jornal da cipe - nÚmero 41/43

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Especial • Cobertura do VIII Congresso Paulista, da III Jornada Brasileira de Residentes e do I Simpósio de Ligas Acadêmicas (pág. 3) • I Congresso Sabará de Especialidades Pediátricas (pág. 7) Destaques • XXXI Congresso Brasileiro de Cirurgia Pediátrica (pág. 14) Outubro/2011 – Setembro/2012 – Ano XI – nº 41/43 – Edição Especial A CIPE tem motivos para comemorar a realização do VI Mutirão Nacional de Cirurgia da Criança. Ocorrido no dia 18 de agosto, o mutirão deste ano atendeu a 798 pacientes, de bebês a adolescentes. Este foi o segundo melhor resultado desde que, em 2007, a entidade passou a organizar mutirões nacionais, anualmente. Em 2012, apesar das difi- culdades que envolvem a organização de uma ini- ciativa desse porte, contou com a participação de 31 serviços, presentes no Distrito Federal e em 14 estados: Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins. Alguns hospitais fizeram questão de se integrar ao mutirão, mesmo tendo de realizar as cirurgias progra- madas de forma parcelada ou em outra data, dadas as condições locais. Três serviços, apesar de terem se inscrito junto à CIPE, foram obrigados a cancelar as cirurgias, em virtude de problemas pontuais. Além de reduzir as filas de espera por cirurgias pediátricas nos hospitais e contribuir para o restabe- lecimento, em menor tempo, da qualidade de vida das crianças atendidas, a iniciativa é benéfica para a CIPE, os cirurgiões pediátricos e a especialidade. Os mutirões colaboram para maior aproximação da entidade com os profissionais que representa e tam- bém são importantes na divulgação da especialida- de em todo o país. (Veja a cobertura completa a partir da página 8 desta edição.) VI Mutirão Nacional de Cirurgia da Criança atende a quase 800 crianças no país Este é o segundo maior resultado, desde que, em 2007, a CIPE começou a promover mutirões nacionais anualmente

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JORNAL DA CIPE - NÚMERO 41/43

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Page 1: JORNAL DA CIPE - NÚMERO 41/43

Especial•CoberturadoVIIICongressoPaulista,daIIIJornadaBrasileiradeResidentesedoISimpósiodeLigasAcadêmicas(pág. 3)

• ICongressoSabarádeEspecialidadesPediátricas(pág. 7)

Destaques•XXXICongressoBrasileirodeCirurgiaPediátrica (pág. 14)Outubro/2011 – Setembro/2012 – Ano XI – nº 41/43 – Edição Especial

A CIPE tem motivos para comemorar a realização do VI Mutirão Nacional de Cirurgia da Criança.

Ocorrido no dia 18 de agosto, o mutirão deste ano atendeu a 798 pacientes, de bebês a adolescentes.

Este foi o segundo melhor resultado desde que, em 2007, a entidade passou a organizar mutirões nacionais, anualmente. Em 2012, apesar das difi-culdades que envolvem a organização de uma ini-ciativa desse porte, contou com a participação de 31 serviços, presentes no Distrito Federal e em 14 estados: Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins.

Alguns hospitais fizeram questão de se integrar ao mutirão, mesmo tendo de realizar as cirurgias progra-madas de forma parcelada ou em outra data, dadas as condições locais. Três serviços, apesar de terem se inscrito junto à CIPE, foram obrigados a cancelar as cirurgias, em virtude de problemas pontuais.

Além de reduzir as filas de espera por cirurgias pediátricas nos hospitais e contribuir para o restabe-lecimento, em menor tempo, da qualidade de vida das crianças atendidas, a iniciativa é benéfica para a CIPE, os cirurgiões pediátricos e a especialidade. Os mutirões colaboram para maior aproximação da entidade com os profissionais que representa e tam-bém são importantes na divulgação da especialida-de em todo o país.

(Veja a cobertura completa a partir da página 8 desta edição.)

VI Mutirão Nacional de Cirurgia da Criança atende a quase 800 crianças no paísEste é o segundo maior resultado, desde que, em 2007, a CIPE começou a promover mutirões nacionais anualmente

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PALAVRA DO PRESIDENTE

Caros amigos,

Venho nessa mensagem cumprimentá-los um a um, cada um dos sócios da nossa querida sociedade, já no final da gestão desta diretoria, e chamar a atenção para três fatos muito importantes:

O primeiro deles é que estamos hoje às portas do nosso XXXI Congresso Brasileiro de Cirurgia Pediátrica, que este ano será realizado na bela cidade de Belém do Pará. Será a primeira vez que realizaremos um congresso no Norte do país, na Região Amazônica. Mesmo prevendo o desafio que enfrentaríamos, sabíamos que estávamos certos em confiar na determinação dos colegas dos estados envolvidos na organização e na histórica importância que todos damos aos eventos da CIPE.

Hoje temos a grata satisfação de contar com quase 250 inscrições, 126 trabalhos (no último congresso, em Belo Horizonte, foram 132) e a certeza de que teremos, mais uma vez, um evento de expressivo valor científico, de grande sucesso, e uma agradável oportunidade de congraçamento.

Seis convidados estrangeiros confirmaram a presença: os Drs. Peter Cuckow (Londres, Inglaterra), Miguel Guelfand (Santiago, Chile), Gordon MacKinlay (Edimburgo, Escócia), Carlos Miguelez (Málaga, Espanha), Todd Ponsky (Cleveland, EUA) e Giuliano Testa (Dallas, EUA).

Além dos cursos de atualização que precedem a abertura do congresso, teremos ainda a prova anual para obtenção do título de especialista, nos dias que seguem o final do evento.

Como sempre, nossas maiores dificuldade estão sendo os contratos com os patrocinadores, que se já são difíceis nos eventos no Sul/Sudeste, sede da maior parte das empresas ligadas à nossa atividade diária, mais ainda nos estados mais distantes, onde o transporte dos equipamentos é mais caro do que o valor dos estandes da área de exposição.

Por isso tudo, conclamamos todos os colegas e amigos a virem a Belém, com a certeza de que terão um excelente evento, de alto padrão científico, cultural, social, gastronômico, com a famosa hospitalidade do povo do Pará.

O segundo fato é a eleição da nova diretoria para os próximos dois anos, que acontece no próximo dia 17 de outubro, data da apuração dos votos. O prazo para a inscrição das chapas encerrou-se às 18hs do dia 21 de agosto e tivemos apenas uma chapa inscrita, encabeçada por nosso ex-presidente, Dr. José Roberto Baratella. A votação será realizada por correspondência, mediante o envio das cédulas à nossa sede até o dia 11 de outubro.

Acredito que poucos saibam que, após a alteração do estatuto da CIPE, ocorrida na Assembleia Geral de Salvador, em 2008, não posso ser candidato à reeleição. Devido a esta mudança, todo sócio titular pode ser reeleito apenas uma vez para o mesmo cargo e pode participar sucessivamente de, no máximo, três diretorias. Como anteriormente fui vice-presidente por duas gestões e presidente agora, não posso me reeleger.

O terceiro assunto é o Mutirão de Cirurgia Pediátrica, que pela sexta vez consecutiva, foi realizado em todo o Brasil em agosto passado, com maciça adesão dos serviços de cirurgia pediátrica de quase todos os estados do país. Este ano, com 31 hospitais inscritos e 798 crianças e adolescentes operados, registrou o segundo maior resultado desde 2007, quando os mutirões anuais da CIPE tiveram início.

Agradeço a importante participação de todos os cirurgiões pediátricos envolvidos, e também os anestesiologistas, enfermeiros e outros profissionais, e estamos conscientes de que foi devido à imensa dificuldade de organizar tamanho movimento e por fatores alheios à vontade de cada um que parte deles não conseguiu viabilizar sua adesão.

Por fim, quero agradecer a todos o imenso apoio manifestado durante toda a nossa gestão, sabendo que foi uma grande oportunidade de reforçarmos os fortes laços de amizade dos amigos antigos, com a certeza de que ganhei muitos novos. Neste próximo mês ainda temos muito trabalho pela frente.

Saudações a todos!

Max Carsalad SchlobachPresidente

Jornal da CIPE – Ano XI, Número 41/43Outubro/2011 – Setembro/2012

O Jornal da CIPE é o veículo informativo oficial da Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica (CIPE).

RedaçãoRua Cardeal Arcoverde, 1745–bl. A–12º and.–cj. 123–Pinheiros–05407-002–São Paulo (SP)–Tel.: (11) 3814-6947–[email protected] e [email protected]

Diretores ResponsáveisMax Carsalad Schlobach ([email protected]) e Antonio Carlos Moreira Amarante ([email protected])

Jornalista ResponsávelCristiane Collich Sampaio – Mtb. 14 225 ([email protected] e [email protected])

PublicidadeZeppelini Editorial

Produção Gráfica, Editoração Eletrônica e ImpressãoZeppelini Editorialwww.zeppelini.com.br

Tiragem: 1,2 mil exemplaresDistribuição: Nacional

Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica – CIPERua Cardeal Arcoverde, 1745 bl. A – 12º and. – cj 123Pinheiros – São Paulo (SP), CEP 05407-002Tel.: (11) 3814-6947 – www.cipe.org.br – [email protected]

DiretoriaPresidente: Max Carsalad Schlobach (MG); 1º Vice-presidente: José Carnevale (SP); 2º Vice-presidente: João Carlos Ketzer de Souza (RS); Secretário Geral: Alcides Augusto Salzedas Netto (SP); 1º Secretário: Maurício José Lopes Pereima (SC); 2º Secretário: Hélio Buson Filho (DF); 1º Tesoureiro: Nelson Elias Mendes Gibelli (SP); 2º Tesoureira: Marianne Weber Arnold (PE); Diretora de Patrimônio: Marcia Emília Francisco Shida (SP); Diretor de Publicações: Antonio Carlos Moreira Amarante (PR); Diretor de Relações Internacionais: Kleber Moreira Anderson (RJ).

Conselho FiscalMembros Titulares: Paulo Roberto Pepe Serra (BA), Roberto Antonio Mastroti (SP) e Wilberto Trigueiro (PB).Membros Suplentes: Marco Aurélio Barbieri Ferreira (ES), Geraldo Marcos Faria (MS) e Antonio Aldo Melo Filho (CE).

Departamento de Cirurgia Pediátrica da Associação Médica Brasileira (AMB)

Os artigos assinados não traduzem necessariamente a opinião deste jornal, cabendo aos autores a responsabilidade pelos respectivos conteúdos.

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ESPECIAL 3

Eventos atraem o interesse e refletem o dinamismo da especialidadeEm outubro de 2011, três expressivos eventos permitiram a troca de experiências e o debate de novas práticas em Cirurgia Pediátrica, além de dar o devido relevo ao aperfeiçoamento do ensino da especialidade no Brasil

Na solenidade de abertura, (da esq. para a dir.) os presidentes da CIPE, da CIPESP e do congresso paulista, respectivamente, Drs. Max Schlobach, Vicente Gerardi e Humberto Salgado Filho, destacaram a importância dos eventos e desejaram a todos o máximo aproveitamento.

Entre outubro de 2011 e abril de 2012, a CIPE ofereceu importantes eventos aos especialistas e residentes de Cirurgia Pediátrica. No ano passado, colaborou na organização e realização do congresso paulista, desenvolveu a jornada de residentes e, também, o segundo simpósio das ligas acadêmicas. No primeiro semestre deste ano, participou ativamente na preparação dos módulos sobre a especialidade apresentados no I Congresso de Especialidades Pediátricas do Hospital Sabará. Na medida do possível, a entidade vem se empenhando para organizar ao menos um fórum científico de âmbito nacional por semestre, visando a atualização permanente de seus associados.

Do dia 12 ao dia 14 de outu-bro, as instalações do São

Paulo Center Eventos, em São Paulo (SP), foram ocupadas por convidados e pelos mais de 250 inscritos, entre cirurgiões pedi-átricos, acadêmicos e residentes da especialidade, que participa-ram do VIII Congresso Paulista de Cirurgia Pediátrica, da III Jornada Brasileira de Residentes de Cirurgia Pediátrica e do II Simpósio das Ligas Acadêmicas de Cirurgia Pediátrica.

Os eventos, cada qual com um foco distinto, foram pro-movidos conjuntamente pela CIPE e pela Associação Paulista de Cirurgia Pediátrica (CIPESP), com a organização da Lúmina Eventos, oferecendo aos partici-pantes um panorama abrangen-te e atual da especialidade.

A programação do congres-so paulista esteve concentrada no tratamento cirúrgico do re-cém-nascido, incluindo as mal-formações de diferentes nature-zas, e teve como conferencistas internacionais os Drs. Jacob Langer, de Toronto (Canadá), e Juan Tovar, de Madri (Espanha).

