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DA SUA CONTA Informativo mensal do Tribunal de Contas de Mato Grosso – Ano 4 – Edição 36 www.tce.mt.gov.br MARÇO DE 2011 O Tribunal de Contas de Mato Grosso iniciou no dia 10 de março a primeira fase da elaboração do Plano Estratégico para o período 2012-2017. Para tanto, o conse- lheiro presidente Valter Albano reuniu as lideranças de todos es- calões administrativos e técnicos para o que ele denominou a lar- gada de um novo e histórico ci- clo. Essa etapa consistiu em ouvir TCE começa novo ciclo com elaboração do Planejamento Estratégico 2012-2017 (Pág. 4 e 5) todos os lideres e servidores por meio de reuniões nos próprios locais de trabalho, para o que se chama de análise de cenário, apu- rando oportunidades e ameças e forças e fraquezas. O calendário de elaboração do plano estratégico prevê a apre- sentação do termo de referência, discussão e elaboração do Plano de Longo Prazo no dia 13 de abril. 9 772178 846407 ISSN 2178-8464 36 Segurança da Informação TRIBUNAL REALIZA ENCONTRO PARA DEBATER POLÍTICA DE SEGURANÇA COM A PRESENÇA DE ESPECIALISTA (Pág. 7) (Pág. 6) (Pág. 6) TCESTUDANTIL PROJETO RECOMEÇA ATIVIDADES COM VISITA DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DO COLÉGIO SALESIANO SÃO GONÇALO (Pág. 8) O 5º módulo do curso de ca- pacitação permanete foi minis- trado pelo procurador de Justi- ça do Estado do Rio Grande do Sul, Lênio Luiz Streck, mestre e doutor em Direito pela Univer- sidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O Tribunal de Contas de Ma- to Grosso realizou no último dia 2 março uma capacitação especí- fica para auditores da Auditoria Geral do Estado (AGE) com ên- fase na novas medidas adotadas pelo TCE, entre elas a redefini- ção de prazos e a informatização de procedimentos sob a respon- sabilidade da Secretaria de Con- trole Externo de Atos de Pessoal (Secex-Pessoal). O treinamento teve duração de dois dias, sendo realizado na Escola Superior de Contas e mi- nistrado por dois facilitadores da Secex-Pessoal; o subsecretá- rio Francisney Liberato Siqueira e a auditora Áurea Maria Abran- ches Soares. Auditores da AGE recebem orientação sobre atos de pessoal Conselheiros retomam capacitação e debatem “Controle Constitucional”

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edição de março 2011

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DA SUA CONTAInformativo mensal do Tribunal de Contas de Mato Grosso – Ano 4 – Edição 36 www.tce.mt.gov.br MARÇO DE 2011

O Tribunal de Contas de Mato Grosso iniciou no dia 10 de março a primeira fase da elaboração do Plano Estratégico para o período 2012-2017. Para tanto, o conse-lheiro presidente Valter Albano reuniu as lideranças de todos es-calões administrativos e técnicos para o que ele denominou a lar-gada de um novo e histórico ci-clo. Essa etapa consistiu em ouvir

TCE começa novo ciclo com elaboração do Planejamento Estratégico 2012-2017

(Pág. 4 e 5)

todos os lideres e servidores por meio de reuniões nos próprios locais de trabalho, para o que se chama de análise de cenário, apu-rando oportunidades e ameças e forças e fraquezas.

O calendário de elaboração do plano estratégico prevê a apre-sentação do termo de referência, discussão e elaboração do Plano de Longo Prazo no dia 13 de abril.

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Segurança da InformaçãoTRIBUNAL REALIZA ENCONTRO PARA DEBATER POLÍTICA DE SEGURANÇA COM A PRESENÇA DE ESPECIALISTA (Pág. 7)

(Pág. 6)

(Pág. 6)

TCESTUDANTILPROJETO RECOMEÇA ATIVIDADES COM VISITA DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DO COLÉGIO SALESIANO SÃO GONÇALO

(Pág. 8)

O 5º módulo do curso de ca-pacitação permanete foi minis-trado pelo procurador de Justi-ça do Estado do Rio Grande do

Sul, Lênio Luiz Streck, mestre e doutor em Direito pela Univer-sidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O Tribunal de Contas de Ma-to Grosso realizou no último dia 2 março uma capacitação especí-fi ca para auditores da Auditoria Geral do Estado (AGE) com ên-fase na novas medidas adotadas pelo TCE, entre elas a redefi ni-ção de prazos e a informatização de procedimentos sob a respon-sabilidade da Secretaria de Con-

trole Externo de Atos de Pessoal (Secex-Pessoal).

