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Jornal Nossa Cidade www.cambejnc.com.br JNC JNC Ano 35 Edição Nº 1.314 Cambé, de 10 a 16 de novembro de 2017 Arte do bem Igreja, escola e comunidade mostram biomas brasileiros em muro de Cambé Página 5 Família e coletividade Prefeito e fundadora de grupo de cuidadores recebem prêmios Página 4 Comunidade O Jardim União é onde fica a Rua Quinze de Novembro e a proclamação esperada pelos mo- radores é o asfalto, que conforme a Secretaria Municipal de Planejamento de Cambé, estaria em negociação com o proprietário de área atualmente arren- dada para lavouras; alguns quintais não dispõem mais de espaço para a perfuração de fossa sanitárias; em vias próximas, duas famílias contam seus dramas para dar estudo às filhas. Páginas 10 e 11 Acesso Justiça no Bairro possibilitou acertos e até casamento de papel passado Medalhista Estudante traz medalha e chance de carreira Espetáculo Refúgio mostra seus trabalhos no dia 24 Página 3 Página 10 Página 7 Ranking vergonhoso Brasil é o 5º em morte violenta de crianças e adolescentes Página 5 Arquiteta cambeense é um dos destaques da Mostra de Arquitetura e Interiores de Londrina Arquitetura & interiores Página 5

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Jornal Nossa Cidadewww.cambejnc.com.br

JNCJNCAno 35 Edição Nº 1.314Cambé, de 10 a 16 de novembro de 2017

Arte do bemIgreja, escola e comunidade mostram biomas brasileiros em muro de Cambé

Página 5

Família e coletividadePrefeito e fundadora de grupo de cuidadores recebem prêmios

Página 4

ComunidadeO Jardim União

é onde fica a Rua Quinze de Novembro

e a proclamação esperada pelos mo-radores é o asfalto,

que conforme a Secretaria Municipal

de Planejamento de Cambé, estaria em negociação com o

proprietário de área atualmente arren-

dada para lavouras; alguns quintais

não dispõem mais de espaço para a

perfuração de fossa sanitárias; em vias

próximas, duas famílias contam seus

dramas para dar estudo às filhas.

Páginas 10 e 11

AcessoJustiça no Bairro

possibilitou acertose até casamentode papel passado

MedalhistaEstudante

traz medalhae chance

de carreira

EspetáculoRefúgio

mostra seustrabalhosno dia 24

Página 3Página 10Página 7

Ranking vergonhosoBrasil é o 5º emmorte violentade crianças eadolescentes

Página 5

Arquitetacambeense é um dos destaquesda Mostra deArquitetura eInterioresde Londrina

Arquitetura& interiores

Página 5

Cambé, 27 de janeiro de 2017Página 2 Jornal Nossa Cidade | www.cambejnc.com.br Cambé, de 10 a 16 de novembro de 2017

OpiniãoWalter Ogama

Um pé na frente do outroÉ assim que se anda pelo

caminho da normalidade. Em estradas acidentadas a locomo-ção é forçada, com os dois pés juntos, o que dá em saltos desas-trosos.

Infelizmente, o Brasil que temos agora é de solavancos, pois as vielas que nos restam para passar são esburacadas.

Já nos fizemos a mesma per-gunta, repetidamente. Perto de mais um 15 de novembro, que no ano de 1889 premiou as gera-ções da época e suas sucessoras com a Proclamação da Repúbli-ca, insistimos: onde estamos, o

povo, errando?A Constituição de 1988 nos

acendeu a luz do fim do túnel. Até pensamos que já havíamos crescido. Ajudou em muito a existência, naquele tempo, de políticos que podiam ser apon-tados como coerentes.

Eram poucos, sabemos, mas alguns seriam no nosso imagi-nário aqueles que, se caíssemos no fundo do poço, daríamos as mãos se eles nos oferecessem as deles. Tínhamos confiança de que eles não nos soltariam quan-do estivéssemos na borda.

Diferente de agora. Em quem confiar, quando grande parte tem algo a esconder? Al-

guns desses, aliás, nem fazem questão de negar. Apenas afir-mam que são inocentes. Como se a inocência fosse uma bolsa sem fundo e nela coubesse tanta malandragem.

O pior é que sofremos. Como se fossemos marionetes, ouvimos e nos calamos quando noticiam que a bolsa fechou em alta porque o governo vacilou. Como, onde e quando? Pois isso também se tornou rotina: a bolsa fechou em alta ou em baixa por causa de mais um caso de cor-rupção.

E, à nossa porta, pacotes e pacotes estranhos aparecem: aumento do gás, da energia, do desemprego, da violência e do desânimo. A inflação, é incrível, despenca. Provavelmente esta-mos, sim, descapitalizados tão intelectualmente quanto econo-micamente.

Por isso não temos feito nada. Nem compramos, nem brigamos por um País mais ali-nhado na moralidade e suas con-sequências, que são dividendos para todos.

O despertador toca. Em 2018 teremos eleições. Já é hora de desaprender as coisas erradas e jogar os imprestáveis nas lixei-ras. Ser formos grandes como povo, eles serão pequenos e ca-berão em reduzidos recipientes.

MAIS LIXO“Até cachorro morto

eu achei outro dia”. A in-dignação foi manifestada por Odimar Leandro, que passa praticamente to-dos os dias no entorno da Mata do Ana Rosa, onde os entulhos se acumulam. “Tem dia que está pior ainda. Tem sofá, tem te-levisão...” Ele prossegue nominando coisas que não acabam mais. Enfim, tranqueiras, como diz Odi-mar. O local foi limpado duas vezes pelo poder pú-blico, mas os sujões ficam na espreita e nem precisa ser noite para emporcalha-rem de novo. Outros pon-tos também costumam ser sujados por pessoas que deviam zelar pela higiene. O leitor Adilson Ricieri registra e envia para o jor-nal fotos de uma lixeira na calçada da Avenida Brasil, onde no final da noite os restos de lanches e comi-das são colocados em sa-cos plásticos e ficam depo-sitados. Como o caminhão coletor de lixo passa antes, os sacos permanecem e costumam ser rasgados. Pode ser que seja por cães que perambulam pelas ruas para catar alimentos. Ou, diga-se: os cães fare-

jam e violam o que está entre eles e a comida; sa-ciada a fome deixam tudo como está e correm atrás

dos líderes do bando. Fica no rastro uma sujeira. Que irresponsáveis são estes animais de rua!

