segundo as expectati-vas do INCA esse número deve chegar a 500 mil novos casos. Ele alerta as autoridades para que sejam tomadas medidas de lon-go prazo e largo alcance, pois ha-verá 26 milhões de casos novos e 17 milhões de mortes por ano no mundo até 2030, sendo que 2/3 das vítimas ocorrerão nos países em desenvolvimento. Esses da-dos são alarmantes.

Muitos ídolos já foram aco-metidos pela doença. Dos famo-

sos se podem citar Ana Maria Braga, Hebe Camargo, Patrícia Pilar, Reinaldo Gianecchini, Pre-sidenta Dilma Rousseff, e hoje, o ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem esquecer o gênio da informática Steve Jobs.

Hoje a única garantia para quem está com saúde, é a pre-venção. Para se prevenir, o Ci-dadão precisa conhecer bem o inimigo, como ele age e qual a sua preferência na hora de es-colher a sua presa. É necessário conhecer melhor essa doença. Na próxima edição traremos este assunto como matéria de capa. Aguarde!

XCOMUniCaçãO e dadOs ltda

OPINIÃO

Aloysio Alves Vieira FilhoAntonio de Pádua Quirino RamalhoAparecido Mauricio de CarvalhoAristoteles Comte de Alencar Filho

Jéfferson Oliveira JeziniPresidente

Robson Miguel de Araújo NegreirosVice-Presidente

cONSELHEIROS

PRESIDÊNcIA

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO AMAZONAS •••

Tiragem: 4.500 exemplares

www.medico.cfm.org.br/portalam/[email protected]

Sede: Av. Senador Raimundo Parente, 06Praça Walter Góes, Flores

Telefones: (92) 3656-0531/0532/0536 Fax : (92) 3656-0537

Carlos Castilho Batalha FranklinDagmar KiesslichEmanuel Jorge Akel Thomaz de LimaEneida Maria Brandão Eduardo LinsHelena Mota de OliveiraJosé de Nazaré Valmont FranceschiMaria do Perpetuo Socorro C.de S.VieiraMarlene Ramos da SilvaMauricio Alexandre de Menezes PereiraNelson Abrahim FraijiRenato de Oliveira SierviRita Clei Melo de CarvalhoRochester Oliveira Jezini

Projeto GráficoProdução Jornalística

DiagramaçãoCriação

Jornalista ResponsávelSônia Yara Rodrigues

[email protected](92) 9115 9217 / 8173 6944

E x P E D I E N t E

cRM reúne com procuradores dos Ministérios Públicos

Com a intenção de debater sobre o apri-moramento das atividades de fiscaliza-ção do exercício profissional e a possibi-

lidade de cooperação técnica na melhoria da atenção à saúde do cidadão, o Conselho Regio-nal de Medicina do Amazonas, reuniu no dia 01 de setembro, em sua sede, procuradores dos Ministérios Públicos Estadual, do Trabalho, de Contas e Eleitoral.

Foram abordados temas como ‘Direito da saúde como dever do Estado’, ‘O papel fiscaliza-dor do CRM’, ‘A relevância da Assistência Médi-ca’, ‘A Situação da Saúde no Amazonas’, a ‘Distri-buição dos Médicos’ e ‘Ações Interinstitucionais Pelo Direito à Saúde e em Defesa da Vida’.

O encontro resultou na proposta de se fir-mar um convênio de cooperação técnica para que Conselho e o Ministério Público possam somar esforços em favor do direito à saúde de qualidade do cidadão no Estado do Amazonas. O evento teve a coordenação do Diretor de Fis-calização do CREMAM, Dr. Antônio de Pádua.

Proposta de cooperação técnica entre os órgãos foi firmada durante a reunião

prOCUradOres dos Ministérios públicos e Conselheiros do CreMaM durante reunião na sede do Conselho

A Europa foi onde se deu o início da História da Radiologia por volta do sécu-lo XIX, em meados de 1878, quando os estudiosos de Física pesquisavam sobre a passagem de corrente elétrica de alta tensão por tubos rarefeitos.

As pesquisas para os homens da Física como William Croockes, Eugen Goldenstein, Joseph Thomson, Her-mann Sprengel, Julius Plucker, Johann Hittorf, Heinrich Hertz, Philipp Lenard e Wilhejm Conrad Roentgen possibili-taram a descoberta do raios X, em 8 de novembro de 1895.

