jornal a voz do espinheiro - maio 2012

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Inscrito no ICS com o nº 101 550 ISSN 2182-1542 ANO XLI N.º 428 MAIO 2012 MENSAL- 0,50 Tiragem: 100 Redacção: Rua Principal, 312 MENSÁRIO REGIONALISTA Fundador: João David Lourenço 2380 – 325 Espinheiro Fundado em 1972 Proprietário: Junta de Freguesia de Espinheiro Redactor Principal: Fátima Carloto ISSN 2182-1542 Director: Luís Saca MAIO EM FESTA - ESPINHEIRO TASQUINHAS E MUITA DIVERSÃO 17, 18, 19, 25, 26, 27 de Maio. O Grupo de Jogo do Pau de Cepães Fafe animando o serão com as suas concertinas minhotas no recinto das Tasquinhas Dois fins-de-semana com gastronomia, desporto e muita animação Páginas 8 e 9 Aos Assinantes/Leitores de A VOZ DO ESPINHEIRO O bem bem-haja pela colaboração que mensalmente vem prestando ao nosso mensário regionalista A Voz do Espinheiro, quer enviando artigos, dando os dados de notícias familiares, ou pagando a sua assinatura anual. Aproveito para dar conhecimento que a vossa colaboração é essencial para manter vivo o jornal local que nós temos o privilégio de possuir. As associações que desejam colaborar, podem fazê-lo por e-mail ou via ctt. As notícias da nossa aldeia estarão sempre em primeiro plano, mas para isso façam-nas chegar à redacção. Fátima Carloto Museu da Boneca Alcanena Assinalou o terceiro aniversário com um convívio no dia 9 de Maio 2012 Página 10

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Jornal A Voz do Espinheiro - Maio 2012

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Page 1: Jornal A Voz do Espinheiro - Maio 2012

Inscrito no ICS com o nº 101 550

ISSN 2182-1542

ANO XLI N.º 428 MAIO 2012 MENSAL- 0,50

Tiragem: 100

Redacção: Rua Principal, 312 MENSÁRIO REGIONALISTA Fundador: João David Lourenço

2380 – 325 Espinheiro Fundado em 1972 Proprietário: Junta de Freguesia de Espinheiro

Redactor Principal: Fátima Carloto ISSN 2182-1542 Director: Luís Saca

MAIO EM FESTA - ESPINHEIRO TASQUINHAS E MUITA DIVERSÃO

17, 18, 19, 25, 26, 27 de Maio.

O Grupo de Jogo do Pau de Cepães – Fafe

animando o serão com as suas concertinas minhotas

no recinto das Tasquinhas

Dois fins-de-semana com gastronomia, desporto

e muita animação Páginas 8 e 9

Aos Assinantes/Leitores de A VOZ DO ESPINHEIRO

O bem bem-haja pela colaboração que mensalmente vem prestando ao nosso mensário regionalista A Voz do Espinheiro, quer enviando artigos, dando os dados de notícias familiares, ou pagando a sua assinatura anual. Aproveito para dar conhecimento que a vossa colaboração é essencial para manter vivo o jornal local que nós temos o privilégio de possuir. As associações que desejam colaborar, podem fazê-lo por e-mail ou via ctt. As notícias da nossa aldeia estarão sempre em primeiro plano, mas para isso façam-nas chegar à redacção. Fátima Carloto

Museu da Boneca Alcanena Assinalou o terceiro aniversário com um

convívio no dia 9 de Maio 2012

Página 10

Page 2: Jornal A Voz do Espinheiro - Maio 2012

2 ________ A VOZ DO ESPINHEIRO __________ MAIO 12

Crónica do Mês __________________ Por António Alves

Monte Ararat

Para tudo há um fim e a minha estadia na Holanda também chegou ao fim.

Mas hoje vamos falar sobre o monte Ararat, local onde Noé pousou com a sua arca, depois do Dilúvio que assolou a terra.

Fica situada na Arménia turca e os arménios, ao contrário dos turcos têm uma pátria, mas não vêem os turcos com muito bons olhos.

Nestes últimos dias que passei na Holanda trabalhei ao lado de um turco, cujos pais são naturais de Azerbaijão e do Irão e que nasceu junto ao monte Ararat.

Simpatiza com Hezbolah. O Hezbolah são aqueles doidos palestinianos que colocam bombas em Jerusalém, em Telavive e em Haifa, as principais cidades de Israel, matando inocentes que não têm culpa nenhuma que os políticos não sejam capazes de resolver estas questões.

São como as questões económicas que afligem Portugal, nos tempos que correm.

Como disse noutra crónica, os portugueses estão a ser literalmente corridos da Holanda. Também chegou a minha vez de ser corrido.

Trabalhei 3 semanas em Gelderland a tal Terra Dourada e depois mandaram-me embora nem sei porquê.

As leis que um partido de extrema-direita, que tem a pasta da imigração no Governo impôs aos imigrantes é de correr com eles todos daqui para fora.

Para cá ficar agora tinha que entrar com 1500 euros para a renda da casa, mais 3000 euros pela mobília quando ainda não juntei mais que 900 euros e nem trabalho garantido tenho. Mesmo que o tenha este Verão, quando chegar a Setembro virá novo calvário como o Hezbolah.

Mas, honestamente, vocês ainda acreditam que houve algum Dilúvio e que Noé pôs todos aqueles animais dentro da arca?

Imaginem um leão ao lado de uma gazela e uma serpente ao lado de um rato.

Ninguém sabe nada o que se passou. É claro que, pessoalmente acredito na Bíblia mas não levo à risca as palavras ali escritas, como fazem as testemunhas de Jeová.

Alguém me disse uma vez que “quem conta um conto acrescenta sempre um ponto”.

Em relação ao livro do Génesis eu acredito que a história de Adão e Eva é uma metáfora de alguém para explicar as razões do bem e do mal.

