jornal da cipe - nÚmero 38/40

20
Especial • Cobertura do XIV Congresso Brasileiro de Urologia Pediátrica (pág. 6) • V Mutirão tem repercussão nacional (pág. 10) Destaques • IRCAD agora também no Brasil (pág. 4) Dezembro/2010 - Setembro/2011 – Ano X – nº 38/39/40 – Edição Especial N os dias 12, 13 e 14 de outubro, nas depen- dências do São Paulo Cen- ter Eventos, em São Paulo (SP), serão realizados o VIII Congresso Paulista, III Jornada Brasileira de Resi- dentes e o I Simpósio das Ligas Acadêmicas de Ci- rurgia Pediátrica. Os três eventos, em conjunto, não se destinam apenas à atua- lização dos cirurgiões pedi- átricos no tocante à teoria e à prática envolvidas na sua atividade. Seu público-alvo é mais amplo, abrangendo acadêmicos de medicina, residentes e médicos liga- dos a especialidades próxi- mas. Enquanto o congresso paulista, organizado pela CIPESP, aprofundará o de- bate sobre o tratamento das diferentes patologias dos recém-nascidos, a jornada e o simpósio, estruturados pela CIPE, tratarão de temas ligados à saúde da criança e do adolescente em geral, discutindo conceitos e técni- cas relacionados à cirurgia geral pediátrica, à cirurgia pediátrica oncológica, torá- cica, urológica e colorretal. Ao investir na formação dos futuros cirurgiões, a CIPE também se preocupou em incluir na programação, a discussão dos procedimen- tos acadêmicos concernen- tes à pesquisa e à produção de trabalhos de cunho cien- tífico, entre outros. Além de trazer informa- ções detalhadas sobre es- ses eventos, esta edição também divulga os resulta- dos do V Mutirão Nacional de Cirurgia da Criança, rea- lizado em agosto em todo o Brasil, e a cobertura do XIV Congresso Brasileiro de Uro- logia Pediátrica, ocorrido em junho, no Rio de Janeiro (RJ), entre muitas outras notícias. Cirurgia Pediátrica marca presença Os eventos são destinados à atualização de cirurgiões pediátricos e residentes, porém a programação ampla também vai ao encontro dos interesses de outros especialistas

Upload: webmaster-cipe

Post on 27-Mar-2016

251 views

Category:

Documents


6 download

DESCRIPTION

Jornal da CIPE

TRANSCRIPT

Page 1: JORNAL DA CIPE - NÚMERO 38/40

Especial•CoberturadoXIVCongressoBrasileirodeUrologiaPediátrica(pág. 6)

• VMutirãotemrepercussãonacional(pág. 10)

Destaques• IRCADagoratambémnoBrasil(pág. 4)Dezembro/2010 - Setembro/2011 – Ano X – nº 38/39/40 – Edição Especial

Nos dias 12, 13 e 14 de outubro, nas depen-

dências do São Paulo Cen-ter Eventos, em São Paulo (SP), serão realizados o VIII Congresso Paulista, III Jornada Brasileira de Resi-dentes e o I Simpósio das Ligas Acadêmicas de Ci-rurgia Pediátrica. Os três eventos, em conjunto, não se destinam apenas à atua-lização dos cirurgiões pedi-átricos no tocante à teoria e

à prática envolvidas na sua atividade. Seu público-alvo é mais amplo, abrangendo acadêmicos de medicina, residentes e médicos liga-dos a especialidades próxi-mas. Enquanto o congresso paulista, organizado pela CIPESP, aprofundará o de-bate sobre o tratamento das diferentes patologias dos recém-nascidos, a jornada e o simpósio, estruturados pela CIPE, tratarão de temas

ligados à saúde da criança e do adolescente em geral, discutindo conceitos e técni-cas relacionados à cirurgia geral pediátrica, à cirurgia pediátrica oncológica, torá-cica, urológica e colorretal. Ao investir na formação dos futuros cirurgiões, a CIPE também se preocupou em incluir na programação, a discussão dos procedimen-tos acadêmicos concernen-tes à pesquisa e à produção

de trabalhos de cunho cien-tífico, entre outros.

Além de trazer informa-ções detalhadas sobre es-ses eventos, esta edição também divulga os resulta-dos do V Mutirão Nacional de Cirurgia da Criança, rea-lizado em agosto em todo o Brasil, e a cobertura do XIV Congresso Brasileiro de Uro-logia Pediátrica, ocorrido em junho, no Rio de Janeiro (RJ), entre muitas outras notícias.

Cirurgia Pediátrica marca presença

Os eventos são destinados à atualização de cirurgiões pediátricos e residentes, porém a programação ampla também vai ao encontro dos interesses de outros especialistas

Page 2: JORNAL DA CIPE - NÚMERO 38/40

EDITORIAL

Palavra do PresidenteCaros amigos e colegas de especialidade,

Assim como fiz em meu primeiro discurso ainda na assembleia que elegeu a nova diretoria da CIPE para o biênio 2011/2012, quero novamente agradecer a todos pela confiança em mim depositada para exercer um cargo de tamanha importância. Estar à frente da nossa sociedade, além de muito orgulho, traz de imediato a sensação da grande responsabilidade de representar hoje mais de mil especialistas, cada um com seus anseios e preocupações pessoais, mas todos com o mesmo ideal de proporcionar atendimento de qualidade, com menor sofrimento para os nossos pequenos pacientes.

É, ao mesmo tempo, uma honra e um desafio. Uma honra, porque represento meus colegas e sei da responsabilidade de cada um ao exercer o seu trabalho, responsabilidade da qual nos orgulhamos muito, por saber que trazemos esperança às famílias dos nossos pacientes. E um desafio porque sei das dificuldades pelas quais passamos, enquanto nos consolidamos como especialidade que tem papel fundamental para a população brasileira e que, portanto, deve ser reconhecida pela grandeza equivalente à importância que temos.

Em um país de tão grande diversidade socioeconômica, vivemos realidades bastante diferentes, sendo difícil atingir um padrão de cuidado uniforme nas várias cidades e estados. Ainda assim, mesmo em locais de mais difícil acesso da população ao tratamento adequado e oportuno, graças à dedicação pessoal de cada um, temos sido capazes de atingir resultados que se aproximam das estatísticas mundiais. Somos reconhecidos no exterior, seja quando apresentamos trabalhos em congressos, seja quando somos visitados por professores de outros países, como cirurgiões habilidosos, criativos e capazes de utilizar nossos recursos da melhor maneira possível, mesmo quando esses não estão fácilmente disponíveis.

Por meio deste jornal, do nosso site e do correio eletrônico, vamos informar a todos sobre notícias e acontecimentos relacionados à nossa especialidade, no Brasil e no exterior, favorecendo nossa integração e diálogo, fundamentais para crescermos de forma organizada, planejada e unida. Este será o maior objetivo dos nossos meios de comunicação: além de informar a todos sobre a atualidade da Cirurgia Pediátrica, funcionar como um instrumento de discussão para nossos anseios e propostas, para que possamos chegar a consensos em relação às nossas opiniões. Tenho tido o cuidado de responder pessoalmente a todas as mensagens de nossos sócios enviadas pelo site, com solicitações ou críticas, assim como mensagens vindas de familiares de pacientes, órgãos de imprensa e ao público geral, para esclarecer e divulgar o alcance e os limites da nossa especialidade.

Quando esse jornal chegar às suas mãos, o novo site já estará no ar. Mantivemos a maioria das seções, criamos algumas novas e uma em especial mereceu a nossa maior atenção: publicamos a relação dos sócios participantes e titulares, quites com a CIPE, de uma forma que poderá ser consultada também pelo público em geral, que já frequenta o nosso portal. Teremos a possibilidade facultativa de incluir informações de localização, como email, endereço de consultório e telefone, mas somente após o sócio manifestar por escrito o seu desejo de ter esses dados disponíveis para consulta. Estamos em negociação para disponibilizar aos sócios o acesso eletrônico aos principais periódicos de interesse para a Cirurgia Pediátrica.

Essa será uma das principais metas de meu trabalho à frente da CIPE: promover maior união entre nós, profissionais da Cirurgia Pediátrica, para que possamos planejar metas cada vez mais ousadas, e mais ainda, tentar cumpri-las em prazos cada vez menores. Todos sabemos que sem união é impossível almejarmos prestígio maior tanto dentro da classe médica quanto da sociedade brasileira de uma forma geral. A sede da CIPE sempre estará de portas abertas a todos os nossos membros, para sugestões ou críticas. As reuniões mensais da diretoria nacional são marcadas com antecedência e divulgadas no site, estando abertas a todos os sócios, que podem sugerir temas para a pauta e discuti-los presencialmente.

A questão dos honorários médicos tem que ser constantemente abordada entre nós, seja no âmbito do atendimento ao sistema público, seja no relacionamento com os convênios e seguradoras. Respeitadas as características locais, temos de manter a uniformidade em nossa postura, para valorizar o trabalho do cirurgião pediátrico, em termos de condições adequadas e de remuneração digna. Temos mantido contatos no Ministério da Saúde no que se refere à alta complexidade do SUS e a convicção de que só conseguiremos sucesso se focarmos as nossas solicitações em uma relação de procedimentos que entendemos ser próprios da criança e que exigem a formação específica da nossa especialidade. Para isso, contamos com a ajuda de todos na elaboração dessa relação de patologias e intervenções que merecem ser incluídas nessa categoria.

Nós, cirurgiões pediátricos, fazemos uma enorme diferença em pequenas vidas. Esse é nosso trabalho. E é esse o nosso maior orgulho. E faremos isso de uma forma cada vez mais adequada e bem-feita se formos unidos. Eis um dos papeis dessa publicação: prezar pela nossa integração.

Um bom trabalho e felicidades a todos.

Max Carsalad SchlobachPresidente

Jornal da CIPE – Ano X, Número 38/39/40Dezembro/2010 – Setembro/2011

O Jornal da CIPE é o veículo informativo oficial da Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica (CIPE).

RedaçãoRua Cardeal Arcoverde, 1745–bl. A–12º and.–cj. 123–Pinheiros–05407-002–São Paulo (SP)–Tel.: (11) 3814-6947–[email protected] e [email protected]

Diretores ResponsáveisMax Carsalad Schlobach ([email protected]) e Antonio Carlos Moreira Amarante ([email protected])

Jornalista ResponsávelCristiane Collich Sampaio – Mtb. 14 225 ([email protected] e [email protected])

PublicidadeZeppelini Editorial

Produção Gráfica, Editoração Eletrônica e ImpressãoZeppelini Editorialwww.zeppelini.com.br

Tiragem: 1,2 mil exemplaresDistribuição: Nacional

Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica – CIPERua Cardeal Arcoverde, 1745 bl. A – 12º and. – cj 123Pinheiros – São Paulo (SP), CEP 05407-002Tel.: (11) 3814-6947 – www.cipe.org.br – [email protected]

DiretoriaPresidente: Max Carsalad Schlobach (MG); 1º Vice-presidente: José Carnevale (SP); 2º Vice-presidente: João Carlos Ketzer de Souza (RS); Secretário Geral: Alcides Augusto Salzedas Netto (SP); 1º Secretário: Maurício José Lopes Pereima (SC); 2º Secretário: Hélio Buson Filho (DF); 1º Tesoureiro: Nelson Elias Mendes Gibelli (SP); 2º Tesoureira: Marianne Weber Arnold (PE); Diretora de Patrimônio: Marcia Emília Francisco Shida (SP); Diretor de Publicações: Antonio Carlos Moreira Amarante (PR); Diretor de Relações Internacionais: Kleber Moreira Anderson (RJ).

Conselho FiscalMembros Titulares: Paulo Roberto Pepe Serra (BA), Roberto Antonio Mastroti (SP) e Wilberto Trigueiro (PB).Membros Suplentes: Marco Aurélio Barbieri Ferreira (ES), Geraldo Marcos Faria (MS) e Antonio Aldo Melo Filho (CE).

