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Edição de Novembro

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2 O BREVES - 25 DE NOVEMBRO DE 2011

Estamos no fim de mais um ano e, em tempo de troca de “prendas”, eis que vos presenteamos com este novo jornal.

Não será mais um entre tantos que fazem a história, secular, da imprensa escrita nesta ilha.

Embora tenha como título “O Breves” é um projecto sólido e com todas as possibilidades de se manter vivo pelo tempo fora, durante muitos e bons anos.

Pretende-se, por isso, que seja um veículo de comunicação, inde-pendente e plural, que marque a nos-sa história no tempo e que leve à população da ilha, da região e à diás-pora o pulsar da nossa terra.

A população de São Jorge mere-ce e necessita de um órgão de Comunicação Social com as linhas que se apresenta “O Breves”.

Não se pretende descobrir nem apresentar o que todos sabem e conhecem! Pretende-se, no nosso entender, informar (com a liberdade que nos é concedida), abrir páginas à opinião dos jorgenses e levar a cada cidadão, que gosta de São Jorge, a linguagem dos governantes da forma mais clara possível.

Assim estamos certos que este novo jornal terá o acolhimento de todos, sem excepção.

Por isso mesmo, nesta edição 0 (zero) e em próximas, continuaremos a escrever e a assumir claramente aquele acordo ortográfico que ainda todos conhecemos.

Como nasce “O Breves” “O Breves” integra a, recente-

mente criada, “Associação de Amigos para a Divulgação das Tradições da Ilha de São Jorge”. Associação esta que se propõe fazer tudo o que tiver ao seu alcance para divulgar a ilha de São Jorge e as suas tradições.

Entendemos, por isso, que o jor-nal é o início de um vasto leque de acções e eventos que, nesta altura, já estão a ser projectadas para arran-car nos primeiros meses do próximo ano.

Por isso, caros leitores, este novo projecto que agora tendes nas mãos é, simplesmente, uma das várias valências que esta nova Asso-ciação vos irá apresentando ao longo do ano de 2012.

O Director

Editorial

O BREVES Jornal Mensal

da ilha de São Jorge

Director

Adriano Brasil

Redacção: Rua Dr. João Soares de

Albergaria, Nº-7

9800-546, Velas

São Jorge

Telm. 91 692 91 84

Telm. 96 103 15 04 E-mail

[email protected]

Colaboradores

Alexandre Soares

Armando Silveira

Carlos Pires

Carlos Silva

Luís Costa

José Fernando Bettencourt

Maria José Silveira

Milton Dias

Raimundo Pereira

O Breves Online Redacção

Impressão:

Telégrapho Tiragem desta edição:

2500 exemplares

http://www.obreves.com

FICHA TÉCNICA

PROJECTO DE ESTATUTO EDITORIAL

O Breves é um Mensário de informação e reflexão que tentará ir ao encontro dos interes-ses, aspirações e anseios da população da ilha de São Jorge. Numa base de debate e diálogo francos, tendo sempre como objectivo que – confrontando ideias e posições surgem as soluções mais positivas que permitem ir de encontro ao nosso objectivo principal que é – informar. O Breves é um mensário independente, face aos partidos e ao estado, não obedecendo a qualquer ideologia ou crença religiosa. O Breves defenderá valores da nossa ilha apostando na certeza que as gentes do interior, tão esquecidas e marginalizadas, têm capacidades e potencialidades que devem ser desenvolvidas por si mesmas sem paternalismos. O Breves assume o compromisso de respeitar os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional, de modo a não usufruir somente de fins comerciais, nem abusar da boa fé dos leitores, encobrindo ou deturpando a informação. A orientação, forma e conteúdo deste mensário são da exclusiva competência e responsa-bilidade da sua direcção.

O Director Adriano Manuel da Silveira Brasil

SINOPSE DO PROJECTO EDITORIAL

O jornal “O Breves” pretende ser um órgão de comunicação social isento e apartidário. Tendo como objectivo servir social, cultural e politicamente a região dos Açores, em geral, e São Jorge em particular. Este jornal terá também uma forte vertente de ligação às comunidades jorgenses emigra-das nos EUA, Canadá e Brasil, tratando temáticas com elas relacionadas. O Breves será um jornal mensário com uma tiragem prevista de 2.500 (dois mil e quinhen-tos) exemplares, com 16 (dezasseis) páginas, sendo a primeira e última a cores e as inte-riores a preto e branco. Além da direcção e redacção “O Breves” terá vários colaboradores espalhados por diversos pontos do arquipélago dos Açores e lugares onde chegue este jornal.

O Director

Adriano Manuel da Silveira Brasil

O Breves é propriedade da Associação de Amigos para a Divulgação das Tradi-ções da Ilha de S. Jorge. Preside à Ass. Valdemar da Ponte Furtado.

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O BREVES - 25 DE NOVEMBRO DE 2011 3

Câmara da Calheta sem dinheiro para cobrir estragos nas fajãs

A chuva começou a cair na Ser-ra do Topo e na Ribeira Seca durante a madrugada do dia 14 de Outubro. Em poucas horas, fez transbordar o caudal de ribeiras, arrastou toneladas de pedra e ter-ra pela encosta abaixo e alterou cursos de água. Quando terminou, por volta das 11h00, descobriu-se uma paisagem desoladora: uma ponte no acesso à fajã de São João tinha desaparecido, 50 metros do caminho para a Caldei-ra de Santo Cristo tinham sido engolidos, pelo menos uma família estava desalojada e as popula-ções da Fajã dos Vimes e da Fajã dos Cubres estavam isoladas.

Um mês e meio depois, o Governo Regional está prestes a decidir se assume o custo das obras de reparação, como reivindi-ca a Câmara Municipal da Calhe-ta. O líder do executivo, Aires Reis, disse que “se a resposta for negativa, a câmara não tem dinheiro para fazer todas as repa-rações.”

Num relatório interno da Câma-ra Municipal da Calheta, a que O Breves teve acesso, os prejuízos são considerados “avultados”, mas “difíceis de calcular.” Ainda assim, foram traduzidos num número: quase 500 mil euros. Esse é o valor mínimo que a Câmara da Calheta encontrou em diálogo com a Secretaria Regional do Ambien-te.

“É o necessário para assegurar umas condições mínimas”, explica o autarca social-democrata. “Não é uma intervenção de fundo que assegure os acessos a estas fajãs durante muitos anos. Esse traba-lho fica por fazer.”

Neste momento, o executivo de Carlos César já terá recebido todos os elementos necessários para decidir qual será o próximo passo, inclusive relatórios técnicos do Laboratório Regional de Enge-nharia Civil. Apesar da maioria dos caminhos afectados serem munici-pais, tudo indica que a resposta será positiva. “Estamos aqui para isto mesmo. Para ajudar quando não há água e para ajudar quando há água a mais”, declarou o líder socialista no mês passado durante uma visita a Fajã dos Vimes.

A declaração do Estado de Calamidade Pública é uma hipóte-se que não está excluída, mas o governo deve fazer outra opção. “Não é nada de extraordinário, estão sempre a fazê-lo em São Miguel”, aponta Aires Reis. “O que se passou foi, de facto, uma cala-midade. Causou mais estragos do que alguns sismos. Mas a ajuda não deve passar por aí. A dimen-são destas enxurradas ultrapassa-nos. A experiência diz-nos que [o

Governo Regional] tem de pagar tudo.”

Aires Reis, que lidera uma autarquia em processo de sanea-mento financeiro, afirma que tudo ficará esclarecido quando o Secre-tário Regional do Ambiente e do Mar visitar a ilha. Devido a outros compromissos, Álamo Meneses tem adiado a viagem nas últimas semanas, mas o presidente espe-ra “que a reunião aconteça, o mais tardar, até ao início do próximo mês.”

Obras imediatas Nos dias seguintes às enxurra-

das, os serviços de ilha da Secre-taria Regional da Ciência, Tecno-logia e Equipamentos e os servi-ços de ilha da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar trabalharam com a Câmara da Calheta em tra-balhos de limpeza para repor alguns acessos.

A situação mais preocupante é a da Fajã dos Cubres, onde foram contabilizadas “oito grandes derro-cadas”. O executivo camarário propõe, entre outras coisas, o arranjo do acesso, uma repavi-mentação dos caminhos da fajã e a “compensação a alguns particu-lares”.