No mundo conhecido de então a América e a Austrália não existiam e o continente africano era quase desconhecido, a Europa estava cheia de tribos selvagens “assim como hoje está a Holanda” e a civilização encontrava-se apenas na Ásia, principalmente no Médio Oriente.

Por isso o Dilúvio podia muito bem ter ocorrido em cheias dos rios Tigre e Eufrates, no actual Iraque, que o autor bíblico exagerou para explicar as razões da ira de Deus em relação à Humanidade perversa e cheia de pecados.

Imaginem o que Deus há-de fazer com a Humanidade de hoje cheia de terroristas, de ladrões e de prostitutas.

Não vai fazer nada. A vida continuará como sempre foi até aqui cheia de homens bons e maus, de gente humilde e honesta e de gente perversa e pecadora.

O mundo não vai acabar a 21 de Dezembro, como diz o calendário maia, assim como não acabou no último eclipse do sol de 1999 nem vai acabar por eu largar a Holanda de uma vez por todas. Ser emigrante é a pior coisa que pode acontecer a um ser humano.

P.S. – Atenção que eu acredito no mistério de

Fátima e nas aparições de Nossa Senhora e Ela não diz coisas boas para a Humanidade. Devemos estar atentos.

Haia, 17 de Abril 2012

Continua na página 5

Page 3: Jornal A Voz do Espinheiro - Maio 2012

MAIO 12 ______ A VOZ DO ESPINHEIRO ________ 3

Magusto ou Lapardana

(Ribatejo)

A sua História

Principalmente atribuída a maiorais ou

outros trabalhadores agrícolas, que por vezes andavam sem vir a casa uma ou duas semanas, reduzindo a sua alimentação ao pão, azeite, bacalhau, peixe salgado, azeitonas, toucinho, enchidos, batatas, cebola, alho e feijão.

Os alforges eram aviados de facto para os oito ou quinze dias, mas, se por acaso o trabalho corria mal, tal como ficarem retidos por causa das cheias, para se acabarem um trabalho que não valia a pena voltarem para a semana seguinte, ou ainda gado que se tresmalhava e ia para longe, aí ficavam mais dias porque esta profissão não permitia abandono dos animais.

E era aqui, que nos cantos (Pernis) do fundo dos alforges se procurava o que lá houvesse para se poder matar a fome.

O que lá haviam de encontrar? - Um bocado de pão duro, azeitonas, um

bocado de bacalhau e pouco mais, às vezes a caldeira ainda tinha um resto de batatas ou feijão cozido (ou verduras).

Pobres Sobras: 1. Lume aceso; 2. Caldeira com água pendurada na burra

de ferro ou de pau; 3. Quando a água ferve deitam-se as

verduras, que por vezes nem couves tinham, e procuravam outras nomeadamente, saramagos, grelos irrexa, cardos (cangainhas);

4. Quando estão quase cozidas, junta-se o pão migado e o alho e sempre a ferver derretia-se tudo com a colher de pau (girifalde), juntando o azeite (à altura de um metro do azeiteiro de corno). Se havia batata ou feijão também se juntava.

5. Entretanto assava-se o bacalhau ou as petingas que acompanhavam com as azeitonas.

Xico Zé

Verdelho

Quinta-feira de Ascensão ou Dia da Espiga 17 de Maio – Feriado Municipal de Alcanena

Um pouco por todo o país se comemora a Quinta-feira de Ascensão, que sendo feriado em vários concelhos, aproveita-se para manter a tradição, apanhando-se o ramo campestre, e efectuando-se actividades diversas.

Sabemos no entanto que já não é como era, e como outras tradições, muitos menos pessoas colocam o raminho atrás da porta de entrada, contudo, até nas vilas e cidades se vêem à venda…

Cabeço de Santa Marta – Moitas de Venda Assim por aqui, além das comemorações do

Aniversário do Concelho de Alcanena, também no Cabeço de Stª Marta em Moitas de Venda – Alcanena é dia de romaria, com missa, procissão e bênção dos campos. Depois almoço baile e actuação do Rancho local, onde impera o convívio.

Dezenas de pessoas sobem anualmente para este convívio que outrora era diferente na medida em que cada um levava o seu ‘farnel’ e em perfeito convívio partilhavam e comiam após as celebrações religiosas.

Um pouco da história do Dia da Espiga Crê-se que esta celebração tenha origem nas antigas tradições pagãs e esteja ligada à tradição dos Maios e das Maias.

O dia da espiga era também o "dia da hora" e considerado "o dia mais santo do ano", um dia em que não se devia trabalhar. Era chamado o dia da hora porque havia uma hora, o meio-dia, em que em que tudo parava, "as águas dos ribeiros não correm, o leite não coalha, o pão não leveda e as folhas se cruzam". Era nessa hora que se colhiam as plantas para fazer o ramo da espiga e também se colhiam as ervas medicinais. Em dias de trovoadas queimava-se um pouco da espiga no fogo da lareira para afastar os raios.

As várias plantas que compõem a espiga têm um valor simbólico profano e um valor religioso.

A simbologia por detrás das plantas que

formam o ramo de espiga:

Espiga – pão;

Malmequer – ouro e prata;

Papoila – amor e vida;

Oliveira – azeite e paz; luz;

Videira – vinho e alegria

Alecrim – saúde e força.

Page 4: Jornal A Voz do Espinheiro - Maio 2012

4 _________ A VOZ DO ESPINHEIRO ________ MAIO 12

Recordando e aprendendo com:

Albertino Henriques Barata

A Professora Universitária

Deolinda Costa Martins

Continuo a escrever sobre Mulheres ilustres, como prometi.

A Médica Deolinda Costa Martins, natural de lisboa, terminou o Curso de Medicina na Universidade de Coimbra em 1957, com a alta classificação de 17 valores.

