jornal da diocese de blumenau novembro/2010

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Núcleo Ecumênico prepara celebração do Dia de Ação de Graças Diocese de Blumenau CNBB Regional Sul 4 ANO XI Nº 111 - Novembro de 2010 - Leia mais: www.diocesedeblumenau.org.br pág. 6 Diocese de Blumenau Jornal da Para dar frutos de esperança e Para dar frutos de esperança e vida, vida, é preciso morrer para este mundo e renascer em Cristo

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Jornal da Diocese de Blumenau, ano XI, Edição 111, Novembro de 2010

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Page 1: Jornal da Diocese de Blumenau Novembro/2010

Núcleo Ecumênico prepara celebração do Dia de Ação de Graças

Diocese de BlumenauCNBB Regional Sul 4

ANO XI Nº 111 - Novembro de 2010 - Leia mais: www.diocesedeblumenau.org.br

pág. 6

Diocese de BlumenauJornal da

Para dar frutos de esperança e Para dar frutos de esperança e vida,vida, é preciso morrer para este mundo e renascer em Cristo

Page 2: Jornal da Diocese de Blumenau Novembro/2010

www.dioceseblumenau.org.br Novembro de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau

Opinião

3322-3950Informar-se é Prevenção

Prevenção = Atendimento Digno + Redução dos Custos

[email protected]

CEMITÉRIO?

“A Deus, o único sábio, por meio de Jesus Cristo, seja dada a glória para sempre. Amém”

(Rm 16,27)

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O mês de novembro, na tradição cristã, começa com a festa de todos os santos: uma bela oportunidade para lem-brarmos que em nosso batis-mo recebemos um nome que, na maioria das vezes, tem um significado profundo, porque revela a vida e o modelo de vida de um santo, uma santa, ou até um dos títulos de Nossa Senhora, a Rainha de todos os Santos.

Ter um santo, ou uma santa, como padroeiro signifi ca ter um programa, um projeto de vida que, de alguma forma, seja o refl exo da vida daquele ou da-quela santa. Diante desses mo-delos de santidade, pergunta-

mo-nos como eles conseguiram entregar a própria vida a Jesus, como conseguiram “vencer o mundo”, com todas as atrações e seduções que este oferece.

Enquanto estava escrevendo este texto, dei-me me conta de que, contemporaneamente, na Igreja, estava sendo beatifi cada uma jovem de apenas 18 anos: Chiara Luce (Clara Luz), que morreu em 1990. A dela foi uma vida normal, feita de sucessos e fracassos. Muitos amigos encon-traram nela disponibilidade para ouvir, mas desde o tempo do primário, na escola, ela era mar-ginalizada pelas colegas, que a chamavam de “freirinha”, por causa do seu compromisso com

a Igreja. No ensino médio, Chiara Luz

foi reprovada, devido a uma in-justiça e o primeiro namoro foi, para ela, uma decepção. Aos 17 anos uma dor aguda, enquanto jogava tênis, revelou a presen-ça de um câncer ósseo. A do-ença não abalou a sua fé, pelo contrário. Sustentada pela es-piritualidade do Movimento dos Focolares, mesmo que cada es-perança de cura se definhasse e ela perdesse, aos poucos, a motricidade das pernas, chegou a dizer: “Por Ti Jesus, se Tu o queres, eu o quero também”.

Clara recebeu o nome de Luz para lembrar que a nossa vida, nas mãos de Deus, pode tor-nar-se a Luz que vence o mun-do. Antes de morrer, ela deixou uma mensagem para os jovens: “Os jovens são o futuro. Eu não

posso mais correr, gostaria, porém, de passar para eles uma tocha, como se faz nas Olimpíadas. Eles têm somen-te uma vida, e vale a pena que seja bem vivida”.

O primeiro que recebeu um milagre por intercessão de Clara Luz foi um jovem de Trieste, uma cidade italiana. Atingido por uma meningite fulminante, os médicos lhe deram 48 horas de vida. Mas, por algo inexplicável e sobre-natural, depois de pedida a intercessão da neo-beata, ele recuperou, imediatamente, a saúde.

Agradecendo a Deus por nos ter dado em Clara Luz, um exemplo de santa dos jovens, invoquemos a sua in-tercessão para toda a nossa juventude.

Os santos de hoje

Arti

go

Ao celebrar a Semana Nacional da Vida (1º a 7 de outubro), neste ano fomos orientados pelo tema: “Vida, Ecologia Humana e Meio Am-biente”. Tema de grande relevância e valor, que merece a atenção de cada um de nós.

Ecologia é a ciência da nossa casa comum: o meio ambiente, a natureza, a terra, o cosmo. Ecologia é a arte e a técnica de atendimento das necessidades comuns da casa comum, explica-nos Leonardo Boff.

Aquecimento global, buracos na camada de ozônio, efeito estufa, desmatamento, enchen-tes, secas prolongadas e devastadoras, catás-trofes ambientais... Do mais letrado homem da cidade, ao mais humilde homem do campo, es-tas palavras não são estranhas. Talvez não se compreenda perfeitamente o que se quer afi r-mar, mas se sabe: estamos passando por uma crise ecológica.

Qual é a nossa parcela de responsabilidade diante da crise ecológica? O que podemos fa-zer para mudar o atual cenário?

Em defesa da vidaComo um grão de trigo, cumprir nossa missão.

“Ter um santo como padroeiro signifi ca ter um projeto de vida que seja o refl exo da vida daquele santo”

Ao celebrar a Semana Nacional da Vida (1º a 7 de outubro), neste ano fomos orientados pelo tema: “Vida, Ecologia Humana e Meio Ambiente”. Tema de grande relevância e valor, que merece a atenção de cada um de nós.

O mês de novembro é marcado, na Igreja, por duas celebra-ções que podem parecer opostas se observadas sob o ponto de vista dos homens, mas que se assemelham sob a luz das pala-vras de Cristo: “se o grão de trigo não cai na terra e não morre, fi ca sozinho. Mas se morre, produz muito fruto” (Jo 12,24).

Começamos o mês, comemorando Finados, a celebração em memória de nossos entes falecidos, data em que tende-mos a fi car tristes e saudosos. Mas, acaso não somos todos a semente de que fala o Evangelho? A boa semente que precisa transformar-se para gerar bons frutos?

No mesmo capítulo, narrado por São João, Cristo explica melhor o que precisa o homem fazer para obter a felicidade di-vina: “quem tem apego à sua vida vai perdê-la. Quem despreza a sua vida, neste mundo, vai conservá-la para a vida eterna” (Jo 12,25).

Com a sua Encarnação anunciada no Advento, o próprio Cristo faz de sua vida o exemplo do Evangelho. Como uma se-mente, é jogado à terra. Despido de qualquer vaidade, ou rique-za, coloca a sua vida a serviço do Pai. Ensina, perdoa, cura e alimenta os outros, sem nada pedir para si. E como a semente, morre, para deixar na terra, a certeza da ressurreição.

Pensemos nisso antes de chorar nossos mortos. Refl itamos a esse respeito em nosso Advento.

Edito

rial

Dom

Jos

é

www.cemiteriosaojose.com.br

É na análise das relações do ho-mem com o meio ambiente que atual-mente se pode detectar uma crise. É no quadro da ruptura de solidariedade homem-natureza e da falência ideoló-gica que se coloca a crise ecológica.

Diante da crise ecológica o que não podemos é fechar os olhos, ta-par os ouvidos ou fazermo-nos de desentendidos. Como também não podemos agir paliativamente, cosme-ticamente, ou termos “algumas” atitu-des corretas apenas para desencargo de consciência. Faz-se necessário uma tomada de atitudes real, séria, não apenas na razão, mas também na ação, mesmo que comece com pequenas atitudes. É preciso agir de forma ecologicamente correta; agir lo-calmente, pensando globalmente.

Padre Marcelo Martendal, vigário paroquial

na Catedral e coordenador diocesano da PV

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DioceseNovembro de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

“Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em mim, mesmo que morra, viverá”

(Jo 11,25)

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CURTASSANTA TEREZINHA

REUNIÃO DOS PADRES

Uma missa no dia 1º de outubro, na Catedral São Paulo Apóstolo, celebrou o Dia de Santa Terezinha. Como era a primeira sexta-feira do mês, foi celebrado também o Dia do Sagrado Coração de Jesus. A missa foi presidida por Dom José e foi marcada pela distribuição de rosas a todos os presentes.

Oração, estudo sobre liturgia, in-fância e adolescência missionária e comunicações foram os temas do en-contro de padres da diocese, realizado no dia 28 de setembro, na Paróquia Santo Antônio, no Bairro Garcia, em Blumenau. Após os compromissos ofi ciais, os padres participaram de um almoço de confraternização.

Seminarista responde a um novo chamado de Cristo, para junto do Pai

EDINEI

Morte prematura do aspirante ao sacerdócio entristeceu a comunidade diocesanaHá três anos, o jovem Edinei Gon-

çalvez da Cruz, 20 anos, disse “sim” ao chamado de Cristo e ingressou na vida religiosa. Estava cursando o terceiro ano no Seminário de Filosofi a de Santa Catarina, em Brusque, mas, no dia 23 de setembro, Deus fez um novo chamado a Edinei, desta vez para junto de si.

Com pesar, familiares e amigos da Diocese de Blumenau lamenta-ram a morte do jovem seminarista, vítima de um acidente de carro, quan-do viajava a Lages para participar, em nome dos fi lósofos do Sefi sc, da Assembléia Regional de Pastoral da CNBB/Sul 4. Diante da triste notícia, o evento foi cancelado e a CNBB emitiu uma nota de falecimento em seu site.

Edinei viajava a Lages de carro, junto com um padre e um colega de

Dezenas de religiosos foram se despedir de Edinei (detalhe)

Dom José presidiu a reunião, na Paróquia São Francisco

Conselho Diocesano A comunidade paroquial de

São Francisco de Assis, no Bair-ro Fortaleza, foi anfi triã do Con-selho Diocesano de Pastoral, re-alizado no dia 2 de outubro. Com a presença de Dom José Negri e de 30 representantes de pasto-rais, movimentos e comunidades eclesiais, o evento se iniciou com um café da manhã e a invocação ao Espírito Santo.

Dom José conduziu a leitura orante da Palavra, inspirado no Evangelho daquele domingo, em especial no pedido dos apósto-los: “Senhor, aumenta a nossa

seminário que nada sofreram. O aci-dente foi na BR-470, no município de Pouso Redondo. O funeral ocorreu em Rio dos Cedros, na Comunidade de São Sebastião, que fica na loca-

lidade de Palmeiras. Quatro bispos, mais de 30 padres e 100 seminaristas participaram da missa de despedida.