Nas últimas semanas, a colabo-ração entre a autarquia e o ambiente continuou na Fajã dos Vimes, onde foram reconstruídos alguns muros e ainda se recupera o empedrado de uma ribeira. Nes-ta fajã, o mais urgente é a recupe-ração de uma ponte parcialmente destruída que tem condicionado a passagem de automóveis, situa-ção semelhante à da Fajã de São João. No relatório da Câmara

Municipal da Calheta, chama-se ainda a atenção para a necessida-de de uma “grande intervenção” nos caminhos agrícolas e estradas regionais danificados.

Estas intervenções são funda-mentais para todos os que vivem nestas quatro fajãs (segundo os Censos deste ano, 131 pessoas), mas também para a economia da ilha. Os locais atingidos são os maiores postais turísticos de São Jorge e, também por isso, se exi-ge uma solução rápida e segura antes do mês de Maio, quando a ilha começa a ser visitada por cen-tenas de turistas. “Tudo precisa estar resolvido antes do próximo Verão”, defende Aires Reis.

Investimento nas fajãs Apesar do executivo de Carlos

César ter decidido reduzir em 13 milhões o investimento realizado

em São Jorge (ao contrário do que acontece noutras ilhas: em São Miguel, por exemplo, aumenta dez milhões), estão contempladas algumas intervenções nas fajãs durante o ano de 2012.

Na rubrica respeitante ao “Parque Natural dos Açores” do orçamento regional (contemplada com uma verba de 2.619.471 euros), está incluído o “arranque das empreitadas de requalificação do acesso da Fajã de St.º Cristo.” Também para esta fajã, está pre-vista a “construção de parque de estacionamento na serra do Topo”. O custo desta obra, em, conjunto com outras reparações na Estrada Regional, será de 399.640 399.euros. O orçamento de 2012 volta a incluir “o desenvol-vimento do projecto de empreitada relativo ao Parque de Campismo na Caldeira do Santo Cristo”, embora não discriminando qual-quer custo.

O Governo Regional recupera ainda um projecto com vários anos e promete electrificar as fajãs de São João, Saramagueira, Cubres e Caldeira de Santo Cristo, atri-buindo uma verba de apenas 38.800 euros para esta obra. Um empreiteiro de São Jorge contac-tado pelo “O Breves” considera “absurdo” este valor para uma obra de tal envergadura.

Em relação às intenções da Câmara Municipal de Velas, des-taca-se a “construção de Muros no Caminho da Fajã das Almas” num valor orçamentado de 20.143,17 euros ainda em 2011 e de 183.941,60 euros no próximo ano. Na Calheta, estão previstos alguns pequenos investimentos, mas nenhum de dimensão considerá-vel.

Por: Alexandre Soares

Sociedade

Prejuízos das enxurradas do mês passado aproximam-se de 500 mil euros.

Governo Regional decide nas próximas semanas como vai ajudar.

O Topo e o seu Porto Sociedade

Desde há muito que pes-cadores, políticos locais e moradores da Vila do Topo, chamam a atenção dos res-ponsáveis para o perigo que é operar, mesmo com peque-nas embarcações de pesca, neste porto da ilha de São Jorge.

Os pescadores pedem condições de segurança para um porto que serve cerca de uma dezena de embarcações de pesca e recreio. As obras de recuperação continuam a não satisfazer os locais e o “velhinho” guindaste só fun-

ciona quando pode. Isto é, quando a manutenção é cha-mada porque a avaria se tor-nou grave.

Desta vez foi o Deputado Regional do PSD, eleito por São Jorge, Mark Marques, que voltou a chamar a aten-ção do Governo Regional para situação em que o porto se encontra.

O parlamentar refere, em requerimento enviado ao Pr. do Parlamento Açoriano, que – “Considerando que em 28 de Abril de 2005 (há 6 anos atrás!!!), o comunicado do

Obras que não avançam,

guindaste que não funciona,

enfim… uma população ao

abandono!

4 O BREVES - 25 DE NOVEMBRO DE 2011

Conselho do Governo referia no seu ponto 16: “Mandatar a Lotaçor, EP, para elaborar os projectos de alargamento do estacionamento dos portos de pesca da Urzelina e Topo, bem como lançar a concurso as respectivas empreitadas”.

Considerando que em 8 de Abril de 2011, em resposta a requerimento do Grupo Par-lamentar do PSD, o mesmo referia: “Relativamente ao porto de Pescas do Topo, após recolha de dados preli-minares e respectivos estu-dos técnicos, está em curso a sua análise tendo em vista encontrar a solução adequa-da para a qualificação daque-la zona portuária, e que a data do lançamento do con-curso da empreitada depen-derá da solução final do pro-jecto.” OU SEJA. ADIAR, ADIAR E ADIAR!!!” – escreve o Deputado.

Recorde-se que o porto, situado a Este de São Jorge já foi ponto de paragem e

ligação entre São Jorge e Terceira. Sabe-se ainda que o referido porto, dito por entendidos na área marítima, tem todas as condições para ser um porto de ligação entre estas duas ilhas do grupo central, depois de algumas obras necessárias para o efeito.

É um local bastante procu-rado por banhistas, pratican-tes da pesca lúdica, por pes-cadores, profissionais e de recreio. Já para não falar da breve ligação entre duas ilhas, desde sempre ligadas por natureza.

É por isso importante, em nosso entender, que se dig-ne, quem de direito, a trazer ao Topo mais “vida”. Enten-demos que esta possa não ser uma obra prioritária para São Jorge mas, com certeza, importante para a população da ponta Este desta ilha que, como sabem, cada vez tem menos habitantes. Porque será?

“Circuito da Comercialização é uma

questão de justiça.”

1º – Não está de parte o reforço de subsídio aos pescadores (vindo do Fundo de Pescas), caso o mau tempo continue a impedir a captura de pescado. O mau tempo que tem assolado a região não per-mite que os pescadores exerçam a sua arte com o mínimo de segurança. Por isso, os barcos estão em terra há praticamente um mês. Por esse motivo, no caso dos pescadores continua-rem impedidos de sair para a faina o Conselho Admi-nistrativo do Fundo de Pescas reunirá para definir um subsídio suplementar que ajude os profissionais da pesca. Adiantou o Sub-Secretário das Pescas, Marcelo Pamplona, que sublinhou ainda a subida do pescado em lota, verifi-cado este ano comparati-vamente ao ano passado.

2º – Associações de Pescadores vão entrar no Circuito da Comercialização. Já existe entendimento sobre o assunto em causa. As Associações de pesca-dores da região estão a um passo de entrar no circuito da comercialização do pes-cado capturado nos mares

dos Açores. Marcelo Pam-plona, Sub-Secretário das pescas, disse, em São Jor-ge que – “Irá ser feita essa abertura de forma a que as Associações participem em todo o processo de aquisi-ção de pescado. Sendo certo que o que se preten-de é uma actuação selecti-va que permita manter o nível de compradores que temos na Região Autóno-ma dos Açores.” Adiantou ainda o governante que o que se pretende é que os pescadores possam entrar no circuito da comercializa-ção – “de forma a obterem rendimentos mais justos da

sua actividade, fazendo aproximar o preço em lota ao que chega ao consumi-dor final, trazendo, desta forma, mais justiça ao sec-tor.” – disse. A Federação das Pescas dos Açores reuniu em Assembleia-geral, este mês, na ilha de São Jorge. À mesma mesa estiveram – Federação de Pescas, Associações de Pescado-res, Lotaçôr e Governo. Outro dos assuntos em análise foi a alteração à portaria que regulamenta a pesca de palangre. Neste encontro não ficou nada definido por não haver con-

PESCAS

O BREVES - 25 DE NOVEMBRO DE 2011 5

senso entre todos os inter-venientes. Disse José António Fernandes, Pr. da Federação de Pescas. O titular da pasta das pes-cas nos Açores reconhece que a proposta não é a melhor. Por isso, garante, para breve, alterações que venham de encontro às necessidades dos pesca-dores; O encontro coincidiu com a Assembleia-geral da Fede-ração de Pescas dos Aço-res. Entre outros assuntos foi aprovado o orçamento da Federação para o próximo ano.

Da reunião saíram duas decisões importantes para os

pescadores da Região.

Do provisório ao moderno

A creche e Jardim-de-infância “O Balão”, bem como o Centro de Actividades Ocupa-cionais para portadores de defi-ciência (CAO), da Santa Casa da Misericórdia da Vila de San-ta Cruz da Graciosa, vão ter novas instalações.

