(joão 12:24) boletim informativo -...

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Serviços 4ª feira—17h30 Culto Partilhado Domingo—10h00 Escola Dominical adultos e jovens Domingo—11h00 Culto de Louvor a Deus Escola Dominical crianças Se um grão de trigo lançado à terra não morrer, não dá fruto. Mas se morrer dá muito fruto. (João 12:24) Publicação periódica da Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana) | Nº6/2015 | AGOSTO 2015 OS MINISTÉRIOS FORMAIS NA IGREJA (continuação) CHORA, MAS CONTINUA CAMINHANDO ESTÚDO BÍBLICO - GUIADOS À TRANQUILIDADE PILARES DA NOSSA FÉ - CONFISSÃO DE WESTMINSTER Bíblia PAG.5 Mulheres PAG.4 Quem somos PAG.7 Crescer na fé PAGs.2 e 3 Escola Dominical em pausa No início do mês de julho reuniu o recentemente formado Conselho Presbiteral da Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana). O Pastor Luís de Matos e os presbí- teros regentes Carlos Pereira, David Valente, Luís Aguiar San- tos, Sónia Valente e Alexandra de Matos, estão a preparar os materi- ais para os próximos três anos de Escola Dominical. O primeiro ano (2015-2016), com o tema geral «Encontro com Deus», estará disponível para os monitores antes de setembro. Entretanto, na reunião do dia 3 de julho, foi ainda decidido que os presbíteros regentes agora orde- nados (28.06.2015), serão intro- duzidos na escala da pregação, acompanhando o pastor Luís de Matos nesta tarefa. O conselho decidiu ainda que só serão aceites processos de pedido de bênção matrimonial que pas- sem por um programa de acompa- nhamento com base no material “discipulado para casais” – Igreja Metodista Wesleyana. O objetivo é ajudar os noivos no processo de decisão, tocando temáticas que por vezes são esquecidas e na decisão de colocar Deus no seio familiar. Nesta linha foi ainda considerado importante usar o material “Aliança de corações” – Agência Ministerial Ágape, para um retiro de casais/famílias a agendar para o início de 2016. No dia 19 de julho, o culto domini- cal marcou a celebração de mais um ano letivo da Escola Dominical. A festa ficou marcada pela dinâmica participação das classes das crian- ças que trouxe a história da semen- te que lançada à terra pode cair em vários lugares sem hipótese de ge- rar fruto, mas caíndo em terra boa dá muito fruto. A peça de teatro das crianças, ensai- ada pelas monitoras das classes, Ester Titosse, Alice Calandula e Noeme Viana, foi apoiada pelos irmãos Valdeci, Ângelo, Deborah e Anni, e trouxe muita cor, alegria e música. Mas mais que tudo, trouxe uma mensagem importante: se a semente é a Palavra de Deus, seja o nosso coração terra boa. Âmen! Para além da participação das cri- anças, a irmã Hermínia Gonçalves trouxe aos presentes um lindo poe- ma sobre a Bíblia e a sua importân- cia na vida do crente. Houve ainda espaço para o tradicio- nal concurso de destreza bíblica, liderado pelo Superintendente da Escola Dominical, David Valente. Depois de uma “luta” renhida, a vencedora do concurso foi a Debo- rah Rocha. No final foram entregues os diplo- mas de participação aos alunos e aos monitores. Com esta celebração as classes de Escola Dominical entram em perío- do de pausa até ao dia 13 de setem- bro, à exceção das crianças que mantém a sala aberta. Conselho Presbiteral reúne Desafiados pelo casal pastoral da Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana), quatro irmãos, quatro vozes, vão assumir um novo grupo de louvor já a partir de outubro. O quarteto liderado pela Deborah Rocha, conta ainda com a funda- mental participação de Amélia Esteves, Sónia Valente e Ernesto Etaúngo. O objetivo é trazer ao culto dominical outra dinâmica de louvor que alternará com a parti- cipação do grupo Yahweh, usando apenas os hinos tradicionais. Os quatro irmãos convidados aceitaram o desafio de servir a Deus nesta comunidade usando os dons que têm, que a IEL possa agora suportá-los em oração. IEL ganha quarteto de louvor ACONTECEU ACONTECEU Série de Pregações «Fé em acção», livro de Tiago Pastor Luís de Matos Versão vídeo em igrejalisbonense.org VAI ACONTECER Grão de Trigo boletim informativo

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Page 1: (João 12:24) boletim informativo - igrejalisbonense.orgigrejalisbonense.org/wp-content/uploads/2013/03/GT-agosto-2015.pdf · liderado pelo Superintendente da Escola Dominical,

Serviços 4ª feira—17h30 Culto Partilhado

Domingo—10h00 Escola Dominical adultos e jovens

Domingo—11h00 Culto de Louvor a Deus

Escola Dominical crianças

Se um grão de trigo lançado à terra não morrer, não dá fruto. Mas se morrer dá muito fruto. (João 12:24)

Publicação periódica da Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana) | Nº6/2015 | AGOSTO 2015

OS MINISTÉRIOS

FORMAIS NA

IGREJA

(continuação)

CHORA,

MAS CONTINUA

CAMINHANDO

ESTÚDO BÍBLICO

-

GUIADOS À

TRANQUILIDADE

PILARES DA

NOSSA FÉ -

CONFISSÃO DE

WESTMINSTER

Bíblia PAG.5 Mulheres PAG.4 Quem somos PAG.7 Crescer na fé PAGs.2 e 3

Escola Dominical em pausa No início do mês de julho reuniu o recentemente formado Conselho Presbiteral da Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana). O Pastor Luís de Matos e os presbí-teros regentes Carlos Pereira, David Valente, Luís Aguiar San-tos, Sónia Valente e Alexandra de Matos, estão a preparar os materi-ais para os próximos três anos de Escola Dominical. O primeiro ano (2015-2016), com o tema geral «Encontro com Deus», estará disponível para os monitores antes de setembro.

Entretanto, na reunião do dia 3 de julho, foi ainda decidido que os presbíteros regentes agora orde-nados (28.06.2015), serão intro-duzidos na escala da pregação,

acompanhando o pastor Luís de Matos nesta tarefa.