O jovem seminarista era admirado pela comunidade diocesana pela sua

facilidade de comunicação. Excelente palestrante, tinha boa oratória e sem-pre uma palavra amiga para as pes-soas. Ao morrer, estava preparando o Natal na comunidade.

fé” (Lc 17,5). O bispo lembrou que a frase dita num contexto de reconci-liação nos lembra que é preciso perdoar para ter harmonia. “Essa é nossa difi culdade. Se não tiver-mos fé, o outro será sem-pre um inimigo”, disse.

O encontro prosse-guiu na perspectiva da Assembléia Diocesana de Pastoral, que seria realizada duas semanas depois do Conselho. Em pequenos grupos, foi feita uma avaliação do ano e das principais

realizações. Em seguida, um re-presentante de cada grupo relatou as contribuições, evidenciando a riqueza de vivências nas concentra-

ções diocesanas, iniciativas paroquiais e comunitárias. Ao mesmo tempo, foram aponta-das lacunas que nos chamam à conversão, ao aprofunda-mento e à perseverança.

Ao final do encontro foi aberto um espaço para co-municações. Diversos líde-res anunciaram projetos e falaram sobre corresponsa-bilidade e unidade. Momento de Verdadeira comunhão de

alegrias, preocupações, sonhos. O evento teve a cobertura, ao vivo, da Rádio Blumenau Arca da Aliança.

FOTOS PE. RAUL KESTRING

ÁLBUM DE FAMÍLIA

Page 4: Jornal da Diocese de Blumenau Novembro/2010

“Por ti, Jesus, se o queres, eu também quero”

(Chiara Luce)

4 www.dioceseblumenau.org.br Novembro de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau

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Santa Catarina de Alexandria, padroeira do nosso Estado

SANTO DO MÊS

Os es -c r i t o s d a literatura po-pular falam de Catarina como uma bela jovem c r i s t ã d e dezesseis anos, fi lha de nobres, habitante de Alexandria, no Egito. Segundo a tradição, era dotada de inteligência perspicaz, sabedoria e coragem. Ali, no ano de 305 da era cristã, chega Maximino Daia, nomeado governador do Egito e Síria. Para a ocasião se celebram grandes festas, que incluem, também, sacri-fícios de animais à divindade pagã. Era um ato obrigatório para todos os súditos.

A jovem Catarina, porém, cora-josamente convida Máximo a reco-nhecer Jesus como Redentor da humanidade e recusa o sacrifício. Não conseguindo convencer a jo-vem a venerar os deuses, Máximo faz-lhe proposta de casamento. À resposta contrária de Catarina, o governador a condena a uma morte horrível: uma grande roda dentada despedaçaria o seu corpo. Acontece, no entanto, o milagre: a menina sai ilesa da roda que, ao invés, quebra-se. Então, Catarina é decapitada.

Segundo a lenda, anjos leva-ram seu corpo de Alexandria até o Sinai, onde ainda hoje a elevação próxima a Gebel Musa (Monta-nha de Moisés) se chama Gebel Katherin. Isso teria acontecido em novembro do ano 305. O corpo da virgem mártir é objeto de venera-ção no mosteiro do Sinai.

IgrejaEXEMPLO

Beatifi cação de Chiara Luce Badano sensibiliza os jovens.Consagração da italiana, que era ligada ao Focolare, ocorreu em setembro

O programa para a beatifi-cação da italiana Chiara Luce Badano, ocorrida em 25 de setembro, em Roma, reuniu milhares de jovens do mundo inteiro e sensibilizou outros tan-tos em torno do ideal de santi-dade. O exemplo da menina que aceitou a vontade de Deus, mesmo em circunstâncias ex-tremas de dor e sofrimento, inspirou muitos jovens a assu-mirem e completarem sua traje-tória como verdadeiros cristãos.

Chiara Luce Badano era uma jovem cheia de vida e de amigos, dinâmica e ativa. Gos-tava de cantar, dançar, jogar tênis e patinar. Amava a monta-nha e o mar e ia à missa todos os dias. Morreu aos 18 anos, em 1990, depois de enfrentar, heroicamente, o sofrimento causado por um câncer nos ossos.

Mesmo depois de descobrir a doença, aos 17 anos, Chiara Luce nunca deixou de mani-festar seu amor e de louvar a Deus. “Por ti, Jesus, se o que-res, eu também quero” eram as palavras que repetia na dor e, especialmente, na hora de sua morte.

Modelo

A Igreja Católica reconhece, na beata, um modelo para a juventude contemporânea, que busca sempre a identificação com pessoas iguais para cons-

truir seus ideais de vida. Des-de 1981, a jovem pertencia ao Movimento dos Focolares, fundado na Itália por Chiara Lubich, em 1943.

“Não era apenas nossa filha. Era, em primeiro lugar, de Deus e como tal, tínha-mos de educá-la, respeitando sua liberdade”, testemunha a mãe, Maria Teresa, que vive na região de Liguria, no norte da Itália.

Chamado

Chiara sentiu os primei-ros sintomas da doença, dois anos antes de morrer. As do-res fortes nas costas, durante um treino de tênis, desperta-ram a atenção da família e foram piorando. Após vários exames, o resultado temido: osteossarcoma. Submetida à quimioterapia e a uma cirur-gia, não houve jeito e ela per-deu o movimento das pernas.

Mas até nesta situação extrema, a jovem exclamava: “se tivesse que escolher entre caminhar e ir ao Paraíso, não teria dúvidas. Escolheria o Pa-raíso”.

A jovem fez, desse calvá-rio de dor e sofrimento, sua preparação para o encontro com Jesus. Preparou o pró-prio funeral como se fosse uma festa: quis ser sepultada com um vestido branco, como uma esposa ao encontro com

Jesus. Pediu que suas córneas fos-sem doadas e pediu à mãe: “quando você for me vestir, diga três vezes: ‘agora Chiara vê Jesus”. Suas últimas palavras para a mãe foram: “Seja fe-liz, porque eu sou”.

Programação

A beatificação da primeira repre-sentante do Movimento Focolares foi acompanhada por mais de 10 mil jovens de todo o mundo e não só católicos. Como não poderia deixar de ser diante da juventude de Chiara Luce Badano, a programação foi am-plamente assistida, também, pela TV e internet.

No Brasil mesmo, dezenas de lo-cais em vários estados transmitiram o evento e alguns realizaram programa-ções paralelas para apresentar o ideal de vida da beata, como um caminho acessível a todos os jovens. Canções, teatros, musicais e depoimentos nas redes sociais, mostraram o fascínio dos jovens por esta verdadeira mártir que tinha a mesma idade deles.

[+] Luz para o mundo✗ Chiara foi batizada Badano, mas ainda em vida recebeu a denominação de “Luce” pela líder do Movimento dos Focolares, simbolizando o

que passou a representar: Chiara Luce, Clara Luz. Como descreveu o papa Bento XVI, um raio de luz para toda a juventude. O exemplo luminoso de Chiara atinge muitos corações de jovens e adultos, move-os e orienta-os a Deus.

Acesse o blog Conheça mais sobre Chiara Luce e o Movimento dos Focolares em:✗ www.focolares.org.br✗ www.chiaralucebadano.it

Page 5: Jornal da Diocese de Blumenau Novembro/2010

Catequese“Ora, como invocarão aquele no qual não acreditaram?

Como poderão acreditar, se não ouviram falar dele? E como poderão ouvir, se não houver quem anuncie? Como

poderão anunciar se ninguém for enviado (Rm 10,14-15)?

5Novembro de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

RESPONSABILIDADE

O papel de cada pessoa no processo de Iniciação à Vida CristãContinuamos nesta edição, o aprofundamento sobre o documento de estudos da CNBB

“A missão dos responsáveis diretos pela Iniciação à Vida Cristã “A missão dos responsáveis diretos pela Iniciação à Vida Cristã deve ser exercida de modo a englobar nela todas as forças deve ser exercida de modo a englobar nela todas as forças da Igreja. Afinal, é a comunidade eclesial que da Igreja. Afinal, é a comunidade eclesial que evangeliza, evangeliza, catequiza, celebra e agecatequiza, celebra e age em, por e com Cristo, na unidade do em, por e com Cristo, na unidade do Espírito Santo” (Texto de Estudos 97 116b).Espírito Santo” (Texto de Estudos 97 116b).

Na edição de outubro iniciamos uma abordagem mais aprofundada sobre o documento de estudos da CNBB que versa sobre o papel da comunidade e da Igreja na inicia-ção à vida cristã. Falamos sobre o desafi o de se implementar esse novo método catequético nas co-munidades e começamos a dis-correr sobre a responsabilidade de cada um nesse processo, a partir dos Introdutores/as. Nesta edição, conheceremos um pouco mais so-bre a importância dos padrinhos/madrinhas, das famílias e dos ca-tequistas.

EQUIPE DE COORDENAÇÃO

A Pastoral Orgânica, isto é, a igreja em todas as suas dimen-sões, organismos, pastorais e mo-vimentos, deve contemplar uma equipe de Coordenação ou Comis-são da Iniciação à Vida Cristã. É claro que, aos poucos, a tradicio-nal preparação para os sacramen-tos ceda lugar ao processo de Ini-ciação à Vida Cristã, pois não se trata de só mudar o nome e conti-nuar a sacramentalização.

Os membros desta referida co-missão devem receber adequada formação à Iniciação à Vida Cristã e assim, com conhecimento de cau-sa, ajudar na formação de todos os e as catequistas e dos agentes de pastoral, como propõe o documen-to de Aparecida. Que conheçam bem o Ritual de Iniciação Cristã e tenham a capacidade de fazer as adaptações necessárias.

Equipe de coordenação participa de reunião

A equipe de Coordenação Dio-cesana de Catequese Ampliada esteve reunida no dia 30 de setem-bro, em Blumenau. Foi um encon-tro marcado pela participação, em que as coordenações mais uma vez trouxeram suas contribuições, questionando, sugerindo e assu-mindo junto. Essa metodologia par-ticipativa tem sido uma experiência valiosa na catequese da Diocese.

É indispensável, porém, a comunhão com as demais pasto-rais, não apenas porque, em geral atuam com os mesmos sujeitos envolvidos na Iniciação, mas por ser essencial manter e alimentar a Pastoral Orgânica (Texto de Estu-dos 96, nº 148b).