Só não se sabia que, nos dias de hoje, essa descoberta teria um papel ainda maior na vida do homem, no século XXI.

As descobertas dos raios X e da Ra-dioatividade deram origem à imageno-logia atual e à Radioterapia, um recur-so que possibilitou “ver por dentro” o que se expunha a radiação e com isso muitos diagnósticos foram acompanha-dos pela medicina, dando ao paciente um tratamento preciso sobre a doença instalada. Não devemos esquecer que esta conquista se deu aos esforços dos pesquisadores Antoine Henri Becquerel e Marie Curie. Em 1896 tratou-se a pri-meira paciente portadora de câncer de mama. A evolução da tecnologia para equipamentos desse gênero ganhou força a partir de 1920.

Segundo os médicos e pesquisado-res é impossível conceber a medicina atual sem a ajuda da Radiologia Diag-nóstica e da Radioterapia no tratamen-to oncológico.

O dia do Médico Radiologista, dia 8 de novembro foi lembrado por todos. A Ra-diologia segue sua trajetória no Século XXI com recursos extraordinários para a precisão de diagnósticos na saúde, atra-vés de exames de Tomografia Computa-dorizada Espiral, Ressonância Magnética, Densitometria Óssea, RadiologiaDigital, Ultra-Sonografia, Mamografia.

* Dr. Aparecido Maurício é Médico Radio-logista, Presidente da Sociedade de Radiolo-gia e Diagnóstico por Imagem do Amazonas e membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia - cBR

A importância da radiologia no século XXI

APARECIDO MAuRíCIO *

NOVO IMPERADOR NO BRASIL É QUEM DITA AS NORMAS E DECIDE QUEM VAI VIVER NOS PRÓXIMOS CINCO ANOS. NA POLÍTICA O BRASIL TEM MODELO DEMOCRÁTICO, NA SAÚDE O MODELO É IMPERIALISTA

arta ao leitorc

Page 3: Jornal do CREMAM

3 NOVEMBRO, 2011 |

“Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimen-

to, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por com-prazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva...

“Conservarei imaculada minha vida e minha arte”...

Este trecho do texto do Juramen-to de Hipócrates deve estar sempre vivo na memória dos profissionais que abraçaram a profissão médica, para o Conselho Regional de Medi-cina o cumprimento do dever mé-dico dentro dos princípios da ética

médica, anualmente renova a moti-vação desse colegiado a trabalhar e promover essa data festiva que re-presenta o Dia 18 de Outubro para a classe médica.

Em reconhecimento ao trabalho das Cooperativas e Sociedades Mé-dicas do Amazonas, o Conselho Re-gional conferiu o Diploma Social de Ordem do Mérito.

O DIPLOMA SOCIAL foi entregue aos Presidentes das Cooperativas e Sociedades Médicas do Estado re-presentando todos os médicos, em Cerimônia Comemorativa ao Dia do Médico, no último dia 18 de Ou-tubro, na Cantina Le lieu, um Am-biente da Casa Cor Manaus 2011,

de autoria do Arquiteto Fabrício Lo-pes Santos, no Centro Cultural dos Povos da Amazônia.

Os presidentes das Cooperativas e Sociedades Médicas foram recepcio-nados pelo Presidente em Exercício do Conselho Regional de Medicina Dr. Robson Miguel de Araújo Negrei-ros e demais Conselheiros do Órgão. Para Dr. Róbson a data pontua dois aspectos importantes: “Primeiro a necessidade de mostrar a importân-cia da profissão, segundo procurar-mos labutar na qualidade do atendi-mento na saúde e na prestação do serviço na cidade”. O presidente em exercício, na abertura da cerimônia enfatizou a importância do trabalho

do presidente do Conselho Dr. Jeffer-son Jezini para o colegiado, quando justificou sua ausência no evento. Dr. Robson parabenizou todos os médicos e convidados presentes e solicitou aos representantes das so-ciedades e entidades médicas que transmitissem aos seus associados e cooperados os mais sinceros senti-mentos de apreço pela passagem do Dia do Médico.

Entre outros convidados se des-tacou a presença do representante do Conselho Federal de Medicina em Manaus, Dr. Júlio Torres. Um homem sábio, na arte de falar, sen-sível ao demonstrar aos colegas sua preocupação com a família e

com a ética na profissão. “O com-portamento ético se prende ao bom desempenho da nossa pro-fissão que, aliás, é a mais antiga, surgiu em 460 a.C. Estamos aqui para festejar e merecemos esse festejo”, afirmou. Dr. Júlio elogiou ainda a iniciativa do Conselho em propor tão grande honraria aos dois vultos in memoriam.

