jornal cbhsf nº 41

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JORNAL DO COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCO ABRIL 2016 | Nº 41 Comunidades tradicionais discutem sua realidade Página 7 Pesquisadores lançam olhares sobre a bacia do Velho Chico Página 8 Programa de Projetos Hidroambientais do CBHSF conclui 33 intervenções e consolida sua importante contribuição para a revitalização do Velho Chico. INTERVENÇÕES AFAVORDABACIA Foto: Wilton Mercês

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Page 1: Jornal CBHSF nº 41

JORNAL DO COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCO

ABRIL 2016 | Nº 41

Comunidades tradicionais discutem sua realidade

Página 7

Pesquisadores lançam olhares sobre a bacia do

Velho ChicoPágina 8

Programa de Projetos Hidroambientais do CBHSF conclui 33 intervenções e consolida sua importante contribuição para a revitalização do Velho Chico.

INTERVENÇÕES A FAVOR DA BACIA Fo

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Com uma festa embalada pela cultura nordes-tina, presente na música, comida e decoração, a Rede Globo lançou oficialmente no dia 7 de março, no Museu do Amanhã (Rio de Janeiro),

sua mais nova produção: a novela Velho Chico. O evento recebeu autores, diretores, atores e músicos, além do Co-mitê do São Francisco, que participou de algumas discus-sões na fase preparatória do folhetim e foi representado por alguns de seus membros.

“O Comitê vê com bons olhos essa novela pelo que ela pode contribuir para dar visibilidade à problemática do rio São Francisco, angariando o apoio da população brasilei-ra para a causa do Velho Chico”, ressaltou o presidente Anivaldo Miranda, que durante a festa de lançamento teve a oportunidade de assistir a um compacto dos primeiros capítulos. Também participaram do lançamento o secre-tário José Maciel Oliveira e o coordenador da Câmara Consultiva do Médio São Francisco, Cláudio Pereira.

A primeira parte da festa ficou a cargo do Vozes do Velho Chico, evento realizado no auditório do museu, com música, debates e depoimentos de representantes da po-pulação ribeirinha. Dois relatos comoveram o público: o de Ozaneide dos Santos, natural de Petrolina (PE), pre-sidente dos Produtores de Agricultura Orgânica do Vale do São Francisco, e o do empreendedor alagoano José Francisco, do município de Delmiro Gouveia. Ambos fala-ram de iniciativas que vêm se firmando como alternativas econômicas e de impacto social em suas comunidades.

Um debate com especialistas e profissionais que atuam e/ou têm relação com o território da bacia do São Francisco deu seguimento ao evento, completado com o depoimento emocionado dos autores Edmara Barbosa e Bruno Barbosa, que escrevem a novela sob a supervisão de Benedito Ruy Barbosa, autor de obras consideradas marcos na dramaturgia televisiva, como Pantanal e O Rei do Gado.

CBHSF PRESTIGIA O LANÇAMENTO DA NOVELA VELHO CHICO

Coordenação geral: Malu FolladorProjeto gráfico e diagramação: Yayá Comunicação IntegradaEdição: Antônio MorenoTextos: Ricardo Follador, André Santana, Delane Barros, Antônio Moreno e Wilton MercêsRevisão: Rita Canário

Este jornal é um produto do Programa de Comunicação do CBHSF Contrato nº 07/2012 — Contrato de Gestão nº 014/ANA/2010— Ato Convocatório nº 043/2011. Direitos Reservados. Permitido o uso das informações, desde que citada a fonte.

OBRAS HIDROAMBIENTAIS AVANÇAM

O jornal Notícias do São Fran-cisco dedica boa parte desta edição ao balanço do pro-grama de projetos hidroam-

bientais desenvolvido pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francis-co. O colegiado já concluiu 33 projetos nas diferentes regiões fisiográficas da bacia, consolidando uma importante contribuição para a revitalização do Velho Chico. As intervenções são re-sultado de um investimento de R$ 21 milhões, oriundos da cobrança pelo uso das águas.

Em seu planejamento, o Comitê pretende realizar mais 16 projetos até 2018, com investimento de cerca de R$ 28 milhões. Quatro desses projetos foram apresentados às comunidades no mês de fevereiro, tendo como alvo os municípios de Uruana de Minas, Chapada Gaúcha e São Gotardo, em Minas Gerais, e Canindé de São Fran-cisco, em Sergipe. “Essas obras têm a finalidade de chamar a atenção dos poderes públicos para as necessida-des de revitalização das bacias hidro-gráficas e de como é possível fazer bom uso dos recursos públicos, com controle total contra desvios e com acompanhamento das comunidades beneficiadas”, destaca Luiz Dourado, membro do CBHSF.