Coordenadores da catequese reafirmam compromisso para 2011

A Bíblia é destaque na 2ª Concentração Diocesana de Catequistas

OS CATEQUISTAS

A ação mais forte e comprome-tedora dos e das catequistas se dá no segundo tempo ou etapa do pro-cesso de Iniciação à Vida Cristã, de inspiração catecumenal, o mais lon-go de todos.

amor da Trindade Santa. Aos pou-cos, o iniciante vai se inserindo e engajando na comunidade eclesial, na construção do Reino de Deus.

A/o catequista recebe delegação do bispo e fala em nome da Igreja. Ressalta-se a exigência de uma nova formação de catequistas, lide-ranças e demais agentes de pasto-ral.

A FAMÍLIA

Como primeiros e principais res-ponsáveis pela vida e pela educação de seus fi lhos, os pais cristãos, pela força do sacramento do matrimônio, são os primeiros educadores de seus fi lhos na fé. Eles precisam ser ajuda-dos nesta missão, pois, para a Igreja a família exerce um papel essencial na evangelização, na catequese, na vida da comunidade e com a transfor-mação social.

Os pais passarão a integrar, assu-mindo agora o processo de Iniciação à Vida cristã de seus filhos. É ne-cessário estar atento à situação dos pais que pedem os sacramentos para seus fi lhos, suas motivações e o en-volvimento na vida da Igreja.

Há de se considerar famílias, cujos membros pertencem a religiões diferentes, a situação familiar diante da crise permanente de mudança, da civilização dos dias atuais.

Cabe à Igreja um trabalho evan-gelizador e pastoral orgânico, para bem cumprir a missão que lhe cabe.

Veja na próxima edição: o papel da comunidade, dos padrinhos/madrinas e

dos ministros na Iniciação à Vida Cristã.

[+] A reunião Principais pontos destacados na reunião da Coordenação Diocesana de Catequese Ampliada:✗ Rever a caminhada da Catequese nas

paróquias e comunidades, em relação à formação, compromisso com uma catequese formadora de discípulos missionários/as.

✗ Avaliar a 2ª Concentração Diocesana de Catequese, em termos de aproveitamento para o surgimento do novo na catequese, a partir da Palavra de Deus lida, falada e vivida.

✗ Definir a programação das comarcas em termos de datas, conteúdos e assessoria para 2011.

✗ Reorganizar a equipe de Coordenação Ampliada. Quem representa as comarcas deve assumir com mais compromisso, participando dos encontros, em 2011.

✗ Pensar a Iniciação à Vida Cristã em termos de pequenas experiências, de como fazer.

O/a catequista, neste segundo tempo, é um mediador que ajuda os catecúmenos a acolherem, com todo o seu ser, a gradual e progres-siva revelação do Deus amor e de seu projeto salvífi co. Ele os encami-nha para que cada um/a realize seu encontro pessoal com o Senhor, no

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Page 6: Jornal da Diocese de Blumenau Novembro/2010

6 www.dioceseblumenau.org.br Novembro de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau

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BRASIL

Encontro ecumênico reuniu lideranças em São Leopoldo, no mês de setembro

Seminário propõe maior convivência entre católicos e luteranos

Cerca de 30 participantes, entre padres, bispos, pastores, pastores sinodais, estudantes de teologia e membro do Movimento dos Foco-lares representaram suas comuni-dades no Seminário de Estudos da Igreja Católica Apostólica Romana e da Igreja Evangélica de Confi ssão Luterana no Brasil, realizado de 21 a 23 de setembro, em São Leopol-do (RS).

O encontro, intitulado “Por uma Eclesiologia Ecumênica”, refletiu temas como identidade e mandato das igrejas, auto-compreensão da Igreja e sua relação com o pluralis-mo social e religioso, a dimensão ecumênica a serviço da missão de Deus e as possibilidades e limites da eclesiologia ecumênica. O semi-nário foi promovido e coordenado pela Comissão de Diálogo Bilateral Católico-Luterano.

Em clima de estima e oração, católicos e luteranos partilharam momentos de fraterna comunhão, unidos pelo diálogo ecumênico es-sencial para as Igrejas e sinal de graça e responsabilidade confi ados pelo próprio Cristo. No evento, os participantes constataram como a palavra de Deus articula a unidade da Igreja e a efi cácia da evangeliza-ção, no caminho da missão.

“Num mundo marcado por divi-sões e sectarismos, queremos ser instrumentos de reconciliação para os homens e as mulheres de nosso tempo, a começar entre nós mes-mos, católicos e luteranos”, diz car-ta enviada pela Comissão às comu-

Um culto ecumênico irá ce-lebrar, em Blumenau, o tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010 - “Economia e Vida” - que tem como lema a mensagem de Cristo no evan-gelho de Mateus: “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24).

A celebração conjunta do Dia Nacional de Ação de Graças e encerramento da CF Ecumênica de 2010 irá reunir as três igrejas membros do Núcleo Ecumênico de Blumenau (Igreja Evangélica de Confi ssão Luterana no Brasil, Igreja Evangélica Luterana do Brasil e Igreja Católica Apostóli-ca Romana).

A celebração será no dia 24 de novembro, às 19h30, na Igre-ja Evangélica Martin Luther, no bairro Itoupava Seca, em Blu-menau. Esta celebração ocorre, anualmente, e marca a união das confissões cristãs de Blu-menau, em torno dos temas que transcendem à Igreja para a co-munidade.

Culto celebra a fraternidade ecumênica

nidades (veja síntese em destaque).A Comissão propôs, ainda, o

aprimoramento da formação ecu-mênica e o incremento da coopera-ção em projetos comuns, de âmbito

Cerca de 30 sacerdores e pastores participaram do encontro e discutiram formas de aproximar a experiência cristã entre as religiões

Católicos e luteranos partilharam momentos de fraterna comunhão

[+] Perspectivas do Seminário de Estudos:

✗ Fortalecer na convivência das comunidades católicas e luteranas a opção ecumênica que nossas Igrejas assumiram oficialmente.

✗ Aprimorar nossa formação ecumênica, em vista da missão, nos diversos níveis de animação e organização pastoral.

✗ Apoiar os organismos ecumênicos dos quais nossas Igrejas participam, assumindo com mais firmeza os seus projetos.

✗ Favorecer a convivência, o conhecimento mútuo e o testemunho comum da fé entre católicos e luteranos, valorizando a rica história de diálogo de nossas Igrejas.

✗ Incrementar nossa cooperação em projetos comuns, de âmbito nacional, regional e local, como: semana de oração pela unidade dos cristãos, formação de obreiros/agentes de pastoral, cursos bíblicos, semanas teológicas comuns, intercâmbios de professores, espiritualidade, diaconia e outros.

* Carta às Comunidades Católicas e Luteranas”

nacional, regional e local, como a Semana de Oração, a formação de agentes de pastoral, semanas teo-lógicas, intercâmbios de professo-res, espiritualidade e diaconia.

FOTOS DIVULGAÇÃO

Page 7: Jornal da Diocese de Blumenau Novembro/2010

Enfoque Pastoral7Novembro de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

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Salão comunitário ressurge no Arraial do OuroRECONSTRUÇÃO

Passados dois anos da enxurrada que arrasou a r egião, a vida supera o trauma e a c omunidade se fortalece na féNo mês de novembro, quando se

completa o segundo aniversário da tragédia climática que assolou o Vale do Itajaí, deixando um rastro de des-truição e morte, registramos um sím-bolo da fé e da esperança cristãs: o novo Salão Paroquial da localidade do Arraial do Ouro, em Gaspar, de-vastado pela enxurrada, em 2008, e reconstruído pela comunidade.

Aqueles dias de novembro jamais serão esquecidos pelos moradores da região. Muitos perderam suas ca-sas e seus pertences. No Arraial do Ouro, três pessoas morreram soter-radas por um deslizamento de terra. A mesma avalanche também, arra-sou o salão comunitário da Capela São José, que havia sido construído

A comunidade de Nossa Senhora de Lourdes, no Bairro Jardim Germâ-nico, em Blumenau, viveu um dia de festa, em 19 de setembro, quando foi celebrada a primeira missa solene na nova capela. A comunidade perten-cente à Paróquia Sagrado Coração de Jesus, sediada no Bairro Itou-pavazinha comemorou a conquista do novo templo, aguardada durante muitos anos. A celebração foi presi-dida pelo pároco, Padre Vilmar Yepes Tabares.

A comunidade de Nossa Senhora de Lourdes já existe há aproximada-mente 20 anos. Quando foi fundada, recebeu uma oferta verbal de um ter-reno numa área verde do loteamento com o objetivo de que fosse constru-ída a capela. As famílias e os padres se esforçaram durante muitos anos, para obter a escritura do terreno, con-dição fundamental para que a capela fosse reconhecida pela Diocese.

Após várias rodadas de negocia-ções com os órgãos públicos com-

Jardim Germânico tem nova igreja

Comunidade volta a ter um salão paroquial para suas festividades

Esforço dos católicos permitiu a construção da capela em Blumenau

Novo templo, em Navegantes

“Destruam esse Templo e em três dias eu o levantarei”

(Jo 2,19)

Nova Capela São João EvangelistaA comunidade da

Rua Erna Geyer, em Navegantes, comemo-rou a mudança para a nova Capela São João Evangelista, durante ce-lebrações nos dias 9 e 10 de outubro. A capela pertence à Paróquia-Santuário de Nossa Senhora dos Navegan-tes, atendida pelo pároco-reitor Pa-dre Paulo Sérgio Marques. O bispo Dom José Negri esteve presente nas comemorações.

Antes da inauguração foram pro-movidas novenas preparatórias ao evento e à festa de Nossa Senhora de Aparecida. A novena de abertura foi celebrada pelo Padre Raul Kes-tring, com a presença de Dom One-res Marchiori, bispo emérito de La-ges. As demais celebrações foram presididas pelos padres Lauro (Luis

com muito sacrifício e dedicação dos fi eis e de seus antepassados.

Para muitos foi um milagre que a enxurrada de lama não tenha atingi-

do a própria capela, deixando intac-to o templo de madeira que fica a

poucos metros do salão destruído. Agora, quem visita a comunidade – pertencente à Paróquia Sagrado Coração de Jesus, do Belchior – pode contemplar o salão reerguido, coberto e com as paredes fechadas de tijolos.

Esta obra é um símbolo da es-perança e da força das famílias da localidade, mas é também mais uma prova da solidariedade da nossa valorosa gente, que não mede es-forços para ajudar, para reconstruir, para trazer a alegria novamente ao seu meio. Todos se deram as mãos para reconstruir este espaço, que já abriga atividades e promoções de lazer para toda a comunidade, num verdadeiro sentido de VIDA.

petentes e cumprir todas as exigências quanto à documentação e procedimen-tos necessários, enfim surgiram cami-nhos que levaram a um final feliz. As famílias católicas do Jardim Germânico hoje têm sua capela pronta, graças à colaboração de todos, a começar pelos seus membros.

