jornal do sindtifes

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JORNAL do Publicação do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-Administrativos nas Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Pará - Ano II, n o 04, Novembro de 2009 - www.sintufpa.com.br. IX CONSINTUFPA SINTUFPA agora é SINDTIFES E m um Congresso bastante representativo, com participação de todos os setores da UFPA, representados por 120 delegados, a categoria tomou uma série de decisões impor- tantes para avançar no processo de reorganiza- ção sindical dentro da Universidade, tendo em vista a luta constante pela manutenção e am- pliação dos direitos dos técnicos-administrati- vos da instituição, constantemente ameaçados pelo Governo Federal. Reenquadramento dos aposentados pode estar perto A distorção ocorreu com transposição de alguns servidores para a nova carreira em 2005: indo para uma classe inferior, por causa dos no- vos critérios de enquadramento, eles tiveram uma redução sala- rial considerável ao se aposen- tar. Mas essa situação começa a mudar, depois que algumas Universidades reconheceram o direito ao Reenquadramento. Na UFPA, o Sindtifes coloca o as- sunto em pauta. Servidores param por três dias para cobrar acordos de greve E m uma paralisa- ção de três dias (24, 25 e 26), os técnicos-administrati- vos da UFPA cobraram do governo acordos de greve, reajuste do auxílio-alimentação de R$ 134, para R$ 630, além da ante- cipação do reajuste da tabela de 2010, de julho para janeiro. Setores como Bil- bioteca Central (foto), Editora, Reformas na Sede Campestre trazem mais conforto ao associado Sindtifes conquista bolsa para docentes e técnicos- administrativos Sindicato defende racionalização para corrigir distorções na carreira 20 anos da queda do Muro: A Revolução que mudou o mundo Pág.10 Pág.02 Pág.05 Pág.06 Pág.03 Pág.04 e 07 protocolos e RU atenderam ao chamado do Sindicato e para- lisaram as atividades.

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Jornal do Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Pará

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Page 1: Jornal do Sindtifes

JORNAL doPublicação do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-Administrativos nas

Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Pará - Ano II, no 04, Novembro de 2009 - www.sintufpa.com.br.

IX CONSINTUFPA

SINTUFPA agora é SINDTIFESEm um Congresso bastante representativo,

com participação de todos os setores da UFPA, representados por 120 delegados,

a categoria tomou uma série de decisões impor-tantes para avançar no processo de reorganiza-ção sindical dentro da Universidade, tendo em vista a luta constante pela manutenção e am-pliação dos direitos dos técnicos-administrati-vos da instituição, constantemente ameaçados pelo Governo Federal.

Reenquadramento dos aposentados pode estar perto

Adistorção ocorreu com transposição de alguns servidores para a nova

carreira em 2005: indo para uma classe inferior, por causa dos no-vos critérios de enquadramento, eles tiveram uma redução sala-rial considerável ao se aposen-tar. Mas essa situação começa a mudar, depois que algumas Universidades reconheceram o direito ao Reenquadramento. Na UFPA, o Sindtifes coloca o as-sunto em pauta.

Servidores param por três dias para cobrar

acordos de greveEm uma paralisa-

ção de três dias (24, 25 e 26), os

técnicos-administrati-vos da UFPA cobraram do governo acordos de greve, reajuste do auxílio-alimentação de R$ 134, para R$ 630, além da ante-cipação do reajuste da tabela de 2010, de julho para janeiro. Setores como Bil-bioteca Central (foto), Editora,

Reformas na Sede

Campestre trazem mais conforto ao associado

Sindtifes conquista bolsa para docentes

e técnicos-administrativos

Sindicato defende

racionalização para corrigir distorções na

carreira

20 anos da queda

do Muro: A Revolução

que mudou o mundo

Pág.10 Pág.02 Pág.05 Pág.06

Pág.03

Pág.04 e 07

protocolos e RU atenderam ao chamado do Sindicato e para- lisaram as atividades.

Page 2: Jornal do Sindtifes

É uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores Tácnicos-Administrativos nas Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Pará (Sindtifes). Ano II, Número 04, Novembro/Dezembro de 2009. Sede Administrativa: Rua Augusto Corrêa s/n. Campus do Guamá, Setor Básico, Altos do Vadião. Fones: (091) 3249-5117 / 3249-0884. Endereço eletrônico: www.sintufpa.com.br/e-mail: [email protected]/[email protected]. Tiragem: 2.000 exemplares.Assessor de Comunicação: John Charles C. Torres (Reg. Prof. 1.449 DRT-PA) [email protected] / (91) 9616-1865 / 8117-3515. Edição, diagramação e projeto gráfico: Mídia Alternativa. Fotos: Ascom/Sintufpa. Estagiário: Maurício Santos.DirEtoriA ColEgiADA: Coordenação geral: Ângela Soares de Azevedo, Cileide gomes da Motta e João Carlos da Silva Santiago. Coordenação de Admistração e Finanças: Adriano Dias tenório, raimundo Santos Pinheiro. Coordenção de Assuntos Jurídicos: raimundo lisboa da Costa e Paulo Sergio Braga. Coordenação Social, Esporte, Cultura e lazer: Zila Camarão, raimundo Nonato Salgado. Coordenação de formação e política sindical: Marcos Soares e Afonso Modesto. Coordenação de política social, educação, meio ambiente e saúde do trabal-hador: Kátia rosangela de Souza e terezinha de Jesus da Silva. Coordenação de comunicação social: Cláudio renato da rocha e Sérgio gonçalves lima. Coordenação de aposentados: Adolfo Pereira lima e ivanilde Pinheiro da Silva. Suplentes: José Maria Sampaio, Elenice lisboa, rui da Silveira, Celso ricardo da Silva. gestão VAMoS À lUtA 2008-2010.

EDITORIAL

Está nascendo uma nova Central Sindical Classista e de Luta

No calor das lutas do segun-do semestre, onde bancá-rios, metalúrgicos, correios

e servidores federais realizaram greves e paralisações, tivemos dois fatos que marcaram o movi-mento sindical e nosso sindicato em particular: o IX Congresso do Sintufpa e o Seminário Nacional de Reorganização Sindical.

O IX Congresso do Sindicato reuniu-se sob o signo da reorgani-zação sindical, e foi um Congres-so vitorioso do ponto de vista polí-tico, pois, assim como a Fasubra, deliberamos desfiliar o Sintufpa da CUT, e abrir um debate até abril de 2010 sobre que alternati-va teremos de central sindical.

Além de votar um Plano de Lutas que arma nossa categoria para o próximo período, os de-legados presentes deliberaram, após uma discussão de mais de um ano, a mudança de nome do sindicato. A partir de agora sere-mos SINDTIFES, e congregare-mos todos os trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Pará. Será um novo nome, mas permanece-remos com a mesma combativi-dade.