Pouco tempo depois, tirou os Cursos de

Medicina Tropical e de Medicina Sanitária. A notável Médica Portuguesa foi “Master

Degree” em Saúde Pública na Universidade da Califórnia, como bolseira e “Doctor of Public Hearth” na Universidade da Pensilvânia.

Deolinda Costa Martins foi também

Professora Extraordinária nos Estados Gerais da Universidade de Lourenço Marques em 1975.

A par destas actividades, mostrou-se muito

interessada pela saúde das populações carentes, tendo sido autora de trabalhos científicos participante em vários Congressos e Conferências. Devo destacar que a Doutora Deolinda costa Martins foi a primeira Médica a doutorar-se em Coimbra, num tempo em que as Mulheres, na sua maioria, se contentavam com o estatuto de “donas de casa” com muitos deveres e pouco direitos.

Os tempos mudaram e hoje, as Mulheres não

querem ser “fadas do lar”, palavras que hoje são quase depreciativas.

Mª. Fernanda Barata

Leiria, 28 de Maio 2012

Moita Flores suspende mandato na Câmara M. Santarém

Moita Flores e sucessor Ricardo Gonçalves

Francisco Moita Flores, Presidente da

Câmara Municipal de Santarém, suspendeu o mandato após ter sido convidado a ingressar na candidatura à Câmara Municipal de Oeiras para as próximas eleições que se realizarão em Outubro de 2013.

Determina a lei que suba a presidente o

número dois da lista, sendo o Vereador Ricardo Gonçalves a tomar o actual Presidente em exercício da Câmara Municipal de Santarém.

Quadras em Homenagem a João Davide Lourenço

Por António Serrenho

No dia 19 de Maio de 2012 Houve a primeira edição, A Corrida João Lourenço no Espinheiro Para todos ficou a recordação. Houve a primeira edição Há Junta há que dar louvor, Fez uma homenagem ao João Lourenço Homem de grande valor. A corrida João Lourenço no Espinheiro Foi bonita de se ver, Enquanto uns caminhavam Outros fartavam-se de correr. Outros fartavam-se de correr Para ver quem era campeão, Aqui fica um apelo Que para o ano haja continuação.

A.S.

Page 5: Jornal A Voz do Espinheiro - Maio 2012

MAIO 12 _________ A VOZ DO ESPINHEIRO _________ 5

Espaço para os Poetas

Gonçalves Crespo

Este notável Poeta nasceu no Brasil, mas

viveu em Portugal, onde escreveu sentidos poemas.

De rara sensibilidade e originalidade, a sua Poesia vai ao coração de cada leitor.

Aqui fica registado o poema “Alguém” «Para alguém sou o lírio entre abrolhos E tenho as formas ideias de Cristo Para alguém sou a vida e a luz dos olhos E se na terra existe, é porque existo. Esse alguém, que prepare ao namorado Cantar das aves minha rude voz, Não és tu, anjo meu idolatrado! Nem, meus amigos, é nenhum de vós! Quando alta noite, me reclino e deito Melancólico, triste e fatigado Esse alguém abre as asas no meu leito, E o meu sono deslisa perfumado. Chovam bênçãos de deus sobre a quem chora Por mim além dos mares! Esse Alguém É de meus dias a esplendente aurora, És tu, doce velhinha, ó minha mãe!»

Mª Fernanda Barata

Leiria, 28 Abril de 2012

Crónica de António Alves

Monte Ararat

Despedida Continuação da página 2

Para tudo há um fim

Para a vida, para a morte

A terra não é um jardim

Nem o azar pode ser sorte.

Vivemos neste inferno

De mágoa e ignorância,

O Verão não é Inverno

Fraca foi a nossa infância.

Já ninguém nos quer aqui

E vamos ter de regressar

Esta montanha não subi

Na planície de alagar

Nem tenho medo de ti,

Que me andas a fritar. António Alves

Continuação da página 11

Quando um membro é amputado por causa de

um tumor maligno, o tratamento não termina

com a amputação e o uso de prótese; a

quimioterapia e/ou radioterapia, assim como o

acompanhamento clínico são necessários.

As áreas mais vulneráveis do corpo são aquelas

sobre as quais nos apoiamos. Estas áreas de

contacto podem causar problemas.

Não se pode descurar o lado psicológico destas

pessoas, até porque a perda de um ou vários

membros pode levar o amputado ao desespero.

Habitualmente, não há tempo para fazer o

reajuste à nova situação.

É fácil falar em adaptação, mas é necessário um

tempo prolongado de readaptação. Contudo,

pode-se reaprender a viver o melhor possível.

Para isso é necessário força de vontade e

espírito de cooperação tanto do amputado como

de quem o rodeia.

(Fonte: Guias para pessoas idosas, Direção Geral da Saúde)

Elisabete Vieira – Directora Técnica do

CBESE “Não há velhice, quando há juventude na alma.”

Page 6: Jornal A Voz do Espinheiro - Maio 2012

6 _________ A VOZ DO ESPINHEIRO _________ MAIO 12

Sua loucura, outros que lhe a tomem, com o que nela ia.

Sem loucura o que é o homem

O mês de Maio, a fazer lembrar os tempos em que o T’ João Lourenço animava a freguesia com as suas iniciativas, foi farto em atividades recreativas, culturais e desportivas no Espinheiro. Teve até a particularidade de nele se ter realizado uma corrida de atletismo com o seu nome. Uma pequena mas justa homenagem ao seu contributo para o desenvolvimento da prática desportiva no Espinheiro.

Nunca é demais lembrar e enaltecer a sua

obra em prol do Espinheiro, ainda que esta tenha merecido em tempo oportuno o reconhecimento e gratidão de todos os espinheirenses e edilidades locais. Benemérito e dinamizador cultural espinheirense, assim arremata a placa toponímica que atribui o seu nome ao largo frontal à Casa do Povo.