Jornal Nossa Cidade | www.cambejnc.com.brCambé, de 10 a 16 de novembro de 2017 Página 3

Situação em dia

Casamento coletivoencerra Justiça no BairroAlém disso, houve oportunidade de negociar dívidas, tirar carteira de identidade,fazer cadastramento biométrico eleitoral e, a um custo reduzido, fazer o exame de DNA

O sábado, 11, foi de casa-mento coletivo no Ginásio de Esportes do Harmonia Tênis Clube, em Cambé. Ali esta-vam reunidos, a partir das 18 horas, centenas de casais de Cambé e também de Rolân-dia interessados em regulari-zar a situação conjugal.

O evento encerrou o programa Justiça no Bairro, realizado pelo Poder Judici-ário em conjunto com a Pre-feitura de Cambé e o Sesc Cidadão. Estavam inscritos para o casamento coletivo 290 casais.

Os demais atendimentos do programa foram no Cen-tro de Eventos de Cambé, desde o último dia 7. O obje-tivo foi atender a população economicamente vulnerável do município, com serviços judiciais em diversas áreas do Direito. Por isso, houve exigência de apresentação do comprovante de renda

pela pessoa interessada, além de documentos pes-soais e comprovante de re-sidência.

Um dos serviços foi o da Receita Municipal jun-to com o Fórum de Cambé, de negociação de dívidas ajuizadas de IPTU e ISS. O

Instituto de Identificação do Paraná participou do evento com a emissão da 1ª e 2ª vias da Carteira de Identidade.

Houve também orien-tação e cadastramento bio-métrico feito pelo Tribunal Regional Eleitoral, além de refinanciamento de dívidas

de contribuintes (REFIS). A possibilidade de exame de DNA foi outro serviço ofertado. Mas, nesse caso, o interessado arcou com o custo reduzido de R$ 220,00 para o trio (Da Se-cretaria Municipal de Co-municação/PMC).

Consumo

Gás de cozinha sobe de novo: mais 4,5%

Bandeira vermelha e no patamar 2 na ener-gia elétrica e aumento médio de 4,5% no gás de cozinha. São os custos a mais que as famílias brasileiras de-vem acrescentar nas con-tas a partir deste mês de novembro.

O aumento do gás tem uma explicação da Pe-trobrás para a elevação anunciada no dia 3, logo depois do feriado de Fi-nados: “Alta das cotações do produto nos mercados internacionais, influen-ciada pela conjuntura ex-terna e pela proximidade do inverno no hemisfério norte”.

Quanto à energia elé-trica, a bandeira vermelha patamar 2 já vigorou em outubro e as faturas de luz chegam às residências ar-

cadas de tanto peso. Para um período sem chuva e de muito calor, até o con-sumo de pequenos ventila-dores fez diferença.

As precipitações re-centes, em quantidade acima do normal para este início de novembro, ainda não deram subsídios para reavaliações. Por enquan-to a bandeira é vermelha e o seu patamar é o 2.

De novo ao gás de cozinha, o acumulado este ano foi de 15,58%, segundo a Agência Na-cional de Petróleo, Gás e Biocombustível (ANP). O reajuste anterior, em outu-bro, foi o que mais pesou: 12,9%.

Cambé, 27 de janeiro de 2017Página 4 Jornal Nossa Cidade | www.cambejnc.com.br Cambé, de 10 a 16 de novembro de 2017

Família e comunidade

Igreja premia prefeitoe fundadora de projetoCoordenadora do Acamados Mais Amados iniciou trabalho após cuidar do esposo por dez anos e três meses; prefeito foi ho-

menageado por parceria que realiza ma-nutenção e digitalização de registros de óbitos

A fundadora e coordenado-ra do programa Acamados Mais Amados, Inês Belanson, e o prefeito José do Carmo Garcia, receberam dia 28 de outubro, da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o Prêmio Va-lores Familiares e Comunitários.

Inês, que é líder comunitária do Jardim Tupi, está à frente do programa de cuidadores há 13 anos. A iniciativa foi após aci-dente que envolveu filho e espo-so, quando ambos viajavam para Presidente Prudente, em São Paulo.

João Belanson levava o filho Hugo, aprovado no vestibular em Ciências Sociais, para a cida-de paulista. No caminho ocorreu o acidente. Hugo faleceu e João permaneceu em estado vegetati-vo por dez anos e três meses, sob os cuidados de Inês.

Foi então que Inês fundou o Acamados Mais Amados, que hoje atende 147 pessoas. São ne-cessárias 6.400 fraudas geriátri-cas por mês para atender a todos, além de cadeiras de rodas, toa-lhas, cadeiras de banho, muletas, andadores e outras necessidades, inclusive de alimentos. Também foi premiada uma empresa con-siderada assídua doadora, o Fri-gorífico Rainha da Paz (leia mais sobre a fundadora do programa nesta página).

O prefeito José do Carmo Garcia foi premiado pela parce-ria da administração municipal no trabalho de conservação dos livros de registros dos óbitos do município e consequente digita-lização.

A atividade é realizada pela Igreja em todo o mundo. No Bra-sil, a parceria e a execução do serviço é feita inclusive na Ca-pital paulista e em outras cidades do Estado vizinho. No Arquivo Público de São Paulo, a limpeza, a digitalização e a catalogação são feitas em 200 mil livros car-torários com registros de nasci-mento, óbito e casamento.

A execução é feita pelo pro-jeto Family Search, um braço da igreja que coleta documentos de valor genealógico e mantém um

site de mesmo nome para buscas por familiares. Os equipamentos,

materiais necessários e pessoal são do projeto, cabendo ao par-

ceiro apenas ceder o local de trabalho e o acesso aos registros.

Sem parcerias que viabi-lizem recursos financeiros, o Acamados Mais Amados é mantido graças às doações e aos cerca de 200 voluntários. As reuniões quinzenais, aos sábados, são realizadas no Centro Comunitário do Jardim Tupi. “Ali todos os cuidadores falam, dão risadas e choram juntos”, diz a fundadora Inês Belanson. “Se não cuidar do cuidador ele fica doente. É pre-ciso muito carinho, compre-ensão, paciência e atenção na relação com o cuidador”.