Um dos líderes da comunidade, Val-

demar Mezzomo, lembra que a igreja ainda não está bem pronta, faltando forro, acabamentos das janelas, reboco, pintura, marquise e uma cruz. “Mas em breve tere-mos outra promoção da comuni-dade com o objetivo de angariar fundos para a continuidade das obras”, diz ele.

Alves), Marcos, Fabian, Vanderlei, José e Lauro (Indaial).

A sonhada mudança ocorreu no sábado, dia 9 de outubro. Às 19h30, ainda no salão, houve a missa, pre-sidida pelo Padre Paulo. Em seguida, uma concorrida e comovente procis-são transferiu o santíssimo Sacra-mento, as imagens e demais símbo-los religiosos para a nova e bonita construção. No domingo, dia 10, às 19h30, o próprio bispo presidiu à ce-lebração eucarística na nova igreja.

FOTOS PE. RAUL KESTRING

Page 8: Jornal da Diocese de Blumenau Novembro/2010

9Especial8

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Em Cristo, somos novas criaturasADVENTO

Finados e o início da Campanha para a Evangelização nos chamam a celebrar o mistério da vida

Entramos no mês de novem-bro, marcado pelo Dia de Fina-dos, quando lembramos nossos mortos. Como cristãos, deve-mos encarar a morte não como o f im, mas como uma passa-gem. Inspirados na Epístola aos Filipenses – “porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lu-cro” (Fl 1,21) – é que devemos celebrar este dia, sabendo que nossa existência, nesse mundo, tem uma razão de ser, uma cau-sa que é Cristo. E que, como a semente, é preciso morrer para ressuscitar e conquistar a vida eterna.

Novembro também nos apro-xima do Advento, tempo de pre-paração para a celebração do mistério da Encarnação do Filho de Deus. Um período em que a Igreja mergulha na liturgia, na vigília e na espera para a ale-gre vinda do Senhor. O Advento nos chama à conversão e nos alerta que é preciso preparar o caminho, lutar contra o pecado e entregar-se à oração.

Como parte integrante des-sa preparação para a vinda de Cristo, a Igreja, no Brasil, realiza a Campanha para a Evangeli-zação, que neste ano tem como tema, “Encarnação e nova cria-ção” e o lema “Em Cristo, somos novas criaturas”. É importante lembrar que é somente através do trabalho evangelizador que poderemos levar todas as pesso-as a celebrar, conscientemente, o mistério do Natal, fazendo com que esta celebração produza fru-tos que permaneçam.

A Campanha para a Evangeli-zação, também, tem a fi nalidade de arrecadar fundos para garan-tir a continuidade da obra evan-gelizadora em nosso País. Em todos os estados, a Igreja con-vida os fieis a participarem de uma grande coleta, no terceiro

A palavra Advento vem do latim e sig-nifi ca “chegada”. Liturgicamente, o Adven-to corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal, um tempo de oração e expectativa para o nascimento de Je-sus, de promover a paz e a fraternidade e de se arrepender dos pecados.

Coroa

Este período – que neste ano inicia em 28 de novembro - tem seus símbolos, sendo a Coroa do Advento a mais conhe-cida: uma base circular enfeitada de ra-mos verdes e entremeada por quatro ve-las, que representam as quatro semanas do Advento, sendo acesas uma a cada semana.

A cor verde da coroa signifi ca a espe-rança e a fita vermelha, o Espírito San-to. A luz - cada vez mais intensa com o acendimento das velas - representa a ale-gria pela vinda do Senhor. A forma circu-lar lembra a aliança com Deus: não tem começo nem fi m e nos convida a celebrar o nascimento de Jesus em comunhão com o universo inteiro.

Liturgia

Nas liturgias, o celebrante usa vestes roxas, um sinal de conversão e prepara-ção para o Natal. A exceção é o terceiro domingo, quando o rosa é utilizado para celebrar o Domingo da Alegria. O Adven-to pede sobriedade e moderação nas li-turgias e cânticos, evitando-se antecipar a plena alegria do Natal. Por isso não se entoa o “Glória” nas missas e usa-se me-nos fl ores do que o habitual na igreja.

Novena

É muito importante que em todas as comunidades sejam formados grupos para celebrar a novena do Natal. O livro dos grupos de reflexão está disponibi-lizando uma bonita novena de Natal, à página 62. Com isto, o coração e a cons-ciência estarão entrando em clima de um verdadeiro espírito de Natal, no qual o presente é Jesus. Simbolicamente, ele vai nascer no coração de cada um de nós. Deste modo, o Natal não será uma festa a mais e sim um tempo forte de renova-ção espiritual.

Ritual para celebrar o Advento em casa

Anuncie AquiFone/Fax: (47) 3322-4435

Rua XV de Novembro, 955 - CentroCaixa Postal 222 - CEP: 89010-003 - Blumenau/SC

domingo do Advento (12 de dezembro), em bene-

fício da evangelização. Com estes recursos são mantidos os

trabalhos regionais e nacionais da CNBB e também financiados projetos evangelizadores.

A CNBB exorta a todos que participem ativamente desta campanha, procurando enten-der seu conteúdo e objetivos, assumindo o trabalho de ani-mação e realização da mes-ma nas comunidades, para a

maior glória de Deus.

Durante o Advento, um pequeno rito pode ser colocado no início das celebrações, liturgia da palavra ou outro momento. Até mesmo em casa, o ritual do acendimento das velas do Advento nos domingos que antecedem o Natal seria apropriado.

A luz nas-c e n t e n o s conclama a ref let i r e aprofundar a proximidade

do Natal, quando Cristo, Salva-dor e Luz do mundo brilhará para a humanidade. Lembra o perdão a Adão e Eva. A cor roxa nos re-corda nossa atitude de vigilância, diante da abertura e espera do Senhor que virá.

Oração:A luz de Cristo, que esperamos

neste Advento, enxugue todas as lágrimas, acabe com todas as trevas, console quem está triste e encha nossos corações da alegria de preparar sua vinda neste novo ano de graça!

Acende-se a primeira vela

A segunda

ve la acesa nos convida ao desejo de conversão, ar-rependimento

dos nossos pecados e, também.

ao compromisso de prepararmos, assim como São João Batista, o caminho do Senhor que virá. Esta vela lembra a fé dos patriarcas e de São João Batista, que anuncia a salvação para todos os povos.

Oração:A luz de Cristo, que esperamos

neste Advento, enxugue todas as lágrimas, acabe com todas as trevas, console quem está triste e encha nossos corações da alegria de preparar sua vinda neste novo ano de graça!

Acende-se a segunda vela

A terceira ve la acesa nos convida à alegria e ao júbilo pela aproximação

da chegada de Jesus. A cor litúr-gica é o rosa e indica, justamente, o Domingo da Alegria, ou o Do-mingo Gaudete (verbo latino que significa “alegrai-vos”), em que transborda nosso coração de ale-gria pela proximidade da chegada do Senhor. Esta vela lembra ainda

a alegria celebrada pelo rei Davi e sua promessa que, agora, está se cumprindo em Maria.

Oração:Alegrai-vos sempre no Senhor!

De novo vos digo: Alegrai-vos! O Senhor está perto!

Acende-se a terceira vela

A quarta ve la marca os passos de preparação para acolher o Salvador,

nossa expectativa da chegada de-fi nitiva da Luz ao mundo. Simboliza ainda nossa fé em Jesus Cristo, que ilumina todo homem que vem a este mundo e, também, os ensi-namentos dos profetas, que anun-ciaram a chegada do Salvador.

Oração:Céus, deixai cair o orvalho.

Nuvens, chovei o justo. Abra-se a terra e brote o Salvador!

Acende-se a quarta vela

Colaboração: Padre Ademar Gadottipárodo da Paróquia São Ludgero, Pomerode

Para viver a espera do Salvador

Segundo domingo do

Advento

Terceiro domingo do

Advento

Quarto domingo do

Advento

Primeiro domingo do

Advento

FOTOS DIVULGAÇÃO

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9Especial8

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Em Cristo, somos novas criaturasADVENTO

Finados e o início da Campanha para a Evangelização nos chamam a celebrar o mistério da vida

Entramos no mês de novem-bro, marcado pelo Dia de Fina-dos, quando lembramos nossos mortos. Como cristãos, deve-mos encarar a morte não como o f im, mas como uma passa-gem. Inspirados na Epístola aos Filipenses – “porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lu-cro” (Fl 1,21) – é que devemos celebrar este dia, sabendo que nossa existência, nesse mundo, tem uma razão de ser, uma cau-sa que é Cristo. E que, como a semente, é preciso morrer para ressuscitar e conquistar a vida eterna.

Novembro também nos apro-xima do Advento, tempo de pre-paração para a celebração do mistério da Encarnação do Filho de Deus. Um período em que a Igreja mergulha na liturgia, na vigília e na espera para a ale-gre vinda do Senhor. O Advento nos chama à conversão e nos alerta que é preciso preparar o caminho, lutar contra o pecado e entregar-se à oração.

Como parte integrante des-sa preparação para a vinda de Cristo, a Igreja, no Brasil, realiza a Campanha para a Evangeli-zação, que neste ano tem como tema, “Encarnação e nova cria-ção” e o lema “Em Cristo, somos novas criaturas”. É importante lembrar que é somente através do trabalho evangelizador que poderemos levar todas as pesso-as a celebrar, conscientemente, o mistério do Natal, fazendo com que esta celebração produza fru-tos que permaneçam.

A Campanha para a Evangeli-zação, também, tem a fi nalidade de arrecadar fundos para garan-tir a continuidade da obra evan-gelizadora em nosso País. Em todos os estados, a Igreja con-vida os fieis a participarem de uma grande coleta, no terceiro

A palavra Advento vem do latim e sig-nifi ca “chegada”. Liturgicamente, o Adven-to corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal, um tempo de oração e expectativa para o nascimento de Je-sus, de promover a paz e a fraternidade e de se arrepender dos pecados.

Coroa

Este período – que neste ano inicia em 28 de novembro - tem seus símbolos, sendo a Coroa do Advento a mais conhe-cida: uma base circular enfeitada de ra-mos verdes e entremeada por quatro ve-las, que representam as quatro semanas do Advento, sendo acesas uma a cada semana.