O treinamento teve duração de dois dias, sendo realizado na Escola Superior de Contas e mi-nistrado por dois facilitadores da Secex-Pessoal; o subsecretá-rio Francisney Liberato Siqueira e a auditora Áurea Maria Abran-ches Soares.

Auditores da AGE recebem orientação sobre atos de pessoal

Conselheiros retomam capacitação e debatem “Controle Constitucional”

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DA SUA CONTA – Ano 4 – Edição 36 – março de 2011 – Tribunal de Contas de Mato Grosso2 – Instrumento de Cidadania

Profissionalização da Gestão Pública: Perspectivas e Desafios

artigo

Com a aprovação do “Pla-no Diretor de Reforma do Aparelho do Estado” em

1995, começaram as reformas ge-renciais sobre o papel do Estado, as políticas de gestão pública e a modernização e a profi ssionali-zação da Administração Pública, tendo seu grande marco legal com a promulgação da Emenda Cons-titucional nº 19/98.

Segundo Coelho, a profi ssiona-lização da gestão pública, baseada principalmente na generalização de processos meritocráticos, da qualifi cação continuada e da ava-liação de desempenho (individual e das organizações), deve contri-buir para a eliminação de práticas patrimonialistas e clientelistas e elevar os patamares de racionali-dade, de produtividade, de trans-parência, de qualidade e de efeti-vidade dos serviços e das políticas públicas (A profi ssionalização da Administração Pública. Disponível em <htt p://www.dominiopublico.gov.br> Acesso: 13 fev 2011).

Com a reforma administrati-va introduzida pela Lei Comple-mentar nº 264/2006, o Governo

ISAÍAS LOPES DA CUNHA*

CORPO DELIBERATIVOPRESIDENTE

Valter Albano da Silva VICE-PRESIDENTE

Antonio Joaquim CORREGEDOR GERAL

José Carlos NovelliOUVIDOR GERAL

Alencar Soares FilhoCONSELHEIROS

Humberto BosaipoWaldir Júlio Teis

Campos Neto

AUDITORES SUBSTITUTOS DE CONSELHEIROS

Luiz Henrique LimaIsaias Lopes da Cunha

Luiz Carlos Azevedo Costa Pereira

MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTASPROCURADOR GERAL DE CONTAS

Alisson Carvalho de Alencar

PROCURADOR GERAL SUBSTITUTO

Getúlio Velasco Moreira Filho

PROCURADORES DE CONTAS

Gustavo Coelho DeschampsWilliam de Almeida Brito Júnior

SECRETÁRIO DE GESTÃOFlávio Vieira

EDIÇÃOASSESSORIA ESPECIAL DE COMUNICAÇÃO

COORDENAÇÃO: Dora Lemes

GERÊNCIA DE JORNALISMO: Américo CorrêaEQUIPE: Josona Sales e Tábata Almeida

GERÊNCIA DE COMUN. INTERNA: Janayna Cajueiro

GERÊNCIA DE PUBLICIDADE: Doriane MilochEQUIPE: Fabiane Mello

FOTOGRAFIA: Marcos Bergamasco(Agência Phocus)

PRODUÇÃO EDITORIALEDIÇÃO:Américo Corrêa,

Janayna Cajueiro e Josona Sales

EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Doriane Miloch

(65) 3613-7559 / Fax: (65) [email protected]

IMPRESSÃO: Gráfica MilleniumTIRAGEM: 3.000 exemplares

serviçosO que é administração pública transparente?

Administração transparente é aquela em que o gestor

público garante aos cidadãos acesso amplo às informações

sobre a gestão e seus resultados, utilizando-se de

mecanismos de transparência e incentivando a participação social no desenvolvimento de

políticas públicas.

editorial

O Tribunal de Contas de Mato Grosso vi-venciará este ano um

rica experiência que interessa e pode contribuir decisiva-mente com a administração pública: a largada para um um segundo ciclo de plane-jamento estratégico. Neste ano, o TCE-MT conclui o pla-no estratégico estabelecido para o período de 2005-2011. Ao mesmo tempo, defi ne os objetivos, metas e estratégias gerais do plano estratégico do período de 2012-17.

Tanto a transição de um ciclo para outro, com análi-se de cenário e defi nição de horizontes, quanto a análise dos resultados de uma etapa vencida de seis anos, servem como um oportuno laborató-rio para quaisquer outras ins-tituições públicas que quise-rem acompanhar o processo.

