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Dia 30 de agosto, novamente a classe trabalhadora vai mostrar sua força! Vamos construir uma grande paralisação nacional dos serviços públicos para mostrar para o governo Dilma que queremos melhorias reais, e não promessas vazias! 30 de agosto: Dia Nacional de Paralisações Greve à vista: acompanhe nesta edição os preparativos para a Jornada de Lutas de Agosto convocada pela FASUBRA e pelas centrais sindicais! Em setembro pode ser deflagrada uma greve por tempo indeterminado! JORNAL DO SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DO TERCEIRO GRAU PÚBLICO DE CURITIBA, REGIÃO METROPOLITANA E LITORAL DO ESTADO DO PARANÁ JORNAL DO SINDITEST.PR Gestão MUDANDO O RUMO DOS VENTOS Envelopamento fechado pode ser aberto pela ECT EDIÇÃO 07 - ANO 21 AGOSTO DE 2013 Mudou-se Falecido Ausente Desconhecido Não procurado Recusado CEP errado End. Insuficiente Não existe o nº indicado Inf. Porteiro / sindico Outros Reintegrado ao seviço postal em: / / Responsável: Impresso Especial 3600173954/2008/DR/PR SINDITEST-PR CORREIOS DEVOLUÇÃO GARANTIDA CORREIOS LEIA MAIS NAS PÁGINAS 2 e 3 A luta pelas 30h continua: mesmo com a ingerência cada vez maior da CGU e a má vontade da Reitoria, ação conjunta da base e do Sindicato obtém conquistas PÁGINA 5 Prejuízo! Avalanche de ações judiciais e má administração já levaram R$ 600.000 da categoria. PÁGINA 6 Aposentadoria especial e Mandado de Injunção: FASUBRA em estado de alerta. Confira o parecer da Assessoria Jurídica do Sinditest. PÁGINA 4

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Dia 30 de agosto, novamente a classe trabalhadora vai mostrar sua força! Vamos construir uma grande

paralisação nacional dos serviços públicos para mostrar para o governo Dilma que queremos

melhorias reais, e não promessas vazias!

30 de agosto:Dia Nacional de Paralisações

Greve à vista: acompanhe nesta edição os preparativos para a Jornada de Lutas de Agosto convocada pela FASUBRA e pelas centrais sindicais! Em setembro pode ser deflagrada uma greve por tempo indeterminado!

JORNAL DO SiNDicAtO DOS tRAbALhADOReS em eDucAçãO DO teRceiRO GRAu PúbLicO De cuRitibA, ReGiãO metROPOLitANA e LitORAL DO eStADO DO PARANáJORNAL

DOSINDITEST.PRGestão Mudando

o RuMo dos Ventos

Envelopamento fechado pode ser aberto pela ECT

EDIÇÃO 07 - ANO 21

AgOstO DE 2013

Mudou-se FalecidoAusente DesconhecidoNão procurado RecusadoCEP erradoEnd. InsuficienteNão existe o nº indicadoInf. Porteiro / sindicoOutros

Reintegrado ao seviço postal em: / / Responsável:

ImpressoEspecial

3600173954/2008/DR/PRSINDITEST-PR

CORREIOS

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

CORREIOS

LeIa MaIs nas PÁGInas 2 e 3

A luta pelas 30h continua: mesmo com a ingerência cada vez maior da CGU e a má vontade da Reitoria, ação conjunta da base e do Sindicato obtém conquistas

PÁGIna 5

Prejuízo!Avalanche de ações judiciais e má administração já levaram R$ 600.000 da categoria.

PÁGIna 6

Aposentadoria especial e Mandado de Injunção: FASUBRA em estado de alerta. Confira o parecer da Assessoria Jurídica do Sinditest.

PÁGIna 4

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JORNAL DOSINDITEST.PR

O Jornal do SINDITEST-PR é uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná. Avenida Agostinho Leão Junior, 177 – Alto da Glória – Curitiba/Paraná – Telefone: (41) 3362-7373 – Fax: (41) 3363-6162 – www.sinditest.org.br – [email protected]: Pedro Carrano, Márcio Palmares, Judit Gomes, Elton Moura Santos. Fotos: Sinditest-PR. Jornalista Responsável: Carla Cobalchini - DRT 7147. Projeto Gráfico e Diagramação: Excelência Comunicação - fone: (41) 3408-0300 Tiragem: 6.000 exemplares. Grafica: Mega Impressão Grafica e Editora - fone: 3598.1113 e 9926.1113. É permitida a reprodução com a citação da fonte.e

xPe

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www.sinditest.org.br facebook.com/sinditest twitter.com/sinditestpr [email protected]

edItoRIaL

30 de Agosto será dia de greve em todo país

trabalhadores das universidades no ato público de 11 de julho

Jornal especial do sinditest sobreas manifestações de junho

O Brasil atravessa um momen-to crítico de sua história. A classe trabalhadora tem diante de si a possibilidade de colocar o governo e as classes dominantes contra a parede, exigindo mudanças reais. Se aproveitarmos essa possibili-dade, fortalecendo e ampliando as mobilizações, podemos arran-car vitórias e conquistas decisi-vas: elevação geral dos salários, investimento efetivo nas áreas so-ciais, suspensão das privatizações, revogação da Reforma da Previ-dência, abolição da EBSERH e da FUNPRESP, entre outras.