Departamento de Cirurgia Pediátrica da Associação Médica Brasileira (AMB)

Os artigos assinados não traduzem necessariamente a opinião deste jornal, cabendo aos autores a responsabilidade pelos respectivos conteúdos.

Page 3: JORNAL DA CIPE - NÚMERO 38/40

CAPA 3

Nos dias 12, 13 e 14 de outu-bro, nas dependências do São

Paulo Center Eventos, em São Pau-lo (SP), serão realizados três im-portantes fóruns científicos: o VIII Congresso Paulista de Cirurgia Pe-diátrica, a III Jornada Brasileira de Residentes de Cirurgia Pediátrica e o I Simpósio das Ligas Acadêmicas de Cirurgia Pediátrica.

Os eventos, promovidos con-juntamente pela CIPE e pela As-sociação Paulista de Cirurgia Pe-diátrica (CIPESP), oferecerão aos médicos, residentes e acadêmi-cos um panorama abrangente da especialidade. Enquanto a pro-gramação do congresso paulista terá o recém-nascido como cen-tro das atenções, a jornada de residentes abordará novos con-

ceitos e técnicas relacionados à cirurgia geral pediátrica, à cirur-gia pediátrica oncológica, toráci-ca, urológica e colorretal. Além disso, os presentes também po-derão conhecer e debater os pro-cedimentos acadêmicos relacio-nados à pesquisa e à produção de trabalhos de cunho científico, en-tre outros.

As comissões organizadora e científica têm trabalhado para pre-parar um evento que corresponda às expectativas de todos os partici-pantes, criando um ambiente pro-pício ao aprendizado, à atualização profissional, à troca de informa-ções e à confraternização.

Já foram confirmadas as pre-senças de especialistas internacio-nais renomados entre os conferen-

cistas. Os Profs. Jacob Langer, de Toronto (Canadá), e Juan Tovar, de Madri (Espanha), apresentarão palestras no congresso paulista, enquanto que o Prof. Sylvo Lipo-vsek, da Eslovênia, participará da jornada de residentes.

Pontuação e informaçõesAos cirurgiões pediátricos

participantes do VIII Congres-so Paulista de Cirurgia Pediátri-ca, a Comissão Nacional de Acre-ditação concederá 15 pontos para a renovação do título de especia-lista. Já para os neonatologis-tas a presença no evento valerá 3,5 pontos e para os especialistas em Pediatria, Medicina Intensiva, Nefrologia e Cancerologia Pediá-trica, um ponto.

Para a revalidação do título de especialista, todos aqueles que o obtiveram a partir de janeiro de 2006 têm de, no prazo de cinco anos, acumular 100 pontos, par-ticipando de diferentes atividades de atualização, devidamente cre-denciadas pela CNA, como este evento.

As inscrições antecipadas de-verão ser feitas online, por meio do link dos eventos, disponível pelo site da CIPE www.cipe.org.br. No mesmo endereço também pode-rão ser obtidas informações adi-cionais, como a programação, hos-pedagem etc.

Esses eventos são realizações da CIPE e da CIPESP, organiza-dos com a colaboração da Lúmina Eventos.

São Paulo será sede de importantes eventos científicosO VIII Congresso Paulista, a III Jornada Brasileira de Residentes e o I Simpósio das Ligas Acadêmicas serão realizados de 12 a 14 de outubro

São Paulo - Linha do horizonte

Caio Pimenta - SPTuris - SPTuris

Page 4: JORNAL DA CIPE - NÚMERO 38/40

DESTAQUES4

IRCAD inaugura unidade no BrasilO IRCAD Brasil é um dos mais avançados centros de treinamento em cirurgias minimamente invasivas e robótica do mundo e deverá formar cerca de três mil profissionais por ano

No dia 9 de julho foi inaugura-do o centro de treinamento

IRCAD Brasil. As instalações dessa nova unidade do Instituto de Pes-quisa do Câncer do Aparelho Diges-tivo (IRCAD) – hoje uma institui-ção internacional especializada em cirurgia minimamente invasiva e robótica em diversas especialidades –, construídas ao lado do complexo do Hospital do Câncer de Barretos, no interior paulista, deverão propi-ciar a difusão dos conhecimentos e das técnicas desenvolvidas no insti-tuto entre os cirurgiões brasileiros, incluindo os cirurgiões pediátricos. O primeiro curso de Cirurgia Pediá-trica acontecerá entre os dias 1º e 3 dezembro de 2011.

A cerimônia de inauguração contou com a presença de represen-tantes das empresas que trabalham

em parceria com o instituto, de re-presentantes da área de educação na América Latina, de personalida-des públicas do Brasil e da França, como Arnold Munnich, conselhei-ro em saúde da presidência da Fran-ça, o prefeito de Strasbourg, Roland Ries, e o presidente da Universidade de Strasbourg, Alain Beretz. O presi-dente da CIPE, Max Carsalad Schlo-bach, que é ligado à Universidade de Strasbourg e é professor do IRCAD, também compareceu ao evento.

Conforme declarações do dire-tor do Hospital de Câncer de Bar-retos e presidente do novo centro, Henrique Prata, 30% das vagas se-rão destinadas a médicos do Siste-ma Único de Saúde (SUS), que po-derão fazer os cursos de capacitação gratuitamente. Dessa cota, 50% irão contemplar indicações feitas

pelo Ministério da Saúde e o res-tante pelo governo do estado, par-ceiros na implantação do instituto.

O IRCADO IRCAD foi fundado em 1994

no Hospital Universitário de Stras-bourg, na França. Reunindo labo-ratórios de investigação do câncer digestivo e de robótica, unidades de pesquisa e desenvolvimento e um centro de treinamento de tec-nologia da informação em cirurgia minimamente invasiva, a institui-ção é hoje reconhecida mundial-mente como centro de referência em cirurgia laparoscópica. Em seu foco de atuação está a prevenção do câncer gastrointestinal, a pro-moção do diagnóstico precoce e o desenvolvimento de novas técni-cas terapêuticas.

Dado o sucesso alcançado com a unidade européia, em maio de 2008, foi inaugurado em Taiwan (China) o IRCAD Ásia. O IRCAD Brasil é fruto de parceria com o Hospital do Câncer de Barretos, a Covidien e a Karl Storz Endoskope e é o maior dos três em estrutura.

A estrutura física do IRCAD Bra-sil, com 7,2 mil metros quadrados de área construída, abrange um au-ditório com 130 lugares, voltado ao ensino teórico, prático e telecirúrgi-co supervisionado. Durante os trei-namentos são utilizadas tecnologias avançadas que integram o instituto brasileiro com os centros da França e de Taiwan. Com isso, as aulas são interativas, fato que possibilita que um procedimento realizado em ou-tro lugar do mundo seja estudado no IRCAD Brasil. O instituto é con-duzido por uma equipe multidisci-plinar que inclui engenheiros em ro-bótica, cientistas da computação e cirurgiões.

Como nas outras unidades, também no Brasil os cursos serão caracterizados pela integração dos módulos teóricos e práticos, com transmissão de cirurgias ao vivo, aulas práticas em tecido vivo e pa-lestras com conceituados especia-listas internacionais.

Quando o instituto estiver operando em sua capacidade máxi-ma, o que está previsto para ocor-rer já em 2012, deve chegar a três mil o número de cirurgiões treina-dos por ano.

Informações detalhadas, in-clusive sobre a agenda de cursos programados para este ano, estão disponíveis no site do American Institute of TeleSurgery (AMITS)/IRCAD Brasil (http://www.amits.com.br/) e também no do IRCAD França (http://www.eits.fr).

O IRCAD Brasil ocupa uma área de mais de sete mil metros quadrados, próxima ao Hospital do Câncer de Barretos (SP).

O auditório, com 130 lugares, se destina ao ensino teórico, prático e telecirúrgico. Equipamentos de última geração são usados no treinamento.

Fotos: divulgação

Page 5: JORNAL DA CIPE - NÚMERO 38/40

DESTAQUES 5

IX Congresso da CIPESUROs congressos da Argentina, do Chile, Paraguai e Uruguai, assim como jornadas brasileiras da especialidade, ocorrerão em paralelo ao evento, que também terá cursos de atualização

A organização do IX Congre-so de Cirugía Pediátrica del

ConoSur de América (CIPESUR 2011) está bem adiantada. Este ano, o evento, que ocorrerá entre os dias 15 a 18 de novembro, em Punta del Este, no Uruguai, será realizado conjuntamente com os congressos da Argentina, do Chi-le, Paraguai e Uruguai e com jor-nadas brasileiras da especialidade,

O site da CIPE está de cara nova

O site da CIPE passou por pro-funda transformação. Com

design mais moderno e leve, o novo portal preservou seu conteúdo ori-ginal e agregou ferramentas adicio-nais, como a que permite folhear as edições do Jornal da CIPE, entre outras novidades.Agora, todos os associados em dia com a entidade podem ser encon-trados pelo site. Basta escolher o estado e a tela mostrará a relação de nomes e a categoria (Associado Titular ou Participante). Os associados que desejarem divulgar seu endereço completo, telefones e email po-dem fazê-lo, mediante o envio dos dados para [email protected], solicitando a inclusão.Visite o novo site e dê sua opinião.

NOTAS

assim como com jornadas de en-fermagem e instrumentação vol-tadas à Cirurgia Pediátrica.

O foco temático do congresso estará concentrado sobre técnicas cirúrgicas inovadoras, erro médi-co e segurança do paciente, con-trovérsias em patologias frequen-tes e cirurgia bariátrica pediátrica.

“A organização do evento sele-cionou um belíssimo lugar, o So-

lanas Vacation Club, nos arredo-res do mundialmente conhecido centro turístico de Punta del Este, com espaços amplos, salões, áreas de lazer e para a prática de espor-tes, próximo às praias, que, pela conveniência econômica, possibi-litará a participação de todos os interessados”, salienta o presiden-te da CIPESUR, Dr. Patricio Vare-la Balbontin.

Cursos e convidadosNa programação também está

previsto o desenvolvimento de cursos de atualização sobre cirur-gia minimamente invasiva, abdô-men traumático e patologias não traumáticas e, ainda, cirurgia on-cológica.

Além disso, em 2011, a Socie-dad Iberoamericana de Urología Pediátrica (SIUP) participará do evento. No período do CIPESUR 2011 realizará curso, abordando temas como laparoscopia e robó-tica, técnicas para tratamento de hipospadia, obstruções do trato urinário superior, bexiga neuro-gênica e desordens do desenvolvi-mento sexual, entre outros.

Informações detalhadas so-bre o IX Congresso da CIPESUR, como programação e inscrições nos eventos, opções de hospeda-gem e passeios, estão disponíveis no site www.cipesur2011.com.uy, também acessível pelo portal da CIPE.

Diversos convidados interna-cionais já confirmaram participa-ção no congresso. São eles: Drs. Carlos Miguelez e José Maria Ga-rat, da Espanha, e George Hol-comb, Miguel Castellán, Rafael Gosalbez e Todd Ponsky, dos Es-tados Unidos. 

A CIPESUR é integrada pe-las sociedades nacionais de Ci-rurgia Pediátrica da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai.

Exame para Título de Especialista 2011

Nos dias 15 e 16 de outubro de 2011, logo após o encerra-mento do congresso paulista, da jornada de residentes e do

simpósio das ligas acadêmicas de Cirurgia Pediátrica, serão re-alizadas nas dependências da Associação Paulista de Medicina (APM), as provas – escrita e oral – para obtenção do título de especialista (TE) em Cirurgia Pediátrica.Conforme informações divulgadas no site da CIPE – www.cipe.org.br –, o encerramento das inscrições aconteceu em 30 de se-tembro. Estas foram feitas mediante envio de pedido por escrito à Comissão de Ensino e Título de Especialista (CETE) da CIPE (situada à Rua Cardeal Arcoverde, nº 1.745, bl. A, cj. 123, CEP 05407-002, São Paulo, SP).