O planejamento estra-tégico vem presidindo o TCE-MT e a aceitação desse conceito político tem sido fundamental para a grande transformação cultural pro-cessada em âmbito estadual. O planejamento estratégico e o modelo de administração gerencial com foco em resul-tados permitiram acreditar na visão que anima a nossa instituição, de ser a referên-cia nacional na sua atividade fi nalística.

Esta edição do jornal DA SUA CONTA trata também de política de segurança da informação no âmbito da ad-ministação pública.

Prorrogado prazo do AplicO presidente do TCE, conselheiro Valter Albano,

curta

do Estado avançou no processo de aperfeiçoamento da administração pública com a implantação dos Núcleos de Administração Sistê-mica do Poder Executivo Estadu-al, que resultou, dentre outros, na sistematização de processos, alo-cação de servidores públicos com perfi l profi ssional mais adequado às funções sistêmicas, propiciando maior efi ciência administrativa e controle de processos.

No entanto, no âmbito da Ad-ministração Pública Municipal, a realidade é muito diferente, pois, segundo relatos e constatações rea-lizadas pelo TCE-MT, a maioria dos municípios carece de instrumentos de planejamentos adequados, de padronização das rotinas de tra-balho e procedimentos de contro-le, de planos de cargos, carreiras e salários (PCCS) estruturados, bem como de servidores públicos con-cursados e, acima de tudo, a falta de qualifi cação profi ssional conti-nuada e de remuneração adequada.

Não obstante, os órgãos de controle externo e interno, no exercício de suas competências constitucionais e legais, têm um papel importante a desempenhar no processo de profi ssionalização da gestão pública por meio da ca-pacitação continuada, avaliação da gestão e das políticas públicas etc., utilizando instrumentos efi cazes, dentre eles a auditoria operacio-nal, que contribuem e avaliam a efetividade das políticas públicas, gerando ações e serviços públicos de mais qualidade para o cidadão.

A necessidade de implanta-

ção e funcionamento do Sistema de Controle Interno, nos termos da Resolução nº 01/2007 do TCE--MT, também contribui para a profi ssionalização da adminis-tração pública na medida em que este Tribunal tem determinado a implantação de rotinas inter-nas e procedimentos de controle dos sistemas administrativos até 2011, recomendado a criação e/ou provimento de cargos de contro-ladores e contadores por meio de concursos públicos e promovido eventos de capacitação para gesto-res e servidores públicos.

Contudo, a profi ssionalização da gestão pública ainda encontra muitos obstáculos, tais como o grande número de cargos comis-sionados, a terceirização irregular de mão-de-obra, a privatização de atividades administrativas e a “publicização” de atividades ou serviços públicos estatais, que são modernas práticas clientelis-tas e neoliberais antij urídicas que procrastinam a realização de con-cursos públicos, a valorização e a qualifi cação dos servidores públi-cos, comprometendo a tão almeja-da efi ciência administrativa.

Portanto, a reforma da admi-nistração pública, nos moldes da administração gerencial, somente se consolidará e promoverá efi ci-ência administrativa e efetividade nas ações governamentais, quan-do houver, de fato, a profi ssionali-zação da gestão pública.

*Auditor Subst. de [email protected]

prorrogou os prazos de envio da Carga Inicial do Sistema de Auditoria Pública Informatizada de Contas (Aplic) para o dia 21 de março e do arquivo mensal de janeiro, para o dia 4 de abril. A

medida atende à solicitação da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), que requereu a dilação dos prazos em razão do congestionamento na rede do Tribunal. O encaminhamento das

prestações de contas municipais é realizado exclusivamente pelo Aplic. O descumprimento dos prazos pode acarretar multa e suspensão de certidões emitidas pelo TCE.

Page 3: Jornal da sua Conta | TCE MT

3DA SUA CONTA – Ano 4 – Edição 36 – março de 2011 – Tribunal de Contas de Mato Grosso Instrumento de Cidadania –

As unidades de Controle Interno dos órgãos públicos municipais e estaduais (no âm-bito do Estado, lideradas pela AGE) devem emitir parecer em processos de benefício previ-denciário, concursos públicos e admissões, antes do envio da informação para o TCE (Resolu-ção Normativa 13/2010). A exi-gência culminou na necessida-de de orientar a Auditoria Geral do Estado (AGE) sobre os novos procedimentos. O TCE-MT re-alizou no último dia 2 março uma capacitação específi ca para cerca de 20 auditores com ênfa-se na novas medidas adotadas pelo TCE, entre elas a redefi -nição de prazos e a informati-zação de procedimentos sob a responsabilidade da Secretaria de Controle Externo de Atos de Pessoal (Secex-Pessoal). O trei-namento teve duração de dois dias, sendo realizado na Escola Superior de Contas e minis-trado por dois facilitadores da

Secex-Pessoal; o subsecretário Francisney Liberato Siqueira e a auditora Áurea Maria Abran-ches Soares.