O programa dos eventos di-recionados aos residentes teve espectro mais amplo. Além de abordar novos conceitos e

técnicas relacionados à Cirurgia Geral Pediátrica, à Cirurgia Pediátrica Oncológica, Torácica, Urológica e Colorretal, também enfocou ética e procedimen-tos acadêmicos relacionados à pesquisa e à produção de tra-balhos científicos. O Dr. Sylvio Lipovsek, professor e chefe do departamento de Cirurgia Infantil da Universidade de Maribor, na Eslovênia, trou-xe para a jornada e o simpósio informações sobre o ensino da especialidade em seu país e em toda a Europa.

Ao idealizar o perfil dos eventos, as comissões orga-nizadora e científica procura-ram definir uma programação que contemplasse os interesses

do público-alvo, criando um ambiente propício à atualiza-ção profissional, à troca de in-formações, ao aprendizado e à confraternização.

A Comissão Nacional de Acreditação (CNA) concedeu 15 pontos para a revalidação do título de especialista aos ci-rurgiões pediátricos inscritos no congresso. Para os neona-tologistas, a presença no even-to contou 3,5 pontos e para os especialistas em Pediatria, Medicina Intensiva, Nefrologia e Cancerologia Pediátrica, um ponto.

PremiaçõesNo congresso paulista, entre

os diversos temas livres apre-sentados, o trabalho dos pes-quisadores da Universidade de Campinas (UNICAMP), coorde-nados pelo Dr. Lourenço Sbragia Neto, ganhou destaque. O estu-do, intitulado Avaliação do tra-tamento com S-nitrosoglutationa e hidrogel de P (NIPAAm-co-AAc) das alças intestinais fe-tais no modelo experimental de gastrosquise, foi o vencedor do Prêmio Prof. Virgílio Alves de Carvalho Pinto. Além do diplo-ma, o Dr. Lourenço também re-cebeu como prêmio a inscrição no XXXI Congresso Brasileiro de Cirurgia Pediátrica, em 2012.

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ESPECIAL4

O estudo coordenado pelo Dr. Lourenço Sbragia Neto foi o vencedor do Prêmio Prof. Virgílio Alves de Carvalho Pinto.

Placa de homenagem oferecida pela CIPE ao Dr. Plínio Campos Nogueira.

A comissão científica, que também foi responsável pela análise dos trabalhos, foi for-mada pelos Drs. Joaquim M. Bustorff, Pedro Muñoz, José Luis Martins, Uenis Tannuri e Roberto Antonio Mastroti.

Também na jornada de re-sidentes ocorreram premiações de temas livres. Entre os 23 tra-balhos apresentados, três foram selecionados. O primeiro colo-cado, de autoria da Dra. Talita Picinin Amianti, do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, de São Paulo (SP), intitu-lado Fetus-in-fetu (com dois fetus no abdome): relato de caso, rece-beu como prêmio a viagem, es-tadia e inscrição no Congresso da CIPESUR, realizado em no-vembro de 2011, no Uruguai. O tema Apendicectomia video-assistida com portal único tran-sumbilical em crianças: experiên-cia, apresentado pela Dra. Ana Paula da Hora Paz Santos, do Hospital da Criança – Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), de Salvador (BA), obteve a segun-da colocação, recebendo como prêmio um exemplar da mais recente edição do livro Pediatric Surgery. O terceiro prêmio – ins-crição para os congressos brasi-leiros da especialidade de 2012, em Belém (PA) – coube ao tra-balho Reoperação pós-abaixa-mento endoanal na Moléstia de Hirschsprung: indicação e técnica, desenvolvido pela Dra. Roberta Figueiredo Monteiro, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de

Medicina da Universidade de São Paulo (ICr-HC da FMUSP).

A comissão julgadora dos trabalhos foi integrada pelos Drs. Átila Reis Victoria (MG), José Bahia Sapucaia (BA), José Carnevale (SP) e Giovanni Capellano (SP). A comissão cien-tífica da jornada de residen-tes foi composta pelos Drs. José Carnevale (Urologia), Antonio Marcos Rodrigues (Oncologia) e Uenis Tannuri (Ensino) e presidi-da pelo Dr. José Roberto de Souza Baratella. A Dra. Maria do Socorro Mendonça de Campos (BA), res-pondeu pela coordenação do II Simpósio das Ligas Acadêmicas de Cirurgia Pediátrica.

Na oportunidade a CIPE ho-menageou o Dr. Plínio Campos Nogueira, oferecendo-lhe uma placa em que foi destacado seu pioneirismo na implantação da residência médica em Cirurgia Pediátrica no estado de São Paulo.

AvaliaçõesNa avaliação do Prof.

Baratella, esta jornada, a exem-plo das anteriores, foi muito produtiva. Segundo ele, “mui-tos palestrantes, de fora do es-tado de São Paulo, vieram à jor-nada por sua própria conta, atendendo ao convite da CIPE, sem custos para a associação, o que mostra o elevado espíri-to de colaboração e amizade do grupo. O nível das apresenta-ções foi muito alto, a sala este-ve, por vezes, lotada, apesar de a jornada se realizar em para-lelo ao congresso paulista, que

trouxe convidados internacio-nais. Houve acentuada partici-pação das ligas acadêmicas, no-tadamente, da LACIPE Bahia, que compareceu em peso ao evento”.

O Dr. Sylvio Lipovsek, da Eslovênia, apresentou aspectos bastante interessantes no to-cante à condução da residência médica em seu país e possibili-tou a troca de experiências com os residentes brasileiros e pre-ceptores, conforme comentou o Prof. Baratella.

“As perspectivas para a quarta jornada de residentes, a se realizar em Salvador (BA), em 2013, são ótimas”, prevê, es-timando o incremento da parti-cipação das ligas acadêmicas.

Apesar de elogiar a qualidade dos trabalhos e a postura profis-sional dos residentes, o Dr. Átila Reis Victoria (MG), integrante da comissão de avaliação dos te-mas livres, observou a ausência de temas de cunho experimen-tal e a participação de residentes de poucos estados. “Além de São Paulo e Bahia, que concentraram o maior número de trabalhos apresentados, com reflexos na premiação, tivemos inscritos dos estados do Paraná, Pernambuco e Rio de Janeiro”, comenta. O Dr. Átila informou que na sele-ção foram usados como critérios, o conteúdo dos trabalhos, a rari-dade dos casos, a qualidade das apresentações, o respeito ao tem-po regulamentar e a produção científica gerada por cada um dos serviços representados.

“Nos eventos, o alto nível das apresentações é algo que deve ser destacado, tanto nas conferências proferidas por palestrantes brasileiros, quanto nas dos convidados internacionais e dos residentes. Apesar de todas as dificuldades na preparação dos eventos, acredito que os objetivos foram alcançados com pleno êxito, inclusive quanto ao número de participantes.”Dr. Max Carsalad Schlobach, presidente da CIPE

“O nível das apresentações foi muito alto. Houve acentuada participação das ligas acadêmicas, notadamente, da LACIPE Bahia, que compareceu em peso ao evento. (...) As perspectivas para a quarta jornada de residentes, a se realizar em Salvador (BA), em 2013, são ótimas.”Dr. José Roberto de Souza Baratella, presidente da jornada de residentes

“Todos os trabalhos apresentados tinham conteúdo muito bom, assim como as exposições. (...) Além de São Paulo e Bahia, que concentraram o maior número de trabalhos, com reflexos na premiação, tivemos inscritos dos estados do Paraná, Pernambuco e Rio de Janeiro.”Dr. Átila Reis Victoria (MG), da comissão de avaliação dos temas livres da jornada

“A qualidade dos trabalhos e das apresentações dos residentes melhorou muito. Isso quanto ao teor científico, casuística e seriedade na abordagem dos temas. Na condição de quase decano da especialidade, vejo a Cirurgia Pediátrica num crescendo, despertando mais interesse entre os jovens médicos.”Dr. José Raimundo Bahia Sapucaia, da comissão de avaliação dos temas livres da jornada

“Nossos congressos evoluem a cada edição, com mais realizações. O apoio recebido fez com que conseguíssemos levar o congresso adiante. O mérito não é só da CIPE e da CIPESP, é de todos. Mas gostaria de salientar que nesse sentido a atuação do Dr. Humberto, como presidente do congresso, foi espetacular. Observamos, também, que todos os convidados, inclusive os estrangeiros, se sentiram à vontade conosco.” Dr. Vicente Gerardi, presidente da CIPESP

“Queria agradecer o apoio recebido da CIPE na realização deste congresso paulista, especialmente dos Drs. Max Schlobach e José Roberto Baratella, e também do Dr. Vicente Gerardi, atual presidente da CIPESP. Gostaria, ainda, de parabenizar o Dr. Lourenço Sbragia Neto, que apresentou o melhor trabalho no congresso.”Dr. Humberto Salgado Filho, presidente do congresso paulista

Novos especialistasApós o encerramento dos eventos, nos dias 15 a 16 de outubro foram realizadas nas dependências da Associação Paulista de Medicina (APM) as provas – escrita e oral – para obtenção do título de especia-lista (TE) em Cirurgia Pediátrica. Os aprovados foram os seguin-tes: Drs. Alexandre Alberto Barros Duarte, Antonio José Gonçalves e Leal, Carlos Augusto L. de Barros Carvalho, Fábio Antonio Perecim Volpe, Fernando Antonio Bersani Amado, Gabriela Nunes de Oliveira Ramacciotti e Gustavo Pileggi Castro.A CIPE dá as boas vindas aos novos especialistas.

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ESPECIAL 5

A descontração caracterizou a solenidade de encerramento, cuja mesa foi constituída (da esq. para a dir.) pela Dra. Maria do Socorro Mendonça de Campos (BA), coordenadora do II Simpósio das Ligas Acadêmicas de Cirurgia Pediátrica, e pelos Drs. José Roberto Baratella, Vicente Gerardi e Humberto Salgado Filho.

No coffee break, momento para contatos, confraternização e para visita aos estandes da feira.

A Dra. Maria do Patrocínio Tenório Nunes, conselheira do Cremesp, apresentou aos residentes palestra sobre ética.

O Dr. Jacob Langer, do Canadá, foi um dos convidados internacionais do congresso paulista.

Ao término da pauta científica do congresso paulista, a diretoria da CIPESP discutiu com associados questões relacionada à entidade, durante assembleia geral.

Tanto a jornada quanto o congresso geraram grande interesse e participação.

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sPara o Dr. José Raimundo Bahia Sapucaia, que igualmen-te integrou a comissão de julga-mento dos temas livres, os re-sultados da jornada refletem o  crescimento do interesse de jovens médicos pela especia-lidade. “Vejo a necessidade  da criação de novas residências nos serviços do país e também a preocupação dos preceptores com o futuro da especialidade”, comentou. Ele acredita que com a melhora da qualidade dos ser-viços e o crescimento do núme-ro de residências, inclusive fora dos grandes centros, os novos residentes poderão ser absor-vidos localmente, sendo desne-cessário seu deslocamento para outras cidades.

Também o congresso pau-lista foi considerado muito po-sitivo na análise de seu presi-dente, Dr. Humberto Salgado Filho. “Tivemos gratas surpre-sas; manifestações dos colegas que nos abordaram nos deram a impressão de que acertamos. Foram grandes conferências, umas mais polêmicas, outras mais suaves. Ocorreram atro-pelos de horário, em função do atraso na chegada ao país do Dr. Jacob Langer, mas nada que te-nha atrapalhado muito”, ava-liou. Ele também se referiu à as-sembleia da CIPESP, ocorrida na tarde do dia 14, que teve boa re-ceptividade e expressivo núme-ro de presentes.

O Dr. Humberto Salgado fez questão de agradecer a todos os que colaboraram na preparação do congresso paulista, entre os quais, os membros da comissão científica, os presidentes da CIPE e da CIPESP, respectivamente, Drs. Max Schlobach e Vicente Gerardi, e o Dr. Baratella. E, ain-da, destacou as importantes contribuições dos conferencis-tas internacionais que partici-param do congresso: o Dr. Juan Tovar, de Madri (Espanha), ci-rurgião com prática inegável, que atualmente desenvolve di-versas linhas experimentais de pesquisa, e o Dr. Jacob Langer, de Toronto (Canadá), com am-pla experiência no tratamento de recém-nascidos e inúmeros trabalhos publicados.

Dr. José Raimundo Bahia Sapucaia integrou a comissão de julgamento dos temas livres da jornada.

Fotos: Cristiane C

. Sampaio/C

IPE e René/Lúm

ina Eventos

Dr. Átila Reis Victoria (MG), da comissão de avaliação dos temas livres da jornada de residentes.

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ESPECIAL6

Diferentes critérios para a certificação de especialistasEntusiasmado com o alto nível da jornada brasileira, convidado da Eslovênia abordou o ensino da Cirurgia Pediátrica na União Europeia

“Essa ideia, de dedicar uma jornada aos residen-

tes de Cirurgia Pediátrica, é ex-celente”, declarou o Dr. Sylvio Lipovsek, professor e chefe do

América Latina, África e Índia, porque muitos países daquele con-tinente permitem o aborto diante de alguns casos. “Técnicas cirúrgi-cas empregadas e equipamentos são similares, uma vez que o inter-câmbio internacional é constante”, complementa.