O edifício a construir de raiz no caminho do Jardim, junto ao Palácio da Justiça, com uma área coberta de 4.558 m2, per-mite aumentar a oferta, esgota-da nas actuais 63 crianças, para 110 lugares. Sobretudo para a creche, que é a única na ilha branca, criada 1 de Setem-

bro de 1995, a lista de espera tem vindo a aumentar com a mudança de hábitos familiares, motivada pela entrada de mais mulheres no mercado de traba-lho.

Trata-se de uma empreitada que será totalmente financiada pelo governo regional, no valor de 2,3 milhões de euros, com um prazo de execução de 18 meses.

O lançamento da primeira pedra que ocorreu a 17 de Novembro significa, para a Santa Casa da Misericórdia de Santa Cruz, o justo reconheci-

mento da dedicação e trabalho no apoio social nas últimas décadas. A título de exemplo, foi esta instituição que abriu o primeiro jardim-de-infância na Graciosa, a 8 de Dezembro de 1981.

A provedora Adelaide Teles referiu – se ao ato simbólico como “um dia de grande alegria para a população da Graciosa”, lembrando que aqueles servi-ços funcionam há vários anos em instalações provisórias e em condições inadequadas.

Apesar da abertura dos esta-belecimentos públicos, “ o ele-vado número de crianças que frequentava as duas valências e a incapacidade para dar res-posta às solicitações dos pais, obrigou a transferir a creche para instalações arrendadas em 2008” – lembrou Adelaide Teles.

Quando ao ensino especial, foi criado pela Misericórdia de Santa Cruz, em 1998, para aco-lher os jovens com dificuldades na aprendizagem e portadores de deficiência com idade supe-rior à da escolaridade obrigató-ria. Também os alunos do CAO já andaram duas vezes com “a casa às costas”.

Por sua vez, Ana Paula Mar-ques, que presidiu à cerimónia em representação do presiden-

Ilha Graciosa

te do governo, sublinhou a importância das parcerias com as misericórdias em projectos desta dimensão, a favor das famílias e do desenvolvimento dos Açores.

Nesta medida, acrescentou que as valências da Santa Casa da Misericórdia de Santa Cruz, nas quais se incluem cen-tros de convívio e ludotecas, receberam apoios do governo, em 2010, na ordem dos 770 mil euros. Lembrou também que a remodelação do lar de idosos de Santo Cristo e a construção de uma cozinha industrial foi superior a 903 mil euros.

Ainda no âmbito do recente apoio social à Graciosa, a Secretária Regional do Traba-lho e da Solidariedade Social destacou o montante de 300 mil euros atribuído à Santa Casa da Misericórdia da Praia, desti-nado à remodelação de quatro moradias para idosos, que já foram inauguradas na última visita estatutária do executivo à ilha branca.

Ana Paula Marques concluiu

com o anúncio da instalação de

um centro de dia na Luz, em

colaboração com o Centro

Social e Paroquial daquela fre-

guesia.

Graciosa terá uma nova creche em 2013

6 O BREVES - 25 DE NOVEMBRO DE 2011

Por: Luís Costa

Colecção “Património Mundial”

A Paisagem Cultural da Vinha do Pico já faz parte da colecção de moedas lançada pela Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM). A

Nova moeda integra uma série de catorze moedas dedi-cadas ao património mundial classificado pela UNESCO em Portugal e pretende contribuir para o reforço do sentimento de pertença dos portugueses e para a afirmação da sua identi-dade no mundo. Depois de Angra do Heroísmo, em 2005, foi a vez da Paisagem Cultural da Vinha da Ilha do Pico ser homenageada na 13.ª moeda sobre os sítios classificados em Portugal como Património Mun-dial. Da autoria da escultora Paula Lourenço, a moeda apre-senta no anverso, uma vide emergindo das pedras vulcâni-cas, o escudo da República e o valor facial. No reverso surge, em relevo, a representação do cone vulcânico do Pico, parcial-mente coberto pelas nuvens e, na sua base, uma interpretação dos chamados currais de vinha.

“Além de constituir uma ver-dadeira peça de arte, é também um excelente veículo de divul-gação da Paisagem Cultural da vinha da Ilha do Pico, uma vez que irá circular em Portugal e por todo o mundo, junto do público em geral, dos coleccio-nadores e nos habituais circui-tos de comercialização” frisou Isabel Pinto Correia, da INCM.

Com o valor facial de 2,50 euro, diâmetro de 28 mm e bor-do serrilhado, a nova moeda foi cunhada em dois tipos de metal e de acabamento: em prata 92,5 por cento, com acabamen-to Proof, 12 g de peso, embala-da em estojo com certificado de garantia numerado e com um limite máximo de emissão de 3 000 exemplares, e em acaba-mento normal, sendo cunhada

em liga de cuproníquel, com 10 g de peso e uma emissão de 100 000 exemplares.

A moeda dedicada à paisa-gem cultural da vinha da ilha do Pico, em prata, pode ser adqui-rida pelo preço de venda de 47,15 euros, enquanto que o preço da moeda em cuproní-quel corresponde ao valor facial.

INCM A Imprensa Nacional Casa

da Moeda (INCM) é uma socie-dade anónima, de capitais

públicos, que tem a seu cargo a produção de bens e serviços fundamentais ao funcionamento do Estado português, como a cunhagem de moeda metálica, a edição de publicações oficiais e a produção de documentos de segurança, como o cartão de cidadão e o passaporte.

Depois de moedas dedica-das a diversos patrimónios nacionais como o Centro Histó-rico de Évora (2004), o Conven-to de Cristo (2004), o Centro Histórico de Angra do Heroísmo (2005), o Mosteiro da Batalha (2005), o Mosteiro de Alcobaça

Ilha do Pico

O BREVES - 25 DE NOVEMBRO DE 2011 7

(2006), a Paisagem Cultural de Sintra (2006), a Floresta Lauris-silva da Madeira (2007), o Cen-tro Histórico do Porto (2008), o Alto Douro Vinhateiro (2008), o Mosteiro dos Jerónimos (2009), a Torre de Belém (2009) e o Sítio Arqueológico do Vale do Côa (2010), foi a vez da Paisa-gem Cultural da Vinha da Ilha do Pico ser homenageada.

A próxima moeda, que encerra esta colecção, é dedi-cada ao Centro Histórico de Guimarães e tem lançamento previsto para 2012.

Paisagem da Vinha em moeda da INCM

Por: Milton Dias

A Ideia do Município O objectivo da remodela-

ção do Jardim da Repúbli-ca é dar-lhe uma nova face, com outra disposição arbórea e disposição física, embora sem o descaracte-rizar.

O projecto é oferecido pelo Governo Regional dos Açores, o Arquitecto é mui-to sensível a questões ambientais e a apresenta-ção pública do projecto assim o demonstrou. A maior intervenção será a nível do pavimento, devido a estar muito degradado, a eliminação dos canteiros de flores e das tamareiras existentes nos cantos do Jardim, as quais se apre-sentam muito doentes, a substituição do gradea-mento por um mais robusto e moderno, estudar a manutenção da parede de suporte do gradeamento em tufo, da Casa dos Pás-saros e do tipo de bancos utilizados.

A mudança de posição do Metrosídeo vai ser efec-tuada coma colaboração de Engenheiros Agróno-mos, que vão tentar viabili-zar a sua recuperação vis-to que, o mesmo foi atingi-do ainda há pouco tempo por um incêndio, ficando, em sua grande parte, des-truído, tendo recuperado e apresentando o aspecto saudável que hoje apre-senta.

A árvore será deslocada para outro sítio dentro do Jardim, continuando a fazer parte da história des-

te. Esta deslocação permi-tirá uma melhor vista ao munícipe ou visitante da fachada do edifício, liber-tando-o de sombras e coberturas causadas pela árvore centenária, e tam-bém uma vista privilegiada a partir do Salão Nobre.

O projecto será candida-tado a fundos comunitá-rios, conjuntamente com outros projectos existentes na Autarquia, lembrando que ainda só existe um estudo prévio do projecto, estando-se a concluir o referido na totalidade, logo que esteja concluído avan-çará a candidatura e res-pectivamente a obra. O município, neste momento, dispõe ainda de cerca de 10 milhões de Euros em fundos comunitários para candidaturas.

