jogos cooperativos e competitivos no escotismo

6
1 JOGOS COOPERATIVOS E COMPETITIVOS NO ESCOTISMO: REFLEXÕES E POSSIBILIDADES Christiane Garcia Macedo Graduanda – Faculdade Federal de Goiás - UFG RESUMO O presente trabalho tem como objetivo analisar a presença, preferência e importância dos jogos para escoteiros de 15 a 18 anos, focalizando na divisão: jogos cooperativos e competitivos. Os dados nos revelam a presença de jogos bem variados, com predominância de jogos competitivos e semi-cooperativos. Porém pelo movimento escoteiro ter como característica a cooperação entre seus participantes, se mostra um local aberto a outros jogos e a individualização na competição é atenuada. SUMMARY The present work has as objective to analyze the presence, preference and importance of the games for scouts of 15 the 18 years, focusing in the division: cooperative and competitive games. The data in disclose the presence to them of well varied games, with predominance of competitive and half-cooperative games. However for the scout movement to have as characteristic the cooperation between its participants, if shows an open place to other games and the competition is attenuated. RESUMEN El actual trabajo tiene como objetivo para analizar la presencia, la preferencia y la importancia de los juegos para los exploradores de 15 los 18 años, enfocándose en la división: juegos cooperativos y competitivos. Los datos adentro divulgan la presencia a ellos de juegos bien variados, con el predominio de juegos competitivos y mitad-cooperativos. No obstante para el movimiento del explorador para tener como característica la cooperación entre sus participantes, si se atenúan las demostraciones un lugar abierto a otros juegos y a la competición. 1 INTRODUÇÃO O escotismo é um movimento focado na educação não formal de jovens. É voluntário, sem vínculo com partidos políticos e aberto à participação de jovens de todas as crenças e origens sociais. Possui um projeto educativo baseado nos deveres para com Deus, o próximo e consigo mesmo. (UEB, 2006) Na definição de educação não formal o escotismo contribui e complementa a educação formal (sistema escolar) e informal (família, meios de comunicação e outros). É uma atividade organizada, fora do sistema formal, com objetivos educativos identificados, tem enfoque educativo holístico e reconhece que apenas contribui para a educação dos jovens (UEB, 2005). Uma das bases do Projeto Educativo do Movimento Escoteiro é o “aprender fazendo” e a “Vida em equipe”, o que torna o escotismo um local onde a aplicação de jogos e outras atividades similares recebe destaque.

Upload: fabiano-da-rocha

Post on 13-Sep-2015

8 views

Category:

Documents


5 download

DESCRIPTION

Jogos cooperativos

TRANSCRIPT

  • 1

    JOGOS COOPERATIVOS E COMPETITIVOS NO ESCOTISMO: REFLEXES E POSSIBILIDADES

    Christiane Garcia Macedo Graduanda Faculdade Federal de Gois - UFG

    RESUMO O presente trabalho tem como objetivo analisar a presena, preferncia e importncia dos jogos para escoteiros de 15 a 18 anos, focalizando na diviso: jogos cooperativos e competitivos. Os dados nos revelam a presena de jogos bem variados, com predominncia de jogos competitivos e semi-cooperativos. Porm pelo movimento escoteiro ter como caracterstica a cooperao entre seus participantes, se mostra um local aberto a outros jogos e a individualizao na competio atenuada. SUMMARY The present work has as objective to analyze the presence, preference and importance of the games for scouts of 15 the 18 years, focusing in the division: cooperative and competitive games. The data in disclose the presence to them of well varied games, with predominance of competitive and half-cooperative games. However for the scout movement to have as characteristic the cooperation between its participants, if shows an open place to other games and the competition is attenuated. RESUMEN El actual trabajo tiene como objetivo para analizar la presencia, la preferencia y la importancia de los juegos para los exploradores de 15 los 18 aos, enfocndose en la divisin: juegos cooperativos y competitivos. Los datos adentro divulgan la presencia a ellos de juegos bien variados, con el predominio de juegos competitivos y mitad-cooperativos. No obstante para el movimiento del explorador para tener como caracterstica la cooperacin entre sus participantes, si se atenan las demostraciones un lugar abierto a otros juegos y a la competicin. 1 INTRODUO O escotismo um movimento focado na educao no formal de jovens. voluntrio, sem vnculo com partidos polticos e aberto participao de jovens de todas as crenas e origens sociais. Possui um projeto educativo baseado nos deveres para com Deus, o prximo e consigo mesmo. (UEB, 2006) Na definio de educao no forma l o escotismo contribui e complementa a educao formal (sistema escolar) e informal (famlia, meios de comunicao e outros). uma atividade organizada, fora do sistema formal, com objetivos educativos identificados, tem enfoque educativo holstico e reconhece que apenas contribui para a educao dos jovens (UEB, 2005). Uma das bases do Projeto Educativo do Movimento Escoteiro o aprender fazendo e a Vida em equipe, o que torna o escotismo um local onde a aplicao de jogos e outras atividades similares recebe destaque.

  • 2

    O jogo uma atividade humana, que participa da construo e expresso dos significados numa sociedade. Freire (apud Brotto, 2001, p. 11) inclui no conceito de jogo todas as atividades ldicas humanas, como as cantigas de roda, a brincadeira com bonecas, trilhas, mmicas etc.

    A competio e a cooperao esto presentes no cotidiano da sociedade atual. Segundo SEVERINO (1994), a prtica do homem se apresenta nos mbitos produtivo, social e subjetivo. Produtivo trata da relao com a natureza, com as coisas fsicas e orgnicas, a transformao e adaptao a ela, do trabalho1.

    A cooperao um processo onde os objetivos so comuns, as aes compartilhadas e os resultados so benficos para todos e a competio um processo onde os objetivos so mutuamente exclusivos, as aes so individualistas e somente alguns se beneficiam dos resultados (Brotto, 2001, p. 27). A competio e a cooperao parece se dar apenas na esfera social, porm no pode ser dissociada da prtica subjetiva (especialmente dos valores e juzos) e da prtica produtiva, sendo muitas vezes determinada por esta. Estas duas dimenses esto presentes na histria da sociedade, e na histria dos jogos especificamente.

    Muitas vezes o jogo associado apenas competio. Provavelmente isso se intensificou na transio do modo de produo feudal para o modo de produo capitalista, com a mudana de valores onde o escolhido no era mais o destinado por Deus, mas aquele que era mais forte, mais poderoso ou com mais posses. E tambm pela grande valorizao do esporte olmpico na nossa sociedade.

    Esta idia est sendo quebrada ou pelo menos ganhando outras possibilidades pelo aumento de pesquisa no campo dos jogos cooperativos nos ltimos anos. Segundo Terry Orlick (1982, apud BROTTO, 2001, p. 47) o jogo cooperativo comeou a milhares de anos, quando membros das comunidades tribais se uniam para celebrar a vida. Pesquisas apontam para a importncia da insero de jogos cooperativos num projeto de sociedade mais humana 2. Os jogos cooperativos seriam aqueles onde os objetivos s seriam alcanados coletivamente, todos ganham, cada jogador tem sua importncia independente da sua habilidade, todos se divertem, h senso de unidade, h colaborao entre os participantes. Em oposio aos jogos competitivos, aqueles onde h diviso em equipes, onde uma deve superar a outra, conseqentemente ter um ganhador e um perdedor, h predominncia das habilidades individuais (Brotto, 2001, p. 56). Neste trabalho buscamos analisar a preferncia e importncia de jogos cooperativos e competitivos para escoteiros de 15 a 18 anos. 2 METODOLOGIA Este trabalho segue o mtodo da Pesquisa Participante. Sendo assim, aps a fase exploratria, foi apresentado ao grupo estudado o projeto e o que se pretende com ele, atravs de um seminrio. Ento, foram feitas as observaes, utilizando um dirio de campo e o registro por fotos (perodo de 1 ms), e elaborado uma entrevista semi-estruturada, que ser feito a cada participante e gravado, tanto aos jovens como aos adultos. Ao final da observao