Nos países da comunidade eu-ropeia os sistemas de ensino da Cirurgia Pediátrica não são unifor-mes. De acordo com declarações do cirurgião esloveno, na formação dos especialistas, há países que ado-tam a residência médica e outros que optam por cursos de especiali-zação, com duração média de seis anos. Mais recentemente, o Comitê Europeu de Especialistas (UEMS) passou a definir padrões para cada especialidade e exames para a con-cessão do título europeu de especia-lista (TE Europeu), aceito nos paí-ses do bloco. “Há a avaliação do país e, depois, a avaliação europeia, com alto grau de exigências”, explica.

Dr. Sylvio Lipovsek, da Eslovênia.

Há vários anos o Dr. Juan A. Tovar, cirurgião pediátrico

do departamento de Cirurgia do Hospital Infantil Universitário La Paz, de Madri (Espanha), vem man-tendo intercâmbio constante com

especialistas brasileiros. Ele foi um dos conferencistas convidados a participar do congresso paulista.

Segundo ele, a Dra. Yvone Vicente, professora e atual chefe da divisão de Cirurgia Pediátrica da

Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMUSP – Ribeirão Preto), traba-lhou no Hospital La Paz por cerca de três anos, na área de pesquisa, e hoje recebe regularmente de seis a oito estudantes, para estágios de um mês em Ribeirão Preto.

O professor considerou o even-to muito significativo, classifican-do como “ótima” a apresentação do Dr. Lourenço Sbragia Neto, citado como exemplo, e avaliando a maio-ria das palestras como muito boa. “O nível de desenvolvimento da Cirurgia Pediátrica brasileira é ele-vado e o número de participantes no evento – cerca de 250 – é muito bom para um congresso regional da especialidade”, avaliou.

Ensinar e aprenderApesar de seus 45 anos de pro-

fissão, o Dr. Tovar vê congressos

como “vias de mão dupla”, nas quais se ensina e se aprende mui-to. No Hospital La Paz dedica--se à grande área da Cirurgia Pediátrica, incluindo as de sepa-ração de gêmeos e ao desenvolvi-mento de diversas linhas experi-mentais de pesquisa.

Em sua participação no even-to, o especialista espanhol abor-dou cinco diferentes temas: aná-lise das diferentes opções de tratamento cirúrgico da enteroco-lite necrosante; malformações das paredes abdominais, inclusive em gêmeos unidos; grandes avanços no tratamento pré-natal e cirúrgi-co da hérnia diafragmática; mal-formações pulmonares e tumores do recém-nascido.

O Dr. Tovar se mostrou satis-feito em estar novamente no Brasil: “Aqui sempre me sinto como se es-tivesse em minha própria casa.”

“O nível de desenvolvimento da Cirurgia Pediátrica brasileira é elevado e o número de participantes (...) é muito bom para um congresso regional.”

Congressos são “vias de mão dupla” O Dr. Juan Tovar, da Espanha, elogiou o congresso e o grau de desenvolvimento da especialidade no Brasil

Dr. Juan A. Tovar, da Espanha.

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“Há gente jovem muito bem formada, capaz de ocupar o lugar de seus

predecessores com o mesmo nível.”

departamento de Cirurgia Infantil do Hospital Universitário de Maribord, na Eslovênia. Em suas conferências, apresentadas na jor-nada de residentes, ele discorreu

principalmente sobre malforma-ções anorretais e sobre o ensino da Cirurgia Pediátrica em seu país e na Europa.

Seu intercâmbio com espe-cialistas brasileiros vem de longa data. Assim, ao falar da qualida-de dos eventos, também comen-tou o elevado nível da Cirurgia Pediátrica no Brasil, citando o Dr. Jose Pinus – um dos fundado-res da The World Federation of Associations of Pediatric Surgeons (WOFAPS) –, o Dr. Gilberto Maksoud – “uma lenda” – e o Dr. José Roberto Baratella.

Segundo ele, “há gente jovem muito bem formada, capaz de ocu-par o lugar de seus predecessores com o mesmo nível”, salientou.

DiferençasNa comparação das casuísti-

cas, o Dr. Sylvio revelou que na Europa as malformações graves são menos frequentes do que na

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I Congresso Sabará de Especialidades Pediátricas

Durante esse evento multidisciplinar, realizado em São Paulo, importantes temas foram apresentados e discutidos por experientes especialistas

inscritos, a jornada teve conferên-cias e mesas-redondas voltadas, principalmente, a aspectos cirúr-gicos relacionados à Oncologia, Nefrologia e Urologia Pediátrica, Transplantes, Videocirurgia e Cirurgia Pediátrica geral.

O Dr. Marc David Leclair, pro-fessor de Cirurgia Pediátrica do Centre Hospitalier Universitaire, li-gado ao Hôpital Mère-Enfant de Nantes (França), apresentou confe-rências, abordando tumores pré-na-tais e neonatais e indicações de la-paroscopia em Uropediatria. Além do Dr. Leclair e de palestrantes que atuam em São Paulo, a jornada teve

a participação de outros conferen-cistas: os Drs. Atila Reis Victoria, Moacir Astolfo Tiburcio e Max Schlobach, de Minas Gerais; Eliane Garcez da Fonseca e Paulo Roberto Mafra Boechat, do Rio de Janeiro; e Ubirajara Barroso Júnior, da Bahia.

O Dr. Max Carsalad Schlobach, presidente da CIPE, declarou que a associação foi convidada pela di-reção do Hospital Sabará a cola-borar na preparação do evento. “A entidade se empenhou na ela-boração dos módulos referentes à especialidade, para que o even-to atraísse o interesse de médi-cos, residentes e especialistas, co-laborando para sua formação e atualização”, afirmou. Para ele, o congresso Sabará foi uma oportu-nidade de a CIPE oferecer aos as-sociados um fórum científico no Centro-Sul do país no primeiro semestre de 2012, uma vez que o congresso brasileiro será realizado na Região Norte, em outubro. O Dr. Max e o Dr. Jovelino Quintino de Souza Leão integraram a co-missão científica do congresso.

De acordo com informações dos organizadores, a Comissão Nacional de Acreditação conce-deu número de pontos diferencia-do para a renovação do título dos inscritos, de acordo com a especia-lidade médica. Para os cirurgiões pediátricos o certificado de partici-pação garantiu 10 pontos.

Os Drs. Max Schlobach, Tatiana Cristina Miranda Oliveira, Paschoal Napolitano, Átila Reis Victoria e Manoel Carlos Velhote apresentarem diferentes aspectos da Videocirurgia Pediátrica.

O Dr. Marc David Léclair, da França, apresentou temas relacionados a tumores pré-natais e neonatais e ao uso da laparoscopia em Uropediatria.

A busca por atualização de conceitos e técnicas cirúrgicas, propiciada pelo evento, reuniu jovens e experientes especialistas.

Na solenidade de abertura do congresso, (da esq. para a dir.) os Drs. Max Schlobach, Eduardo Vaz, José Luiz Setubal, Clóvis Constantino e Benjamin Israel Kopelman compuseram a mesa.

Abrindo o evento, a ex-ministra Marina Silva e o economista Eduardo Gianetti da Fonseca participaram de debate sobre os desafios do desenvolvimento sustentável.

Na abertura oficial

A abertura oficial do congresso foi realizada na noite do dia 19. A cerimônia foi comandada pelo Dr. José Luiz Egídio Setubal, pre-sidente da Fundação Hospital Infantil Sabará, que convidou, além do Dr. Max Schlobach, os Drs. Eduardo da Silva Vaz, presi-dente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Clóvis Francisco Constantino, presidente da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) e Benjamin Israel Kopelman, um dos fundadores do HIS, para compor a mesa.O Dr. Setubal apresentou a retros-pectiva dos 50 anos da instituição, iniciada em 1962, como pronto--socorro 24h, algo “inédito” na

época, segundo ele. Hoje o hos-pital é um centro de excelência, apto a realizar exames e cirurgias complexas, contando com equipa-mentos de última geração, atendi-mento humanizado e garantindo respeito aos profissionais.O presidente da CIPE agrade-ceu o convite para colaborar na

organização do evento, avaliando que “o congresso dá oportunidade de integração dos especialistas das diferentes áreas pediátricas”.Após as manifestações dos de-mais integrantes da mesa, foi exibido um vídeo retratando a trajetória da instituição e os presentes foram convidados a

participar do debate sobre Os desafios do desenvolvimento sus-tentável, que teve como pales-trantes a ex-ministra Marina Silva e o economista e professor Eduardo Gianetti da Fonseca, do show com o grupo Pitanga em pé de amora, que o seguiu, e para o coquetel de confraternização.

Do dia 19 ao dia 21 de abril, no Maksoud Plaza Hotel, em São

Paulo (SP), foi realizado o I Congresso Sabará de Especialidades Pediátricas. O evento, que integrou as comemo-rações do cinquentenário do Hospital Infantil Sabará (HIS), contou com a ativa colaboração da CIPE.

O congresso foi concebido a par-tir de um prisma multidisciplinar e procurou abordar com profundida-de a vasta gama de assuntos, de dife-rentes especialidades ligadas à saúde da criança e do adolescente.

A Jornada de Cirurgia Pediátrica integrou a programa-ção do congresso. Com cerca de 40

Fotos: Cristiane C

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Este ano, a abertura oficial do VI Mutirão Nacional de Cirurgia da

Criança foi realizada em São Paulo (SP), no Hospital Estadual Vila Alpina (HEVA). Depois de visita às instalações da instituição voltadas especialmente às crianças, o presidente da CIPE, Dr. Max Schlobach, participou do café da manhã de confraternização em companhia da Dra. Daniela Patrícia Palmeira Santos da Cunha, chefe do serviço, de Maria Angela Tomazella, gerente de Relações Institucionais do hospital, da Dra. Patrícia G. Correa,

coordenadora do centro cirúrgico, Natalícia Lacerda, supervisora do cen-tro cirúrgico, bem como dos integran-tes das equipes de cirurgia, que, pos-teriormente, se agregaram ao grupo.Na ocasião o Dr. Max Schlobach, fa-lou do desafio que é exercer a Cirurgia Pediátrica em um hospital geral como aquele, destacando a importância do tratamento das crianças de forma di-ferenciada, em ambientes próprios, por cirurgiões pediátricos, anestesio-logistas, enfermeiros e auxiliares espe-cializados. “O mutirão é uma grande

Mutirão Nacional de Cirurgia da Criança amplia sua abrangência em 2012Com quase 800 crianças operadas, este é o segundo maior resultado, desde que, em 2007, anualmente, a CIPE começou a promover mutirões nacionais da especialidade

Com o atendimento a 798 pa-cientes cirúrgicos, com ida-

des variando de poucos dias até 16 anos, este VI Mutirão Nacional de Cirurgia da Criança, ocorrido no dia 18 de agosto, obteve o segun-do melhor resultado desde 2007, quando a CIPE passou a organizar mutirões nacionais, anualmente.

“Apesar do desafio que a orga-nização de uma iniciativa desse por-te representa, pois, além dos cirurgi-ões pediátricos precisa contar com o apoio de outros profissionais e da di-reção dos hospitais, o número de ins-tituições que respondeu ao chamado da CIPE foi bastante expressivo este ano”, avalia o presidente da CIPE, Dr. Max Carsalad Schlobach. Trinta e um serviços, do Distrito Federal e de 14 estados – Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins – colaboraram para o su-cesso desse mutirão.

Ao reduzir e até eliminar as filas de espera por cirurgias pediátricas ambulatoriais nos hospitais parti-cipantes, os mutirões da CIPE tam-bém acabam por abreviar o prazo para a realização de cirurgias mais complexas nesses serviços.

Geralmente os serviços optam por selecionar pacientes que apre-sentam casos cirúrgicos mais sim-ples, como de fimose, hérnias, testí-culos fora do lugar, quadros ligeiros de hipospadias e extração de cis-tos, que não impliquem em inter-nação. Todavia, nada impede que procedimentos mais complexos se-jam efetuados durante o mutirão. No Serviço Pró-Face do Hospital do Círculo, localizado em Caxias do Sul (RS), por exemplo, foram efetu-adas cirurgias maiores e específicas:

seis pacientes com casos de fissu-ras lábio palatinas, exclusivamente, foram operados na data. Na Santa Casa de Misericórdia do Pará, além de cirurgias ambulatoriais, também foram executadas algumas de mé-dia complexidade, o mesmo ocor-rendo no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (ICr-HC-FMUSP), que, além de quatro cirurgias simples, realizou duas de urgência: apendicectomia e laparotomia exploradora.

Baixas e empenhoAlguns serviços fizeram ques-

tão de se integrar ao mutirão, mes-mo tendo de efetuar as cirurgias programadas de forma parcelada ou em outras datas, dadas as con-dições locais.

Apesar do empenho dos cirur-giões pediátricos, três hospitais não conseguiram superar os obstácu-los e tiveram de cancelar sua parti-cipação no mutirão, mesmo com a inscrição confirmada junto à CIPE. Por diferentes razões, o Hospital São Zacharias e o Hospital Cardoso Fontes, ambos no Rio de Janeiro (RJ), e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB-UNESP), no interior paulista, não puderam realizar as cirurgias, conforme haviam previsto.