O grupo nasceu da tragé-dia que a fundadora enfrentou

com a perda do filho Hugo e o estado vegetativo do espo-so João por mais de dez anos, após acidente na estrada. “À medida que eu consolava as pessoas que eram cuidadoras de seus familiares, eu me con-solava. Isso é o que me segura até hoje”.

Quando cuidou de João, Inês chegou a levá-lo para a AACD, em São Paulo, e ao Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília. O filho Hugo deixou a esposa e uma filha recém--nascida. “Em São Paulo eu não tinha como pagar local para dormir. Então um senhor

me ofereceu para ficar num vi-veiro de pássaros, de mais ou menos um metro quadrado. De dia eu levava o João à AACD. À noite eu e o João dormíamos no viveiro que ficava cheio de gaiolas penduradas. O sabiá cantava muito”.

“Vida que só mesmo pela fé”, comenta Inês. Ela nunca tomou remédio para depressão. “As pessoas passam em frente das concessionárias e ficam admirando os modelos Zero Km. Eu passo em frente das casas médicas e fico olhando as cadeiras de rodas que muitas famílias precisam”.

“Vida que só mesmo pela fé...”

GASTRONOMIA

Por Álvaro Luiz Jardinete Barbosa

GALETO AOPRIMO CANTO

MODO DE PREPARO

Álvaro Luiz Jardinete Barbosa é empresário e propreitárioda Marmitaria Seu Chef. Contato: 3035-6331.

O Galeto ao Primo Canto é um prato tradicional da culi-nária gaúcha. Chega a ser considerado um dos três principais pratos do Rio Grande do Sul, juntamente com o arroz de car-reteiro e o churrasco.

ORIGEMAcredita-se que a origem deste prato remonta aos hábi-

tos alimentares dos colonizadores, que costumavam preparar passarinhadas nos dias de festa,[3] com a proibição da caça aos passarinhos, o galeto foi adotado.

O prato teve origem na região de Caxias do Sul. O pri-meiro restaurante a comercializar este prato foi a Galeteria Peccini, fundada em fevereiro de 1931 em função da primeira Festa da Uva. Desde então, diversos restaurantes, denomina-dos de galeterias obtiveram êxito e se espalharam pelo estado do Rio Grande do Sul. (Veja receita abaixo)

INGREDIENTES- 2 galetos- 1 taça de vinho branco- Suco de uma laranja

De véspera, corte ao meio no dorso do pescoço até a sambiquira. Abra em forma borboleta. Coloque numa tigela e incorpore to-dos os temperos acima. Dei-xe marinando na geladeira.

De preferência assar o galeto na brasa, até ficar macio e úmido por dentro e crocante por fora.

Para acompanhar, uma massa, radicci com bacon, maionese e polenta frita.

Para facilitar sua vida, SEU CHEF Marmitaria recebe encomenda deste prato, inclusive a noite,

feriado e domingo no almoço. Além do filé à parmegiana. Ligue: 3035-6331.

- 2 colheres de sálvia picada- 2 dentes de alho picado- Sal a gosto

Jornal Nossa Cidade | www.cambejnc.com.brCambé, de 10 a 16 de novembro de 2017 Página 5

Arte e consciência

Muro de escola mostraos biomas brasileirosIniciativa do estabelecimento de ensino junto com associaçãode moradores e Santas Missões Populares é feito comtampinhas de refrigerantes e chama a atenção de quem passa

Os seis biomas brasileiros ganham lugar de destaque no muro de frente da Escola Esta-dual Dr. Leopoldino Loureiro Ferreira, na Rua Curitiba, em Cambé. Amazonia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Pampa e Mata Atlântica são represen-tados por figuras feitas com tampinhas de garrafas pet de refrigerantes.

Dentre as ilustrações, são destaques a bandeira e o mapa do Brasil, a fauna, o golfinho representando a luta contra a poluição e os 70 anos de eman-cipação política do município. A iniciativa é do estabeleci-mento de ensino, da Associa-ção dos Moradores do Jardim Tupi e das Santas Missões Po-pulares da Paróquia São Cami-lo de Lélis.

Na tarde de terça-feira, 7, a diretora da escola, Yone Ribei-ro; a presidente da Associação de Moradores, Inês Belanson, e a recicladora Dilma Rodrigues Santana, das Santas Missões Populares, acompanhavam os voluntários nos trabalhos ini-ciais da arte planejada para o muro.

Dias antes o muro foi la-vado e recebeu pintura para esconder não só a sujeira, mas também as pichações. A Secre-taria Municipal de Cultura de Cambé ajudou com a doação de pistolas e respectivas colas quentes.

A Escola Estadual Dr. Leo-poldino Loureiro Ferreira tem 320 alunos da sexta à nona sé-ries. A diretora anunciou que embora os trabalhos iniciais tenham ficado por conta dos voluntários adultos, os alunos do nono ano também foram envolvidos depois.

“Os alunos também suge-riram melhorar a área externa em frente ao muro da escola com plantas”, disse a diretora. Embora a área externa seja para pedestres, há veículos que invadem o calçamento e o gramado, danificando o piso. Por isso, a diretora e a presidente da Associação de Moradores conversaram so-bre a possibilidade de enfeitar a área com troncos brutos de árvores que foram derruba-das.

Na medida em que a arte ganhava forma, trabalhado-res do Centro de Atenção Psicossocial Infantil, ao lado, sondavam a possibilidade de estender a arte até o muro vi-zinho.

O primeiro grupo de vo-luntários foi formado por Olí-vio Alves da Silva, Aparecida Tolentino, Sonia Maria Calixto, Aurora Lucas Ribeiro Antônio e Maria Benedita Izidoro. Jun-to com os adultos, a pequena Maria Beatriz, 5 anos, ajudou separando as tampinhas, de co-res diferentes, necessárias para formar as figuras.

Segundo Dilma Rodrigues, foram ajuntados em Cambé cerca de três mil tampinhas. Alunos da Escola Municipal Oswaldo Cruz, de Londrina, contribuíram com cerca de quatro mil tampinhas.