A Secex-Pessoal é a unidade técnica responsável pela análi-se e preparação de todos os pro-cessos julgados pelo Tribunal de Contas sobre aposentado-rias, pensões, benefícios e ges-tão de pessoas, como concursos públicos e processos seletivos simplifi cados. O Secretário de Atos de Pessoal Osiel Mendes, destacou durante a abertura da capacitação a importância dos auditores da AGE estarem plenamente inteirados dos pro-cedimentos adotados pelo TCE e as mudanças introduzidas pela Resolução 13/2010. Escla-receu ainda que a capacitação segue a estratégia de fortalecer o controle externo sobre atos de pessoal previsto no Plano Estratégico do Tribunal de Con-tas 2005/2011. “A orientação ao jurisdicionado está consagrada

como um dos mais proveitosos métodos de controle externo”, afi rmou

No caso das aposentadorias e pensões, os auditores rece-beram reforços quanto ao que determina a Constituição Fe-deral e sua evolução, mas prin-cipalmente quanto a Reforma da Previdência Social, iniciada com a Emenda Constitucional nº. 20, que estabeleceu o iní-cio da Reforma da Previdência Social, abrangendo mudanças no setor público e privado.” Analisamos ainda as emendas constitucionais 41 e 47, que ten-ciona reordenar a situação pre-videnciária da Administração Pública.”, explica a Áurea Maria

Abranches Soares. No caso dos concursos pú-

blicos e contratações, o subse-cretário Francisney Liberato Siqueira procurou enfocar alguns erros frequentes nos pareceres de controle interno para que não cheguem mais com imperfeições ao TCE. O secretário chefe da Auditoria Geral do Estado, José Alves Pereira Filho, em recomenda-ção aos auditores, destacou a disposição do TCE de atuar na orientação e na prevenção. “Te-nho orientado nossos auditores para um trabalho de qualida-de, evitando executar tarefas apenas pela obrigação de fazê--las”, disse.

Contratações irregulares serão representadas pelo TCE

O TCE aperfeiçoou o con-trole sobre contratações feitas pelas unidades gestoras sem a devida realização de concurso

público ou processo seletivo simplifi cado. Agora feita por meio do cruzamento de infor-mações do Sistema de Audito-ria Pública Informatizada de Contas – Aplic, a auditoria po-de acarretar em representação.

De acordo com o assessor técnico da Secex de Atos de Pessoal, Francisney Liberato Batista Siqueira, a irregulari-dade se deve à subjetividade utilizada ao efetuar contrata-ções. Enquanto a lei determina

que a investidura em cargo ou emprego público depende da aprovação em concurso públi-co ou, em caráter emergencial, de processo seletivo simplifi ca-do, os gestores apenas exigem apresentação de currículo em entrevistas.

“Essa forma de contratação fere aos princípios constitucio-nais da impessoalidade, mora-lidade e, se a pessoa não pre-encher os requisitos da função, da efi ciência”, enfatizou Fran-

cisney. O procedimento corre-to, a ser seguido por todos os gestores públicos, está expres-so na Constituição Federal, no Regimento Interno do TCE (RN nº 14/2007) e na Resolução de Consulta nº 14/2010.

AGE recebe capacitação sobre Atos de Pessoal

AUDITORIA OU CONTROLADORIAA Auditoria Geral do Estado – AGE-MT vai se transformar em Controladoria Geral do Estado – CGE, passando a ser um instrumen-to de controle interno e de conduta funcional. O projeto de transformação em um órgão de correição e conduta funcional, autônomo e vinculado ao Gabinete do Governador foi apresentado ao presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso, conselheiro Valter Albano. O presidente elogiou a proposta e avaliou que “dará mais transparência ao trabalho de investigação de atos funcionais irregulares e irá fortalecer o controle interno da gestão pública estadual”, finalizou.

entrevista

apenas pela obrigação de fazê-

cisney. O procedimento corre-to, a ser seguido por todos os gestores públicos, está expres-so na Constituição Federal, no Regimento Interno do TCE (RN nº 14/2007) e na Resolução de Consulta

da gestão pública estadual”, finalizou.