“Sem desmerecer os demais, gostaria de destacar o despren-dimento e o esforço dos cirurgi-ões pediátricos de Porto Velho, em Rondônia, e de Palmas, que, pra-ticamente sozinhos, acompanha-dos de equipe muito reduzida, le-varam adiante o mutirão em seus respectivos serviços, atendendo, cada qual, a 14 pacientes num úni-co dia”, faz questão de frisar o pre-sidente da CIPE.

Mutirão na mídiaComo nas edições anteriores,

o mutirão de 2012 também cha-mou a atenção da mídia. A par-tir de notas enviadas pela CIPE, cerca de uma centena de veículos da grande imprensa – rádio, TV, mídia impressa e eletrônica –, as-sim como sites da área médica e de saúde, blogs regionais e mí-dias sociais (Facebook), noticia-ram a iniciativa, dando mais vi-sibilidade ao mutirão, à CIPE e à Cirurgia Pediátrica no país.

Essas mesmas notas tam-bém foram enviadas aos conta-tos dos serviços participantes, para que conhecessem a evolu-ção nacional da iniciativa e, caso

desejassem, utilizassem as in-formações na divulgação local. Nesse aspecto, vale destacar o trabalho realizado pela CIPE-Bahia e pela CIPERJ.

“Gostaria de agradecer à co-laboração de ambas as entidades e, também, da Regional Norte e de todos os cirurgiões pediátri-cos, anestesiologistas, enfermei-ros e outros profissionais que de alguma forma cooperaram para o êxito alcançado este ano”, de-clarou do Dr. Max Schlobach.

A seguir encontra-se a rela-ção dos serviços participantes, distribuídos por estados, e o nú-mero de pacientes atendidos em cada unidade.

A abertura oficial, no Hospital Vila Alpina

As equipes cirúrgicas do Vila Alpina e, ao fundo, Dr. Max, Maria Angela Tomazella e Dra. Daniela Patrícia da Cunha.

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CAPA 9

oportunidade de mostrar isso para a população”, assinalou.Ele agradeceu pelo apoio que a CIPE vem recebendo da instituição e decla-rou: “Saúde pública existe no Brasil. Este é um exemplo de que tratamento de qualidade é possível em uma insti-tuição pública.” Em rápidas palavras, Maria Angela falou da parceria com a CIPE e da importância do empenho da Dra. Daniela para a adesão do hospital aos mutirões da entidade, agradecendo aos profissionais presentes, em nome

da superintendência do Vila Alpina, pela cooperação.O hospital é administrado pelo Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo (SECONCI-SP), uma entidade filantrópica, que tam-bém administra outras unidades pú-blicas de saúde no estado. Atualmente o hospital é acreditado por institui-ções brasileiras, quanto à qualidade das instalações e procedimentos, as-sim como quanto à capacitação dos profissionais, além de já contar com a Acreditação Internacional Canadense.

Estados ServiçosPacientes atendidos

Bahia

Hospital da Criança das Obras Sociais de Irmã Dulce (OSID) – Salvador 27 Hospital Martagão Gesteira – Salvador 24 Centro Pediátrico de Roma (CPR) – Salvador 10 Hospital Octavio Pedreira – Santo Amaro da Purificação 37 Hospital Estadual da Criança (HEC) – Feira de Santana 38

Distrito Federal Hospital Materno-Infantil de Brasília – (IMIB, ex-HRAS) – Brasília 68 Hospital da Criança José Alencar – Brasília 9

Goiás Hospital da Criança – Goiânia 18Mato Grosso Hospital Regional de Rondonópolis – Rondonópolis 10Minas Gerais Santa Casa de Misericórdia – Belo Horizonte 12

Pará Fundação Santa Casa do Pará – Belém 20 Instituto Pobres Servos da Divina Providência (H. Divina Providência) – Marituba 15 Hospital Regional Público do Araguaia (HRPA) – Redenção 20

Paraná Hospital da Criança Prefeito João Vargas de Oliveira – Ponta Grossa 22 Hospital Pequeno Príncipe – Curitiba 36

Pernambuco Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP) – Recife 58Piauí Hospital Infantil Lucídio Portella/Universidade Estadual e Universidade Federal do Piauí – Teresina 51

Rio de Janeiro

Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (HFSE) – Rio de Janeiro 23 Hospital São Zacharias – Rio de Janeiro (cancelado) Hospital Cardoso Fontes – Rio de Janeiro (cancelado) Hospital dos Plantadores de Cana – Campos dos Goytacazes 54 Hospital Público Municipal – Macaé 22

Rio Grande do Norte Hospital Infantil Varela Santiago – Natal 54Rio Grande do Sul Hospital do Círculo (serviço Pró-Face) – Caxias do Sul 6Rondônia Hospital Dr. Marcello Candia, das Irmãs de Santa Marcelina – Porto Velho 14

São Paulo

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB-UNESP) – Botucatu (cancelado) Hospital de Base/Faculdade de Medicina de Rio Preto (FAMERP) – São José do Rio Preto 15 Hospital Estadual Vila Alpina (HEVA) – São Paulo 20 Hospital Santa Casa de Misericórdia – Araçatuba 44 Hospital Santa Casa de Misericórdia – Araras 7 Hospital São Camilo (Santa Casa) – Itu 21 Instituto da Criança do Hospital das Clínicas (ICr-HC-FMUSP) – São Paulo 6 Hospital Regional do Vale do Paraíba – Taubaté 18

Tocantins Hospital Infantil – Palmas 19Total 798

Por meio do site da CIPE é possível conhecer os integrantes de parte das equipes participantes, acessar a maioria das notícias veiculadas sobre o mutirão e ver mais fotos.

Durante o café da manhã, ao lado da Dra. Daniela, Dr. Max elogia a qualidade do hospital e fala da importância do mutirão.

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Uma das equipes do H. Martagão Gesteira e paciente tranquilo.

No centro cirúrgico da Clinica Pediátrica de Roma (CPR). No Hospital da Criança da Irmã Dulce (OSID), equipes satisfeitas.

Como nos anos anteriores, a CIPE-BA se encarregou de coordenar o mutirão no estado. Em 2012 cinco hospitais se engajaram nessa iniciativa da CIPE, dos quais três na capital – Hospital da Criança (OSID), Hospital Martagão Gesteira e Centro Pediátrico de Roma (CPR) –, um em Santo Amaro, o Hospital Octavio Pedreira, e outro, o Hospital Estadual da Criança (HEC), em Feira de Santana. A maioria desses serviços é de tradicionais participantes, mas o CPR, de Salvador, se integrou ao mutirão pela primeira vez e realizou 10 aten-dimentos cirúrgicos. No total, o estado atendeu a 136 crianças.

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A confraternização das equipes com crianças e acompanhantes no H. Federal dos Servidores do Estado (HFSE).

No H. dos Plantadores de Cana de Campos dos Goytacazes, clima de festa para aguardar as cirurgias.

DISTRITO FEDERALAlém do Hospital Materno-Infantil de Brasília (IMIB, ex-HRAS), que no ano pas-sado foi o palco de abertura do V Mutirão Nacional, este ano Brasília contribuiu com um novo serviço. O Hospital da Criança José Alencar, no qual foram ope-radas nove crianças, se somou ao IMIB e juntos atenderam a 77 pacientes no Distrito Federal.

GOIÁS Pela primeira vez, o Hospital da Criança, de Goiânia (GO) aderiu ao mutirão. Dada sua infraestrutura restrita, com dois cirurgiões pediátricos apenas, os 18 pacientes cadastrados foram operados em dias consecutivos, 16, 17 e 18 de agosto.

Depois de um breve intervalo, em 2012, a Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte retornou ao mutirão. No dia 18 de agosto, 15 cirurgias forem efetuadas no serviço, beneficiando 12 crianças.

Dois hospitais do Paraná participaram deste sexto mutirão, atendendo, ao todo, 58 pacientes: o Hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba, onde 36 crian-ças foram operadas, e o Hospital da Criança Prefeito João Vargas de Oliveira, de Ponta Grossa, onde foram atendidos 22 pacientes.

Mais uma vez o Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP), instalado no Recife, foi presença marcante num mutirão da CIPE. Este ano, 58 crianças foram submetidas a diferentes tipos de procedimentos cirúrgicos de caráter ambulatorial.

Sorrisos mostram que o mutirão correu muito bem na Santa Casa de Belo Horizonte.

A equipe no centro cirúrgico do H. da Criança de Ponta Grossa. Cirurgia sem medo faz parte da filosofia do H. da Criança de Ponta Grossa.

A descontração das equipes cirúrgicas do H. Pequeno Príncipe mostra que o mutirão foi um sucesso.

PIAUÍNesta edição, o Hospital Infantil Lucídio Portella, de Teresina, ligado à Universidade Estadual e à Universidade Federal do Piauí, regressou ao muti-rão. Como no dia 16 de agosto foram comemorados os 160 anos de Teresina (PI), houve um feriado prolongado local. Por essa razão, prevendo eventu-al ausência de pacientes e redução do número de funcionários, a direção do hospital julgou prudente adiar o mutirão para os dias 24 e 25 de agosto. Cinquenta e uma cirurgias foram realizadas nesses dois dias.

Três tradicionais serviços fluminenses participaram deste mutirão, tota-lizando o atendimento cirúrgico a 99 pacientes no estado: no Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (HFSE), da capi-tal, foram operados 23; em Campos dos Goytacazes, no Hospital dos Plantadores de Cana, 54, e no Hospital Público Municipal de Macaé, 22 pacientes.

As equipes do IMIP, um dos assíduos participantes do mutirão, operaram 58 crianças.

RIO GRANDE DO NORTENo Hospital Infantil Varela Santiago, situado em Natal, que participou do muti-rão pela primeira vez em 2012, foi realizado o atendimento de 54 crianças. As cirurgias de maior incidência foram de hérnia inguinal, seguidas das de fimose e de hérnia umbilical.

MINAS GERAIS

PARANÁ

RIO DE JANEIRO

PERNAMBUCO

No H. Municipal de Macaé, adereços divertidos e sorrisos para divertir os pacientes que aguardam os procedimentos.

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No H. Regional Público do Araguaia, o mutirão transcorreu em clima descontraído.

Equipes e pacientes posam para foto no ICr-HC-FMUSP.

Na brinquedoteca do HEVA, pacientes aguardam a alta médica.

A Santa Casa de Araçatuba, também “debutando” no mutirão, atendeu a 44 crianças, em duas etapas.

No centro cirúrgico do H. Regional de Rondonópolis.

MATO GROSSOPara os excelentes resultados deste sexto mutirão, o Hospital Regional de Rondonópolis contribuiu com o aten-dimento de 10 crianças com casos cirúrgicos.

Um novo serviço do Pará aderiu ao mutirão deste ano. No Instituto Pobres Servos da Divina Providência (H. Divina Providência), localizado em Marituba, foram operadas 15 crianças. Esse número, somado aos 20 pacientes subme-tidos a cirurgias na Santa Casa de Misericórdia do Pará, de Belém, e aos 20 operados no Hospital Regional Público do Araguaia (HRPA), de Redenção, totalizaram 55 atendimentos cirúrgicos no estado.

Na Santa Casa, pacientes e familiares aguardam as cirurgias.

A equipe da Santa Casa do Pará, tradicional participante dos mutirões da CIPE.

Dezenove crianças foram operadas, em duas fases, no H. Infantil de Palmas.

TOCANTINSCom um dos cirurgiões pediátri-cos afastado do serviço, em licen-ça médica, a diretora do Hospital Infantil Público de Palmas teve de distribuir as cirurgias agendadas em dois dias, efetuando, sozinha, 19 procedimentos, em 14 crian-ças, no dia 18, e outras cinco no dia 21 de agosto.

Felizmente, este ano, o estado paulista deu uma significativa contribuição para os resultados do mutirão, com a adesão de maior número de serviços, levando a um total de 131 crianças e adolescentes atendidos. Além do ICr-HC-FMUSP e do Hospital Estadual Vila Alpina (HEVA), tradicionais participan-tes instalados na capital, nesta sexta edição ocorreu a integração do Hospital de Base/Faculdade de Medicina de Rio Preto (FAMERP), de São José do Rio Preto, que atendeu a 15 pacientes; do Hospital Santa Casa de Misericórdia, de Araçatuba, em que foram operadas 44 crianças; do Hospital Santa Casa de Misericórdia, de Araras, com sete pacientes operados; do Hospital São Camilo (Santa Casa), de Itu, com 21 crianças operadas; e do Hospital Regional do Vale do Paraíba, de Taubaté, no qual 18 pacientes foram subme-tidos a procedimentos cirúrgicos.No Vila Alpina, o mutirão ocorreu em dois dias: sete crianças com casos mais complexos foram operadas no dia 17 e outras 13, na maioria casos de fi-mose, foram atendidas no dia seguinte. Da mesma forma, a Santa Casa de Araçatuba, no interior do estado, realizou o mutirão em duas fases – em abril, com a operação de 37 crianças, e no dia 8 de agosto, quando outros sete pacientes foram submetidos a cirurgias –, pois não pôde adequar sua agenda à data definida pela CIPE. Ao todo, 44 crianças foram submetidas a 47 pro-cedimentos cirúrgicos.