A Amazônia é o maior. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, são mais de 2.500 espécies de árvores e 30 mil de plantas. A Caa-tinga, com 1.487 espécies de fauna e 27 milhões de pessoas, ocupa dez estados brasileiros. O Cerrado detém cinco por cento da biodiversidade do Planeta e é reconhecido como a savana mais rica do mundo. O Pampa fica somente no Rio Grande do Sul e é formado de paisagens variadas, como serras, planícies, morros ru-pestres e coxilhas. O Pantanal é considerado, de acordo com o Ministério do Meio Ambien-

te, uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta. Sofre influência de três outros biomas, Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Esta última se estende por 1.300.000 quilô-metros quadrados em 17 esta-dos brasileiros. Tem cerca de 20 mil espécies vegetais, o que representa 35% das espécies existentes no Brasil. Quanto à fauna, são 849 espécies de aves, 370 de anfíbios, 200 de reptéis, 270 de mamíferos e cerca de 350 de peixes. A população humana neste bioma é de cerca de 120 milhões de pessoas, que geram Produto Interno Bruto de 70% do total nacional.

Os seis biomas

Dilma Rodrigues, das Santas Missões Populares, e os biomas brasileiros; o golfinho, na luta contra a poluição, a fauna e as letras e símbolos dos 70 anos de Cambé

Arquiteta cambeense é um dosdestaques da Mostra de Arquitetura e Interiores de Londrina

A arquiteta cambeense Juliana Cestari estará assi-nando um dos ambientes da Mostra de Arquitetura que está acontecendo na cidade de Londrina. O evento teve inicio no dia 4 de novembro e prossegue até o dia 4 de de-zembro em uma mansão de 9 mil metros quadrados, com vista para o lago Igapó, imó-vel que pertence a socialite Val Marchiori.

Com o apoio de diversos fornecedores e patrocinado-res, o ambiente estilizado pela arquiteta cambeense é destaque na Mostra, onde além das últimas tendências retrata o que há de mais mo-derno no mercado de arqui-tetura e decoração.

Além das novidades da área de arquitetura, quem visitar a Mostra, encontrara também diversos eventos relacionados a gastronomia, música, arte, design, moda, workshops e shows. O espa-ço conta ainda com uma va-riada praça de alimentação com food truck’s, cafeteria gourmet, restaurante e pub com chopp artesanal.

SERVIÇO

A Mostra fica na Rua Odécio Simíno, 6, em frente ao Lago Igapó.

Juliana Cestari atende em Cambé, no escritório lo-calizado na Avenida Inglaterra, nº 663, sala 16, ou pelo fone: (43) 3035-2835.

Arquitetura & interiores

Cambé, 27 de janeiro de 2017Página 6 Jornal Nossa Cidade | www.cambejnc.com.br Cambé, de 10 a 16 de novembro de 2017

Jornal Nossa Cidade | www.cambejnc.com.brCambé, de 10 a 16 de novembro de 2017 Página 7

Mostra de fim de ano

Festival daAssociaçãoRefúgioserá dia 24Comunidade e pais de crianças eadolescentes que participam deatividades estão convidados paraas apresentações de capoeira, música, jiu-jitsu, taekwondo, balé e circo

O Ginásio de Esportes do Jardim Ana Rosa, em Cambé, será pela nona vez palco de um acontecimento importante para as famílias dos mais de 200 participantes de projetos da Associação Refúgio. No dia 24 deste mês, a partir das 20 horas, eles mostram suas habilidades

naquilo que aprenderam duran-te o ano com os professores, na sede da entidade localizada na Avenida Antônio Raminelli.

São crianças e adolescentes de seis a 17 anos de idade par-ticipantes de variadas oficinas: taekwondo, jiu jitsu, capoeira, música, percussão, balé, artes

circenses e atividades socioe-ducativas.

As oficinas fazem parte do serviço de convivência e fortalecimento de vínculos e as crianças e adolescentes, de acordo com a entidade, que tem a frente o fundador Márcio de Carvalho, os projetos desen-volvidos na entidade visam oferecer ambiente de desenvol-vimento integral, convivência e fortalecimento de vinculo fami-liar e comunitário.

O que se busca é “a supera-ção das situações de risco e vul-nerabilidade social de crianças e adolescentes e o resgate e res-tauração dos valores pessoais

de cada indivíduo, ressaltando as suas potencialidades através do esporte, cultura e música”.

O projeto mais recente é o de circo, que deve ganhar estrutura de prática da arte no pátio da entidade. Os demais são os de Jiu-Jitsu, Taekwondo, Música, Balé e Capoeira. Há ainda o Grupo Sócio-Educativo, com ati-vidades de escuta, diálogo, brincadeiras, dinâmica e discussões sobre assuntos de interesse da faixa etária dos participantes.

As apresentações do dia 24 são abertas a toda a comunida-de.

Cambé, 27 de janeiro de 2017Página 8 Jornal Nossa Cidade | www.cambejnc.com.br Cambé, de 10 a 16 de novembro de 2017

PSICOPEDAGOGIAAngela Cristina Rieper de Almeida

Bullying

Angela Cristina Rieper de Almeida é Psicopedagoga e atende na Avenida Canadá, 610, Sala 111 (Shoping Canadá)

Telefones (43) 99616-4294 e (43) 3035-2099..

Lixo eletrônico

Ações pelo homeme pelo meio ambienteOrganização não-governamental de Londrina que veio a Cambé no fim de semana coleta, recicla e reaproveita o que é possível para ajudar pessoas carentes e entidades da microrregião

Um turbilhão de infor-mações chega a milhões de pessoas em segundos. Mas esse tipo de consumo exige um aparelho e um pacote capacitados, como é a in-ternet. A isso dá-se o nome de Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs).

O problema é o uso de-senfreado das tecnologias de ponta. Celulares, com-putadores, câmeras e outros levam as pessoas a consumi-rem muito. Quando descar-tados indevidamente geram danos ambientais e afetam a saúde humana.

Fundos de vale, beira de rio e terrenos baldios são transformados em lixões de eletrônicos. Em contato com o solo e os lençóis freáticos, alguns desses materiais, car-regados de metais pesados, podem causar doenças.

Em Londrina, a ONG E-Lixo (Associação de Re-cicladores de Resíduos Ele-tro Eletrônicos) foi fundada em 2008 pelo profissional da área de informática Alex Gonçalves, quando ele en-controu dificuldades para fazer o descarte de materiais eletrônicos.

O serviço de coleta é feito por solicitação, na re-sidência, ao custo de R$ 30,00 independentemente da quantidade e do local a ser recolhido. Nas empre-sas, dependendo do volume, o serviço não é cobrado e é emitido um certificado de descarte correto e conscien-tização.