FATAREL 97 – Feira das Aldeias da Região- Parque do Rio dos Cantos – Espinheiro – Uma organização de João Davide Lourenço

Num tempo em que no Espinheiro a

atividade desportiva e cultural era praticamente inexistente e pouco valorizada, “coisas para quem não tinha nada que fazer” as suas iniciativas tanto suscitaram interesse e curiosidade na população, como desinteresse e comentários mais ou menos jocosos. “Lá anda o João Lourenço com mais uma das suas maluquices”, era frequente ouvir-se quando os foguetes anunciavam mais uma das suas iniciativas. Fosse como fosse, o facto é que nada o

desviava e cansava de continuar a levar em frente o seu sonho de conseguir mais e melhor para o Espinheiro. Mais infra-estruturas, mais equipamentos, mais desporto, mais cultura, mais diversão. Mal acabava de sair de uma já se estava a meter noutra e se o desafiavam a realizar o que quer que fosse para benefício da sua terra, o mais certo era levarem prontamente com um “Vamos a isso!”.

Percebemos hoje, talvez melhor do que nunca, a importância das suas ações, como por elas o Espinheiro na 2ª metade do século passado se modernizou e nisso se distanciou das aldeias da região, muitas delas a debaterem-se ainda hoje pelos melhoramentos que então conseguimos.

Luís Saca

Crónica II ______ Por António Alves

Continuação da página 13

Avé Maria

Pois, eu ando com a pancada do número 48, por todas as razões que as pessoas que lêem as minhas crónicas já sabem. Pois, outro dia ia a passar à procura desse número, numa rua da cidade e encontrei uma coisa curiosa: o número 48 não estava lá. Em seu lugar encontravam-se duas cartas de baralho: um 4 de copas e um 8 do mesmo naipe e o nome de algumas pessoas. Que é que isto significava?

Amor Ando a ficar maduro E pronto para quebrar. Estou a ficar um duro, Tudo me quer enervar.

Hoje vi uma mulher Alta, de cabelos louros Que me anda a entreter A mim e a alguns mouros.

Vende-me muito café, Às vezes fica nervosa, Mas eu tenho alguma fé

Que ela não é vaidosa Um poste, quando de pé, Não vai ser minha esposa.

Page 7: Jornal A Voz do Espinheiro - Maio 2012

MAIO 12 _______ A VOZ DO ESPINHEIRO _________ 7

Tempo de Poesia

Quadras Típicas Portuguesas

Ribatejo Borda-d’água, Borda-d’água Borda-d’água Santarém, Vale mais a borda-d’água Do que quanto o mundo tem.

Pela borda-d’água abaixo Navios à vela vão Naquele mais dianteiro Navega o meu coração.

Santarém é boa terra Dá de comer a quem passa Quem não levar dinheiro no bolso Nem água lhe dão de graça.

Fui um dia a Santarém Para ver o Santo Milagre Em terra de gente Santa Nunca vi tanta maldade.

Os campinos são figuras características do Ribatejo quer da lezíria, da charneca ou da borda-d’água. Para eles aqui vão duas quadras em sua homenagem:

Barrete verde a preceito Com o sol a bater a pino Colete encarnado ao peito Olhando em frente o destino.

De vara brandida a jeito Na paisagem d’ouro fino Aqui temos o sujeito Sua excelência o Campino.

A.S.

Na rosa linda fixei o olhar deixei os meus trabalhos pendentes fiquei parada a sonhar caíram lágrimas luzentes

Clara Antunes Luz

Quadras Soltas Se passares por mim na rua Ficas já a saber Bate mais o coração… Será por eu te ver? Os teus olhos são tão lindos Os teus olhos lindos são Quando olho para eles Bate mais o coração.

de Xico Zé Chamas-te aos meus cabelos Poleiro de passarinhos Eu chamei à tua boca Gaiola dos beijinhos.

Popular cedida por Xico Zé

FELIZ DIA DA ESPIGA

Fui ao campo colher o ramo

Para formar a minha espiga

Colho... flores para todo ano

Sigo os passos da formiga

Fui para a seara bem cedo

Ainda bastante orvalhada

Na claridade do arvoredo

Fiz a espiga de alvorada

Juntei pão ouro e prata

Ramo de amor e vida

Azeite e paz luz à farta

Vinho e saúde pedida

Espiga com malmequeres

Papoilas e ramo de oliveira

Vou levar-to onde quiseres

Videira alecrim para a vida inteira

No DIA DA ESPIGA onde estiveres

Anónimo

Page 8: Jornal A Voz do Espinheiro - Maio 2012

8 _________ A VOZ DO ESPINHEIRO ________ MAIO 12

MAIO EM FESTA - ESPINHEIRO TASQUINHAS E MUITA DIVERSÃO

As Tasquinhas decorreram nos dias 17, 18, 19, 25, 26, 27 de Maio.

Com a colaboração das Associações do

Espinheiro, e o apoio da Junta de Freguesia e Câmara Municipal de Alcanena os espinheirenses e seus visitantes puderam disfrutar de dois fins-de-semana de grande diversão e com muitos e bons petiscos.

Confraternização das duas equipas de jogo do pau, Cepães – Fafe e Espinheiro

Logo no dia 19 de Maio, houve o encontro de

Jogo de Pau, com o Grupo de Cepães - Fafe e Equipa de Jogo do Pau da Casa do Povo de Espinheiro, junto à Casa do saudoso João Davide Lourenço, impulsionador desta Equipa de Pau. Uma justa homenagem que a Junta de Freguesia e Câmara Municipal quiseram prestar. No final deste encontro a Vereadora Maria João Gomez tomou da palavra e elogiou a iniciativa. De seguida falou o Presidente da Junta de Espinheiro, Arménio Almeirão e no final a neta de João Lourenço, preferiu uns versos de homenagem ao seu ente querido.