Mas, por outro lado, desper-diçarmos o momento, permitindo que o governo aplique suas polí-ticas de desmobilização (como o “plebiscito” sobre a “reforma polí-tica”), todas as vitórias conquista-das hoje se transformarão em gra-ves derrotas amanhã, com mais privatizações, precarização do trabalho, retirada de direitos, su-cateamento dos serviços públicos e violência crescente contra os tra-balhadores, através da repressão e da criminalização dos movimentos sociais.

A maior transformação ocorreu na consciência da maioria explora-da e oprimida do país. Nos últimos dois meses, o Brasil foi sacudido pelas maiores manifestações de rua desde a queda do regime mi-litar. Não se via nada parecido há muitos e muitos anos. Em termos numéricos, as “Jornadas de Ju-

nho”, como ficaram conhecidas, foram superiores ao movimento “Fora Collor”: levaram mais de 2 milhões de pessoas às ruas. Em extensão, foram superiores aos protestos realizados durante as “Diretas Já”, pois se espalharam pelas cidades do interior, não se restringindo às capitais.

Uma nova realidade

Desde então, vivemos uma nova realidade política. As vitórias conquistadas pelo movimento de massas —como a redução das tarifas do transporte coletivo, a revogação do aumento em muitas capitais, a conquista do passe-livre em Goiânia, a derrubada da PEC 37, o arquivamento do projeto de “cura gay” do racista e homofóbico Marcos Feliciano—mostraram que o caminho para a verdadeira mu-dança é a mobilização social.

Os ensinamentos desse pro-cesso estão agora gravados a fer-ro e fogo nos corações e mentes de milhões de pessoas: nada se pode esperar dos governantes ou dos empresários; os trabalhadores

precisam tomar seu destino em suas próprias mãos; a luta pro-duz resultados; é preciso lutar, é possível vencer.

Como resultado, a classe trabalhadora e o movimento de massas passaram para a ofen-siva, enquanto o governo e os patrões, pelo contrário, foram obrigados a recuar.

Depois de junho, as mobilizações segeneralizaram

Agora, ocorrem manifestações no país todos os dias. E o mais importante: não são manifesta-ções meramente corporativas, por reivindicações particulares de uma ou outra categoria. São mobiliza-ções diretamente políticas, como a luta pelo “Fora Cabral” no Rio de

Janeiro, contra o governo Alckmin em São Paulo, as ocupações das Câmaras de Vereadores, os pro-testos contra a violência policial e o assassinato de trabalhadores pobres pela polícia — a propósi-to, o Sinditest também quer saber: Cabral, cadê o Amarildo?—, pro-

testos contra a corrupção etc.

Uma expressão clara da magnitude da indignação e da disposição de luta dos trabalha-dores se deu no dia 11 de julho, Dia Nacional de Lutas, Paralisa-ções e Greves, convocado pe-

2 edição 07 - ano 21agosto de 2013

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JORNAL DOSINDITEST.PR

Onde estava o SINDITEST?NA LINHA DE FRENTE!

O Sinditest participou desde o primeiro mo-mento da luta contra o aumento da tarifa em Curitiba. Logo que surgiu a “Plenária Popular do Transporte Coletivo”, em março, reunindo ainda poucos sindicatos e ativistas de diversos movimentos, estávamos lá, ajudando a distri-

buir panfletos e convo-cando manifestações. Fizemos o primeiro ato público contra o au-mento da tarifa no dia 18 de abril, na Praça Rui Barbosa. Depois, já no mês de junho, participamos também ativamente da “Frente de Luta pelo Transpor-te”, auxiliando no trabalho de organização dos atos, na impressão dos panfletos, fornecendo apoio logístico para a realização das plenárias da Frente, e inclusive participando ativamente do processo de negociação com a Prefeitura.

O Sinditest foi um dos principais pontos de apoio para a construção das manifestações em Curitiba, e por

isso podemos dizer com muito orgulho que a vitória das Jornadas de Junho também nos pertence. Nossa categoria passou todo o ano de 2011 lutando sozinha. Depois, em 2012, recebemos os reforços das demais categorias do serviço público. E, agora, finalmente, a classe trabalhadora e a juventude saí-ram às ruas. Nada mais justo que reconhecer a importância da nossa entidade em todo esse processo!

trabalhadoras do HC no ato público de 11 de julhodebate sobre o PL 4330

trabalhadoras das universidades no dia 11 de julho

Presidente do sinditest falandoem manifestação

diretoras do sinditest nas manifestações de junho em

Curitiba

las centrais sindicais. Milhões de trabalhadores cruzaram os braços em todo o país, num ver-dadeiro ensaio de Greve Geral (que foi superior à Greve Geral de 1983).

