jornal comunhão novembro 2012 - diocese de guaxupé

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A SERVIÇO DAS COMUNIDADES A SERVIÇO DAS COMUNIDADES NIDADES DAS COM SERVIÇO A Impresso Especial 9912259129/2005-DR/MG CORREIOS MITRA FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ ANO XXIX - 276 NOVEMBRO DE 2012 OPINIÃO Sobre o documento conciliar Lumen Gentium, padre Robervam Martins escreve neste mês: “urge a consciência de que as diferenças eclesiais, manifestadas nas mais variadas vocações, queiram promover a riqueza da comunidade cristã. Assim, mostra-nos que a diferença, pautada na mensagem evangélica, não deve soar como problema, mas como caminho de enriquecimento missionário do corpo eclesial, no mundo.” Leia mais, página 03 REPORTAGEM O Ano da Fé é apresentado pelo padre Gladstone Miguel, a partir de alguns destaques de falas do papa Bento XVI. Páginas 06 e 07 ATUALIDADE Discorre padre Dênis Nunes de Araújo sobre a morte vista pela diversidade ótica das religiões. Página 09 PONTO DE VISTA PASTORAL Há algum tempo, sonha a equipe diocesana dos Grupos de Reflexão confeccionar um roteiro próprio para a Diocese de Guaxupé, até então dirigido pela Diocese de Caratinga. Neste mês, padre José Luiz sugere aos grupos experimentar e avaliar um modelo de roteiro feito com outra metodologia. Página 10 O REINO DE DEUS ESTÁ NO MEIO DE VOCÊS! (Lc 17, 21) Encontro para animadores de Grupos de Reflexão contou com a participação de mais de 400 pessoas. Página 04 Foto: Luiza

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1DIOCESE DE GUAXUPÉDIOCESE DE GUAXUPÉ

A SERVIÇO DAS COMUNIDADESA SERVIÇO DAS COMUNIDADESNIDADESDAS COMSERVIÇOA

ImpressoEspecial

9912259129/2005-DR/MG

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JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ ANO XXIX - 276 NOVEMBRO DE 2012

OPINIÃO Sobre o documento conciliar Lumen Gentium, padre Robervam Martins

escreve neste mês: “urge a consciência de que as diferenças eclesiais,

manifestadas nas mais variadas vocações, queiram promover a riqueza

da comunidade cristã. Assim, mostra-nos que a diferença, pautada na

mensagem evangélica, não deve soar como problema, mas como caminho

de enriquecimento missionário do corpo eclesial, no mundo.” Leia mais,

página 03

REPORTAGEMO Ano da Fé é apresentado pelo padre Gladstone Miguel, a partir de alguns

destaques de falas do papa Bento XVI. Páginas 06 e 07

ATUALIDADEDiscorre padre Dênis Nunes de Araújo sobre a morte vista pela diversidade

ótica das religiões. Página 09

PONTO DE VISTA PASTORALHá algum tempo, sonha a equipe diocesana dos Grupos de Refl exão

confeccionar um roteiro próprio para a Diocese de Guaxupé, até então

dirigido pela Diocese de Caratinga. Neste mês, padre José Luiz sugere

aos grupos experimentar e avaliar um modelo de roteiro feito com outra

metodologia. Página 10

O REINO DE

DEUS ESTÁ

NO MEIO DE

VOCÊS!(Lc 17, 21)

Encontro para animadores de Grupos de Refl exão contou com a participação de mais de 400 pessoas. Página 04

Foto: Luiza

2 JORNAL COMUNHÃOJORNAL COMUNHÃO

editorial

voz do pastorDom José Lanza Neto

Diretor geralDOM JOSÉ LANZA NETO

Editor e Jornalista Responsável PE. GILVAIR MESSIAS DA SILVA - MTB: MG 17.550 JP

RevisãoMYRTHES BRANDÃO

Projeto gráfico e editoração AGÊNCIA TOM - www.agenciatom.com - (35) 3064-2380Tiragem3.950 EXEMPLARES

ImpressãoGRÁFICA SÃO SEBASTIÃO

IlustraçãoMARCELO A. VENTURA

Conselho editorialPADRE JOSÉ AUGUSTO DA SILVA, PADRE FRANCISCO

CARLOS PEREIRA, IR. MÁRCIO DINIZ, MARIA INÊS

MOREIRA E NEUZA MARIA DE OLIVEIRA FIGUEIREDO.

RedaçãoPraça Santa Rita, 02 - Centro

CEP. 37860-000, Nova Resende - MG

Telefone(35) 3562.1347

E-mail [email protected]

Os Artigos assinados não representam necessariamente a opinião do Jornal.

Uma Publicação da Diocese de Guaxupé

www.guaxupe.org.br

expediente

O jornal COMUNHÃO de novembro apresenta vários tons: cinzas de refl exão sobre a morte; vermelhos das notícias de gente amante das coisas do Reino de Deus; alaranjado brilhante de uma Igreja que está constantemente amanhecendo, de-pois do cinquentenário do Vaticano II. Tudo isso indica uma diocese que, embora toca-da pela escuridão das incertezas e dúvidas do tempo presente, não perde a visão do Ressuscitado que caminha a sua frente.

É preciso pintar a casa... que casa? A vida, se for ela mesma o espaço mais sagra-do. A Igreja, morada de irmãos. O mundo, se for ele mesmo o sonho de habitação comum. O importante e urgente agora é pintar... de alaranjado brilhante. Cores mór-bidas não entusiasmam a alma. Pintar a casa signifi ca cintilar os espaços sagrados,

resplandecer a fé, a coragem de seguir, a ousadia de viver, a íntima busca de amar.

Batizados foram os cristãos para ilumi-nar, para dar ao mundo a luz de Cristo, para amanhecer o mundo na luz da fé do amor... se não for assim, não será Igreja, Casa de Jesus. No início do caminho cristão, ale-gravam-se todos aqueles que conviviam e deixavam-se cativar pelos primeiros evan-gelizadores. O cristianismo haverá sempre de ser expressão de alegria e esperança, de vida plena, radiante, iluminada.

Não falta hoje quem reclame sentir-se sozinho dentro de seus próprios sonhos, morar em lugares não compartilhados por falta de cumplicidade, de entusiasmo de sonhar junto. A busca pelo sucesso pesso-al, pelo trabalho em vista do dinheiro e a evidência de relações competitivas fazem

sofrer aqueles que querem viver numa casa constantemente amanhecendo, em outras palavras, numa casa de pessoas que abraçam causa comum, sonho comum, muito e muito além da busca de vantagens pessoais. Jesus sabia muito bem que a co-munidade de fé distinguia-se das realida-des temporais: “Mas, entre vós, não deve ser assim” (Mc 10,43). Não deve ser assim na Igreja...

Que constantemente amanhecendo estejam as comunidades, os trabalhos pastorais de toda a diocese, pintados de alaranjado brilhante como casas de gente que tudo tem em comum, gente cristã... iluminada. Boa leitura!

“Uma ocasião,

meu pai pintou a casa toda

de alaranjado brilhante.

Por muito tempo moramos numa casa,

como ele mesmo dizia,

constantemente amanhecendo.”(Do Poema Impressionista de Adélia Prado)

De que maneira conciliar e propor vida humana plena e vida eterna numa sociedade pós-moderna que valoriza a vida só como expressão de beleza, de riqueza, de prazer, de bem estar, de liber-dade e enquanto ela pode proporcionar felicidade?

Parece existir uma seleção natural dos privilegiados, dos excluídos, dos de sorte.

O nascer, o viver e o morrer estão relacionados a estatísticas. Não podem nascer mais pessoas do que está progra-mado e apesar das prerrogativas: quali-dade e expectativa de vida, estou livre para minha retirada deste mundo com a

“suposta morte digna”.O cenário é encantador. Aparente-

mente tudo está bem articulado, orga-nizado. Ninguém precisa preocupar-se. Temos espaço para todos; as pessoas estão felizes e realizadas, cada uma pode pensar o que quiser, liberdade absoluta; cada qual cria formas de viver da maneira que lhe convier.

Tudo vai bem? Ninguém tem que ensinar a ninguém. Até parece que esta vida é bem melhor que aquela inventada pela Igreja e por Jesus Cristo. Ninguém quer perguntar além do que cada pes-soa quer construir para si. Nem mesmo

o Estado parece interferir. Sou criador de mim mesmo, para que ouvir algo de fora?