Francisney Liberato Batista Siqueira, assessor técnico da Secex de Atos de Pessoal

Abertura da capacitação para auditores contou com a presença do secretário chefe da Auditoria Geral do Estado,

José Alves Pereira Filho

Page 4: Jornal da sua Conta | TCE MT

DA SUA CONTA – Ano 4 – Edição 36 – março de 2011 – Tribunal de Contas de Mato Grosso4 – Instrumento de Cidadania

O Tribunal de Contas de Ma-to Grosso iniciou no dia 10 de março a primeira fase da elabo-ração do Plano Estratégico para o período 2012-2017. Para tanto, o conselheiro presidente Valter Albano reuniu as lideranças de todos escalões administrativos e técnicos para o que ele denomi-nou a largada de um novo e his-tórico ciclo. Essa etapa consistiu em ouvir todos os lideres e ser-vidores por meio de reuniões nos próprios locais de trabalho, para o que se chama de análise de ce-nário, apurando oportunidades e ameças e forças e fraquezas.

O presidente disse que a ex-periência vivida pelo TCE-MT interessa toda a administração pública, pois poucos órgãos pú-blicos têm a oportunidade de concluir um plano estratégico de longo prazo (2005-2011) e come-çar a elaboração de outro plano de igual dimensão. “Estamos dando um exemplo para as ad-ministrações públicas de que pla-nejar o futuro deve ser o compor-tamento correto de uma boa ins-tituição pública”, disse Albano.

O calendário de elaboração do plano estratégico prevê a apre-sentação do termo de referência,

discussão e elaboração do Plano de Longo Prazo para o dia 13 de abril, em reunião que contará com as presenças de todos os conse-lheiros e auditores substitutos de conselheiros, procuradores de contas e secretários das áreas ad-ministrativa e técnica – entendida como liderança estratégica do Tri-bunal de Contas de Mato Grosso.

As reuniões preliminares para a elaboração do plano es-tratégico começaram em 25 de fevereiro, com encontro do Co-mitê Estratégico, para a elabo-ração do calendário. Depois, em 4 de março, nova reunião desse fórum para a definição de etapas. Em seguida, a Assessoria de Pla-nejamento concluiu o sistema a ser utilizado para lançamento de informações e acompanhamen-to do andamento de medidas e decisões. A validação da análise de cenário, que é o resultado da tarefa distribuída no encontro do dia 10 de março para todas as lideranças, ocorreu no dia 17 de março. Até o dia 25 de março o Comitê Estratégico terá que va-lidar a consolidação do cenário externo e interno. Até o dia 31 de março, o comitê fará a elaboração do termo de referência.

TCE-MT dá largada na elaboração do Planejamento Estratégico 2012-2017plano estratégico

Em palestra no auditório da Escola de Contas com líderes de todas as unidades do TCE, a consultora e professora Elisabete Queiroz demonstrou a necessida-de de envolver todos os servido-res e colaboradores da instituição na elaboração de um diagnóstico, partindo da análise de cenários que exercem grande influência no

TCE. “Esta é uma das principais etapas do processo de elabora-ção do Planejamento Estratégico e procura identificar qual a real situação da instituição quantos aos fatores externo e interno. Para que o plano seja eficiente é preci-so fazer essa análise de cenário de forma participativa. Todos devem colaborar identificando

forças e fraquezas internas à or-ganização e fatores externos que acabam incidindo ou como opor-tunidades ou como ameaças”, ex-plicou a consultora.

Elisabete lembrou aos partici-pantes que ao avaliar estes cená-rios, seria possível desencadear novas formas de pensamento so-bre temas de grande relevância

garantindo a qualidade da gestão no futuro. Ela enfatizou que é preciso persistir na estratégia de envolver todos os servidores, dis-cutindo todos os pontos de vista. “Sem a participação e o consen-so de cada unidade, o trabalho poderá se perder e não atingir o objetivo principal, que é a análise do cenário”, disse.

Para analisar o cenário inter-no e externo, a consultora apon-tou as características internas a serem avaliadas, tais como: es-trutura organizacional, níveis hierárquicos, estrutura de poder, processo decisório, produtivida-de, gestão de pessoas, recursos materiais, eficiência na prestação de serviços, eficácia e efetivida-

de nos resultados, otimização na aplicação dos recursos públicos, economicidade e responsabilida-de social e ambiental.