Esta edição tem ainda como des-taques matérias sobre o início do pro-cesso eleitoral para renovação dos quadros de integrantes do Comitê do São Francisco e sobre os eventos que vão reunir as comunidades tradicio-nais da bacia em encontros marcados para as cidades de Paulo Afonso (po-vos indígenas) e Penedo (quilombo-las). Há também uma entrevista com o coordenador da Câmara Consultiva do Baixo São Francisco, Melchior Car-los do Nascimento, sobre o I Simpó-sio da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, que o Comitê promoverá no mês de junho em parceria com universidades atuantes no território são-franciscano.

EDITORIAL

Produzido pela Assessoria de Comunicação do CBHSF

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Os autores Edmara e Bruno Barbosa falaram de suas expectativas com a nova criação

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NOTÍCIAS DO SÃO FRANCISCO 3

A validação de possíveis me-lhorias ambientais para o rio São Francisco junto às comunidades ribeirinhas foi

a pauta central das quatro consultas públicas realizadas no mês de mar-ço, em cumprimento aos trabalhos de atualização do Plano de Recursos Hídricos, em execução pela empre-sa Nemus Consultoria, após inves-timentos de aproximadamente R$7 milhões por parte do Comitê do São Francisco, idealizador da inciativa.

O trabalho, que teve início em 2014, chega à reta final com a pro-dução de um “documento-chave” que irá definir, de modo prioritário, ações de curto, médio e longo prazo a serem financiadas com recursos da cobrança pelo uso da água, pro-movendo, assim, para os próximos dez anos, uma gestão eficaz dos re-cursos hídricos do maior rio genui-namente brasileiro. As discussões

ocorreram nas cidades de Jacobina (BA), Luís Eduardo Magalhães (BA), Neópolis (SE) e Pompéu (MG).

Diante da afirmativa do enge-nheiro Emiliano Santiago, da Nemus Consultoria, de que os recursos hí-dricos superficiais do rio São Fran-cisco não serão suficientes para satisfazer as projeções de demanda pela água, a população ribeirinha manifestou suas angústias. “É uma grande preocupação nossa o nível de salinidade, pois muitas pessoas já apresentam hipertensão arterial por causa da água”, observou a secretá-ria de Meio Ambiente de Piaçabuçu (AL), no Baixo São Francisco, Geilma Feitosa. O município sofre os efeitos da baixa vazão, fazendo com que a água salgada do mar prevaleça so-bre a água doce do rio.

O técnico da empresa informou ainda que o estudo identificou uma si-tuação hídrica crítica em praticamente

toda a bacia do São Francisco. “A exce-ção é o Alto São Francisco, onde ficam as nascentes do rio”, resumiu.

Entre vereadores, estudantes, agricultores e gestores de órgãos públicos, que fizeram importantes contribuições ao novo Plano, Tho-mas Bauer, da Comissão Pastoral da Terra na Bahia (CPT-BA), cha-mou a atenção para a necessidade de se priorizar as ações de moni-toramento dos empreendimentos que atualmente tanto degradam a bacia, como é o caso das minera-doras, das marmorarias que atuam gravemente na bacia do rio Salitre e das usinas de geração de energia eólica, em processo de instalação. “As áreas do Submédio vêm sendo disputadas por mais de 100 empre-sas de energia eólica. O Plano deve priorizar essa questão”, destacou o ambientalista, que participou da consulta em Jacobina (BA).

DENÚNCIAO líder quilombola Manoel Ailton,

da comunidade de Tomé, em Campo Formoso (BA), também presente à consulta, denunciou os barramentos irregulares que vêm interrompendo o curso natural do rio São Francisco

e seus afluentes, retendo o abasteci-mento da população. “Vemos vários planos e projetos sendo elaborados e nada muda, aliás, só piora para os ribeirinhos que dependem dessas águas”, observou.

Na plateia de Luís Eduardo Magalhães, no Médio SF, entre aqueles que fizeram questão de preencher os formulários com con-tribuições ao Plano, estavam os integrantes da Associação de Cata-dores de Material Reciclado de Luís Eduardo Magalhães (Reciclaem). “Acredito que o trabalho de coleta seletiva tem tudo a ver com a pre-servação do São Francisco. Já pen-sou quanto material recolhemos e que iria direto para o rio?”, questiona a presidente da Reciclaem, Danúbia Pereira. A Associação atua há quatro anos e reúne 25 associados, que vi-vem da coleta, triagem e comerciali-zação de material reciclado.