A câmara municipal terá de entrar com 15% do valor total do projecto, estando a desenvolver esforços para ir buscar esse valor a outras rubri-cas, tentando evitar usar fundos do orçamento camarário. A maior urgên-cia da gestão do município é o abastecimento de água às populações, não retiran-do qualquer fundo destina-do a satisfazer esta urgên-cia, tudo dependendo da aprovação, em Assembleia Municipal, do orçamento camarário.

A Polémica

No centro da polémica

está o apresentar deste projecto quando, no conce-lho, existem outras situa-ções e empreendimentos com um grau de gravidade e exigência muito superior, que necessitam de solu-ções urgentes.

A Opinião da População A maioria da população

está contra as remodela-ções que a Autarquia prevê fazer no Jardim da Repú-blica. Não concordam com a mudança das árvores centenárias, apresentam reservas relativamente às espécies arbóreas que viram substituir as existen-tes e também em relação à obra física do Jardim. Temem que as árvores

No centro da polémica está a apresentação deste projecto quando, no concelho, existem outras

situações e empreendimentos com um grau de gravidade e exigência muito superior, que necessi-

tam de soluções urgentes.

Por: Carlos Pires

O FUTURO JARDIM DA REPÚBLICA

8 O BREVES - 25 DE NOVEMBRO DE 2011

O BREVES - 25 DE NOVEMBRO DE 2011 9

O jardim do futuro Sociedade

replantadas não resistam a esta mudança e afirmam que esta descaracteriza-ção afaste as pessoas des-te ponto de encontro e conversas.

Os munícipes reclamam ainda a urgência da resolu-ção de outros problemas no concelho e a possibili-dade deste projecto não sair da gaveta.

A Nobreza do Jardim

das Velas O Jardim da Praça da

República ocupa o largo principal da Vila das Velas, local onde em tempos idos esteve localizado o merca-do da localidade. Este jar-dim encontra-se delimitado por muros baixos dotados de um gradeamento supe-rior, canteiros de formas variadas, arbustos e algu-mas árvores. Ao centro possui um coreto.

A regularização da anti-ga praça e a sua adapta-ção a jardim iniciou-se em 1836, quando a Câmara Municipal de Velas emitiu uma deliberação no senti-do do arranjo urbano

daquele espaço. Esse documento obrigava “ os porcos do concelho a andarem com anel no foci-nho e a não atravessarem a praça”. Depois vieram as plantações de árvores já em meados do século, a instalação do coreto, em 1898, a iluminação, em 1899, os arranjos dos can-teiros e outras decorações em pedra queimada, bem como os muros e gradea-mentos nos inícios do século XX.

O jardim encontra-se no centro de uma envolvente de edifícios e integrado num espaço que não lhe dá qualquer hipótese de crescer. Beneficia no entanto de um excelente enquadramento arquitectó-nico dos prédios urbanos que tem em volta. Desses edifícios sobressai o edifí-cio da Câmara Municipal, um dos exemplos máximos do barroco insular em São Jorge. Do lado oposto a este, ergue-se o edifício da Sociedade Filarmónica Velense, ostentando a sua fachada Art déco caracte-rística dos anos 20 e 30 do

século XX, de forte colori-do, apresenta amplas fenestrações por entre ele-mentos decorativos estili-zados na tradição beaux artiana.

Já foi assim o Jardim da República

Casa Manuel de Arriaga, na Horta, inaugurada no centenário da República

A Casa Manuel de Arriaga, na cidade da Horta, onde nas-ceu e viveu o primeiro presi-dente da República Portugue-sa, foi inaugurada domingo pelo presidente do Governo, numa cerimónia que marcou também o fim das comemora-ções do primeiro centenário da República.

O antigo solar dos Arriaga, construído na primeira metade do século XIX, foi adquirido pelo Governo dos Açores e recuperado, para nele instalar um museu evocativo da vida e obra de Manuel de Arriaga, mas também da história da implantação da República em Portugal.

Isso mesmo fez questão de sublinhar, na cerimónia inau-gural, Carlos César, referindo-se à “integridade política” demonstrada por Manuel de

Arriaga, e à “convicção” com que sempre defendeu os seus ideais, procurando “transformar o país numa sociedade mais justa, mais instruída e mais desenvolvida”.

“Por isso, bem podemos dizer que Manuel de Arriaga é um daqueles que serviram e servem de referência às gera-ções que se lhes seguiram”, destacou o chefe do executivo, acrescentando que o equipa-mento museológico instalado no imóvel, pretende ser uma evocação não apenas da per-sonalidade, mas também dos ideais republicanos.

Carlos César lembrou que Manuel de Arriaga foi “um dos contribuintes” açorianos que marcaram a cultura portugue-sa e universal ao longo dos tempos, ressalvando, porém, as “contrariedades” e os

“dissabores” a que “homens como ele” estão normalmente expostos, “mesmo na sua terra natal”.

O presidente do executivo recordou, a este respeito, o facto do pai de Manuel de Arriaga, um monárquico con-victo, ter cortado relações com o filho quando ficou a conhe-cer as suas opções republica-nas.

A obra de reabilitação do Solar dos Arriaga e de trans-formação espaço museológi-co, representa um investimen-to superior a 2 milhões de euros, e tem como grande novidade a introdução de meios tecnológicos que permi-tem aos visitantes conhecer melhor a evolução política e social do país desde meados do século XIX até à actualida-de.

Ilha do Faial

De ascendência flamenga, francesa e basca, Manuel José de Arriaga Brum da Sil-veira nasceu na cidade da Horta a 8 de Julho de 1840, deixando a sua ilha aos 18 anos de idade, para fazer uma notável carreira profissional e política, a nível nacional.

Foi professor de liceu, advo-gado, escritor e poeta, Procu-rador da República e Reitor da Universidade de Coimbra, antes de ocupar, em 1911, o mais alto cargo da nação, o de primeiro presidente da Repú-blica Portuguesa.

Manuel de Arriaga faleceu em Lisboa a 5 de Março de 1917 e os seus restos mortais foram transladados para o Panteão Nacional a 16 de Setembro de 2004, por resolu-ção da Assembleia da Repú-blica.

10 O BREVES - 25 DE NOVEMBRO DE 2011

100 Anos

No passado Sábado, dia 19 de Novembro, o ganadeiro Jorgen-se, Álvaro Amarante, realizou mais um ferra de gado bravo.

Marcaram presença aficionados jorgenses e muitos convidados ligados à tauromaquia, vindos da ilha terceira. Para animação dos presentes, a ferra, contou com o grupo de animação musical “Só Fórró” que, em jeito de desgarradas e cantorias, animaram uma manhã fria e algo chuvosa, acompanhada de churrascada e muita alegria.

Entrevistado pelo Breves, Álvaro Amarante, disse estar satisfeito por ter conseguido mais uma festa, mas salientou que cada vez se torna mais dispendiosa a organização deste evento.

Seu pai, Celestino Amarante, o primeiro Homem na ilha a ter touros, mostra-se orgulhoso pelo facto do seu filho conseguir man-ter a tradição. Muito embora também tenha reforçado que é, na ver-dade, muito caro prosseguir neste tipo de aposta. Tanto para Álvaro Amarante, como para seu pai, é lamentável que as touradas de praça não sejam apoiadas pela autarquia que inclusive as excluiu do programa de festas da semana cultural, depois do grande investimento na construção de uma praça de Touros em São Jorge.

Breves

O BREVES - 25 DE NOVEMBRO DE 2011 11

Ferra de touros juntou muitos aficionados

Centenária recebeu em festa, família e amigos com sorriso e alegria.

Mariana Maciel comemorou no dia 18 de Novembro, um século de vida. Reuniu no salão do Divino Espírito Santo na Beira, família e amigos, recebendo-os de sorriso estampado, num rosto cansado pela idade mas, lúcida suficiente para esboçar um alegre sorriso de satisfação, a todos quantos fizeram questão de a abordar, congra-tulando-a pelo seu aniversário.

Numa curta entrevista ao Breves, disse estar muito satisfeita por voltar a ver toda a família reunida. Sobre qual o segredo, para se conseguir atingir um século de idade, respondeu com júbilo, “basta ser feliz e aguardente de canela”.