O outro evento importante foi

a realização do Seminário Nacio-nal de Reorganização Sindical, nos dias 1 e 2 de novembro, em São Paulo, onde cerca de mil tra-balhadores, organizados na Con-lutas, Unidos Pra lutar, Intersindi-cal, MTL, MTST, Pastoral Operá-ria, Coletivo MAS, deixando diver-gências acerca de concepção de central sindical para os debates vindouros, decidiram fundar uma nova central sindical em junho de 2010. Essa foi a maior vitória do movimen-to sindical brasileiro, órfão que e s t a v a de um or-gan ismo c e n t r a -l i z a d o r das lutas, após a traição e incorporação da CUT ao governo Lula. O Sindtifes estava presente nesse momento histórico.

Como parte das mobilizações que percorrem o país, onde a ini-ciativa privada, segundo o DIEE-SE, tem feito o maior número de greves desde 2008, os servidores federais e a Fasubra em particu-

lar, voltaram a se manifestar com paralisações nacionais. Como o governo quer descarregar nas costas dos trabalhadores a fatu-ra da crise econômica mundial, os servidores federais da base da Condsef e da Fasubra entraram em movimento pelo cumprimento dos acordos de greve e pelo rea-juste do auxílio-alimentação. Hou-ve paralisações nos dias 1º, 15 e 16 de outubro na base da Cond-sef e no dia 21/10 nas universida-

des. Como o governo se mostra i n t r a n s i -gente, a P l e n á r i a da Fasu-bra está apontan-do três dias de para l isa -

ção para 24, 25 e 26 de novem-bro. Desde já convocamos os ser-vidores a aderirem à paralisação nacional.

O SINDTIFES não está alheio aos principais acontecimentos mundiais e nacionais, e não deixa-mos passar em branco o principal acontecimento do final do século

XX, a queda do “Muro de Berlim”, realizando um debate para mos-trar que quando os trabalhadores querem eles derrubam qualquer “muro” seja dos burocratas sin-dicais, seja da exploração do ca-pitalismo, contrapondo-se a dita morte do “socialismo”. E por con-ta disso, o SINDTIFES estará pre-sente no Fórum Social Mundial em Porto Alegre, nos dias 25 a 29, em seu 10º aniversário, para dizer que “Um outro Mundo é Pos-sível”, um mundo onde os traba-lhadores governem, um mundo socialista.

Por fim, em meio à disputa eleitoral de 2010 que se avizinha, abriremos os olhos dos trabalha-dores para a falsa polarização en-tre petistas e tucanos, e discuti-remos uma alternativa de classe, de esquerda para o conjunto da classe trabalhadora, que garanta salário, emprego, reforma agrá-ria, saúde e educação, contra o “ecocapitalismo” do PV e Marina. Que todos façam este debate co-nosco.

Desde já um ano de 2010 cheio de realizações para todos, com muitas lutas e vitórias, e a continuidade do projeto de mu-dança em nosso sindicato.

No Conselho Universitário do dia 08/10, que discutiu os relatórios de atividades da FA-DESP dos anos 2007 e 2008, o Sintufpa abriu o debate sobre a necessidade dos professores e técnico-administrativos que cur-sam pós-graduação no Campus UFPA terem direito a receber Bolsas de Estudo. Fruto desse debate, o Sintufpa, através do coordenador geral, João Santia-go, reuniu com o diretor da Fa-desp, João Guerreiro em duas ocasiões, sobre a viabilidade da proposta apresentada pelo sindicato. Na primeira reunião (09/10), o diretor da Fadesp disse que não há nenhum impe-dimento legal para este pleito, e pediu que o sindicato fizesse um levantamento junto à Pro-

Sindtifes conquista bolsa para docentes e técnicos

pesp do quantitativo de docen-tes e técnicos nessa condição. Já, na segunda reunião (14/10), o Diretor da Fadesp comunicou que havia levado nossa proposta para o Reitor Carlos Maneschy e que o mesmo havia concordado com a mesma, e que no próximo Edital da Fadesp, os docentes e técnicos “Sem-Bolsa” seriam contemplados. Ficaria faltando especificar os valores das bol-sas. O Sindtifes reivindicou estar presente na discussão para aju-dar com propostas de valores. Esse é o melhor presente que podemos dar aos nossos profes-sores no seu dia e também aos nossos técnicos-administrati-vos. Agora, é acompanhar para que de fato seja efetivada nossa proposta.

Apos a greve de 2007, como forma de criminalizar o movimento e perseguir os trabalhadores, o en-tão diretor do HUJBB, Luiz Moraes, abriu um processo de sindicância contra os trabalhado-res, Ângela Azevedo (coordenadora geral do Sindtifes), Cláudio Renato (diretor de Co-municação do Sindti-fes, na foto ao lado), e Floreci Sales (ser-vidora fundacional). Como não conseguiu ter êxito, Luiz Moraes procurou atacar novamen-te os servidores com a abertura de Processo Administrativo na Rei-toria. No entanto, mais uma vez o processo não deu em nada.

Não contente com as duas

Ex-diretor do HUJBB quer criminalizar trabalhadores

derrotas, o ex-diretor do HUJBB abriu um Inquérito Policial (nº 0297/2008-4 – SR/DPF/PA) na Superintendência da Policia Fe-deral. Assim, no dia 13/11 os tra-

balhadores tiveram que comparecer em audiência que tra-tou sobre o tema. Os trabalhadores foram acompanhados da assessoria jurídica do sindicato. Diante do fato, o Sindtifes reafir-

ma não arredar um milímetro na luta em defesa dos direitos dos trabalhadores da UFPA, e não as-sistirá calado ao odioso processo de criminalização desencadeado pelo governo Lula e seus aliados nos Estados.

Novembro/200902 JORNAL DO

JORNAL DO

Page 3: Jornal do Sindtifes

Reenquadramento dos aposentados...a um passo da vitória!

Quando foi publicada, no ano de 2005, a lei 11.091/05, que criou uma nova carreira

para os servidores técnicos-admi-nistrativos das IFES, esta acabou gerando uma das maiores distor-ções da história contra uma parce-la de nossa categoria: os servidores aposentados, que viriam a ser pre-judicados por serem enquadrados em níveis abaixo do que deveriam ser, caso fossem tratados de forma isonômica pela lei, em relação aos servidores da ativa. Essa distorção ocorreu por que a lei 11.091/05, quando foi publicada, não previa o aproveitamento do tempo de servi-ço dos servidores aposentados em outras esferas do Serviço Público, considerando-o apenas para os servidores da ativa, ferindo assim o princípio da paridade entre ativos e aposentados.

Como todos sabem, a con-tagem de tempos anteriores de serviço – a qual tem reflexo, entre outros, na progressão funcional –,

é um direito legítimo, não apenas dos funcionários públicos, mas de qualquer trabalhador, inclusive da iniciativa privada. Sem esse tempo contabilizado, os servidores foram enquadrados em níveis abaixo do que deveriam ficar, caso a conta-gem do tempo anterior fosse feita, o que provocou uma redução sala-

rial significativa, em relação aos co-legas da ativa, na nova carreira.