Page 6: JORNAL DA CIPE - NÚMERO 38/40

ESPECIAL6

Visão multidisciplinar promove a integração de especialistas A abordagem multidisciplinar, sustentada pela experiência de especialistas nacionais e internacionais, atraiu outros médicos, além dos cirurgiões pediátricos, aproximando profissionais de áreas afins

O XIV Congresso Brasileiro de Urologia Pediátrica, reali-

zado nos dias 3 e 4 de junho, no Centro de Convenções do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), no Rio de Janeiro (RJ), contou com a participação de aproximada-mente 150 inscritos. O congres-so, organizado pela CIPE, ocorreu paralelamente à Jornada Brasil-Canadá de Urologia Pediátrica da CIPERJ. Os eventos contaram com o apoio da Sociedade Brasi-

Plateia atenta e participativa.

leira de Urologia (SBU) e da Socie-dade Internacional de Continên-cia na Criança (ICCS).

Caracterizados por progra-mação ampla e multidisciplinar e contando com expressiva presen-ça de convidados internacionais e brasileiros, os eventos atraíram a participação de muitos médicos li-gados às diferentes especialidades envolvidas, além da Cirurgia Pedi-átrica, como Urologia, Nefrologia e Pediatria.

O programa contemplou con-ferências e debates sobre temas tais como os resultados tardios da cirur-gia para malformações congênitas, a cirurgia reconstrutora de malfor-mações urológicas, a cirurgia onco-lógica, as disfunções do trato uriná-rio e o refluxo vesicoureteral, entre outros.

Vários convidados internacio-nais trouxeram suas contribuições para o debate: o Dr. Christopher Woodhouse, do Institute of Urolo-gy, da University College London (Inglaterra), especializado em uro-logia do adolescente; o brasileiro Dr. João Luiz Pippi Salle, chefe do serviço de Urologia Pediátrica do Hospital for Sick Children, da Uni-versidade de Toronto (Canadá); o Dr. Martin Koyle, chefe da divisão de Urologia Pediátrica do Children’s Hospital & Regional Medical Cen-ter, de Seattle (EUA), voltado à ci-rurgia oncológica; e os Drs. Yves Homsy, do Children’s Hospital, da Flórida (EUA), e Israel Franco, do Lincoln Medical & Mental Health Center, de New York (EUA), reno-mados especialistas no tratamento de disfunções do trato urinário.

Avaliação muito positivaEntrevistada, a presidente da

CIPERJ, Dra. Lisieux Eyer de Jesus, que presidiu a comissão científica e colaborou na organização do even-to, fez questão de agradecer à co-munidade da Cirurgia Pediátrica e da Urologia Pediátrica e a todos os que ajudaram na realização do con-gresso, inclusive às críticas, que “fa-zem rever conceitos e encontrar e corrigir erros”.

Para ela, o evento foi um gran-de aprendizado: “na forma de ava-liações pós-congresso, tivemos grande retorno dos congressis-tas, que elogiaram uniformemen-te o programa científico e nos hon-raram com críticas e sugestões que certamente vão ajudar a fazer ain-da melhores os próximos eventos da CIPE.”

Segundo a Dra. Lisieux, na oca-sião foi possível debater a maior parte dos temas que atualmente preocupam os especialistas, mas ressaltou que “evidentemente, não foi possível esgotar todo o temário da especialidade”.

“O  encontro foi uma excelen-te oportunidade de integração dos

Page 7: JORNAL DA CIPE - NÚMERO 38/40

ESPECIAL 7

As apresentações se sucederam durante os dois dias do congresso, Proporcionando visão panorâmica do tema e aprofundamento das discussões sobre temas controversos.

colegas no Brasil: cirurgiões pedi-átricos, nefrologistas pediátricos, urologistas subespecializados, fi-sioterapeutas atuantes na área de disfunção miccional estiveram pre-sentes. Várias gerações de médicos estiveram juntas, colaborando, con-versando, convivendo”, constatou. Além disso, destacou que os even-tos propiciaram importante troca de experiências entre colegas norte-americanos, europeus, do oriente médio e da América Latina, “num clima de cordialidade e comunhão científica”.

Da mesma forma que a Dra. Lisieux, o Dr. Kleber Moreira An-derson, presidente dos congres-sos, vice-presidente da CIPERJ e integrante da diretoria da CIPE, se mostrou muito animado com os resultados. “No âmbito geral, o congresso foi excelente. A pro-gramação científica foi muito bem trabalhada e os palestrantes es-tabeleceram a ligação com a pla-teia, promovendo um ambien-te informal, que gerou debates de alto nível e importantes para a atu-alização dos médicos presentes”, declarou.

Para ele, também foi muito im-portante a integração e o encon-tro dos cirurgiões e urologistas pe-diátricos, que vieram em grande número ao Rio de Janeiro. “O en-contro de velhos amigos, antigos colegas de trabalho, além das con-versas em intervalos, almoços e no coquetel de abertura e na festa de encerramento foram muito agra-dáveis. É muito legal e importan-te nossa classe ter estes encontros para nos unirmos cada vez mais”, acrescentou.

Diversas empresas contribuí-ram para a realização do congresso, como patrocinadoras e expositoras: Alacer Biomédica, Gimed Materiais Cirúrgicos, Laboriê, Laboratórios Ferring e Promedom Produtos Mé-dico-Hospitalares.

Nos dias 1º e 2, antecedendo os congressos, foi realizada, também no Rio de Janeiro, a IV Bienal Inter-nacional de Urologia Pediátrica do Hospital Municipal Jesus / Univer-sidade do Grande Rio (UNIGRAN-RIO), com a apresentação de casos e a realização de cirurgias ao vivo, com a participação de diversos con-vidados internacionais.

Fotos: Cristiane C. Sampaio/CIPE

Na noite de sábado, dia 4, no Literato Gourmet, em Ipanema, após o encerramento das atividades científicas, foi realizada a festa de confraternização.

Julio Goes/CIPERJ

Page 8: JORNAL DA CIPE - NÚMERO 38/40

ESPECIAL8

Abertura oficial

Na noite do dia 3 de junho, no Centro de Convenções

do Colégio Brasileiro de Cirur-giões (CBC), no Rio de Janeiro (RJ), foi realizada a abertura oficial dos eventos.

Na ocasião, a mesa de honra foi integrada pelos Drs. Kleber Moreira Anderson, presiden-te do congresso; Max Carsalad Schlobach, presidente da CIPE; Lisieux Eyer de Jesus, presi-dente da CIPERJ e da comissão científica dos eventos; e dos Drs. Nilo Leão e Sidney Ferreira, re-presentando, respectivamente, a Sociedade Brasileira de Urolo-gia (SBU) e o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ).

Em rápidas palavras, o Dr. Kleber saudou os presentes e agradeceu nominalmente à Dra. Lisieux, pelo empenho na organização do congresso, e ao Dr. João Luiz Pippi Salle e sua equipe, do Hospital for Sick Children, do Canadá, que vieram espontaneamente, sem ter suas despesas custeadas pela CIPE.

Em seguida, a Dra. Lisieux comentou as dificuldades en-contradas na preparação do evento, especialmente as fi-nanceiras, enfatizou seu cará-ter multidisciplinar e agradeceu a todos os que, de alguma for-ma contribuíram para sua rea-lização.

Após falar da honra que tem de poder presidir a enti-dade e de agradecer aos asso-ciados pela confiança deposi-tada em suas mãos, o Dr. Max comentou a alteração das “fór-mulas” de apresentação aplica-das nesse congresso, em que se procurou explorar as polê-micas que envolvem alguns te-mas, salientando, entretan-to que “é difícil fazer algo que agrade a todos”.

Para o presidente da CIPE “é importante manter um re-

lacionamento aberto com ou-tras especialidades, que fazem intersecção com a Cirurgia Pe-diátrica, como a Urologia Pedi-átrica, a Videocirurgia Pediá-trica, que só pode trazer bons frutos”.

Na cerimônia, ele homena-geou o Dr. Moacir Astolfo Ti-búrcio com uma placa, reco-nhecendo seus esforços para o desenvolvimento da Cirur-gia Urológica Pediátrica, des-de a década de 70. O Dr. João

Luiz Pippi-Salle, também foi ho-menageado por suas grandes contribuições para o desenvol-vimento da Urologia Pediátrica no Brasil e internacionalmente, e recebeu uma placa das mãos do presidente do congresso, Dr. Kleber.

Após a solenidade, os pre-sentes foram convidados a par-ticipar de um agradável coque-tel, servido nas dependências do CBC, ao som de um grupo de chorinho.

Integrantes da mesa de abertura, durante execução do Hino Nacional.

O Dr. Max Schlobach homenageia o Dr. Moacir Tibúrcio.

“É importante manter um relacionamento aberto com outras especialidades, que fazem intersecção com a Cirurgia Pediátrica.”

Page 9: JORNAL DA CIPE - NÚMERO 38/40

ESPECIAL 9

Adolescência, a difícil transiçãoApesar de considerar o tempo escasso, o Dr. Christopher Woodhouse considerou muito bom o nível do congresso e a nova dinâmica aplicada às apresentações

“Dois dias de discussões é pouco tempo para apro-

fundar os principais temas da Urologia Pediátrica, porém con-siderei o nível do congresso mui-to bom”, avaliou o Dr. Christo-pher Woodhouse, do Institute of Urology da University Colle-ge London (Inglaterra), especiali-zado em urologia do adolescente. “Poderíamos passar dois dias dis-cutindo apenas refluxo”, exem-plificou. Todavia, apontou alguns aspectos que foram suficiente-mente explorados, inclusive as controvérsias envolvidas, citan-do, como exemplo, o uso da qui-mioprofilaxia nas malformações Dr. Christopher Woodhouse (Inglaterra)

müllerianas. Ele elogiou a nova fórmula, de expor as diferentes visões sobre um mesmo assunto, ponderando que o resultado do debate depende da forma de con-dução e do grau de conhecimen-to dos participantes.

“(Minha função no congres-so) é explicar aos cirurgiões pe-diátricos o que ocorre quando os pacientes chegam até mim, que sou cirurgião de adolescentes”, disse o Dr. Woodhouse. Ele ilus-trou a questão comentando as di-ficuldades encontradas no acom-panhamento de pacientes com extrofia de bexiga nessa fase de transição.

“(Minha função no congresso é) explicar aos cirurgiões

pediátricos o que ocorre quando os pacientes chegam

até mim, que sou cirurgião de adolescentes.”

O Dr. João Luiz Pippi Salle, chefe do serviço de Urologia

Pediátrica do Hospital for Sick Children, da Universidade de Toronto (Canadá), não poupou elogios ao se referir ao congres-so: “nível excelente, muito am-plo, cobrindo todos os campos e congregando especialistas de diferentes áreas, como Cirurgia Pediátrica, Urologia, Enferma-gem, Fisioterapia e profissionais de diversos países.” Ele também aplaudiu a iniciativa desse pri-meiro encontro Brasil – Canadá, que abre a perspectiva de maior intercâmbio entre os dois paí-ses, e a forma de organização das apresentações. “Tivemos discus-sões profundas, em áreas con-

troversas, como, por exemplo, anomalias genitais, refluxo vesi-co-ureteral, assim como impor-tantes debates sobre reconstru-ções urinárias e transplantes”, mencionou.

Com base no interesse des-pertado pelo congresso, na abrangência dos temas tratados e no nível das apresentações e dos debates, ele avalia que o campo da Urologia Pediátrica está cres-cendo e exigindo especialização cada vez maior dos médicos que a praticam. E frisou a importân-cia do apoio das entidades de es-pecialidades afins aos profissio-nais que se dedicam à Urologia Pediátrica, tanto nos congressos quanto nas universidades.

A importância da aproximação das especialidadesPara o Dr. João Luiz Pippi Salle, o campo da Urologia Pediátrica está crescendo e exigindo especialização cada vez maior dos médicos que a praticam

“Tivemos discussões profundas, em áreas controversas, (...)

assim como importantes debates sobre reconstruções urinárias e

transplantes.”