Na verdade, não quero frustrar a nin-guém e nem apresentar algo novo, mas é necessário olharmos à nossa volta e nos darmos conta de como a vida está sendo maltratada.

Quatro situações são desafi adoras, desumanas e horrendas: a violência, a fome, a guerra e o aborto. São incalculá-veis os resultados destas situações.

Só para termos ideia, 50 milhões de vidas são retiradas por ano, pela prática do aborto. As nações insistem nesta prá-tica.

Como falar da vida? Como propor e defender a vida? Como anunciar a vida em plenitude? Como apresentar a vida nova trazida por Jesus Cristo? Como falar de vida eterna e de ressurreição?

Parece que estamos fora do tempo, da realidade e deste mundo. Não será exatamente esta mentalidade para con-trapor as verdades da fé?

Que o Cristo - Senhor da vida e de tudo, nos inspire e nos fortaleça em nos-sa missão de batizados. Que sua luz, fruto da ressurreição, nos ilumine!

Viver a vida é uma questão de fé.

VIDA PLENAVIDA PLENA“Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente.”“Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente.”

3DIOCESE DE GUAXUPÉDIOCESE DE GUAXUPÉ

opinião

Ao completar seus cinquenta anos, o Concílio Vaticano II é um fenômeno “novo” que nos remete a uma realida-de “antiga”, uma vez que o sopro vi-vificador do Espírito, manifestado na Palavra Eterna e Encarnada do Criador, Jesus Cristo, sempre impulsionou uma eclesialidade embasada na mensagem evangélica, cabendo aos discípulos do Mestre de Nazaré uma permanente Metanóia. Somente se pode mudar a realidade, mudando-se a maneira de pensar a vida. Sendo assim, a conver-são deve sempre estar no itinerário daqueles e daquelas que se envolvem na dinâmica do Evangelho que, mes-mo sendo “velho”, apresenta-se sem-pre “novo”. Caso contrário, deixaria de ser aquilo que se propôs a ser: Boa Notícia. Dentre os vários documentos conciliares do Vaticano II, discorrere-mos, rapidamente, sobre a Constitui-ção Dogmática Lumen Gentium, tendo em vista despertar a consciência para a importância de sempre voltarmos às inspirações desta fonte conciliar.

LUZ DOS POVOS

“Luz dos Povos”, tradução de Lumen Gentium, é estruturada nas seguintes partes: o Mistério da Igreja, o Povo de Deus, a constituição hierárquica da Igreja e, em especial, o episcopado, os leigos, a vocação de todos à santida-de na Igreja, os religiosos, a índole es-catológica da Igreja peregrina e a sua união com a Igreja celeste e a bem--aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, no mistério de Cristo e da Igreja. Esta última parte, segundo algumas fontes, tornou-se objeto de polêmi-ca, decorrente da opinião de certos padres conciliares desejarem elaborar um documento que se dedicasse so-mente a Maria. Porém, tal ideia parece não ter obtido repercussão, cabendo à Mãe de Deus apenas um capítulo nas conclusões conciliares, comprovando que Maria deve ser entendida em co-munhão com a Igreja e não, como um paralelo. Citemos como documento papal, a Exortação Apostólica de Paulo VI, Marilialis Cultus, publicada no ano de 1979, pouco conhecida pelo clero e pelos leigos, a qual disserta sobre a necessidade do equilíbrio cristão no culto mariano.

Em uma rápida análise das par-tes componentes da Lumen Gentium,

percebemos a necessidade vital de a Igreja buscar sempre uma comunhão com as “diferenças”. Forma-se assim o Povo de Deus, categoria esta tão res-saltada nos bastidores conciliares, o que provocou o mundo católico a ter uma visão mais aberta de sua eclesiali-

dade, com evidência para o Sacerdó-cio Comum dos Fiéis, fonte dos demais ministérios. Foi, nas águas do Batismo, o início do nosso “caso de amor” com Cristo e sua Igreja. Para isso, urge a consciência de que as diferenças ecle-siais, manifestadas nas mais variadas

LUMEN GENTIUM: UMA LÂMPADA A SER SEMPRE REACENDIDALUMEN GENTIUM: UMA LÂMPADA A SER SEMPRE REACENDIDA

vocações, queiram promover a rique-za da comunidade cristã. Assim, mos-tra-nos que a diferença, pautada na mensagem evangélica, não deve soar como problema, mas como caminho de enriquecimento missionário do corpo eclesial no mundo.

POVO DE DEUS

Se partirmos da categoria “povo de Deus”, entenderemos que as mais variadas funções eclesiais nos devem mover para um mesmo norte. Pre-cisamos buscar, permanentemente, a convergência e não a divergência, uma vez que o próprio Deus sempre sonhou para o ser humano a fraterni-dade, tendo como inspiração a comu-nhão trinitária, que não faz da diferen-ça um empecilho, mas um modelo a ser vivenciado pela Igreja, peregrina no mundo, a caminho da casa pater-na. Mesmo pelo fato de ainda sermos embrionários na mentalidade do Vati-cano II, faz-se necessária a constante busca de harmonia entre o clero e o laicato, entendendo que um não se so-brepõe ao outro, mas se complemen-tam. Ambos pertencem a uma mesma realidade. Assim, já nos inspiravam os escritos paulinos: “Existem dons di-ferentes, mas o Espírito é o mesmo; diferentes serviços, mas o Senhor é o mesmo; diferentes modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos” (1Cor 12, 4-6).

Após este pequeno comentário, podemos apoiar-nos na fala do teólo-go padre Libanio, que considera a Lu-men Gentium uma “mina inesgotável”. Para enfatizar sua expressão, ele cita as palavras do padre Lima Vaz, eviden-ciando a atualidade da “Luz dos Povos” para a Igreja de hoje: “...a Constituição dogmática Lumen Gentium permanece atual e contém novidades ainda não assimiladas pelo conjunto da Igreja católica. Nada melhor que fazer uma rememoração no sentido profundo do termo. Captar-lhe as intuições funda-mentais na contingência de seu mo-mento histórico e atualizá-las nas vi-cissitudes presentes. Processa-se uma operação hermenêutica que é uma leitura eclesial de hoje, à luz dos en-sinamentos básicos dos padres conci-liares” [Vida Pastoral 45 (2004), n. 236, pp. 3-8].

Por Pe. Robervam Martins de Oliveira, pároco da paróquia São José de São José da Barra.

“De fato, o corpo é um só, mas tem muitos membros; “De fato, o corpo é um só, mas tem muitos membros; e, no entanto, apesar de serem muitos, e, no entanto, apesar de serem muitos, todos os membros do corpo formam um só corpo.” (1Cor, 12)todos os membros do corpo formam um só corpo.” (1Cor, 12)

Em uma rápida anál ise das partes Em uma rápida anál ise das partes componentes da Lumen Gentium, per-componentes da Lumen Gentium, per-

cebemos a necessidade vital de a cebemos a necessidade vital de a Igreja buscar sempre uma comunhão Igreja buscar sempre uma comunhão

com as “diferenças”.com as “diferenças”.

4 JORNAL COMUNHÃOJORNAL COMUNHÃO

notícias

ADULTOS RECEBEM SACRAMENTOS NAADULTOS RECEBEM SACRAMENTOS NAPARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO, EM POÇOS DE CALDASPARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO, EM POÇOS DE CALDAS

PROVÍNCIA ECLESIÁTICA PROMOVE ASSEMBLEIA VOCACIONALPROVÍNCIA ECLESIÁTICA PROMOVE ASSEMBLEIA VOCACIONAL

ACONTECE 3ACONTECE 3o ENCONTRO DIOCESANO DOS GRUPOS DE REFLEXÃO ENCONTRO DIOCESANO DOS GRUPOS DE REFLEXÃO

A Catequese de Adultos é um traba-lho que foi solicitado e incentivado pela Diocese de Guaxupé. A Paróquia São Se-bastião, de Poços de Caldas, tem colhido frutos em abundância neste ano. No mês de outubro, dois adultos foram batiza-dos, 16 receberam a Primeira Eucaristia e 28, o sacramento da Crisma.