Felizmente, um servidor apo-sentado da UFPR, Jorge Tadeu Ne-galli, percebendo que havia sido lesado, entrou sozinho, ainda em 2005, com um recurso adminis-trativo junto ao Conselho Superior daquela Universidade, conseguin-

do o seu reenquadra-mento e a extensão para todos os servi-dores aposentados prejudicados. Daí em diante, trabalhadores aposentados de vá-rias IFES, através de seus sindicatos, têm

se mobilizado para reverter essa perda, recorrendo às Admi-nistrações Superiores de suas Universida-des. Pelo menos em quatro delas, os apo-sentados já lograram vitórias: Universidade

Federal Fluminense (UFF) Universi-dade Federal de Santa Maria (RG), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e finalmente na Universi-dade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, onde o Conselho Superior daquela Universidade deu ganho de causa para os aposentados no dia 17 de agosto deste ano.

Aqui na UFPA, o Sindtifes (ain-da Sintufpa) deu início a essa luta no dia 06 de novembro do ano passado, por ocasião da Parali-sação Nacional da Fasubra, ao in-cluir, na pauta local de reivindica-ções apresentada ao então reitor Alex Fiúza de Melo, a proposta de Reenquadramento dos Aposenta-dos pelo último nível da carreira. Naquela ocasião, o ex-reitor havia prometido que um estudo jurídico seria encaminhado para ser apre-sentado à categoria, e caso não houvesse nenhum obstáculo jurí-dico, a situação seria resolvida em favor dos aposentados. O reitor engavetou nosso pedido por seis meses.

Em maio deste ano, obriga-mos o reitor a se posicionar oficial-mente, através do nosso recurso administrativo ao Conselho Uni-versitário, protocolado no dia 06 de maio de 2009. Como era espe-rado, a Procuradoria da UFPA, bra-ço do governo no interior das IFES, vetou nosso pedido administrativo no final de julho, o que nos obrigou a fazer um recurso direto ao CON-SAD para que apreciasse nossa reivindicação.

Com a mudança na reitoria da UFPA, em julho de 2009, o Sindica-to retomou as negociações, já com o Prof. Carlos Maneschy. Na pri-meira audiência de agosto, o novo reitor se comprometeu a estudar a reivindicação. Na Abertura do Congresso do Sintufpa, em 21.10, o Sindicato cobrou publicamente

Na UFPA, conquista aguarda apenas posição do Consad

do reitor e novamente o mesmo se comprometeu e colocar o proces-so em votação no CONSAD. Final-mente, na audiência do dia 13.11 entre o sindicato e o Reitor, ouvida a exposição técnica do sindicato, o Prof. Maneschy se comprometeu a colocar na pauta do CONSAD, para

ser votado, o que para nós signifi-ca uma grande vitória.

Caso conquistemos a vitória no dia 19.11, os ganhos econô-micos para vários aposentados serão significativos, como o caso do aposentado Raimundo Lúcio de Souza Brito (veja foto), que foi

aposentado na Lei nº 7596/87 (PUCRCE) como Assistente Admi-nistrativo (C-VI) no teto, no último nível, mas quando da transposi-ção para a nova carreira, Lei nº 11091/2005 (PCCTAE), o mesmo foi posicionado na Classe D, Pa-drão de Vencimento 11; ou seja, mesmo tendo se aposentado no teto, teve se padrão de vencimen-to reduzido em 5 (cinco) níveis, o que dá uma diferença salarial de quase R$ 1.000,00, fora o retroa-tivo. É desse ganho que estamos falando, é essa injustiça que que-remos corrigir.

Nesse sentido, o Sindtifes está promovendo a campanha: “Direito Adquirido, Direito Garanti-do, Reenquadramento Já para os Aposentados da UFPA”. Como par-te desta política, o Sindicato não poupou esforços para enviar uma delegação de 22 aposentados para o Encontro Nacional de Apo-sentados da FASUBRA, ocorrido nos dias 10, 11 e 12 de novembro em Brasília, que tinha como pauta central o Reenquadramento ou Re-posicionamento dos Aposentados. Como os setores da Fasubra liga-dos ao grupo Tribo não estão en-caminhando em suas bases essa reivindicação achamos importan-te levar o máximo de aposentados para fazerem a experiência com todos os seus dirigentes.

A vitória está perto, mas só ocorre com a união e participação da categoria como um todo: ativos e aposentados.

JORNAL doNovembro/2009 03

Lançamento da campanha pelo Reenquadramento. Acima, Coquetel dos Aposentados; abaixo, novo reitor fala sobre o tema.

Sindicato entra com Recurso Administrativo na UFPA Raimundo Lúcio, que caiu do último nível para a classe D

Acima, contracheques de servidor da UFF, antes e depois do reenquadramento, aprovado na IFES.

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Dentre essas decisões está a mudan-ça de nome do Sindicato, que agora passa a se chamar Sindtifes (Sindica-

to dos Técnicos-Administrativos das Institui-ções Federais de Ensino Superior no Estado do Pará). A mudança de nome nada mais é que a alternativa encontrada pela atual dire-ção para sobreviver ao Decreto nº 6.386, de 29 de fevereiro de 2008, que obrigou a am-pliação da base do sindicato, sob pena deste perder a sua rubrica no sistema Siape, sem a qual não poderia continuar recebendo as contribuições dos associados.

O referido decreto determinou um prazo de 180 dias para que as entidades sindicais cumprissem os requisitos do art. 10º, o qual prevê que a entidade deve “estar regularmen-

Em um Congresso bastante representativo, com participação de todos os setores da UFPA, representados por 120 delegados, a categoria tomou uma série de decisões importantes para avançar no processo de reorganização sindical dentro da Universidade, tendo em vista a luta constante

pela manutenção e ampliação dos direitos dos técnicos-administrativos da instituição, constantemente ameaçados pelo Governo Federal.

Delegados aprovam saída da CUTUm dos momentos mais polêmicos do Con-

gresso foi o debate sobre a desfiliação da CUT, haja vista que, apesar da evidente paralisia e governismo da central petista, que prefere pro-teger o governo a enfrentar-se de fato com ele para defender os direitos do funcionalismo, ainda existem companheiros que reivindicam a manuten-ção do Sindicato nas fileiras da CUT, como o coletivo Tri-bo, que alegou ser esta “a maior central da América Latina”.