    1 Trabalho: conjunto de atividades bsicas, por meio das quais os homens asseguram seu prprio sustento, pela produo de bens naturais, indispensveis e dos meios tcnicos para a produo dos mesmos (SEVERINO, 1994, p. 47) 2 Segundo Orlick (1989, apud BROTTO, 2001, p. 28) relao humanizadora seria aquela caracterizada por bondade, considerao, compaixo, compreenso, cooperao, amizade e amor.

  • 3

    realizaremos um seminrio final, a fim de apresentar os resultados e ouvir o grupo. Tambm buscamos conhecer e trazer para a analise a bibliografia do prprio grupo, que por ter uma organizao nacional, a UEB (Unio do Escoteiros do Brasil) e um Projeto Educativo com princpios e objetivos claramente definidos, tem relevncia na aplicao dos jogos. O resultado final ter divulgao para o grupo pesquisado e para o meio acadmico.

    Foram feitas entrevistas com 10 jovens e 2 chefes/escotistas. O chefe ou escotista um adulto que coordena a tropa e responsvel pelos jovens durante as atividades.

    O grupo escolhido foi a Tropa Snior Mista 2, do Grupo Escoteiro Goyaz. A faixa etria de 15 a 18 anos, que corresponde ao ramo Snior do movimento escoteiro. Sendo cerca de 14 participantes. A tropa a unidade funcional do ramo. Ou seja, um grupo de jovens da mesma faixa etria, no caso a Tropa Snior Mista 2. Dentro da tropa os jovens se dividem em patrulhas.

    3 ANALISE DE DADOS 3.1 Observaes

    As referencias para classificao dos jogos observados so retiradas de BROTTO, 2001. Segundo estas referencias as observaes nos indicam a predominncia de jogos de disputa competitiva e competio cooperativa, competitivos e semi-cooperativos respectivamente.

    Brotto (2001) prope tambm algumas categorias para os jogos cooperativos: jogos cooperativos sem perdedores, jogos de resultado coletivo, jogos de inverso, jogos semi-cooperativos. Segundo Brotto (2001), nos jogos sem perdedores, todos formariam um grande time, jogam pelo prazer de jogar juntos. Os jogos de resultado coletivo so aqueles que embora haja diviso em times, o objetivo comum e s alcanado em conjunto, sem competio entre os times. Os jogos de inverso so aqueles onde ocorre transito de jogadores entre os times, assim todos fazem parte do mesmo time. A estrutura dos Jogos Semi-Cooperativos fortalece a cooperao entre os membros do mesmo time e oferece aos participantes a oportunidade de jogar em diferentes posies. Usaremos estes conceitos na analise dos jogos. Foram observadas 5 reunies normais (feitas na sede) e 4 atividades extra-sede. Nas reunies normais foram feitos de 2 a 3 jogos em cada uma, e outras atividades como avaliao de atividades, conversas sobre a tropa, ensino de alguma tcnica. Em uma das reunies no houve jogos, apenas conversaram sobre questes e problemas da tropa e organizaram algumas atividades extra-sede.

    Nas reunies normais so realizados jogos aplicados pelos jovens ou pelos chefes. At o momento, dos jogos observados 4 obedeceram a diviso por patrulhas com regras claras para ganhadores e perdedores, ou seja, competitivos. Um dos jogos envolveu toda a tropa, com objetivo claro, que classificamos como cooperativos. Outros 4 jogos foram classificamos como semi-cooperativos, pois embora houvesse a diviso entre patrulhas, eram necessrio a participao de todos, o importante era a equipe e no a habilidade individual. Um jogo no recebeu classificao, o popular batata quente, uma brincadeira cantada onde a habilidade no era definitiva, para ganhar ou perder se dependia da sorte e havia excluso.