O secretário do CBHSF, Maciel Oliveira, que representou o cole-giado nas discussões, lembrou que as consultas públicas traduzem a transparência das ações do cole-giado. “Em todas as nossas ações, procuramos sempre ouvir a popu-lação”, destacou.

CONSULTAS DÃO SEGUIMENTO À ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE BACIAAS DISCUSSÕES OCORRERAM AO LONGO DO MÊS DE MARÇO, NAS CIDADES DE JACOBINA (BA), LUÍS EDUARDO MAGALHÃES (BA), NEÓPOLIS (SE) E POMPÉU (MG). O OBJETIVO FOI VALIDAR AS PROPOSTAS DE MELHORIAS AMBIENTAIS PARA O RIO SÃO FRANCISCO JUNTO ÀS COMUNIDADES RIBEIRINHAS QUE PARTICIPARAM DE CONSULTAS PÚBLICAS.

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Nova rodada de consultas públicas valida ações do Plano de Bacia junto a comunidades ribeirinhas

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COMUNIDADES BENEFICIADAS COMEMORAMOBRAS HIDROAMBIENTAIS NA BACIA

O Comitê da Bacia Hidrográ-fica do Rio São Francisco já concluiu 33 projetos hidro-ambientais em todas as regi-

ões fisiográficas da bacia do Velho Chico, investindo R$ 21 milhões oriundos da cobrança pelo uso de suas águas. Neste início de ano, outras obras foram entre-gues em comunidades ribeirinhas, con-solidando uma importante contribuição para a revitalização da bacia.

Até 2018 o Comitê planeja realizar mais 16 projetos, com investimentos de cerca de R$28 milhões. Quatro deles foram apresentados às comu-nidades no mês de fevereiro, tendo como alvo os municípios de Uruana

de Minas, Chapada Gaúcha e São Go-tardo, em Minas Gerais, e Canindé de São Francisco, em Sergipe. “Essas são obras demonstrativas que têm a finalidade de chamar a atenção dos poderes públicos para as necessida-des de revitalização das bacias hidro-gráficas e comprovar como é possível fazer bom uso dos recursos públicos, com total controle contra desvios e acompanhamento das comunidades beneficiadas”, afirmou Luiz Dourado, membro do CBHSF.

SEGUNDA ETAPANo dia 27 de fevereiro, a comuni-

dade de Brejão, distrito de Morro do

Chapéu (BA), formada por cerca de 160 famílias, recebeu a segunda etapa das obras de recuperação hidroambien-tal do rio Salitre, importante afluente do Submédio São Francisco. Graças à boa receptividade da comunidade e ao acompanhamento do CBHSF, o proje-to conseguiu grande êxito e a empresa licitada, Localmaq, além de contratar algo em torno de 40 moradores da região do Salitre para mão de obra, ampliou os resultados esperados. “Foram entregues 86 barraginhas, mais que o dobro das 32 previstas no projeto. Foram construídos mais de 13 mil metros de terraços, quando o pro-jeto previa 4.821 mil metros. Além dis-so, fizemos mais de 25 mil metros de cercas de proteção de nascentes e 267 paliçadas de pedra”, informou o enge-nheiro Rafael Alexandre, da Localmaq. O responsável pelas obras explicou a quantidade de água que poderá ser ar-mazenada, graças às intervenções. “Ao todo, cerca de 23.500 m3 de água pode-rão ser infiltrados por esses terraços e outros seis mil metros cúbicos arma-

zenados nas barraginhas, totalizando quase trinta mil litros de água para servir à comunidade”, disse. Cada me-tro cúbico equivale a mil litros de água.

O seminário de entrega da obra em Brejão contou com a presença de estudantes da localidade e de turmas da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e do Instituto Federal de Educa-ção (Ifba), em Jacobina. Para Mateus Medrado Lima, que cursa o 8º semes-tre de Geografia na Uneb, foi a opor-tunidade de ver na prática assuntos discutidos em sala de aula. “Pudemos presenciar aqui a luta da comunidade e do Comitê de Bacia pela preservação dos recursos hídricos, que são fun-damentais, especialmente para essa região do Semiárido, o que nos mobi-liza a estudar ainda mais para dar a nossa contribuição”. A colega, Taiane Nilo, do 6º semestre, concordou: “O curso precisa ser mais prático para nos envolver mais nos problemas sociais e podermos complementar os conhecimentos técnicos e científi-cos com ações de sensibilização am-

O CBHSF CONCLUIU 33 PROJETOS HIDROAMBIENTAIS NAS DIVERSAS REGIÕES DA BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO. SÃO INTERVENÇÕES FUNDAMENTAIS PARA GARANTIR A PRESERVAÇÃO DE MANANCIAIS, PREVENIR EROSÕES E CONTRIBUIR PARA A BOA QUALIDADE DA ÁGUA CONSUMIDA PELOS RIBEIRINHOS. MAIS DO QUE AÇÕES PONTUAIS, O PROJETO DO COMITÊ DO SÃO FRANCISCO FORTALECE VÍNCULOS COM AS COMUNIDADES, ESTIMULANDO O INTERESSE PELA MANUTENÇÃO DO TRABALHO REALIZADO.