Existem também as campanhas para coletas de lixo eletrônico na comuni-dade, como a que foi feita em Cambé no último final

de semana. São divulgados os locais e os dias e as pes-soas podem levar tudo o que deixou de ter uso. Controles remotos, velhos aparelhos de televisão, placas de com-putadores, rádios, celulares sem uso ou danificados, en-tre outros.

As arrecadações são para conscientizar a socie-dade sobre o descarte corre-to e também sobre a possibi-lidade desse lixo eletrônico ser reutilizado, gerando eco-nomia e ajudando pessoas e entidades que necessitam de equipamentos.

De acordo com o gestor ambiental Alan Mendes Fer-reira, a ONG trabalha com 15 pessoas. Após a coleta e o transporte, é feita a separa-ção do que é sucata e o que pode ser reaproveitado,

Monitor LCD, equipa-mentos de informática são os mais reutilizados. Quanto ao descarte, os materiais são separados em vidro, plás-tico, metal, ferro, cobre. O desmonte é feito peça por peça.

“O lixo do rico é diferen-te do lixo do pobre. Pessoas que tem uma boa aquisição dificilmente deixam alguma coisa para consertar”, diz Alan. “Alguma coisa deu defeito eles não querem nem saber o que aconteceu, já descartam. Chegando aqui os técnicos analisam e, às vezes, é um fusível que está queimado, algum botão que está com mal contato e nós conseguimos recuperar”, acrescenta.

A E-LIXO não recebe contribuição e consegue

se sustentar com a loja que vende produtos que são re-aproveitados e colocados à venda por um valor abaixo do mercado.

A ONG quer fazer de Londrina um ponto de refe-rência na reciclagem e reuti-lização de materiais. Um re-querimento encaminhado à Prefeitura de Londrina soli-cita espaço para ampliação.

Segundo os gestores da ONG, é preciso atenção às leis estaduais e municipais, juntamente com a responsa-bilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e a Lei da Logística Reversa, que apresenta a obrigatorie-dade do Estado, empresas e fabricantes de destinar cor-retamente os materiais utili-zados (Por Cristiane Teixei-ra, Agência Unopar).

Gestor Ambiental Alan Mendes Ferreira,no escritórioda Ong

FOTO: GABRIELA CAMARGO

FOTO: GABRIELA CAMARGO

Junior Zagato,técnico em

informática; Wilian, auxiliar técnico, e

Rafael, engenheiro elétrico e técnico

Hoje nosso tema da se-mana será um assunto mui-to discutido, porém pouco esclarecido para os pais e a sociedade: o bullying. O bullying pode ser caracte-rizado por alguns compor-tamentos repetitivos por seus pares, normalmente são: palavras ofensivas, humilhação, difusão de boatos, fofoca, exposição ao ridículo, transformação de uma criança em bode expiatório e acusações in-fundadas. Como afirmam os autores, Fante (2005), Moz &Zawdsky (2007) e Silva (2010), o bullying não deve ser confundido com outro tipo de violên-cia, ou com brincadeiras de mau gosto na escola. Ao contrário, de outras ações violentas, ocasionais ele é caracterizado por ações deliberadas e repetitivas, e pela sutileza das ações como acontecem, demora muitas vezes para que os adultos percebam o que está acontecendo...

As causas desse com-portamento podem ser vá-rias, desde a carência afe-tiva, a ausência de limites, a passividade familiar e escolar, a exposição à inú-meras cenas de violência exibidas na mídia, nos jo-gos, nos filmes, a ausência de modelos educativos ca-pazes de nortear a vida de nossos jovens e a certeza da impunidade, o exces-so de competitividade, o individualismo exacerba-dos, o egoísmo, e também podemos citar a falta de políticas públicas volta-das para o investimento na contenção da violência nas escolas e na sociedade como um todo.

Para a criança que so-

fre o bullying, no caso a vítima, o que pode acon-tecer no futuro? A criança que recebe os maus tratos, recebe uma carga de sen-timentos negativos que pode comprometer seu desenvolvimento social e educacional. No que diz respeito ao processo edu-cacional, podemos atri-buir a queda do rendimen-to escolar, desinteresse nos estudos, falta de con-centração e dificuldades na aprendizagem, também um alto índice de reprova-ção escolar. Para FANTE (2005), no processo de socialização os prejuízos também são imensos, a auto estima fica compro-metida, e a vítima vai se fechando para novos rela-cionamentos e se tornam adultos com probabilida-des de comportamentos depressivos ou compul-sivos, tendem a apresen-tar dificuldades na vida sentimental, por não con-fiarem em seus parceiros. Percebe-se neste contex-to, o mal que o bullying, acarreta na vida do ser humano, trata-se de algo que deve ser combatido através da informação! Se seu filho sofre esse tipo de violência na escola, não se cale! Denuncie, bullying é crime!

Como denunciar?Se você é vítima de

bullying ou conhece al-guém que sofre com essa prática e deseja denun-ciar o caso, você pode procurar professores e coordenadores da sua escola e até mesmo com-parecer à Promotoria da Infância e Juventude da sua cidade.

Jornal Nossa Cidade | www.cambejnc.com.brCambé, de 10 a 16 de novembro de 2017 Página 9

Cambé, 27 de janeiro de 2017Página 10 Jornal Nossa Cidade | www.cambejnc.com.br Cambé, de 10 a 16 de novembro de 2017

Comunidade

Uma página sobre vontade, esforço e privaçõesGraziele estuda uma filha, admira-se com o esforço da do meio que deixou a escola para trabalhar e acompanha a gravidez da mais velha; Luciana deixou de matri-cular a filha mais nova por causa do cus-to do transporte escolar e fica penalizada com a mais velha, também gestante, que vai à noite a pé para a escola

Viúva, Dona Graziele mora no Jardim União, em Cambé, há sete anos. Paga aluguel de R$ 430,00 por uma casa de dois cômodos. Graziele tem três filhas. A mais nova, Carine Vitória, está com 11 anos e cur-sa o quinto ano na Escola Municipal Pe. Symphoria-no Kopf, no Jardim Santo Amaro.

O Jardim União não tem estabelecimento de ensino. Também não existe unidade de saúde no bairro. Uma das opções, tanto na saúde quanto no ensino, é o Jardim Ana Rosa. Mas o caminho mais curto até lá inclui trechos sem asfalto, áreas com vegetação e a li-nha férrea. Andando mais ou menos quatro quilôme-tros e meio chega-se lá. Mas até a escola ou a uni-dade de saúde a distância é maior.