Mesmo contra a sua vontade, as centrais governistas como CUT e CTB, e as centrais pelegas ou patronais como a Força Sindical, foram obrigadas a aderir a esse chamado conjunto para a mobili-zação, que partiu da CSP-Conlutas e das entidades que participam do Espaço de Unidade de Ação. A paralisação do dia 11 teve adesão expressiva de metalúrgicos, petro-leiros, trabalhadores da constru-ção civil, comerciários, motoristas e cobradores de ônibus, trabalha-dores dos Correios, além de ser-vidores públicos de todo o país. A paralisação nas fábricas, usinas e canteiros de obra foi acompa-nhada de bloqueios de rodovias e protestos nos postos de pedágio.

Em Curitiba, nossa categoria deu o exemplo: realizamos uma forte paralisação na base do Sin-ditest, com destaque para a gre-ve de 24h no Hospital de Clínicas, que teve repercussão em todo o país.

A mobilização do dia 11 foi muito expressiva e recebeu por isso o ódio imediato por parte das grandes empresas. Cada hora de paralisação nas montadoras, na Petrobras ou em grandes obras como a de Belo Monte acarreta milhares ou até milhões de reais de prejuízo. Por isso, a serviço dessas grandes empresas, a im-prensa atacou violentamente as greves, paralisações e protestos do dia 11, tentando descolar o dia 11 das Jornadas de Junho, para desmoralizar a classe trabalhadora e desacreditar seu principal instru-mento de luta: a greve.

Próximo Passo:Paralisar a Universidade dia 30 de agosto!

Agora, precisamos construir a Paralisação Nacional do dia 30 de agosto que novamente está sendo convocada por todas as centrais sindicais e pela maioria das enti-dades nacionais de servidores pú-blicos federais, como a FASUBRA.

A pauta é extensa e contém tanto reivindicações econômicas, ou salariais (a conquista da data--base, a antecipação das parcelas de 2014 e 2015 do reajuste de-finido no acordo de greve), quan-to reivindicações por melhorias na carreira (a racionalização dos cargos, o reposicionamento dos aposentados). Além delas, não podemos nos esquecer da luta em defesa dos serviços públicos de qualidade, que passa pela re-vogação e extinção da EBSERH, da FUNPRESP e pelo arquivamen-to de todos os projetos de lei que retiram direitos dos servidores pú-blicos.

GREVE PARA SETEMBRO

Nossa única garantia de vitória é continuar na luta. Já existe pre-visão de greve por tempo indeter-

minado para s e t e m b r o . Compreen-der a situa-ção política em que vi-vemos e as tarefas da nossa classe é a primeira missão a ser cumprida, se qu i s e rmos vencer nessa nova realida-de que está apenas co-meçando.

3edição 07 - ano 21agosto de 2013

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JORNAL DOSINDITEST.PR

Saiba sobre o direito à Aposentadoria Especial do servidor público

1o Encontro de Aposentados foi um sucesso

Assessoria jurídica do Sinditest – Escritório

Trindade e Arzeno

Direção do Sinditest

Haja vista que o direito do ser-vidor público à aposentadoria es-pecial, àqueles que trabalham (ou trabalharam) em ambiente insalu-bre ou perigoso, diferentemente do setor privado, não foi regulamenta-do por lei, mesmo que passadas duas décadas, várias entidades, a exemplo do SINDITEST/FASUBRA, impetraram mandado de injunção no Supremo Tribunal Federal para que tal direito fosse reconhecido.

O Supremo Tribunal Federal, num primeiro momento, reco-nheceu tal direito no sentido de que, por analogia ao setor priva-

No dia 7 de agosto, o Sinditest realizou o 1º Encontro de Aposen-tados, e graças à participação ati-va de todos (as) conseguimos fazer um belíssimo evento. Vivemos jun-tos momentos de debate, reflexão e confraternização.

Durante a parte da manhã, ti-vemos um momento de sensibi-lização sobre a condição de apo-sentado. Pela tarde, realizamos uma oficina, em parceria com o ILAESE (Instituto Latino America-no de Estudos Sócio-econômicos), sobre a política dos governos e a luta dos aposentados. Ao final, to-dos puderam se divertir numa gos-tosa confraternização.

Foi um momento bonito e mar-cante. Dizemos bonito porque foi o momento de rever os amigos, e marcante, porque foi um passo adiante na organização sindical dos aposentados.

A atual gestão do sindicato, Mudando o Rumo dos Ventos, en-tende a importância política e so-cial de priorizar a organização dos aposentados da nossa categoria, porque sabe que a experiência aliada aos sonhos da juventude fortalece a nossa organização en-quanto classe trabalhadora e for-talece o nosso sindicato.

do (INSS), fosse utilizada a Lei 8.213/91, que em seu art. 57 reconhece tal direito: quer seja, para aposentadoria especial (em regra) aos 25 anos de trabalho ou a contagem de especial de tempo de serviço pela aplicação do fator de conversão 1.4 (homem) 1.2 (mulher).

Considerando tais decisões do Supremo Tribunal Federal, a então Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento editou a Orientação Normativa nº 10/2010, por meio da qual, in-clusive na UFPR, foi reconhecido

Todos os últimos governos fi-zeram diversos ataques ao siste-ma previdenciário brasileiro, tanto Fernando Henrique Cardoso (FHC), quanto Lula e Dilma deixaram suas marcas negativas ao fazer ataques aos trabalhadores.