No dia 14, realizou-se a Celebração da Crisma, ministrada pelo padre José Maria de Oliveira, com autorização do bispo, dom José Lanza Neto. Na ocasião, o pároco pediu aos crismados que procu-rassem engajar-se nos diversos trabalhos desenvolvidos na paróquia, através das pastorais e movimentos, Dessa forma, eles estarão, efetivamente, vivendo a fé que confi rmaram através do sacramento recebido.

Nos dias 28, 29 e 30 de setembro, aconteceu em Poços de Caldas a IV As-sembleia da Pastoral Vocacional e Servi-ço de Animação Vocacional (PV/SAV) da Província Eclesiástica de Pouso Alegre, constituída pelas dioceses de Campanha e Guaxupé e pela arquidiocese de Pouso Alegre. Com a participação de mais de 80 animadores vocacionais, sendo estes, re-ligiosos, religiosas, padres, seminaristas, leigos e leigas, o evento contou com a assessoria da Irmã Clotilde Prates de Aze-vedo que faz parte da congregação das Irmãs Apostolinas. Durante o encontro, ocorreu a visita de vários padres e a missa de encerramento foi presidida por dom José Lanza Neto.

A assembleia teve como temática “As Equipes Vocacionais Paroquiais - Cons-tituição, Espiritualidade e Atuação”. A assessora levou o grupo a refl etir vários pontos acerca do tema. Destaca-se, em sua fala, a importância de uma equipe bem estruturada, da vida espiritual da

Foi no CAIC, em Guaxupé, mais uma vez, o Encontro Diocesano dos Grupos de Refl exão. Era o Dia da Bíblia, 30 de setembro. O Encontro contou com 420 participantes. Só o Setor Cássia não se fez representar.

O assessor foi o Irmão João Rezende SDN, que encantou os participantes com suas fascinantes parábolas e compara-ções e motivou a todos de entusiasmo pela Palavra de Deus e pelos Grupos de Refl exão, como ferramentas indispensá-

Por Julianne Batista

Por Hudson Ivan Teixeira

Por José LuizFoto: Luíza

Foto: Julianne Batista

Foto: SAV Diocese de Guaxupé

Assessor motivou a todos de entusiasmo pela Palavra de Deus e pelos Grupos de Refl exão

Em outubro, 02 adultos foram batizados, 16 receberam a Primeira Eucaristia e 28, o sacramento da Crisma

Assembleia foi assessorada por irmã Clotilde Prates de Azevedo e teve como tema “As Equipes Vocacionais Paro-quiais - Constituição, Espiritualidade e Atuação”

veis para se realizar a Igreja do Vaticano II. Os novos cânticos que ele ensinou es-tarão em breve sendo cantados por toda a diocese.

Abriu o encontro a entrada solene da Bíblia, cantada e dançada pelos par-ticipantes de Nova Resende. O encerra-mento deu-se com a missa presidida por dom Lanza que, na homilia, incentivou a todos a buscarem, através dos Grupos de Refl exão, a prática do jeito “antigo/novo” de ser Igreja.

mesma, bem como saber quais são os objetivos a serem alcançados. Destacou ainda que o amor do agente vocacional para com o SAV é essencial. Com bas-tante didática e conhecimento bíblico, refl etiu ainda sobre vários personagens bíblicos, aplicando suas características à vida e missão do animador vocacional. Como João Batista, o animador vocacio-nal tem a missão de apontar aquele que é o mestre: Jesus de Nazaré. Irmã Clotil-de ainda fez uma breve refl exão sobre as novas comunidades de vida e ressaltou a importância de acolher e conhecer mais suas propostas e carismas, tendo em vis-ta que muitos jovens se identifi cam com as mesmas.

Para padre Alexandre José Gonçal-ves, responsável pelo SAV da Diocese de Guaxupé e representante da província no regional Leste 2, “esta IV Assembleia contribuiu de maneira excelente no sen-tido de promover o encontro dos vários animadores vocacionais da província e,

com isso, a troca de experiências; reani-mar aqueles que há tempos ‘pelejam’ no SAV e, às vezes, por vários motivos, sen-tem a necessidade de um novo fôlego e entusiasmar àqueles que estão che-

gando”. Além disso, houve uma grande mobilização de voluntários que estão na Igreja em diversos movimentos e pasto-rais e que poderão ser, nesses ambientes, animadores vocacionais.

5DIOCESE DE GUAXUPÉDIOCESE DE GUAXUPÉ

notícias

RCC REALIZA ‘SEMANAS MISSIONÁRIAS’ EM POÇOS DE CALDASRCC REALIZA ‘SEMANAS MISSIONÁRIAS’ EM POÇOS DE CALDAS

SETOR POÇOS CELEBRA 10 ANOS DE FORMAÇÃO CRISTÃSETOR POÇOS CELEBRA 10 ANOS DE FORMAÇÃO CRISTÃ

FUNDADORA DAS IRMÃS CONCEPCIONISTAS É CANONIZADAFUNDADORA DAS IRMÃS CONCEPCIONISTAS É CANONIZADA

Por Julianne Batista

Por Dora Scassiotti

Por Pe. Gilvair Messias

Foto: João Paulo Ferreira

Foto: Dora Scassiotti

Foto: www.anec.org.br

Durante 02 semanas de atividades, 20 missionários percorreram a Paróquia São Francisco e Santa Clara

“A mística na formação” e “Tempo de ver, tempo de crer... e amar” foram temas ministrados para membros do curso de iniciação teológica e dos grupos de formação cristã

A fundadora foi canonizada no ano em que a Congregação completou cem anos de presença no Brasil

O Grupo de Oração Parque de Cristo, da paróquia São Francisco de Assis e San-ta Clara, no bairro Parque Pinheiros, em Poços de Caldas, realizou desde o dia 17 de outubro, as ‘Semanas Missionárias’. O evento tem acontecido, a pedido da Re-novação Carismática Católica do Brasil, em dioceses espalhadas por todo o país.

Foram duas semanas de atividades, durante as quais 20 missionários percor-reram sete bairros da zona leste da cida-de. No sábado (13), os missionários rece-beram o envio do pároco padre Gledson Antônio Domingos, durante a celebração da missa. Na ocasião, o padre falou sobre a importância de atividades como esta, promovida pela RCC.

Domingos também lembrou o Dia

Realizou-se no dia 22 de setembro, no salão paroquial da Paróquia São Sebas-tião, o primeiro encontro do setor Poços para celebração dos 10 anos de forma-ção cristã na diocese, contando com a participação de 120 membros do curso de iniciação teológica e dos grupos de formação cristã.

Houve duas palestras, a primeira mi-nistrada pelo padre Reginaldo da Silva, da Paróquia Nossa Senhora das Dores de Guaxupé, com o tema “A mística na formação - caminho para a santidade.” Segundo Reginaldo, a mística cristã é um conjunto de experiências amorosas, o amor de Deus vivenciado na caminhada

No domingo, 21 de outubro, o papa Bento XVI, em Santa Missa na Praça São Pedro, em Roma, canonizou Jacques Bethieu, Maria del Monte Carmelo Sal-les y Barangueras, Marianna Cope, Ka-teri Tekakwitha e Anna Schäffer.

Maria del Monte Carmelo Salles y Barangueras ou Madre Carmen Salles é a fundadora das Irmãs Concepcionis-tas Missionárias do Ensino. Ao referir--se à santa, disse o papa Bento XVI “So-bre nós venha, Senhor, a vossa graça, pois, em vós, nós esperamos!WW Com estas palavras, a liturgia nos convida a fazermos nosso, este hino a Deus cria-dor e providente, aceitando seu plano em nossas vidas. Assim o fez Santa Maria del Carmelo Salles y Barangue-ras, religiosa nascida em Vic, Espanha, em 1848. Quando viu sua esperança preenchida, após muitas dificuldades,

das Missões, comemorado em 21 de outubro. “Esperamos colher os frutos do trabalho dos missionários não somente para o Grupo de Oração, mas para toda a paróquia, tendo em vista o levantamento que será feito sobre as necessidades das famílias visitadas.”

FORMAÇÃO

Antes de iniciarem as missões, os ser-vos receberam orientações. Eles tiveram contato com o subsídio de planejamen-to e formação, fornecido pela RCCBrasil. Este conteúdo foi, anteriormente, anali-sado e autorizado pelo pároco local.