Graziele diz que “o trem demora”, por isso a filha pode se atrasar na ida ou na volta da escola. So-zinha por aquele percurso também haveria riscos. Por isso Carine Vitória foi matriculada no Santo Amaro. A pé ela teria que atravessar a passarela so-bre as duas pistas da BR-369.

De dia, usar a passarela é seguro. Mas há histórias no União sobre adolescen-tes que estudam à noite e são surpreendidos lá em cima, quando acabam de transpor as duas pistas da rodovia, por pessoas que ficam de tocaia para roubar ou fazer outras ameaças.

Por isso Graziele, mes-mo Carine Vitória estudan-do durante o dia, preferiu pagar transporte escolar. Até o dia 9 de cada mês a mensalidade é de R$ 90,00.

No dia 10, data do venci-mento, paga-se R$ 100,00. A vizinha da casa ao lado, nos fundos, também tem três filhas. Graziele con-ta que a mulher trabalha com salário mínimo e só de transporte escolar gasta R$ 300,00 por mês. “As famí-lias aqui do União deveriam ter direito a transporte esco-lar gratuito”, diz.

Outra filha de Graziele, Caroline Vitória, está com 13 anos e não trabalha. Ar-tesã, a adolescente “faz ca-deira”, segundo a mãe. “Ela

A passarela sobre as duas pistas da BR-369 é usada por trabalhadores e escolares durante o dia; à noite, algumas pessoas preferem se arriscar atravessando as pistas, na corrida

EsporteEstudante traz medalha e chance de carreiraBom desempenho no Campeonato Sul-Brasileiro Sub-17 de Basquete realizado em Santa Catarina fez olheiro conferir de perto o potencial de Felipe, que mora e estuda no Jardim Tupi

O Estudante Felipe Henrique Dias Matias voltou de Florianó-polis, em Santa Catarina, cam-peão Sul-Brasileiro de Basquete. Ele integrou a Seleção Parana-ense Sub-17, que participou do evento agora em novembro.

Felipe nasceu no dia 2 de fevereiro de 2.000, em Cambé. É filho de Fernanda e Edson. Tem uma irmã, Bruna. Com 1,93 de altura, Felipe foi destaque no Sul-Brasileiro e chegou inclusive a ser sondado por olheiro.

Estudante do nono ano na Escola Estadual Dr. Leopoldi-no Loureiro Ferreira, Felipe e família moram no Jardim Tupi. Ao retornar a Cambé após a competição, trazendo a medalha de ouro e o troféu para a Sele-ção Paranaense, Felipe recebeu mensagem do olheiro, que seria da NBA, reforçando os parabéns pelo título.

Com os pés no chão, Felipe diz que está se esforçando muito para continuar um atleta de des-taque. E se vier uma proposta, ele diz que vai avaliar com a família.

O estabelecimento de en-sino tem outros medalhistas na luta olímpica, judô e jiu-jitsu. O Jornal Nossa Cidade publica nas próximas edições quem são elas e eles.

FelipeHenrique Dias Matias, com a medalhade campeão conquistada em Florianópolis

BASQUETE - Os atletas cambeenses Pedro Lucas dos Santos e Lucas da Silva, ambos com 15 anos, fizeram no último fim de semana suas estreias na Seleção Paranaense de Basquete Sub-15. Eles participaram com o

selecionado, em Terra Rica, do Campeonato Brasileiro de Se-leções e Clubes. Ambos são dos projetos de basquete da Secre-taria Municipal de Esportes co-ordenados pelo professor Nilton José Moreira, o Tim.

OLIMPÍADA DOS IDO-SOS – A Secretaria Municipal de Esportes realizou de 7 a 10 deste mês a Olimpíada dos Idosos, que reuniu mais de 140 participantes. A abertura, no Ginásio de Espor-tes do Cambé 2, foi com a corrida do ovo e o lance livre de basquete. Nos demais dias, em diferentes lo-cais, ocorreram provas de bola ao alvo, boliche, chute ao gol, cadeado e vôlei adaptado. O encerramento,

no dia 10, foi na Casa de Convivên-cia com o Idoso, no Jardim Novo Bandeirantes, com a dança de salão e a premiação geral. Em primeiro lugar ficou a equipe do Serviço de Convivência com Idoso do Jardim Novo Bandeirantes, o segundo com a Integração Comunitária da Praça Céu, o terceiro com a Integração Comunitária do Jardim Silvino e o quarto com a Integração Comunitá-ria do Jardim Santo Amaro.

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Uma página sobre vontade, esforço e privações

A passarela sobre as duas pistas da BR-369 é usada por trabalhadores e escolares durante o dia; à noite, algumas pessoas preferem se arriscar atravessando as pistas, na corrida

Na casa de dois cômodos mora Graziele, viúva, com as três filhas

Lá embaixo, britas, matoe caixas de retenção

As famílias de Graziele e Luciana moram no trecho final da Rua 21 de Abril, bem pertinho da Rua Quinze de Novembro, na baixada do Jar-dim União. Dos portões das casas delas vê-se, lá embaixo, o amontoado de terra ajuntado por esteira na beira da via que espera por asfalto. Os boatos circulam.

“Disseram que tinham acertado o asfalto. Mas ultima-mente estão dizendo que não. Estão dizendo que não vem as-falto porque o União não tem vista para a rodovia”, comen-tou Graziele, sob a aprovação da vizinha Luciana.

O bairro tem o privilégio de ficar encostado à BR-369. Ficaria também colada à PR-445, não fosse a área arrendada onde foi feita a colheita de tri-go e, agora, o plantio de soja. A Quinze de Novembro separa o União da área arrendada.

Moradora da Quinze há 30 anos, Dona Maria diz que a rua tinha asfalto das proximidades da linha férrea, quando se en-contra com a Rua 19 de De-zembro, até a Rua 13 de Maio. Dali para baixo, até as proxi-midades da BR-369, não havia nenhum tipo de calçamento. O meio fio da data vizinha da de Dona Maria foi construído por conta, pelo proprietário do lote.

Marilene Aparecida de Oliveira está há 23 anos no União. Na casa que dá de

não está podendo estudar porque tem que trabalhar para ajudar a família”, desa-bafa Graziele. A filha mais velha, Camila Vitória, tem 15 anos, também não estu-da e tampouco trabalha. Ela é gestante.