Quanto aos fatores externos que podem agir como oportuni-dade ou ameaça, os grupos de-veriam considerar a conjuntura político-sócio-econômica, as re-lações nacionais e internacionais,

Primeira fase começou com análise de cenários interno e externo

A primeira grande reunião aconteceu no dia 10 de março, que o presidente Valter Albano considerou como um dos dias mais importantes de 2011

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5DA SUA CONTA – Ano 4 – Edição 36 – março de 2011 – Tribunal de Contas de Mato Grosso Instrumento de Cidadania –

TCE-MT dá largada na elaboração do Planejamento Estratégico 2012-2017

“ESSE É O NOSSO FUTURO”

DA SUA CONTA - Qual a importância desta reunião para o planejamento estratégico 2012-2017?CONSELHEIRO VALTER ALBANO - Eu considero talvez o dia mais importante de 2011. Porque logo após um período de recesso, nós reunimos todas as lideranças do Tribunal de Contas, tanto da área finalística, que é o controle externo, quanto da área de gestão, e iniciamos o maior empre-endimento que uma instituição moderna tem que é a elaboração do planejamento estratégico de longo prazo.

Por que a reunião ainda no mês de março ?Estamos concluindo em 2011 um planejamento estratégico de longo prazo, que compreende o pe-ríodo de 2006 a 2011. Agora, no tempo certo, no tempo previsto em lei, que é antes da elaboração do Plano Plurianual, antes da elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2012, nós esta-mos elaborando o planejamento de longo prazo para 2012-2017.

Por que ouvir todos nessa primeira fase ?Nós colocamos todas as lideranças e todas as pessoas do Tribunal para pensar o futuro de nossa instituição e o futuro de nós mesmos, porque nós vivemos a instituição, cumprimos um papel insti-tucional, um papel social, que é do controle externo da gestão dos recursos públicos.

Qual a expectativa com o início do trabalho?Essa largada me alegra, me faz sentir realizado, aumenta a nossa responsabilidade como um todo e a minha como presidente atualmente. Estamos elaborando algo que sinaliza para mais três gestões administrativas, para o que é que o Tribunal de Contas deve fazer, nesse processo histórico, pra ser uma instituição útil e que coopera com a administração pública no sentido de ter um serviço de qualidade. Uma instituição que fiscaliza e que indica aos Poderes constituídos providências a serem adotadas, nos casos em que há desvio de conduta. Enfim, uma instituição que a sociedade enxerga e que vale a pena pagar para ela existir, porque ela dá retorno. Esse é o nosso futuro.

de nos resultados, otimização na aplicação dos recursos públicos, economicidade e responsabilida-de social e ambiental.

Quanto aos fatores externos que podem agir como oportuni-dade ou ameaça, os grupos de-veriam considerar a conjuntura político-sócio-econômica, as re-lações nacionais e internacionais,

meio ambiente, ambiente cultural e imagem institucional (qualida-de, pontualidade, agilidade, tec-nologia).

Primeira fase começou com análise de cenários interno e externo

Planejamento e modernização

O processo de modernização do Tribunal de Contas de Mato Grosso teve início em 2001, com a sua inclusão em projeto simi-lar então em curso na Secreta-ria de Fazenda, no contexto do programa PNAFE. Em seguida, no período 2002/2003, foi dado o primeiro passo visando o pla-nejamento estratégico. O foco na modernização ganhou corpo em 2005, com a reestruturação organizacional com ênfase na redefi nição das competências institucionais de cada unidade de trabalho. Essa etapa foi coro-ada com a aprovação do plano estratégico para o período 2005-2011, que abrangeria três ges-tões administrativas. O plano aprovado estava assentado dois grandes objetivos e nove metas.

A execução do planejamento estratégico começou com a ges-tão do conselheiro José Carlos Novelli, que no desdobramento defi niu para o período de 2006-2008 quatro objetivos e nove metas. Na gestão do conselheiro Antonio Joaquim, 2008-2009, fo-ram mantidas as nove grandes metas estratégicas. A consoli-dação do plano fi cou a cargo da gestão do conselheiro Valter albano (2010-2011), que ajustou a ação sob perspectivas: da so-ciedade, dos recursos públicos, dos fi scalizados, dos processos internos e do aprendizado e ino-vação.

Durante todo o período o TCE-MT realizou reuniões pe-riódicas de não-conformidade e de resultados. Também foram realizadas pesquisas de avalia-ção de satisfação e de imagem em todos os 6 anos com os pú-blicos sociedade, jurisdiciona-dos e servidores. Com isso, o ciclo se encerra com a existência indicadores que servirão para o plano estratégico 2012-2017.Elisabete Queiroz,

consultora do Planejamento Estratégico do TCE-MT

A primeira grande reunião aconteceu no dia 10 de março, que o presidente Valter Albano considerou como um dos dias mais importantes de 2011