O Grupo Parque de Cristo mapeou os locais e dividiu os setores por onde os missionários passariam.

de fé. Ela se encontra no evangelho, na pessoa de Jesus. Por isso, toca o coração através do Espírito Santo.

A segunda palestra esteve a cargo do padre Henrique Neveston da Silva, da Paróquia Nossa Senhora da Assunção de Cabo Verde, com o tema “Tempo de ver, tempo de crer... e amar.” Discorreu que a Igreja precisa deixar de ser de manuten-ção e passar a ser uma Igreja missionária. Ver - assumir um compromisso de forma-ção; Crer - estudar, racionalizar e transfor-mar esta fé em vida; Amar esta Igreja, as-sumindo a fé para não mais deixar Cristo.

O encontro foi avaliado como muito bem sucedido.

ao contemplar o progresso da Congre-gação das Religiosas Concepcionistas Missionárias do Ensino, pôde cantar junto com a Mãe de Deus: ‘Seu amor, de geração em geração, chega a todos que o respeitam’. Sua obra educativa, confiada à Virgem Imaculada, conti-nua a dar frutos abundantes entre os jovens e através da entrega generosa de suas filhas que, como ela, se con-fiam ao Deus que pode tudo.”

A fundadora foi canonizada no ano em que a Congregação completou cem anos de presença no Brasil e o milagre que levou a santa aos altares ocorreu em terras brasileiras. Na Dio-cese de Guaxupé, a congregação mar-ca significativa presença nas cidades de Machado e de Passos.

6 JORNAL COMUNHÃOJORNAL COMUNHÃO

reportagem

Por padre Gladstone Miguel da FonsecaA PORTA DA FÉA PORTA DA FÉ

Fé! uma pequenina palavra que carrega

em si grande conteúdo e significado. Du-

rante muito tempo, fé era ligada à razão. O

que não podia ser comprovado pela razão

era conteúdo da fé. Nas últimas décadas,

a Igreja através de seu magistério, tem

levantado a questão de modo um pouco

diferenciado. O papa João Paulo II discur-

sava sobre fé e ciência não mais como con-

trárias, mas a razão, a ciência, auxiliando

à fé. O inverso também acontece. No dia

a dia, muitas vezes, ouvimos expressões

como: sou uma pessoa de fé; ou, aque-

la pessoa tem fé; aquela outra não tem

fé... Agora perguntamos: o que é Fé? Fé é

acreditar, confiar. No entanto, continua-

mos a perguntar: em que e ou em quem

você depositou sua fé? O Papa Bento XVI

publicou recentemente a carta apostólica

Porta Fidei (A Porta da Fé), com a qual se

proclama o Ano da Fé. A partir da carta, o

COMUNHÃO apresenta algumas pergun-

tas respondidas com dizeres do pontífice.

Foto: caladamusica.blogspot.com

7DIOCESE DE GUAXUPÉDIOCESE DE GUAXUPÉ

reportagem

O ANO DA FÉ. O QUE É E QUANDO

ACONTECERÁ?

Decidi proclamar um Ano da Fé. Este terá início a 11 de outubro de 2012, no cinquentenário da abertu-ra do Concílio Vaticano II e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, a 24 de no-vembro de 2013. Desejamos que este Ano suscite, em cada crente, o anseio de confessar a fé plenamente e com renovada convicção, com confiança e esperança. Será uma ocasião propícia também para intensificar a celebração da fé na liturgia, particularmente na Eucaristia, que à meta para a qual se encaminha a ação da Igreja e fonte de onde emana toda sua força.

EM QUE SE FUNDAMENTA O ANO DA

FÉ?

Não podemos aceitar que o sal se torne insípido e a luz fique escondida (cf. MT 5,13-16). Também o homem contemporâneo pode sentir de novo a necessidade de ir como a samari-tana ao poço, para ouvir Jesus, que convida a crer nele e a beber na sua fonte, donde jorra água viva (cf. Jo 4,14). Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja e do Pão da Vida, oferecidos como sustento de quantos são seus discípulos (cf. Jo 6,51). De fato, em nossos dias, ressoa ainda, com a mesma força, este ensi-namento de Jesus: “Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo ali-mento que perdura e dá a vida eterna” (Jo 6,27). E a questão, então posta por aqueles que o escutavam, é a mesma que colocamos também hoje: “Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus? (Jo 6,28). Conhecemos a resposta de Jesus: “A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou” (Jo, 6,29). Por isso, crer em Jesus Cristo é o caminho para se poder chegar definiti-vamente à salvação.”

QUE PERCURSO PODE AJUDAR A

COMPREENDER DE MANEIRA MAIS

PROFUNDA OS CONTEÚDOS DA FÉ?

De fato, existe uma unidade pro-funda entre o ato com que se crê e os conteúdos aos quais damos nosso as-sentimento. O apóstolo Paulo permite entrar nessa realidade, quando escre-ve: “Acredita-se com o coração e, com a boca, faz-se a profissão de fé” (Rm 10,10). O coração indica que o primeiro ato, pelo qual se chega à fé, é dom de Deus e ação da graça que age e trans-forma a pessoa até o mais íntimo dela mesma (...). Por sua vez, o professar, com a boca, indica que a fé implica um

testemunho e um compromisso públi-cos. O cristão não pode jamais pensar que crer seja um fato privado. A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com ele. E esse estar com ele implica a compreensão das razões pelas quais se acredita. A fé, precisamente porque é um ato da liberdade, exige também um assumir a responsabilidade social daquilo em que se acredita. No dia de

Pentecostes, a Igreja manifesta, com toda a clareza, essa dimensão pública do crer e do anunciar sem temor a pró-pria fé a toda gente. É o dom do Espíri-to Santo que prepara a missão e forta-lece o nosso testemunho, tornando-o franco e corajoso. A própria profissão da fé é um ato simultaneamente pes-soal e comunitário. De fato, o primeiro sujeito da fé é a Igreja. É na fé da comu-nidade cristã que cada um recebe o Ba-tismo, sinal eficaz da entrada no povo dos crentes, para obter a salvação.

COMO DEVE SER VISTA A HISTÓRIA

DE NOSSA FÉ DURANTE ESTE ANO?

Será decisivo repassar, durante este Ano, a história de nossa fé, que faz ver o mistério insondável da santidade, entrelaçado ao pecado. Enquanto a primeira coloca em evidência a grande contribuição que homens e mulheres prestaram para o crescimento e o pro-gresso da comunidade com o testemu-nho da sua vida, o segundo deve pro-vocar em todos uma sincera e contínua obra de conversão para experimentar a misericórdia do Pai, que vem ao en-contro de todos. Ao longo deste tem-po, manteremos o olhar fixo em Jesus Cristo, “autor e consumador da fé” (Hb 12,2): nele encontra plena realização toda a ânsia e anélito do coração hu-mano. A alegria do amor, a resposta ao drama da tribulação e do sofrimento, a força do perdão diante da ofensa re-cebida e a vitória da vida sobre o va-zio da morte, tudo isso encontra plena realização no mistério de sua Encarna-ção, de seu fazer-se homem e partilhar conosco a fragilidade humana para a

transformar com a força da sua ressur-reição.

QUAIS EXEMPLOS DE FÉ MARCARAM

ESTES DOIS MIL ANOS DE NOSSA

HISTÓRIA DE SALVAÇÃO?