Em toda a bacia, o CBHSF já concluiu 33 obras hidroambientais

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NOTÍCIAS DO SÃO FRANCISCO 5

REFLEXÃO SOBRE A ÁGUAO Simpósio Regional em Reflexão ao Dia Mundial da Água: diagnósticos e desafios em prol do Rio São Francisco, realizado no dia 21 de março, em Aracaju, contou com a presença do presidente do Comitê da Bacia Hidro-gráfica do Rio São Francisco, Anivaldo Miranda, que abriu o evento com uma palestra em que abordou os problemas provocados pelos usos múltiplos dos recursos hídricos. O simpósio foi promovido pelo Ministério Público Estadual de Sergipe.

SIMPÓSIO EM ANDAMENTOO I Simpósio da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, que acontece no mês de junho, em Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), teve sua programação dis-cutida durante encontro realizado em março, em Brasília. O coordenador da Câmara Consultiva Regional do Baixo São Francisco e um dos organizado-res do evento, Melchior Carlos do Nascimento, coordenou o encontro, que é uma iniciativa do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco em parceria com a Universidade do Vale do São Francisco (Univasf). Na ocasião, foram definidos os grupos que apresentarão os trabalhos no decorrer do Simpósio.

ENCOB DEFINE PROGRAMAÇÃOO Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas (FNCBH) divulgou no dia 10 de março, em Salvador, a programação preliminar do XVIII Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas (Encob), a ser realizado de 3 a 8 de julho de 2016, na capital baiana, com a participação de especialistas da área. Este ano, o evento terá como tema Comitês de Bacias: a gestão das águas acontece aqui. Entre os tópicos centrais dos debates estão as causas que levaram ao maior desastre ambiental do País, ocorrido no final de 2015, na bacia do rio Doce, em Mariana (MG), e que resultou na morte de 18 pesso-as. O acidente ativou um sinal de alerta sobre a importância da preservação dos recursos hídricos brasileiros. O colegiado do FNCBH volta a se reunir nos próximos meses para mais dois encontros preparatórios, um no Rio de Janeiro (abril) e outro em Florianópolis (maio).

SANEAMENTO BÁSICODesde o dia 15 de março, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Fran-cisco deu início ao chamamento público para novos pedidos de elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico. Municípios das quatro regiões fisiográficas da bacia do Velho Chico têm até 30 dias para manifestar seu in-teresse, por meio de ofício, em ser contemplados com a elaboração dos Pla-nos, que serão viabilizados com recursos da cobrança pelo uso das águas do rio, previstos no Plano de Aplicação Plurianual do Comitê (2016-2018).Até agora, tendo em vista a minimização dos impactos ambientais decorren-tes da deficiência em saneamento básico, o Comitê do São Francisco, com o intermédio de sua agência delegatária, AGB Peixe Vivo, investiu cerca de R$5 milhões na elaboração de 25 Planos Municipais de Saneamento Básico nas diversas regiões da bacia.

AGB PEIXE VIVO NA ALEMANHAO diretor técnico da agência delegatária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (AGB Peixe Vivo), Alberto Simon, participou no início de março da Conferência sobre Gerenciamento Sustentável do Solo, realizada em Berlim, na Alemanha. Durante o evento foram apresentados os projetos financiados pelo governo alemão via Ministério de Educação e Pesquisa. Si-mon foi convidado por causa de sua efetiva colaboração ao projeto Innovate, que buscou o CBHSF para realizar uma pesquisa sobre a gestão das águas no âmbito da bacia do São Francisco.

CURTASbiental, em busca da revitalização da bacia”, destacou. RELAÇÃO COM AS COMUNIDADES

Em todas as obras financiadas pelo CBHSF, as intervenções ambien-tais são realizadas paralelamente à mobilização comunitária, buscando envolver os moradores beneficiados. O geógrafo da Localmaq, José Vinicius Rosa de Jesus, ressaltou a criação de vínculos com a comunidade como diferencial do processo. “As reuni-ões mensais com os moradores, que aconteceram em escolas, povoados e assentamentos, possibilitaram o acompanhamento das etapas da obra pela comunidade, além de ajudar a disseminar informações ambientais”, explicou. Participando ativamente do processo de mobilização, a professora Tâmara Mirna Oliveira Santana, dire-tora da Escola Municipal Santo Antô-nio, em Brejão, destacou a importân-cia do envolvimento da comunidade nas obras. “Iniciamos uma importante ação de conscientização ambiental en-volvendo professores e estudantes. Gra-ças à parceria com a empresa executora das obras, pudemos realizar o plantio de mudas em áreas comuns”, ressaltou.