Com FHC foi o Fator Previden-ciário, que aumentou o tempo para aposentadoria, já com Lula e Dilma, avançaram os ataques e a

tal direito àqueles servidores que comprovaram ser sua atividade em ambiente insalubre ou perigoso.

Todavia, em março deste ano houve um entendimento do Supre-mo Tribunal Federal em reconhe-cer apenas o direito à aposenta-doria especial aos 25 de trabalho em ambiente insalubre ou perigo-so (sem direito à paridade e inte-gralidade) e não mais o direito à contagem especial de tempo de serviço pela aplicação dos fatores 1.4 (40% a mais de tempo para o homem) ou 1.2 (20% a mais de tempo para a mulher). Em vista de

tal decisão, o Ministério do Pla-nejamento determinou a suspen-são da Orientação Normativa nº 10/2010.

Tal determinação, pelas infor-mações que temos da UFPR, irá implicar na suspensão de futuros pedidos, sendo que não se altera-rá em nada os já deferidos.

Por conta disto, a Assessoria Jurídica do SINDITEST irá ingressar com ação para derrubar tal enten-dimento e está trabalhando tanto para elaboração de lei que assegu-re tal direito aos servidores como para alterar o entendimento do STF.

privatização da previdência. Devido a essa política temos o FUNPRESP, e a partir de março de 2013, os novos concursados que ingressa-rem no serviço público terão um teto máximo para a aposentadoria que não ultrapassará 4 mil reais, mesmo que se aposentem com um vencimento superior a este va-lor.

Por isso, para enfrentar essa si-

tuação, precisamos da mais ampla unidade da classe trabalhadora, no caso do nosso sindicato, apos-tamos na organização dos traba-lhadores aposentados e da ativa. Porque juntos somos mais fortes.

No que depender de nós, a ini-ciativa do 1º Encontro foi apenas o começo, nos vemos nos próximos encontros! Parabéns a todos (as) pela importante participação.

I encontro de aposentados e aposentadas do sinditest

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JORNAL DOSINDITEST.PR

A luta pelas30h continua!

Jornada de 30h: conquista do movimento grevista

A regulamentação da flexibili-

zação da jornada de trabalho para 30h na UFPR foi talvez a princi-pal conquista da greve de 2011. Trata-se de uma luta histórica das universidades federais e dos Hos-pitais Universitários. Essa batalha já foi vencida no HC na década de 1980. Há quase 30 anos os traba-lhadores e trabalhadoras do HC da UFPR trabalham 30h por semana.

Não foi fácil conquistar a por-

taria que flexibiliza a jornada de trabalho na UFPR, e que depois se transformou na Resolução 56/11 do COUN. Travamos uma luta du-ríssima com a Reitoria, com o con-junto da administração da UFPR e com o governo. No fim, consegui-mos vencer, embora a resolução aprovada no COUN não reflita exa-tamente os termos da negociação que pôs fim à greve de 2011.

Naquela ocasião, o reitor Zaki Akel estava contra a parede, pres-sionado por uma greve fortíssima, que tinha adesão quase total do CCE, da PROGRAD e Coordena-ções, o que ameaçava a realiza-ção das matrículas e a abertura do segundo semestre letivo. A opinião pública também pressionava o rei-tor, pois o boato sobre o cancela-mento do segundo semestre e do vestibular atingiu até mesmo os cursos pré-vestibulares, e era ex-plorado pela imprensa. Zaki Akel nunca foi a favor da jornada de 30h. Sua posição sempre foi a mesma da ADINFES: contra. Por isso, ele aceitou fazer o acordo que pôs fim à greve, emitindo uma portaria que, posteriormente, foi alterada na resolução do COUN.

A resolução 56/11-COUN foi escrita com o objetivo de se autoinviabilizar.

Não tendo sido capaz de derro-tar a greve e enterrar a proposta de flexibilização da jornada, a tática adotada por Zaki Akel e por vários membros de sua administração foi a de escrever uma resolução tão burocrática e tão cheia de exigên-cias que fosse praticamente im-possível implementá-la. Com isso, dadas as dificuldades de imple-

mentação que seriam criadas na prática, a Reitoria esperava que o assunto “morresse na casca”.

É por essa razão que a resolu-ção cria uma Comissão de Fisca-lização que mais tarde desapare-cerá sem prestar contas, além de definir certos requisitos impossí-veis de atender e restringir a fle-xibilização para quem recebe Fun-ção Gratificada.

Contudo, mesmo diante des-ses entraves burocráticos, que conspiram contra a finalidade da resolução, o processo avançou consideravelmente, e em várias pró-reitorias, como na PROGEPE, e em muitos setores as pessoas es-tão trabalhando agora 30h sema-nais, o que representa uma vitória e uma conquista imensas para a nossa categoria.

A intervenção da CGU

A intervenção da CGU, que está realizando uma auditoria na UFPR e investigando a “legalidade” da implantação da jornada de 30h, provocou sério retrocesso.