Dra. Helena Mota, membro do Conselho e coordenadora do evento falou do propósito da noi-te. “Espero que todos se confrater-nizem e que haja harmonia, haja lazer entre nós, pois isso é muito importante. Por que esse é o nos-so propósito”, finalizou.

especial • dia do médico

cRM confere Diploma de Mérito à cooperativas e sociedades Médicas

Dr. Ernani de Aguiar Correa e Dr. Aloysio Alves Vieira Filho

Dr. Dennis Marcelo de Souza Ramos e Dra. Helena Mota de Oliveira

Dra. Maria do Socorro A. de Souza e Dra. Maria do P. Socorro C.de S.Vieira

Dr. Antonio de Pádua Quirino Ramalho e Dra. Francilurdes Moraes Louro

Dr. Francisco do Nascimento Gomes e Dr. Aparecido Mauricio de Carvalho

Dr. Anderson Pereira Dias e Dr. Aristoteles Comte de Alencar Filho

Dr. Rochester Oliveira Jezini e Dr. Robson de Oliveira

Dra. Hilka Flávia e Dr. José de Nazaré Valmont Franceschi

Dr. Ricardo Turenko Beça e Dr. Aparecido Mauricio de Carvalho

Dr. Antonio Eduardo Ditzel e Dra. Marlene Ramos da Silva

Dr. Djalma Pinheiro Pessoa Coelho e Dr. Aloysio Alves Vieira Filho

Dra. Marlúcia do Nascimento Nobre e Dra. Eneida Maria Brandão

Para o Conselho Regional de Medicina o cumprimento do dever médico dentro dos princípios da ética médica, anualmente renova a motivação desse colegiado a trabalhar e promover essa data festiva

Dr. Róbson Miguel de Araújo Negreiros e Dr. Asdrúbal Francisco de Melo

Page 4: Jornal do CREMAM

4 | NOVEMBRO, 2011ARTIGO

Troca de cânula de traqueostomia em pacientes internados em enfermarias, unidades de terapia intensiva e centro cirúrgico

Dra. Eneida Brandão Eduardo Lins

tRAQUEOSTOMIA, procedimento CIRÚRGICO, ELETIVO que não ne-cessita de “super-especialistas”

para realizá-lo. Médicos cirurgiões de qualquer especialidade, Emergencis-tas e Intensivistas têm treinamento para realizá-lo, como se propõem os Treinamentos de Suporte Avançado de vida, realizados para Médicos. Ou-tro exemplo são os programas de Re-sidência Médica como de Terapia In-tensiva onde consta a obrigatoriedade de realização de pequenas cirurgias como as traqueostomias, dissecções venosas, toracocenteses,paracenteses e outras.

Não é por ser procedimento cirúr-gico que só pode ser realizado por cirurgiões. Diz a regra dos Conselhos de Medicina no Brasil, que um Mé-dico Generalista tem que saber fazer pequenas cirurgias, principalmente na urgência e mais Apendicectomia, Colecistectomia e Cesareana. Traque-ostomia de Urgência: É sabido que os riscos de complicações são de duas a cinco vezes maiores do que em si-tuações eletivas, portanto não é um método a ser utilizado na urgência. As

exceções se fazem em situações espe-cíficas.

Traqueostomia à Beira do Leito: A traqueostomia deve ser realizada no centro cirúrgico com todos os supor-tes necessários, sua realização à beira do leito deve ser evitada. A exceção se faz em um ambiente de terapia inten-siva, quando a saída do paciente da-quele local pode trazer riscos maiores para o mesmo. De fato, a realização da traqueostomia no leito de uma UTI pode ocorrer, desde que as condições cirúrgicas sejam estabelecidas naque-le local. Observemos as orientações do Hospital do Câncer da USP e Ações de enfermagem: A pessoa traqueos-tomizada pode se cuidar sozinha, pois a traqueostomia e a cânula não inter-ferem no dia-a-dia. Para aprender a mexer na traqueostomia e na cânula, basta um treinamento simples com a equipe de enfermagem no hospital.

Posteriormente, no Ambulatório de Curativos da cabeça e pescoço, o paciente e seu familiar receberão ins-truções sobre como colocar a cânula, como limpar sua traqueostomia e o que fazer em quaisquer situações de

dificuldade. Este treinamento demora apenas alguns minutos.