Açores no Topo do Mundo” é um projecto de Luís Bettencourt, nascido a 10 de Janeiro de 1974; praticante de actividades de mon-tanha e de desportos de aventura, proprietário de uma empresa de Turismo de Aventura – Aventour, sedeada no arquipélago dos Aço-res, Ilha de São Jorge, que se propõe a levar a bandeira dos Aço-res ao maior cume de cada continente.

Começando esta aventura escalando a Montanha do Pico, sete outras montanhas complementam o projecto “Açores no topo do Mundo” e estão distribuídas pelos cinco continentes do globo, são elas: Monte Kilimanjaro – África, Monte Kosciuszko – Oceânia, Monte Vinson – Antárctida, Monte Elbrus – Europa, Monte Mckinley – América do Norte, Monte Aconcágua – América do Sul, Monte Evereste – Ásia.

Ultrapassados que estão já os dois primeiros cumes, no dia 15 de Dezembro, dará inicio à escalada do Monte Kosciuszko é a montanha mais alta da Austrália. Localizada no estado de Nova Gales do Sul, nas Montanhas Nevadas (Snowy Mountains). Mount Kosciuszko faz parte do Parque Nacional Kosciuszko com a altitude de 2.228 m. Existe três rotas para chegar ao topo, sendo a rota Charlotte Pass a mais difícil de escalar com cerca de 12,5 km de extensão. Quando entrevistado pelo Breves afirmou ser o culminar de um sonho de há muitos anos, e que se orgulha pelo facto de levar o nome dos Açores para alem fronteiras. Questionado por que razão apostava nesse tipo de aventura, apenas nos respondeu que “A vida, é a única Aventura da qual já mais sairemos vivos”.

Açores no Topo do Mundo

Recomeça a 15 de Dezembro

P A R A B É N S

12 O BREVES - 25 DE NOVEMBRO DE 2011

Segundo as responsáveis pela “Amigo Animal” – Associação de defesa dos Animais da Ilha de S. Jor-ge, como sempre, a principal dificul-dade são as burocracias aliadas à falta de sensibilização por parte da população jorgense.

Embora se congratulem com a transferência do antigo espaço, exis-tente na lixeira Municipal, para a quinta da escola profissional, tendo este sido criado para criação de gali-nhas, sempre acondicionou muito melhor os animais.

Mesmo assim lutam com grande dificuldade por falta de recursos monetários que, segundo a vice-presidente, bastaria a colaboração das pessoas, quer através de peque-nos donativos em dinheiro ou mesmo alguns cobertores ou até lençóis usa-dos para que sirvam de agasalho aos seres vivos que são abandonados pelas ruas de S. Jorge.

Aceitariam também, de boa vonta-de, ofertas de; betadine, algodão,

Aflição no canil municipal Canil Municipal de S. Jorge vive

momentos de grande aflição

água oxigenada, detergentes, lixí-vias, etc.

Existe, como afirmaram as respon-sáveis, a promessa do presidente da Autarquia de que, até ao final do seu mandato, irá mandar construir um canil que reúna condições decentes para abrigar não só os cães abando-nados, como também, um espaço de abrigo para gatos.

Embora já tenham aparecido terre-nos autárquicos que poderiam alber-gar esse tipo de construção, a falta de electricidade e abastecimento de água consiste num grande entrave ao prosseguimento do projecto.

A falta de compressão da popula-ção, pelo esforço feito pela associa-

ção, é outro dos graves problemas com que se debatem as responsá-veis pelo canil municipal.

Segundo a presidente da A.A.A.D.I.S.J, Tânia Barcelos, e Vice-presidente, Sónia Silveira, não espe-ram, de modo algum, palmadinhas nas costas, nem tão pouco agradeci-mentos como forma de apoio.

Para ambas, a maior ambição seria conseguirem sensibilizar as pessoas no sentido de tratarem com dignidade os seus animais.

Para além dos apoios por parte da Câmara Municipal, contam ainda com a colaboração da GNR de S. Jorge que, afirmam, ter mão firme na aplicação das coimas referentes aos crimes cometidos sobre os animais.

Quando questionadas sobre quais as despesas inerentes à manutenção do actual canil, que alberga actual-mente 32 cães, dizem que ronda os 150 euros semanais. Já não falando nos custos de veterinários e medica-mentos.

Um dos maiores apelos feitos pelas responsáveis da Associação “Amigo Animal”, aponta para o volun-tariado como forma de auxílio. Não pedem às pessoas para lavarem os canis mas, oferecerem-se para alber-gar, temporariamente, um animal como apoio no tratamento do mes-mo, visitarem mais frequentemente os animais e, com eles, dar um pequeno passeio ou mesmo dar algum carinho. Terminam apelando, encarecidamente, para não abando-narem os seus animais.

Amigo Animal - Associação de Defesa dos Animais da Ilha de S. Jorge.

Telm. 911003866 / 916466767 E-mail: [email protected].

Para donativos: NIB: 003508430000806293094

Sociedade Por: Carlos Silva

O BREVES - 25 DE NOVEMBRO DE 2011 13

A Casa dos Açores do Quebeque acaba de celebrar o seu trigésimo terceiro aniversário. Para honrar tão prestigiado acontecimento, foram planeados uma semana cultural e um jantar. A semana cultural iniciou-se na quarta-feira, dia 26 e terminou sábado dia 29. A aber-tura desta Semana Cultural iniciou com uma exposição sobre o “Povoamento dos Açores”, tema escolhido para este ano e outra exposição do grupo “Reviver”. Após as boas-vindas, o grupo Reviver, entoou o seu hino, presenteou uma passagem de modas e houve uma pales-tra oferecida pelo prestigia do Professor Dr. José António Morais, sobre o envelhecimento.

Foi oficialmente lançado em Montreal o novo livro do pioneiro da diáspora ‘’ ‘’Memórias de Afonso Maria Tavares’’. Vindo de Brampton para este lançamento, ele falou sobre a sua vida declarando que enfrentou tudo na vida com espírito de ganhador, apesar das dificulda-des que sentiu sobretudo quando emigrou para o Canadá. A língua foi o maior inimigo do sucesso mas ele conseguiu vencer, pois sem-pre acreditou que se nos esforçarmos podemos alcançar. Foi lida uma carta do Prof. José Car-los Teixeira da Universidade de B.C., felicitando o grande amigo Afonso.

Quinta-feira, dia 27 de Outubro, o programa iniciou com o rancho folclórico “Ilhas de Encan-to” da C.A.Q., o qual encantou os presentes. É de louvar todos aqueles jovens que gostam do folclore e através deles as danças e cantares daqueles tempos chegam até nós. Um pouco mais tarde, foi a vez do convidado Sr. Dr. Car-los Melo Bento, que se deslocou de Ponta Del-gada, S. Miguel e nos apresentou uma confe-rência sobre o povoamento dos Açores. Para

Comunidades Por: Armando Silveira

Casa dos Açores do Quebeque celebrou o 33º aniversário

além de ser um distinto conferencista é um prestigioso advogado, professor, corresponden-te internacional do World Peace Journal, cola-borador do jornal Açoriano Oriental, autor de alguns livros sobre a história dos Açores, isto entre muitas outras coisas. “Fui amigo de Natá-lia Correia e de Nemésio. Sou advogado de profissão e escritor nas horas vagas. Político por vício e necessidade.

Açoriano de alma e coração”. Ficou-se assim a saber de onde vieram os Tavares, os Melos, os Andrades e outros mais. Sexta-feira, dia 28, estava prevista uma palestra com o Dr. António Gomes de Menezes, Presidente da Sata, mas na impossibilidade de estar presente foi o Sr. Carlos Botelho, o novo Director da SATA em Toronto que esteve presente. Muitas perguntas foram formuladas e muitos esclareci-mentos feitos.

O encerramento desta Semana Cultural teve lugar no Sábado com a celebração do trigésimo terceiro aniversário. Foi recordado quantas Direcções já por ali passaram e que sem o esforço deles não teríamos chegado até ao dia de hoje. Para além de sócios e amigos, estiveram presentes, vários convidados. Várias placas foram oferecidas e como a todos os anos a Casa dos Açores do Quebeque tem a satisfação de oferecer uma medalha de “mérito” a um/a açoriana que se tenha distinguido na comunidade. Foi “ela” oferecida pelo Presidente da Casa dos Açores, Benjamim Moniz, a Gilber-to Pavão, Director e Maestro da Filarmónica do Divino Espírito Santo de Laval. São trinta e três anos que Gilberto Pavão tem dedicado à filar-mónica. Mais tarde, os presentes puderam ouvir a bonita voz da “sereia” peregrina do Fado no dizer de alguns, “santa” do Fado no dizer de outros ou ainda a “cotovia” açoriana como lhe chamava um amigo comum e vosso conhecido, o falecido António Vallcorba. A sua linda voz fez recordar tempos

Antigos. Apesar de algumas dificuldades que fazem parte de qualquer instituição, 33 anos de existência reflectem a vontade, o traba-lho e a força de todos os Açorianos que juntos têm conseguido levar avante os seus objectivos e trabalhos de que muito se orgulham. A pre-sença de todos foi fundamental para que a festa tivesse tão grande sucesso, fazendo assim honras à nossa açorianidade.