No dia 3 de março, foi a vez da co-munidade de Três Marias (MG), no Alto São Francisco, participar da entrega das obras de recuperação hidroam-biental executadas na vereda Barreiro Grande, no entorno do Lago de Três Marias, importante contribuinte do rio São Francisco. Na oportunidade, o engenheiro da empresa Neo Geotec-nologia, responsável pelas obras no local, Marco Antonio Santos, destacou as ações realizadas com o projeto, como o plantio de espécies nativas em cinco hectares de Áreas de Preserva-ção Permanente e o cercamento de

2.800 metros de matas ciliares, além de mobilização social e ações de edu-cação ambiental, como o plantio de quatro mil mudas de espécies nativas.

“As veredas do nosso país estão esquecidas. Estamos vivendo uma situação de escassez de água e, em-bora saibamos que isso seja resultado da ação do homem, precisamos de ações positivas, como as que foram realizadas agora pelo Comitê. Elas dão resultados a curto prazo”, disse o prefeito do município, Vicente Resen-de. A professora da Escola Municipal Geralda Márcia Gonçalves, Renata Magalhães, que compareceu com os alunos da comunidade de Bazilas, manifestou o seu contentamento com a ação: “Quando recebemos o convite para participar desse projeto, intensi-ficamos o ensino dos biomas na esco-la”, revelou. BAIXO E MÉDIONo Médio São Francisco, duas obras serão entregues a comunidades baia-nas no início do mês de abril: uma delas destina-se à recuperação da bacia hidrográfica do rio Boa Sor-te, em Catolândia, e outra do rio São Desidério, principal microbacia que abastece a cidade de mesmo nome. Os serviços, executados pela Neogeo Geotecnologia Ltda, beneficiarão toda a região, especialmente os municípios banhados pela rio Grande, importante tributário do São Francisco. Já no Bai-xo São Francisco, uma obra destina-se à bacia hidrográfica do rio Piauí, único afluente perene do Velho Chico em Alagoas. O trabalho consiste na recu-peração de pelo menos 500 nascentes em toda a bacia, compreendida entre os municípios alagoanos de Junquei-ro, Arapiraca e Limoeiro de Anadia. As obras estão sendo executadas pela empresa GOS Florestal.

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SUBMÉDIO(7)

R$ 21 MILHÕES

BAIXO(5)

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Principais intervenções: cercamento de nascentes, adequação de estradas rurais, implantação de paliçadas e curvas de nível, construção de terraços e barraginhas, plantio de mudas nativas e ações de educação e conscientização ambiental. 

TOTAL INVESTIDO:

OBRAS FINALIZADAS: 33

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O Comitê da Bacia Hidrográ-fica do Rio São Francisco começou o processo de re-novação de seus 124 mem-

bros – titulares e suplentes –, realiza-do por meio de eleição direta. O pleito está marcado para julho deste ano, com mandato de três anos, e a posse será no mês seguinte, durante plená-ria do colegiado. Para tanto, o calen-dário de atividades já foi iniciado.

A empresa Gesois, contratada através de licitação pela agência delegatária do Comitê, a AGB Peixe Vivo, conduz o processo eleitoral. No entanto, o acompanhamento ficará a cargo da Câmara Técnica Institucional e Legal (CTIL), inte-grante da estrutura de funciona-mento do CBHSF e a quem cabe analisar as questões de caráter jurídico do colegiado. De acordo com o calendário aprovado pela Di-retoria Colegiada (Direc) do Comi-

tê, até o final de maio estão sendo realizadas as atividades de mobili-zação junto à comunidade apta a se candidatar ao processo, bem como as inscrições para os cargos pre-tendidos.

Encerrada essa etapa do traba-lho, no dia 6 de junho será feita a divulgação preliminar dos nomes habilitados, assim como dos rejei-tados. O prazo para contestações vai de 7 a 21 de junho e os habili-tados serão conhecidos no dia se-guinte, 22. No período entre 27 e 30 de junho estão previstas as plená-rias eleitorais dos poderes públicos municipais, dos povos indígenas e das comunidades tradicionais.