Embora não pareça, alguns proble-mas são fáceis de resolver, como por exemplo:

• Entupimento da cânula por crostas de secreção acumulada (evite o acú-mulo de secreções mantendo sempre a cânula limpa - leia adiante); • Saída acidental da cânula;

• Expectoração de secreção com vestígios de sangue.

Clientes que recebem suporte ven-tilatório prolongado estão expostos a uma variedade de complicações tar-dias decorrentes da intubação endo-traqueal prolongada, tais como: lesões da mucosa, estenose (estreitamento anormal) glótica e subglótica, esteno-se traqueal e abscesso cricóide. Estas complicações estão diretamente rela-cionadas com o tempo de intubação endotraqueal. O tempo ideal de dura-ção de uma intubação oro ou nasotra-queal, antes da conversão eletiva para traqueostomia, ainda é controverso. Sabe-se também, que há outros be-nefícios com a conversão para uma traqueostomia, tais como: menor taxa

de autoextubação da traqueostomia; melhor conforto para o cliente; possi-bilidade de comunicação pelo cliente; possibilidade da ingestão oral; uma melhor higiene oral; e um manuseio mais fácil pela enfermagem. (Instituto Nacional do Câncer - I.N.C.A/ Ações de Enfermagem).

Diante do exposto, observa-se que nos grandes serviços do país uma tro-ca de cânula de traqueostomia é feita por equipe de enfermagem treinada inclusive para orientar o paciente a realizá-lo sozinho.

cONcLUSÃODe acordo com os protocolos de

atendimento e programas existentes, MÉDICOS EMEGENCISTAS devem estar habilitados a realizar TRAQUEOSTO-MIAS, e como todo e qualquer proce-dimento Médico, são acompanhados por profissionais de Enfermagem que fazem curativos, colocação e troca de sondas, sob orientação do Médico as-sistente, ou melhor, sob responsabi-lidade do Médico Assistente, seja ele da UTI, da Emergência ou do Centro Cirúrgico.

rtigoa

Page 5: Jornal do CREMAM

5 NOVEMBRO, 2011 | HOMENAGEM

comenda Zilda Arns Neumann de Medicina e Responsabilidade Social

Em cerimônia que marcou as come-morações do Dia do Médico, no dia 18 de outubro, o Conselho Regional

de Medicina do Amazonas – CRM/AM homenageou com a comenda Zilda Arns Neumann de Medicina e Responsabili-dade Social, in memoriam, os Doutores Heitor Vieira Dourado e Ney Bahiense de Lacerda, duas figuras de destaque na me-dicina amazonense.

Instituída pelo Conselho Federal de Me-dicina, através do decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1958, e da Lei nº 11.000, de 15 de dezembro de 2004, a comenda Zilda Arns Neumann considera o trabalho dos profissionais que, ao longo dos anos, têm exercido a medicina com ética e profissio-nalismo nos planos nacional e mundial.

A recepção foi no ambiente Cantina Le Lieu, da Casa Cor Amazonas 2011. O vice-presidente do CRM/AM – presidente em exercício – Dr. Robson Miguel de Araújo Negreiros fez a entrega das comendas às esposas dos homenageados que esta-vam acompanhadas de seus familiares. Um momento de muita emoção para to-

dos que acompanharam a cerimônia. Dr. Heitor Vieira Dourado era médico in-

fectologista, fundador da Fundação Hos-pital Tropical e pioneiro no tratamento de doenças desse tipo. Doutor Rochester Jezini, membro do Conselho, fez a referên-cia histórica ao homenageado ressaltando a pessoa memorável que ele representa não só na medicina tropical, mas na me-dicina como um todo. “Ele foi um exem-plo de homem e profissional, uma pessoa bondosa. Ele conseguiu influenciar gera-ções de médicos que passaram pelas suas mãos e merece esta homenagem de todos nós”, afirmou. Nícia Dourado, esposa do Dr. Heitor Vieira Dourado se disse sensibi-lizada com a homenagem. “Fiquei muito feliz e sensibilizada com essa homenagem prestada, que foi muito merecida. Nem sempre ela é reconhecida, e quando per-cebemos isso, nós ficamos muito felizes. Eu e todos os meus filhos estamos agrade-cidos por tudo”, concluiu.