Que passo a transcrever: Cantava sem parar, Escrevia a dobrar. Era assim o meu avozinho Que adorava dançar. A todos encantou E em todos ficou na memória.

João Lourenço, O Homem que fez história. Por esta aldeia trabalhou, Por esta aldeia se esforçou. E tudo aquilo que queria, Este Homem alcançou. Jogava o jogo do pau, E sabia bem jogar. Era um grande campeão, O Homem que o Espinheiro fez avançar. Corria, corria, corria E sempre um sorriso tinha. Corria sem parar, Para com uma medalha Ele poder ficar. Este poema está a acabar, Mas muita coisa Deste grande Homem Há que falar. Por Telma Lourenço

Junta de freguesia (Presidente, Secretário e Tesoureiro). Presente também a Vereadora da Câmara Alcanena, Maria João Gomez entregando um prato alusivo à ‘Corrida/Caminhada João Lourenço’ à sua neta após a leitura das quadras em homenagem ao avô. Onde também tomaram da palavra e enalteceram o Homem que foi João Davide Lourenço para a sua aldeia.

Continua na página seguinte

Page 9: Jornal A Voz do Espinheiro - Maio 2012

MAIO 12 ________ A VOZ DO ESPINHEIRO __________ 9

MAIO EM FESTA - ESPINHEIRO TASQUINHAS E MUITA DIVERSÃO

As Tasquinhas decorreram nos dias 17, 18, 19, 25, 26, 27 de Maio.

Continuação da página anterior

De seguida deu-se início à Corrida em sua homenagem, corrida João Lourenço, com a participação de muitos espinheirenses e visitantes. Finalizando a corrida com atribuição de lembranças aos participantes. O convívio continuou na Casa do Povo com convívio…

Concentração para a Corrida/caminhada João Lourenço

À noite houve a apresentação do Projecto São Pedro Fora de Portas do Cine-Teatro de Alcanena, pelo Coro da Associação Musical e Tradições de Espinheiro. Uma experiência que os elementos do Coro viveram durante cerca de três meses e que daqui também poderão tirar proveito de efeitos que ali aprendeu, tais como o prévio aquecimento antes dos ensaios, e introdução de segundas vozes em algumas cantigas do nosso reportório.

Sabemos que foi do agrado geral do público presente, mas também houve que não gostasses tanto e prefere ouvir-nos na nossa ‘versão original’

Como vem sendo hábito, o grupo de jogo do pau de Cepães trouxeram as suas concertinas e alegraram os presentes com cantigas à desgarrada, onde também alguns presentes se levantaram e dançaram ao som das desgarradas minhotas.

Poderia ter sido um pouco mais extenso e alegre este bailarico mas por falta de entendimento entre alguns dirigentes, as concertinas depressa se calaram….

A noite continuou animada com baile no

salão da Casa do Povo com o conjunto KRIZZE.

No Domingo, 20 de Maio houve algumas actividades Radicais no Parque do Rio dos Cantos e almoços e jantares nas Tasquinhas.

No Sábado 26 de Maio, logo pela manhã

voltou a haver actividades radicais no Rio dos Cantos, seguindo-se-lhe almoços nas Tasquinhas/Petiscos.

Grupo Danças e Cantares “Os Aventurados” do centro de Reabilitação e Integração Torrejano (CRIT)

À noite houve a actuação do Grupo Danças e Cantares “Os Aventurados” do centro de Reabilitação e Integração Torrejano (CRIT) de Torres Novas e mais uma vez o Coro do Espinheiro cantou algumas das suas cantigas populares do seu reportório.

Seguiu-se uma noite agradável com Karaoke, onde houve muita aderência dos presentes que ousaram cantar as suas músicas e cantores favoritos.

Foi também um serão bastante animado onde não faltou também o café da avó e as filhós da perna gorda.

No Domingo, voltou a haver jogos tradicionais no Parque do Rio dos Cantos e almoços, jantares e petiscos.

Fátima Carloto

Page 10: Jornal A Voz do Espinheiro - Maio 2012

10 ________ A VOZ DO ESPINHEIRO _________ MAIO 12

Museu da Boneca Alcanena

«O Museu da Boneca é um equipamento tutelado pela Câmara Municipal de Alcanena que expõe e divulga uma colecção visitável de bonecas, propriedade de Rosa Maria Vieira, que ao longo dos anos reuniu cerca de 6000 exemplares de bonecos e bonecas das mais variadas formas, tamanhos e materiais.»

ACTIVIDADES DOS PRÓXIMOS MESES

JUNHO MOTE - DIA 14 BONECOS DEDOCHES - DIA 21 BONECO POPULAR - DIA 28 PEDRAS PARA PINTAR

JULHO MOTE - DIA 5 BONECOS DIVERTIDOS PARA MONTAR

- DIA 12 BONECOS SORRIDENTES - DIA 19 DIA DOS AVÓS – MOLDURA - DIA 26 DIA DA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA

Museu da Boneca Assinalou 3º Aniversário no dia 9 de Maio.

Foi em ambiente festivo que no passado dia

9 de Maio o Museu da Boneca em Alcanena festejou o seu 3º Aniversário.

A festa de aniversário contou com a presença de muitas crianças e idosos e todos os que não quiseram faltar a inauguração de mais uma exposição.

Os festejos do aniversário tiveram o seu iniciam com uma saudação seguida de um pequeno discurso pela Presidente da Câmara Municipal de Alcanena, Fernanda Asseiceira.

De seguida deu-se a visita às diversas salas

do Museu, onde se pode apreciar a notória mudança das diversas bonecas expostas. Com destaque principal para uma sala onde apenas fazem parte as bonecas oferecidas ao Museu

A festa culminou com alegria cantando os parabéns e partilhando um bolo de aniversário na expectativa de que muitos mais aniversários de comemorarão neste Museu da Boneca.

De salientar que o espaço ficou aberto a fotografia, porque até ao momento não era permitido fotografar.