Dr. João Luiz Pippi Salle (Canadá)

Page 10: JORNAL DA CIPE - NÚMERO 38/40

ESPECIAL10

V Mutirão Nacional de Cirurgia da Criança teve grande repercussão no país Este ano, o mutirão ocorrido no dia 20 de agosto conseguiu a adesão de diversos serviços que nunca haviam participado anteriormente e obteve grande cobertura da imprensa nacional

Estado/Serviço CriançasBahia 122

Hospital Estadual da Criança – Feria de Santana 28Hospital Octavio Pedreira – Santo Amaro da Purificação 19Hospital da Criança (Obras Sociais Irmã Dulce - OSID) – Salvador

41

Hospital Martagão Gesteira – Salvador 34Distrito Federal 95

Hospital Regional da Asa Sul (HRAS, ex-HMIB) – Brasília 95Minas Gerais 40

Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) – Uberlândia

40

Pará 47Hospital Regional Público do Araguaia – Redenção 27Santa Casa de Misericórdia de Belém – Belém 22

Paraná 5Policlínica Pato Branco – Pato Branco 5

Pernambuco 70Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP) – Recife

70

Rio de Janeiro 64Hospital dos Servidores do Estado (HSE) – Rio de Janeiro 20Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE-UERJ) – Rio de Janeiro

21

Hospital Público de Macaé – Macaé 23Rio Grande do Sul 10

Hospital da Criança Conceição – Porto Alegre 10Rondônia 27

Hospital Dr. Marcello Candia (Inst. das Irmãs de Santa Marcelina) – Porto Velho

27

Santa Catarina 13Hospital São José – Criciúma 13

São Paulo 10Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FM-USP – São Paulo

8

Hospital Estadual de Américo Brasiliense – Américo Brasiliense 2Hospital Estadual da Vila Alpina – São Paulo cancelado

Tocantins 21Hospital Infantil de Palmas Dr. Hugo da Rocha Silva – Palmas 21

A CIPE tem muitas razões para comemorar os resultados do

V Mutirão Nacional de Cirurgia da Criança, realizado no dia 20 de agosto em 11 estados e no Distri-to Federal. Os estados da Bahia, de Minas Gerais, do Pará, Paraná, de Pernambuco, do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, de Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e do To-cantins participaram do mutirão.

Quinhentas e cinquenta e qua-tro crianças foram operadas, redu-zindo – e até extinguindo –, mesmo que momentaneamente, as filas de espera nos 19 serviços que se inte-graram ao chamado da CIPE.

Apesar de este ano o número de serviços participantes ter sido me-nor do que em 2010, diversos hos-pitais e clínicas que nunca haviam aderido ao mutirão se engajaram no esforço concentrado de agosto último. Alguns estão situados fora dos grandes centros urbanos, em localidades menores, e, não raro, com infraestrutura enxuta.

O Hospital Estadual da Crian-ça, de Feria de Santana (BA); o Hospital das Clínicas da Universi-dade Federal de Uberlândia (UFU), de Uberlândia (MG); o Hospital Regional Público do Araguaia, de Redenção (PA); a Policlínica Pato Branco, de Pato Branco (PR); o Hospital Dr. Marcello Candia (Inst. das Irmãs de Santa Marcelina), de Porto Velho (RO); e o Hospital Es-tadual de Américo Brasiliense, de Américo Brasiliense (SP), partici-param pela primeira vez.

A maior parte das cirurgias efetuadas foi de baixa e média complexidade, como nas edições anteriores, e os pacientes – crian-ças e adolescentes – receberam alta hospitalar no mesmo dia, na gran-de maioria dos casos.

Além de beneficiar os pacien-tes que aguardam pela realização de cirurgias menos complexas nas listas de espera dos hospitais, no-tadamente os públicos, a iniciativa acaba por também tornar mais rá-pida a resolução de problemas ci-rúrgicos mais complexos, que exi-gem internação posterior. Em paralelo, vem contribuindo para a divulgação nacional da especiali-dade e da entidade, como pode ser observado pelo crescente interes-sa da imprensa em noticiar as ati-vidades do mutirão, ano após ano.

Estaduais e divulgaçãoEm alguns estados, a CIPE pôde

contar com o empenho das associa-ções locais de Cirurgia Pediátrica. Como em outros anos, na Bahia, a CIPE-BA se encarregou de conta-tar os serviços e de fazer a divulga-ção na imprensa e também junto às instituições públicas do estado. Articulações semelhantes também ocorreram com relação à CIPERJ, à associação distrital de Brasília (CI-PEBRAS) e à regional Norte.

O Mutirão 2011 foi notícia em mais de uma centena de veículos de comunicação impressa e eletrô-nica, especializada e geral, entre os quais alguns de grande circulação, como o Jornal do Brasil, isso sem contar a cobertura realizada por rá-dios e redes de TV. Em Brasília, na Bahia, no Rio de Janeiro, Pará, Pa-raná, em Santa Catarina e no To-cantins, especialmente, a divulga-ção foi ostensiva.

“Há serviços em que a estrutu-ra disponível impede a realização de muitas cirurgias num só dia, mas, mesmo assim, sua chefia tem se disposto a participar, criando al-ternativas, pois sabe a importân-cia que o fim da espera represen-

ta para a qualidade de vida de cada criança que têm solucionado seu problema cirúrgico”, comenta o presidente da CIPE, Dr. Max Car-salad Schlobach. Segundo ele, para a associação, essa atividade é “ex-tremamente positiva, pois expõe publicamente a Cirurgia Pediátri-ca, tornando-a cada vez mais co-

nhecida, e mostra o que pode ser feito com a união dos especialis-tas, em benefício dos pacientes e de suas famílias”.

O VI Mutirão Nacional de Ci-rurgia da Criança já tem data de-finida: sua realização está prevista para o dia 18 de agosto de 2012, um sábado.

Page 11: JORNAL DA CIPE - NÚMERO 38/40

ESPECIAL 11

Governador prestigia o mutirãoO governador Agnelo Queiroz, de Brasília (DF), compareceu à solenidade de abertura realizada no HRAS, dando seu apoio ao mutirão

A abertura oficial do mutirão ocorreu na manhã do dia 20,

no Hospital Regional da Asa Sul (HRAS), em Brasília, com a presen-ça do governador do Distrito Fe-deral, o cirurgião Agnelo Queiroz. Ele integrou a equipe que se dedi-cou a operar as 95 crianças de um a 12 anos selecionadas previamente para serem atendidas naquela data.

Na solenidade, Agnelo des-tacou a importância de mutirões como esse para diminuir a fila de cirurgias de pequeno porte “e re-solver os problemas de saúde da

população de forma organizada, com rapidez e eficiência”.

Também acompanharam a ce-rimônia os secretários de Comu-nicação Social, Samanta Sallum, e de Publicidade Institucional, Abi-mael Nunes, os subsecretários de Atenção à Saúde e de Programa-ção e Regulação, Avaliação e Con-trole, respectivamente, Drs. Ivan Castelli e Lucas Veras, a presidente da CIPEBRAS, Dra. Maurícia Cam-marota, a diretora da Regional Sul da Secretaria de Saúde (SES/DF) e do HRAS, Dra. Roselle Buga-

rin Steenhouwer, e o coordenador de Cirurgia Pediátrica do HRAS, Dr. Acimar Cunha. Na ocasião, o Dr. Acimar declarou que o mais importante de um evento como aquele “é a cura da criança, a redu-ção de filas e o atendimento mais rápido a doenças mais complexas”.

O apoio do governo distrital e de suas secretarias à atividade realizada no HRAS contribuiu para atrair a atenção da mídia sobre a importância da iniciati-va. Os jornais de Brasília, assim como rádios, TVs e a mídia ele-

trônica, deram ampla cobertura ao mutirão.

Na véspera, um fato imprevisto no Hospital Estadual da Vila Alpi-na, de São Paulo (SP), que participa-va do evento e onde deveria ocorrer a abertura oficial, levou a diretoria da CIPE a transferir a solenidade para Brasília. As cirurgias previstas para ocorrer no Vila Alpina naque-la data foram adiadas pelo mesmo motivo. A mudança de local, ocorri-da de forma inesperada, impediu o presidente da CIPE, Dr. Max Schlo-bach, de estar presente à cerimônia.

BAHIAEste ano foram quatro os hospitais baianos a aderir ao mutirão, um dos quais, o de Feira de Santana, pela primeira vez.Segundo informações prestadas pela Dra. Maria do Socorro Men-donça de Campos, presidente da CIPE-BA, entidade que coordenou

o mutirão no estado, na Bahia fo-ram atendidas 122 crianças: 28 no Hospital Estadual da Criança (HEC), de Feira de Santana; 19 no Hospital Octavio Pedreira, de Santo Amaro da Purificação; 34 no Hospital Martagão Gesteira e 41 no Hospital da Criança (OSID), ambos na capital.

A Dra. Miria Nunes, do Hospital da Criança, acrescenta que as crian-ças foram atendidas por uma equipe composta por seis cirurgiões, quatro residentes e uma estagiária. Os pa-cientes foram entretidos pelos Tera-peutas do Riso, receberam medica-ção para uso pós-operatório e, ainda, brinde e lanche de confraternização.

A atuação da equipe cirúrgica no HEC de Feira de Santana.

Dra. Socorro (de preto) e parte da equipe do Hospital da Criança (OSID).

Descontração antecede as cirurgias no H. Martagão Gesteira.

Dra. Roselle e Drs. Rafael e Agnelo a caminho do centro cirúrgico. Drs. Maurícia, Agnelo, Roselle e Acimar.

Fotos: divulgação

Fotos: divulgação/HRAS

Page 12: JORNAL DA CIPE - NÚMERO 38/40

ESPECIAL12

DISTRITO FEDERALNos últimos anos, o Hospital Regional da Asa Sul (HRAS) vem mantendo a liderança no número de procedimentos realizados nos mutirões da CIPE. Em 2011, 95 crianças foram submetidas a 120 procedimentos cirúrgicos. Conforme explica a Dra. Roselle Steenhouwer, estavam programadas 128 cirurgias de hérnia inguinal, mas oito foram suspensas e 25 pacientes não se internaram.

MINAS GERAIS“Conseguimos operar 40 pacientes no total, em 2011, em seis etapas. Tínhamos como meta o atendimento de 60 crianças, mas houve proble-mas, como  falta de leitos, gripes, não comparecimento etc.”, relata o Dr. Saulo Rodrigues Júnior, chefe do serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Universi-dade Federal de Uberlância (UFU). Este ano foi iniciada a prática de mutirões de cirurgia pediátrica na unidade com o objetivo de reduzir as filas de espera. “Estamos seguin-do o exemplo de muitos colegas que, em todo o Brasil, aderiram aos mutirões, incentivados pela CIPE. 

Mas como não temos como operar muitas  crianças em um único dia, optamos por distribuí-las em seis sábados no ano, para a realização de 10 cirurgias (ambulatoriais) em cada sábado”, explica.  “Gostaría-mos de divulgar essa ideia, já que em alguns lugares – com menor ca-pacidade de mobilizar leitos ou cen-tro cirúrgico – pode ser mais viável”, sugere, adiantando que no próximo ano o HC deverá ter programação semelhante a de 2011.Além do Dr. Saulo, os Drs. Martha Artiaga G. Cunha, Regina Maria Ferreira, Mariza Rodrigues de Fa-ria, Oscari Alvim Bruno e Oscari Bruno fazem parte do serviço.