Para os que defenderam a saída da central governis-ta, como a atual direção do Sindicato, a “capacidade de negociar” não é privilégio da CUT. Segundo, Wellington Cabral, presidente do Sindicato dos Químicos do Rio de Janeiro e da Executiva Na-cional da Conlutas, os sindicatos de esquerda também negociam muito, só que “não abrindo mão das mobilizações, como tem feito a CUT; ao contrário procuramos colocar a disposição de luta dos trabalhadores na mesa de negocia-ção com os patrões; assim negociamos de igual

Como existe, entre importantes setores de trabalhadores brasileiros, o debate sobre a cria-ção de uma nova central sindical de esquerda, classista, ampla, plural, democrática, combativa, de massas, e que tenha a unidade como valor es-tratégico e se paute no trabalho de base, os de-legados ao Congresso aprovaram a proposta de acompanhar esse debate, na perspectiva de que o Sindtifes filie-se à nova central a ser criada, que deve nascer da fusão de Conlutas e Intersindical – as duas centrais que atualmente enquadram-se no perfil acima – capaz de oferecer resistência, à altura, às propostas de retirada de direitos fre-qüentemente trazidas à tona pelo governo Lula e sua base aliada conservadora, corrupta e fisioló-gica no Congresso Nacional. E para ampliar esse

Reenquadramento dos aposentadosUma campanha de âmbito nacional vem

sendo desenvolvida por servidores de várias universidades para corrigir uma distorção cria-da com a publicação da lei que instituiu a nova carreira dos técnicos, a qual deixou em níveis abaixo do que deveria, centenas de servidores aposentados: é a campanha pelo REENQUA-DRAMENTO. Nesse sentido, o foi aprovada a realização urgente desta campanha no âmbito da UFPA, como já foi feito em outras universi-dades, como as federais UFF, Santa Maria e Vi-çosa, onde a distorção já foi corrigida, em nível administrativo, sem precisar acionar a justiça.

Várias questões específicas afloraram du-rante os painéis, GTs e plenária sobre a carrei-ra dos técnicos-administrativos da UFPA. Abai-xo, seguem as principais deliberações sobre o tema.

• Racionalização dos cargos, com novas nomenclaturas, hierarquizações, aglutinações e definições claras de atribuições e requisitos, especificamente dos motoristas e auxiliares de enfermagem.

• Paridade entre ativos, aposentados e pensionistas.

• Concurso público para todas as classes e cargos e para os HU’s.

• Contra o emprego público.• Adicionais de titulação para todas as

carreiras e classes.• Contratação pelo Regime Jurídico único.

Por uma nova central dos trabalhadores brasileiros

te constituída”, e “possuir escrituração e regis-tros contábeis conforme legislação específica” e “possuir regularidade fiscal comprovada”. Ou seja, o sindicato, para continuar com sua rubrica no Siape, deve ter seu estatuto confor-me o que determina a lei, além de ter a posse da Carta Sindical, ou pelo menos, seu pedido encaminhado ao Ministério do Trabalho.

Portanto, mudar de nome naquele mo-mento era uma questão de sobrevivência para o sindicato. E isso foi feito através de uma As-sembléia Geral da categoria, realizada no dia 19 de agosto de 2008. Entretanto, essa mu-dança precisava ser referendada por um fórum maior, que é o Congresso do Sindicato, o que foi feito, depois de amplo e democrático deba-te. Portanto, o Sintufpa agora é Sindtifes.

pra igual”, defendeu.Para Marcos Soares, da direção do Sindti-

fes e da direção nacional da Intersindical, a desfiliação da CUT “é a finalização de uma eta-pa, que é conseqüência do processo de cons-cientização da categoria, a qual, hoje, não tem

mais dúvida de que essa central não representa mais os interesses da classe tra-balhadora brasileira”.

E foi com esse entendi-mento que a saída do Sindti-fes da CUT foi aprovada na plenária final do Congresso, com mais do que o dobro dos votos contrários. “Essa foi a

demonstração de que os trabalhadores técnicos-administrativos da UFPA não viam mais sentido em permanecerem filia-dos a essa central”, reve-la Ângela Azevedo (foto), coordenadora-geral do Sindtifes.

PROPOSTAS PARA OS APOSENTADOSAssistência à saúdeFoi aprovado ainda a luta do Sindicato

para que os Hospitais Universitários disponi-bilizem aos servidores da ativa e aposenta-dos e seus dependentes todo o portfólio de atendimentos, principalmente para aqueles que não possuem plano de saúde, bem como que o HUJBB disponibilize duas enfermarias para casos específicos de funcionários apo-sentados.

Vale-refeiçãoFoi aprovado também que o Vale-refeição

seja estendido aos aposentados, e que este assunto seja incluído no Plano de Lutas.

PROPOSTAS PARA A CARREIRA

JORNAL do

IX CONSINTUFPA

Congresso aprova mudança de nome e desfiliação da CUTSINTUFPA agora é SINDTIFES

Page 5: Jornal do Sindtifes

Em um Congresso bastante representativo, com participação de todos os setores da UFPA, representados por 120 delegados, a categoria tomou uma série de decisões importantes para avançar no processo de reorganização sindical dentro da Universidade, tendo em vista a luta constante

pela manutenção e ampliação dos direitos dos técnicos-administrativos da instituição, constantemente ameaçados pelo Governo Federal.

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Por uma nova central dos trabalhadores brasileiros

debate o Sindtifes deve investir em seminários, palestras, grupos de trabalho, edição de jornais, cartilhas, sites, que possam colocar os trabalha-dores da base a par desse processo.

A proposta de filiar-se a uma nova central fortaleceu-se com a realização do Seminário Na-cional de Reorganização Sindical, realizado nos dias 01 e 02 de novembro de 2009, em São Pau-lo, chamado por Conlutas e Intersindical, onde foi aprovada, para o mês de junho de 2010, a realização do Congresso de Fundação da Nova Central, confirmando a aproximação das duas centrais, que estão trabalhando para superar possíveis divergências e investir na construção dessa nova ferramenta de luta da classe traba-lhadora.

• Pelo Step constante.• Garantia de carreira única para todos

os níveis (apoiar a PEC 54).• Garantia de emprego dos fundacionais

no quadro de funcionário do MEC.• Piso salarial de três salários mínimos.• Luta pelo reajuste do auxílio-alimenta-

ção.• Cursos de qualificação para todos os

técnicos-administrativos: graduação, especiali-zação, mestrado, doutorado.

• Cursos em módulos com carga horária que garanta a utilização na exigência do PCC-TAE.

• Aumento dos níveis de capacitação.• Que a Fasubra assuma de fato a luta

dos fundacionais, apontando estratégias na garantia do emprego desses trabalhadores.

PROPOSTAS PARA A CARREIRA

JORNAL do

Congresso aprova mudança de nome e desfiliação da CUTSINTUFPA agora é SINDTIFES

Page 6: Jornal do Sindtifes

Nós, membros do Conselho Fiscal do Sin-dicato dos Trabalhadores da Universidade Fe-deral do Pará - SINTUFPA, gestão 2008-2009, após proceder à análise, fiscalização e confe-rência dos demonstrativos contábeis e finan-ceiros do SINTUFPA, relativos aos períodos de julho a dezembro de 2006, janeiro a dezembro de 2007 e janeiro a dezembro 2008, constata-mos que a prestação de contas estão dentro dos padrões e normas contábeis.