Fátima Carloto

A VOZ DESPORTIVA

Atlético Clube Alcanenense campeão distrital de futebol

1º ALCANENENSE - 42Pontos 2º TORRES NOVAS - 40Pontos 3º AMIENSE - 32 Pontos

Com uma vitória por 2-0 em casa frente ao Mação e o empate do Torres Novas no campo do Ouriense o Atlético Clube Alcanenense celebrou a conquista do Campeonato da Divisão de Honra da Associação de Futebol de Santarém no domingo, 6 de Maio, na décima e última jornada da fase final de apuramento do campeão.

A equipa de Alcanena consegue assim, após anos de insistência, o título distrital, que lhe garante a subida à III Divisão Nacional. O Alcanense somou 42 pontos, mais dois que o Torres Novas. O Amiense ficou no terceiro lugar final com 32 pontos. In Mirante

Page 11: Jornal A Voz do Espinheiro - Maio 2012

MAIO 12 __________ A VOZ DO ESPINHEIRO __________ 11

O modo de enfrentar e viver com amputação de um membro inferior varia de acordo com a

sua causa. Por isso é importante identificar a doença que a determinou. A sua identificação

nem sempre é fácil, porque o amputado e as pessoas que o rodeiam não dão a devida

relevância a essa questão.

As causas da amputação de um membro são:

- Doenças vasculares (alterações circulatórias devidas a aterosclerose senil ou diabetes)

- Doenças não vasculares (Infeções agudas ou crónicas, tumores ou traumatismos)

A amputação devido a doenças vasculares tem um início traiçoeiro. Os sintomas podem só

aparecer decorridos alguns anos. Sintomas como a sensação de frio, dor ou feridas que não

cicatrizam manifestam-se habitualmente nas extremidades inferiores.

Para que a doença vascular possa ser prevenida ou minimizada, devem ser tomas as

seguintes precauções:

- Parar de fumar

- Em caso de ser diabético, fazer os testes de autovigilância, de forma a poder controlar a

diabetes

- Evitar o excesso de peso

- Consultar anualmente o médico oftalmologista, caso seja diabético

- Fazer as consultas médicas com regularidade

- Tomar sempre a medicação prescrita pelo médico

- Usar calçado confortável e adequado, bem como roupa quente quando estiver frio.

Os membros também podem sofrer amputações por outras causas que não sejam

relacionadas com doenças vasculares, tais como: acidentes, tumores e alterações

congénitas de desenvolvimento.

Quem sofre a perda de um membro, por motivo de acidente, pode substituir as funções

perdidas, mobilizando as capacidades restantes. Existem também diversas próteses

disponíveis que poderão ser adequadas a cada situação.

Continua na página 5

Page 12: Jornal A Voz do Espinheiro - Maio 2012

12 _________ A VOZ DO ESPINHEIRO ________ MAIO 12

A VOZ DESPORTIVA G.A.F.E.

JOGOS DE VETERANOS Por Manuel José

Estádio de Campelos 28-04-2012

CAMPELOS 2 ; G.A.F.ESPINHEIRO 1

Veteranos Campelos alinharam com: Camané; Vítor; Laranjeiro; Nelson; Emídio; Daniel; Florêncio; Rui Catrino; Nuno; Laurindo; Tó Manel SUPLENTES: Hélder; Clarindo; Marco; Vaia; Ludgero; Jorge; Rato TREINADOR: Ludgero A G. A. F. ESPINHEIRO alinhou com: Artur Avó; Henrique; Nuno Martinha; Edgar; Leonel Paulo; Padeirinho; José Moço; José Maria; Manuel Reis; Marinha; Cabé SUPLENTES: Sérgio; Célsio; Caim; Vítor Graça; Luís Saca MANAGER: Brites TREINADOR: Leonel Paulo e João Grilate ARBITRO: Ludgéro. Árbitros Assist: Fernando e Joaquim Manuel Numa tarde amena de primavera, realizou-se mais

um jogo de Veteranos entre as equipas de

Campelos e Gafe que terminou com a vitória da

equipa anfitriã por 2-1, tendo o golo da Gafe sido

marcado por CABÉ aos 68’. Apesar do domínio da

Gafe na 1ª parte, com 3 ou 4 oportunidades de

golo perdidas, inclusive na marcação de 1 penalty e

num remate ao poste num livre directo marcado

por Cabé, foi a equipa de Campelos a abrir o

marcador na única oportunidade por eles criada .

Na 2.ª parte manteve-se a superioridade de jogo da

Gafe que apesar disso realizou uma exibição menos

conseguida, acabando por sofrer novo golo numa

jogada de contra ataque da equipa adversária,

tendo alcançado o golo de consolação perto do fim

da partida através de mais uma bela jogada

colectiva concretizado por Cabé.

Seguisse um alegre jantar convívio no Restaurante

dos Severianos, onde se cimentou a amizade entre

os dois grupos que já se encontram desde o 1º jogo

realizado pela GAFE.

CAMPO D’AZENHA- AMIAIS DE BAIXO 05-05-2012

ARIBITROS: Edmundo; Manuel Varanda; João Grilate G A F ESPINHEIRO 5 ; VET. CAC PONTINHA 2 A G A F ESPINHEIRO alinhou com: Rui; Célsio; Eduardo (Cap.); Edgar Nobre; Sérgio Ferreira; Hélder; José Moço; Valter; José Maria; Cabé; Manuel José. SUPLENTES: Adelino; Artur; Luís Saca; Henrique; Carlos Alberto; Nuno Martinha; Marinha TREINADOR: Aurélio VETERANOS CAC PONTINHA alinharam com: Paulo do Ó; José Galindro (Cap.); Virgílio Pereira; Paulo Abelha; Pedro Coimbra; Nuno Pires, Carlos Rodrigues; Varau; Fernando; João Carlos; Nuno Vicente SUPLENTES: Bruno; José Claudino; Luís Oliveira; Leonel Alves; Paulo Piconéis TREINADOR: L. Alves GOLOS MARCADOS pela G A F E: 21min. Valter; 47min. Carlos Alberto; 65 min. Cabé; 68min. Cabé; 73min. Valter. GOLOS MARCADOS pelos VETERANOS CAC PONTINHA: 25min. Varau (GP); 32min. Varau Todos os suplentes participaram no jogo. Jogo bem disputado, com boas jogadas que originaram 7 golos e várias oportunidades de golo não concretizadas. Superioridade clara da GAFE. Após o jogo realizou-se um excelente convívio entre as equipas na Churrasqueira LEAMAD no Espinheiro.