Pela fé, Maria acolheu a palavra do Anjo e acreditou no anúncio de que se-ria Mãe de Deus na obediência da sua dedicação (cf. Lc 1,38). Ao visitar Isabel, elevou seu cântico de louvor ao Altíssi-mo pelas maravilhas que realizava em quantos a ele se confiavam (cf. Lc 1, 46-55). Com a mesma fé, seguiu o Senhor na sua pregação e permaneceu ao seu lado, mesmo no Gólgota (cf. Jo 19, 25-27). Com fé, Maria saboreou os frutos da ressurreição de Jesus e, conservan-do no coração a memória de tudo (cf. Lc 2,19.51), transmitiu aos Doze, reuni-dos com ela no Cenáculo, para recebe-rem o Espírito Santo (cf. At 1,14; 2,1-4). Pela fé, os Apóstolos deixaram tudo para seguir o Mestre (cf. Mc 10,28). Pela fé, foram pelo mundo inteiro, obe-decendo ao mandato de levar o Evan-gelho a toda criatura (cf. Mc 16,15) e, sem temor algum, anunciaram a todos a alegria da ressurreição, de que foram fiéis testemunhas. Pela fé, os discípulos formaram a primeira comunidade reu-nida à volta do ensino dos Apóstolos, na oração, na celebração da Eucaristia, pondo em comum aquilo que possuí-

am para acudir às necessidades dos ir-mãos (cf. At 2, 42-47). Pela fé, os márti-res deram sua vida para testemunhar a verdade do Evangelho que os transfor-mara, tornando-os capazes de chegar ao dom maior do amor com o perdão de seus próprios perseguidores. Pela fé, homens e mulheres consagraram a própria vida a Cristo, deixando tudo para viver em simplicidade evangélica à obediência, à pobreza e à castidade. Pela fé, muitos cristãos se fizeram pro-motores de uma ação em prol da jus-tiça, para tornar palpável a palavra do Senhor, que veio anunciar a libertação da opressão e um ano de graça para todos (cf. Lc 4, 18-19). Pela fé, vivemos também nós, reconhecendo o Senhor Jesus, vivo e presente na nossa vida e na história.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Que venha o ano da fé! E junto com ele, a esperança renasça. A fé seja o ali-cerce de nossa caminhada e teremos a força de, assim como Pedro, realizar nossa confissão de fé: “Então, disse Jesus aos Doze: ‘Não quereis também partir? ’Simão Pedro respondeu-lhe: ‘Senhor, a quem iremos? Só tu Tens palavras de vida eterna e nós cremos e reconhecemos que és o Santo de Deus” (J0 6, 67-69).

A fé é decidir es-A fé é decidir es-tar com o Senhor, tar com o Senhor,

para viver com para viver com ele. E esse estar ele. E esse estar com ele impl ica a com ele impl ica a compreensão das compreensão das razões pelas quais razões pelas quais

se acredita. se acredita.

8 JORNAL COMUNHÃOJORNAL COMUNHÃO

catequese

COMO ABORDAR NA CATEQUESE A FÉ CRISTÃ NA RESSURREIÇÃOCOMO ABORDAR NA CATEQUESE A FÉ CRISTÃ NA RESSURREIÇÃO

Neste mês, lembramos o dia dos finados. É oportuno apro-veitar esta data para dar uma boa catequese, pois alguns as-suntos são pertinentes não só para a catequese, mas também para a vida cristã.

Entendendo o assunto:

Ressurreição não é apenas um ato de fé, mas uma experi-ência concreta com Jesus que está vivo. Esta é a certeza que devemos expressar em toda nossa catequese. É a experiên-cia vivida, naquela manhã, por algumas mulheres e também a experiência vivida pelos dis-cípulos de Emaús, por Paulo e tantos outros que, após a ex-periência, foram tomados de alegria por sentir a presença do Ressuscitado.

Ressurreição é Deus inva-dindo a vida de quem faz esta experiência: “Ele está no meio de nós.” Falar sobre a fé na Res-surreição numa homilia é fácil, mas numa linguagem catequé-tica, respeitando as várias fases do desenvolvimento humano é outra coisa. Temos que usar o recurso da linguagem e do grau de compreensão em que cada interlocutor se encontra.

Espero que esta matéria contribua para que nossos ca-tequistas, espalhados por nos-sa diocese e, quem sabe, por outros lugares, possa amenizar a insegurança quando se veem diante deste assunto tão subli-me, pois a ressurreição é o cen-tro de nossa fé é a certeza de que nossa vida não termina com a mor-te. Aliás, isto nós professamos ao rezar o “Creio em Deus Pai”, mas ao mesmo tempo, um assunto tão complexo por-que é mistério. No entanto, não se fala de ressurreição sem se falar de morte.

Dom Juventino Kestering, um gran-de catequista, em uma de suas análises, diz que a morte deve ser entendida em três dimensões:

• A morte é o fim da vida terrestre Nossa vida é medida pelo tempo, ao longo do qual passamos por mudanças, envelhecemos e, como acontece com todos os seres vivos da terra, a morte aparece como fim normal da vida.• A morte é consequência do pecado

O pecado entrou no mundo e de-sorganizou desígnios de Deus. Como consequência do pecado,

do mal e do coração carregado de maldade, a morte entrou no mun-do.• Jesus Cristo passou pela morte Apesar de não ter pecado. Mas não ficou na morte. Três dias após seu sepultamento, ele ressuscitou. É na ressurreição de Jesus que nossa vida adquire novo sentido.

Como afirma São Paulo “Se Cristo não ressuscitou, inútil é nossa fé” (1Cor 15,14). Sabe-se que numa formação, seja ela religiosa ou não, deve-se ter como princípio, o respeito à fase de de-senvolvimento em que o ser humano se encontra (se é criança, adolescente, jovem ou adulto), seu contexto sócio--econômico, cultural, político e religio-so e até, por que não dizer, educacio-nal. Agindo assim, pode-se alcançar com mais sucesso o encantamento das

pessoas para com Jesus Cristo. O tema é sublime, mas não deixa de

ser difícil de expressar, principalmente numa realidade de sociedade em que uma boa, para não dizer grande parte dela, tem a tendência a ver e a ter como verdade algo que seja empírico, dificul-tando a compreensão ou, até mesmo, a aceitação do Mistério.

Jesus de Nazaré foi um homem con-creto que viveu num dado momento da história humana. Sua vida foi tão marcante que muitas religiões fazem menção a ela. E para nós, cristãos, ter a certeza de que esse homem viveu, sofreu e morreu, nada difere de outras religiões. No entanto, ter a certeza de que ele viveu, morreu e ressuscitou dos mortos, muda tudo. Fato que Jesus de Nazaré, para muitos, é apenas um ser especial, um homem perfeito. Para nós, Ele é nosso Salvador e Redentor, Deus

e Homem numa só existência, o Belo que se une ao Ilimitado, para transformá-lo. Por isso, a fé na Ressurreição de Cristo muda a sorte da face da terra e impulsiona os cristãos a faze-rem a diferença.

A Ressurreição é um misté-rio e, por isso, não tem como ser provado cientificamente, mas pode sê-lo através das realidades que vemos a partir da Ressurreição. É muito bom falar que há coisas na vida que não se explicam, mas sabe--se que existem. O essencial é ver a ressurreição como vida transformada, vida renovada.

Missão da Catequese

A catequese tem uma mis-

são fundamental: orientar os catequizandos e a própria co-munidade cristã sobre o ver-dadeiro sentido da vida, da ressurreição e da eternidade. Quem não coloca em seu ho-rizonte a ressurreição, perde--se no cotidiano da vida e fica preso a situações constantes de morte.

Muitos autores falam sobre ressurreição fazendo compa-rações. O próprio Jesus nos falava deste modo. Ele usou a comparação da semente que jogada na terra, se ela mor-re, transforma-se. O Apóstolo Paulo também vai na mesma direção. E um autor muito per-to de nós, fala da relação do milho de pipoca e a própria pipoca, e de como no mistério do calor, um se transforma no

outro.Sendo assim, estimados catequis-

tas, não é preciso de palavras eloquen-tes e difíceis para falar da Fé na Res-surreição de Cristo. É preciso sim, um conhecimento teórico, mas, acima de tudo, estar aberto à experiência de fé e ter um olhar de transformação da vida, pois por vários momentos, passamos pela realidade de ressurreição. Nossa catequese deve ser anunciadora da es-perança e da vida.

Para refletir no grupo:

• Quem, em sã consciência, já ex-perimentou uma sensação de superação e transformação de si mesmo?

Por Pe. Sandro Santos, pároco do Santuário de Santa Rita de Cássia, Cássia (MG) e assessor diocesano de catequese

9DIOCESE DE GUAXUPÉDIOCESE DE GUAXUPÉ

atualidade

A CONCEPÇÃO SOBRE A MORTE NAS RELIGIÕES E DOUTRINAS NOS DIAS ATUAISA CONCEPÇÃO SOBRE A MORTE NAS RELIGIÕES E DOUTRINAS NOS DIAS ATUAIS

“Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus “Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus” (II Cor 5,1).um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus” (II Cor 5,1).