PARÁNo Pará, dois hospitais participa-ram do V Mutirão Nacional: a San-ta Casa de Misericórdia de Belém, em Belém, e o Hospital Regional Público do Araguaia (HRPA), de Redenção.Na Santa Casa de Belém foram realizados 22 procedimentos, dos quais 20 cirurgias de média complexidade (hérniorrafias e or-quidopexias), conforme relata o Dr. Emanuel Conceição Resque Oliveira.Segundo ele, que também preside a CIPE-Região Norte, cinco cirur-giões pediátricos, uma residen-te, um médico assistente e três acadêmicos da liga de cirurgia trabalharam no mutirão, volunta-riamente. Foram contratados pela Fundação Santa Casa cinco anes-tesiologistas e a equipe de apoio.“Houve apoio irrestrito da direção do hospital, sendo que esta pro-moveu ampla divulgação na im-prensa local”, complementa. Se a presença da Santa Casa no mutirão já é tradicional, o mes-mo não ocorre com o hospital de Redenção. Esta foi a primeira participação do HRPA. O hospi-

PARANÁNo Sudoeste do Paraná, na Policlínica Pato Branco, em Pato Branco, os cirurgiões pediátricos Andre R. Morrone e Antonio Motizuki realizaram seis cirurgias em cinco crianças, de dois meses a cinco anos de idade, oriundas de quatro municípios da região. A iniciativa da CIPE ganhou o apoio dos anestesiologistas da Policlínica, assim como de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.De acordo com o Dr. André Morrone, o mutirão teve como objetivos valo-rizar a especialidade e reduzir a fila de espera dos pacientes atendidos pelo SUS. “É um protesto construtivo. Apesar da baixa remuneração, os cirurgiões pediátricos continuam trabalhando e buscando a devida valorização”, declara.

A equipe cirúrgica do HRAS.

Sem medo, crianças aguardam pelas cirurgias.

Drs. Andre R. Morrone e Antonio Motizuki e equipe.

Drs. Maurício Iasi (ao fundo, de óculos) e Ugo Bicego, junto com a equipe do HRPA.

Aguardando pela cirurgia.

A equipe da Santa Casa de Belém.

PERNAMBUCONo Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP), insta-lado em Recife, dificuldades para realizar o mutirão na data prevista pela CIPE levaram à antecipação das cirurgias. Assim, as 70 crianças selecionadas, ao invés de serem atendidas no dia 20, foram operadas no dia 3 de agosto, segundo informou o Dr. Paulo Sergio Gomes No-gueira Borges, do IMIP.

tal, especializado em média e alta complexidade, tem área de atuação em 15 municípios do Sul do Pará e é retaguarda para ci-rurgias pediátricas do Sudeste do Estado e para o Norte de To-cantins.Das 37 crianças selecionadas pre-viamente, com idades entre zero e 11 anos, no dia 20 de agosto 27 foram submetidas a 35 procedi-mentos. Enquanto esperavam pela cirurgia, foram entretidas com ati-vidades e brincadeiras.No dia do mutirão, a equipe foi formada por dois cirurgiões pedi-átricos – Drs. Maurício Iasi e Ugo Bicego – e dois anestesiologistas, além de 15 profissionais de enfer-magem e hotelaria, entre outros.

Fotos: divulgação/HRAS

Divulgação

Divulgação

Fotos: divulgação

RIO GRANDE DO SULNo estado, o Hospital da Criança Conceição foi o único a participar da iniciativa da CIPE. O Dr. João Vi-cente Bassols, chefe do serviço de Cirurgia Pediátrica do hospital, in-formou que 10 crianças foram aten-didas no mutirão de 20 de agosto.

Page 13: JORNAL DA CIPE - NÚMERO 38/40

ESPECIAL 13

RIO DE JANEIROTrês hospitais do Rio de Janeiro se integraram ao Mutirão 2011 e atenderam, juntos, 64 crianças: o Hospital Público de Macaé (HPM), municipal, e, na capital, o Hospital dos Servidores do Estado (HSE) e o Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE-UERJ).Os 18 cirurgiões pediátricos, que trabalharam voluntariamente nesses hospitais, realizaram, em sua maio-ria, procedimentos cirúrgicos em pa-cientes que apresentavam casos de fimose, hipospadia e hérnias.O vice-presidente da CIPERJ, Dr. Kleber Moreira Anderson, que tra-balhou como voluntário no HSE, considerou “excelente” o resultado do mutirão no estado. Nesse hos-pital, 20 crianças e adolescentes, com idades entre 8 meses e 14 anos, foram beneficiadas. Os Drs. Tânia Lund, Shirley Pan, Stella Sa-batini, Samuel Dekermacher, Hele-na Nery, Adão Faccioni e Kleber e

os médicos anestesiologistas Maria Alice Cardoso, Diniz de Oliveira, Ana Cristina e Silvana Motê integra-ram a equipe.Este é o terceiro ano que o HUPE/UERJ, junto com o Instituto Piquet Carneiro, participa do mutirão e, na opinião do Dr. Paulo Tavares, foi o melhor, o mais organizado.Ao todo, uma equipe voluntária, de 72 profissionais, contribuiu para o atendimento de 21 pacientes, sub-metidos a 26 cirurgias. Junto com o Dr. Paulo Tavares, também os Drs. Marco Daiha, Renata Fonseca, Isa-bel Cunha e Rachel Fernandes inte-graram a equipe de Cirurgia Pediá-trica, além de residentes e internos.Em Macaé, o mutirão foi realizado no decorrer da semana, com 18 dos 23 pacientes operados no dia 20, quando a unidade foi palco de ati-vidades lúdicas. A maior parte dos casos foi de fimoses e hérnias ingui-nais, de acordo com informações do Dr. Dr. Oswaldo Fadul.

RONDÔNIA“Operamos 27 crianças das 36 marcadas, pois nove pacientes não compa-receram”, informou o Dr. Antonio Cipriano Gurgel do Amaral Jr., do Hospital Dr. Marcello Candia (Inst. das Irmãs de Santa Marcelina), de Porto Velho, que participou pela primeira vez do mutirão. Apesar das ausências, ele se mostrou entusiasmado com os resultados obtidos. No ano passado um im-previsto inviabilizou a adesão do serviço.A equipe cirúrgica foi formada pelos Drs. Gurgel e Horácio Tamada e pelo anestesiologista Valmir Nunes Coelho e contou com a participação de aca-dêmicos de medicina da Faculdade São Lucas.

SANTA CATARINA“O mutirão transcorreu muito bem, com o atendimento de 13 crianças e a participação de vários voluntá-rios, predominantemente na área de enfermagem. Estiveram envolvi-dos cerca de 20 profissionais, entre os quais, três cirurgiões pediátri-cos”, revela o Dr. Christian de Es-cobar Prado, do Hospital São José, de Criciúma. Além dele, os outros dois cirurgiões pediátricos da uni-

dade Drs. Airton Jorge da Silva Varela Jr. e Rodrigo Demétrio participaram do mutirão, assim como o anestesiologista Rui Ghedin e dois residentes. Na data foram realizadas cirurgias de média e baixa complexidade.“No ano que vem, esperamos poder dobrar o número de procedimentos”, declara. O Dr. Christian comenta que o mutirão teve boa repercussão na im-prensa local, o que credita ao bom trabalho realizado pela assessoria de co-municação do hospital.

SÃO PAULODois serviços aderiram ao mutirão no estado. No Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Universidade de São Paulo (ICr-HC), na capital, foram realizadas oito cirurgias, e no Hospital Estadual de Américo Brasiliense, no interior do estado, duas. Por razões de força maior, no último momento, a participação do Hospital Estadual da Vila Alpina, na capital, teve de ser cancelada.

TOCANTINS“Nosso mutirão foi um sucesso”, declarou a Dra. Lúcia Caetano Pereira, sa-tisfeita por agora poder promovê-lo como diretora geral do Hospital Infantil de Palmas Dr. Hugo Rocha da Silva (HIP), instalado na capital do estado de Tocantins, que este ano completa seu primeiro ano de existência.Enquanto aguardavam, as 21 crianças, entre um e 11 anos, que foram sub-metidas a 25 procedimentos cirúrgicos, puderam participar de atividades lúdicas promovidas pela equipe multiprofissional do HIP e por voluntários. Depois, receberam um diploma.A equipe foi composta pelos cirurgiões pediátricos Lúcia Pereira e Renato Pereira da Rocha, os cirurgiões gerais Harley Pandolfi Junior e Daniel Car-valho de Melo Rocha, os anestesiologistas Kleber Andhaus, José Roberto Y. Tinen e João Victor F. do Couto, entre outros acadêmicos e profissionais de outras áreas.A iniciativa contou com o apoio do governo do estado e ampla cobertura da imprensa regional.

Equipe cirúrgica do HSE.Drs. Horácio Tamada, Valmir Nunes Coelho e Gurgel (de verde), com a equipe.

Atividades lúdicas antecederam a realização das cirurgias.

Descontração revela o sucesso do mutirão no Piquet Carneiro (HUPE).

Diploma entregue aos pacientes.

Em Macaé, o mutirão foi vivido em clima festivo.

Fotos: divulgação

Drs. Airton Varela Jr, Christian (segurando o bolo). e Rodrigo Demétrio.

A equipe do Hospital Estadual de Américo Brasiliense em ação.

Page 14: JORNAL DA CIPE - NÚMERO 38/40

SERVIÇO EM FOCO14

Com pouco mais de 30 anos de vida, o Hospital Infan-

til Joana de Gusmão (HIJG), de Florianópolis (SC), é hoje impor-tante centro de referência em Ci-rurgia Pediátrica não apenas no Brasil, mas também no conti-nente sul-americano. O serviço abrange áreas como cirurgia ge-ral, torácica, urológica, oncológi-ca, traumatológica e videocirur-gia pediátrica.

O crédito pelo nascimento e perpetuação do serviço cabe aos Drs. Murillo Ronald Capella e Pe-ter Goldberg – que atualmente colaboram nas atividades cientí-ficas –, ao Dr. Euclides Reis Qua-resma – que foi o primeiro resi-dente de Cirurgia Pediátrica do hospital e hoje é chefe do serviço –, e, também, aos Drs. Edevard José de Araujo, José Antonio de Souza, Maurício José Lopes Pe-reima, Johny Grecchi Camacho, Rodrigo Feijó, Eliete Magda Co-

lombelli e Walberto Azevedo de Souza Filho.

HistóriaConforme relata o Prof. Mu-

rillo Capella, “nascido em 13 de março de 1979, o HIJG é ‘filho’ do Hospital Infantil Edith Gama Ramos (HIEGR) e da Materni-dade Carmela Dutra, tendo sido ativado em 28 de dezembro de 1979. ’Seu pai’ viveu apenas 16 anos, mas teve vida profícua. Ele viabilizou as atividades do De-partamento de Pediatria e Pueri-cultura e da disciplina de Cirur-

gia Pediátrica da Faculdade de Medicina da Universidade Fede-ral de Santa Catariana (UFSC)”. Seu corpo clínico criou os pro-gramas de Residência Médica em Pediatria (1966) e em Cirur-gia Pediátrica (1977), reconheci-dos pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pela Associação Brasileira de Cirurgia Pediátri-ca (CIPE), possibilitando o cres-cimento assistencial, o ensino de graduação, de pós-graduação e de educação continuada. O Prof. Capella lembra que o HIEGR vi-veu pouco: “suas condições físi-

cas não suportavam mais o ex-cessivo volume de atendimento e de evolução científica. Altivo, ge-rou o HIJG, que nasceu com 22 mil metros quadrados, 200 lei-tos, serviços de emergência e de diagnóstico, 25 consultórios, seis salas de operação, UTI neonatal e UTI pediátrica, unidades de inter-nação, biblioteca e auditório, den-tre outras, e cresceu pelo desejo de seu corpo clínico expandir-se cientificamente.”

Ele assinala que vários de seus integrantes buscaram espe-cialização no país e no exterior para melhorar o padrão assis-tencial e a qualidade do ensino: “dentre eles estavam os cirurgi-ões pediátricos, que contribuí-ram para o desenvolvimento da instituição e da especialidade no Brasil e na America do Sul.”

O programa de residência de Cirurgia Pediátrica do HIJG, em convênio com a UFSC, é referên-

Iniciativa, competência e éticaEm cerca de três décadas, o Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG) se constituiu num importante centro de referência em Cirurgia Pediátrica para a América do Sul

A equipe de Cirurgia Pediátrica: (Em pé, da esq. para a dir.) Drs. Walberto A. Souza Jr., Johny Grechi Camacho, Eliete Colombelli, Mauricio Pereima, Rodrigo Feijó, (sentados) Edevard de Araújo, Peter Goldberg, Murillo Capella, Euclides Quaresma e José Antonio de Souza.