Após várias reuniões para análise dos documentos contábeis e de movimentação financeira do sindicato. Verificamos algumas ressalvas que passamos a citar:

1 – O cumprimento do estatuto de qual-quer entidade é fator sine qua non, para o seu pleno funcionamento, principalmente o de uma entidade sindical como é o SINTUFPA. Uma das questões de suma importância e que por esta razão é estatutária, a prestação de contas das ações realizadas pelo sindicato, deve ser cumprido rigorosamente conforme estabelece o Art. 14 – inciso V do Estatuto So-cial do SINTUFPA .

Portanto, além do quesito prestação de contas, é necessário que se faça cumprir tam-bém todas as prerrogativas, direitos e deveres contidos no escopo do Estatuto Social do Sin-dicato,

2 - No mês de julho do ano de 2006 constam vários pagamentos de corridas de táxi usufruídas por ex-coordenadores do SIN-TUFPA e por terceiros, com valores significan-tes (em média R$ 63,00/dia). Sugerimos que situações como estas não devem mais ocor-rer, a não ser em situações extremamente ne-cessárias, sabemos que em muitas ocasiões o sindicato necessita de transporte automo-tivo para poder desenvolver suas atividades, diante este fato, e em vista a variada e diver-sificadas atividades que são inerentes a uma Organização Sindical onde requer agilidade e celeridade, faz-se necessário e imprescindível que o SINTUFPA adquira um veículo automo-tivo utilitário, para que seja usado apenas e exclusivamente na prestação de serviços do sindicato

3 – No mesmo período constatamos também, que houve pagamentos referentes ao abastecimento de combustível em veículos de alguns ex-coordenadores com a justificativa de que estavam prestando serviços ao sindi-cato. É inadmissível que coordenadores, fun-cionários e demais associados da entidade se beneficiem com este tipo de prática.

4 - O descumprimento dos acordos em relação aos pagamentos de encargos sociais como FGTS e INSS, de convênios com su-permercados e farmácia e o não pagamento de empréstimo bancário contraído junto ao Banco Bradesco em 30/05/2006 acarretou em um sério problema de ordem econômico-financeiro ao SINTUFPA, pois isto ocasionou um elevado endividamento da instituição pre-judicando substancialmente a administração do sindicato. Neste sentido, enfatizamos que é imprescindível e extremamente prioritária a efetivação do pagamento dos encargos sociais do SINTUFPA, bem como a renegociação e pa-gamento das dívidas devidas;

5 – Empréstimos financeiros contraídos pelo SINTUFPA:

* UNICRED BELÉM - contraído em 12 de agosto de 2006, na ordem de R$ 23.000,000 (vinte e três mil reais) divididos em 05 par-celas (R$ 5.095,06), com juros de 3,59% ao mês, no dia 21 de fevereiro de 2007, na or-dem de R$ 60.000,000 (sessenta mil reais) divididos em 10 parcelas (R$ 7.402,25), com juros de 3,59% ao mês, em 12 de agosto de 2006, na ordem de R$ 56.000,000 (cinqüen-

ta e seis mil reais) divididos em 8 parcelas (R$ 8.264,30) com juros de 3,59% ao mês;

* Dr. Edvaldo Assunção Caldas – Em-préstimo financeiro através de Contrato Mútuo contraído em 27 de outubro de 2006 na or-dem de R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais) divididos em 16 parcelas sendo que a primeira no valor de R$ 540,00 e as demais (15) no valor de R$ 6.542,08 cada uma, com juros mensais de 1,5%;

* Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos – Empréstimo sem cobrança de juros, contraído em janeiro de 2008 no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais); e

* SINTRAJUD - Empréstimo sem cobran-ça de juros, contraído em janeiro de 2008 no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais)

Ressaltamos que apesar desses emprés-timos terem sidos contraídos para suprirem as necessidades do SINTUFPA, sugerimos que quando houver necessidade de se contrair empréstimos financeiros com valores signifi-cantes (acima de R$ 10.000,000) que haja o aval de todos os coordenadores do SINTUFPA e do Conselho Fiscal.

6 – A falta de planejamento para um bom desenvolvimento das ações a serem desempe-nhadas pelas coordenações do SINTUFPA difi-culta o andamento das atividades inerentes à instituição. A ausência desta importante ferra-menta administrativa, é notória quando obser-vamos que ações que deveriam ser realizadas de forma conjunta, estão sendo realizadas de forma isoladas, nesse contexto, conforme no-tado durante nossa análise dos documentos fiscais e contábeis do SINTUFPA podemos citar que algumas das atribuições que compete aos coordenadores Administrativos e Financeiros estão se confundindo com as atribuições da Coordenação Social no que se refere a admi-nistração financeira e contábil da sede cam-pestre. Esta situação pode ser resolvida se for colocado em prática o inciso IX do Art. 23 do Estatuto Social do SINTUFPA.

7 – Em relação a prestação de contas da sede campestre, em nosso relatório pre-liminar emitido em 23/03/2009 sugerimos alguns ajustes no que se refere a elaboração dos registros contábeis referente as receitas e despesas realizadas na mesma, observa-mos que houve uma ínfima melhora, pois, dos ajustes por nós solicitados alguns não foram resolvidos, como: A regularização do professor e dos alunos de natação e hidroginástica com a formalização de contrato de prestação de serviços; em relação ao aluguel da sede cam-pestre e do campo de futebol, faz-se neces-sário e obrigatório a emissão de recibo para que se possa ter um melhor acompanhamento contábil.

Ainda em relação a sede campestre, não são apenas estas questões acima mencio-nadas que nos preocupam, há outros fatores históricos que necessitam ser discutidos por todos associados, principalmente em relação ao custo benefício produzido em decorrência de seu funcionamento, pois, mesmo tendo como característica a não geração de lucros, e sim de promover o bem estar dos associados, é preciso refletir que a sua manutenção é bas-tante onerosa para as finanças do sindicato. Portanto, é necessário que se tenha uma am-pla discussão entre todos os associados em relação a funcionabilidade da sede campes-tre, pois, conforme acima mencionado, histo-ricamente a manutenção da sede campestre vem onerando as finanças do SINTUFPA;

8 – Em relação a documentação fiscal e contábil da sede administrativa, faz-se necessá-rio anexar as mesmas, cópia dos documentos de encargos sociais retirados para fiscalização,

Analisamos de forma positiva as iniciati-vas dos membros do Conselho Fiscal anterior (2004 – 2006), onde sugeriram a identifica-ção (por meio de numeração) dos documen-tos fiscais do SINTUFPA, possibilitando desta forma, um melhor controle dos mesmos, e das Coordenações do sindicato em relação ao cumprimento dos acordos referente aos paga-mentos dos encargos sociais (INSS e FGTS), e do controle de gastos dos orçamentos das Coordenações no exercício dos referidos perí-odos analisados.

As notas fiscais, recibos, cupões fiscais, duplicatas, e contratos diversos, encontram-se em bom estado e legíveis, com seus respec-tivos comprovantes de pagamento (cópias de cheques, recibos eletrônicos de autenticação) anexados e devidamente conferidos com os valores pagos apresentados nas notas.