Dr. Ney Bahiense de Lacerda, um dos mais eminentes médicos do Estado do Amazonas, foi sanitarista e epidemiolo-

gista. Dona Raimunda Lacerda, esposa, agradeceu ao CRM pela linda homena-gem e ao Dr. Antônio de Pádua pelo lin-do discurso exaltando a vida de Dr. Ney Lacerda no exercício da profissão. “Essa homenagem e a medalha recebida, ser-vem para coroar todo o seu trabalho, toda sua luta no combate às endemias priorizando sempre a saúde no Estado do Amazonas. E dessa forma a família se orgulha da pessoa, do pai, do médico e do homem que foi Ney Lacerda. Saben-do, mesmo que depois de falecido sua obra continua dando bons frutos”.

O vice-presidente do CRM, presidente em exercício, Doutor Robson Negreiros, responsável pela entrega das honrarias às famílias dos homenageados da noite re-forçou em sua fala a importância do traba-lho médico em favor da saúde quando se referiu aos profissionais escolhidos, in me-moriam, para receber tal comenda. “Hoje é dia de homenagear essas duas pessoas que tanto fizeram em prol da medicina e reconhecer a importância de seus traba-lhos e influência”, finalizou.

A comenda Zilda Arns Neumann considera o trabalho dos profissionais que têm exercido a medicina com ética e profissionalismo

dOna raiMUnda laCerda, esposa do Dr. Ney Bahiense de Lacerda, ao lado da filha e netos, emocionada com a homenagem

sra. níCia dOUradO (ao centro), esposa do dr. Heitor vieira dourado, recebe a Comenda ao lado de familiares e do amigo da família, Dr. José Seráfico

dr. róbson faz a entrega da Comenda a dona raimunda lacerda e discursa durante a cerimônia

sra. níCia reCebendO a Comenda das mãos do dr. róbson negreiros, presidente em exercício do CreMaM, e durante o evento

AEROMÉDICO

Remoção de pacientes do interior é caso de urgência no amazonas

Este é um tema que desperta interesse de toda a sociedade no Estado.

O Amazonas, em função de sua geografia,é o estado brasileiro que mais oferece desafios para as au-toridades de saúde no que diz res-peito à remoção de pacientes do interior para a capital. Em muitas situações, a urgência do caso, torna inviável o atendimento via fluvial.

A remoção aérea de pacientes deixou de ser uma exclusividade da FAB há muito tempo. Porém, são poucas empresas no Estado que se disponibilizam a realizar os altos investimentos necessários na busca por tecnologia de ponta e es-trutura que atendam às exigências da Agência Nacional de Aviação Ci-vil (ANAC)e do Ministério da Saúde para a prestação de serviços dessa natureza. Manaus Aerotáxi dispõe de UTI aérea para transporte de pacientes.

É uma das poucas empresas no Amazonas que investem continu-amente em aeronaves e equipes médicas dedicadas às remoções aéreas através de seu serviço de aeromédico. É também, a única ca-paz de voar de Manaus a São Paulo sem escala em até 3h30 através de seu Jato Executivo convertido em UTI aérea.

Segundo o diretor presidente Marcos José Pacheco, a empresa possui credibilidade nesse tipo de atendimento.

“Nossa empresa nasceu em Ma-naus e atende todo o território na-cional e também o exterior há13 anos. Destacamos sempre um gran-de comprometimento com a segu-rança, a agilidade e a qualidade de nossos serviços e, no momento, es-tamos em busca do certificado de qualidade ISO 9001.”

A Manaus Aerotáxi oferece, tan-to ao setor público quanto ao pri-vado, serviço de UTI aérea a partir de qualquer aeroporto do Estado e para os grandes centros médicos do País.

Jato Citation iii: uma das Uti’s aéreas da Manaus aerotáxi

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6 | NOVEMBRO, 2011FISCALIZAÇÃO

I fórum das câmaras técnicas é realizado no Amazonas

Um dia de debates sobre as ques-tões que atingem o exercício das especialidades no Estado. A pro-

posta do I Fórum das Câmaras Técnicas foi discutir as contribuições técnicas e políticas que as Câmaras Técnicas podem proporcionar ao Conselho e a Sociedade em geral.

O Fórum realizado no dia 24 de agos-

to, na sede do Conselho Regional de Medicina - CRM, trouxe à Manaus o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina e coordenador das Câmaras Técnicas, Dr. Carlos Vital, que veio pela primeira vez à capital e foi recepcionado pela diretoria do CRM.