Os procedimentos investigati-vos feitos por este órgão criaram um clima de insegurança no in-terior da universidade, o que se combinou com a intervenção feita anteriormente contra o Sinditest

Mesmo com a ingerência cada vez maior da CGU e a má vontade da Reitoria, ação conjunta da base e do Sindicato obtêm conquistas

sobre a questão das liberações dos dirigentes do sindicato. A par-tir desse momento, em alguns se-tores, os trabalhadores voltaram a trabalhar 40h por semana.

É preciso esclarecer desde já que a CGU é um órgão de contro-le que tem a função de fiscalizar os órgãos públicos. No entanto, precisamos lembrar sempre que há um princípio constitucional chamado Princípio da Autonomia Universitária e o Artigo 207 da Constituição Federal afirma que as Universidades gozam de completa autonomia financeira, administra-tiva e didático-pedagógica.

Portanto, embora a CGU possa emitir pareceres sobre o assunto, a Universidade é autônoma para deci-dir, e é isso que garante, em última instância, a legalidade de todo esse processo, além da própria Lei 8.112, que já prevê a jornada de 30h.

O assédio da CGU sobre o Mi-nistério Público Federal e outros órgãos faz parte de uma política mais ampla de ingerência do Es-tado capitalista contra as Univer-sidades Federais, restringindo a Autonomia Universitária, permitin-do com isso que o Ministério do Planejamento e o Governo Federal estrangulem cada vez mais o orça-mento das universidades a avan-cem nos planos de privatização.

Essas medidas visam a favorecer o setor privado, que cresceu muito nos últimos dez anos e já repre-senta mais de 80% do conjunto de instituições de ensino superior.

Mesmo com a ingerência dos órgãos de controle, as 30 horas avançam!

A implementação das 30h tem avançado. A Direção do Sinditest vem percorrendo muitos locais de trabalho, a partir da solicitação dos próprios trabalhadores, para expli-car principalmente às chefias ime-diatas, que foram questionadas pela auditoria da CGU, como deve ocorrer a implementação da reso-lução 56/11. Foram realizados se-minários, palestras e assembleias setoriais para debater o tema, com a presença de convidados da co-munidade externa e da assessoria jurídica do Sinditest.

As mais recentes conquistas ocorreram no Setor de Ciências Biológicas e no Sistema de Biblio-tecas. Em muitos outros lugares, a jornada de 30h também se tornou realidade graças aos esforços indi-viduais dos próprios trabalhadores, que exigiram a implementação da resolução, com ou sem parecer da comissão que desapareceu ou ho-mologação por parte do Conselho Universitário.

30 HoRas

trabalhadores das universidades e diretoria do sinditest no ato público de 11 de julho

5edição 07 - ano 21agosto de 2013

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JORNAL DOSINDITEST.PR

Você pagou! Somando os prejuízos

PenHoRa

Agora, faça as contas: 1. Reforma para inglês ver: 400 mil reais 2. Indenização pela festa de casamento prejudicada: 19 mil reais 3. Indenização e pagamento para a empresa diarco: 60 mil reais 4. Indenização e pagamento para a jornalista: 20 mil reais 5. superfaturamento da piscina de shangrilá: 40 mil reais 6. Indenização para Roseli Isidoro (Pt) e seu grupo: 107 mil reais. Total: 646 mil reais. essa é a herança deixada para os trabalhadores pelas ges-tões pelegas, burocráticas e governistas presididas por Roseli Isidoro, antônio néris e Wilson Messias.e como se isso não bastasse, todos eles estão agora de mãos dadas, com a benção do reitor Zaki akel, do governo federal e da prefeitura, unidos com o objetivo de voltar ao sinditest e mostrar na prática como prejudicar os trabalha-dores para satisfazer interesses pessoais.

Agora, onde estão os envolvidos nestas ações: 1. Roseli Isidoro – secretária da Mulher de Curitiba2. antônio néris de souza – supervisor noturno do HC e coordenador do Grupo de aposentados indicado pelo rei-tor Zaki 3. Wilson Messias – chefe da uaP indicado pelo reitor Zaki – (RH do HC) 4. Rosimari nunes Ferreira – chefe de gabinete da direção geral do HC5. Mario tadeu setim – assessor da ouvidoria do servidor na Gestão Zaki 6. norton nohama – assessor especial do gabinete do rei-tor Zaki 7. arielto Conceição alves – cedido para a Prefeitura de Curitiba Ou seja, todos estão na Administração da UFPR indi-cados por Zaki ou em cargos na Prefeitura Municipal indicados pelo PT.

O conflito judicial que deu origem ao pagamento de R$ 107.000,00, dinheiro da catego-ria, já é conhecido por todos. Ocor-re que em 2 de julho recebemos de um oficial de justiça a cópia do Auto de Penhora, realizada no dia 27 de junho.

Através desse procedimento,

os advogados de Roseli Isidoro conseguiram bloquear R$ 59 mil das contas do Sinditest, que fo-ram descontados diretamente do repasse das mensalidades. Dessa maneira, esse grupo político liga-do ao governo, ao PT, formado por Roseli e sua irmã Méri, da Funpar (promovida a chefe de gabinete do diretor-geral do HC), Gessimiel Germano (Paraná), Norton Noha-ma (assessor político do reitor), Arielto Conceição, Setim e outros finalmente conseguiram bloquear a maior parte da arrecadação do sindicato, impedindo que a entida-de cumprisse seus compromissos financeiros, incluindo o pagamen-to dos funcionários.