Fotos: Divulgação/HIJG

“Essa eclética equipe sempre atuou e atua nas esferas profissional,

universitária, científica, administrativa e associativa,

conferindo unidade ao grupo."

Page 15: JORNAL DA CIPE - NÚMERO 38/40

SERVIÇO EM FOCO 15cia nacional segundo critérios da CIPE, formando especialistas que atuam em diferentes estados do país. Seu programa de gra-duação, além do ensino conven-cional, é campo de estágio para estudantes catarinenses e de ou-tros estados.

Ao longo de sua história, o HIJG tem procurado contribuir para o aperfeiçoamento e atua-lização desses especialistas. Se-gundo o Prof. Capella, realizou duas jornadas sul-brasileiras, dois congressos de Cirurgia Pedi-átrica (em 1980 e 2003) e onze edições do Curso Prático de Atu-alização na especialidade, que so-maram 220 alunos, especialistas brasileiros e estrangeiros.

O serviço realiza, anualmen-te, em números arredondados, duas mil operações (sob anestesia geral) e cirurgias menores no ser-viço de emergência. Atende, no ambulatório, aproximadamente, 900 pacientes/mês e mantém cer-ca de 30 pacientes por dia nas uni-dades de internação

A equipeO cirurgião pediátrico infor-

ma que “dos dez atuais membros do serviço, oito são ex-residen-tes, oito têm título de especia-lista pela CIPE, quatro têm dou-torado, três foram chefes do Departamento de Pediatria da UFSC, um foi coordenador do Curso de Medicina da UFSC, dois foram e um é, atualmente, dire-tor geral do HIJG, dois presidi-ram a Associação Catarinense de Medicina (ACM) e a CIPE, cinco participaram de diretorias da en-tidade e três da sua Comissão de Ensino e Título de Especialista (CETE-CIPE)”. Além disso, tive-ram funções destacadas na admi-nistração pública do município e também no Sistema Unimed e no Sistema Unicred.

“Essa eclética equipe sem-pre atuou e atua nas esferas pro-fissional, universitária, científi-ca, administrativa e associativa, conferindo unidade ao grupo, cujo lema é: ‘hierarquia, discipli-na, competência e ética’”, assina-

Centros de Aperfeiçoamento

Vale destacar, ainda, que o serviço de Cirurgia Pediátrica é in-tegrado pelo setor de Urologia Pediátrica, chefiado pelo Prof.

Edevard José de Araújo, e pela Unidade de Tratamento de Quei-mados (UTQ), chefiada pelo Prof. Maurício José Lopes Pereima. Essa divisão é credenciada pelo Ministério da Saúde como de alta complexidade, sendo referência no tratamento da criança quei-mada na América Latina, com destaque para o tratamento cirúr-gico imediato na fase aguda e para o uso de substitutos cutâneos.Em paralelo às atividades assistenciais, a UTQ-HIJG está voltada à formação de recursos humanos junto com a Sociedade Brasi-leira de Queimaduras, e desenvolve pesquisas, em parceria com a UFSC. Esses setores se constituem em Centros de Aperfeiçoamento da CIPE, oferecendo estágios aos cirurgiões pediátricos interessados em aprofundar seus conhecimentos nas referidas áreas.

la. De suas contribuições cientí-ficas, salientam-se a publicação de 125 trabalhos, a participação ativa em congressos de cirurgia pediátrica no país e no exterior, além da redação de capítulos de livros e a edição, em 1986, do li-vro Alarme cirúrgico do recém-nascido, pela Editora Atheneu.

O Dr. Murillo Capella res-ponde, atualmente, pela vi-ce-presidência Sul da Associa-ção Médica Brasileira (AMB), eleito, juntamente com os de-mais membros da nova direto-ria, no pleito realizado no dia 25 de agosto. (Veja mais nesta edição.)

Desastres

Em nosso planeta não há lugar seguro. E confirma-se a im-

pressão de que os desastres tor-nam-se cada vez mais frequentes. Os conflitos têm se multiplicado, sejam eles militares ou determina-dos pela desestruturação da socie-dade civil. Não raro, a segurança deixa de acompanhar o desenvol-vimento tecnológico e, direta ou indiretamente, decorrem situa-ções incontroláveis e tragédias de grandes proporções. O adensa-mento populacional em áreas de risco faz, hoje, incontáveis vítimas quando antes incidentes naturais pareciam ter impacto mais limi-tado.Deixamos o século das grandes guerras sem otimismo, vendo crescerem as divergências e belige-rância entre as nações. A violência civil aumenta, ultrapassando os li-mites das manchas de miséria que cobrem a periferia das metrópoles. Do cotidiano caótico do trânsito às tragédias provocadas pelos aciden-

tes aéreos; dos surtos epidêmicos de novas e antigas doenças aos vazamentos das usinas nucleares e perfurações off-shore; das inunda-ções e dos incêndios, dos furacões, dos terremotos e dos tsunamis a deslizamentos e desabamentos, somando-se as mudanças climáti-cas, prevenir nem sempre é possí-vel. Reduzir o risco, todavia, cer-tamente o é. Não resta dúvida da importância de nos prepararmos para a adversidade. Ainda que não surja entre os que nos cercam de imediato, atingir-nos-á hoje ou amanhã do que ontem poderíamos supor. Muito mais cedo, ainda que quiséssemos evitá-la.Seja qual for a natureza do de-sastre, ele nos impõe obrigações. Muito mais a nós médicos que a outros. Ainda que segurança, co-municações, transporte e tantas outras necessidades sejam pre-mentes, a atenção à saúde é pre-ocupação fundamental, haja vista a invariável implicação que tem os desastres na sobrevivência dos seres humanos. À medida que nos

qualificamos para tratar de amea-ças à vida, espera-se de nós conse-lho, ação e espírito de solidarieda-de, intrínsecos à arte da Medicina. Portanto, temos de nos preparar para tanto.Preparação é também ter recursos humanos e materiais necessários no lugar e no momento exigido. Entre os muitos mais de 300 mil médicos hoje ativos em nosso país, é premente classificá-los pela disponibilidade temporal e geográfica, estratificando-os pela especialidade e competências po-tencialmente úteis em situações de catástrofe. Fazer-lhes, em pri-meiro lugar, reconhecer o risco, para que possam se proteger e transmiti-lo aos demais. Depois, treiná-los a atuar de forma concer-tada com os tantos atores essen-ciais e nas variadas circunstâncias que se nos podem sobrevir. Orga-nizar os esforços da comunidade médica civil em consonância com as demais instituições de atenção à saúde, em posição estratégica, as militares. Integrar, também, nos-

sos esforços à comunidade médica internacional e estarmos presen-tes quando o momento surgir.Temos diante de nós missão ex-tensa, difícil e complexa. Que não se pode procrastinar, nem deixar em segundo plano. Assume aqui a Associação Médica Brasileira (AMB) mais essa missão, a serviço da vida, pela profissão médica.

ESPAÇO DA AMB

Dr. José Luiz Gomes do Amaral, presidente da Associação Médica Brasileira

Page 16: JORNAL DA CIPE - NÚMERO 38/40

PANORAMA16

A Cirurgia Pediátrica brasileira e in-ternacional lamenta as perdas so-

fridas nos últimos meses.No dia 15 de dezembro de 2010, fa-

leceu no Rio de Janeiro (RJ) o Dr. Al-berto Ribeiro Gonçalves. Ex-chefe do serviço de Cirurgia Pediátrica do Hos-pital do Câncer, do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Dr. Alberto con-tribuiu para a formação de inúmeros residentes da instituição e, enquanto a saúde lhe permitiu, encontrava tempo e disposição para se dedicar a pacientes menos favorecidos, por meio da ONG

Grupo Amor, destinada ao atendimento a crianças e adolescentes ca-rentes, portadores de tumores, na capital fluminense.

Graduado pela Faculdade de Medicina de Vassouras, realizou sua pós-graduação e residência médica em Cirurgia Pediátrica e, ainda, especializou-se em Medicina do Trabalho pela Universidade Católica do Estado do Rio de Janeiro (PUC-RJ).

Ele foi enterrado no dia 16 de dezembro no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul da cidade.

Em maio, no dia 18, morreu em Campinas (SP) o Dr. Shoji Miyabara, que foi sepultado no Cemitério Parque das Aléias, na-quele município. O professor Shoji Miyabara integrava a área de Cirurgia Pediátrica do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (FCM-UNICAMP) e também a equipe da Casa de Saúde de Campinas, e possuía diver-sos trabalhos científicos publicados.

O Dr. Eduardo Ruiz (foto) faleceu na noite de 8 de junho, na Ar-gentina. Integrante da equipe médica do Hospital Italiano de Buenos Aires (Argentina), o professor Ruiz foi vice-presidente da Asociaci-ón Civil Argentina de Cirurgía Infantil (ACACI), Em diversas ocasi-ões participou de eventos científicos promovidos pela CIPE no Bra-sil, como no XII Congresso Brasileiro de Urologia Pediátrica, realizado em 2009, em São Paulo (SP). Na ocasião, durante entrevista ao Jornal da CIPE, ele defendeu maior integração entre as sociedades de Cirur-gia Pediátrica dos dois países, especialmente na cooperação para o de-senvolvimento de técnicas voltadas aos tratamentos mais complexos.

A CIPE presta aqui sua homenagem póstuma aos colegas faleci-dos e externa seu pesar aos respectivos familiares e amigos.

Dr. Murillo Capella integra a nova diretoria O ex-presidente da CIPE assume suas novas funções em 22 de outubro

NA AMB

Dr. Murillo Ronald Capella

Arquivo/C

IPE

NOTAS DE FALECIMENTO

O Dr. Eduardo Ruiz, durante o XII Congresso Brasileiro de Urologia Pediátrica, realizado em 2009, em São Paulo (SP).

Arq

uivo

/CIP

E

LITERATURA CIENTÍFICA

Vinte e sete médicos colaboraram na elaboração do manual.

O Dr. Murillo Ronald Capella é o novo vice-presidente da Re-

gião Sul da Associação Médica Bra-sileira (AMB). Ele integrou a chapa única AMB para os médicos, eleita no dia 25 de agosto, para dirigir a entidade no triênio 2011/2014, a qual é liderada pelo Dr. Florentino Cardoso, diretor de Saúde Pública da entidade e presidente da Asso-ciação Médica Cearense.

O Dr. Murillo Capella é natu-

ral de Florianópolis (SC), cidade em que desenvolveu extensa car-reira profissional, acadêmica e as-sociativa. Foi presidente da CIPE entre 1980 e 1982 e posterior-mente ocupou a vice-presidência da entidade na gestão comanda-da pelo Dr. José Raimundo Bahia Sapucaia, entre 1984 e 1986. En-tre outras atividades, foi diretor de Relações Internacionais da AMB e, ao lado de outros colegas, dedicou-

se à implantação e à continuidade do serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital Infantil Joana de Gus-mão (HIJG), instalado naquela ca-pital, no qual atualmente colabora nas atividades científicas.

A posse da nova diretoria está prevista para ocorrer na noite 22 de outubro, no Teatro Municipal, em São Paulo (SP), juntamente com a posse da nova diretoria da Associa-ção Paulista de Medicina (APM).

No dia 3 de dezembro, no audi-tório do Conselho Regional de

Medicina da Paraíba (CRM-PB), em João Pessoa (PB), foi realizado o lan-çamento do livro Cirurgia Pediátri-ca - Manual Prático, do Dr. Wilber-to Trigueiro. A obra de 376 páginas, editada pelo CRM-PB e pelo Conse-lho Federal de Medicina (CFM), rela-ta a experiência do autor nos mais de 30 anos dedicados exclusivamente à Cirurgia Pediátrica.