A presença do vice-presidente como mi-nistrante do Fórum teve grande importân-

cia para a obtenção de conhecimento e atu-alização das coordenações das Câmaras.

O Fórum contou com a presença de todas as Câmaras Técnicas constituídas nas áreas de Psiquiatria, Cirurgia Plástica, Dermatologia, Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Medicina de Família e Co-munidade, Urgência e Emergência, Perí-cia Médica e Bioética.

O FórUM COntOU com a presença de todas as Câmaras técnicas constituídas

Conselheiro do CrM, dr. antônio de pádua recepciona o vice presidente do CFM, dr. Carlos vital, por ocasião do Fórum das Câmaras técnicas em Manaus. Uma oportunidade para apreciar as delícias da cozinha amazonense num almoço rápido, mas agradável, comentou dr.vital agradecido pela atenção dos colegas.

►PARtIcIPAÇÃO

CRM participa de Audiência Pública na Câmara Municipal de Manaus

O Conselho Regional de Medicina participou no dia 17 de agosto da Au-diência Pública sobre as Estratégias do “Programa Saúde da Família” pro-posta pela Vereadora Lúcia Antony (PCdoB), realizada na Câmara Munici-pal de Manaus.

A audiência iniciou com a exposi-ção dos dados da Secretaria Munici-pal de Saúde sobre o Programa Saú-de da Família. Tais indicadores foram prontamente contestados tanto pe-los profissionais da saúde que atuam no programa, como pelos próprios representantes dos movimentos co-munitários.

Sobre o programa foram abordados os seguintes pontos: falta de estrutura adequada das Unidades de Saúde da Família – (USF), falta de equipamen-tos para execução dos trabalhos dos médicos e enfermeiros, ausência de médicos e enfermeiros e a carência de remédios para atender a população.

O aumento no número de equipes, melhores condições de trabalho e de

remuneração e a realização de um concurso público específico para a USF foram amplamente discutidos pelos representantes da área de saúde que participaram da audiência pública.

Em discurso o Diretor de Fiscaliza-ção do CRM, Dr. Antônio de Pádua, enfatizou que o Conselho acredita que a atual situação não continuará a mesma. “Nós acreditamos que as coi-sas não vão permanecer como estão. Temos conversado com a Associação Médica e o Sindicato sobre o que va-mos fazer para acabar com a primeira questão que é a abarcação dos pro-fissionais. A política de valorização dos profissionais é uma necessidade urgente”.

Estavam presentes na audiência representantes das entidades como Sindicatos dos Cirurgiões Dentistas, Associação Médica do Amazonas, Sindicato dos Médicos do Amazonas, Sindicato da Saúde, Conselho Muni-cipal da Saúde e representantes co-munitários.

O Conselho Regional de Medicina do Amazonas e o líder do Governo na Assembleia Legislativa, Deputado Sinésio Campos, se reuniram no dia 29 de agosto para discutir as possibilidades de implantação e da iniciativa já demandada pelo Hospital Adriano Jorge em favor da fixação da Residência Medica do interior.

O Programa de Residência Médica (PRM) foi criado no Amazonas em 1978, no âmbito da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Desde então foram criados 40 programas, distribuídos em 11 instituições, estando sua maioria concentrada no Hospital Universitário Getúlio Vargas, da UFAM.

Ao longo dos 30 anos de Residência Médica no Amazonas foram formados mais de 700 especialistas no Estado, e que atendem a capital, o interior e alguns estados vizinhos. No entanto, o conselho observa que a residência médica sempre ficou concentrada

Residência Médica é debatida na Assembleia Legislativa do Amazonas

Evento discutiu as contribuições que as Câmaras podem proporcionar ao Conselho e à sociedade

depUtadO sinésio Campos reunido com conselheiro do CrM

em Manaus. Desta forma, o governo não tem conseguido resolver plenamente a problemática relacionada à permanência de médicos do interior do Amazonas. “Esse debate vem para buscarmos alternativas para auxiliar na resolução desse problema que prejudica a saúde do povo do interior do Estado. Acredito que esse projeto que será apresentado vem a contribuir de forma moderna com essa problemática”, disse o deputado Sinésio Campos.