O conselho decidiu ainda que só serão aceites processos de pedido de bênção matrimonial que pas-sem por um programa de acompa-nhamento com base no material “discipulado para casais” – Igreja Metodista Wesleyana. O objetivo é ajudar os noivos no processo de decisão, tocando temáticas que por vezes são esquecidas e na decisão de colocar Deus no seio familiar.

Nesta linha foi ainda considerado importante usar o material “Aliança de corações” – Agência Ministerial Ágape, para um retiro de casais/famílias a agendar para o início de 2016.

No dia 19 de julho, o culto domini-cal marcou a celebração de mais um ano letivo da Escola Dominical.

A festa ficou marcada pela dinâmica participação das classes das crian-ças que trouxe a história da semen-te que lançada à terra pode cair em vários lugares sem hipótese de ge-rar fruto, mas caíndo em terra boa dá muito fruto.

A peça de teatro das crianças, ensai-ada pelas monitoras das classes, Ester Titosse, Alice Calandula e Noeme Viana, foi apoiada pelos irmãos Valdeci, Ângelo, Deborah e Anni, e trouxe muita cor, alegria e música. Mas mais que tudo, trouxe uma mensagem importante: se a semente é a Palavra de Deus, seja o nosso coração terra boa. Âmen!

Para além da participação das cri-anças, a irmã Hermínia Gonçalves trouxe aos presentes um lindo poe-ma sobre a Bíblia e a sua importân-cia na vida do crente.

Houve ainda espaço para o tradicio-nal concurso de destreza bíblica, liderado pelo Superintendente da Escola Dominical, David Valente. Depois de uma “luta” renhida, a vencedora do concurso foi a Debo-rah Rocha.

No final foram entregues os diplo-mas de participação aos alunos e aos monitores.

Com esta celebração as classes de Escola Dominical entram em perío-do de pausa até ao dia 13 de setem-bro, à exceção das crianças que mantém a sala aberta.

Conselho Presbiteral reúne

Desafiados pelo casal pastoral da Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana), quatro irmãos, quatro vozes, vão assumir um novo grupo de louvor já a partir de outubro.

O quarteto liderado pela Deborah Rocha, conta ainda com a funda-mental participação de Amélia Esteves, Sónia Valente e Ernesto

Etaúngo. O objetivo é trazer ao culto dominical outra dinâmica de louvor que alternará com a parti-cipação do grupo Yahweh, usando apenas os hinos tradicionais.

Os quatro irmãos convidados aceitaram o desafio de servir a Deus nesta comunidade usando os dons que têm, que a IEL possa agora suportá-los em oração.

IEL ganha quarteto de louvor

ACONTECEU ACONTECEU

Série de Pregações «Fé em acção», livro de Tiago

Pastor Luís de Matos Versão vídeo em igrejalisbonense.org

VAI ACONTECER

Grão de Trigo boletim informativo

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tolos e nas Epístolas referem-se dois ministérios regulares ou formais: o presbiterado e o diaco-nado.

Os diáconos

Etimologicamente, «diácono» será qualquer irmão que exerça um ministério (ou serviço) na igreja. É por essa razão que Atos 6:1-6 é muitas vezes considerada a passagem que testemunha a insti-tuição do diaconado, pois é aí que se conta que os apóstolos pediram à igreja em Jerusalém que esco-lhesse do seu seio sete homens para servirem às mesas durante a partilha de alimentos. O conjunto dos irmãos elegeu os sete e os apóstolos impuseram-lhes as mãos em sinal de reconhecimento daquele ministério. Mas seria errado entender-se que, por ter sido aquela a causa imediata da sua instituição, àquele tipo de tarefa se reduza o serviço dos diáconos. Bem lida, o que aquela passagem nos diz é que os apósto-

(continuação do texto da edição nº02/2015, abril 2015)

As igrejas são a reunião dos cren-tes com o propósito de nos fazer proclamar a Palavra, de velarmos uns pelos outros nos aspetos exte-riores da fé e de nos instruirmos mutuamente. Os dons que dão lugar aos ministérios carismáticos – e informais – (de que tratámos no artigo anterior) são fundadores e inspiradores para a igreja e re-presentam formas excecionais de liderança. Mas a igreja, na sua missão, não pode estar dependen-te do que é excecional. Para ilus-trarmos este argumento, as igrejas que em Portugal e no Brasil ado-taram como confissão a Breve Exposição das Doutrinas Funda-mentais do Cristianismo conside-ram provavelmente o seu autor, o Dr. Roberto Kalley, um apóstolo no sentido lato de 1Cor. 4:9. Mas essas igrejas, para persistirem, não poderiam esperar encontrar em cada geração, até ao presente,

Os ministérios formais na igreja

alguém tão dotado e reconhecido como Kalley. O mesmo se poderia dizer relativamente a irmãos (se os houver) considerados profetas ou doutores. Outros ministérios têm de servir às necessidades da igreja no dia-a-dia, ajudando a dotá-la de uma regularidade sem a qual os grupos humanos não sobrevivem. É, pois, necessário haver ministérios regulares na igreja.

No Novo Testamento, é nos Atos dos Apóstolos e nas Epístolas que surgem as referências a estes mi-nistérios, precisamente porque é nesses livros que se relatam acon-tecimentos ou se abordam proble-mas relacionados com as primei-ras comunidades cristãs. Os mi-nistérios regulares ou de nomea-ção eclesiástica são aqueles que a igreja mantém regularmente orga-nizados e para os quais, reunida em assembleia formal, nomeia ou chama ou confirma irmãos para os exercerem. Nos Atos dos Após-

Breve Exposição de Robert Kalley

Art. 22.º

O Sacerdócio dos Crentes e os

D o n s d o E s p í r i t o

Todos os crentes sinceros são

sacerdotes para oferecerem

sacrifícios espirituais agradá-

veis a Deus por Jesus Cristo [I

Pe. 2:5-9], que é o Mestre [Mt.

23:8-10], Pontífice [Hb. 3:1] e a

Único Cabeça da sua Igreja [Ef.

1:22]; mas como Governador da

Sua casa [Hb. 3:6] estabeleceu

nela diversos cargos [I Co.

12:28] como o de Pastor [Ef.