A SATA transportadora área açoriana, anunciou uma parceria com a WstJet, a segun-da maior transportadora área canadiana, que permitira disponibilizar mais destinos e tarifas mais competitivas nas rotas entre os açores e o canada.

Esta parceria, que entrara em vigor a 19 de Janeiro, surge na sequencia da estratégica de reforço da presença da SATA nos denominados mercados da saudade, onde existe uma forte comunidade de emigrantes açorianos, como e o caso do Canada.

Na sequência deste acordo, a SATA alarga a oferta de rotas entre os açores e o Canada, disponibilizando mais destinos e tarifas mais competitivas, já que será possível a partir de Toronto e Montreal, destinos para onde a SATA voa a partir dos Açores, seguir viagem para os locais como Winnipeg, Vancouver, Calgary ou Ottawa, mas também para as cidades norte americanas de Nova Iorque, São Francisco ou Miami.

A Westjet que possui uma frota com mais

de 90 aeronaves, opera em 71 destinos da América do Norte, incluindo 30 cidades do Canada e 17 dos EUA.

O presidente da SATA , António Gomes de Meneses, destacou a importância deste acordo ao nível da captação de tráfego dos Açores a partir do Canada , adiantando em conjunto pela SATA e Westjet podem traduzir se numa pou-pança de varias centenas de dólares canadia-nas para uma família do canada que queira visitar os açores.

Gomes de Menezes, citado num comunica-do distribuído pela transportadora área açoria-na, frisou “que este acordo permite o aumento da notoriedade da SATA no mercado interna-cional. Através do estabelecimento de parcerias estratégicas com companhias de referência dos mais relevantes mercados emissores turísti-cos””.

As rotas da SATA para os EUA cresceram 19,5% entre 2009 e 2010, enquanto as ligações ao Canada registaram naquele período um aumento de 11,9%..

SATA anuncia uma parceria com a Westjet

Neste 12º Aniversário do Núcleo Empresarial da Ilha de São Jorge, o seu presidente, João Paulo Oliveira, apelou à união de todos os empre-sários da Ilha face à conjuntura eco-nómica actual e à recessão instala-da na Região.

Lembrou as dificuldades que os

empresários atravessam quer pela diminuição de clientes, quer pela situação geográfica da Ilha, que causa entraves ao desenvolvimento consolidado.

Reivindicou uma maior interliga-ção entre a Secretaria da Economia e os Agentes Económicos da Ilha, salientando que a mesma tem sido boa, mas pedindo que aumente em termos de acções e mecanismos entre os quais, horários das liga-ções nos barcos da Atlanticoline mais acessíveis entre S. Jorge e Terceira e uma ligação diária entre Calheta/Angra nos meses de Junho

a Setembro. Por sua vez, o Secretário Regio-

nal da Economia, Dr. Vasco Cordei-ro, salientou o interesse na discus-são de ideias e conceitos com o Governo Regional e agradeceu o contributo deste Núcleo na criação de emprego e no desenvolvimento socioeconómico da Ilha.

Mencionou os esforços da Tutela nas reformas do SIDER (sistema de incentivos para o desenvolvimento regional), do Empreende Jovem e do Licenciamento Industrial para que não sejam um empecilho mas sim incentivos na valorização do Tecido Empresarial e na criação de

emprego e riqueza na região. Relativamente aos transportes

marítimos, o secretário concorda que estes ainda não atingiram o nível que a tutela pretende mas salienta que evoluíram muito e que melhorarão com a ajuda do N.E.I. S.J.

A Presidente da Assembleia Geral do N.E.I.S.J., Fátima Silveira, afirmou que a missão do Núcleo tem sido a união dos empresários da ilha numa parceria privilegiada com o Governo Regional no comba-te à crise mundial.

Dos Empresários contactados pelo “O Breves” todos concordam que o núcleo tem efectuado um tra-balho digno de representação e defesa dos interesses dos mesmos.

De salientar que neste aniversá-rio participaram para além do Secre-tário da Economia Dr. Vasco Cor-deiro e do Presidente do Núcleo João Paulo Oliveira, a Presidente da Assembleia Geral deste Núcleo Fátima Silveira, o Vice-presidente da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo Dr. Rodrigo Ávila e a Vereadora Isabel Teixeira.

Por: Carlos Pires

Ligação à Terceira

Empresários

Em dia de Aniversário empresários pedem

Vasco Cordeiro salienta o crescimento turístico

em São Jorge

Opinião

“Assim, a Vila da Calheta perdeu o título para as Manadas e ficou com grafia pouco escorreita mas vingada”

Na carta que Luís Teixeira delineou, em 1587,

agora em exposição no Museu de Angra, a ilha de S. Jorge é representada com os seguintes povoados e números de jogos: Rosales, Vila de S. Jorge ou de las Velas-400, Vila das Manadas-100,Calhota-180, Fajã dos Vimes-20, Fajã de S.João-50, Vila de S.Jorge-200 e, do lado Norte, fajã, Fajã de João Gonçalves e Fajã do Auditor-20. Assim, a vila da Calheta perdeu o título para as Manadas e ficou com grafia pouco escorreita mas vingada, 4 séculos depois, no painel de azulejos do portão do mar, na Vila das velas, onde ficou escrito “Mamajas”.

Contavam os antigos que gente vinda do Topo, por mar, se tinha aposentado nesta encosta soalhei-ra e de bons pastos para o gado manar, por volte de 1480.

Do mar á serra, recordava o Sr. João Marques, subia o caminho grande, mais ou menos no percur-so estabelecido como PR7 que, apesar de não estar homologado, vai sendo percorrido por grupos de turistas que descem do Pico Montoso até ao Porto das manadas apreciando as paisagens e a rica bio-diversidade da centro sul da Ilha de S.Jorge, a parte mais recente na sua formação geológica conhecida como complexo das Manadas.

Em 1643, Frei Diogo das Chagas na sua obra “Espelho cristalino em jardim de várias flores” regis-tou 100 jogos para uma população de 343 almas maiores e 181 menores, com o Vigário Gonçalo de Amarantes encarregado da Paróquia de Sta. Bárba-ra das Manadas.

No 1º Rol de Paroquianos, datado de 1798, são 11 os Padres e Estudantes a residirem nesta fregue-sia que tinha 195 jogos para 667 almas maiores e 54 menores. O Rev. Tesoureiro Manuel José da Sil-veira, de 48 anos, a mãe, o irmão, a criada, a assis-tente Manuel José e a afilhada Feliciana viviam no Nº 6 do Caminho da Igreja onde se diz ter funciona-do a escola do Padre Mestre que ensinava os rapa-zes destinados á Ordenação Sacerdotal.

Um século depois, D. Mariana Belmira de Andra-de, de 48 anos, poetisa e escritora com obra publi-cada na Imprensa dos Açores, era a Professora da 1ª Escola Feminina instalada nesta mesma casa onde morava com o filho Inocêncio.

Nesse ano de 1898 foram assentes 25 baptis-mos, 7 casamentos e 15 óbitos nesta Paróquia onde o nº de habitantes era de 935, sendo 336 homens e 59 rapazes, 466 mulheres e 74 raparigas menores de 7 anos, habitando 266 jogos.

Ao entrar no séc XXI as Manadas estavam com menos de 500 habitantes e uma grande parte das casas vazias. Das 2 Escolas e 1 posto Escolar que funcionavam em meados do séc XX nada resta. Da Cooperativa de Leitaria das Manadas ficou um sinal na beira da Estrada Regional “Fábrica de Queijo”. Tinha sido fundada no início dos anos 30, sendo a 2ª do país. Nenhum Padre reside na Paróquia. Da Primavera ao Outono, Manadenses vindos do Cana-dá, dos EUA, do Continente e de outras ilhas dos Açores, abrem as suas casas, participam nas Mis-sas Dominicais, juntam-se nas touradas à corda, nos bailes de roda, animam os portos com toalhas de banho coloridas enquanto vão nadar neste mar bonito de águas limpas e acolhedores.