Diante de alguma dúvida, foi realizada a devida explicação pela Assessora Contábil Drª Sandra Helena L. Neri, pelo Coordenador Administrativo e Financeiro do SINTUFPA Sr. Adriano Dias Tenório e pelo Sr. Ubiratan Perei-ra Marques.

Conclui: Por encaminhar para a Plenária Congressista do IX CONSINTUFPA para apre-ciação e aprovação, se for o caso, as contas Do SINTUFPA, referentes aos exercícios finan-ceiros de 2006 (julho a Dezembro), 2007 (ja-neiro a dezembro) e 2008 (janeiro a dezem-bro) ressaltando que foram analisados todos os balancetes e demonstrativos contábeis, e que não foi encontrada irregularidade que pos-sa comprometer as Direções que atuaram nos períodos acima referidos, porém, detectamos um agravante que ocasionou um sério dano a saúde financeira da entidade que foi o não cumprimento dos acordos de pagamento refe-rente a encargos sociais (INSS e FGTS) além de outros convênios com Supermercado e far-mácia por coordenadores da gestão anterior a de julho de 2006. Dessa forma, recomenda-mos a aprovação das contas analisadas com as devidas ressalvas.Belém, 20 de outubro de 2009.Pelo Conselho Fiscal:JOSÉ CARLOS DA SILVALUIZ ASSUNÇÃO SILVA CARNEIRO.

IX Consintufpa aprova as contas da Direção do Sindicato

REFERENTE À PRESTAÇÃO DE CONTAS DO EXERCÍCIO FINANCEIRO DO PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE JULHO DE 2006 A DEZEMBRO DE 2008.

Hoje a situação financeira do sindicato apresenta uma melhora significativa: a dívida gigantesca de mais de um milhão de reais, her-dada da gestão TRIBO, hoje está em torno de 140 mil reais, o que demonstra a seriedade que a atual gestão tem com o dinheiro do associado. Veja o atual quadro de despesas mensais do sindicato:

Dívidas que eram de R$ 1 milhão hoje estão em R$ 140 mil

DESCRIÇÃO DAS DESPESAS V A L O R

FOLHA DE PESSOAL (14 FUNCIONÁRIOS) R$ 17.000,00

FÉRIAS P/ MÊS R$ 3.000,00

INSS ( EMPREGADO/EMPREGADOR ) R$ 8.500,00

FGTS R$ 2.000,00

REFIS – NOVO PARCELAMENTO R$ 7.000,00

PLANO DE SAUDE (FUNCIONÁRIOS) R$ 1.500,00

RECARGA VALE DIGITAL (FUNCIONÁRIOS) R$ 1.500,00

SUBTOTAL (DESPESAS DE PESSOAL) R$ 40.500,00

ASSESSORIA JURIDICA R$ 3.500,00

ASSESSORIA CONTABIL R$ 1.755,00

ASSESSORIA DE IMPRENSA R$ 1.200,00

JEFFERSON ALVES – SISTEMA SIAPE R$ 500,00

REINALDO BARROS - INFORMATICA R$ 400,00

SUB-TOTAL (PRESTADORES DE SERVIÇOS) R$ 7.355,00

FASUBRA - MENSALIDADE R$ 3.850,00

TELEMAR R$ 1.200,00

REDE CELPA R$ 3.800,00

SENALBA R$ 100,00

DIEESE R$ 380,00

ECAD R$ 330,00

MATERIAL DE EXPEDIENTE (papel, tinta, faixas, etc.) R$ 1.500,00

AMAZON QUIMICA R$ 1.700,00

SUB-TOTAL (DESPESAS GERAIS) R$ 12.860,00

FASUBRA - NEGOCIAÇÃO R$ 1.700,00

GBOEX - NEGOCIAÇÃO R$ 855,00

AMAZON QUIMICA - NEGOCIAÇÃO R$ 1.625,00

EMPRESTIMO (PARCELADO) R$ 7.460,00

SUB-TOTAL (NEGOCIAÇÃO E EMPRESTIMOS) R$ 11.640,00

T O T A L R$ 72.355,00

R E C E I T A MENSAL: R$ 86.000,00

Novembro/200908 JORNAL DO

Page 7: Jornal do Sindtifes

O que parecia ser uma ame-aça, agora se transformou em pesadelo para os tra-

balhadores fundacionais. O Tri-bunal de Contas da União (TCU) deu um ultimato aos diretores de 45 Hospitais Universitários em todo o Brasil para que cumpram o Acórdão nº 1.520/2006, firmado entre o Tribunal e o Ministério do Planejamento (MPOG) em 2006, para que, até dezembro de 2010, todas as contratações “irregula-res” sejam substituídas concursa-dos.

Deve-se esclarecer que desde 2002, o TCU vem intimando os Mi-nistérios da Educação e do Plane-jamento, através dos Acórdãos nú-meros 276/2002, 1.571/2003 e 1.068/2004, para que procedam a essa substituição. Segundo o re-latório do TCU de 2004, o governo federal gastou R$ 7,3 bilhões em serviços terceirizados contra R$ 5,8 bilhões em 2003, o que re-presentaria um aumento de gasto na ordem de 26%. O número total estimado pelo TCU, em 2004, de terceirizados irregulares na admi-nistração federal, estaria na faixa de 55.000 trabalhadores.

A causa primeira dessa situa-ção é a política neoliberal imple-

Trabalhadores fundacionais estão ameaçados de demissão

Acórdão firmado entre TCU e Ministério do Planejamento em 2006, prevê que, até dezembro de 2010, todas as contratações “irregulares” sejam substituídas por novas contratações através de concursos públicos. Sindtifes defende incorporação aos quadros da UFPA.

mentada desde Collor, passan-do por FHC e chegando a Lula. O neoliberalismo é a doutrina do capitalismo que prega o “estado mínimo”, “enxuto”, sem empre-sas estatais produtivas ou com um quadro mínimo de servidores públicos, e tendo na terceirização sua base segura. De Collor a FHC houve uma redução substancial do número de servidores federais. Em 1989, havia 1.488.608 servidores ativos civis e empregados das Es-tatais; em 1995, ano em que FHC tomou posse, havia 1.216.037 ser-vidores públicos civis e estatais; no último ano do governo FHC, 2001, já eram somente 776.736, uma redução drástica de 48% dos ser-vidores civis e estatais. Houve um pequeno aumento de contratações no governo Lula, por pressão direta dos sindicatos e do TCU, chegando

a 200 mil novos servidores, mas que não repõe o quadro relativo a 1989.