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7 NOVEMBRO, 2011 | AGENDA DO MÉDICO

cRM promove encontro com prefeitos para debater melhorias na saúde dos municípiosI Fórum da Saúde do Interior apontou os principais problemas enfrentados pelos municípios amazonenses no atendimento à saúde da população

A realidade da saúde nos municípios do Amazonas foi tema do I Fórum da Saúde do Interior, promovido pelo

Conselho Regional de Medicina, no dia 20 de setembro. O evento reuniu prefeitos e secre-tários municipais de saúde de todo o Estado, além da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Amazonas, a fim de ouvir e dis-cutir as necessidades dos municípios do inte-rior através de seus representantes presentes para formatar um Relatório de Necessidades e Prioridades que será levado às Autoridades competentes.

Durante o Fórum, que aconteceu às 16 horas, na sede do CRM, os municípios ti-veram a oportunidade de falar das suas dificuldades e prioridades em relação à saúde, em suas localidades.

Dr. Antônio de Pádua, Chefe do Departa-mento de Fiscalização do órgão foi o rela-tor do Fórum e com base em estudos apre-sentou o tema “Médicos para o Amazonas: a urgência e a emergência do desafio”. O foco foi a estrutura da saúde pública, ou a falta dela, no interior.

Os principais problemas apontados pela maioria dos municípios foram as dificulda-des de atendimento, remoção de pacientes para a capital e a falta de médicos capaci-tados. Uma realidade compartilhada por todos os presentes.

O presidente do CRM, Dr. Jefferson Jezini destacou que o Conselho está empenhado em lutar por políticas públicas de saúde e ressaltou que há de se ter um cuidado maior com a saúde do cidadão, principalmente, com relação às doenças mais comuns como malária, tuberculose, hanseníase e dengue. A iniciativa mostra o compromisso da atual ges-tão dentro das atribuições do Conselho. Não se tem nenhum registro na história do CRM de um fórum com essa proporção.

Para o Deputado Luiz Castro, membro da Comissão de Saúde da Assembleia Legisla-tiva, o diálogo promovido pelo Conselho é importante para saber as deficiências e o que precisa ser feito para socorrer a saúde do interior. Luiz Castro pediu aos municípios que procurem analisar o tratamento fora de domicílio, assim como a questão do suporte e salientou que atualmente, existe a falta de diagnóstico de doenças oculares em boa par-te dos municípios do Estado.

O prefeito de Iranduba e representante da Associação Amazonense dos Municípios, No-nato Lopes, afirmou que há sim uma falta de políticas públicas, mas que apesar disso, se sente confortável em virtude da aproxima-ção de Iranduba com a capital. No município de Presidente Figueiredo, a 107 quilômetros de Manaus, a situação não é diferente. Se-gundo a secretária de saúde Samantha, a proximidade com a capital não é um motivo para estar confortável. Samantha afirmou que existe um grande número de comunida-des adjacentes que buscam tratamento de saúde no município e que o único clínico ge-ral existente lá, não atende a ginecologia. O secretário de saúde de Atalaia do Norte disse que por lá o problema é a falta de médicos.

preFeitOs e seCretáriOs de saúde assumiram o lugar na mesa do Fórum para serem ouvidos pelo Colegiado do Conselho, bem como pelas autoridades presentes

preFeitO de eirUnepé Dissica Tomás discursa sobre as dificuldades do município em relação a saúde e parabenizou o Conselho pela iniciativa do Fórum

“Os aprovados no último concurso nunca apareceram”. Disse. Em Autazes, a dificulda-de relatada pela secretária Karen Martino é a falta do atendimento de urgência via fluvial, por conta da geografia do local. A discussão em torno do tema proposto pelo II Fórum da Saúde do Interior veio em um momento importante e delicado do sistema. Foi o que afirmou o secretário de saúde de Benjamim Constant, Raimundo Coelho. Segundo Rai-mundo, o interior paga o resultado de políti-cas mal formuladas pelo governo. Ele afirma

que os investimentos precisam ser descen-tralizados da capital.

Dissica Tomás, prefeito do município de Eirunepé, concordou com as colocações a respeito da falência da saúde interiorana e acrescentou que os custos dos municípios com a medicação é mais caro que com a ini-ciativa privada. Dissica afirmou que é preciso cobrar dos governos mais decisões para me-lhorar os municípios. Opinião similar foi dada pelo secretário de saúde de Itapiranga, Janu-ário Neto. Para ele, o Estado não libera recur-

sos suficientes. “O Estado co-financia a saúde em detrimento dos municípios, não libera os recursos e aí vem a questão: Será que a salva-ção da saúde seriam os médicos?” indagou.