Pe. Dênis Nunes de Araújo, vigário paroquial na Paróquia São Sebastião de Poços de Caldas

A morte é a cessação total da vida e não há possibilidade alguma de existên-cia. Os seres humanos são dotados de inteligência, através da qual, somente estes conseguem saber que morrerão. Desta forma, surgem os grandes ques-tionamentos: Como será a morte? Para onde o ser humano vai após a morte? O que existe após a morte? Muitos se inquietam a responder sobre o assun-to; mas a resposta depende, em grande parte, de valores culturais e religiosos pessoais.

O ser humano sente-se intrigado diante do fato da morte. O processo civilizatório mostra que esta é uma das preocupações de quase todos os povos que habitaram o planeta Terra. Várias doutrinas e religiões que surgiram du-rante a existência humana buscaram satisfações para seus seguidores sobre seus entes que morreram.

Nas religiões antigas, já se percebia que o tema é referente.

No judaísmo, acredita-se em uma vida após a morte. Não se sabe como é esta continuidade, pois enquanto se vive neste mundo, é impossível saber o que há após a morte. A alma se separa do corpo e possui outras experiências até voltar na ressurreição dos mortos.

No islamismo, o muçulmano é sub-misso a Deus (Alah). A morte não é ani-quilação do indivíduo, é a passagem de uma vida para outra. Esta vida é uma via para a grande recompensa que há de receber. “A Deus pertence tudo quanto existe nos céus e na terra, para castigar os malévolos, segundo o que tenham cometido, e recompensar os benfeitores com o melhor.” (Alcorão 53:31).

O hinduísmo concebe que, após a morte, há reencarnação. A vida na Ter-ra é um eterno ciclo de nascimentos, mortes e reencarnações. Para alguém se

libertar deste ciclo, é preciso levar uma vida sem contradições. A alma nunca morre, ela vai mudando de corpo. Após longas reencarnações, encontra-se com um grande santo (Sad-Guru) e ela se auto-desenvolve e vai ao encontro do transcendental em Deus.

No budismo, com a morte, o espírito abandona seu corpo físico que fi ca inu-tilizado e retorna ao mundo espiritual. Neste, reinicia uma nova vida de purifi -cação. A morte signifi ca “o que vai nas-cer”. Morre-se para o mundo material e nasce para o mundo espiritual. Após um período, renasce no mundo físico, mas vai acumulando impurezas e máculas durante a existência, tanto no corpo físi-co quanto no espiritual. O corpo é nova-mente abandonado e o espírito volta a purifi car-se no mundo espiritual em um ciclo.

O cristianismo crê na ressurreição, assim como Jesus Cristo ressuscitou to-dos ressuscitarão. A morte marca o fi m da existência terrena, porém início da eterna. “O Cristão, que une a sua própria morte à de Jesus, vê a morte como um caminhar ao seu encontro e uma entra-da na vida eterna (CIC 1020).” Também no parágrafo 1005 diz o Catecismo da Igreja Católica: “Para ressuscitar com Cristo é preciso morrer com Cristo, é preciso ‘deixar a mansão deste corpo para ir morar junto do Senhor’ (2 Cor 5,8). Nesta ‘partida’ que é a morte, a alma é separada do corpo. Ela será reu-nida a seu corpo no dia da ressurreição dos mortos.” A morte é consequência do pecado. O homem, sendo mortal, não foi criado por Deus para morrer. A morte foi contrária aos desígnios de Deus (cf. CIC 1008). Porém, “na morte Deus cha-ma o homem para si. É por isso que o cristão pode sentir, em relação à morte, um desejo semelhante ao de São Pau-

lo: ‘o meu desejo é partir e ir estar com Cristo’ (Fl 1, 23)”. Jesus Cristo transfor-mou a maldição da morte em bênção (2Tm1,11; Fl1,21). “Contudo, semeia-se no túmulo um corpo corruptível, ele ressuscita um corpo incorruptível, um ‘corpo espiritual’ (I Cor 15, 44).” Porém, “na morte Deus chama o homem para si. É por isso que o cristão pode sentir, em relação à morte, um desejo semelhante ao de São Paulo: ‘o meu desejo é partir e ir estar com Cristo’ (Fl 1, 23)” (CIC 1011). Jesus Cristo transformou a maldição da morte em bênção (2Tm1,11; Fl1,21). “Contudo, semeia-se no túmulo um cor-po corruptível, ele ressuscita um corpo incorruptível, um ‘corpo espiritual’ (I Cor 15, 44)” (CIC 1017).

A revista Época, em sua edição de nº 325, publicou um artigo de Caroli-na Nascimento intitulado: “Saiba como a morte é vista em diferentes religiões e doutrinas.” A autora explana que nos pensadores da fi losofi a grega, entre eles, Pitágoras, Platão e Plotino, a ideia é de que há uma existência após a mor-te e um julgamento. Na doutrina niilista (nihil, nada), o ser possui toda sua es-sência na matéria. Morrer signifi ca o fi m de qualquer possibilidade, não há nada além de sua existência. Na doutrina panteísta (o universo, a natureza e Deus têm o mesmo valor), ao iniciar a vida, o espírito e o corpo são reunidos em todo o universo e, ao morrer, os mesmos vol-tam a ser uma massa comum para nova-mente se reunir e voltar em outra vida ou forma.

Os ateus são aqueles grupos que não acreditam na existência de um Deus. Não acreditam que exista alguma forma de vida após a morte. Esta fundamenta-ção está na posição de que não há qual-quer comprovação desta existência.

Para o espiritismo, a morte repre-

senta o fi m do corpo, mas o espírito, que não morre, toma nova forma e se reen-carna. Após o desligamento do corpo, o espírito parte para um longo proces-so de reencarnações e purifi cação. São, nas várias reencarnações, que o espírito se purifi ca até atingir a perfeição. É um processo que não é conhecido ao ser humano, pode ser que sucedam várias vidas ou não. O fato é que ao purifi car--se plenamente, o espírito se torna bem aventurado, um espírito puro.

A maioria das igrejas evangélicas acredita na eternidade da alma e que há a salvação para os justos e a condena-ção para os injustos.

A cultura afro-brasileira, em sua grande parte, supõe que a vida e a mor-te são uma alternação de ciclos. Deste modo, o morto volta ao mundo dos vi-vos que pode até mesmo se reencarnar na própria família. Para o candomblé, por exemplo, o morrer é passar para uma dimensão diferente, a da existência terrena e permanecer junto aos espíri-tos daqueles que já morreram, junto aos orixás e guias.

Os mórmons acreditam que, após a morte, o espírito vai para um mundo espiritual, no qual aqueles que não re-ceberam o evangelho em vida poderão ouvi-lo e aceitá-lo através de missioná-rios. Nesse lugar, esperam a segunda vinda de Jesus Cristo.

Portanto, a morte é algo que impul-siona várias religiões e doutrinas que buscam orientar seus seguidores a te-rem um olhar para o estágio pós-morte. Pode-se notar que apesar das diferenças no pensar, há semelhança entre elas. A morte continuará ainda um grande mis-tério, mas a partir de princípios teológi-cos da vida e da morte, é possível torná--la crível.

1010 JORNAL COMUNHÃOJORNAL COMUNHÃO

ponto de vista pastoral

A diocese de Guaxupé pretende preparar seus próprios roteiros para os Grupos de Reflexão. A seguir, é apresentado um roteiro experimental, entre 25 de novembro a 02 de dezembro. Outras semanas de novembro podem ser encontradas no site www.guaxupe.org.br.

Pensou-se em mudar o estilo. Começa-se por um fato da vida, motivando, em seguida, a discussão sobre as causas e consequências daquele fato. É o VER. Em seguida, vem o JULGAR. Primeiro, descobrir coisas boas e ruins que se encontram no fato, nas suas raízes e nos seus resultados, depois iluminar tudo com a Palavra de Deus, o Evangelho do domingo seguinte. Não fica de fora o AGIR, que é fazer alguma coisa para melhorar a situação que o fato com suas causas e consequências revelou.