PLENÁRIASAinda no calendário do proces-

so eleitoral, as plenárias eleitorais dos usuários e das organizações civis acontecem entre os dias 1º e

8 de julho. A lista final com os no-mes dos eleitos para a composição do CBHSF deverá ser anunciada no dia 14 de julho. A posse acontecerá durante a Plenária do Comitê, nos dias 18 e 19 de agosto, em local a ser definido.

A composição do Comitê é fei-ta por cinco representantes do governo federal; seis membros representativos dos estados inse-ridos no âmbito da bacia do São Francisco (Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Ser-gipe) e mais o Distrito Federal; oito representantes de municípios da bacia; 24 vagas para usuários de recursos hídricos dos estados; 16 representantes de entidades civis com atuação em recursos hídricos; e dois representantes dos povos indígenas, com seus respectivos suplentes.

As inscrições e a entrega dos documentos necessários para con-correr à composição do CBHSF devem acontecer na sede da AGB Peixe Vivo, em Belo Horizonte (MG), nas sedes das Câmaras Consulti-vas Regionais do Médio São Fran-cisco, no município baiano de Bom Jesus da Lapa; do Submédio, em Petrolina (PE), e na secretaria do Comitê, em Maceió (AL).

COMITÊ INICIA PROCESSO PARA ELEGER NOVOS MEMBROS

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Os novos membros do Comitê tomarão posse em agosto deste ano

O PROCESSO DE RENOVAÇÃO DO COLEGIADO DO COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCO, COMPOSTO POR 124 MEMBROS, ENTRE TITULARES E SUPLENTES, TEVE INÍCIO EM TODAS AS REGIÕES SÃO-FRANCISCANAS. A CONDUÇÃO ESTÁ A CARGO DA EMPRESA GESÓIS, CONTRATADA ATRAVÉS DE LICITAÇÃO. O PLEITO ESTÁ MARCADO PARA JULHO DESTE ANO, COM MANDATO DE TRÊS ANOS, E A POSSE SERÁ NO MÊS SEGUINTE, DURANTE PLENÁRIA DO COLEGIADO.

ENDEREÇOS PARA INSCRIÇÕES:

MINAS GERAISSEDE DA AGB PEIXE VIVORua Carijós, no 166, 5o andar, Centro, Belo Horizonte (MG)CEP 30.120-060Telefone: (31) 3207.8500

BAHIACÂMARA CONSULTIVA REGIONAL DO MÉDIO SÃO FRANCISCORua Manoel Novais, no 117, 1o andar, Bom Jesus da Lapa (BA)CEP: 47.600-000Telefone: (77) 3481.3214

PERNAMBUCOCÂMARA CONSULTIVA REGIONAL DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCOAv. Dr. Fernando Menezes de Góes, no 226, Petrolina (PE)CEP: 56.304-200Telefone: (87) 3861.6905

ALAGOASCÂMARA CONSULTIVA REGIONAL DO BAIXO SÃO FRANCISCOAv. Dr. Antônio Gomes de Barros, no 625, Maceió (AL)CEP: 57.036-000Telefones: (82) 3325.2244 e 3357.8025

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NOTÍCIAS DO SÃO FRANCISCO 7

O Comitê da Bacia Hi-drográfica do Rio São Francisco realiza dois importantes encontros

reunindo comunidades tradicionais são-franciscanas. O IV Seminário dos Povos Indígenas ocorrerá em Paulo Afonso, na Bahia, de 31 de março a 2 de abril, enquanto o II Seminário das Comunidades Qui-lombolas está marcado para o pe-ríodo de 14 a 16 de abril, na cidade de Penedo, em Alagoas. A pauta principal dos eventos gira em torno da busca de melhorias para ambas as comunidades, visando sua afir-mação identitária e melhores con-dições de vida.

“Reunir as comunidades tra-dicionais do rio São Francisco tem sido uma das nossas gran-des conquistas, e esses próximos eventos serão uma oportunidade de unirmos diversas represen-tações de povos que conhecem a bacia de perto para dialogar tam-bém com especialistas”, disse o secretário do CBHSF, Maciel Nu-nes de Oliveira.

RESULTADOSEspera-se que ao final de cada

um dos encontros sejam aprovados documentos que sintetizem as dis-cussões e levantem sugestões de melhorias nas políticas públicas para os povos tradicionais e para o meio ambiente. “Será um momento de debate, de troca de experiências na vida social, política e cultural que nos ajudará a construir um diagnós-tico das condições socioambientais vividas pelas comunidades”, afirmou o quilombola e coordenador da Câ-mara Consultiva Regional do Médio São Francisco, Cláudio Pereira.