Em São Paulo de Olivença, município fron-teiriço do Estado, o problema apontado pela secretária de saúde Margareth, são os médi-cos estrangeiros e a dificuldade com o idio-ma. A saúde indígena também foi tratada no Fórum. Em São Gabriel da Cachoeira, municí-pio coma maior população há de falta médi-cos, enfermeiros e farmacêuticos. O hospital é conveniado com o exército e o município banca a maior parte. Os médicos do exército encaminham todos os pacientes para Ma-naus porque não querem ficar no município. Só atendem parentes de militares.

Nara Koide, secretária de saúde de Itaco-atiara disse que o município precisa urgente de recursos e especialistas para fazer o aten-dimento. “Não recebemos os recursos finan-ceiros para ser município Pólo, o que inviabi-liza o processo da saúde. O município precisa urgente de recursos e de especialistas para o atendimento, porque a falta desse profissio-nal leva o paciente a buscar atendimento em Manaus, aumentando os custos tanto para o município, quanto para o usuário”. Afirma.

A diretoria do Conselho tem uma atuação não só com os compromissos básicos da ins-tituição, mas de somar para com a melhoria da saúde do Estado, promovendo iniciativas como esta, firmando convênios de coopera-ção técnica e parcerias com outros órgãos em favor de novas políticas públicas que possam possibilitar qualidade de vida ao cidadão.

representante do presidente da associação Médica, Mark artur, presidente do sindicato dos Médicos do amazonas dr. Mário viana, deputado luís Castro membro da Comissão de saúde da assembléia legislativa,presidente do Conselho regional de Medicina dr. Jefferson Jezini, diretor da Fiscalização do CrM dr. antônio de pádua, prefeito Municipal de iranduba e vice-presidente da associação amazonense dos Municípios, nonato lopes

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8 | NOVEMBRO, 2011COOPERATIVA DE PEDIATRIA

Imed-Am: dez anos de história280 Médicos trabalham sem trégua em favor da saúde do cidadão, 365 dias por ano

A vida é uma dádiva que precisa ser bem cuidada, bem vivida, bem aproveitada. A vida foi feita para o bem. Uma con-

jugação de verbos, como, nascer, andar, cor-rer, tocar, crescer, sonhar, realizar, conhecer, avançar, mudar, experimentar, amar, cuidar.

Em 21 de novembro de 2001 surgiu a COOPERMED (Cooperativa Médica de Clíni-ca e Pediatria do Estado do Amazonas), hoje, Imed-Am (Instituto Médico de Clínica e Pe-diatria do Estado do Amazonas). Nascida da coragem de 22 heróis que foram capazes de abandonar a estabilidade de seus empregos e correr todos os riscos lutando por uma rea-lidade mais justa para a classe médica, além do desejo motivador de cuidar com mais qua-lidade e profissionalismo da saúde do povo

amazonense, enfim o sonho virou realidade.

Dez anos se passaram, muita coisa mu-dou, Manaus cresceu. Por consequência a saúde demandou novos prontos socorros e mais médicos. O Imed-Am cresceu na mes-ma velocidade, atualmente com 280 médi-cos associados, trabalhando sem parar, em nove SPAs, 2 Fundações de Saúde, 1 Hospi-tal e Pronto Socorro, atendendo em média mais de 8 mil pacientes dia.

Feito por médicos apaixonados pelo que fazem. Verdadeiros heróis anônimos que to-dos os dias cumprem com uma valorosa mis-são, salvar milhares de vida. Esse é o Imed-Am, uma história de dez anos construída com o compromisso de cuidar e fazer bem.

IMED: exemplo de arrojo, determinação e realização.

Dra. Astréia Valente (gestão de 2006 a 2008)

Dr. Sílvio fragoso(gestão de 2008 a 2010 )

Dra. Silvana L. dos Santos(gestão de 2001 a 2006)

Dr. Djalma P. coelho (gestão de 2010 a 2012)

10 anos se passaram e nos tornamos a maior empresa no ramo médico no estado do Amazonas. Parabéns a todos nós que dedicamos e nos es-forçamos para tal êxito.

Embora não tivéssimos credi-bilidade, superamos o precon-ceito e vencemos. Realizamos um sonho, hoje somos uma grande empresa.

A força e o respeito conquista-do pelo Imed nesses 10 anos é o reflexo da adminstração de todas as diretorias e conselhos somado a ação de todos os só-cios no exercício da profissão e e na busca pela capacitação.