4:2], o de Presbítero [I Tm. 3:1-

7], o de Diácono [I Tm 3:8-13],

e o de Evangelista; para eles

escolhe e habilita, com talentos

próprios, aos que Ele quer para

cumprirem os deveres desses

ofícios [I Pe. 5:1], e quando

existem devem ser reconheci-

dos pela igreja e preparados e

dados por Deus [Fl. 2:29].

Crescer na fé / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº6/2015 AGOSTO 2015 / 02

Anunciarei a decisão do SENHOR. Ele disse-me: «Tu és meu filho; desde hoje sou teu pai. (Salmo 2:7)

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Os ministérios têm de servir às necessidades da igreja no dia-a-dia.

Crescer na fé / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº6/2015 AGOSTO 2015 / 03

Pede-me, que eu te darei a posse de todas as nações e a terra inteira em propriedade. (Salmo 2:8)

também estava estabelecido (Tito 1:6-8), considera-lhe atribuídas as funções de ser «apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradi-zem» (Tito 1:9). Em Tim. 5:17, o apóstolo considera-o digno de estima e honra sobretudo se se dedicar à «palavra» e à «doutrina» (isto é, ao ensino). O presbiterado é, assim, um minis-tério centrado na Palavra – no seu estudo, proclamação e explana-ção. Ao presbiterado pertence trazer a Palavra para o centro da vida espiritual da igreja, pois a Palavra é o «pão da vida» e o «pasto» dos crentes.

Outros ministérios formais

É neste contexto que aos presbíte-ros é concedida a função simbóli-ca de poderem ser «pastores», de «apascentarem» os seus irmãos na igreja, como Jesus exortou Pedro a fazer (João 21:15-17). Nesse caso, o presbítero assume – por solicitação ou reconhecimento da igreja – uma vocação que não é só a de proclamar, ensinar e ex-planar a Palavra, mas que é tam-

los pediram à comunidade a de-signação de irmãos que trabalhas-sem ativamente na resolução prática de uma necessidade que estava a criar mal-estar dentro da igreja e a dar mau testemunho (o facto de as viúvas de irmãos de língua grega estarem a ser preju-dicadas voluntária ou involuntari-amente por irmãos de origem judaica). Por essa razão, os esco-lhidos deveriam ser, de acordo com a solicitação dos apóstolos, «de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria» (v. 3). Não eram pessoas que simples-mente soubessem servir às mesas, mas que tivessem autoridade moral para serem respeitados e cujo testemunho na igreja fosse entendido como guiado pelo Espí-rito Santo, patente em palavras e atos sábios. Sem estas caracterís-ticas não saberiam ser nem seriam reconhecidos como portadores de qualidades suficientes para irem ao encontro dos necessitados, dos perdidos ou dos desavindos den-tro da igreja.

O grau de exigência na escolha dos diáconos era elevado, pelo que não espanta que um dos eleitos fosse Estêvão, o primeiro mártir e autor de um célebre discurso pe-rante o Sinédrio que comprova grande conhecimento das Escritu-ras e do significado transcendente da pregação de Jesus (Atos 7:2-53). O apóstolo Paulo segue a mesma linha exigente quando define, em 1Tim. 3:8-13, o perfil do diácono.

Ao estarem orientados para o serviço por meio da solicitude (atenção às necessidades espiritu-ais, afetivas e materiais dos ir-mãos) e de uma retidão de juízo, de propósitos e de atos, os diáco-nos assumem, assim, as qualida-des que idealmente deveriam existir em todos os irmãos no seu convívio na igreja. Os diáconos são chamados a ser os guardiões ou os cultores dessas virtudes não só para resolução prática de falhas ou de necessidades entre irmãos, mas também para edificarem toda a comunidade, sendo agentes ativos e conscientes do bom teste-munho que a igreja deve dar a crentes e não crentes.

De acordo com as características já referidas, os diáconos parecem também vocacionados para ajuda-rem na resolução de conflitos entre irmãos no espírito de Mat. 18:15-22 (nomeadamente para serem as testemunhas a que se refere o v. 16).

Os presbíteros

É difícil conceber que mais algum ministério formal possa ser exer-cido na igreja sem ter como base

ou ponto de partida as qualidades e virtudes atribuídas ao diácono. Se, como foi dito, o diácono assu-me as características que ideal-mente todos os irmãos deveriam ter no convívio na igreja, isso aplica-se ainda mais aos irmãos que assumem outros ministérios – com destaque para os presbíte-ros.

O termo grego presbyteros era usado no tempo da igreja apostó-lica por associações religiosas e profissionais do mundo romano com um sentido muito semelhan-te ao que foi adotado nas assem-bleias (ekklesiai em grego) ou igrejas cristãs [Philip A. Harland, Associations, Synagogues and Congregations, Minneapolis: For-tress Press, 2003, p. 182]. Esse termo significava «ancião» e era usado como sinónimo de «supervisor» ou «superi-ntendente» (episkopos em grego). Mas o termo «ancião» (zaqen em hebraico) era também usado no Antigo Testamento, sendo origi-nário do período pré-monárquico da história de Israel. O termo surge em Êxodo 12:21 e Números 11:16, mas também, já no período monárquico, em 1Reis 21:8-14, Jer. 26:17 ou Prov. 31:23, ou, no tempo do Segundo Templo, em Esdras 6:7-8 e 10:14. Os anciãos da tradição judaica são também referidos no Novo Testamento, por exemplo em Marcos 15:1 e Atos 5:21 e 22:5. Os anciãos eram chefes de famílias extensas, exer-cendo autoridade religiosa e judi-cial sobre os seus parentes, sendo criticados por Jesus em Marcos 7:3, 5, onde são associados aos fariseus [J. A. Overman, s.v. «Elder», The Oxford Companion to the Bible, 1993, p. 182]. Parece claro que os anciãos ou presbíte-ros das primeiras comunidades cristãs, mencionados em Atos e nas Epístolas, não têm relação direta nem semelhança formal – talvez apenas uma filiação simbó-lica para os judaizantes – com o zaqen do Antigo Testamento.