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MAIO 12________ A VOZ DO ESPINHEIRO __________ 13

Crónica II __________________ Por António Alves

Avé Maria

Celebram-se hoje 95 anos sobre as aparições de Nossa Senhora, em Fátima.

Eu sou um devoto de Nossa Senhora, mesmo no tempo, em que tinha tendências mais comunistas.

Este ano tudo me tem acontecido de mal. No

momento em que estou a escrever esta crónica não tenho trabalho e o dinheiro está-se a acabar.

Na noite em que escrevi a “carta de Despedida” que enviei à Fátima Carloto estava com uma pilha de nervos, que não dormi nada. Não fui trabalhar no dia seguinte e fiquei desempregado.

Motivo desta pilha de nervos: ser português. A casa, onde moro agora, estava nas mãos

do tal comerciante natural do Porto, que era tesoureiro da capela onde se celebra missa católica, em português, e virou testemunha de Jeová.

O motivo desta conversão foi simples: desviou 4 000 euros da tesouraria para pagar produtos que comprou para a sua loja.

Conheci este comerciente, há três anos quando fui à sua loja pela primeira vez, com o Francisco, a quem eu apelidei de Capitão Robi, na crónica que escrevi sobre o Trogo e o Joio” da tal “Terra dourada” donde fui corrido por ter partido cerca de 10 plantas no meio de “um milhão” se não exagero.

Houve uma manhã que até um automóvel me ia “passando a ferro” quando ia a atravessar a estrada e só senti uma roda da viatura a roçar nas minhas calças. Foi apenas um susto nem parou para saber se eu tinha ficado bem ou mal.

Nesse dia em que fui com o Francisco à loja do comerciante a esposa estava a cozinhar uma feijoada, que cheirava muito bem. Abriu-me o apetite, mas não comi nada porque a feijoada estava encomendada.

Passei lá a ir quase todos os fins-de-semana

às compras e a beber café ao mesmo preço de Portugal.

Criou-se uma certa empatia e eu decidi mudar-me para a casa dele, porque ele prometeu inscrever-me na Câmara Municipal, que aqui é muito importante, por causa da reforma.

Ele trespassou a loja a uma filha e ficou desempregado, enquanto a mulher trabalhava a fazer limpezas mas ganhava pouco dinheiro. Viviam quase e apenas da renda que eu pagava.

Decidiram ir de vez para Portugal. A casa ia ficar vazia e uma mulher disse ao comerciante que não se importava de ficar com a casa mas que eu tinha que sair.

Foi então que me passou pela cabeça também a ideia de regressar a Portugal. Mas a casa é grande e boa, bem colocada entre um hospital e o mercado, com muitos transportes públicos à porta, foi pintada e arranjada pelo comerciante e eu até hoje nunca tive casa própria. O problema estava no dinheiro. Todas as economias que estavam no dinheiro juntado iam desaparecer. Mas o comerciante deu-me boas condições de pagamento e eu acabei por ficar com ela.

As pessoas que vêm viver comigo vão ajudar-me a pagar a renda e a viver descansado, na Holanda.

Eu acredito em Deus e não tenho dúvidas que “Ele” me vai ajudar. Aliás, sempre me ajudou. Infelizmente, os humanos com quem convivi toda a vida é que às vezes se esquecem que “Ele” existe e que não vale a pena fugir à sua vontade.

P.S. – Em Portugal era viciado em palavras e

passava o tempo a fazer palavras cruzadas. Aqui, sou viciado em números e todos os dias faço o SUDOKU.

Números é um dos primeiros livros da Bíblia, onde Abdul Bahá, o filho de Bahá’ u’ llah, o profeta da minha comunidade, se baseia para provar que o pai é um mensageiro de Deus.

Continua na página 6

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14 _________ A VOZ DO ESPINHEIRO ________ MAIO 12

Parabéns à Sociedade

Filarmónica Alcanedense

pelo seu 114º Aniversário

6 de Maio 2012

A Sociedade Filarmónica Alcanedense (SFA) viveu no passado dia 6 de Maio um momento que ficará para a história da centenária instituição.

A comemoração do 114º aniversário teve um pouco de tudo: concertos, homenagens, agradecimentos, convívio, emoção e a inauguração da nova sede da Banda de Alcanede.

O dia 6 de Maio de 2012 fica marcado com uma nova etapa para a Sociedade Filarmónica Alcanedense, na medida em que a partir deste momento irá passar a utilizar as antigas instalações da Escola Primária de Alcanede. Uma cedência de um protocolo assinado entre a Câmara Municipal de Santarém e a Filarmónica, e que tem um prazo de 10 anos renováveis automaticamente por iguais períodos.

Fátima Carloto

Necrologia ESPINHEIRO

Joaquim da Costa Garoto

17 Maio 2012

Faleceu no passado dia 17 de Maio, Joaquim da Costa Garoto, com 84 anos, natural de Espinheiro, viúvo de Silvina de Jesus Simões Inês.

Pai de Aida Delfina Garoto casada com Joaquim Garoto Soares e de Manuel Fernando Simões Garoto.