Ainda na pauta do II Seminário Quilombola, haverá uma visita ao Parque Memorial Quilombo dos Pal-mares, na Serra da Barriga, no mu-nicípio de União dos Palmares (AL), que, no período colonial, abrigou aquele que é considerado o maior quilombo do Brasil, tendo à frente o líder Zumbi dos Palmares. O local tem um significado singular tanto para a história dos povos quanto para o País, uma vez que grande parcela da população é de origem africana.

FLUVIAIS

BEM VIVEREntre os dias 1º e 3 de abril, a Ilha do Fogo, balneário localizado entre Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), será palco do congresso de pescadores e pescadoras arte-sanais. Espera-se que no encontro, intitulado “Grito do Rio e seu Povo na Busca do Bem Viver!”, cerca de 500 pessoas participem dos debates sobre questões como poluição do rio São Francisco, diminuição dos pescados e fortalecimento da identidade dos povos ribeirinhos. Diversas oficinas temáticas também coloca-rão em evidência a importância da pesca artesanal no Brasil.

ACHADOS NA BACIA Foi cavando um reservatório para armazenar água de chuva, próximo ao rio São Francisco, na cidade de Piranhas (AL), que a agricultora Maria dos Prazeres encontrou a ossada de uma preguiça gigante, com cerca de quatro metros de altura. Parte dos ossos do animal ainda está entre as camadas da terra e vem sendo estudada pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Na região já foram encontrados outros tesouros pré-históricos, de até quatro mil anos, somando cerca de 300 sítios arqueológicos encontrados.

PEÇAS SACRASA Casa da Cultura do município de Paracatu, região banhada pelo rio de mesmo nome, afluente do Velho Chico em Minas Gerais, abrigou entre fevereiro e março a Expor Artes Sacras. O evento reuniu quase 70 peças, entre imagens sacras, oratórios e móveis pertencentes à família de Joaquim Pedro Brochado Costa, dono do acervo. Dentre os objetos que se destacam na exposição está o arcaz - móvel com gavetões para guardar paramentos sacerdotais. São peças de vários estados do Brasil, como Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Maranhão, Rio de Janeiro e São Paulo, além de algumas regiões de Portugal.

MUSEU AMBIENTAL Com o objetivo de despertar interesse pela revitalização e preservação do rio São Francisco, o Museu Ambiental Casa do Velho Chico, de caráter itinerante, foi montado no campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS), mais exatamen-te no município de São Cristóvão. A mostra atraiu moradores, pesquisadores, organizações e movimentos sociais, além de gestores ambientais, que participa-ram de debates na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese). O evento foi orga-nizado pelo Movimento de Mobilização da Sociedade Civil pela Revitalização do Velho Chico e teve o apoio de algumas instituições.

DIA MUNDIAL DA ÁGUAEm 22 de março foi celebrado o Dia Mundial da Água, com o tema “Água e Em-pregos: investir em água é investir em empregos”. Para comemorar a data, a interagência da Organização das Nações Unidas divulgou em Genebra, na Suíça, o relatório sobre desenvolvimento mundial em recursos hídricos. Para os próxi-mos anos, a ONU definiu os temas que serão norteadores dos debates: em 2017, “Água Residual”; e em 2018, “Soluções Naturais para a Água”.

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Encontros buscam melhorias para as comunidades tradicionais da bacia

ENCONTROS REÚNEM COMUNIDADES TRADICIONAIS

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Qual a proposta do I Simpósio da Ba-cia Hidrográfica do Rio São Francis-co? Como surgiu a ideia do evento? O Simpósio tem como meta principal o desenvolvimento da gestão de re-cursos hídricos na bacia hidrográfica do rio São Francisco, com a elabora-ção de um documento que caracte-rize de maneira preliminar o estado da arte dos estudos e das pesquisas desenvolvidas e em desenvolvimento na própria bacia. A ideia do evento foi apresentada durante a II Reunião do Fórum das Instituições Técnicas e de Pesquisa da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, em Salvador (BA). Nes-se encontro, articulado pelo CBHSF, técnicos e pesquisadores de diversas instituições decidiram pela realiza-ção de um evento que fosse capaz de aproximar especialistas de diferentes partes do Brasil que tenham a bacia do Velho Chico como laboratório. Para os membros do Fórum, a iniciativa po-derá amplificar o debate técnico-cien-tífico, além de permitir a integração de conhecimentos.

Como se dará a participação das uni-versidades? As universidades estão integradas ao evento desde a sua origem, afinal de contas, foram os representantes do Fórum os responsáveis por sua pro-posição. Além disso, a proposta de instalação de Grupos Temáticos torna-rá ainda mais efetiva a participação de pesquisadores das diferentes áreas. Os grupos de trabalho deverão contar com a presença de 25 membros de diversas instituições. A esses especialistas cabe-rá a importante tarefa de elaborar a ver-são inicial do relatório preliminar sobre o estado da arte. Já estão confirmadas no evento instituições como Ufba, Ufal, Uni-vasf, Embrapa, UNB, Ufrb, UFS, Unesp, entre outras.