Nas primeiras comunidades cris-tãs, os anciãos podiam ser chama-dos ou nomeados pelos apóstolos (Atos 14:23 e Tito 1:5) segundo o critério de pertencerem à família espiritual do Senhor e não à posi-ção familiar ou tribal na sociedade – tal como Jesus escolhera os próprios apóstolos e os fizera seus parentes espirituais (Mat. 12:46:50). Na ausência dos após-tolos, compete obviamente à as-sembleia dos irmãos reconhecer no seu seio aqueles que revelam dons para o presbiterado. Paulo, depois de traçar o perfil pessoal do presbítero, de uma forma que lembra o que para os diáconos

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bém a de, através dela, conduzir os seus irmãos ao «pasto» e ao «pão» que alimentam o seu cora-ção pelas veredas mais apropria-das às condições de cada um. Para isso, o presbítero que é pastor tem também de dedicar-se aos irmãos com uma grande dose de solicitu-de, de conhecimento e de dedica-ção a cada um, de modo que a proclamação que fizer da Palavra seja adequada aos corações con-cretos que tem diante de si na igreja.

Se incluirmos ainda no conjunto dos ministérios formais o de evan-gelista (missionário ou obreiro como referido em 2Tim. 4:1-5), e que a igreja pode querer designar para trabalho missionário de en-tre os presbíteros, ficamos com os quatro ministérios elencados na Breve Exposição (artigo 22.º): diáconos, presbíteros, pastores e evangelistas.

Luís Aguiar Santos

(Presbítero regente da IEL)

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Mulheres / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº6/2015 AGOSTO 2015 / 04

E agora, prestem atenção, ó reis; aprendam a lição, governantes do mundo! (Salmo 2:10)

Líbano! Ele faz as montanhas do Líbano saltar como novilhos e faz saltar o monte Hermon como um bezerro. A voz do SENHOR pro-duz labaredas de fogo; a voz do SENHOR faz tremer o deserto; o SENHOR faz tremer o deserto de Cadés! A voz do SENHOR faz abortar as gazelas e faz cair as folhas às árvores do bosque. No seu templo todos exclamam: «Glória a Deus!». O SENHOR é rei desde antes do dilúvio; o SE-NHOR governa como rei eterna-mente! O SENHOR dá força ao seu povo; o SENHOR abençoa o seu povo com a paz.

In http://mulhercrista.blogspot.pt

O sofrimento

e o crente do século XXI

No âmago da mensagem do livro de Jó, acha-se a sabedoria que responde à questão a respeito de como Deus se envolve no proble-ma do sofrimento humano. Em cada geração, surgem protestos, dizendo: “Se Deus é bom, não deveria haver dor, sofrimento e morte neste mundo”. Com este protesto contra as coisas ruins que acontecem a pessoas “boas”, tem havido tentativas de criar um meio de calcular o sofrimento, pelo qual se pressupõe que o limi-te da aflição de uma pessoa é dire-tamente proporcional ao grau de

"O título deste artigo é uma frase dita por uma secretária, Sandra, às suas colegas de trabalho, quan-do tentavam salvar-se de um in-cêndio ocorrido num edifício co-mercial no centro de Taubaté (São Paulo, Brasil), no dia 4 de feverei-ro de 2011. Ao verem que estavam cercadas pelo fogo e pelo fumo tóxico, aquelas mulheres se deses-peraram e, paralisadas, só grita-vam e choravam muito. Num brado cheio de autoridade e deter-minação, Sandra disse àquelas mulheres que até podiam chorar, mas que continuassem caminhan-do. Foi o que fizeram e todas se salvaram.

Este fato me fez refletir sobre as tantas e tantas vezes que, direta ou indiretamente, o Senhor Deus me disse a mesma coisa, quando estive no meio de tribulações terríveis. Quantas vezes só chorei, sem forças para lutar e prosse-guir! Quantas vezes me vi cercada por "labaredas", sem a menor visibilidade, sem saída nenhuma, mas em um dado momento a voz do Senhor me apontou o caminho, levantei os olhos, vi a saída e uma força sobrenatural me fez reagir e dar a volta por cima!

Muitas vezes Deus usa pessoas ao nosso redor para nos transmitir o seu recado e devemos estar aten-tos a isto. Temos que diariamente pedir ao Senhor que nos dê o discernimento necessário para

saber diferenciar o recado que vem dEle, porque o diabo nos assedia constantemente, trazendo palavras de derrota.

Aquelas mulheres paralisadas e em desespero estavam sob o do-mínio do medo, uma sensação transmitida pelo diabo. Elas certa-mente morreriam ali, não fosse a intervenção de Deus, através de Sandra. Quando Deus fala, o dia-bo se cala, porque a voz do Senhor é forte e poderosa!

Então hoje aqui eu quero fazer como fez Sandra: Digo a todas vocês, minhas leitoras que eu amo tanto: Vocês podem até chorar, mas continuem caminhando! Não entreguem os pontos, não desis-tam da luta, descruzem os braços, não se autoflagelem e nem vivam de murmurações, porque para tudo há uma saída sempre.

Meditem na força que tem A VOZ DO SENHOR em SALMOS 29:

Submetam-se ao SENHOR todos os deuses, louvem o seu poder e a sua glória. Louvem o glorioso nome do SENHOR no esplendor do santuário. A voz do SENHOR ressoa sobre as águas; o Deus glorioso faz ecoar o trovão! O SENHOR ecoa sobre a imensidão das águas. A voz do SENHOR é poderosa, a voz do SENHOR é cheia de majestade. A voz do SENHOR quebra os cedros; o SENHOR quebra os cedros do

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"Chora, mas continua caminhando"

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culpa que ela possui ou pecados que comete.

No drama de Jó, é digno observar que Deus não fala diretamente a Jó. Ele não diz: “Jó, a razão por que você está sofrendo é esta ou aquela”. Pelo contrário, no misté-rio deste profundo sofrimento, Deus responde a Jó revelando-se a Si mesmo. Esta é a sabedoria que responde à questão do sofri-mento — a resposta não é por que tenho de sofrer deste modo parti-cular, nesta época e circunstância específicas, e sim em que repousa a minha esperança em meio ao sofrimento. A resposta a essa questão provém claramente da sabedoria do livro de Jó: o temor do Senhor, o respeito e a reverên-cia diante de Deus, é o princípio da sabedoria. Quando estamos desnorteados e confusos por coi-sas que não entendemos neste mundo, não devemos buscar res-postas específicas para questões específicas, e sim buscar conhecer a Deus em sua santidade, em sua justiça e em sua misericórdia. Esta é a sabedoria de Deus que se acha no livro de Jó.