Page 6: Jornal da sua Conta | TCE MT

DA SUA CONTA – Ano 4 – Edição 36 – março de 2011 – Tribunal de Contas de Mato Grosso6 – Instrumento de Cidadania

cursos

A Capacitação Permanente dos Conselheiros do Tribunal de Contas de Mato Grosso foi reiniciada em 2011. Com o tema “Controle Constitucional”, o 5º módulo do curso foi ministrado no último dia 2 pelo procura-dor de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Lênio Luiz Stre-ck, que é mestre e doutor em Di-reito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Em sua aula, o jurista res-saltou o controle institucional como um conjunto de ferramen-tas interpretativas, que facilita a compreensão da importância do órgão de controle externo para a República. “Democracia signifi ca controle e, controle, transparência”, pontuou Streck. Positivismo e Pós Positivismo, Hermenêutica Constitucional, Efetividade dos Direitos Funda-mentais, Controle de Legalida-de, de Convencionalidade e de Constitucionalidade dos Atos

“Controle Constitucional” foi tema do 5º módulo da capacitação permanente de conselheiros

Estatais, bem como Controle de Constitucionalidade pelo TCE foram os assuntos abordados.

Esta é a primeira vez que o jurista e pós-doutor pela Uni-versidade de Lisboa (Portugal) ministra uma capacitação para conselheiros.

O facilitador atualmente atua como professor titular da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e colaborador visitante das Faculdades de Di-reito da Universidade de Coim-bra e da Universidade de Lisboa, entre outras.

Organizado pela Consulto-ria Jurídica e Escola Superior de Contas, a Capacitação Perma-nente dos Conselheiros cumpre meta prevista no Plano Estra-tégico 2010/2011, de aprimorar a gestão do TCE vistando a ex-celência no Controle Externo. O curso possui, ao todo, 17 mó-dulos e deverá ser concluído em dezembro de 2011.

JORNADA TÉCNICA

O Tribunal de Contas de Mato Grosso realiza mais uma Jornada Técnica destinada aos servidores que atuam nas Secretarias de Controle Externo, Gabinetes de Conselheiros e Ministério Público de Contas nos dias 23 e 24 de março. O objetivo é alinhar entendi-mentos quanto a aplicabilidade das Resoluções Normativas 16 e 17/2010, que tratam do Manual de Auditoria de Obras Rodoviárias e da Classificação de Irregularidades e Padronização de Multas.

De acordo com a programação do evento, a palestra “Responsabilização dos Agentes Públicos e Atuação do Ministério Público de Contas”, ministrada pelo procurador Geral do MP de Contas Alisson Alencar, abre os trabalhos no dia 23. Outros assuntos relacio-nados ao controle externo serão debatidos em seguida, tais como a “Classificação de Irregularidades e Padronização de Multas” e “Licitações e Contratos”, temas a serem apresentados respectivamente pelo secretário de Desenvolvimento Institucional Carlos Eduardo Amorim e pelo auditor Volmar Bucco Júnior. A apresentação do secretário-chefe da Consultoria Técnica, Ronaldo Ribeiro de Oliveira – sobre responsabilidades dos gestores, controladores e servidores no Sistema de Controle Interno e o relacionamento com o Controle Externo – encerra o primeiro dia da capacitação.

No dia 24, a secretária de Controle Externo de Obras e Serviços de Engenharia Narda Consuelo Silva e o assessor técnico da Secex-Pessoal Francisney Siqueira ministram as palestras “Manual de Auditoria de Obras Rodoviárias” e “Informatização e o Controle Interno sobre Atos e de Pessoal”. Na sequência, os servidores da área técnica debaterão sobre “Patrimônio, Contabilidade e Responsabilização do Contador”. O coordenador de Gestão de Pessoas do TCE, Enéias Viegas da Silva, apresenta as matrizes de competências e de responsabilidade pela qualidade do controle externo, concluindo o ciclo de palestras na quarta-feira.

Atendendo o Plano Estratégico 2010-2011, a realização de capacitações técnicas dirigidas atende a meta de garantir qualidade e celeridade às decisões do controle externo.

O jurista Lênio Luiz Streck ministrou a aula do 5º módulo

Page 7: Jornal da sua Conta | TCE MT

7DA SUA CONTA – Ano 4 – Edição 36 – março de 2011 – Tribunal de Contas de Mato Grosso Instrumento de Cidadania –

digital

7Instrumento de Cidadania –

1º Encontro sobre Política de Segurança da Informação

Entre conselheiros, auditores substitutos de conselheiros, pro-curadores de contas, líderes, co-laboradores e convidados, cerca de 300 pessoas participaram do 1º Encontro Técnico de Seguran-ça da Informação do Tribunal de Contas de Mato Grosso, no últi-mo dia 17. Organizado pela Cor-regedoria Geral, o evento contou com palestra da advogada e es-pecialista em Direito Digital pela Universidade de São Paulo (USP), Patrícia Peck Pinheiro, que abor-dou a importância da integrida-de e confi dencialidade das infor-mações geradas e manipuladas por todos.