A cor verde da coroa signifi ca a espe-rança e a fita vermelha, o Espírito San-to. A luz - cada vez mais intensa com o acendimento das velas - representa a ale-gria pela vinda do Senhor. A forma circu-lar lembra a aliança com Deus: não tem começo nem fi m e nos convida a celebrar o nascimento de Jesus em comunhão com o universo inteiro.

Liturgia

Nas liturgias, o celebrante usa vestes roxas, um sinal de conversão e prepara-ção para o Natal. A exceção é o terceiro domingo, quando o rosa é utilizado para celebrar o Domingo da Alegria. O Adven-to pede sobriedade e moderação nas li-turgias e cânticos, evitando-se antecipar a plena alegria do Natal. Por isso não se entoa o “Glória” nas missas e usa-se me-nos fl ores do que o habitual na igreja.

Novena

É muito importante que em todas as comunidades sejam formados grupos para celebrar a novena do Natal. O livro dos grupos de reflexão está disponibi-lizando uma bonita novena de Natal, à página 62. Com isto, o coração e a cons-ciência estarão entrando em clima de um verdadeiro espírito de Natal, no qual o presente é Jesus. Simbolicamente, ele vai nascer no coração de cada um de nós. Deste modo, o Natal não será uma festa a mais e sim um tempo forte de renova-ção espiritual.

Ritual para celebrar o Advento em casa

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Rua XV de Novembro, 955 - CentroCaixa Postal 222 - CEP: 89010-003 - Blumenau/SC

domingo do Advento (12 de dezembro), em bene-

fício da evangelização. Com estes recursos são mantidos os

trabalhos regionais e nacionais da CNBB e também financiados projetos evangelizadores.

A CNBB exorta a todos que participem ativamente desta campanha, procurando enten-der seu conteúdo e objetivos, assumindo o trabalho de ani-mação e realização da mes-ma nas comunidades, para a

maior glória de Deus.

Durante o Advento, um pequeno rito pode ser colocado no início das celebrações, liturgia da palavra ou outro momento. Até mesmo em casa, o ritual do acendimento das velas do Advento nos domingos que antecedem o Natal seria apropriado.

A luz nas-c e n t e n o s conclama a ref let i r e aprofundar a proximidade

do Natal, quando Cristo, Salva-dor e Luz do mundo brilhará para a humanidade. Lembra o perdão a Adão e Eva. A cor roxa nos re-corda nossa atitude de vigilância, diante da abertura e espera do Senhor que virá.

Oração:A luz de Cristo, que esperamos

neste Advento, enxugue todas as lágrimas, acabe com todas as trevas, console quem está triste e encha nossos corações da alegria de preparar sua vinda neste novo ano de graça!

Acende-se a primeira vela

A segunda

ve la acesa nos convida ao desejo de conversão, ar-rependimento

dos nossos pecados e, também.

ao compromisso de prepararmos, assim como São João Batista, o caminho do Senhor que virá. Esta vela lembra a fé dos patriarcas e de São João Batista, que anuncia a salvação para todos os povos.

Oração:A luz de Cristo, que esperamos

neste Advento, enxugue todas as lágrimas, acabe com todas as trevas, console quem está triste e encha nossos corações da alegria de preparar sua vinda neste novo ano de graça!

Acende-se a segunda vela

A terceira ve la acesa nos convida à alegria e ao júbilo pela aproximação

da chegada de Jesus. A cor litúr-gica é o rosa e indica, justamente, o Domingo da Alegria, ou o Do-mingo Gaudete (verbo latino que significa “alegrai-vos”), em que transborda nosso coração de ale-gria pela proximidade da chegada do Senhor. Esta vela lembra ainda

a alegria celebrada pelo rei Davi e sua promessa que, agora, está se cumprindo em Maria.

Oração:Alegrai-vos sempre no Senhor!

De novo vos digo: Alegrai-vos! O Senhor está perto!

Acende-se a terceira vela

A quarta ve la marca os passos de preparação para acolher o Salvador,

nossa expectativa da chegada de-fi nitiva da Luz ao mundo. Simboliza ainda nossa fé em Jesus Cristo, que ilumina todo homem que vem a este mundo e, também, os ensi-namentos dos profetas, que anun-ciaram a chegada do Salvador.

Oração:Céus, deixai cair o orvalho.

Nuvens, chovei o justo. Abra-se a terra e brote o Salvador!

Acende-se a quarta vela

Colaboração: Padre Ademar Gadottipárodo da Paróquia São Ludgero, Pomerode

Para viver a espera do Salvador

Segundo domingo do

Advento

Terceiro domingo do

Advento

Quarto domingo do

Advento

Primeiro domingo do

Advento

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Page 10: Jornal da Diocese de Blumenau Novembro/2010

www.dioceseblumenau.org.br Novembro de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau

Variedades10

CONTOCONTO

Um homem tinha vivido uma vida normal, sem pensar que fosse mau. Certo dia Deus tocou o seu coração. Ele sentiu tanta alegria que fez uma promessa: levaria 100 pessoas a Jesus. Mas logo se deu conta de que levar pessoas a Deus não era fácil. Os seus amigos acha-vam que havia fi cado louco e se afastavam dele. Pensava em desistir da promessa, mas continuou a falar do Evangelho a quem lhe era possível.Um dia este homem morreu. De repente, como num relâmpago, retornaram-lhe todas as coi-sas que havia feito, dito, pensado. Em segui-da, teve a visão de como se salvou e viu-se de joelhos prometendo a Deus que lhe levaria ao menos 100 pessoas. E chorava copiosamente. Jesus aproximou-se dele e lhe disse:- Levanta-te, fi lhinho, conta-me porque choras?- Senhor, cometi tantas coisas terríveis e, en-fi m, enganei-te tantas vezes.Jesus olhou para ele e perguntou-lhe: - Quando me enganaste? - Havia te prometido levar o Evangelho para 100 pessoas e não consegui levá-lo a uma se-quer. Rompi a promessa e enganei-Te. Jesus sorriu, enxugou-lhe as lágrimas e disse-lhe:- Filho, tu não rompeste a tua promessa comi-go.- Mas, Senhor!!! Não Te levei a uma só pessoa!Jesus, então, contou-lhe: - Filhinho meu, recorda-te daquele dia, naque-le restaurante? Antes de te alimentar agrade-ceste ao Pai pela comida. Ali estava sentada uma mulher desesperada por causa dos seus pecados e eu já tinha feito tantas tentativas para tocá-la, mas ela ignorou-me. Naquele dia, estava decidida a voltar para casa e tirar-se a própria vida e a de seus fi lhinhos. Essa mulher, porém, viu-te rezando e abriu seu coração, dei-xando-me entrar. Voltando para casa, ao invés de tirar-se a própria vida, pediu-me que a aju-dasse. Um dos seus fi lhos cresceu, tornou-se missionário e guiou muitas pessoas até mim. Meu fi lho, sinta-se feliz! Tu perseveraste! Aque-le teu ato de fé guiou não só 100, mas 100 mil pessoas até mim.” O homem fi cou muito contente, mas ainda se sentia culpado.- Meu Deus, e os outros pecados que fi z?Jesus sorriu-lhe outra vez, dizendo: - Vê, eu paguei o preço de todos eles! Nós dois mantivemos a promessa feita!Imensamente feliz, aquele homem, deu um abraço forte em Jesus.

Dai o exemplo!

PENSE

“Ensina-me a cumprir tua vontade, pois tu és o meu Deus”

(Sl 143,10)

Na edição de outubro a comunidade foi convidada a associar os nomes de personagens bíblicos a seus irmãos ou irmãs. Entre os que responderam corretamente, a sorteada que receberá uma Bí-blia Sagrada foi Lucimeri Rinkus Küchler, que mora no Bairro For-taleza, em Blumenau. Veja as respostas corretas (Jornal de outu-bro, ed 110, pg. 10):

DESAFIO BÍBLICO RESPOSTA DO TESTE BÍBLICO

DE OUTUBRO

a) Ido ( ) Jeremiasb) Amitai ( ) Abraãoc) Noé ( ) David) Terá (ou Terã) ( ) Raquel e) Labão ( ) Jaféf) Jessé ( ) Jonas g) Hilquias ( ) Zacarias

Envie este desafi o preenchido até o dia 10 de novembro para o email [email protected] ou por correio para a Cúria Diocesana de Blumenau (a/c Pe Raul) – Rua XV de Novembro, 955 – Centro – Blumenau/SC – CEP 89010-003 / Caixa Postal 222 – CEP 89010-970. Informe seu nome completo, telefone e endereço. Você estará concorrendo a uma bíblia.

Um novo desafi o aos seus conhecimentos bíblicosRefl ita, pesquise e tente responder a mais este teste sobre conteúdos da Bíblia

RECORDANDO

Romaria da Terra e da Água

na Diocese de Blumenau

Ordenação do primeiro

padre da Diocese de Blumenau

A 11ª edição do Jornal da Diocese de Blumenau, que con-templamos nesta nossa coluna, em diversas páginas dá desta-que à 16ª Romaria da Terra e da Água, realizada em Rio dos Ce-dros. Sob o tema “Da Terra e da Água, o direito do Pão” e lema “Os pequenos herdarão a terra e nela habitarão para sempre” (Sl 37,29), naquela edição do nosso jornal anunciava-se e motivava-se a mesma Romaria Estadual para o dia 16 de setembro daquele ano

de 2001.As duas páginas centrais do

jornal foram dedicadas à publi-cação do texto-base do evento. Ali são explicitados os principais elementos do tema e o lema da grande concentração estadual. Os sub-temas da terra, da água, dos direitos e do pão recebem comen-tários, estatísticas, urgências, em vista da nova sociedade da justa distribuição dos bens, da partilha, da vida digna e feliz para todos os seres humanos.

Com uma bela ima-gem, a mesma edição do Jornal da Diocese, à página 11, noticiou a ordenação do Pe. José Carlos de Lima, primeiro padre orde-nado na Diocese. A histórica celebração realizou-se no dia 4 de agosto de 2001, às 16h30, na Cate-dral São Paulo Após-tolo e foi presidida por Dom Angélico Sân-dalo Bernardino, então primeiro Bispo da nossa Diocese.