Obviamente essa resposta tão clara e objetiva a um problema marcante da vida cristã não satis-faz as mentes frívolas do tipo comum que perambulam pelo arraial cristão nesses últimos dias. O cristão comum moderno ingeriu uma fé totalmente materializa mixada com a falsa ciência da psicologia e ideologias de auto-ajuda, adaptações exigidas por uma sociedade cada vez mais humanista. Colher um sofrimento que não se plantou soa absurdo para uma legião de crentes que foi convencida a acreditar no sofisma de que nasceu para ser feliz. O crente mediano do século XXI não abre mão de seu bem estar em primeiro lugar e age como se Deus existisse para servi-lo. Essa é a razão porque o cristão moderno encontra tremenda dificuldade em compreender como os cristãos da bíblia conseguiam apresentar um testemunho de nível tão elevado em meio a dificuldades aterrado-ras. Se olharmos para o ponto de partida da fé desses primeiros cristãos então iremos entender o porquê de apesar de verbalizar fé no mesmo Deus, nossos testemu-nhos são tão inferiores.

R. C. Sproul e Roberto Aguiar

In discernimentocris-tao.wordpress.com

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Sl.23.1,2 «O Senhor é o meu pastor: nada me faltará. Dei-tar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas.» A vida em toda a sua complexidade é propícia a momentos contrastantes, entre euforia e depressão.

No âmbito cristão, parecem ser esses os únicos dois registos onde nos sentimos confortáveis; ou em momentos de grande empolga-mento, quer por expectativa, quer por experimentação de algo ainda desconhecido até então, ou, devi-do a incompreensões e adversida-des, sentimo-nos pressionados ou, numa linguagem mais religiosa; atacados pelas trevas.

Aqueles momentos da vida onde a monotonia cotidiana é a realida-de, tornou-se incómodo para a maioria de nós por acharmos que nada está a acontecer ou, pior ainda, deve haver algum problema em nós que não nos coloca em um dos lados: euforia ou depressão.

Jesus entrou em nossa vida para ser nosso Pastor: Mt.11.28,29 «Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. (…) E en-contrareis descanso para as vossas almas.» É pelo facto de nos guiar, cuidar e “apascentar” que temos por garantia a suficiên-cia e a provisão total para que nada nos falte. Nesta missão tão humana e nobre, o salmista come-ça por identificar este trabalho pastoral do Mestre na condução a lugares aprazíveis, deliciosos e que promovem descanso. Quando caminhamos nesta dimensão terrestre, apesar de não podermos evitar os opostos (euforia/depressão), Mc.4.38,39 «Os discípulos o despertaram dizendo: “Mestre, não te im-porta que pereçamos?” Ele, despertando, conjurou seve-ramente o vento e disse ao mar: “Cala-te! Quieto!” Logo o vento serenou, e houve grande bonança.»

A vida é para ser desfrutada e saboreada na tranquilidade e por meios mansos e humildes. Jesus demonstrou aos seus discípulos que se importa e que quando nos desafia a chegar a um certo lugar, não é Seu desejo que seja sempre num registo de grande oposição, revolta ou pressão, mas que pode-mos viajar por esta vida com bo-nança e alcançar nossos objetivos nesta serenidade divina. Isto não impede que dificuldades surjam, mas quem tem o coração sereno e

vive neste ambiente de tranquili-dade, está mais apto para lidar com situações de grande pertur-bação. A fé é fundamental: Mc.4.40 «E disse-lhes: “por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé?”»

A ousadia é importante, o “arriscar” em fé para que uma realidade se transforme, é mais resultado de almas estáveis que em pessoas intranquilas e insegu-ras por não conseguirem sair desses registos desgastantes e totalmente opostos.

Ec.10.4 «(…) Não deixes o teu lugar; a calma desfaz grandes erros.» A precipitação tem sido, em muitos casos, a perda de reali-zação de objetivos, isto porque revela uma dificuldade que elimi-na a estabilidade: incerteza se

Bíblia / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº6/2015 AGOSTO 2015 / 05

Sirvam o SENHOR com reverência e regozijem-se com grande tremor. (Salmo 2:11)

Confiar, deleiar e entregar

Sl.37.3-5 «Confia no Senhor e faz o bem; habita na terra, e vive tranquilo. Deleita-te no Senhor, e Ele concederá os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e Ele tudo fará.»

A nossa passagem pela vida num registo tranquilo, (Habita na terra, e vive tranquilo), depende na essência em três posturas gradativas da nossa interação com a Transcendência: confiar, deleitar e entregar!

A confiança conquista-se, como comumente se diz, no, entanto, precisamos reconsiderar sobre quem conquista quem.

Existe a percepção que o que fazemos como pessoas religiosas em toda a nossa caminhada é uma tentativa para conquistar Deus, obter a Sua atenção e favor. Esta postura revela-se frustrante e desgastante, além de criar pessoas com uma autoestima desproporcional e enganadora.

Deus conquistou-nos, não o contrário, a minha confiança n'Ele está na rendição, não na produção, é mais um baixar de guarda que uma questão de afirmação.

Deleitar é outra postura mal compreendida.

A nossa ideia de Deus, devido a todo o conceito de Transcendência, cria barreiras e preconceitos que impedem o deleitar, o prazer pela Sua presença e a noção de bem-estar que deve ser a realidade maior quando tomamos consci-ência que Deus está no nosso meio.

O arquétipo que a visita diária de Deus ao casal primordial causou, ainda faz escola para se perder o essencial da seu desejo em estar connosco. Continuamos a esconder-nos, não atrás de algum arbusto, mas das nossas desculpas, rituais e formulações que estragam o mais maravilhoso e importante: o espanto e assombro por Deus estar ali sim-plesmente para estar connosco.

Nada se compara à Sua presença, nada a substitui, nada preenche o seu vazio. Só quando apreciamos a doçura de cada "momentum" da visitação, descobrimos um pouco mais do encanto e da beleza da vida.

Por último, mas não menos importante, a entrega é o estágio mais elevado da nossa conduta digna e nobre como seres humanos.