    Os jogos aplicados na tropa fogem ao individualismo, sendo que na maioria deles (com exceo de um jogo, o paris-bola), a patrulha deveria se manter unida para alcanar os objetivos e todos deveriam participar. H uma preocupao com a excluso, tanto por parte dos escotistas quanto por parte dos jovens, evidenciada nas entrevistas. Alm disso as regras eram flexveis, havendo questionamento e mudana das regras durante o jogo.

  • 4

    Os elementos do mtodo escoteiro so: vida em equipe, atividades progressivas, aprender fazendo, a Lei e a promessa escoteira e o desenvolvimento pessoal. Pelas observaes percebemos que a vida em equipe a base de todas as atividades considerando neste momento tanto a equipe como patrulha, como tropa, como formao temporria para determinada atividade.

    As atividades extra-sede foram todas situaes cooperativas. O acampamento foi uma caminhada, onde a tropa cozinhou, dormiu, limpou, conversou todos juntos. Embora tenha sido notado, durante o percurso, a formao de grupos menores para conversar. O Mutiro de Ao Comunitria trabalhou com atividades onde o dilogo era fundamental, levando a construo conjunta de conhecimento, debate e interao com outros jovens e adultos. O Mutiro ainda tem um carter mais amplo que a temtica tratar de Direitos e Deveres da criana e do adolescente e como colocar isso em prtica, defendendo os direitos e trabalhando em prol deles. A ida ao shopping foi uma atividade de socializao, uma sada entre amigos, porem a participao de jovens foi reduzida, no atingindo os objetivos de convivncia entre os membros da tropa em outros ambientes. O JOTI foi uma das atividades como maior participao de jovens. Um grande jogo com caractersticas cooperativas. No havia competio e as tarefas eram atraentes e a maioria delas foram concludas.

    Assim identificamos que as atividades maiores refletem mais a filosofia do grupo sendo mais cooperativa que as reunies normais. Estas atividades so mais planejadas e mais focadas nos princpios do movimento. 3.2 Entrevistas

    Durante a entrevista com os jovens se percebeu que a grande maioria entrou no escotismo por influenc ia de conhecidos (famlia ou amigos). E motivo de continuidade no movimento so exatamente as amizades e as atividades, principalmente jogos e acampamentos. Sobre a importncia so citados os valores, a unio, a responsabilidade e a autonomia.

    Todos gostam dos jogos, mas sobre a preferncia mesmo a maioria preferindo jogos com competio, algumas meninas relatam que preferem jogos mais calmos e que pela sede da competio alguns participantes utilizam de trapaas. Entre os jogos preferidos esto os mais ativos, de correr. Segundo as entrevistas os jogos que os jovens aplicam geralmente fica a cargo dos monitores e sub-monitores.

    Sobre os jogos, a maioria dos jovens gostam daqueles que tenham competio, por serem mais ativos. Podemos perceber aqui que o conhecimento de jogos cooperativos ativos restrito. Ento se interpreta como jogos competitivos queles que tem maior atividade (fsica) e cooperativos aqueles que a atividade menor (de reflexo, ou mesmo os chatos). Isso se mostra tambm no reconhecimento de jogos sem competio fora do escotismo, que alguns tiveram vivencia desses jogos porem classificam como aqueles jogos sem graa.

    A maioria diz que aprende com os jogos, principalmente unio, superao e lealdade, mostrando a influncia dos princpios escoteiros. Acham importante a competio desde que ela no seja levada a srio.

    Na entrevista com os escotistas aparece a preocupao com os princpios escoteiros nos jogos e com a excluso. Segundo eles, os jogos e atividades so planejadas seguindo estes princpios, com fins educativos e observando os jovens. Isso passado pelas regras, os jogos em si e o exemplo. A competio vista como necessria, principalmente para motivao e pelo contexto no qual eles esto inseridos, de um mundo competitivo.