Por que estamos pagando pelo conflito Néris vs. Roseli?

Porque a Roseli e seu grupo resolveram processar não apenas o Antônio Néris e sua gestão na época, mas também o sindicato. Fizeram isso porque sabiam que se conseguissem uma indenização por danos morais, poderiam obri-gar o sindicato a arcar com ela.

Ou seja, Roseli Isidoro escolheu deliberadamente processar a enti-dade sindical. Vale frisar que no processo judicial os advogados de Roseli escolheram direcionar o pa-gamento da dívida exclusivamente contra o Sinditest, com base em um artigo do Código Civil que trata das “dívidas solidárias”.

As gestões Néris/Messias também têm sua cota nos prejuízos

E os prejuízos não param por aí. Desde o final de 2012 estamos sofrendo as consequências do descaso, irresponsabilidade admi-nistrativa e má gestão do patrimô-nio que caracterizaram as gestões Néris/Messias.

Uma reforma que custou 400 mil reais e que ficou só na aparência!

19 mil de indenização para casal prejudicado

Em novembro de 2011, ainda sob o último mandato da dupla Néris/Messias, ocorreu um casa-mento na sede social. A reforma realizada na sede foi tão mal feita que durante o casamento ocorreu pane na parte elétrica, prejudican-do a cerimônia. O casal prejudica-do entrou com ação de indeniza-ção por danos morais e financeiros contra o sindicato. O valor da inde-nização está calculado em 19 mil reais e os prejudicados ganharam o direito à indenização na justiça.

Vale lembrar que a reforma da sede social foi comandada por Wil-son Messias. E pode ter custado aproximadamente 400 mil reais.

60 mil reais de pagamento e indenização para a empresa Diarco

Apesar do preço exorbitante, foi uma reforma para inglês ver. Além da pane ocorrida no casamento citado, os problemas decorrentes dessa reforma crescem a cada dia.

Wilson Messias contratou a empresa Diarco para fazer o iso-lamento acústico e o acabamen-to de gesso no teto. Pouco tem-po depois de concluído, partes do gesso no teto caíram. A empresa consertou o problema, mas Wil-son Messias não quis pagar pelo conserto, alegando que estaria “na garantia”. A empresa recorreu judicialmente, afirmando que a queda do gesso ocorreu por conta de goteiras e infiltrações decorren-tes das más condições do telha-do (que deveria estar reformado). Conclusão: a Diarco conseguiu na justiça uma indenização de 60 mil reais contra o Sinditest.

Precarização do trabalho dentro do Sinditest onera a categoria em mais R$ 20.000,00

Mas isso não é tudo. Néris/Messias também mostraram que defendem os direitos dos trabalhadores só da boca para fora. Dentro do sindicato, pra-ticavam a subcontratação e a precarização das relações tra-balhistas. Contrataram uma jorna-lista como “pessoa jurídica”, como se ela fosse uma empresa pres-

tadora de serviços e não uma tra-balhadora, assim, não precisavam pagar a ela os direitos trabalhistas.

Como consequência, assim que saiu do Sinditest no término da gestão Néris/Messias, a jornalista processou o Sinditest, e conseguiu na justiça uma indenização de 10 mil reais, mais todos os direitos atrasados. Ao todo, o prejuízo para

nós, que pagamos essa indeniza-ção com nossas mensalidades, foi de aproximadamente 20 mil reais.

A esses números poderíamos agregar também a piscina super-faturada comprada para a Sede de Shangrilá (que vale aproximada-mente 20 mil, mas foi comprada por 60 mil por Néris/Messias) e vários outros...

autores

réusx

6 edição 07 - ano 21agosto de 2013

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JORNAL DOSINDITEST.PR

opinião da Cut – Central Única do trabalhadores opinião da CsP-Conlutas – Central sindical e Popular

Um momento ímpar na história recente do Brasil

As manifestações de junho e as greves de julho questionaram o governo e as centrais sindicais governistas

Opinião das centrais sindicais sobre as manifestações

CentRaIs sIndICaIs

A direção do Sinditest convidou as centrais que possuem militantes organizados na categoria para expor suas opiniões a respeito da nova situação política e manifestações que ocorreram em junho e julho. Foram procuradas a CSP Conlutas, a CTB e a CUT. Até o fechamento deste jornal a CTB não havia enviado seu texto de opinião.

São inegáveis os avanços que o Brasil acumulou nos últi-mos 10 anos. Do ponto de vista social e econômico, os indicado-res apontam que nosso País tem avançado no acesso aos serviços públicos, ampliação de verbas destinadas para áreas sociais e garantia da estabilidade da eco-nomia em meio ao turbilhão de crises financeiras que assolou o mundo todo neste período.