Aliado às demissões em mas-sa e à não reposição de vagas, houve uma política criminosa de cortes permanentes no orçamen-to da saúde e da educação. A raiz dos problemas nos hospitais uni-versitários foi a falta de pessoal, por conta dessa política de enxu-gamento dos quadros, que nem o governo Lula conseguiu repor. Por conta disso, os gestores não tiveram outra alternativa a não ser deslocar as verbas de custeio (para compra de equipamentos, construções, aparelhos, etc) para o pagamento de pessoal terceiri-zado. É isso que explica o aumen-to do números de trabalhadores terceirizados, via fundações de apoio nos HU’s. Sem contar a dívi-

da acumulada de mais de 500 mi-lhões de reais com fornecedores.

Na UFPA, a situação é muito mais grave, pois o Hospital Barros Barreto (HUJBB), o único de refe-rência em AIDS, meningite, doen-ças infecto-contagiosas, no geral, possui em seu contingente de 1.000 trabalhadores quase 50% de fundacionais, todos ligados à FADESP, lotados no Hospital e no Restaurante Universitário. Desses trabalhadores, pelo menos a me-tade tem mais de 10 anos de tra-balho contínuo na UFPA, como é o caso de Dona Osmarina (foto, D), lotada no RU há 17 anos ou de Ro-sângela Faro (foto E) e Paulo Braga (Fotos A), também com o mesmo tempo de trabalho, sendo que to-dos prestaram concurso público à época.

Preocupado com a demis-são em massa dos trabalhadores (mais de 700 na UFPA), o Sindti-fes tem defendido em todos os fóruns e nas audiências com os reitores, a incorporação desses trabalhadores aos quadros da UFPA. No Seminário da FASUBRA sobre terceirização, realizado em março deste ano, os coordenado-res João Santiago e Cláudio Rena-to (Fadesp) defenderam a incor-poração, gerando uma polêmica no plenário, pois o Grupo Tribo e seus aliados não concordam com esta posição. No Seminário dos Fundacionais realizado em abril, na UFPA, a categoria votou a luta pelo emprego através da incorpo-ração aos quadros da UFPA; no XX Congresso da FASUBRA, realizado em maio, em MG, os diretores do Sindtifes defenderam esta posi-ção. Na Plenária Estatutária da Fasubra, ocorrida em 19 de se-tembro, novamente os diretores do Sindtifes defenderam a pro-posta; finalmente, essa proposta da incorporação aos quadros da UFPA foi aprovada no IX Congresso

Pela incorporação dos trabalhadores aos quadros da UFPAdo Sintufpa (agora Sindtifes), rea-lizado nos dias 21 a 23 de outu-bro passado. Sem contar que, nas duas audiências realizadas com o atual reitor Carlos Maneschy, o sindicato defendeu sua posição.

PoR qUE DEFENDEmoS A INCoRPoRAção

DoS TRABALHADoRES FUNDACIoNAIS?

Primeiro, porque não é uma proposta nova. A Constituição de 1988, no Ato das Disposições Transitórias”, em seu artigo 19, garantiu a incorporação ao servi-ço público de todos os que se en-contravam em situação parecida à dos trabalhadores fundacionais: “Art. 19. Os servidores públicos ci-vis da União, dos Estados, do Dis-trito Federal e dos Municípios, da administração direta, autárquica e das fundações públicas, em exer-cício na data da promulgação da Constituição, há pelo menos cin-co anos continuados, e que não tenham sido admitidos na forma regulada no art. 37, da Constitui-ção, serão considerados estáveis no serviço público”. Melhor defe-

sa da nossa proposta não poderia ter feito a Constituição de 1988. Quantos na UFPA não foram be-neficiados pela Constituição de 1988?

Segundo, porque a responsa-bilidade das contratações por um longo período, variando de 5 a 20 anos nos hospitais, é do Estado (na figura da União). O principal culpado é o Estado que perpetuou a situação dos trabalhadores.

Terceiro, porque ao invés do governo Lula romper com a lógi-ca neoliberal, acabou aprofun-dando-a, ao propor o PLP 92/07, que cria as Fundações Estatais de Direito Privado nos Hospitais Uni-versitários e no Serviço Público, e ao manter o superávit primário (economia de dinheiro para pagar juros e serviços da dívida públi-ca) às custas do corte no orça-mento da saúde e da educação, bem como dos projetos sociais. Um governo comprometido com os trabalhadores e a população pobre de nosso país deveria fazer da saúde sua primeira prioridade, garantindo pessoal concursado e

hospitais equipados. Sem contar que o governo Lula quer trocar seis por meia dúzia ao substi-tuir os fundacionais temporários, como está colocado no seu proje-to do REHUF, onde se prevê a con-tratação de 6.000 trabalhadores com contrato temporário.

No caso dos trabalhadores do RU, pelo menos 25 deveriam ser incorporados imediatamente, pois prestaram Concurso Público para a UFPA em 1993, por ocasião da inauguração do Restaurante, e fo-ram ludibriados pelo reitor da épo-ca, Marcos Ximenes. Essa primei-ra justiça precisa ser feita imedia-tamente. Para os demais, defen-demos a incorporação no mesmo espírito da Constituição de 1988, e para os que tem menos de cin-co anos de Fundação, a garantia da pontuação por experiência nos concursos públicos.

Do contrário, milhares de pais e mães de família, com mais de 10 anos de serviços na UFPA e ou-tras universidades, serão jogados na vala comum dos desemprega-dos. Entre nessa luta conosco.

JORNAL doNovembro/2009 09

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Novembro/200910 JORNAL do

No último período a sede campestre do Sindtifes está mudando. Graças a

uma política ousada da nova ad-ministração, os associados vol-taram a freqüentar esse espaço, que há muito tempo vinha sendo abandonado. O retorno à sede campestre ocorre principalmen-te por que a atual diretoria vem dando uma cara nova ao espaço e desenvolvendo novas ativida-des, no intuito de proporcionar ao associado um melhor lazer. Para conhecermos essas mudanças, o Jornal do Sindtifes entrevistou a coordenadora social de Espor-te, Cultura e Lazer do Sindicato, Zila Camarão, que está à frente da nova administração da sede campestre.

Jornal: Como foi possível fa-zer os associados voltarem a fre-qüentar a sede campestre?

Zila: Para conseguirmos tra-zer de volta os associados, tive-mos duas iniciativas. Uma foi fa-zer uma boa divulgação das ati-vidades, colocando faixas em vá-rios espaços da UFPA, no HUJBB, divulgando os eventos no site e nos informativos do sindicato e no divulga; distribuindo convites a todos os associados. A outra foi a realização de atividades mais atrativas, e reabrindo a sede cam-pestre às sextas-feiras.