  • 5

    Quando questionamos sobre a aplicao de jogos sem competio a resposta afirmativa, porm enfrentam problemas. Os jogos sem competio aparecem como possibilidade e meio para aprendizado, porem tem pouca aceitao. Isso se intensificou com a co-educao da tropa (que ocorreu mais ou menos a 6 anos) e conseqentemente a entrada de rapazes na tropa. Pelas entrevistas com os jovens tambm se confirma esta opo, entre as meninas h maior aceitao de jogos sem competio do que entre meninos.

    CONSIDERAES FINAIS

    Mesmo num movimento guiado por princpios de cooperao a aplicao e aceitabilidade de jogos competitivos maior do que de jogos cooperativos. O movimento escoteiro interage com a sociedade e o jovem no se isola dela, sendo assim reproduz dentro do movimento valores competitivos presentes em outros meios e no prprio escotismo. Porm h uma forte presena de valores de lealdade, ajuda ao prximo, honestidade que se revela no comportamento durante os jogos e so oficializados em todos os documentos do escotismo, o que traz o diferencial dos jogos escoteiros.

    Sendo o jogo espelho e meio transformador da sociedade importante a reflexo sobre os jogos aplicados e a proposio de novos jogos, com outros valores e outros objetivos. Isso no ser conseguido de forma instantnea, um caminho, uma construo. E deve ser consciente. A simples aplicao de jogos cooperativos sem conscincia de quem aplica e de quem participa no garante superao de problemas.

    O escotismo um movimento dinmico, e tem discutido sobre seu mtodo e avanado em alguns pontos. repleto de valores sim, mas so valores claros, abertos e conscientes. Tem contradies, como qualquer grupo humano e reconhecidas pelos seus dirigentes, mas tem seu ideal firme e no contrrio s mudanas. A educao fsica pode receber muitas contribuies do escotismo, princ ipalmente em relao aos jogos, do re-significado e da variao deles. Ainda temos a avanar tanto na Educao, como na Educao Fsica, como no Escotismo no sentido da cooperao. As possibilidades de pesquisa no tema ainda so diversas, visto que tanto a temtica jogos cooperativos e escotismo foi pouco trabalhada. Finalizamos com uma frase de B.P.: Procurem deixar este mundo um pouco melhor do que o encontraram, e , quando chegar a hora de morrer, podero morrer felizes sentido que pelo menos no desperdiaram o tempo e procuraram fazer o melhor possvel (Baden Powell, 1975, p. 368) REFERNCIAS BROTTO, Fbio Otuzi. Jogos Cooperativos: o jogo e o esporte como um exerccio do convivncia. Santos, SP: Projeto Cooperao, 2001. BROWN, Guillermo. Jogos Cooperativos: teoria e prtica. So Leopoldo, RS: Sinodal, 1994 CORREIA, Marcos Miranda. Jogos Cooperativos: perspectivas, possibilidades e desafios. In: Revista Brasileira de cincias do Esporte. Vol. 27 n.2. Campinas: CBCE/Autores Associados, Janeiro de 2006. GONZALEZ, Fernando Jaime, FENSTERSEIFER, Paulo Evaldo. Dicionrio Crtico de Educao Fsica.Iju: Editora Uniju, 2005. HUIZINGA, Johan. Homo Ludens . 5 ed .So Paulo, SP: Perspectiva S.A, 2004.

  • 6

    UEB. Guia snior, 2000. UEB. Projeto Educativo do Movimento Escoteiro, 2000 UEB (Comisso Nacional de Programa de Jovens). As Caractersticas Essenciais do Escotismo. 3 ed. Curitiba, PR: 2005 UEB (Diretoria Executiva Nacional). POR Princpios, Organizao e Regras. 10 ed. Curitiba, PR: 2006 Christiane Garcia Macedo Rua Pirapitinga, Qd. 73, Lt 20, Santa Genoveva Goinia GO 74670-350 [email protected]