Vizinha da casa de cima, Luciana também é viúva. Sua história é parecida. Luciana é mãe de Ana Ca-rolina, 16 anos, que estuda à noite na Escola Estadu-al Maestro Andréa Nuzzi, também na região do Santo Amaro. Ana também é ges-

tante. “Ela vai e volta a pé, à noite, para economizar dinheiro de casa”, conta a mãe. Ana Carolina preten-de prosseguir estudo e este ano já fez o Enem. Ainda não sabe o que vai fazer na faculdade.

A irmãzinha mais nova de Ana Carolina é a Natália, que está com cinco anos. Idade para estar na escola, mas a mãe, Luciana, diz que deixou de fazer a matrícula porque teria que gastar com transporte escolar para a menina.

frente para a Rua Quinze mora a filha. No outro lado da via foi perfurada uma das caixas de re-tenção que abundam por toda a extensão.

Marilene não sabe informar se aquilo é obra do arrendatário que usa o terreno para plantio, como forma de evitar que a água atinja a lavoura, ou se as caixas foram perfuradas por uma in-dústria lá da parte de baixo da

Quinze, para evitar acúmulo de água que descia a rua e ficava em frente do estabelecimento.

Em alguns trechos há sujei-ra descartada. Com as chuvas a vegetação ganha altura. Marilene teve que pegar na enxada para puxar terra que ficava rente ao muro da casa da filha, para esco-ar a água acumulada no local. Ela capina frequentemente para eli-minar o mato e costuma recolher

a sujeira que alguns vizinhos jogam em frente.

Alguns quintais da Rua Quinze não dispõem mais de espaço para a perfuração de fossas sanitárias (sépticas). Ma-rilene diz que uma vizinha viu--se obrigada a pedir autorização para perfurar no lado do fora do quintal, onde seria a calçada.

Em junho, a Secretaria de Planejamento de Cambé ace-nou com duas possibilidades para asfaltar a Rua Quinze. Uma delas seria a de execução da pavimentação e dos serviços vinculados pela administração municipal, com o lançamento da cobrança de contribuição de melhoria ao proprietário do terreno atualmente arrendado e usado para lavouras.

A outra seria a possibilidade do proprietário lotear o terreno, assumindo consequentemente a pavimentação e as demais me-lhorias vinculadas. As propostas estariam em negociação.

Marilene Aparecida de Oliveira mostra limpeza que fez após chuva para escoar águaacumulada

Aspecto da Rua Quinze de Novembro: caixas de retenção, muito mato e um resto de brita

Cambé, 27 de janeiro de 2017Página 12 Jornal Nossa Cidade | www.cambejnc.com.br Cambé, de 10 a 16 de novembro de 2017

Fora da escola

Plataforma ajuda os municípios brasileirosBusca ativa é de fácil acesso e mostra dadossobre as características geográficas e sociais sobreos brasileiros que não conseguem frequentar as aulas

Quadros extraídos do site www.foradaescolanaopode.org.br/

Brasil, metade do ano de 2017. Na Capital Federal, em meio às preocupações dos parlamentares sobre investigar ou não autorida-des suspeitas, inclusive eles próprios, uma importante reunião acontecia.

Era o lançamento da plataforma Busca Ativa Escolar, uma iniciativa da União Nacional dos Diri-gentes Municipais de Edu-cação (Undime), Colegiado Nacional de Gestores Muni-cipais de Assistência Social (Congemas), Fundo das Na-ções Unidades para a Infân-cia (Unicef) e Instituto Tim.

Com a participação de cerca de 70 gestores de Edu-cação, Saúde e Assistência Social de níveis municipal, estadual e federal, além de especialistas em educação e jornalistas, foi além do lan-çamento também instalado o Comitê Nacional para a

Busca Ativa Escolar.Os números, apresen-

tados na época, são desa-nimadores: o Brasil ainda tem 2,8 milhões de crianças e adolescentes, de quatro a 17 anos, fora da escola. A proposta do Busca Ativa Escolar é oferecer aos mu-nicípios metodologia e fer-ramentas tecnológicas para encontrar crianças que es-tão fora da escola.

Para isso, a iniciativa in-clui um sistema de integra-ção de dados que podem ser recebidos via alerta e com-partilhados com diversos organismos do setor públi-co, sms gratuitas, um apli-cativo para telefonia móvel e um número para ligações gratuitas (0800 729 2872).

Dados levantados pelo Fundo da Nações Unidas dão conta que, dos 2,8 mi-lhões de crianças e adoles-centes brasileiros que estão

fora da escola, a maior parte está na região Norte (8,8% desse total). A renda é o principal fator de exclusão escolar. Em 2005, 62% das crianças que estavam fora da escola viviam em famí-lias com renda de até meio salário mínimo.

Em agosto, durante o 16º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, realizado em Fortaleza, o acesso à plata-forma já ocorria. As ações nos municípios, no entanto, dependem de recursos que nem sempre podem ser des-tinados para a educação.

Qualquer pessoa, de qualquer Estado e municí-pio, pode acessar os dados sobre a situação escolar dos brasileiros pela internet. As buscas podem ser feitas no site https://buscaativaesco-lar.org.br/ e no site www.fo-radaescolanaopode.org.br/

Reivindicação

Vereador quertransformar antigaescola em creche

Entre as prioridades que o vereador Nilson da Bahia estabeleceu para sua gestão está a transformação da an-tiga Escola Municipal Hugo Simas em uma creche. O prédio está localizado na Avenida da Esperança e ne-cessita de remodelações em toda sua estrutura, inclusive a substituição da parte cons-truída em madeira para alve-naria, de acordo com as atu-ais exigências legais para o funcionamento de qualquer Centro Municipal de Edu-cação Infantil (CMEI), ou creche, como era chamado.

Segundo o vereador as conversas com o prefeito estão adiantadas. “O Zé do Carmo gostou da ideia e dis-se que o local é estratégico para a finalidade, pois a de-manda de vagas no Municí-pio ainda é grande”, disse. Nilson afirmou ainda que o prefeito já pediu à secretaria competente para que estu-dasse com carinho a pos-

sibilidade para dar início à execução do projeto.

O vereador propôs que o projeto seja executado estabelecendo uma capa-cidade de pelo menos 150 vagas. “Acredito que com esse número, apesar de não resolver totalmente o pro-blema daquela região, vai amenizar bastante”, disse,

acrescentado “que o cresci-mento populacional da lo-calidade vem apresentando ritmo acelerado nos últimos anos”, finalizou.