A relevância do tema em de-bate e as normas editadas pela Política de Segurança da Infor-mação da instituição ainda em 2010 foram reiteradas pelo presi-dente e pelo corregedor do TCE, conselheiros Valter Albano e José Carlos Novelli, na abertura do en-contro. Proteger as informações do controle externo, segundo eles, é indispensável para executar os trabalhos de forma segura.

Autora do livro “Direito Di-gital” e coautora do audiolivro e do pocket book “Direito Digital no Dia a Dia”, Patrícia Peck Pi-nheiro, abordou em sua palestra desde o surgimento da internet há 40 anos, passando pela mu-dança cultural na Era da Infor-mação, até os conceitos legais e as regras de conduta que devem ser do conhecimento de todos para a proteção da imagem pes-soal e profi ssional. “Aprendemos a proteger bens materiais, mas não aqueles intangíveis, como a informação e reputação. Somos a geração do conhecimento, onde toda informação gerada é docu-mentada e sem fronteiras físicas

de acesso”, pontuou.Ainda de acordo com a re-

nomada palestrante, a maioria dos incidentes envolve pessoas desatentas e desavisadas que, na pressa, prejudicam a si e a ins-tituição em que trabalham sem intenção. “Daí a importância da orientação para um uso seguro do aparelho celular, do computa-dor e da internet”, frisou a advo-gada. “Trata-se de um processo educacional permanente de mu-dança de hábitos, como comentar uma rotina de trabalho nas redes sociais, esquecer um documento impresso na impressora e com-partilhar senhas, por exemplo”.

Também especialista em ne-gócios pela Harvard Business School e com MBA em marketing pela Media Marketing School,

Patrícia Peck Pinheiro concluiu capacitação em inteligência e contrainteligência pela Escola de Inteligência do Exército e é co-lunista e articulista de diversos veículos de comunicação, entre eles o Globonews e o Jornal Valor Econômico.

O 1º Encontro Técnico de Se-gurança da Informação encerrou as atividades de divulgação da Política de Segurança da Infor-mação do TCE (Resolução Nor-mativa nº 10/2010), que em no-vembro de 2010, convocou todos os servidores para participar de micro palestras sobre o tema e a assinar Termos de Responsabili-dade para a utilização dos recur-sos de tecnologia da informação do órgão, como logins, senhas e e-mail institucional.

Autora do livro “Direito Digital” e coautora do audiolivro e do pocket book “Direito Digital no Dia a Dia”,

Patrícia Peck Pinheiro, foi a principal palestrante

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DA SUA CONTA – Ano 4 – Edição 36 – março de 2011 – Tribunal de Contas de Mato Grosso8 – Instrumento de Cidadania

cidadania

TCEstudantil retoma as suas atividadesO Tribunal de Contas reto-

mou, no dia 15 de março, as ati-vidades do Projeto TCEstudan-til, cujo objetivo é estimular a consciência dos jovens quanto à importância do exercício da cida-dania e do controle social. O Co-légio Salesiano São Gonçalo foi a primeira instituição de ensino a trazer alunos para visitar as de-pendências do órgão de controle externo em 2011 para conhecer a importância da sua função para a sociedade mato-grossense..

Após acompanhar parte da sessão plenária de julgamentos, os 60 estudantes do 3º ano do En-sino Médio do colégio assistiram a palestra “Tribunal de Contas – Instrumento Social de Controle e Cidadania” ministrada na Escola Superior de Contas pela gerente de Controle Social do TCE, Lu-

cimar Marques da Luz, e pela assistente jurídica da Ouvidoria--Geral, Andréia Teixeira.

Parte das atividades do Pro-grama Consciência Cidadã, o Projeto TCEstudantil existe há cinco anos e, em 2010, foi res-ponsável pela recepção de 34 instituições de ensino, sendo 21 escolas estaduais e 13 facul-dades. Ao todo, 1.254 alunos de Ensino Médio e 548 acadêmicos de Direito, Ciências Contábeis, Economia e Administração vi-sitaram o Tribunal de Contas no ano passado. Em 2011, a ex-pectativa é ampliar a aproxima-ção do órgão com a sociedade com a realização de palestras ministradas pelos conselheiros, procuradores e auditores nas de-pendências das próprias escolas e faculdades.

Estudantes do Colégio Salesiano São Gonçalo em visita ao TCE