Só nos entregamos quando confiamos. Só o fazemos quando temos prazer nesse caminhar conjunto e, só consegui-mos uma entrega total, quando entendemos que Deus sabe o melhor para nós e podemos ter certeza absoluta que há algo mais além do que conhecemos e sabemos.

O nosso caminho auto-suficiente já demonstrou ser precário e efémero, está na altura de Lhe entregar todo o propó-sito, todo o sonho e todo o destino que sempre lhe pertenceu, só que nós não sabíamos.

A entrega é sempre dolorosa, mas valiosa e mais compensadora.

A nossa caminhada tranquila, tal como Deus deseja que seja, depende muito da confiança em Deus, da alegria pela companhia e da entrega com a qual nos dispomos a Deus.

Toda a consequência benévola referida neste Salmo: fazer o bem, viver tranquilo, desejos concedidos e resultados extraordinários sem esforço; resultam destas disposições da alma tão simples, mas também tão renitentes da nossa vontade.

Confia, deleita e entrega; o caminho será sereno e produtivo!

Bem-haja!

Pastor João Pedro Robalo

estamos a agir bem e na vontade de Deus.

Sl.46.10 «Aquietai-vos e sabei que Eu Sou Deus!» Sabemos mais de Deus e conhecemo-Lo mais, quando a nossa alma apren-de e sossegar, a estabilizar e a saber esperar. Afinal as realiza-ções dependem mais de Deus e da Sua soberana vontade, do que daquilo que empreendemos, ape-sar da virtude de para ação que realizamos.

Sl.131.2 «Mas fiz calar e sos-segar a minha alma; espera, ó Israel, no Senhor, desde agora e para sempre.» A nossa tranquilidade surge quando per-cebemos e identificamos a presen-ça de Deus na nossa realidade diária, não apenas nos exemplos inegáveis do Seu poder, mas nas

coisas simples, nas que são cotidia-nas, se repetem e tornam a norma. A nossa decisão deve ser caminhar sempre e seguramente com Deus, procurando agradar e manter a consciência tranquila que fazemos o melhor de acordo com os câno-nes de Deus, não apenas os nossos ou os da sociedade. Deus tem a primazia e a preferência em tudo.

Ex.33.14,15 «E o Senhor disse: “A minha presença irá contigo e te darei descanso”. Disse Moisés: “Se não vieres Tu mesmo, não nos faças sair daqui.”» Tudo o que precisamos para esta caminhada tranquila é a presença de Deus em tudo o que diz respeito à nossa vida, Deus nunca está excluído, antes é parte fundamental e crucial de tudo o que pensamos, dizemos e fazemos.

Bem-haja!

João Pedro Robalo

Pastor CCVA Alvalade

Guiados à tranquilidade

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Cultura cristã / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº6/2015 AGOSTO 2015 / 06

Saibam que o SENHOR faz maravilhas por aquele que lhe é fiel, e que me escutará, quando o invocar. (Salmo 4:4)

Livros do mês Para não esquecerem o que aprenderam na escola

As férias já começaram para os mais pequenos e é importante manter o contacto com os livros nas próximas semanas. Afinal, no meio dos mergulhos do mar ou dos pic-nics no campo, um livro é sempre uma excelente companhia para os mais novos e um pretexto para os adultos partilharem com eles histó-rias que marcarão o seu crescimento.

http://www.letrasdouro.com

CARTOON

Nós precisamos ter fé em Deus para que podermos trilhar a estrada da vida, para o destino que Ele tem planeado para nós. A Palavra de Deus é o combustí-vel que mantém a nossa fé em movimento ao longo dessa estrada.

DESAFIO

Programa Plus—UCB Portugal Para muitos este é tempo de férias, ideal para passeios, caminha-das, enfim, atividade ao ar livre. E ficas a saber que as caminhadas podem aumentar a esperança de vida, combatem as dores lomba-res e mantêm a memória saudável. Razões mais do que suficientes para saltares do sofá, largares a playstation e saíres porta fora onde o sol brilha. Mas não te esqueças de um provérbio popular que diz que “Quem vai por atalhos mete-se em trabalhos”. Passo a passo, caminha (não, não é hora de dormir) em direção ao teu alvo!

Na solidariedade, o destaque esta semana vai para o Desafio Mi-queias, cujo braço legal é a Associação Miqueias. Intervir a favor das comunidades pobres e socialmente excluídas, influenciar os líderes das nações a cumprir as promessas públicas e reduzir a pobreza extrema para metade até 2015, lutar contra a corrupção, incentivando a adopção de práticas transparentes e de boa gover-nação, são os seus objetivos. Sabe mais no mural do Facebook do Desafio Miqueias.

Com apresentação de Carlos Pinto Leite e Fernanda Pinto Leite e a presença de Simon Wasdworth em estúdio, PLUS pode ser escuta-do todos os dias às 11.10h, 16.30h, 18.10h e 21.30h em www.ucbportugal.pt, Facebook e Twitter.

Se tens comentários, críticas ou sugestões ao programa, não hesi-tes! Envia para [email protected]

O Grande Tractor Ver-melho

Os aldeãos gostam do gran-de tractor vermelho. Ajuda-os a cultivarem suficiente alimento para se aguenta-rem durante o ano inteiro. Mas é difícil usá-lo e ele não trabalha muito bem. Mesmo com toda a gente a ajudar a empurrar e a pu-xar o tractor, não conse-guem fazer muito. Todos acreditam que é assim que se fazem as coisas. Isso sucede até que o lavrador David descobre um livro há muito tempo perdido num sótão poeirento. Poderá ele de facto mudar todas as coisas? O lavrador David

pensa que sim. Mas os outros aldeãos não têm tanta certeza. O Grande Tractor Vermelho e a aldeiazinha é uma parábola contemporânea parti-lhando uma verdade intemporal. Deus tem um propósito especial para nós e podemos levá-lo a cabo através da ajuda do seu Espírito. É uma lição poderosa contada para pequenos corações.