Mas também é inegável que o Brasil precisa avançar mais. É neste cenário que, mesmo com este quadro positivo, alguns re-trocessos estão batendo em nossa porta. Entre eles podemos destacar, seguramente, o Pro-jeto de Lei 4330 do deputado Sandro Mabel. Chamado de PL das terceirizações, a proposta do parlamentar dono da fábrica de bolachas, pretende liberar a farra da terceirização no setor público e privado, colocando em risco décadas de conquistas e lutas da classe trabalhadora.

Paralelamente outras lutas são extremamente importantes para a manutenção dos direitos já conquistados e, ainda, para avançar mais. A redução da jor-nada de trabalho para 40 horas e o fim do fator previdenciário que sangra nossos aposentados são outras pautas nacionais que colocaram os trabalhadores e trabalhadoras nas ruas no último Dia Nacional de Lutas.

É tempo de unidade da classe trabalhadora. Com estes temas somamos nossa voz ao grito das ruas que foi ouvido em todo Bra-sil, de forma uníssona, pedindo respeito e a garantia de políticas públicas voltadas à classe traba-lhadora. Contudo, também pre-cisamos cuidar de nosso quintal. Precisamos cuidar das coisas do nosso Estado e no Paraná tam-bém há muito que avançar.

Por isso também lutamos pela definição de uma políti-ca permanente para o reajuste do piso regional, que embora já tenha configurado-se em um grande avanço, com a intensa participação da CUT em sua im-plantação, ainda carece de me-lhorias. A principal delas é garan-tir mecanismos fixos de reajuste para que as negociações não so-fram com o humor dos patrões e do Governo do Estado e suas gestões.

Neste caso, ainda, temos uma gestão neoliberal que tem pregado com grande desenvol-tura políticas de privatização dos serviços públicos de forma disfarçada. Enquanto isso, os serviços públicos já privatiza-dos pelo mesmo grupo político, como no caso das rodovias, se-guem capengas e sem fiscaliza-ção. Temos, no Paraná, um dos pedágios mais caros do Brasil e sem avanços para os usuários. Esta situação ficou muito clara na ocupação das praças destes serviços durante o Dia Nacional de Lutas, com apoio massivo da população e motoristas que tran-sitavam pelas nossas rodovias.

Por isso e muito mais saímos às ruas e sairemos novamente no dia 30 de agosto. Vamos fazer valer nossa voz, nossos direitos e principalmente nossa história. Aquela que resultou em relató-rio da ONU dizendo que a CUT é exemplo para os trabalhadores e trabalhadoras de todo o mun-do, com sua resistência fazendo valer os avanços para trabalha-dores e trabalhadoras de todo o Brasil ao longo das últimas décadas. As conquistas só vêm com luta e mobilização, por isso reafirmamos que a CUT não sairá das ruas até que se rompam os grilhões desse capitalismo selva-gem que escraviza a todos nós.

O Governo Federal e as centrais governistas estão afirmando aos quatro ventos que “o Brasil avan-çou muito nos últimos 10 anos, mas pode avançar mais”. Não concordamos com esse discurso, pois, no fundo, esconde a verda-deira realidade do país, de miséria, exploração, corrupção, privatiza-ções, precarização e descaso com a saúde e a educação.

O governo e seus apoiadores dizem que “o Brasil cresceu nos úl-timos anos”, afirmam que “nunca se investiu tanto nas áreas sociais e serviços públicos”. Esforçam-se para dar um caráter “popular” e “progressivo” às ações de um go-verno que, na verdade, nos últimos 10 anos, serviu principalmente aos banqueiros e grandes empresários.

Ora, se o país ia tão bem, por que mais de 2 milhões de pessoas foram às ruas em junho? Os argu-mentos dos defensores do governo não explicam por que vivemos uma das maiores escaladas de lutas de nossa história.

A classe trabalhadorana ofensiva

As jornadas de junho mudaram a situação política do país. As ma-nifestações, que no início reivin-dicavam a redução das tarifas do transporte coletivo, ganharam con-tornos políticos. Transformaram-se numa luta global por justiça social, por direitos, numa luta contra a corrupção e pela melhoria dos ser-viços públicos e condições de vida.

O sentimento reprimido que predominava na população veio à tona. As pessoas perceberam que a situação não está tão boa assim. E a indignação aumentou com a conclusão de que a inflação, os altos juros, o arrocho salarial, o endividamento das famílias e os altíssimos gastos com a Copa do Mundo estão na contramão das

reais necessidades da classe tra-balhadora.

Nenhum governo saiu ileso desse importante levante de mas-sas. Todos se colocaram na de-fensiva, ao passo que as massas colocaram-se na ofensiva. Mais de 80% da população apóiam as manifestações e greves que ocor-reram nos dois últimos meses.

Unidade e polêmicacom as centrais sindicais

A unidade construída entre as centrais sindicais no mês de julho foi importante. Sem ela, não se-ria possível unir milhões de traba-lhadores nas greves do dia 11 de julho.

Sabemos que o limite das ou-tras centrais é o programa que de-fendem e a falta de independência frente aos governos e empresários. Centrais como CUT, Força Sindical e CTB estiveram durante todos esses anos na base de apoio dos governos petistas de Lula e Dilma.