Mais um Ano do Dragão no Calendário Chinês vai começar em 2012 que se prevê ser de grandes mudanças e muitas esperanças. Cabe a cada Mana-dense usar o direito de cidadania para melhorar o que resta e criar de novo o que faz falta nesta fre-guesia que, por engano, foi chamada Vila das Mana-das.

Maria José Silveira

14 O BREVES - 25 DE NOVEMBRO DE 2011

A Vila das Manadas

Cristina Góis destaca-se da concorrência apos-tando num novo salão de cabeleireira em pleno cen-tro da Vila das Velas.

A empresária encabeça um projecto empreende-dor, marcando a diferença na área da depilação definitiva. A introdução de tecnologia de ponta, a laser, é um dos processos de depilação através de uma fonte de luz monocromática com target defini-do. Este tipo de tratamento oferece ainda a vanta-gem para alem da depilação; tratar de problemas vasculares.

Cristina Góis disse ao Breves – “não me conside-ro a melhor nesse ramo.” Auto-define-se uma profis-sional, preocupada com o bem-estar das suas clien-tes, criando as melhores condições, adquirindo as tecnologias mais avançadas, melhores instalações, dispondo inclusive de uma cadeira de massagens, dando alto conforto ao cliente mesmo durante o pro-cesso de lavagem do cabelo, – “coisa que até agora nunca existiu na ilha.”

Segundo as palavras proferidas pela empresária Jorgense, a aposta feita oferece também a possibili-dade de trazer à nossa ilha profissionais, como por exemplo, a recente estadia, no remodelado salão da Urzelina, de Elisabeth Ministro, formada em eletrolo-gia, em Itália e que vem exercendo, na área de for-mação, desde 1996. Incluindo mesmo formação em seis ilhas do arquipélago dos Açores, incluindo a ilha de S. Jorge. Podendo, deste modo, proporcionar à população Jorgense a possibilidade de tratamentos de qualidade, a preços muito inferiores dos que cus-tariam se tivessem que se deslocar da Ilha.

A abertura do salão, no centro das Velas, é o exemplo que os custos serão mais reduzidos aos utilizadores desse tipo de tratamento, evitando, nes-te caso, deslocarem-se à Urzelina.

Salientou ainda que os horários de funcionamen-to dos dois salões serão repartidos semanalmente, servindo assim as pessoas mais perto de suas casas. Servirá também este grande investimento para poderem ser administrados cursos de formação e reciclagem a futuros profisionais do sector.

Salienta que uma das vantagens dos tratamentos por este processo, embora os produtos possam

Empresária jorgense enfrenta crise com novos investimentos

Empresarial

apresentar preços um pouco superiores aos utiliza-dos por outros profissionais, sairá mais económico devido às poucas sessões necessárias neste tipo de processo e à utilização do equipamento existente no salão.

A empresa oferece ainda técnicas de alisamento; marroquino e Japonês, que proporcionam o alisa-mento do seu cabelo sem recorrer às velhas técni-cas prejudiciais ao cliente.

Para além da utilização de novas tecnologias, terá ao dispor da população Jorgense visitas regula-res do Cirurgião Plástico, Dr. Fadul Rosa, nas seguintes especialidades; estética facial, limpezas de pele, varizes. Cirurgias Plásticas; mamoplastia, abdominoplastia, lipoaspiração, lipoescutura. Cirur-gias Faciais; orelhas, rosto, pálpebras, nariz e quei-xo duplo.

Para Cristina Góis arriscar, nesta altura, é, na verdade, uma aventura. Mas o prazer de proporcio-nar mais qualidade e inovações tecnológicas, são sinónimo de segurança e mais conforto as suas clientes.

“Garantir satisfação às pessoas que nos visitam sempre foi, para mim como profissional, um dever e respeito pelo bem-estar das minhas clientes. Porque toda a gente merece ser tratada com dignidade. Investi também, no profissionalismo e na simpatia das minhas colaboradores.” – conclui Cristina Góis.

Por: Carlos Silva

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O BREVES - 25 DE NOVEMBRO DE 2011 15

Gente da Nossa Terra

Natural do Porto, foi convida-da por uma grande amiga e aventurou-se num passeio aos Açores. Tendo, por iniciativa própria, viajado de barco.

Embarcou no navio Funchal, até a ilha de S. Miguel, tendo aí, embarcado no Ponta Delga-da até S. Jorge. Descreveu como deslumbrante a vista da costa norte desta Ilha pela qual se apaixonou de imediato. Per-maneceu em S. Jorge três meses no seio de uma família a quem chama de “tias”, «as Senhoras Noronhas». Que, embora se encontrem actual-mente a viver no Continente, considera a sua segunda famí-lia.

Diz ter adorado tanto a forma de vida fascinante das gentes desta terra que decidiu ser S. Jorge o único sítio onde poderia ser feliz.

Fernanda Lima Regressou ao Continente para terminar o seu curso, altura em que conheceu o seu marido. Mas, vivia com a ideia fixa de voltar. «Acusou», ainda, de forma gen-til e carinhosa o Dr. Duarte Sá, seu conterrâneo, de ter sido um grande impulsionador do seu regresso à Ilha, dizendo – “ser de grande importância a vinda permanente de uma médica dentista tendo até, inclusive, preparado seu marido de tal forma que o convenceu a vir mesmo sendo de visita. “Ao conhecer a realidade de S. Jor-ge e sabendo da minha paixão pela Ilha, não demorou a deci-dir seguir o meu gosto”. Segun-do Fernanda Lima é costume serem cúmplices no que respei-ta aos gostos. Decidiram, sem hesitação, fixarem-se e aposta-rem profissionalmente, também em parte pela carência de pro-fissionais de clínica dentária na ilha. Transformaram o contorno de curso que a transportou da medicina geral para a medicina dentaria, aproveitando o facto de seu marido também se ter formado em próteses dentarias, agarraram a oportunidade de um investimento que, passados 27 anos, leva esta profissional sentir-se tão Jorgense como qualquer nativo desta “Ilha de sonho. De tal beleza que chega

a ser um autêntico êxtase”, como referiu a Dra. Fernanda Lima ao nosso jornal.

Deslumbra-se diariamente com todas as metamorfoses naturais que estas ilhas propor-cionam a cada manhã, conside-ra que a Montanha do Pico faz tanto parte do seu espaço que, quando devido aos dias mais nublados, deixa de avistar aquela deslumbrante paisagem sentindo um vazio tão grande que chega até a tornar-lhe os dias menos alegres. Chegando mesmo a afirmar que o Pico é dominante na sua vida.

Quanto às fajãs, compara-as como se fosse uma viagem pelo tempo deslumbrando-se a cada passo que dá. Agradece, todos os dias, ter decidido escolher viver em S. Jorge.

Quando interrogada sobre o impacto inicial no que respeita à sua adaptação, ao modo de

vida dos habitantes, em espe-cial os pacientes, não se conte-ve a afirmar que sentiu uma grande falta de sensibilização sobre os cuidados a ter com os dentes e, até mesmo, como são responsáveis por vários sinto-mas de mau estar. Afirmando mesmo que, na profissão que desempenha, é de extrema importância que o médico seja mais humano para com o doen-te, usando até a expressão que deveriam ser amigos do pacien-te.

O sucesso, conseguido na sua carreira, nem sempre foram rosas. Devido à sua forma de ser directa e frontal, detestando a mentira. Quando se dirigia às pessoas falando abertamente – “a Ilha necessita de Jorgenses que a amem profundamente”. Viu-se confrontada com vários mal entendidos, que foram mui-tos. Embora a sua intenção fos-

se de alertar, pelo simples facto de gostar muito desta terra, que afirma de coração, “ser verda-deiramente esta a sua terra, foi a terra que escolhi para viver e não me arrependo uma única vez na vida”.

Veio para S. Jorge muito jovem. O seu filho mais novo tinha apenas um ano de idade. Criou os seus filhos cá, dando-lhes uma infância muito feliz. Finalizando a nossa conversa, a Dra. Fernanda Lima, deixa uma mensagem a todos os Jor-genses: “Dêem um novo rumo á Ilha, invistam mais, orientem-na de forma diferente, amem-na profundamente e tracem um rumo que a leve a um caminho mais prospero porque, esta ilha merece”.