RIO GRANDE DO SULSeis cirurgias para correção de fissuras lábio palatinas em crianças fo-ram realizadas no Serviço Pró-Face do Hospital do Círculo, localizado em Caxias do Sul, inaugurando a participação do serviço em mutirões da CIPE.

Juntas, as equipes do H. São Camilo, de Itu, e da Santa Casa de Araras, que participaram pela primeira vez, operaram 28 pacientes.

Tamanho não é documento. Foi o que mostrou a diminuta equipe do H. Dr. Marcelo Candia, que operou 14 crianças neste mutirão.

RONDÔNIAA reduzida equipe do Hospital Dr. Marcello Candia, das Irmãs de Santa Marcelina, situado em Porto Velho, venceu o desafio de operar 14 crianças num único dia. A equipe foi formada por um ci-rurgião pediátrico, um anestesio-logista e uma enfermeira, a chefe do centro cirúrgico.

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PANORAMA12

BRASÍLIA/DF

Clínica Dia Pediátrica é inaugurada no HRAS

No final de janeiro, o Hospital Regional

da Asa Sul (HRAS), no Distrito Federal (DF), ga-nhou um espaço espe-cialmente destinado a acolher crianças e adoles-centes que necessitam de tratamento cirúrgico am-bulatorial. A estruturação da Clínica Dia nasceu de uma parceria da Secretaria da Saúde do DF com a Embaixada do Japão e con-sumiu cerca de R$ 40 mil em móveis, equipamentos

e brinquedos.De acordo com a Dra.

Roselle Steenhouwer, co-ordenadora regional de saúde, com a entrada em funcionamento da Clínica Dia, a expectativa é elevar significativamente o nú-mero de cirurgias ambu-latoriais realizadas diaria-mente no HRAS, de oito para 12.

O hospital é referência em cirurgias pediátricas na capital federal. Segundo informações da Secretaria

da Saúde, em 2011 foram efetuados mais de 1,1 mil procedimentos cirúrgicos naquela unidade de saúde.

O HRAS – que mais re-centemente voltou a ser Hospital Materno-Infantil de Brasília (HMIB) – é um dos tradicionais par-ticipantes dos mutirões da CIPE, concentrando o atendimento cirúrgico dos pacientes da região. No mutirão deste ano, 68 crianças foram atendidas. (Veja mais nesta edição)

A equipe.

Instalações mais adequadas aos pacientes pediátricos.

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IRCAD Brasil realiza novos cursos em 2012

O interesse despertado pelo primeiro Curso

Avançado de Cirurgia Pediátrica, realizado em dezembro passado, levou o IRCAD Brasil (unida-de brasileira do Research Institute Against Digestive Cancer) a oferecer duas mo-dalidades de inscricao ao curso deste ano.

Entre os dias 6 e 8 de dezembro, em Barretos (SP), serão realizados o Curso Teórico e o Curso Teórico e Prático de Cirurgia Pediátrica, com custos distintos.

Em sua primeira edi-ção, as 40 vagas foram ra-pidamente preenchidas, mostrando que há grande demanda por programas com esse perfil. Na pro-gramação, está a aborda-gem atualizada de temas concernentes à Cirurgia Pediátrica geral e às técni-cas mais recentes aplicadas no campo da videocirur-gia, abrangendo emergên-cias abdominais, esplenec-tomias, cirurgia das vias biliares e do esôfago, co-lorretais e para correção de anomalias congênitas.

O curso é dirigido pelos Drs. François Becmeur, de Strasbourg (França), e Max Carsalad Schlobach, de Belo Horizonte (MG), presiden-te da CIPE.

O centro de treinamento IRCAD Brasil foi inaugurado em julho de 2011 e integra o complexo do Hospital do Câncer de Barretos.

(Oportunamente, a pro-gramação final e informações sobre as inscrições estarão disponíveis no site IRCAD Brasil http://www.amits.com.br/.)

BARRETOS/SP

LITERATURA CIENTÍFICA

Tido como uma das prin-cipais referências interna-cionais no tratamento das malformações congênitas, notadamente das anoma-lias do trato anorretal, o Dr. Alberto Peña lançou novo livro. Autor de diversas obras científicas voltadas ao tema, em Monologues of a Pediatric Surgeon ele apre-senta suas experiências e

deixa uma mensagem de otimismo para cirurgiões pediátricos e para os fa-miliares de crianças com malformações.Ele nasceu e se graduou no México. Depois do nas-cimento de um filho com uma anomalia congenita, o Dr. Peña decidiu se especia-lizar no tratamento desse tipo de patologia. “Isso me

motivou a me tornar um cirurgião pediátrico e a tra-balhar nessa área”, relata.Há seis anos o Dr. Alberto Peña está na direção do primeiro Centro Colorretal Pediátrico do Cincinnati Children’s Hospital, nos EUA.O livro pode ser adquiri-do por meio do site www.AtlasBooks.com.

Dr. Alberto Peña lança novo livro

Na noite de 25 de abril, foi lançado pela Editora Lacre o livro Alcoolismo - A doença da negação, do Dr. Claudio de Souza Leite. A obra autobio-gráfica traz as experiências do autor com a doença e sua influência nos rumos de sua vida. O evento ocorreu na li-vraria Timbre do Shopping da Gávea, na capital fluminense.

Dr. Claudio de Souza Leite lança obra sobre alcoolismo

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PANORAMA 13

Desde o dia 14 de maio último, o Dr. José Roberto de Souza

Baratella é o representante titular da Associação Médica Brasileira (AMB) na Comissão de Ensino Médico do Conselho Federal de Medicina (CFM).

O professor Baratella presidiu a CIPE na gestão de 2006 a 2008 e, reeleito, dirigiu-a até 2010. Hoje integra a comissão de Ensino e Título de Especialista da entidade (CETE-CIPE), além de representar a América Latina e o Caribe na The World Federation of Associations of Pediatric Surgeons (WOFAPS).

O clínico geral Dr. José Luiz Bonamigo Filho responderá como su-plente da AMB na comissão.

Entre os dias 15 e 18 de no-vembro, foi realizado em

Punta del Este, no Uruguai, o IX Congresso de Cirurgia Pediátrica do Cone Sul da América – CIPESUR 2011. O congresso se desenvolveu nas instalações do Centro de Convenções do Solanas Vacation Club, juntamente com jornadas e cursos de Cirurgia Pediátrica e áreas correlatas.

Entre os temas de destaque tratados nos eventos destacam--se erro médico e segurança do paciente, novas técnicas cirúr-gicas, infecções das partes mo-les, controvérsias em patolo-gías frequentes e cirurgia no pré-termo severo.

Diversos convidados par-ticiparam dos eventos. Entre

BELO HORIZONTE/MG

SÃO PAULO/SP PUNTA DEL ESTE/ URUGUAI

Dra. Isabela e os integrantes da banca examinadora: (da esq. para a dir.) Drs. José Luiz Martins, Edson Tatsuo e Clecio Pizarro.

CIPESUR 2011

Foi com grande tristeza que a CIPE recebeu a notícia do fa-

lecimento do Dr. Primo Curti, aos 93 anos, ocorrido no dia 26 de ju-lho, em São Paulo (SP) em decor-rência de um enfarto.

O Dr. Curti, decano da CIPE, foi homenageado pela instituição me 2010, na primeira reunião do Projeto Memória, pelo papel por ele desempenhado na história da Cirurgia Pediátrica e da sua associa-ção nacional.

A CIPE externa aqui – a fami-liares, amigos e a todos os que tive-ram o prazer de conhecer o Dr. Curti

Em 2010, o Dr. Curti recebeu placa de homenagem do então presidente da CIPE, Dr. José Roberto Barattela.

Fasciotomia Descompressiva em tese de mestrado

No dia 30 de janeiro, a Dra. Isabela Pereira Passos

Quintaes, teve sua tese de mestrado sobre Fasciotomia Descompressiva na Torção do Testículo aprovada jun-to a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (FM-UFMG). Sua tese discorreu sobre trabalho expe-rimental realizado em ratos,

tendo como orientador o Dr. Edson Samesima Tatsuo e como co-orientador o Dr. Danilo Nagib Salomão Paulo.

A Dra. Isabela Quintaes se graduou na Bahia e realizou re-sidência em Cirurgia e Urologia Pediátrica no Hospital Infantil Darcy Vargas. Atualmente, exer-ce a Cirurgia Pediátrica em Vila Velha e Vitoria (ES).

CIPE se despede do Dr. Primo Curti

Dr. Baratella representa AMB no CFM

– seu pesar pela morte do homem e do médico que foi capaz, ético, hu-milde e extremamente dedicado a seus pacientes, que lutou para que a Cirurgia Pediátrica se tornasse a es-pecialidade reconhecida que é hoje.

Ele foi um dos pioneiros a se aprofundar na especialidade no Brasil. Juntamente com o Dr. Virgílio Alves de Carvalho Pinto, buscou cursos e estágios no exte-rior, para adquirir conhecimen-tos específicos, já que nessa época a Cirurgia Pediátrica era geralmen-te exercida por cirurgiões gerais e não havia cursos nesse campo

em escolas brasileiras de medici-na. Também foi o autor do primei-ro livro a abordar a especialidade no Brasil, publicado em 1972.

Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), em 1945, ele se dedicou à área acadêmica da instituição, alcançando a li-vre-docência, além de ter traba-lhado por cerca de 40 anos no Hospital das Clínicas, de onde foi superintendente de 1979 a 1983. Também atuou em prontos-so-corros e dirigiu hospitais públi-cos antes de se aposentar.

eles, os Drs. Carlos Miguelez e José Maria Garat, da Espanha, e George Holcomb, Miguel Castellán, Rafael Gosalbez e Todd Ponsky, dos Estados Unidos.

O Dr. Max Schlobach, pre-sidente da CIPE, que esteve presente ao evento, conside-ra os congressos da CIPESUR uma ótima oportunidade de atualização para os cirurgiões pediátricos brasileiros, espe-cialmente porque se realizam no continente e em anos ímpa-res, alternando-se com os con-gressos nacionais da especiali-dade no Brasil. Na ocasião, foi definido o local do próximo congresso, em agosto de 2013: Bolívia.

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DESTAQUES14

Está em curso o processo eleitoral para a renovação

da diretoria e do conselho fiscal da CIPE para o biênio 2012-2014. As cédulas – en-viadas, por correio, a todos os associados em dia com a te-souraria e aos remidos – terão de ser devolvidas à entidade e estar na sede da CIPE até o dia 11 de outubro, às 18h, para que os votos possam ser computados. O processo de apuração terá início às 10h do dia 17 de outubro, na sede da CIPE. Os resultados serão di-vulgados no site da entidade. (Veja mais detalhes no edital publicado nesta edição e no site da CIPE)

VII Congresso Ibero-americano será no BrasilO Dr. Max Schlobach, presidente da CIPE, foi eleito vice-presidente da sociedade Ibero-Americana de Cirurgia Pediátrica

De 21 a 25 de agosto, foi reali-zado em Cartagena de Indias,

na Colômbia, o V Congresso Ibero-americano de Cirurgia Pediátrica. O evento científico, que ocorreu em paralelo ao XVIII Congresso Colombiano de Cirurgia Pediátrica e ao Encontro Mundial Anual de Área da WOFAPS, abor-dou temas abrangentes dentro da

especialidade, além de discutir o ensino da Cirurgia Pediátrica.

Entre os inúmeros conferen-cistas convidados encontravam-se os Drs. Alberto Peña, Juan Tovar, Luis de la Torre Mondragón, Todd Ponsky e os brasileiros Antonio Carlos Moreira Amarante, Edward Esteves, José Roberto de Souza Baratella e Max Schlobach, presi-dente da CIPE.

Na reunião dos presidentes das entidades filiadas à Sociedade Ibero-americana de Cirurgia Pediátrica, ficou definido que os próximos congressos serão re-alizados em Lima, no Peru, em 2014, e no Brasil, em 2016. Com isso, foram eleitos e tomaram pos-se a Dra. Giovanna Punís Reyes, do Peru, e o Dr. Max Carsalad Schlobach, do Brasil, respectiva-mente presidente e vice-presiden-te daquela sociedade.

Este ano, pela primeira vez em sua história, a CIPE realizará

um congresso nacional na Região Norte do país, facilitando a presen-ça dos cirurgiões pediátricos daque-les estados e dando a oportunidade aos demais participantes de conhe-cerem um pouco das atrações da Amazônia, tanto as culturais quan-to as naturais. Entre os dias 21 e 25 de outubro, nas dependências do Hangar – Centro de Convenções e

Feiras da Amazônia, instalado em Belém, no Pará, será realizado o XXXI Congresso Brasileiro de Cirurgia Pediátrica, em conjunto com o XV Congresso Brasileiro de Urologia Pediátrica, o III Congresso Brasileiro de Cirurgia Pediátrica Videoassistida e, ainda, a II Jornada Brasileira de Transplante de Órgãos em Pediatria. O Dr. Carlos Antonio de Lima Amorim será o presidente de honra do congresso da especialidade.