Agora, as direções dessas cen-trais, frente ao enorme descon-tentamento das ruas, vêem-se pressionadas por suas bases, que foram acorrentadas por anos à po-lítica de “negociação permanente” com o governo federal. As jorna-das de junho e julho questionaram tudo o que elas vinham fazendo até então.

A CSP-Conlutas é uma cen-tral sindical e popular, que surgiu como alternativa às centrais gover-nistas e pelegas. A independência política e o programa que defen-demos colocam-se integralmente no campo da classe trabalhadora. Esse é o único caminho para que a ofensiva das massas avance e se transforme em conquistas. É em base a esses princípios que apos-taremos na tática de unidade para construir as greves e paralisações de 30 de agosto.

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JORNAL DOSINDITEST.PR

Mais um passo para fortalecer a Organização por Local de Trabalho

No dia 22 de agosto, realizamos o 1º Conselho Deliberativo de Base do Sinditest, o principal objetivo foi or-ganizar o trabalho de base junto aos OLT´s. A construção deste espaço foi uma vitória importante para o conjunto da categoria.

A OLT (Organização por Local de Trabalho) foi uma das iniciativas da atual gestão – Mudando o Rumo dos Ventos – para fortalecer a relação en-tre o sindicato e a base. Tivemos um imenso avanço com a eleição dos pri-meiros delegados nos locais de tra-balho, e acreditamos que há espaço e condições para avançar ainda mais nessa política, para democratizar ainda mais a gestão do Sinditest.

A pauta do 1º Conselho tratou das questões específicas da catego-ria e também da formação política e sindical dos delegados de base. Também foram divulgadas as infor-mações relacionadas ao I Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta, que acontecerá no início de outubro.

O que é e o que queremos com o Conselho Deliberativo de Base?

O Conselho é parte da estrutura de organização e deliberação do sindica-to, através do qual pretendemos apro-ximar a realidade dos locais de trabalho da condução cotidiana do sindicato. Os OLT´s podem contribuir e interferir nas decisões políticas que o Sinditest deve adotar, ao mesmo tempo, são o sindicato na base, nos locais trabalho.

Dessa forma, queremos fortalecer o trabalho e a organização de base, fazendo com que o sindicato e sua di-reção, estejam fortemente ancorados e sintonizados as necessidades da ca-tegoria.

22 DE AGOSTO - QUINTA-FEIRA

.Sinditest PRGESTÃO MUDANDO O RUMO DOS VENTOS

1º ConselhoDeliberativo de Base

do SINDITEST-PR

A última versão do Regi-mento do Litoral apresentada ao reitor Zaki em 31 de julho, foi resultado de um processo de intenso debate e constru-ção coletiva, com pontos po-lêmicos e necessários.

Esta Direção Sindical con-sidera que a versão do Regi-mento Litoral não contempla todas as reivindicações dos servidores técnico-administrativos, mas, alguns pontos podem ser considerados um avanço:

1. Paridade em todas as instâncias: hoje os conselhos, in-clusive o COUN, aplicam a regra 70/30, ou seja, 70% de cada conselho é ocupado por docentes e os 30% restante dividido entre estudantes, técnicos e comunidade externa. A proposta do Regimento Litoral diz que técnicos, professores e estudantes têm de ter participação paritária, ou seja, as categorias têm o mesmo peso de decisão.

2. Criação da Câmara Administrativa: uma estrutura criada para que os técnicos debatam e definam entre os técnicos as-suntos de ordem administrativa, fluxos, processos etc.

3. Eleição dos Chefes – FG´s pelos membros de cada unida-de: os trabalhadores se reúnem e escolhem entre eles quem será o chefe daquela unidade, restringindo a lógica do padrinhamento.

Democracia ou HipocrisiaO Regimento ainda está sendo apreciado pelo COUN, mas

as votações que já ocorreram dão conta de que boa parte do regimento não será aprovada. Não restam dúvidas que as pro-postas que buscam a democratização da universidade serão rejeitadas e, mais uma vez, o COUN mostrará seu conservado-rismo para barrar qualquer iniciativa que dê maior espaço, voz e poder aos servidores técnico-administrativos.

Regimento Litoral: a construção é coletiva, mas a decisão é do COUN

Proposta RT que busca a equiparação de remuneração entre os auxiliares de escritório e assistentes administrativos, com a cobrança das diferenças devidas em razão do reconhecimento do pedido.

Informamos que o Sinditest, através de sua assessoria ju-rídica, propôs a Reclamatória Trabalhista Coletiva sob o nº 23317-2013-001-09-00-4, que tramita junto à 1ª Vara do Trabalho e que tem por objeto a cobrança das dife-renças de salários e adicionais em razão de reenquadra-mento da função de auxiliar de escritório para assistente administrativo, bem como a retificação da CTPS para que conste esta como sendo a função exercida, desde o início da contratação.A referida ação, que abrange todos os integrantes da ca-tegoria que se encontram nesta situação, teve audiência una designada para o dia 09/12/2013.

trabalhadores e sindicatona reunião do Coun

1o Conselho Deliberativo de Base do Sinditest

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