Em jeito de conselho político termina dizendo que acha que as pessoas que a governam, o façam por Amor.

“Esta ilha necessita de jorgenses que a amem profundamente”.

Por: Carlos Silva

“Ser dentista foi um contorno de rumo na sua vida. Viver em S. Jorge foi uma paixão.” Foi com estas palavras que a Dra. Fernanda Lima iniciou a nossa conversa.

Última Página O BREVES - 25 DE NOVEMBRO DE 2011

Investimento

Empresária jorgense enfrenta crise com novos

investimentos Depilação definitiva com produtos certificados

de origem biológica é já uma realidade em S. Jorge.

Por: Carlos Silva

Cristina Góis destaca-se da concorrência apostando num novo salão de cabe-leireira em pleno centro da Vila das Velas.

A empresária encabeça um projecto empreendedor, marcando a diferença na área da depilação definitiva.

Desenvolvimento na pág. 14

Ato I - A Crise Num país como o nosso, a culpa morre

sempre solteira. Por isso, não irei dedicar muito tempo à questão de quem é a culpa da actual crise. Se fôssemos sinceros e frontais, todos devíamos reconhecer que, desde o 25 de Abril, grande parte dos nossos governos eleitos democraticamente, e os respectivos políticos, têm a suas responsabilidades no momento crítico que Portugal atravessa. Não fosse a classe política, nem mais nem menos, um espelho da sociedade, facilmente se chega à conclusão que todos nós somos responsáveis pelo actual estado das coisas.

Ato II - A Conspiração Não sou por feitio adepto de teorias de

conspiração, mas gostaria de enquadrar a crise em que vivemos no seguinte contexto: é inegá-vel que vivemos no mundo globalizado, onde o novo império económico é a Republica Popular da China, em tempos chamada a China verme-lha; também é inegável que a União Europeia não pode competir com a China em termos de produção, tendo em conta a diferença abismal nos salários e condições sociais. Então o dile-ma para o duunvirato franco-alemão é como reduzir os custos de produção sem baixar os padrões sociais dos respectivos países? A solução, na prática, está na Europa do sul, ou seja, obrigando os países híper-endividados a desmantelar os respectivos estados sociais e a baixar os salários, sob pena da bancarrota e/ou saída da zona euro.

Ato III - Aristóteles Como professor de filosofia, vão-me agora

desculpar se eu puxar a brasa à minha sardi-nha. Aristóteles estudou durante muito tempo a tragédia como forma teatral e chegou a algu-mas conclusões interessantes na sua obra A Poética. Aristóteles considerou que o povo que assistia a uma boa tragédia vibrava com o dra-ma e sofrimento humanos ali representados e, ao sair do teatro, sentia-se mais leve psicologi-camente (catarse). Aristóteles concluiu que nem todas as peças que eram largamente reco-nhecidas como tragédias resultavam, isto por-que, para se ser uma tragédia clássica, a peça tem de apresentar personagens de condição social elevada (heróis, etc.), ser contada numa linguagem adequada e, como seria de esperar, ter um final triste.

Ato IV – Papandreou No momento em que escrevo, assistimos

ao final catártico do primeiro-ministro grego George Papandreou. Seguindo à letra uma boa tragédia, Papandreou numa senda de loucura heróica opta por sacrificar o seu povo, mesmo

Opinião

Pelo Contrário Por: João Amaral da Silva

A Tragédia Grega

que por orgulho ainda tente se virar contra as forças do destino através de uma ameaça de referendo. Alto teatro? Não. O povo grego que lutou contra a Alemanha Nazi pela sua indepen-dência, embarcou nos anos oitenta numa via-gem sem retorno no que sonhou ser o projecto europeu: uma grande Europa dos cidadãos, em que o bem-estar económico dos países do norte da Europa se aliava aos benefícios dos estados sociais de toda a Escandinávia. O preço a pagar era relativamente barato, baixar as fronteiras e respectivas tarifas aduaneiras, desmantelar os sectores primários e secundá-rios e limitar-se a desenvolver o sector terciário. Anos de fartura foram aqueles que antecede-ram a criação do euro, um grande regabofe para as elites políticas e económicas. Mas a festa acabou no dia em alguém teve de pagar a factura.

Ato V – 2/3 da Troika Considero que faz falta a verdade à nossa

política, ou seja, os políticos deviam dizer a verdade às suas populações. É inegável que vivemos todos numa época de grande recessão económica (análoga à Grande Depressão do século XX) em que vamos precisar de décadas e muitos sacrifícios para voltarmos ao padrão de desenvolvimento em que vivíamos. A crise da dívida soberana na Europa não se resolve com boas intenções, reuniões, ou telefonemos da chanceler Merkel ao presidente Sarkozy. Numa altura da nossa história comum em que o Tratado de Lisboa aparenta ser um nado-morto, a Europa, enquanto projecto político, precisa urgentemente de liderança forte, e não de uma branca de neve e respectivo anão! Portugal, como estado de pleno direito da União Euro-peia e membro da zona euro, é 2/3 da Troika! Portugal tem de ser mais assertivo em relação ao FMI, isto porque a EU não é uma empresa e nós não somos os seus sócios minoritários. Os povos europeus podem estar neste momento a vibrar com a tragédia grega, como portugueses adoramos uma boa novela, mas não podemos nunca perder o nosso rumo como europeus, nem deixar de sonhar numa Europa melhor para as gerações vindouras. Pessoalmente, nunca gostei de tragédias.

Os autarcas reuniram nos paços do concelho da vila das Velas, cerca de três horas, no dia dezoito deste mês de Novembro.

“Existem entre as ilhas do Faial, Pico e S. Jorge, interesses comuns que estavam parados no tempo.” – disse Manuel Silveira, Pr. da Assembleia Geral da Associação.

O objectivo do encontro entre todos os autarcas foi, precisamente, reactivar a Associa-ção com base nos princípios para que foi criada. Unir as ilhas ao redor de um projecto de desenvolvimento turístico capaz de promover o destino Triângulo é um dos objectivos, bem com, criar uma sede para a AMT, entre outros, de relevante interesse para as popu-lações das ilhas do Faial, Pico e São Jorge.

Para que os objectivos a que se propõem os municípios resultem há que haver uma boa rede de transportes marítimos, entre as três ilhas. Por isso, a AMT quer participar, por ex., na elaboração dos horários antes de serem publicados, adiantou Manuel Silveira.

Associação de Municípios do Triângulo (AMT), reuniu em São Jorge

“Temos que ser mais interventivos”

Municípios

Ter um papel mais interventivo para defesa dos municípios do triângulo é o que se propõe a Associação de Municípios destas três ilhas do grupo central dos Açores que já não reunia há cerca de dois anos.

Silveira e Góis, LDA, uma fir-

ma direccionada em assistência automóvel, com oficia situada

na Urzelina, é já um nome con-ceituado à alguns anos na nos-

sa ilha. Sendo também a sua actividade considerada uma

referencia de qualidade. Paulo Silveira, disse, estar ligado a

esse ramo há vários anos, sem-pre com a ambição focada no

progresso e melhor assistência aos automobilistas Jorgenses.

Dispõe de uma equipa de profis-sionais na especialidade bate-

chapa e pintura, venda e mudança de pneus, que colabo-

ram diariamente para bem servir os seus clientes. Recentes

investimentos, tornam a empre-sa S&G, numa das mais bem

equipadas do ramo. Para além do já existente equipamento,

Empresas

Novos equipamentos e pessoal especializado

estufa de pintura, adquiriu,

recentemente, um banco de ensaio de carroçarias, que pos-

sibilita, uma maior qualidade no serviço. Brevemente, irá dispor

de uma viatura de assistência em viagem, com serviço 24

horas. Para Paulo Silveira o segredo do sucesso é apenas

“muito trabalho, dedicação, sim-patia e gosto no bem servir o

cliente.” - disse.

Por: Carlos Silva

Colecção “Património Mundial” Paisagem da Vinha em moeda da INCM

Ilha do Pico

Ilha Graciosa

Ilha do Faial

Do provisório ao moderno Graciosa terá uma nova creche em 2013

Casa Manuel de Arriaga, na Horta, inaugurada no centenário da República