Pede-se aos grupos que, após utilizarem este roteiro, digam à coordenação dos Grupos de Reflexão se o novo roteiro conseguiu motivar mais os participantes, se as reuniões ficaram mais animadas, ou se houve dificuldades grandes, desânimo e/ou abandono.

EXPERIÊNCIA DE NOVOS ROTEIROS DOS GRUPOS DE REFLEXÃOEXPERIÊNCIA DE NOVOS ROTEIROS DOS GRUPOS DE REFLEXÃOPor Pe. José Luiz Gonzaga do Prado, professor de Teologia Bíblica no Centro de Estudos Superiores da Arquidiocese de Ribeirão Preto. Reside em Nova Resende

Semana entre 25 de novembro a 2 de dezembroSemana entre 25 de novembro a 2 de dezembroCanto: (a escolher)Oração inicial L. 1: Nosso mundo carece de fé, a força que vem de dentro e nasce de Deus, Deus que está dentro e me enche de forças, busca de Deus que não me deixa errar.Todos: Que eu nunca seja sal sem sabor nem luz apagada!

L. 2: Nosso mundo carece de amor, que vence a guerra e a violência nascidas den-tro de casa. Nosso mundo carece de solida-riedade, que vence a competição e une os rivais.Todos: Que eu nunca seja sal sem sabor nem luz apagada!

L 3: Nosso mundo carece de caminho para sair da dor, do sofrimento, da incompreen-são, da imoralidade, da vingança e do ódio.Todos: Que eu nunca seja sal sem sabor nem luz apagada!

L. 4: Nosso mundo carece do perdão, que transforma as armas da luta, da compe-tição e da rivalidade em ferramentas de trabalho para construirmos um mundo de irmãos.Todos: Que eu nunca seja sal sem sabor nem luz apagada!

L. 5: Nosso grupo procura em Jesus Cris-to a força que vem de Deus para iluminar e transformar, para ser modelo e força de mudança em um mundo perdido em con-tínuas discórdias.Todos: Que o nosso grupo jamais seja sal sem sabor ou luz apagada!

L. 6: Nossas comunidades estão precisan-do de mais animação e coragem. Seu in-centivo e força dependem da força da Pala-vra de Deus, que nos alimenta nos Grupos de Refl exão.Todos: Que o nosso grupo jamais seja sal sem sabor, luz apagada ou fermento derran-cado!

V E R

Fato da vida

Leitor 1: No vidro traseiro de um carro, es-tava escrito: EM CASO DE ARREBATAMEN-TO, ESTE CARRO FICARÁ DESGOVERNADO.Quem colocou isso no carro está pensando certamente na palavra de Paulo (1Ts 4,17): “nós os vivos, os que tivermos fi cado, sere-mos arrebatados nas nuvens ao encontro do Senhor.” Pensa que a “vinda de Jesus”,

com o fi m do mundo, pode ser a qualquer momento e sem avisar. Conhecem fatos semelhantes?(Tempo para pensar e conversar)

Os porquês, a raiz

L. 2: Será que a pessoa pensa mesmo que pode, a qualquer momento, ser arrebatada para ir ao encontro do Cristo que “vem nas nuvens”, como diziam no tempo de Jesus? Por que só ela será arrebatada ou outros não? Que vinda de Jesus será essa, será o fi m do mundo? Por que será que tanta gen-te pensa uma coisa dessas?(Tempo para pensar e conversar)O resultado, os frutosL. 3: O dono desse carro acha que não vai morrer e será arrebatado. E os outros? Esse pensamento de vinda próxima de Jesus como juiz da humanidade tem infl uência nas pessoas? Quais os resultados de as pes-soas fi carem pensando muito nisso aí?(Tempo para pensar e conversar)

J U L G A R

O pecado e a graça

L. 4: É bom a gente pensar no próprio fi m e no encontro fi nal com Cristo. Isso faz as pessoas serem mais honestas, viverem mais de acordo com a própria consciência, não é verdade?Insistir demais numa imaginária próxima vinda do Cristo pode parecer um pouco doentio até. Pode, talvez, ser um meio de amedrontar as pessoas e trazê-las para sua religião. Pode dar a ideia de um Deus que só pensa em castigar, com sede de sangue e destruição.Esse que diz esperar “ser arrebatado”, não estará se achando um privilegiado?Que mais do lado bom e ruim, você encon-tra nesse fato?(Tempo para pensar e conversar)

A PALAVRA DE DEUS

Antes de ler o Evangelho

L. 5: Neste Evangelho, Jesus comenta a destruição de Jerusalém, bem próxima de acontecer. Foi o fi m da antiga religião judai-ca – os cristãos ainda estavam presos a ela – e a abertura de um novo horizonte para o cristianismo. O Evangelho usa uma lingua-gem apocalíptica como “caí das nuvens” e “o céu veio abaixo”. Precisamos estar prepa-rados, é a chegada de Jesus.Canto de Aclamação: (a escolher)

EVANGELHO SEGUNDO LUCAS: Lc 21, 25-

28. 34-36

- Depois de falar da destruição de Jerusa-lém (ler vv. 20-24) em linguagem apocalíp-tica (vv. 25-26), o Evangelho fala da vinda “do Filho do Homem nas nuvens” (ler Dn 7,13-14) e da libertação do povo das comu-nidades (v. 28). Que sentido tinha isso para o tempo quando o Evangelho foi escrito e que sentido tem para hoje?- Por que motivo o Evangelho manda os cristãos fi carem vigiando sobre si mesmos na oração, sem pensar que a vida é só co-mer, beber e ganhar dinheiro? (vv. 34-36)- Que sentido tinha isso para as comunida-des cristãs onde este Evangelho foi escrito e que sentido tem para nós hoje?

A G I R

L. 6: Quando ouvimos falar que o fi m do mundo está próximo, a gente pode dizer alguma coisa, deixar uma orientação se-gura? E quando citam passagens da Bíblia para confi rmar isso?Se o fi m do mundo não acontece tão logo, isso não quer dizer que nossa vida pesso-al não esteja com os dias contados. Esse pensamento não deve fazer a gente pres-tar mais atenção no que está fazendo para ver se está se preparando para a vinda do Cristo?As grandes mudanças que acontecem no mundo são motivo para a gente pensar em castigo de Deus ou fi m do mundo, ou

são uma oportunidade para a verdadeira mensagem de Jesus ir mais longe? A gente pode fazer alguma coisa?(Tempo para pensar e cada qual ver o que poderá fazer)

O R A R

- Pelos grupos de refl exão e comunidades cristãs do mundo inteiro, para que sejam sempre um caminho seguro para enten-dermos a mensagem de Jesus e irmos ao seu encontro, rezemos ao Senhor!

- Pelos dirigentes da nossa Igreja, para que nos ajudem a ver em todos os aconteci-mentos um chamado de Deus para sermos mais fi éis ao seu projeto de vida, de justiça, de amor e de igualdade, rezemos ao Se-nhor!

- Pelos que têm nas mãos os poderes des-te mundo, para que coloquem sua autori-dade e poder a serviço não dos próprios interesses passageiros, mas do povo que permanece, rezemos ao Senhor!

- Por todos os que sofrem como vítimas das desigualdades do nosso mundo, para que não coloquem sua esperança apenas numa próxima vinda de Cristo, mas lutem eles mesmos para ter seus direitos respei-tados e para que seja vencido, ainda neste mundo, todo tipo de desigualdade, reze-mos ao Senhor!(espontâneas)

- Nas intenções de nosso Grupo

- de nossa Comunidade

- de nossa cidade.