Entre os temas centrais que se-rão abordados durante os eventos destacam-se Trauma na criança e no adolescente – Escalpelamento, Abordagem nos abusos sexu-ais, Educação continuada virtual, Meningodisplasias e suas altera-ções urinárias, Distúrbios do desen-volvimento do sexo, Videocirurgia urológica, Treinamento em videoci-rurgia pediátrica, Videocirurgia ne-onatal e Limites da cirurgia mini-mamente invasiva.

Seis convidados internacio-nais já têm participação confir-mada em Belém: os Drs. Gordon McKinlay, do Royal Hospital for Sick Children, de Edimburgo (Reino Unido), Todd Ponsky, do University Hospital Case Medical Center, de Cleveland (EUA), Peter Cuckow, do departamento de Urologia do Great Ormond Street Hospital for Children, de Londres (Inglaterra), Miguel Guelfand, da Clinica las Condes, de Santiago (Chile), Carlos Miguelez, de Málaga (Espanha), e Giuliano Testa, de Dallas (EUA).

Temas, inscrições, TE e CNAUma mostra da importância do

evento no panorama regional e na-cional está no significativo núme-ro de trabalhos inscritos. Este ano, o congresso recebeu mais de 120 tra-balhos sobre temas livres, número equivalente ao de inscritos no último

XXXI Congresso Brasileiro recebe número expressivo de inscriçõesAs inscrições para participação no congresso, nos cursos e para a apresentação de temas livres estão abertas

congresso, de Belo Horizonte.A Lúmina Eventos é a empresa

responsável pela organização junta-mente com a diretoria da CIPE. Os congressos de Cirurgia Pediátrica, Urologia Pediátrica e Cirurgia Pediátrica Vídeoassistida serão pre-sididos, respectivamente, pelos Drs. Emanuel Conceição Resque Oliveira (presidente da CIPE da Região Norte), Ronaldo José Alves da Silva e Manoel Eduardo Amoras Gonçalves (vice-presidente da asso-ciação regional).

No dia 21 de outubro, antece-dendo a abertura oficial dos even-tos, serão oferecidos cursos de atu-alização em Cirurgia Pediátrica Geral e Urológica. Após o encerra-mento dos congressos, no dia 26 a Comissão de Ensino e Título de Especialista (CETE-CIPE) aplica-rá as provas – escrita e oral – para a obtenção do Título de Especialista (TE) em Cirurgia Pediátrica.

Na página dos congressos, aces-sível pelo site da CIPE, é possível obter informações detalhadas, tais como o programa preliminar, cur-sos, composição das comissões etc.

O congresso obteve da Comissão Nacional de Acreditação (CNA) a pontuação máxima para a renovação do título de especialista (TE) dos cirurgiões pediátricos par-ticipantes. Para outras especialida-des, consulte o site do congresso.

Eleições na CIPE

A nova diretoria da entidade, eleita na Colômbia .

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DESTAQUES 15

No dia 30 de janeiro, a CIPE completou 48 anos de fun-

dação. Para festejar a data, na manhã do dia 28 foi organiza-da mais uma reunião – a quar-ta – do Projeto Memória, lança-do em 2010 com o objetivo de recuperar a história da Cirurgia Pediátrica no Brasil e de sua enti-dade nacional.

Para o evento, que foi reali-zado no auditório da Associação Médica Brasileira (AMB), além do Dr. José Pinus (que não pôde estar presente), também fo-ram convidados os Drs. Mauro Chrysostomo Ferreira, de Minas Gerais, e Lucio Tedesco Marchese, do Paraná, que apresentaram aos cerca de 15 presentes, relatos so-bre o desenvolvimento da espe-cialidade, da CIPE e das organi-zações internacionais da Cirurgia Pediátrica.

O Dr. Mauro Ferreira foi ho-menageado pela CIPE por seu tra-balho em Minas Gerais, pela pre-sidência do Congresso Brasileiro de 1997 e também por sua atua-ção junto às entidades médicas, incluindo a CIPE.

Ele agradeceu a homenagem, concedida justamente no ano em

que completa 50 anos de formado, sentindo-se “honrado pela presen-ça de amigos, parentes e colegas”.

O paciente em primeiro lugarComentando o nascimen-

to da especialidade e a criação e evolução da associação nacio-nal, destacou a importância de nomes, como o dos Drs. Otávio Vaz e Virgílio Alves de Carvalho Pinto, junto aos quais estagiou. No Hospital Felício Rocho, de Belo Horizonte, chefiou o servi-ço por 28 anos, período em que foram formados 26 residentes. “Para mim, a Cirurgia Pediátrica foi uma opção de vida. Tentei exercer a profissão com digni-dade, procurando sempre traba-lhar em equipe e colocando o in-teresse do paciente em primeiro lugar”, declarou, acrescentando: “Essa vida só foi possível pela re-taguarda que tinha: minha mu-lher e meus três filhos, que me de-ram muito apoio.”

Sua trajetória também marca-da por intensa atuação em entida-des médicas. Além de ter sido se-cretário-geral da CIPE entre 1974 e 1976, foi presidente e vice-pre-sidente da Associação Médica de

Minas Gerais, respectivamente en-tre 1987-88 e 1971-72. Nas gestões 1989-91 e 1991-93 da Associação Médica Brasileira (AMB), atuou como vice-presidente da área de Minas Gerais e Espírito Santo e, entre 1999 e 2002, ainda exerceu a função de diretor de Saúde Pública da entidade.

O presidente da CIPE, Dr. Max Schlobach, que fez sua resi-dência no Hospital Felício Rocho e também teve a oportunidade de aprender com o Dr. Mauro, justifi-cou a homenagem afirmando: “O senhor está aqui por merecimen-to; sua correção, conduta ética e postura foram o melhor que o se-nhor poderia nos ensinar, como residentes e especialistas, junta-mente com as técnicas cirúrgicas.”

CIPE e organizações internacionais

O Dr. Lúcio Tedesco Marchese também foi homena-geado na ocasião. Na verdade, o Dr. Max foi o portador das me-dalhas conferidas ao Dr. Lúcio e ao Dr. José Pinus pela CIPESUR, durante seu último congresso, no qual foram homenageados os fundadores da entidade.

Drs. Mauro Ferreira, José Roberto Baratella, Lucio Marchese e Max Schlobach.

Dr. Lucio Marchese recebeu a medalha da CIPESUR do presidente da CIPE. O homenageado pela CIPE, Dr. Mauro Ferreira, completa em 2012 os seus 50 anos de formado.

Além de participar ativamen-te na construção da associação do Cone Sul da América Latina, o Dr. Lúcio também se dedicou ao desenvolvimento da CIPE: de-sempenhou a função de vice-pre-sidente nas gestões 1982-84, 1988-90 e 1990-92 e de presiden-te entre 1992 e 1994, sendo, na gestão seguinte, encarregado de representar a entidade brasileira na CIPESUR.

Ele, que também foi residente do Dr. Carvalho Pinto, iniciou sua apresentação comentando que no início a Cirurgia Pediátrica se concentrou nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo e já então “os cirurgiões pediátri-cos começavam a atentar para a importância de associações”.

Em meados de 1968, os Drs. Carvalho Pinto, Pinus e Jesus Loyola Solis, do México, deram início aos primeiros passos em di-reção à criação de uma associação pan-americana da especialidade. Mas a entidade, muito ampla, não foi adiante, também em razão da evolução da The World Federation of Associations of Pediatric Surgeons (WOFAPS), criada na década seguinte.

O Dr. Lucio destacou a im-portância do Dr. Pinus na estru-turação da CIPESUR, entidade de contorno mais limitado, que se constituiu seguindo a tendência de criação de sociedades continen-tais. Para ele, o Curso de Vídeo-laparoscopia Pediátrica, organiza-do durante o primeiro congresso da entidade, em 1990, em Foz do Iguaçu (PR), “foi fundamental para derrubar as resistências que havia então e propiciar o desen-volvimento dessa técnica no Brasil e em outros países do bloco”.

Ao finalizar sua exposição, o Dr. Dr. Lúcio Marchese enfati-zou a necessidade de a CIPESUR repensar seus congressos, se es-pelhar na experiência internacio-nal e desenvolver uma publicação científica continental, como a que já é publicada nos países asiáti-cos e pelos EUA, Canadá e Reino Unido, por exemplo.

Depois do debate que se se-guiu, os presentes foram convi-dados a participar de um almoço de confraternização, para cele-brar a data.

Projeto Memória tem sua 4º reunião Homenagens e história marcam 48ª aniversário da CIPE

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SERVIÇO EM FOCO16

Em 1952 era inaugurado na ca-pital cearense o Hospital In-

fantil de Fortaleza (HIF). A inicia-tiva foi considerada pioneira, pois até então não existia no Ceará ne-nhuma unidade hospitalar volta-da exclusivamente para o atendi-mento de crianças e adolescentes. Mas, em 1977, quando a institui-ção foi visitada pelo Dr. Albert Sa-bin e, em sua homenagem, passou a se chamar Hospital Infantil Al-bert Sabin (HIAS), sua infraestru-tura ainda era muito limitada, com capacidade de internação de apenas 20 crianças.

Este ano, ao completar seu 60ª aniversário, o HIAS é uma referên-cia no Nordeste: é o único hospital público exclusivamente pediátrico do estado do Ceará, que, além dos pacientes locais também absorve a demanda de estados vizinhos.

A instituição – cuja direção ge-ral, nos últimos anos, tem esta-do a cargo do cirurgião pediátrico Dr. Francisco Walter Frota de Pai-

va – dispõe atualmente de 267 lei-tos hospitalares, dos quais 132 clí-nicos, 69 cirúrgicos, 41 de terapia intensiva e 23 de médio risco neo-natal, bem como outros 22 volta-dos ao atendimento do hospital-dia e 60 leitos domiciliares.

De acordo com informações do hospital, em 2011 foram realiza-dos 6.268 procedimentos nas seis salas do centro cirúrgico e quase 9 mil internações. Hoje, o HIAS pos-sui mais de 2 mil colaboradores, dos quais 494 são médicos.

Nasce o departamentoO Dr. Antônio Aldo Melo Fi-

lho, atual vice-presidente da CI-PE-CE, que no início deste ano passou a coordenar o serviço de Cirurgia Pediátrica do HIAS, de-clara que “o serviço realiza os mais diversos procedimentos ci-rúrgicos, notadamente os de mé-dia e alta complexidade, com corpo clínico integrado por 22 ci-rurgiões pediátricos”.

Ele relata que em 1976 o em-brião do serviço de Cirurgia Pediátri-ca do HIAS começou a se desenvol-ver como um departamento clínico, por iniciativa do Dr. Luiz Carvalho de Souza. Em 1968, após formação no Hospital dos Servidores do Es-tado do Rio de Janeiro e a obtenção do título na especialidade, ele retor-nou a Fortaleza. Dez anos depois, em 1978, o serviço foi oficialmente implantado, contando com peque-na equipe médica. Além do Dr. Luiz Carvalho na chefia, somente dois outros cirurgiões a integravam: os Drs. João Fortes de Siqueira Filho e Augusto César Gadelha de Abreu. O Dr. César Abreu relata que à época, “não havia especialidades pediátri-cas, mas apenas a Pediatria Geral e a Cirurgia Pediátrica; também não ha-via UTI e as operações eram realiza-das em apenas duas salas cirúrgicas”.

EvoluçãoO Dr. Luiz Carvalho permane-

ceu no HIAS até março de 1989,

quando foi sucedido pelo Dr. Cé-sar Abreu na chefia do serviço. O novo responsável pela Cirurgia Pe-diátrica do HIAS – que havia reali-zado sua formação na área no Hos-pital de Base de Brasília entre 1972 e 1973  –  assume suas funções já contando com uma equipe de sete cirurgiões e, graças ao programa de residência médica iniciado naquele ano, constrói uma geração de cirur-giões pediátricos. Desde 1989, 17 cirurgiões pediátricos foram forma-dos no HIAS.

Mas, muito antes de assumir a condução do serviço, o Dr. César Abreu já havia dado uma importan-te contribuição à evolução da ins-tituição. Em 1978, com o apoio da direção, criou o serviço de Oncolo-gia Pediátrica que, com o passar do tempo transformou-se em um ser-viço de referência em Onco-hema-tologia Pediátrica no Norte/Nor-deste do país.

Segundo o Dr. Aldo Melo, em 2010, como fruto dessa iniciati-va, foi inaugurado novo anexo do HIAS – o Centro Pediátrico do Cân-cer – que, equipado com UTI espe-cífica e dispondo de infraestrutu-ra para tratamento quimioterápico, passou a centralizar as internações das crianças com câncer. “Nova am-pliação está em fase de planejamen-to para levar ao mesmo prédio as ci-rurgias oncológicas pediátricas de média e alta complexidade”, com-plementa.