IRMÃOS E IRMÃS

No desafi o desse mês, pais e fi lhos. Você é capaz de associar os personagens aos seus respectivos pais?

a) Davi - Eliabeb) Hofni - Finéiasc) Nadabe - Eleazard) Absalão - Salomão

e) Jezrael - Lô-Amimf) Pedro - Andrég) Tiago - João

a-o,

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D A éli Sâ

REPR

ODU

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Page 11: Jornal da Diocese de Blumenau Novembro/2010

11Novembro de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

Nossa História

Cama- Mesa - Banho - Calçados - Uniformes escolaresConfecções em geral - Roupas para Toda a Família

Fone/ Fax: (047) 3323 3339

Anacleto Dagnoni e Isolde B. Dagnoni

Rua Bahia, n° 136 – Itoupava Seca – Blumenau – SC

Direção geral:

Dom José Negri PIME

Diretor Geral:

Pe. Raul Kestring

Diretor comercial:

Pe Almir Negherbon

Textos e edição:

New Age ComunicaçãoRua Sete de Setembro, 2587 – sala

202 - Centro – Blumenau/SC(47) 3340-8208

Jornalista Responsável:

Marli Rudnik (DRT SC 484 JP)[email protected]

Fotografi as:

Acervo da Diocese de Blumenau e Divulgação

Editoração:

Job [email protected]

Revisão:

Pe Raul KestringRaquel ResendeAlfredo Scottini

Impressão:

Jornal de Santa Catarina

Tiragem:

20 mil

Periodicidade:

Mensal

Distribuição gratuita

Correspondência

Cúria Diocesana de BlumenauRua XV de Novembro, 955 -

Centro(47) 3322-4435Caixa Postal 222CEP: 89010-003

Blumenau/SC

comunicacoes@diocesedeblumenau.org.brwww.diocesedeblumenau.org.br

ExpedienteJornal da Diocese

de Blumenau

Em setembro de 1868 foi colocada a

pedra fundamental da primeira Igreja Matriz de Blumenau

66666666688888888888 ffffffffff iiiiiiiii lllllllllll ddddddddddddddd

Vão e anunciem: o Reino do Céu está próximo”

(MT 10,7)

Pe. Antônio Francisco Bohn

Dom Pedro Maria de Lacerda, bispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, em sua Provisão, menciona a Lei Provincial nº 694, de 31 de julho de 1873, pela qual o governo da Província de Santa Catarina criara a nova freguesia de São Paulo, no distrito da Colô-nia Blumenau, desmembrada da freguesia de São Pedro Apóstolo e tendo por limites os mesmos do distrito colonial.

Menciona, também, a Lei nº 679, de 23 de maio de 1872, estabelecendo os limites entre o distrito da Colônia Blumenau e a fregue-sia de São Pedro Apóstolo. Faz referência ao ofício de 10 de janeiro de 1876, no qual o presidente da Província de Santa Catarina solicita instituição canônica da mencionada paróquia, já civilmente decretada.

Na mesma Provisão de 8 de fevereiro de 1878, Dom Pedro estabelece os limites da nova “Paróquia de São Paulo de Blumenau”:

• Linha divisória entre os terrenos per-tencentes à Colônia de João Pedro Dias de Moura.

• Linha divisória entre terrenos da Colônia e de Bento Malachias da Silva.

• Linha divisória entre Luiz Wagner e Keu-necke e Brandes.

• Divisa entre Herbst, terrenos da Colônia com Nicolau Deschamps, Pedro Wagner, Ha-erschl e outros.

• Do lado Poente, os limites com os muni-cípios de Curitibanos e Lages.

• Ao Norte, os limites com a freguesa de Joinville.

• Ao Sul, as vertentes dos Rios de Itajaí-Açu e Itajaí-Mirim.

PARÓQUIAS

Nova paróquia instituída na colônia ampliou o trabalho missionário dos padres católicos

Pedra fundamental da primeira Igreja Matriz foi colocada em 1868

Evangelização

Em 1854, chegam a Blumenau os primeiros católicos austríacos. Em 1864, ocorre a construção da primeira capela, incentivada pelo padre Alberto Francisco Gattone, primeiro vigário de Gaspar, que atendia, também, a Blumenau. No dia 25 de janeiro de 1865 foi celebrada a primeira missa e festa de São Paulo Apóstolo. Em 1876 chega a Blumenau o padre José Maria Jacobs, assumindo como primeiro vigário. Em 24 de dezembro de 1876, dá-se a bên-ção da Matriz, conforme planta do arquiteto Henri-que Krohberger. Em 1878, o bispo do Rio de Janeiro erige a Paróquia.

Em março de 1892, chegam a Blumenau os primeiros franciscanos: freis Lucínio Korte e Zeno Wallbroehl. Cabe a eles dar continuidade aos traba-lhos iniciados na Paróquia e ao Colégio São Paulo. Em 02 de dezembro de 1923, ocorre a bênção da pedra fundamental para o aumento da Matriz, que seria consagrada, solenemente, em 15 de agosto de 1926.

Na Páscoa de 1927, é inaugurado o órgão e, em 1928, os três novos sinos, representando Je-sus Cristo, Maria Santíssima e São José. Dez anos depois são realizadas as Missões Populares, com grande sucesso.

Em 24 de maio de 1953, dá-se o lançamento da pedra fundamental da nova Matriz (atual Catedral), de acordo com o projeto de Gottfried Boehm. Três anos depois é dada a licença para bênção de par-te da nova construção e demolição da antiga. Em 25 de janeiro de 1958 realiza-se a cerimônia de sua consagração, primeira missa pontifi cal de Dom Gre-gório Warmeling e mensagem de Frei Brás Reuter, seu maior incentivador. Em 01 de junho de 1963, dá-se a inauguração da torre e conclusão das obras.

No dia 19 de abril de 2000, a Matriz foi elevada à condição de Catedral, pela Constituição Apostólica “Venerabiles fratres”, do Papa João Paulo II.

Page 12: Jornal da Diocese de Blumenau Novembro/2010

12 www.dioceseblumenau.org.br Novembro de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau

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“Você comerá do trabalho de suas próprias mãos, tranquilo e feliz”

(Sl 128,2)

LEITURA

Movimentos

A Comunidade Kolping do Garcia está se preparando para implantar uma biblioteca comunitária em sua sede. A entidade já tem o espaço destinado para este fi m e dispõe de alguns móveis, aguardando, agora, a liberação de uma doação de ma-teriais (estantes e computadores) já aprovada pela Justiça Federal. Para formar o acervo, serão promovidas campanhas de arrecadação de livros.

A proposta é que a biblioteca seja coordenada pelos jovens da comunidade, com o objetivo de es-timular as pessoas, especialmente os mais novos, ao hábito da leitura. “Vemos que o computador tirou um pouco o espaço da leitura e quere-mos incentivar as pessoas a redes-cobrirem o livro”, explica o presi-dente da Comunidade Kolping, Luiz Nestor Pohlmann.

A intenção é inaugurar a biblio-teca, ainda este ano. As pessoas poderão escolher livros de sua prefe-rência para ler no local (em uma sala que está sendo montada para leitu-ra), ou fazer um cadastro para levar os livros para casa, ler e devolvê-los para que outros possam aproveitá-los. A campanha de arrecadação vai focar, principalmente, em livros de literatura, crônicas, poesias e contos.

Novidades

Outra novidade é que, em breve, na Comunidade Kolping será insta-lada uma unidade do Centro de Re-ferência em Assistência Social. A en-tidade cedeu um espaço físico para que a prefeitura coloque lá uma uni-dade de atendimento comunitário.

FRANCISCANISMOSão Francisco era coerente com

a sua pregação ao máximo. Certo dia, chegou a um convento com um saco de pão e uma garrafa de vinho, recebidos em esmola.

O guardião do convento, Frei Ângelo, recebeu o santo com toda a reverência do mundo. Contou-lhe que tivera trabalho, pois, haviam che-gado três ladrões, notórios na região, pedindo comida. Ele, porém, pegara um bastão grosso e os correra. Fran-cisco o olhou, enternecidamente. Disse-lhe, em seguida, “em nome da santa obediência, pega este saco de pão e o vinho. Vai atrás deles, pede-lhes perdão e dá-lhes toda a comi-da”. Frei Ângelo caiu em si e obede-ceu ao santo pai. Logo os encontrou. Ajoelhou-se aos pés dos mesmos, pediu-lhes perdão e lhes ofereceu toda a comida.

Os três fi caram abismados. Não queriam acreditar no milagre. Sacia-ram a fome e voltaram com frei Ân-gelo, para conversar com Francisco.

Mudaram de vida e se tornaram frades. A pregação de Francisco os transformou e lhes ensinou a verda-deira caridade: tudo esquece, tudo perdoa e a todos acolhe.

Na vida diária, não poucas ve-zes, achamo-nos heróis, quando conseguimos diminuir uma pessoa, esquecendo que a caridade é be-nigna e tudo faz para erguer as pes-soas. Por esses atos São Francisco atraía, cada vez mais, as pessoas, visto que ele fazia o que pregava e o fazia com o coração mais ardente e divino.

Sabemos que, por vezes, é difícil dobrar a nossa arrogância, mas, com muito esforço e contínuas orações podemos chegar ao supra sumo. Lembremo-nos, também, do lema de São Francisco: Paz e Bem. Onde reina a Paz, ali, vive o Bem. Neste reino divino, todos viverão bem e fe-lizes. Paz e Bem.

Alfredo Scottini

Espaço comunitário será implantado para estimular a leitura, especialmente entre os jovens

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✗ Se você tem livros para doar, ou deseja fazer uma campanha de arrecadação na sua empresa, ou comunidade, estará ajudando a Comunidade Kolping. As doações poderão ser entregues diretamente na entidade ou – em maiores volumes – alguém irá buscar os livros. Para mais informações ligue: (47) 3336-2026).

✗ A Comunidade Kolping é uma instituição internacional, fundada em 1849, na Alemanha, pelo Padre Adolfo Kolping. Hoje está presente em 62 países, especialmente na África e na Ásia. No Brasil, são 22 estados assistidos por aproximadamente 400 unidades. A matriz de Santa Catarina fica em Rio do Sul e ao todo são 11 comunidades no Estado. Em Blumenau, a unidade foi inaugurada em 1982, mantida com recursos próprios, através das parcerias, realização de bazares e participação em feiras de artesanato, bem como com a cobrança de mensalidade simbólica dos cursos.

Biblioteca será uma novidade Biblioteca será uma novidade na na Comunidade KolpingComunidade Kolping

Na linha de cursos, a intenção é implantar, em 2011, as forma-ções de eletricista industrial e in-formática, sendo este último com turmas de informática básica e avançada. Para isso, a entidade busca parcerias e apoios que via-bilizem a oferta dos cursos.