Pai Nosso

Oração Final

Ó Deus poderoso, só fazendo o que deve-mos é que vamos ao encontro de Jesus, que esperamos. Ajudai-nos a servi-lo em nossos irmãos, para sermos os benditos que ele chamará para o reino de seu Pai. Pelo mes-mo Nosso Senhor Jesus Cristo, que convos-co vive na unidade do Espírito Santo.Combinar a casa onde será a próxima reunião.Bênção fi nal: Que o Senhor nos abençoe e nos guarde e nos conduza pelos caminhos do seu Reino. Amém.Canto fi nal: (a escolher)

1111DIOCESE DE GUAXUPÉDIOCESE DE GUAXUPÉ

comunicação

Faleceu no dia 03 de outubro padre Maguinaldo Vicente da Silva e no dia 12 de outubro padre Mário Faleiros, mem-bros da congregação dos padres de

AGENDA PASTORAL DE AGENDA PASTORAL DE NOVEMBRONOVEMBRO

COMEMORAÇÕES DE NOVEMBROCOMEMORAÇÕES DE NOVEMBRO

IN MEMORIAN IN MEMORIAN

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9

9-11

10

11

12

Setor Areado: Encontro de MECEsDiocese: Reunião do Conselho de Presbíteros em GuaxupéSetor Poços: Reunião dos PresbíterosEncontro Vocacional no Seminário São José em GuaxupéDiocese: Reunião da Coord. Diocesana da Formação de Leigos em GuaxupéReunião da Coord. Diocesana da RCC em Guaxupé Reunião Diocesana do Serviço de Animação Litúrgica em GuaxupéReunião do Setor Juventude em GuaxupéReunião da Coord. Diocesana dos Grupos de Refl exão em GuaxupéSetores (Cássia, Paraíso, Passos e Guaxupé): Reunião dos Coord. Paroquiais da CatequeseSetores (Alfenas, Areado e Poços): Reunião dos Coord. Paroquiais da CatequeseSetores Alfenas e Areado: Reunião dos Presbíteros

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NATALÍCIO

02 Pe. Bruce Éder Nascimento O3 Mons. José dos Reis04 Pe. Luiz Gonzaga Lemos05 Pe. Darci Donizetti da Silva06 Pe. Paulo Sérgio Barbosa07 Pe. Norival Sardinha Filho13 Pe. Jorge Eugênio da Silva20 Pe. Henrique Neveston da Silva23 Pe. Antônio Garcia30 Pe. Álvaro Alves da Silva

Setor Passos: Reunião dos PresbíterosReunião dos agentes do SAVSetor Alfenas: Encontro de MECEsSetor Guaxupé: Reunião dos Presbíteros em MuzambinhoDiocese: Reunião do Setor Famílias em GuaxupéDiocese: Assembleia Diocesana da Pastoral da Criança em ParaguaçuSetores Cássia e Paraíso: Reunião dos PresbíterosDiocese: Encontro Diocesano para Animadores da CF 2013 em GuaxupéAssembleia Diocesana da Pastoral da Criança em ParaguaçuReunião do Conselho Diocesano do ECC (Setor Guaxupé)Ofi cinas de Comunicação em GuaxupéDiocese: Assembleia Diocesana da Pastoral da Criança em ParaguaçuCenáculo Diocesano da RCCSetor Cássia: Encontro de MECEs

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ORDENAÇÃO

05 Mons. Benedito José da Silva09 Pe.André Aparecido da Silva09 Pe. Fernando Alves da Silva09 Pe. João Batista da Silva14 Pe. Maurício Marques da Silva21 Pe. Claudionor de Barros 25 Pe. Antônio Carlos Maia31 Pe. Moisés Campos Gonçalves

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31

Nossa Senhora de Sion.Natural de Sabará (MG), padre Ma-

guinaldo estava com 51 anos e foi orde-nado no dia 15 de novembro de 2008.

Seu corpo foi velado na paróquia Nossa Senhora de Sion, em São Sebastião do Paraíso.

Natural de Capetinga (MG), padre

Mário estava com 41 anos, era pároco na Paróquia Senhor Bom Jesus de Arujá (SP).

sugestões de leituraConsolo para quem está de luto - Renold J. Blank, Editora Paulinas

Este livro é dirigido aos que passam pela dor da perda de um ente querido e também aos

que se encontram com a perspectiva da própria morte. Ele busca responder, entre outras,

a questões como estas: Como lidar com a tristeza que enche o nosso coração, quando

somos confrontados com a morte de um ente querido? Será que ele, agora, está bem?

Como nossa tristeza encontrará alento? O que dizer a nós mesmos e aos nossos amigos

quando ficamos emudecidos e abalados pela dor diante do inevitável que não queremos

aceitar? E, por fim, o que acontecerá a nós mesmos? Por quais experiências passaremos

depois de nossa morte?

O autor quer, com este inspirado livro, acompanhar a tristeza e o medo daqueles que

estão chorando para que, na sua depressão, não estejam sozinhos e abandonados e para

que, na sua dor, não se apague a esperança dentro deles.

1212 JORNAL COMUNHÃOJORNAL COMUNHÃO

saúde

NUTRINDO A VIDA, VIVE-SE MELHORNUTRINDO A VIDA, VIVE-SE MELHOR

No processo evolutivo do homem, ao longo da história, a alimentação demarcou etapas importantes. O ser humano, no início, sobrevivia da caça, pesca e coletas de vegetais. Com o desenvolvimento cultural, houve uma grande mudança adaptativa em re-lação aos animais e plantas. Surgiu a agropecuária que possibilitou o plane-jamento e produção de alimentos que se destinavam não somente às neces-sidades das comunidades como tam-bém para comercialização. Daí para frente, com a modernização e o cres-cimento industrial, houve um aumen-to na disponibilidade de alimentos e, junto a este desenvolvimento, mudan-ça no padrão dietético. Assim, houve um declínio nas taxas de mortalidade por doenças infecciosas e um aumen-to de mortalidade pelas doenças crô-nicas não transmissíveis (obesidade, hipertensão arterial, diabetes melli-tus, doenças cardiovasculares, câncer etc.) devido a mudanças na composi-ção dos alimentos que passaram a ter alto teor de gorduras totais, colesterol, açúcares, conservantes etc e passaram a ser mais refinados, isto é, menos nu-tritivos e reduzidos de fibras e gordu-ras boas e devido também à ingestão aumentada desses alimentos. Diante destes fatos, a necessidade de buscar o conhecimento da ciência da nutri-ção, alimentação e mudanças de hábi-tos saudáveis vem aumentando e tem sido um dos fatores mais importantes para a manutenção da saúde e o equi-líbrio entre o corpo e a mente.

Algumas dicas práticas:

• Fracionar as refeições em 5 ou 6, ao dia, em volumes menores, evi-tando o jejum prolongado;

• Aumentar o consumo de água entre as refeições;• Consumir grãos, vegetais e frutas frescas todos os dias;• Consumir fibras na forma de cere-ais integrais cozidos ou em flocos, frutas cruas, vegetais com casca e feijões em geral;• Substituir pães e farinhas brancas por farinhas e pães integrais de tri-go, centeio, aveia, milho, bolinhos de fibra, mingau de grãos etc.;• Evitar gorduras saturadas e trans. Esta é a melhor prevenção contra o aumento de peso, problemas cardiovasculares e certos tipos de câncer;

Por Mônica Cirilo Magalhães, nutricionista com clínica em Poços de Caldas

• Evitar frituras, empanados, em-butidos;• Substituir manteiga e banha por margarinas light, óleos vegetais e azeite extravirgem; • Substituir leite e derivados inte-grais por leite desnatado e queijos magros;• Reduzir o sal e, em seu lugar, temperar os vegetais e legumes com ervas, especiarias e gotas de limão, reduzindo assim o risco de pressão alta;• Reduzir o uso de açúcar e evitar bebidas alcoolicas;• Manter o peso corporal adequa-do, reduzindo os riscos de doen-

ças;• Procurar variar os alimentos e comer de tudo, um pouco. Não encarar as refeições como uma ida à farmácia, mas procurar um equi-líbrio tentando incluir alimentos saudáveis; • A manutenção da saúde deve ser uma consequência, e não o úni-co objetivo do ato de comer bem e lembre-se de que o principal tempero para o sucesso da reedu-cação alimentar é o bom senso e a moderação aliados à prática de atividade física.

sugestão de filme

Tyler Doherty tem 8 anos e sofre de câncer, os médicos estão desacreditados sobre suas chances de vida. Ape-

sar da situação difícil, Tyler coloca sua fé em Deus acima de tudo, por meio de cartas diárias começa a escrever um

diário sobre suas esperanças de que algum anjo possa salvá-lo.

“Inspirado em uma história verdadeira, ‘Cartas a Deus’ é uma íntima, tocante e muitas vezes engraçada história

sobre o efeito da crença que uma criança pode ter em sua família, amigos e comunidade”, diz um dos promotores

do fi lme.

Cartas para Deus, 2010Cartas para Deus, 2010