Um ano depois da instala-ção do Centro Pediátrico do Cân-cer, nova unidade especializada foi inaugurada no HIAS. O Núcleo Es-pecializado em Tratamento Infan-til de Incontinência Fecal (NETIF), sob a coordenação do cirurgião pe-diátrico Dr. João Henrique Freitas Colares, foi concebido dentro dos padrões e técnicas de tratamen-to desenvolvidos pelo Prof. Alber-to Peña, para o atendimento de pa-cientes portadores desse mal.

No momento, a área física do hospital está em expansão. A pri-meira etapa, ligada à internação, já foi finalizada. Depois de concluí-da sua reestruturação, o HIAS terá sua área construída ampliada de 12 para 40 mil m2 e passará a contar com 444 leitos e um novo centro ci-rúrgico com 10 salas.

Em janeiro deste ano, o Dr. César Abreu decidiu se afastar da

Prédio atual do HIAS, situado na Rua Tertuliano Sales, 544, na Vila União.

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Aos 60 anos, o Hospital Infantil Albert Sabin é referência no NordesteSomente em 2011 foram realizados mais de 6 mil cirurgias. Hoje, o HIAS, que está em fase de ampliação, já dispõe de unidades especializadas em Oncologia e em incontinência fecal

Dr. Luiz Carvalho de Souza, idealizador do serviço de Cirurgia Pediátrica do HIAS.

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SERVIÇO EM FOCO 17coordenação do serviço de Cirur-gia Pediátrica, após 23 anos de in-tensa dedicação. Embora deixe a atividade administrativa, ele con-tinuará a atuar no serviço, par-ticularmente em cirurgias uro-lógicas, visitas na enfermaria, atividades científicas e como con-sultor para casos de maior com-plexidade.

Com sua saída, a coordenação do serviço passou a ser exercida pelo Dr. Aldo Melo, que realiza-ra residência médica e doutora-do na UNICAMP e já integrava a equipe cirúrgica do hospital. Face à sua atividade docente, sua pre-sença visa expandir ainda mais as atividades de assistência e ensino, assim como ampliar as atividades de pesquisa em Cirurgia Pediátri-ca no HIAS.

Ensino e reconhecimentoNo decorrer desses seus 60

anos, o hospital também passou a ter forte presença na área de ensino, seja na graduação, seja na pós-gra-duação latu sensu. Atua em parceira com as principais universidades do estado, como a Universidade Fede-ral do Ceará (UFC), a Universidade Estadual do Ceará (UECE) e a Uni-

versidade de Fortaleza (UNIFOR), recebendo seus alunos de gradua-ção para treinamento. No campo da Cirurgia Pediátrica, mensalmen-te, de 10 a 12 alunos de graduação realizam parte de seu internato em cirurgia no serviço.

O HIAS possui ainda diversos programas de residência médica, incluindo Pediatria Geral e subes-pecialidades e Cirurgia Pediátrica. Atualmente, no programa de Re-sidência Médica em Cirurgia Pedi-átrica, que oferece duas vagas por ano, quatro médicos residentes se encontram em formação.

Dr. Aldo Melo Filho, atual coordenador do serviço.

Dr. Augusto César Abreu com seu filho, Augusto César Abreu Filho, também cirurgião pediátrico, formado pelo pai no Albert Sabin.

O reconhecimento do HIAS pela comunidade pode ser aufe-rido pelos prêmios recebidos pela instituição, especialmente na últi-ma década. Entre eles, Prêmio Na-cional Professor Fernando Figueira (2004); Faixa Ouro no Prêmio Cea-rá Gestão Pública (2009 e 2010) e Prêmio Máximo no Prêmio Ceará de Gestão Pública (2011).

ComemoraçãoEste ano, a instituição organi-

zou um calendário de atividades voltadas à comemoração de seus 60 anos de existência. Como in-forma o Dr. Aldo Melo, entre ou-tras, está prevista a realização do V Congresso do HIAS, de 21 a 24 de novembro próximo, que terá como tema central Atenção segura e hu-manizada: 60 anos de experiência no cuidar da criança. Haverá progra-mação científica diversificada. A de Cirurgia Pediátrica ocupará dois dias e abordará temas atuais den-tro do campo da Gastrenterologia Cirúrgica, Cirurgia Neonatal, Uro-logia Pediátrica e Oncologia Cirúr-gica Pediátrica, com a presença de convidados de fora da instituição. Mais informações estão disponí-veis no site www.hias.ce.gov.br.

No dia 18 de janeiro, o Dr. Augusto César de Abreu foi

homenageado por colegas e pela direção do Hospital Infantil Al-bert Sabin (HIAS). Naquela data, por iniciativa própria, deixava a coordenação do centro cirúrgico do hospital, após 23 anos na fun-ção. Mas o Dr. César continuará trabalhando no hospital.

“Tenho convicção que, nesses anos de coordenação, tive muitos acertos. Quando comecei, éra-mos sete cirurgiões, hoje, somos mais de vinte. Destes, 13 são ex--residentes”, relata.Durante a solenidade, o diretor do hospital, Dr. Walter Frota, en-tregou-lhe uma placa com os se-guintes dizeres: “O HIAS reconhe-

ce e agradece a dedicação prestada às crianças durante seu exercício profissional neste hospital”.O Dr. Aldo Melo, que naquele momento assumia a coordena-ção, espera contar com o apoio de seu predecessor para dar con-tinuidade ao trabalho. “O Dr. Cé-sar criou os alicerces, fez mudan-ças. Tenho muito respeito por

ele”, declarou, acrescentando: “O HIAS não é um hospital de refe-rência no Norte e no Nordeste e um dos melhores do país à toa.”O novo coordenador, que vinha exercendo o cargo de preceptor do Internato em Cirurgia Pedi-átrica do HIAS, é professor da disciplina de Cirurgia Pediátrica na UFC e na UNIFOR.

HIAS homenageia Dr. César Abreu Após 23 anos na coordenação do centro cirúrgico, ao ser sucedido pelo Dr. Aldo Melo, o Dr. César recebeu homenagens da diretoria e de colegas

Em meio a colegas e diretores do hospital, o Dr. César Abreu recebe a placa de homenagem do diretor-geral, Dr. Francisco Walter Frota de Paiva.

Números do HIAS (2011)

6.268 Procedimentos cirúrgicos8.853 Internações56.929 Consultas médicas (Emergência)77.747 Atendimento médico (Ambulatório)112.410 Atendimento outras categorias (Ambulatório)1.031.940 Exames para auxílio no diagnóstico12.494 Quimioterapia

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CIPE INFORMA18

Desde outubro de 2011, tenho a sa-tisfação de ocupar a presidência da AMB, entidade com 61 anos de exis-tência, que congrega as associações médicas estaduais e regionais, além das Sociedades de Especialidade reco-nhecidas no país. É o berço científico da nossa Medicina.Sou um cearense típico, nascido em Crateús, cidade interiorana cortada pelo Rio Poti. Mudei para Fortaleza com 12 anos para estudar e, aos 17, ingressei na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC). Fiz residência médica em Cirurgia Geral e Cirurgia Oncológica no Rio de Janeiro, onde morei por cin-co anos. Retornei ao Ceará para exer-cer minha profissão. Atualmente, ocu-po a Superintendência dos Hospitais Universitários da UFC com muita dis-posição e vontade de ajudar a institui-ção que me fez médico para retribuir um pouco do muito que minha univer-sidade me deu.

Eu e a diretoria assumimos a gestão 2011-2014 da AMB com o compromisso de deixá-la ainda mais forte e represen-tativa da classe médica. Incentivaremos a área científica, a defesa profissional, a boa relação com as entidades médicas irmãs (CFM e FENAM), com os gover-nos, com todos os outros profissionais de saúde e com todos que queiram formar esse batalhão em busca de proporcionar saúde melhor a todos. Fortaleceremos a imagem do médico.Seremos contumazes em buscar a boa formação médica com cursos que capa-citem adequadamente por meio de boas escolas. Precisamos de qualidade na formação, não de quantidade. Damos liberdade a médicos formados fora exercer a Medicina no Brasil sim, mas queremos saber como foram formados e se tem a qualificação para atender bem nossos pacientes. Todavia, ainda exis-tem faculdades de Medicina fazendo o caminho inverso do que seria resguar-dar a segurança da população. Fazer revalidação automática de diplomas de médicos formados no exterior é colocar em risco quem já sofre no dia a dia. Queremos uma residência cujo acesso

priorize o mérito e o conhecimento. Somos favoráveis e defendemos a Estratégia Saúde da Família (ESF), mas precisamos de médicos bem trei-nados na ESF, capazes e preferen-cialmente com residência médica na especialidade. Defendemos a formação correta, boas condições de trabalho e uma carreira de Estado para os locais de difícil acesso e provimento para que fixemos o médico nessas localidades. O marco regulatório da Residência Médica é antigo, não precisamos de modismos ou viéses, especialmente quando se coloca em cheque priorizar o conhecimento, o mérito. Queremos políticas públicas de saúde de médio e longo prazo, duradouras, que não visem somente um manda-to. O Brasil tem recursos para alocar na saúde, o que precisamos é que esta seja priorizada. O governo federal é a instância que mais arrecada, porém vem se desonerando proporcionalmente quando se compara aos investimentos de estados e municípios. Na saúde suplementar, defendemos o respeito à autonomia médica compro-metida com o melhor para o paciente e

com os custos. Precisamos melhorar a remuneração do nosso trabalho assim como discutir performance, mas que seja relacionada aos melhores resulta-dos. Não a pedir menos exames ou não dar a atenção que nossos queridos pa-cientes merecem. Vamos discutir custos sim, evitar diagnósticos e tratamentos desnecessários.A verdade não morre e será nossa busca incessante, sem desvios e sem equívo-cos. Seremos firmes na palavra e não aceitaremos mordaças como tentaram nos colocar recentemente.

Deliberações da diretoriaEm setembro, outubro e no-

vembro de 2011 e nos meses de março e abril de 2012, a diretoria da CIPE realizou reuniões aber-tas, para a discussão e tomada de decisão sobre diversos assuntos.

Aqui, o Jornal da CIPE apre-senta, de forma resumida, os principais pontos da pauta dessas reuniões:• XIVCongressoBrasileirodeUrologiaPediátrica– Discussão do balanço final do evento, reali-zado em junho de 2011, no Rio de Janeiro (RJ).• VIII Congresso Paulista,III Jornada Brasileira deResidentes e o I Simpósio dasLigas Acadêmicas de CirurgiaPediátrica – Definição da data e do local: de 12 a 14 de outu-bro de 2011, no São Paulo Center Eventos, em São Paulo (SP). Posteriormente foi debatido o ba-lanço final dos eventos.• IX Congresso da CIPESUR2011– A diretoria decidiu-se pela participação de representantes da CIPE no evento, que foi realizado

em novembro, em Punta del Este, no Uruguai.• I Congresso Sabará deEspecialidades Pediátricas – Discussão e definição da progra-mação científica e de conferen-cistas convidados para participar do evento marcado para abril, em São Paulo (SP), e continuidade da parceria entre a CIPE e o Hospital Infantil Sabará.• XXXI Congresso Brasileirode Cirurgia Pediátrica – Definição do local, o espaço Hangar, de exposições, em Belém (PA), discussão e definições so-bre a composição das comissões do evento e de data para conta-tos e reuniões de trabalho de in-tegrantes das comissões cientí-fica e organizadora em Belém. Posteriormente foi decidido o programa de cada um dos even-tos, assim como os procedimen-tos relacionados aos convidados estrangeiros.• SafeKids– Em apoio à iniciati-va da Safe Kids Brasil, relacionada à proibição da venda de álcool líquido,

a diretoria considerou necessária a discussão da proposta com um par-lamentares da Câmara e do Senado Federal, a fim de dar o correto enca-minhamento à questão.• RegistrodamarcaCIPE – A diretoria aprovou consulta a ad-vogado especializado para pro-mover o registro da marca CIPE junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).• VI Mutirão Nacional deCirurgia daCriança – Nas reu-niões de junho, julho e agosto, fo-ram apresentados relatórios sobre a evolução das adesões.• Anuidade2012– Foi estipula-do valor de R$ 323,00 para a anui-dade dos associados em 2012, com cobrança prevista para maio. Na reunião de julho, os presentes fo-ram informados que a CIPE já havia recebido mais de 400 anuidades.

Além dos assuntos já citados, a diretoria ainda discutiu a par-ticipação da CIPE em congres-sos internacionais e também jun-to à WOFAPS, a continuidade do Projeto Memória e se dispôs a via-bilizar estudo para consultoria de marketing para a entidade.

Entre setembro de 2011 e agosto de 2012 a CIPE, du-rante as reuniões de diretoria, teve o prazer de acolher doze novos associados. São eles os Drs. Adriano Pádua Reis, Alexandre Alberto Barros Duarte, Alfredo Nazir Abud Neto, Bernardo Almeida Campos, Camila Michelan de Almeida, Carlos A. Leite B. Carvalho, Fernando Antonio Bersani Amado, Gustavo Pileggi Castro, Henrique de Mattos Canto, Rita de Cássia Fernandes Simões, Sandra Rosa Teixeira e Tatianne Moreira da Costa.