Jornal: O que tem de novo para os associados na sede cam-

Sede Campetre está de cara nova

pestre? Zila: Desde o mês de maio,

reabrimos a sede campestre às sexta-feiras, a partir das 17h, sempre com mú-sica ao vivo, onde o associado pode levar a família para curtir a arena de bola, a pis-cina, além de uma bem gelada cerveja e

A Comissão de Esporte e La-zer dos Servidores da UFPA em conjunto com o Sindicato dos Tra-balhadores da UFPA (Sindtifes) convidam a todos os trabalha-dores da UFPA a participarem da 1ª Copa do Servidor da UFPA. As inscrições encontram-se abertas na sede administrativa do Sindi-cato, nos altos do Vadião, ou com Zé Maria ou Salgado, pelos fones (91) 9971-4178 / 8206-4673. Cerca de 10 equipes estão sen-do esperadas pela coordenação do evento, cujas rodadas serão realizadas sempre às sextas-fei-ras, 18h, e aos sábados, às 16h, na sede campestre do Sindicato,

Sindtifes promove primeira Copa do Servidor da UFPAna Avenida Dalva, 89, próximo o final da linha do Djalma Dutra. O objetivo do evento, segundo a coordenação, é a in-tegração dos traba-lhadores através de práticas esportivas. A abertura foi no dia 30 de outubro.

Os vencedores farão jus à seguinte premiação em di-nheiro: R$ 1.000 para o primeiro colocado; R$ 500 para o vice; R$ 250 para o terceiro lugar e R$ 150 para o quarto. No site do Sindtifes

Escalada a delegação que vai à Copa Fasubra, no RJA Copa Fasubra de Futebol de

Campo e Futsal acontecerá entre os dias 04 e 12 de dezembro no Rio de Janeiro. O Sindicato será representado por uma delegação de 33 trabalhadores da UFPA e FADESP, associados ao Sindtifes, os quais participarão das duas modalidades. Ao lado, a relação dos Atletas e Comissão Técnica, que representarão a UFPA no cer-tame. Boa Sorte! “Turma do Esporte”, diretores que batalham para integrar a categoria,

através da prática esportiva: Salgado, Zé Maria e Adriano.

o toc-toc. E nos sábados e domin-gos mantêm-se o início às 10 da

manhã e terminando às 17h.

Jornal: Como se encontra hoje o espa-ço físico?

Zila: Antes das fé-rias iniciamos uma re-forma em vários espa-ços da Sede, que foi pintada internamente

dando um visual novo ao espaço. Jornal: Como é realizado o

controle de entrada dos associa-dos e convidados?

Zila: Os associados podem entrar no espaço com sua identifi-cação (carteirinha do sindicato ou contracheque), e para seus con-vidados, os convites podem ser adquiridos na sede administrati-va do sindicato (altos do Vadião) e sede campestre.

Jornal: Suas considerações finais...

Zila: Estamos nos empenhan-do, sem medir esforços, para transformar o nosso espaço social de Esporte, Cultura e Lazer, em um ambiente de maior seguran-ça e conforto. A contribuição de cada sócio com o bom andamen-to de nosso trabalho é de grande importância, fiscalizando e de-nunciando imediatamente à coor-denação ou funcionários da sede, atos de vandalismo e destruição, que ocorrem nas dependências da sede, por pessoas que não têm compromisso e nem respeito por nosso trabalho. A responsabi-lidade na devolução de porta-gar-rafa, taças, pratos e talheres evi-ta a compra de novos utensílios, aumentando a possibilidade de investimento e realização de no-vos trabalhos. Lembrando ainda, que não existe nada mais impor-tante na sede campestre do que a presença do sócio.

Fachada da Sede Campestre do Sindtifes, na avenida Dalva, próximo ao fim da linha do Djalma Dutra.

Playground recém-construído: uma opção de lazer a mais para as crianças, além da piscina infantil.

Diretora Social, Zila Camarão.

Fotos: John Charles Torres.

– www.sintufpa.com.br – encon-tram-se disponíveis o Regulamen-to, a Ficha de Inscrição, bem como o calendário e resultado dos Jogos das Rodadas.

JoGoS DAS RoDADASDIA 06/11/2009 (SEXTA FEIRA)JOGO ÚNICO: IG X SINDTIFESDIA 13/11/2009 (SEXTA FEIRA)1º JOGO: HUJBB X PROAD2º JOGO: GRÁFICA X ICSDIA 20/11/2009 (SEXTA FEIRA)1º JOGO: IG X PROAD2º JOGO: GRÁFICA X SINDTIFESDIA 21/11/2009 (SÁBADO)JOGO ÚNICO: HUJBB X ICSDIA 27/11/2009 (SEXTA-FEIRA)1º JOGO: GRÁFICA X PROAD2º JOGO: HUJBB X SINDTIFESDIA 28/11/2009 (SÁBADO)JOGO ÚNICO: IG X ICSDIA 12 OU 13/12/20091º JOGO: 1º CHAVE A X 2º CHAVE B2º JOGO: 1º CHAVE B X 2º CHEVE ADIA 18/12/2009 (SEXTA-FEIRA)DISPUTA DO TERCEIRO LUGARDIA 20/12/2009 (DOMINGO)JOGO FINAL

Jogo da rodada do dia 20/11, entre Gráfica e Sindtifes.

ATLETAS: 1- ABRÃO TAVARES DA SILVA 2- ADRIANO DIAS TENÓRIO 3- ADRIANO REIS DE AMORIM 4- ADEMIR SANTA BRÍGIDA LISBOA 5- ALCEBÍADES NORMAN CUNHA GOMES 6- ANTÔNIO CARLOS DA SILVA SANTOS 7- CELSO HENRIQUE PINTO DE ANDRADE 8- DIRCEU RIBEIRO PALHETA 9- EURICO GEMAQUE RAMOS FILHO 10- FRANCISCO JOSÉ SAMPAIO DOS SANTOS 11- JOÃO CARLOS LOBATO DA SILVA 12- JOÃO NOGUEIRA LOURINHO JUNIOR 13- JOSÉ DE ATAÍDE DE LIMA 14- JOSÉ LUIZ LUZ SOUZA 15- LIBÓRIO LÚCIO AMORIM BARRETO 16- LUCAS AYRES CARDOSO 17- MARCELO AFONSO PENA LIMA

18- MATHEUS BRAGA FURTADO 19- MIGUEL ATAÍDE DE LIMA 20- MILTON CARLOS SILVA 21- MOISÉS ALMEIDA DE MENEZES 22- NELSON GILVANDRO RODRIGUES SODRÉ 23- OTÁVIO SOCORRO MACHADO BAIA 24- PAULO SÉRGIO DE ALMEIDA BRAGA 25- RAIMUNDO CORREA DA SILVA 26- RAIMUNDO NONATO NASCIMENTO 27- RAIMUNDO RONALDO LISBOA DA COSTA 28- REGINALDO FARIAS COMISSÃO TÉCNICA 1- RAIMUNDO NONATO DE ARAUJO SALGADO – COORD. DE ESPORTE 2- REGINALDO MORAES DE LIMA – TÉCNICO 3- JOSÉ EDUARDO DO ROSÁRIO – AUXILIAR TÉCNICO

4- JOSÉ AUGUSTO ALVES DOS SANTOS – PRE-PARADOR FÍSICO 5- OSMARINO AVELAR DOS SANTOS - MASSAGISTA