O seu funeral realizou-se no dia 18 de Maio para o cemitério do Espinheiro. Com celebração de missa de corpo presente. Após as cerimónias fúnebres, os seus familiares e amigos acompanharam-no até à sua última morada.

A toda a família, o Jornal “A VOZ DO

ESPINHEIRO” endereça sentidas condolências.

João Davide Lourenço

Um grande Homem, Fundador,

Proprietário e Director de ”A Voz do

Espinheiro”, que lembramos saudosamente.

A sua actividade era ilimitada, assim

como era ilimitado o seu amor pela terra que

lhe serviu de berço.

Morreu no mês de Abril, após uma vida

dedicada ao engrandecimento da sua terra à

Cultura, que tanto prezava.

Mª Fernanda Barata

Leiria, 27 de maio 2012

Maria Amélia Ribeiro Martinho

Esta Espinheirense, dotada de uma alma

sensível e amiga incondicional da sua terra, é lembrada hoje, em “A Voz do espinheiro” pela sua Amiga Maria Fernanda Barata.

Amante da poesia, que cultivava diariamente, deixou o Mundo quando havia tanto a esperar da sua criatividade.

Mª. Fernanda Barata

Leiria, 27 de Maio 2012

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MAIO 12 ________ A VOZ DO ESPINHEIRO _________ 15

PASSATEMPOS E DIVERSÕES

QUEBRA-CABEÇAS

Tente encontrar em todos os sentidos, excepto na diagonal 26 sinónimos da palavra “QUEBRA” ABATE DECLIVE GASTO ROMPIMENTO DESCONTO JAPA TOTURA ABATIMENTO APERTO DOBRA LABÉU RUGA EMBARAÇO MOTA RUPTURA BANCARROTA FALHA PERDA VERTENTE BRITAMENTO PIORIA VINCO CAIMENTO FALIMENTO DANO FALTA

Este mês os dias aumentam: em Lisboa 51min.; no Porto 55min.

EFEMÉRIDE DO MÊS: Maio pardo, ano claro.

5º MÊS MAIO 31 DIAS

ASTROLOGIA Os nativos de Touro têm a força como aliada; lutadores e teimosos procuram na sua vida profissional e amorosa a concretização das suas ambições. Incensos – Eucalipto, Pinho e Cravo; Pedra - Esmeralda; Metal – cobre; Cor - Verde

Culinária Semifrio Branco e Negro

ING: 150g chocolate em Tablete; 100g manteiga 1dl leite ; 4 gemas; 50g Açúcar; 3 folhas gelatina 5 dl natas; 1 lata leite Condensado; óleo p untar

PREP: Parta o chocolate, junte a manteiga e leve a derreter numa tigela em banho-maria. Leve a ferver o leite. Bata as gemas com o açúcar. Junte o leite quente em fio mexendo sempre. Adicione a mistura do chocolate mexa muito bem e deixe arrefecer. Demolhe as folhas de gelatina em água fria e depois derreta-a ao lume sem deixar ferver. Bata as natas em chantily, junte o leite condensado e a gelatina, mexendo sempre. Unte uma forma de fundo amovível com óleo. Disponha alternadamente os dois cremes, passe depois ligeiramente com um garfo para envolver um pouco e ficar uma mistura de 2 cores. Leve ao congelador para solidificar e quando servir decore com raspas de chocolate e cerejas ou framboesas.

Ria… se quiser!

Dois alentejanos, aproximando-se a hora do almoço discutem onde seria o melhor sítio para almoçar. Diz um deles: - Olha, aquele chaparro parece um bom sítio! - Tu estás tolo! - diz o outro - Estás a ver a estrada! Os gajos vêm lançados na curva e depois vêm bater no chaparro! - Então onde vamos comer? - Vamos comer no meio da estrada! E foram! Um homem que vinha de carro, ao ver dois homens no meio da estrada, não tem mais nada, desvia-se e vai bater no chaparro. Diz então o segundo alentejano: - Tás a ver compadre! Olha se a gente lá estivesse os dois!

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A VOZ De ESPINHEIRO

ENCONTRO DE COROS DO CONCELHO DE ALCANENA Quinta-feira de Ascensão 17 de Maio

No âmbito das comemorações do 98º

Aniversário do Concelho, foram convidados a participar no CINE TEATRO SÃO PEDRO em Alcanena os Coros do Concelho, no passado dia 17 de Maio, quinta-feira de Ascensão.

Grupo DÓ RÉ MI direcção de Maria do Céu Gameiro Lopes

Em primeiro lugar houve uma pequena actuação do Projecto DÓ RÉ MI das crianças do Jardim de Infância dos 3 aos 5 anos.

Um pequeno grupo de crianças de inglês sob

direcção de Annie Barbet

De seguida deu entrada em palco o CORAL POLIFÓNICO “JUBILARE” de Alcanena,

interpretando melodias a diversas vozes.

Coral Polifónico “Jubilare” sob direcção de Maria do Céu Gameiro Lopes

Coro do Espinheiro sob direcção de Eduardo G. Ferreira

Depois subiu ao palco o CORO DA

ASSOCIAÇÃO MUSICAL E TRADIÇÕES DE ESPINHEIRO, com o seu reportório de cantigas tradicionais que se cantavam, pelas gentes da nossa aldeia, nos campos e nas festas populares. Na plateia sentiu-se alegria e ouviram-se vozes a cantarem em simultâneo com o grupo do Espinheiro.

Coro Charales Chorus sob direcção de João

Chavinha Roque Gameiro

O encontro culminou com a atuacção do

grupo CHARALES CHORUS de Minde. No final das actuações, os grupos reuniram-

se e confraternizaram no piso superior, degustando um lanche.

Este encontro foi muito diversificado quer nas suas apresentações, quer nos reportórios.

Pela parte da Associação Musical e Tradições de Espinheiro fica o nosso bem-haja pelo convite e até uma próxima…

Fátima Carloto