Alberto-Meias Tintas

Alberto Meias-Tintas nun-ca termina nada: faz meta-de dos trabalhos de casa, limpa metade do quarto e apenas come metade do jantar! Até o seu cão é metade caniche e metade buldogue! Porém, nunca tinha dado grande impor-tância a isso. Mas, quando decidiu contar só metade da verdade, pensando que não estava a mentir, tudo se desmoronou! De repen-te, o Alberto Meias-Tintas aprendeu uma preciosa lição que nunca mais es-quecerá! Descobriu que para ser verdadeiro amigo de Jesus é necessário mais

do que um esforço parcial! Será ele capaz de se dar por inteiro? Alberto Meias-Tintas ajuda as crianças a descobrir a importância da honestidade para oferecerem a Deus o melhor em tudo o que fazem. Este é um delicio-so conto sobre como até uma criança pode aprender a viver inteiramente para Deus.

Lê-se Le.tras-d-ou.ro

Nome feminino. Na essência junta os géneros, numa composição charmosa. Letras, sim, antes de tudo, mas de ouro, para melhor se notarem e perpectuarem. Sem brilho, a substância vulgariza-se. Letras d’Ouro há-as, em abundância, na tradição portuguesa, antes e depois de Camões. Podem vir a rarear e até extinguir-se se não forem cultivadas com preciosidade.

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Quem somos / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº6/2015 AGOSTO 2015 / 07

Conduz-me, SENHOR, na tua justiça e defende-me dos meus inimigos. Torna plano para mim o teu caminho. (Salmo 5:8)

Capítulo I

Da Escritura Sagrada

I. Ainda que a luz da natureza e as obras da criação e da providência de tal modo manifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os homens ficam inescusáveis, contudo não são suficientes para dar aquele conhecimento de Deus e da sua vontade necessário para a salvação; por isso foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar à sua Igreja aquela sua vontade; e depois, para melhor preservação e propagação da verdade, para o mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e malícia de Satanás e do mundo, foi igualmente servido fazê-la escrever toda. Isto torna indispensável a Escritura Sagrada, tendo cessado aqueles antigos modos de revelar Deus a sua vontade ao seu povo.

Sal. 19: 1-4; Rom. 1: 32, e 2: 1, e 1: 19-20, e 2: 14-15; I Cor. 1:21, e 2:13-14; Heb. 1:1-2; Luc. 1:3-4; Rom. 15:4; Mat. 4:4, 7, 10; Isa. 8: 20; I Tim. 3: I5; II Pedro 1: 19.

II. Sob o nome de Escritura Sagrada, ou Palavra de Deus escrita, incluem-se agora todos os livros do Antigo e do Novo Testamento, que são os seguintes, todos dados por inspiração de Deus para serem a regra de fé e de prática:

O Antigo Testamento: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronómio, Josué, Juízes, Rute, I Samuel, II Samuel, I Reis, II Reis, I Crónicas, II Crónicas, Esdras, Neemias, Ester, Job, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, J o n a s , M i q u é i a s , N a u m , Habacuque, Sofonias, Ageu, Z a c a r i a s , M a l a q u i a s .

O Novo Testamento: Mateus, Marcos, Lucas, João, Atos, Romanos, I Coríntios, II Coríntios, Gálatas, Efésios, Fil ipenses, Colossenses, I T e s s a l o n i c e n s e s , I I Tessalonicenses, I Timóteo, II Timóteo, Tito, Filemon, Hebreus, Tiago, I Pedro, II Pedro, I João, II João, III João, Judas, Apocalipse.

Ef. 2:20; Apoc. 22:18-19: II Tim. 3:16; Mat. 11:27.

III. Os livros geralmente chamados Apócrifos, não sendo de inspiração divina, não fazem parte do cânon da Escritura; não são, portanto, de autoridade na Igreja de Deus, nem de modo algum podem ser aprovados ou empregados senão como escritos humanos.

Luc. 24:27,44; Rom. 3:2; II Pedro 1:21.

IV. A autoridade da Escritura Sagrada, razão pela qual deve ser crida e obedecida, não depende do testemunho de qualquer homem ou igreja, mas depende somente de Deus (a mesma verdade) que é o seu autor; tem, portanto, de ser recebida, porque é a palavra de Deus.

II Tim. 3:16; I João 5:9, I Tess. 2:13.

V. Pelo testemunho da Igreja podemos ser movidos e incitados a um alto e reverente apreço da Escritura Sagrada; a suprema excelência do seu conteúdo, e eficácia da sua doutrina, a majestade do seu estilo, a harmonia de todas as suas partes, o escopo do seu todo (que é dar a Deus toda a glória), a plena revelação que faz do único meio de salvar-se o homem, as suas muitas outras excelências incomparáveis e completa perfeição, são argumentos pelos quais abundantemente se evidencia ser ela a palavra de Deus; contudo, a nossa plena persuasão e certeza da sua infalível verdade e divina autoridade provém da operação

Confissão de Fé de Westminster (Século XVII) Pilares da nossa fé

www.rtmportugal.org [email protected] www.facebook.com/projectoana

http://mulheresesperança.podomatic.com Telef. 261 853 926 – 808 201 932

interna do Espírito Santo, que pela palavra e com a palavra testifica em nossos corações.

I Tim. 3:15; I João 2:20,27; João 16:13-14; I Cor. 2:10-12.

VI. Todo o conselho de Deus concernente a todas as coisas necessárias para a glória dele e para a salvação, fé e vida do homem, ou é expressamente declarado na Escritura ou pode ser lógica e claramente deduzido dela. À Escritura nada se acrescentará em tempo algum, nem por novas revelações do Espírito, nem por tradições dos h o m e n s ; r e c o n h e c e m o s , entretanto, ser necessária a íntima iluminação do Espírito de Deus para a salvadora compreensão das coisas reveladas na palavra, e que há algumas circunstâncias, quanto ao culto de Deus e ao governo da Igreja, comum às ações e sociedades humanas, as quais têm de ser ordenadas pela luz da natureza e pela prudência cristã, segundo as regras gerais da palavra, que sempre devem ser observadas.

II Tim. 3:15-17; Gal. 1:8; II Tess. 2:2; João 6:45; I Cor. 2:9, 10, l2; I Cor. 11:13-14.

VII. Na Escritura não são todas as coisas igualmente claras em si, nem do mesmo modo evidentes a todos; contudo, as coisas que precisam ser obedecidas, cridas e observadas para a salvação, em um ou outro passo da Escritura são tão claramente expostas e explicadas, que não só os doutos, mas ainda os indoutos, no devido uso dos meios ordinários, podem a l c a n ç a r u m a s u f i c i e n t e compreensão delas.