Novos associados

A AMB é de todos os médicos

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Florentino Cardoso, presidente da Associação Médica Brasileira

AGENDA 2012/2013Não deixe de conferir no site da CIPE a agenda com os princi-pais eventos científicos, nacio-nais e internacionais, relaciona-dos à Cirurgia Pediátrica.

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CIPE INFORMA 19

•Políticaseparcerias– Entre as políticas adotadas nos úl-timos anos pela The World Federation of Associations of Pediatric Surgeons (WOFAPS) está o incentivo à evolução da especialidade, principalmente nos países em desenvolvimen-to, e a colaboração com outras entidades mundiais em pro-gramas em benefício da crian-ça, bem como na realização de eventos comuns com orga-nizações afins (International Pediatric Association (IPA), Global Congress for Consensus in Pediatrics & Child Health e International Surgical Week).Ao lado da realização de seus congressos trienais, outro dos atuais objetivos da WOFAPS é o apoio à realização de eventos regionais, como o europeu e o ibero-americano, além de even-tualmente colaborar em outras reuniões científicas, como a que ocorreu em Tusla, na Bósnia, em 2011.O Congresso Ibero-americano de Cirurgia Pediátrica, ocorrido em agosto, na Colômbia, uma re-alização conjunta da Asociación Iberoamericana de Cirugía Pediátrica e da WOFAPS, teve grande participação de confe-rencistas, membros desta últi-ma e vários presidentes de en-tidades nacionais. (Veja mais na seção Destaques desta edição.)• Humanitarian ResponseTaskForce– O terremoto que devastou o Haiti, em janeiro de 2010, levou a WOFAPS a criar a Humanitarian Response Task Force, uma força-tarefa consti-tuída por cirurgiões pediátricos que possa atuar em áreas de ca-tástrofe, como essa. A institui-ção dessa força-tarefa foi uma

sugestão do cirurgião pediátrico norte-americano Henry Ford, que permaneceu por longo pe-ríodo no Haiti, após a tragédia. A CIPE, atendendo ao chamado da AMB na ocasião, se integrou ao esforço humanitário global, selecionando a voluntária Profa. Dra. Márcia Riromi Henna, de São Paulo (Veja reportagem no Jornal da CIPE 34/35).• Centros credenciados –Durante o evento realizado em Tusla, ocorreu reunião do co-mitê executivo da associação mundial, na qual foi aprovada proposta do representante da América Latina e do Caribe, Dr. José Roberto de Souza Baratella, ex-presidente da CIPE, sobre a criação de centros de ensino e treinamento na região, creden-ciados pela WOFAPS. Segundo o Dr. Baratella, o próximo passo é, com a colaboração das socie-dades nacionais da especialida-de, determinar os critérios para o credenciamento desses cen-tros, os quais serão submetidos à entidade mundial para análise e definições.A iniciativa está sendo vista, pela WOFAPS, como um pro-jeto-piloto que, se vitorioso, poderá vir a ser expandido para outras regiões do globo. • Subcomitês – A nova gestão está cuidando da reformulação da estrutura dos subcomitês. A proposta apresentada e aprova-da manteve o científico, dire-cionado especialmente para a organização da parte científica dos congressos, e o educacional, extinguiu o de pesquisa e esta-beleceu os seguintes: webmaster, institutional network, disaster/humanitarian relief e advocacy/public policy.

Centros de Aperfeiçoamento: inscrições abertas

Permanecem abertas as inscri-ções para todos os Centros de

Aperfeiçoamento da CIPE, à ex-ceção do de Cirurgia Pediátrica Urológica, do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), cuja vaga de estágio para 2012 já foi preenchi-da pelo Dr. Niedson Thiago Pereira Cavalcante (PE).

Os estágios são destinados aos profissionais que já tenham concluído seu treinamento em

Cirurgia Pediátrica e que desejam se aperfeiçoar nas técnicas de tra-tamento oferecidas.

O interessado deve encami-nhar seu currículo à sede da enti-dade, pelo email [email protected], indicando os centros de sua preferência, com primeira e segun-da opção.

A relação de todos os Centros de Aperfeiçoamento da CIPE, assim como dos respectivos responsáveis, está disponível no site da associação.

Notícias da WOFAPS

Site divulga associados

Com a remodelação, desen-volvida ainda em 2011, o

site da CIPE ganhou nova fer-ramenta. Além de estar mais abrangente e ágil na divulgação de notícias também passou a prestar um serviço para seus as-sociados e pacientes.

A página de abertura dispõe de espaço para que pacientes (e/ou seus responsáveis) verifiquem se o especialista que os atende é as-sociado da CIPE. Além disso, a pá-gina de Associados, em que estão

relacionados os titulares e parti-cipantes quites com a associação, permite, agora, que se busque o profissional por estado.

O associado poderá usar essa ferramenta para divulgar o en-dereço e telefone de seu consul-tório, celular, email e site. Para isso, basta entrar em contato com a CIPE, por meio do email [email protected] ou pelo telefone (11) 3814-6947, no pe-ríodo da tarde, e informar os da-dos que deseja ver publicado.

Os editores da revista cien-tífica da CIPE, Archives of

Pediatric Surgery, – Profs. Drs. José Luiz Martins (editor-chefe), Carlos Teixeira Brandt (editor-as-sistente) e José Roberto de Souza Baratella (editor-gerente) – infor-mam que o segundo e terceiro vo-lumes já estão sendo entregues pelo correio.

Para facilitar o encaminha-mento de artigos foram feitas alterações nos procedimentos; agora, basta enviá-lo para [email protected].

A mudança se deveu a proble-mas técnicos relacionados à he-meroteca, que dificultaram a co-municação entre os editores e os autores dos trabalhos, atrasando as edições.

CIPE retoma publicação da Archives

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NOTÍCIAS ESTADUAIS20RIO DE JANEIRO/RJ

CIPERJ continua sempre muito ativaAlém de reuniões científicas periódicas, a entidade dá prosseguimento ao programa de cursos, em parceria com o CREMERJ

Em 2012 a CIPERJ está man-tendo sua programação vol-

tada à educação continuada, seja por meio de reuniões científicas bimestrais seja por meio de par-ceria com o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ).

Este ano já foram realizadas quatro reuniões científicas. A pri-meira, ocorrida no dia 30 de janei-ro, teve como conferencista convi-dado o Dr. Jovelino Leão – doutor em Cirurgia e chefe do Serviço de Urologia Pediátrica do Hospital Infantil Darcy Vargas, em São Paulo (SP) –, que apresentou pales-tra sobre Endourologia Pediátrica. Após debate, a Dra. Ana Tereza Vacchiano discutiu um caso clínico com os 15 presentes.

Em 27 de março, com núme-ro semelhante de participantes, o encontro teve palestras sobre Utilização e diferenciais dos mate-riais de drenagem e Má rotação in-testinal, apresentadas, respectiva-mente, pelas Dras. Maria Ribeiro Morard e Adriana Cartafina.

Na reunião de 30 de maio, foi prestada homenagem ao Dr. Claudio de Souza Leite, profissio-nal de grande importância para o desenvolvimento da especialidade no estado. Na ocasião, o Dr. André Almeida, que havia visitado as ins-talações de centros de trauma nos EUA, e o Dr. Eduardo Kannaan, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, abordaram a infraestru-tura disponível no estado e perspec-tivas para o tratamento do trauma.

No dia 30 de julho, o encontro realizou-se no Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), em conjunto com a Sessão de Cirurgia Pediátrica do Núcleo Central do CBC, contan-do com mais de 20 presentes. Na oportunidade, a Dra. Taísa Davaus apresentou palestra sobre Método Radiológico de Avaliação de Obstrução do Trato Urinário e o Dr. Vicente Ramos abordou o tema Radiologia Intervencionista Pediátrica.

Na reunião prevista para 25 de setembro, será realizada a elei-ção da nova diretoria e do novo conselho fiscal da CIPERJ. Na data deverá ocorrer palestra sobre Videocirugia em malformações ute-rovaginais, da Dra. Maria Marcela Bailez, convidada especial da Argentina, chefe do departamento de Cirurgia Pediátrica do Hospital Garrahan de Buenos Aires.

CursosEm março deste ano, no dia

17, foi realizado o IV Curso de

Educação Continuada em Cirurgia Pediátrica CIPERJ/CREMERJ. A iniciativa conjunta reuniu 112 participantes, entre acadêmicos e médicos, na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ).

Após rápida solenidade de abertura, comandada pelas Dras. Vera Lucia Mota da Fonseca, conselheira do CREMERJ, e Lisieux Eyer de Jesus, presiden-te da CIPERJ, teve início a pro-gramação científica. Na ocasião, foram apresentadas pelos Drs. Marcelo Lucchetti e Henrique Cintra e pela enfermeira Eliana Mitsuko Lage, palestras so-bre Queimaduras na Infância, Abordagem Inicial; A Cirurgia Plástica para o Paciente Pediátrico e O Uso de Curativos Interativos em Feridas Cutâneas respectiva-mente. Para o dia 6 de outubro está agendado novo curso. Para mais informações, acesse o site da CIPERJ (www.ciperj.org).

Eleições da CIPE Biênio 2012-2014

EDITAL

Edital de convocação para a eleição dos componentes dos

cargos da Diretoria e do Conselho Fiscal da Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica (CIPE) para o

biênio 2012-2014

O secretário geral da CIPE, Dr. Alcides Augusto Salzedas Netto, no uso de suas atribuições legais e de acordo com o Capítulo 14 dos estatutos, declara aberto a partir de 21 de julho de 2012 o período para inscrição de chapas concorrentes à eleição da Diretoria e do Conselho Fiscal da Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica (CIPE), para o biê-nio 2012/2014.

As chapas concorrentes para os cargos da diretoria deverão ser constituídas por: Presidente, Primeiro Vice-Presidente, Segundo Vice-Presidente, Secretário Geral, Primeiro Secretário, Segundo Secretário, Primeiro Tesoureiro, Segundo Tesoureiro, Diretor de Patrimônio, Diretor de Publicações e Diretor de Relações Internacionais. Estatutariamente, deverão residir na cidade sede da CIPE um dos Vice-Presidentes (caso o candida-to a Presidente não resida em São Paulo), além do Secretário Geral, de um dos Tesoureiros e do Diretor de Patrimônio.

As chapas concorrentes ao Conselho Fiscal deverão ser consti-tuídas por seis membros, sendo três Titulares e três Suplentes.

Só serão aceitos para inscri-ção, em qualquer das chapas, os Associados Titulares em dia com as suas obrigações com a Tesouraria e os Remidos.

A inscrição de chapas deverá ser feita por meio de carta ou fax ende-reçado ao Secretario Geral da CIPE, encerrando-se este prazo às 18h00 de 21 de agosto de 2012.

A eleição será realizada por meio de voto por correspondência. As cédulas serão encaminhadas aos sócios de todas as categorias, que se encontrarem aptos para votar (quites com a Tesouraria), até 11 de setembro de 2012 e deverão ser en-viadas de volta à sede da CIPE até as 18h00 de 11 de outubro de 2012. A apuração dos votos dar-se-á em 17 de outubro de 2012, a partir das 10h00, também na sede da CIPE, em ato público, e será presidida por Comissão Eleitoral designada pela Diretoria.

Este edital será publicado no Jornal da CIPE, no site da CIPE (www.cipe.org.br) e da AMB (www.amb.org.br), além de ser enviado a todos os presidentes das Estaduais/Regional, para ampla divulgação.

São Paulo, 2 de julho de 2012.

Dr. Alcides Augusto Salzedas Netto Secretário Geral

(Da esq. para a dir.) Drs. Henrique Cintra, Lisieux de Jesus, Marcelo Lucchetti e a enfermeira Eliana Lage debatem com a plateia lotada no encerramento do IV Curso de Educação Continuada em Cirurgia Pediátrica CIPERJ/CREMERJ

Julio

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PORTO ALEGRE/RS

CIPE-RS apoia simpósio internacional do HCPAO evento, que durou dois dias, teve como foco as cirurgias de vias aéreas e de tórax

Nos dias 22 e 23 de novembro de 2011, foi realizado VI Simpósio

Internacional de Cirurgia Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O evento, que contou com o apoio da CIPE-RS e a participação de membros da entidade em sua organi-zação, se concentrou sobre aspectos das cirurgias de vias aéreas e de tórax.

Do programa fizeram parte temas como pré e pós-operatório, polissonografia,

broncoscopia, malformações de face e ma-croglossia, corpo estranho em vias aéreas, estenoses traqueais, refluxo gastresofági-co, hérnia diafragmática, anéis vasculares e uso de stents, entre outros.

Dois convidados internacionais apresentaram conferências durante o simpósio: o Dr. Juan L. Antón-Pacheco, chefe da unidade de Vias Aéreas Pediátricas do Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital Universitário

da Universidade de Madrid (Espanha), e o Dr. Michel J. Rutter, professor do Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Universidade de Cincinnati (EUA) e di-retor de Pesquisa Clínica do Cincinnati Children’s Hospital Medical Center.

A iniciativa foi conjunta, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FM-UFRGS) e do Hospital de Clínicas de Posto Alegre.