O manual aborda mais de 120 temas, que são tratados de forma atual e didática, com fotos colori-das e análise de imagens. A publica-ção também traz informações sobre o pré e pós-operatório, hidratação, hemoderivados, aspectos genéticos e éticos, nutrição parenteral, acesso venoso e anestesia pediátrica, pato-logias da cabeça e pescoço, torácicas, entre outras.

Contando com a colaboração de 27 médicos, o trabalho foi elaborado para ser fonte de consulta para cirur-giões pediátricos e outros especialis-tas que se dedicam ao tratamento de crianças.

O Dr. Wilberto Trigueiro é pro-fessor adjunto de Cirurgia Pediátrica da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e da Faculdade de Medici-

Dr. Wilberto Trigueiro lança obra de referênciaNo livro Cirurgia Pediátrica - Manual Prático o autor aborda mais de 120 temasDr. Wilberto Trigueiro, na solenidade de

lançamento da sua obra

Div

ulga

ção

na Nova Esperança-PB. Também é mestre em terapia intensiva e conse-lheiro titular do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), além de membro titular da Acade-mia Paraibana de Medicina e presi-dente da Sociedade Paraibana de Ci-rurgia Pediátrica.

Entre as mais de 160 pesso-as presentes ao evento estava o re-presentante para a América do Sul e Caribe da Federação Mundial de Cirurgia Pediátrica (WOFAPS) e ex-presidente da CIPE, Dr. José Rober-to Baratella.

Page 17: JORNAL DA CIPE - NÚMERO 38/40

17PANORAMADISTRITO FEDERAL

Notícias de BrasíliaEx-diretores da CIPEBRAS assumem funções na Secretaria de Saúde do Distrito Federal

Em janeiro, em Brasília (DF), a Dra. Roselle Bugarin Steenhouwer, ex-secretária da CIPEBRAS, tomou posse como diretora geral da Regio-nal Sul da Secretaria de Saúde do Dis-trito Federal (SES/DF). No mesmo período o também cirurgião pediá-trico e ex-presidente da entidade dis-trital, Dr. Lucas Cardoso Veras Neto, assumiu a Subsecretaria de Planeja-mento, Regulação, Avaliação e Con-trole (SUPRAC) daquela secretaria.

A Dra. Roselle prevê muito tra-balho pela frente, já que a Regional Sul é, na verdade, um complexo de assistência à saúde composto por cinco postos de saúde e pelo Hospi-tal Regional da Asa Sul (HRAS, ex-HMIB), no qual ela atuava até então e do qual passou a ser diretora.

Assim que tomou posse, a cirur-giã pediátrica – que aposta na gestão participativa – criou uma comissão de apoio, cujo objetivo é estabelecer o diagnóstico da Regional Sul, por meio de levantamento das necessida-des de infraestrutura, abastecimento e recursos humanos. Segundo ela, o trabalho do grupo possibilitará a ela-boração de um plano de ação emer-gencial e de metas de médio e longo prazo para a regional.

HRAS inaugura Centro Colorretal para Crianças Entre os presentes à cerimônia estavam os Drs. Alberto Peña e Paulo Tubino

No dia 25 de janeiro, foi inau-gurado no HRAS, em Brasí-

lia (DF), o Centro Colorretal para Crianças. A implantação do Progra-ma de Manejo Médico da Inconti-nência Fecal no hospital teve o re-conhecimento do Dr. Alberto Peña, diretor do Centro Colorretal para Crianças do Cincinnati Children’s Hospital Medical, que ofereceu uma placa de incentivo aos respon-sáveis pela iniciativa.

Durante a cerimônia, a equi-pe médica foi prestigiada por di-versos cirurgiões pediátricos, além do próprio Dr. Peña: a Dra. Rosel-le Steenhouwer, diretora da Regio-

nal Sul da SES/DF e do HRAS; o Dr. Paulo Tubino, professor de Ci-rurgia Pediátrica da Universidade de Brasília (UnB); o Dr. Lucas Ve-ras, subsecretario da SES/DF; e as Dras. Andrea Bischoff e Ana Paula Amaral, membros da equipe de Ci-rurgia Pediátrica do HRAS.

Conforme declaração da Dra. Roselle, “foi uma solenidade linda e cheia de emoção, provando, mais uma vez, que o impossível é o que não foi tentado”.

A placa de identificação do cen-tro foi ofertada pelo Dr. Peña como incentivo e reconhecimento pela im-plantação do programa no HRAS.

Residência em Cirurgia Pediátrica no HRAS O Programa de Residência Médica em Cirurgia Pediátrica foi aberto oficialmente em março

Div

ulga

ção

Dra. Roselle Steenhouwer e parte dos presentes no evento.

No dia 30 de março foi oficiali-zada a abertura do Programa

de Residência Médica em Cirurgia Pediátrica no HRAS, que tem o seu primeiro ano já em andamento.

A residência é fruto da parceria realizada entre dois cirurgiões pedi-átricos: a Dra. Roselle Bugarin Stee-nhouwer, atual diretora geral da Re-gional Sul da SES/DF e do HRAS, e o Dr. Acimar Gonçalves da Cunha Jr., que chefia a unidade de Cirur-gia Pediátrica da diretoria geral de Saúde da Asa Sul (DGSAS) e é res-ponsável pela supervisão do progra-ma de residência na especialidade. “O caminho foi longo e árduo, mas vitorioso e hoje a unidade de Cirur-gia Pediátrica encontra-se muito es-

timulada com a possibilidade de participar de uma das missões do HRAS, que é a de ensino e pesquisa, com a formação de qualidade de no-vos profissionais especializados na criança e no adolescente”, declarou a Dra. Roselle, que esteve presente ao evento.

Da cerimônia oficial também participaram, entre outros, o pre-sidente da CIPE, Dr. Max Carsa-lad Schlobach, o subsecretário da SUPRAC e os diretores de Progra-mação e Políticas de Saúde e de Assistência a Saúde da Regional Sul, respectivamente, Drs. Lucas Veras, Geraldo Damião Secunho e João Vilela, assim como o Dr. José Bonifacio Carreira Alvim, intensi-

vista pediátrico e chefe de gabine-te da SES/DF. Também presencia-ram o evento os professores Paulo Tubino e Ruy Archer, que contri-buíram e contribuem na formação de muitos dos cirurgiões pediátri-cos que atuam no Brasil, e as ci-rurgiãs pediátricas Dras. Mauricia Camarotta, presidente da CIPE-BRAS; Mércia Rocha, professora e chefe do serviço de Cirurgia Pedi-átrica da Universidade de Brasília (UnB); e Elaine Alves, professora associada da instituição, além do residente Fabio Augusto Albanez Souza e de supervisores e precep-tores dos programas de residência em outras especialidades desen-volvidos no HRAS.

O evento foi prestigiado pelos Drs. Roselle Steenhouwer, Alberto Peña, Paulo Tubino, Lucas Veras, Andrea Bischoff e Ana Paula Amaral.

Div

ulga

ção

Page 18: JORNAL DA CIPE - NÚMERO 38/40

CIPE INFORMA18

Deliberações da diretoria

Novos associados

Até final de agosto a direto-ria da CIPE havia acolhido

os pedidos de associação dos se-guintes cirurgiões pediátricos: Drs. Alexandra Muzzi (MG), Ana Paula Amaral Souza (DF), André Luis Fortes Alves (PR), Andressa Franzani Borges Telles (SP), An-tônio José Gonçalves e Leal (ES), Artur Emílio Leonardi Tiburcio

(MG), Carolina Raposo Manhães (RJ), Fabio Antonio Perecim Vol-pe (SP), Gabriela Nunes de Oli-veira Ramacciotti (SP), Hector Al-berto Pacheco Cesar (Uruguai), Karimy Hamad Mehanna Perches (PR), Lina Wang (SP), Marcelo Ri-beiro Mariano Holanda Duarte (RJ), Patrícia Magnogo Altoé (ES) e Thiago Said Daibes Pereira (PA).

Até o final de agosto, a direto-ria da CIPE, empossada em

novembro passado, realizou seis reuniões abertas, nos meses de fe-vereiro, março, abril, maio, junho e agosto. Nesses encontros foram discutidos diversos assuntos e to-mada uma série de decisões. Segue um breve resumo das deliberações mais recentes:

- Aprovação de pedidos de adesão de novos associados (veja relação abaixo).

- Site e Jornal da CIPE – Foi aprovada a reformulação do site da entidade, que, entre outras mudan-ças, prevê a divulgação de casos clí-nicos e a abertura de espaço des-tinado ao público em geral, com a relação de todos os associados em dia com a CIPE, distribuídos por es-tado. Quanto ao jornal, a partir de outubro, passará a ter oito páginas e sua periodicidade deverá ser trimes-tral, com quatro edições por ano. No momento está em estudo a abertu-ra de espaço publicitário no jornal, de forma a minimizar os custos com sua elaboração.

- XXXI Congresso Brasileiro de Cirurgia Pediátrica – A data e a cidade já foram definidos: será de 21 a 25 de outubro de 2012, em Be-lém (PA). No momento, a comissão organizadora está avaliando as di-ferentes opções de locais, contan-do para isso com a colaboração da Regional da CIPE na Região Norte. A preferência unânime dos presen-tes foi da realização dos trabalhos em sala única, ao invés de sessões simultâneas, mas o formato ainda será discutido pelas comissões orga-

nizadoras e científicas do congresso. Além disso, a intenção dos organi-zadores é divulgar com mais ante-cedência a abertura das inscrições para temas livres, facilitando, assim, a programação dos autores.

Também foi discutida a inclu-são de um módulo sobre tratamen-to de queimados na programação desse congresso e a participação da entidade no Congresso Brasileiro de Queimados, previsto para o pe-ríodo entre 15 a 19 de setembro do próximo ano.

- Anuidades e anistia – A di-retoria da CIPE estipulou o valor da anuidade de 2011 e decidiu conside-rar os benefícios aos sócios que es-tejam quites com as obrigações com a tesouraria referentes aos anos de 2009, 2010 e 2011.

- Registro da marca CIPE – Está em andamento o processo de registro da marca CIPE no Institu-to Nacional de Propriedade Indus-trial (INPI).

- Alta Complexidade e Resi-dência Médica – Estão em análise os procedimentos da Cirurgia Pedi-átrica a serem incluídos no Rol de Procedimentos de Alta Complexi-dade do Sistema Único de Saúde (SUS), para posterior envio ao Mi-nistério da Saúde. A residência mé-dica em Cirurgia Pediátrica tam-bém foi discutida em reuniões e o nome do Dr. José Roberto de Souza Baratella foi confirmado para coor-denar a Comissão de Ensino e Títu-lo de Especialista (CETE) da insti-tuição. Também foram tomadas providências para que as informa-ções sobre o assunto, o que inclui

a lista de residências oficialmente credenciadas, venham a ser centra-lizadas na CIPE.

- Centros de Aperfeiçoamento – Foi definido que a CIPE elaborará as regras para o processo seletivo dos Centros de Aperfeiçoamento e, também, formas de incentivo para que os participantes colaborem com artigos científicos para a revista Archives of Pediatric Surgery, editada pela CIPE.

- Mutirão Nacional e Proje-to Memória da CIPE – A direto-ria solicitou ao Dr. José Roberto de Souza Baratella que desse con-tinuidade aos mutirões nacionais de cirurgia da criança e também ao Projeto Memória da CIPE, dos quais foi idealizador, contribuin-do, assim, com a gestão atual, na divulgação da especialidade e para o resgate da história da entidade e da Cirurgia Pediátrica no Brasil.

- CIPESUR 2011 – A direto-ria aprovou a participação da en-tidade na elaboração da progra-mação científica do IX Congresso de Cirurgia Pediátrica do Cone Sul da América, que será realizado no Uruguai, em novembro próximo. Os Drs. Hélio Buson Filho (DF) e Antonio Carlos Moreira Ama-rante (PR) foram encarregados de elaborar o programa de um dos dias do evento. Diversos confe-rencistas brasileiros foram inclu-ídos na programação.