Como andam os estudos dessas ins-tituições acadêmicas sobre o rio São Francisco? Há um mapeamento das pesquisas? Para muitos técnicos e pesquisado-

res de diferentes partes do Brasil e do mundo, a bacia hidrográfica do São Francisco tem sido um grande e recepti-vo laboratório. Por isso, acredito que os resultados de todo esforço intelectual empreendido ao longo de décadas re-presentem um dos importantes lega-dos da comunidade científica. Confesso que ainda não tive a oportunidade de conhecer iniciativas que buscassem sis-tematizar o acervo de trabalhos técnico--científicos sobre a bacia.

O presidente do CBHSF, Anivaldo Mi-randa, afirmou que um dos caminhos para resolver os graves problemas ambientais da bacia será por meio dos estudos desenvolvidos pela classe aca-dêmica. O senhor concorda? Por quê? Sim, sem dúvida. Concordo plenamen-te com a afirmação do presidente, um engajado entusiasta para que o Sim-pósio seja auspicioso e absolutamente enriquecedor. Também concordo por-que vejo o conhecimento como um dos principais instrumentos de combate preventivo às decisões intempestivas praticadas (em alguns casos) por go-vernos estaduais e municipais. Toda-via, é fundamental que essa capacida-de intelectual seja acionada. E essa é outra importante meta a ser alcançada pelo Simpósio: tornar visível para toda a sociedade, especialmente para os gestores públicos, estudos e inovações produzidos no âmbito acadêmico.

Cinco eixos temáticos prioritá-rios vão ser explorados durante o evento. Serão eles os responsá-veis por estabelecer o “estado da arte do conhecimento” sobre o rio São Francisco?Sim. A proposta é produzir um do-cumento que apresente o estado da arte sob a perspectiva das cinco temáticas: quantidade da água, quali-dade da água, governança, dimensão social e saúde, além de conservação da biodiversidade e recuperação hi-droambiental. Neste caso, os docentes e pesquisadores convidados que atua-ram voluntariamente na produção do documento inicial são fundamentais para o êxito do nosso evento, articu-lando e mobilizando toda a comunida-de científica envolvida com a bacia.

O que essas discussões irão repre-sentar para as instituições científi-cas e a população ribeirinha?Pensar o evento como uma ação con-tributiva para fortalecer ainda mais a capacidade do CBHSF e promover a governança no âmbito da bacia hidrográfica também pode ser con-siderada uma ação estratégica de empoderamento das comunidades tradicionais e ribeirinhas, que, em-bora sejam testemunhas cotidianas das transformações que marcaram a histórica trajetória do Velho Chico, carecem do conhecimento sistema-tizado. Destaco aqui as pessoas que vivem no semiárido são-franciscano, pois, para elas, o rio tem sido a única redenção, o único motivo capaz de mantê-las perseverantes em meio a tantas adversidades. Por esse motivo, acredito que as discussões tratadas em sessões orais e painéis, palestras e debates poderão trazer experiências de convívio a serem implementadas pelo CBHSF. Além disso, o debate re-presenta um momento importante para a comunidade técnico-científica, sobretudo, porque a decisão deve ser desafiar os participantes na bus-ca pela integração do conhecimento científico em defesa do Velho Chico.

DE FORMA INOVADORA, O COMITÊ DA BACIA

HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCO REALIZARÁ

NO PERÍODO DE 5 A 9 DE JUNHO, NAS CIDADES DE

JUAZEIRO (BA) E PETROLINA (PE), O I SIMPÓSIO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCO, EM PARCERIA COM UNIVERSIDADES QUE

ATUAM NO TERRITÓRIO SÃO-FRANCISCANO. NESTA

ENTREVISTA, O COORDENADOR DO CBHSF E PROFESSOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS (UFAL), MELCHIOR

CARLOS DO NASCIMENTO, EXPLICA OS MOTIVOS QUE

LEVARAM À REALIZAÇÃO DO EVENTO.

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ACADEMIA PODE CONTRIBUIR MUITO COM O SÃO FRANCISCO

MELCHIOR CARLOS DO NASCIMENTO

ACREDITO QUE AS DISCUSSÕES TRATADAS

EM SESSÕES ORAIS E PAINÉIS, PALESTRAS

E DEBATES PODERÃO TRAZER EXPERIÊNCIAS DE CONVÍVIO A SEREM

IMPLEMENTADAS PELO CBHSF.