Serão mantidos os cursos profi ssionalizantes de costura in-dustrial (desde 1986) e de mecâ-nica geral (desde 2006), além dos cursos artísticos de dança e vio-lão, mantidos em parceria com a Fundação Pró-Família e que são gratuitos. Em 2011 deverão ser retomados, também, os cursos manuais de tricô, crochê e pintura em madeira.

Kolping pretende ampliar serviços com implantação de biblioteca comunitária

Aulas de violão e dança são oferecidos na sede da instituição

Programas de educação profissional preparam os jovens para o mercado de trabalho

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Page 13: Jornal da Diocese de Blumenau Novembro/2010

Paróquias13Novembro de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

“Todos ficaram repletos do Espírito Santo”

(At 2,4)

Jovens blumenauenses recebem o Espírito Santo

CRISMA

Celebração, em setembro, representou o envio a 150 cristãosA Paróquia São Francisco

de Assis, no Bairro Fortaleza, em Blumenau, recebeu o bis-po Dom José Negri para a ce-lebração da missa de Crisma, no dia 18 de setembro. Cerca de 150 jovens receberam o sacramento dos dons do Es-pírito Santo, com um convite para assumirem, efetivamen-te, sua missão de cristãos.

A igreja ficou pequena para acolher os enviados, seus pais, padrinhos e os fi eis da comunidade, todos teste-munhas da preparação e da disposição dos jovens para uma vida evangelizadora. A celebração foi organizada pelo padre João Bandoch e sua equipe paroquial e contou com a participação do padre Almir Negherbon, de diáconos e seminaristas.

Como tem adotado em to-das as celebrações de Cris-ma, na Diocese, desde a sua chegada, Dom José valorizou a festa do Espírito Santo, nes-ta comunidade. Falando, dire-tamente, aos jovens, o bispo os exorta a aceitarem e a da-rem uma resposta positiva ao chamado de Deus. Lembra que cada um dos crismados deve se comprometer em ser um discípulo de Cristo, sendo participativo na Igreja e em sua comunidade e acentua, principalmente, a vocação sa-cerdotal e religiosa.

Os jovens crismandos re-

Uma paróquia missionáriaDesde que iniciou o mo-

vimento preparatório para as Missões Populares da Diocese, a partir de 2006, a Paróquia Santa Terezinha, de Timbó, tem se dedicado de maneira incondicional a sua missão evangelizadora, envolvendo os grupos e a comunidade no trabalho de evangelização e aproveitan-do cada oportunidade para ir ao encontro das pessoas, levando a Palavra de Deus.

Como balanço desses quatro anos de trabalho, a maior parte das famílias católicas da paróquia já foi visitada e muitos voltaram a frequentar a igreja e até passaram a fazer parte dos movimentos e grupos de reflexão. A coordenação do Conselho Missionário Paro-quial - COMIPA - estima que mais de 20 grupos tenham sido formados graças ao apelo missionário (infeliz-mente nem todos perseve-rantes) e houve uma reapro-ximação da comunidade.

Continuidade

O trabalho missionário, em Timbó, começou em 2006, dentro do projeto das Missões Populares da Dio-cese. O primeiro ano foi de preparação, com o objetivo

de visitar e sensibilizar os católicos não praticantes, afastados da Igreja. Nesse sentido foram envolvidas 120 pessoas, dos grupos de reflexão – que já fazem essencialmente um trabalho missionário em suas comu-nidades – e também a ca-tequese, ministros e demais movimentos.

Entre 2006 e 2007, fo-ram realizadas mais de três mil visitas e o efeito foi tão positivo que, mesmo encer-rado o período oficial das Missões Populares, os gru-pos resolveram continuar as visitas e torná-las permanen-tes, apesar de menos inten-sas. Hoje o trabalho envolve diretamente cerca de 15 pessoas.

Todas as oportunidades do calendário católico são aproveitadas para evange-lizar. Um exemplo foi o pro-jeto da Semana Nacional da Família, neste ano, em que os grupos retornaram às ca-sas para celebrar a família e reforçar a vocação missio-nária. Para 2011, o COMIPA da Santa Terezinha deseja instituir também a Infância Missionária, possibilitando às crianças a oportunidade de melhor conhecerem Je-sus antes de ingressar na catequese.

cebem uma carta vocacional assinada por Dom José, na qual ele expõe os desafios da vocação cristã e os convi- Trabalho missionário é exemplo em Timbó

da a se corresponderem com ele, informando inclusive seu e-mail pessoal. É uma forma de se aproximar dos jovens,

falando a sua língua, através dos canais pelos quais estes cristãos se comunicam com seus iguais.

Presente de aniversário

No dia da Crisma, na Fortaleza, era aniversário de Dom José. A comunidade ho-menageou-o com um bonito coro de parabéns e o presen-teou com uma casula (veste da cor litúrgica do dia: verde, vermelho, roxo, lilás ou bran-co). Como era dia de Crisma, a casula presenteada tinha a cor vermelha. Dom José, ime-diatamente, tirou a casula que vestia e a substituiu pela nova, gesto que foi, calorosamente, aplaudido pela comunidade.

Comunidade participou ativamente da missa de crisma

Jovens crismandos são chamados a evangelizar

FOTOS PE. RAUL KESTRING

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Page 14: Jornal da Diocese de Blumenau Novembro/2010

Vida Missionária14 www.dioceseblumenau.org.br Novembro de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau

“Ele preparou os cristãos para o trabalho do ministério que constrói o Corpo de Cristo”

(Ef 4,12)

ENTREVISTA

Dom José Negri fala de sua trajetória missionária, da Itália até o episcopado, em SC

“Deus foi bondoso e me confiou não uma, mas 38 paróquias”

Quem sabe faz a horaQuando se fala em anima-

ção missionária, pensa-se na atividade das congregações, ou institutos missionários nas dioceses e paróquias. Diz-se que cabe a eles animar as comunidades. Essa coloca-ção tem fundamento, mas não considera o fato de que, como todos são missionários em vir-tude do batismo, todos podem ser multiplicadores do espírito missionário.

Animação missionária não é só para especialistas. Todo agente de pastoral deveria sentir a necessidade de ali-mentar, com criatividade, em sua comunidade ou serviço pastoral, a identidade mis-sionária da Igreja. Crianças, adolescentes, jovens e adul-tos precisam conhecer como a Igreja realiza as palavras de Jesus Cristo: “Ide pelo mundo e anunciai o evangelho” (Mc 15,15).

É preciso que, na vida dos discípulos missionários, haja um anseio missionário. O espírito missionário não se improvisa: alguém deve plan-tá-lo, irrigá-lo e permitir que cresça.

Isso é fácil, hoje em dia, com os meios de comunica-ção, com a leitura em comum de reportagens ou artigos de revistas missionárias, com os fi lmes que suscitem o debate sobre a Missão. Tudo acom-panhado pela promoção pes-soal e comunitária de uma espiritualidade missionária.

Pelo fato de a missão ser a alma da Igreja, o compro-misso de aprofundar a voca-ção missionária de cada dis-cípulo não tem encerramento. Bem o entendera dom Hélder Câmara, ao escrever: “Mis-são é partir, caminhar, deixar tudo, sair de si, quebrar a crosta do egoísmo que nos fecha no nosso eu. É parar de dar voltas ao redor de nós mesmos, como se fôssemos o centro do mundo e da vida. E não se deixar bloquear nos problemas do nosso pequeno mundo a que pertencemos: a humanidade é maior. Sempre partir, mas não para devorar quilômetros. É sobretudo abrir-se aos outros como irmãos, descobri-los, encontrá-los. E se, para encontrá-los e amá-los é preciso atravessar mares e voar lá nos céus, então mis-são é partir até os confi ns do mundo”.

Cabe a nós cuidar, para que fique sempre acesa, em nós e nos outros, a chama do ardor missionário que aque-ceu o coração dos primeiros apóstolos e que ainda hoje impulsiona homens e mulhe-res a irem além-fronteiras para anunciar que Ele está vivo. (Resumo do artigo de Pe. Francisco)

A comunidade diocesana já deve ter notado que as mensa-gens enviadas pelo nosso bis-po, sempre, trazem ao fi nal de sua assinatura, a sigla PIME. Esta sigla, que Dom José Ne-gri usa como um complemen-to do próprio nome significa “Pontifício Instituto Missões Estrangeiras” e caracteriza o instituto religioso pelo qual ele escolheu ser consagrado. O PIME foi fundado por dom Ângelo Ramazzotti, em 1850, com incentivo do Papa Pio IX, que desejava frutificar, na Itá-

Como foi o seu despertar para o trabalho missionário?

Desde criança, sentia esse chamado. Quando tinha 3 anos imitava o padre na Igreja. Quan-do alguém perguntava o que queria ser, quando crescesse, dizia “Padre”. Naquela época mi-nha comunidade trabalhava mui-to forte com os jovens e nós nos debruçávamos sobre a leitura da Palavra de Deus. Aos 17 ou 18 anos, conheci uma jovem do grupo e começamos um namo-ro que durou uns dois anos. Até que a ideia do sacerdócio voltou.

De que maneira?Foi quando uma religiosa

da nossa comunidade foi cha-mada para trabalhar na África. Então foi feito um trabalho de

conscientização e eu tomei conhecimento da vocação

missionária. Foi este exemplo que re-acendeu o cha-mado em minha vida.

Que circuns-tâncias o levaram a ingressar no PIME?

Sempre associei

vocação com doação e tinha a convicção de que se desejava doar minha vida para uma cau-sa, queria me doar totalmente. Encontrei na missão a forma de me doar: Deixar casa, família, os amigos e se entregar a uma outra vida. Meu orientador espi-ritual, um padre diocesano, me apresentou ao Pontifício Instituto para as Missões Estrangeiras, que tinha essa característica.

Como foi o seu envio, de-pois de ordenado?

Na véspera da ordenação nos pediram para escrever uma carta indicando nossos anseios de para onde ir. Eu escrevi “para a Ásia, em algum lugar de má-xima pobreza e de primeira evangelização”. Quando conheci meu destino, não compreendi logo, porque Deus me enviou para o Brasil, mais precisamen-te para Santa Catarina, que tem uma condição social favorável e 80% de batizados.

E o que Deus desejava?Começava ali a missão para

a qual Deus me tinha escolhi-do. Eu pensava ter sido cha-mado para o trabalho evange-lizador, mas a maior parte do tempo trabalhei em seminários, na formação de novos missioná-rios. Nesses 20 anos ajudamos muitos jovens a descobrirem sua missão. Hoje, meus alunos estão espalhados pelo mundo, em vários continentes.

E depois veio a missão episcopal...