- Encontro Internacional de Especialidades Pediátricas – A CIPE está colaborando na organiza-ção do I Encontro Internacional de Especialidades Pediátricas do Hos-pital Infantil Sabará, de São Paulo (SP), que irá se realizar em abril de 2012. A entidade garantiu o des-conto na inscrição de sócios da CIPE junto à diretoria do hospital.

Page 19: JORNAL DA CIPE - NÚMERO 38/40

CIPE INFORMA 19

Reuniões da diretoria da CIPEAs reuniões mensais da en-tidade são abertas aos asso-ciados e se realizam na sede da CIPE, em São Paulo (SP), geralmente, na primeira sexta-feira de cada mês, às 18h. Veja a seguir a progra-mação dos próximos meses:

Outubro: dia 7Novembro: dia 4Dezembro: dia 2

Aprovados no Exame de TE 2010

A CIPE dá as boas vindas aos cirurgiões pediátricos apro-

vados no exame para obten-ção do Título de Especialista (TE) em Cirurgia Pediátrica, re-alizado em 2010, nos dias 19 e 20 de novembro, em Belo Ho-rizonte (MG): Drs. Adriano de Pádua Reis (PI), Bernardo Al-meida Campos (MG), Flavia Gi-

roldo (SP), Giselle da Silva Ma-chado (SP), Juliana Nosenzo de Barros (SP), Karimy Hamad Mehanna Perches (PR), Luiz Ro-berto Schlaich Ricardi (SP), Pris-cila Cardoso Braz (SP), Rafaella Barci Dini (SP), Rafael Caval-cante Correia (RJ), Rafael Forti Maschietto (SP) e Stella Sabba-tini (RJ).

OUTUBRO VIII Congresso Paulista de Cirurgia Pediátrica / III Jornada Brasileira de Residentes de Cirurgia Pediátrica / I Jornada das Ligas Acadêmicas de Cirurgia PediátricaDe 12 a 14 de outubroSão Paulo – SPwww.cipe.org.br

European Society for Paediatric Research – Annual MeetingDe 14 a 17 de outubroNewcastle – UKwww2.kenes.com/espr2011

Conheça os membros das comissões da CIPE

Obs.: Consulte, também, o site da CIPE – www.cipe.org.br – no qual as informações sobre a especialidade, a entidade, eventos, cursos etc. são constantemente atualizadas.

AGENDA 2011

Veja aqui os eventos nacionais e internacionais relacionados à Cirurgia Pediátrica e programados para ocorrer ainda em 2011.

NOVEMBRO British Association of Paediatric Endoscopic Surgeons (BAPES)/European Society of Paediatric Endoscopic Surgeons (ESPES) – Joint MeetingDe 3 a 5 de novembroLondres – UKwww.bapes.org.uk/BAPES_2011

IX Congreso de Cirugía Pediátrica del Cono Sur de América – CIPESUR 2011De 15 a 18 de novembroPunta del Este – Uruguaiwww.cipesur2011.com.uy

Na assembleia geral da CIPE, ocorrida em novembro de 2010, em Belo Horizonte (MG), duran-te os congressos brasileiros de Ci-rurgia Pediátrica, foi realizada a eleição dos novos membros das Comissões Permanentes da CIPE. Conheça, a seguir, a nova compo-sição das 11 comissões:

Cirurgia do Tórax: Drs. José Ar-mando Mari, Giovanni Cappellano, Pau-lo Carvalho Vilella e Manoel Eduardo Amoras Gonçalves.

Cirurgia Neonatal e Fetal: Drs. Miria Guimarães Nunes, Claudio Schulz, Pedro Munõz Fernandes e Pau-lo Roberto Mafra Boechat.

Coloproctologia: Drs. Cesar Ca-vali Sabbaga, Geraldo Magela Noguei-ra Marques, Humberto Salgado Filho e

José Raimundo Bahia Sapucaia Filho.Defesa Profissional: Drs. Adão

Martinez Faccionni, Flavio Linck Pabst, Nicolino César Rosito e Lucas Cardoso Veras Neto.

Ensino e Título de Especialis-ta (CETE) : Drs. Manoel Carlos Prie-to Velhote, Carlos Teixeira Brandt, Eli-nês Oliva Maciel, José Roberto de Souza Baratella e José Carlos Soares de Fraga (suplente).

Ética: Drs. Edevard José de Arau-jo, Murilo Ronald Cappella, João Alber-to Grimm e Roberto Antonio Mastroti.

Oncologia: Drs. José Antonio de Souza, Mario Rafael Carbonera, Edinal-do Gonçalves Miranda e Claudia Correa de Araujo.

Pesquisa e Cirurgia Experimental: Drs. Lourenço Sbragia Neto, Marcelo Mar-condes Stegani, Antonio Aldo de Melo Fi-lho e Joaquim Murray Bustorff Silva.

Prevenção e Atenção ao Trauma: Drs. Simone de Campos Vieira Abib, Mauro Marcatto Ottoni Martins, Jar-bas Machado Valente dos Santos e Mau-ro Roberto Basso.

Urologia: Drs. Ivan Reni Denardi,

Samuel Dekermacher, Hélio Buson e Li-sieux Eyer de Jesus

Vídeocirurgia: Drs. Marcio Lopes Miranda, Bráulio Xavier Neto, Sylvio Gilberto Andrade Avilla e Carlos Alber-to Hoff Peterson.

DEZEMBRO Curso Avançado de Cirurgia Pediátrica IRCAD – BrasilDe 1 a 3 de dezembroBarretos – SPwww.sbcp.org.br

Page 20: JORNAL DA CIPE - NÚMERO 38/40

NOTÍCIAS ESTADUAIS20

A última reunião científica de 2010 da CIPERJ foi realizada

no dia 13 de dezembro de 2010 no auditório do Hospital Copa D´Or, situado na Zona Sul do Rio de Janeiro (RJ). Na ocasião, ci-

rurgiões pediátricos, pediatras e anestesistas puderam acompa-nhar a palestra intitulada Hipo-termia: causas, riscos e custos, apresentada pelo Dr. Ricardo Caio Gracco de Bernardis, anestesiolo-

gista da Santa Casa de Misericór-dia de São Paulo.

Na primeira reunião de 2011, ocorrida em março, no Centro de Estudos Prof. Dr. José Dias Rego, no Prontobaby - Hospital da Criança, na Zona Norte da cidade, parte do tempo foi dedicado à ava-liação do movimento que pleiteia a remuneração do plantão à distân-cia. Na parte científica do encontro a Dra. Laura Helman apresentou conferência sobre Refluxo Gastro-esofágico - clínica e diagnóstico e o Dr. Sperandio Del Caro, do Espíri-to Santo, complementou o tema, abordando seus aspectos cirúrgi-cos. Após as exposições foi desen-volvido debate sobre as condutas mais adequadas para cada caso.

O Adolescente Urológico foi o tema da palestra apresentada em maio pelo Dr. Marcelo Braz. O evento aconteceu no dia 18, no au-

ditório do Hospital Rios D´Or, na Zona Oeste.

No dia 25 de julho, no Hospi-tal Copa D´Or, o Dr. Carlos Eduar-do Junqueira ministrou palestra sobre O uso do Surgisis em Cirurgia Pediátrica, que foi seguida por de-bate sobre tópicos abordados du-rante no XIV Congresso Brasilei-ro de Urologia Pediátrica, ocorrido em junho.

Para a reunião de setembro, realizada no dia 21, a palestran-te convidada foi a Dra. Beatriz Ca-margo, oncologista pediátrica de São Paulo, que falou para um pú-blico de 30 pessoas no auditório do Prontobaby - Hospital da Criança.

A próxima reunião está pre-vista para ocorrer em 30 de no-vembro, no Hospital Copa D´Or. Oportunamente a CIPERJ di-vulgará o nome do conferencista convidado.

RIO DE JANEIRO

(Da esq. p/ a dir.) Drs. Marco Daiha, tesoureiro da CIPERJ; Sperandio Del Caro; Mario Eduardo Viana, diretor médico do Prontobaby; Kleber M. Anderson, vice-presidente da entidade; e Laura Helman, além de diretores do hospital.

Div

ulga

ção/

CIP

ERJ

N. R.: Esta seção é destinada à divulgação de notícias de todas as associações estaduais e regionais de Cirurgia Pediátrica. Basta enviar informações e fotos para o email [email protected] ou [email protected].

CIPERJ dá andamento às reuniões científicas As reuniões se realizam a cada dois meses, alternadamente nas diferentes regiões da capital. A próxima realiza-se em novembro, na Zona Sul

Movimento obtém vitórias e prossegueCom paralisação do atendimento, especialistas reivindicam remuneração pelo plantão médico à distância e obtém conquistas

No dia 20 de dezembro do ano passado, no Rio de Janeiro

(RJ), havia sido iniciada a parali-sação do atendimento dos cirurgi-ões pediátricos a clínicas e hospitais particulares que não fizeram acordo para a devida remuneração do sobre-aviso médico. Resoluções do Conse-lho Regional de Medicina do Esta-do do Rio de Janeiro (CREMERJ nº 193/2003) e do Conselho Federal de Medicina (CFM nº 1834/2008) defi-nem que os médicos não podem tra-balhar de sobreaviso sem que haja pagamento para o período em que permanecem à disposição da unida-de de saúde. A paralisação, decidida em assembleia da CIPERJ, contou

com o apoio do CREMERJ.Já em janeiro de 2011, o mo-

vimento registrava grandes con-quistas, pois cerca de 70% das ins-tituições haviam chegado a um entendimento com os especialistas.

Mas os ânimos não arrefece-ram e ao longo do ano novos con-tratos foram formalizados com clí-nicas e hospitais.

No dia 21 de setembro, durante reunião científica (veja mais nesta se-ção), ocorreu novo debate sobre o as-sunto, Na ocasião, a CIPERJ apresen-tou os dois processos que correm no CREMERJ, contra hospitais e cirur-giões pediátricos que foram denun-ciados por atuarem sem terem um

acordo de sobreaviso médico remu-nerado, desrespeitando a legislação.

Na data também foram apro-vadas as linhas mestras de um mo-delo de contrato a ser adotado, que, após análise jurídica e eventuais ajustes, será colocado a disposição dos interessados no site da CIPERJ, www.ciperj.org.

Também foram discutidas for-mas de melhorar a remuneração de procedimentos em UTI Neonatal. Com o objetivo de delinear estraté-gias de ação, a entidade está promo-vendo consulta aos associados, para melhor conhecer a dinâmica desses pagamentos, por meio de formulá-rio disponível em seu site.

A nova diretoria que deve-rá conduzir a CIPE-RN até

2012 já está atuando. O novo grupo diretor é presidido pelo Dr.

Sérgio Pacheco Ferreira de Melo, tendo como vice-presidente, se-cretário e tesoureiro, respectiva-mente, os Drs. Zita de Souza Ro-

cha (que presidiu a entidade em gestões anteriores), Ulysses Ca-valcante e Cavalcante e Manoel Marques de Melo.

Conheça a nova diretoriaRIO GRANDE DO NORTE

I Summer Meeting de Cirurgia Pediátrica e novo site

BAHIA

No dia 15 de dezembro, a Asso-ciação Bahiana de Cirurgia Pediátrica (CIPE-BA), junto com a Liga Acadê-mica de Cirurgia Pediátrica (LACI-PE) e a Residência de Cirurgia Pedi-átrica do Hospital da Criança/OSID, realizaram o I Summer Meeting de Ci-rurgia Pediátrica da Bahia. O evento, iniciado às 19h, teve apresentação de palestra sobre Novos Introdutores para Gastrostomia, com demonstração ao vivo em manequins, pelo Dr. Max Carsalad Schlobach.

O I Summer Meeting de Cirur-gia Pediátrica da Bahia foi divul-gado no novo site da CIPE-BA – www.cipebahia.webnode.com.br –, o mais novo canal de divulgação da entidade.