II Pedro 3:16; Sal. 119:105, 130; Atos 17:11.

VIII. O Antigo Testamento em Hebraico (língua vulgar do antigo povo de Deus) e o Novo Testamento em Grego (a língua mais geralmente conhecida entre as nações no tempo em que ele foi escrito), sendo inspirados

imediatamente por Deus e pelo s e u s i n g u l a r c u i d a d o e providência conservados puros em todos os séculos, são por isso autênticos e assim em todas as controvérsias religiosas a Igreja deve apelar para eles como para um supremo tribunal; mas, não sendo essas línguas conhecidas por todo o povo de Deus, que tem direito e interesse nas Escrituras e que deve no temor de Deus lê-las e estudá-las, esses livros têm de ser traduzidos nas línguas vulgares de todas as nações aonde chegarem, a fim de que a palavra de Deus, permanecendo nelas abundantemente, adorem a Deus de modo aceitável e possuam a esperança pela paciência e conforto das escrituras.

Mat. 5:18; Isa. 8:20; II Tim. 3:14-15; I Cor. 14; 6, 9, 11, 12, 24, 27-28; Col. 3:16; Rom. 15:4.

IX. A regra infalível de interpretação da Escritura é a mesma Escritura; portanto, quando houver questão sobre o verdadeiro e pleno sentido de qualquer texto da Escritura (sentido que não é múltiplo, mas único), esse texto pode ser estudado e compreendido por outros textos que falem mais claramente.

At. 15: 15; João 5:46; II Ped. 1:20-21.

X. O Juiz Supremo, pelo qual todas as controvérsias religiosas têm de ser determinadas e por quem serão examinados todos os decretos de concílios, todas as opiniões dos antigos escritores, todas as doutrinas de homens e opiniões particulares, o Juiz Supremo em cuja sentença nos devemos firmar não pode ser outro senão o Espírito Santo falando na Escritura.

Mat. 22:29, 3 1; At. 28:25; Gal. 1: 10.

Versão completa em www.igrejalisbonense.org

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Calendário 02/08 - Culto de Louvor com

Ceia do Senhor (11h)

05/08 - Culto Partilhado (18h00)

09/08 - Culto de Louvor a Deus

(11h)

12/08 - Culto Partilhado (18h00)

16/08 – Culto de Louvor a Deus

(11h)

19/08 – Culto Partilhado (18h00)

23/08 - Culto de Louvor a Deus

(11h)

26/08 – Culto Partilhado (18h00)

30/08 - Culto de Louvor a Deus

(11h)

Próximas Atividades

Apoio pastoral

Última / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº6/2015 AGOSTO 2015 / 08

Alegrem-se todos os que confiam em ti, cantem de alegria eternamente, porque tu os proteges. (salmo 5:12)

FICHA TÉCNICA: Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana) Rua Febo Moniz, 17-19, Anjos, 1150-152 Lisboa; Tel. 21 314 99 75; [email protected]; www.igrejalisbonense.org; www.facebook.com/igrejalisbonense Como chegar: Metro Linha Verde (Anjos) * Carris 208, 708, 712, 726, 730 EQUIPA: Coordenação: Conselho Presbiteral; Editores: Pastor Luís de Matos, Luís Aguiar Santos, Alexandra de Matos. COLABORADORES: Pastor Pedro Brito; David Valente; Alfredo Abreu (Serve the City); Sociedade Bíblica Portuguesa; Editora Letras d’Ouro (Pedro Miguel Martins); Aglow Aglow Portugal (Sarah Catarino); Projeto ANA-Mulheres de Esperança (Sónia Simões); Pobreza Zero (João Pedro Martins); Pastor João Pedro Robalo (CCVA Alvalade). GRAFISMO: Alexandra de Matos

enorme angustia! O povo sofria grandes tribulações porque tinham deixado de lado o caminho do Senhor e isso deixava profundamente triste o profeta. Mas, mesmo no meio da angustia, Jeremias reconhece que o Senhor t e m d e r r a m a d o m u i t a s misericórdias sobre a sua vida e que é essa realidade que faz com que ainda tenham vida.

Ao longo da nossa existência enfrentamos muitas dificuldades e quando não conhecemos Jesus, de forma pessoal, somos invadidos pela angústia e pelo sentimento de derrota. Este é destrutivo porque nos vai fazer pensar que somos aquilo que os nossos sentimentos r e f l e t e m . C o n t u d o , a o conhecermos Jesus, passamos a perceber, que por muito difícil que esteja a ser a nossa vida, por muito angustiados que possamos estar, há um Deus que ao longo da nossa existência sempre está ao nosso lado, a cuidar de nós e a

Como seres humano somos condicionados pelo tempo. Passado, presente e futuro são categorias temporais que nos limitam. Mas, como cristãos, afirmamos que a nossa fé está num Deus que não condiciona a forma de nos ver pela pressão que o tempo exerce, porque Ele é

O Sentimento de Gratidão eterno.

Como seres humanos, criados por Deus, somos chamados a fazer um esforço, consciente, de não deixar cair no esquecimento o que é essencial. Isto é, somos chamados a recordar! É que recordar ajuda-nos a manter um coração grato. Mas recordar também nos faz renovar a nossa esperança em Deus nos momento de maior tribulação, quando tudo parece perder o significado.

O profeta Jeremias viveu essa experiência marcante, ao ponto de ganhar forças para exclamar no meio da adversidade

Disso me recordarei no meu coração; por isso, tenho esperança. As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim (Lamentações 3:21-22).

Jeremias vivia um momento de

suportar-nos nas suas mãos, mesmo quando já não há esperança. Na realidade é preciso crer em Jesus Cristo, como Senhor e Salvador, para perceber o que significa ter esperança no meio da dor e do sofrimento.

Uma memória sã origina uma vida saudável. Que a tua memória te encaminhe sempre para Deus, porque mesmo que não o conheças Ele é o teu criador e sustentador. Ao recordares Deus como o «teu» Deus, poderás dizer como o salmista:

Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo... (Salmo 23:4).

Pastor Luís de Matos

Escritório Pastoral

3ª a 6ª feira (marcação prévia) [email protected]

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