Eu queria ser um evangeli-zador, um missionário em uma comunidade desafi adora. Deus foi tão bondoso que me confi ou uma grande responsabilidade, que é o episcopado. Ao invés de uma, me deu 38 paróquias. Então, vejo que a minha mis-são é continuar a evangelizar, aqui, onde Deus me colocou, trabalhando com os sacerdotes e com o povo, cumprindo a mis-são do Bom Pastor.

Qual é o grande desafio de ser missionário no Brasil, hoje?

A dimensão continental do País é um desafio. No Nor-te os padres andam de barco para levar a Palavra de Deus. Em algumas regiões estão sob o risco da violência. No Sul, a realidade urbana nos impõe desafios como a dificuldade de entrar nas comunidades, de quebrar as barreiras do mate-rialismo e do individualismo dos que se dizem católicos, mas que abandonaram a prática re-ligiosa. O desafio de competir com os meios de comunicação e com as novas denominações cristãs que surgem a toda hora. Então o grande desafio é res-gatar a religiosidade em cada pessoa e a sua vocação como discípulo missionário, recebida no batismo.

Padre Alcimir Pilotto, pároco da Paróquia de Penha e coordenador do COMIDI

lia, uma província missionária estrangeira nos moldes de ou-tras já existentes no mundo. Nesta entrevista, Dom José fala de seu chamado vocacio-nal e da escolha pela vocação missionária.

PE. RAUL KESTRINGDIVULGAÇÃO

Page 15: Jornal da Diocese de Blumenau Novembro/2010

“O trabalho e a festa estão intimamente relacionados com a vida das famílias”

(Bento XVI)Espaço da Família15

O aborto foi um dos temas, em dis-cussão, na recente agenda eleitoral do Brasil, sempre acompanhado da expres-são “saúde pública”. Embora candidatos não tivessem declarado abertamente sua posição favorável - até para não se com-prometer com os eleitores que respeitam os princípios cristãos e os valores da vida - a opinião nebulosa de alguns e a sua preocupação com o risco que as práticas clandestinas representam para quem a elas recorre demonstraram a real posição desses políticos.

Há uma tendência para descriminalizar o aborto, para criar leis que permitam tirar a vida de crianças no ventre de sua mãe, que deve ser o lugar mais seguro. Querem manchar a “fi cha limpa” dos hospitais, es-paços criados para salvar vidas, impondo uma nova incumbência, a de tirar vidas.

Abordaram o assunto do aborto como uma simples questão de saúde pública, apropriando-se de estatísticas manipu-ladas sobre taxas anuais de aborto e de mortes maternas, em decorrência dessa prática, tentam submeter a opinião pública, sem levar em conta, até mesmo o princípio constitucional de direito à vida.

Passada a eleição, cabe a nós, cida-dãos e cristãos esclarecidos, fi scalizar os nossos governantes e os representantes legislativos, cobrando deles uma postura em favor da vida. Se não pelos valorosos argumentos divinos (Deus nos deu a capa-cidade de gerar vidas, mas desde o crime de Caim, no Gênesis, condenou o ato de matar), vamos defender o direito à vida previsto no artigo 5º da Constituição Bra-sileira de 1988, que considera “inviolável o direito à vida, à liberdade e à igualdade”.

Deus é o único e verdadeiro Senhor da vida humana. A pessoa deve ter seus direitos garantidos, desde a concepção e tem personalidade jurídica formal, des-de seu momento inicial na fecundação, embora adquira só com o nascimento a sua personalidade jurídica material. Ain-da que não nascida, tem capacidade de direito, não de exercício, devendo os pais ou o curador zelar pelos seus interesses, como são amparados pelo sistema jurídi-co brasileiro.

Aborto e saúde públicaREFLEXÃO

Evento será em meados de 2012, sob o lema “A família: o trabalho e a festa”

Vaticano prepara o 7º Encontro Mundial das Famílias

O Papa Bento XVI divulgou, re-centemente, a Carta Ofi cial para o 7º Encontro Mundial das Famílias, que será realizado de 30 de maio a 2 de junho de 2012, em Milão, na Itália, com a presença do Sumo Pontífi ce e terá como lema, “A Fa-mília: o trabalho e a festa”.

Na Carta, Bento XVI descreve que o encontro será uma ocasião privilegiada para voltar a expor o trabalho e a festa na perspecti-va de uma família unida e aberta à vida, integrada na sociedade e na Igreja e atenta à qualidade das relações e à economia do núcleo familiar.

O Santo Padre lamenta que, no mundo moderno, a organização do trabalho seja desenhada e pra-ticada em função da competição do mercado e do máximo ganho. Inconforma-se que o conceito de festa seja igualado à oportunidade para a evasão e o consumo. E que ambos têm contribuído para a de-sagregação da família e da comu-nidade, para difundir um estilo de vida individualista.

Alerta

“O trabalho e a festa estão inti-mamente relacionados com a vida das famílias, afetam as decisões e têm influência nas relações en-tre cônjuges e entre pais e fi lhos. Por isso incidem na relação entre a família e a sociedade e a Igreja”, descreve em sua mensagem.

Alerta o Papa para a necessi-dade de se promover uma refl exão e um compromisso para conciliar

Novembro de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

as exigências e os tempos do trabalho com os da família e a recuperar o verdadeiro sentido da festa. “Especialmente do do-mingo, Páscoa semanal, dia do Senhor e dia do homem, dia da família, da comunidade e da so-lidariedade”, diz.

Como preparação ao Encon-tro Mundial da Família, Bento

XVI expressa seu desejo de que, já em 2011, no 30º aniversário da exortação apostólica “Familiaris Consortio”, de João Paulo II, a Pastoral Familiar comece um iti-nerário com iniciativas paroquiais, diocesanas e nacionais, com o objetivo de destacar as experi-ências de trabalho e de festa em seus aspectos mais reais e positi-

vos, ressaltando a experiência de vida concreta das famílias.

O própr io Encont ro Mun-dial terá cinco dias de duração, encerrando com a “Festa dos Testemunhos” (sábado à noite) e a missa solene (domingo de manhã), ambas celebrações a serem presididas por Sua Santi-dade.

DIVULGAÇÃO

Buffet livreBuffet livre

Restaurante e Buffet 25 de JulhoRestaurante e Buffet 25 de JulhoAlmoço executivoAlmoço executivo

A noite de segunda a sexta-feira servimos pratos típicos e outros. (com música ao vivo).A noite de segunda a sexta-feira servimos pratos típicos e outros. (com música ao vivo).

Aceitamos reservas para realização de festaAceitamos reservas para realização de festade de casamento,casamento, formaturas e confraternizaçõesformaturas e confraternizações

Segunda a sextaSegunda a sexta (com suco e sobremesa) (com suco e sobremesa) 11h às 14h11h às 14hSábado Buffet EspecialSábado Buffet Especial 11h30min às 14h11h30min às 14h

Rua Alberto Koffke, nº 354 ❘ Blumenau ❘ SC ❘Anexo C.C. 25 de Julho ❘ Fone: 3329 [email protected]

Ambiente climatizado e com amplo estacionamento

Page 16: Jornal da Diocese de Blumenau Novembro/2010

Diocese de Blumenauwww.diocesedeblumenau.com.brDiocese de Blumenau

CNBB Regional Sul 4

pág. 15Santa Sé prepara o 7º Encontro Mundial das Famílias

Diocese de Blumenau defi ne prioridades pastorais para 2011Encontro ocorreu no dia 16 de outubro, na Paróquia São Francisco de Assis, no Bairro Fortaleza

ASSEMBLEIA

Para qualquer entidade civil ou ecle-sial, uma assembleia é momento inalie-nável de memória das origens, das ideias fortes, dos passos dados até uma data determinada. Reunidas representativa-mente, as forças vivas da entidade sim-bolizam a coesão, a superação dos indi-vidualismos; celebram a validade de seus objetivos, a continuidade de suas lutas, o signifi cado e a consciência de seus limi-tes.

Um assembleia congregada mostra a esperança de que o futuro, nas mãos de todos, será melhor, porque “a união faz a força”. Corrige a rota, atualiza as estraté-gias, elege as prioridades de ação, agrega projetos, renova seus ideais, sua razão de ser e até mesmo os sacrifícios, renúncias pessoais e grupais, em vista das metas comuns, fundamentais para a identidade do grupo, plantado no meio de uma plura-lidade de assemelhados e opostos.

A 11ª Assembléia Pastoral da Diocese de Blumenau ultrapassou expectativas sociológicas e operativas, com a participa-ção de 130 representantes de paróquias, comarcas pastorais, comunidades ecle-siais, conselhos, movimentos eclesiais, lideranças, que rezaram, ouviram orienta-ções e refletiram. Fizeram propostas de ação e elegeram prioridades para o próxi-mo ano de 2011. O amplo e funcional am-biente do evento favoreceu seu desenvol-vimento, facilitando encontros de grupos menores, animação musical e acomoda-ção do grande grupo.

oooorrrrrttttttttaaaaaaaaalllleeeeeeeeeezzzzzaaaaaaa

Bispo diocesano Dom José Negri abriu a Assembleia, expôs suas orientações e exerceu a presidência, acompanhando os trabalhos do começo ao fi m

Cada participante da 11ª Assembléia Diocesana de Pastoral de Blumenau foi recepcionado e inscrito por encarregados de cada comarca

Todas as forças vivas da Igreja Católica em Blume-nau estavam representadas na Assembleia. Manifes-tavam, assim, a diversidade de lideranças, pastorais, movimentos eclesiais e comunidades. Por outro lado, evidenciava-se surpreendente unidade em torno do ob-jetivo da evangelização

A Rádio Blumenau/Arca da Aliança, através da sua unidade móvel, fez-se presente e divulgou o evento para Blumenau e região

Momento em que secretários e secretárias das comar-cas apresentam ao plenário o resultado de suas discus-sões. Compunham a mesa diretora, padre João Bach-mann (vigário geral da Diocese), padre João Bandoch (coordenador diocesano de Pastoral), Dom José Negri (bispo diocesano), pader Marcelo Martendal (assessor) padre Anderson Ferrari (assessor)

Anuncie AquiFone/Fax: (47) 3322-4435

Rua XV de Novembro, 955 - CentroCaixa Postal 222 - CEP: 89010-003 - Blumenau/SC

IMPORTANTENa edição de outubro, involuntaria-

mente cometemos uma falha ao omitir uma imagem dos catequistas da Comar-ca Pastoral de Navegantes, presente com numeroso grupo à Concentração Dioce-sana de Catequistas, realizada em 22 de agosto, no Ginásio de Esportes Galegão, em Blumenau

FOTOS PE. RAUL KESTRING