Entre os bairros que po-derão ser atendidos com a rei-vindicação do vereador estão os jardins Esperança, Café I e II, Bela Suíça e Bela Itália, além das Chácaras Londrina.

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Cambé, 27 de janeiro de 2017Página 14 Jornal Nossa Cidade | www.cambejnc.com.br Cambé, de 10 a 16 de novembro de 2017

Más condições

Detentos gravam vídeo na Cadeia de CambéO velho problema da superlotação é mostrado em cenas e manifestações gravadas em vídeo postado no Youtube

...pessoas debilitadas aína unidade, entendeu doutor.

Pessoas idosas com doença aí... / ...até a sarna tá tendo na cadeia, até sarna... / ...não tem lugar pra gente dormir, quando um dorme o

outro fica em pé...

“”Os trechos foram extra-

ídos de vídeo postado no Youtube. As manifestações estão gravadas sobre ima-gens de grande quantidade de pessoas em um pequeno espaço. Seriam, conforme diz um dos manifestantes, de detentos da cadeia de Cambé.

“...situação do pátio, sete horas da manhã, isso daí é parada que se faz com nós não”, denuncia a voz. “Nós não estamos negando dos nossos erros. A gente só quer uma alimentação, uma cama pra gente dormir. A gente errou sim, mas só quer melhoria”.

A postagem do vídeo ocorre semanas após o re-gistro de nova fuga na ca-deia de Cambé, onde a su-perlotação tem sido motivo

de críticas por organismos de direitos humanos da microrregião de Londrina. Cerca de 190 detentos es-tariam em espaço destinado para 32 pessoas.

Os detentos cavaram buraco da galeria principal até o pátio, de onde pula-ram o muro entre a Dele-gacia de Polícia e o Fórum. Onze deles teriam fugido. Durante as investigações, três mulheres foram detidas suspeitas de ajudarem na fuga.

“...os companheiros tudo dormindo nos col-chões molhados”, denuncia a voz sobre as cenas dos detentos próximos aos col-chões. Alguns dos colchões estão enrolados e presos com amarras. Quase no fim da gravação a voz dirige-se

à “doutora”: “Única coisa que nós qué (queremos) é nossos direitos. Doutora, um monte de direito de se-miaberto, condicional. Tem gente que está presa por embriaguês”.

Em nota oficial aos meios de comunicação, a assessoria de imprensa do Departamento Penitenci-ário do Paraná (Depen)

disse: “A Secretaria da Se-gurança Pública e Adminis-tração Penitenciária do Pa-raná, assim como a direção da Polícia Civil e do Depar-tamento de Execução Penal (Depen), estão cientes do problema de superlotação nas carceragens das dele-gacias do Estado. Impor-tante salientar que já houve avanços: no início de 2011

a Polícia Civil gerenciava em torno de 14 mil presos e hoje o número é de aproxi-madamente 9,5 mil”.

A nota prossegue: “A solução para o caso de su-perlotação são as 14 obras de construção e ampliação de unidades prisionais. Se-rão abertas cerca de 7 mil novas vagas. Uma delas é a Casa de Custódia de Lon-

drina, que terá capacidade para abrigar 752 presos”.

Em maio deste ano, 31 detentos fugiram da Cadeia de Cambé. Paralelamente à repercussão do vídeo de Cambé, rebelião na Peni-tenciária de Cascavel, no Oeste do Estado, ganhava as atenções dos meios de comunicação do Brasil e do Mundo.

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Posição vergonhosa

BR é o 5º no ranking dasmortes deadolescentes“Impunidade dos autores e a exposiçãoprolongada à violência podem fazer com que as vítimas acreditem que a violência é normal”, afirma representante do Unicef no País

Os cinco países com as maiores taxas de homicídios de adolescentes entre 10 e 19 anos estão na América Lati-na. É o que mostra o relatório “Um Rosto Familiar: A Vio-lência na Vida de Crianças e Adolescentes”.

O documento foi lançado no dia 1º pelo Fundo das Na-ções Unidas para a Infância (Unicef). A Venezuela está na ponta, com uma taxa de 96,7 mortes para cada 100 mil adolescentes. Em segui-da a Colômbia, com 70,7 mortes para cada 100 mil

adolescentes; El Salvador, com 65,5 mortes para cada 100 mil adolescentes, e em quarto Honduras, com 64,9 mortes para cada 100 mil adolescentes.

O Brasil, infelizmente, é o quinto país deste ranking. Aqui, são 59 homicídios a cada 100 mil adolescentes. O relatório especifica que, no Brasil, em 2014 a taxa de homicídios entre adolescen-tes homens negros foi quase três vezes maior que entre os brancos.

Esses adolescentes ten-

dem a viver em comunida-des com níveis mais ele-vados de homicídio, com desigualdade social e de renda, disponibilidade de armas, presença de tráfico de drogas, uso generalizado de drogas e álcool, falta de oportunidades de emprego e com desorganização e segre-gação urbana.

O documento do Unicef traz uma análise detalhada das mais diversas formas de violência sofridas por crian-ças e adolescentes em todo o mundo: violência disciplinar

e violência doméstica na pri-meira infância; violência na escola – incluindo bullying; violência sexual; e mortes violentas de crianças e ado-lescentes.

“Além da dor e do so-frimento que causa, a vio-lência mina o senso de autoestima das crianças e dos adolescentes e impe-de seu desenvolvimento. A impunidade dos autores e a exposição prolongada à violência podem fazer com que as vítimas acreditem que a violência é normal.

Dessa forma, a violência é velada, dificultando sua prevenção e sua supera-ção”, diz o relatório.

A representante do Unicef no Brasil, Florence Bauer, defende que é pre-ciso interromper a violên-cia, começando pelo cas-tigo corporal na primeira infância, que atinge todas as classes sociais. Aproxi-madamente 300 milhões de crianças de 2 a 4 anos de idade em todo o mun-do (três em cada quatro) sofrem, regularmente, dis-ciplina violenta por parte de seus cuidadores; 250 milhões (cerca de seis em

cada dez) são punidas com castigos físicos.

“Os homicídios muitas vezes são só a última etapa em um ciclo de violência a que crianças e adolescentes estão expostos desde a pri-meira infância. O relatório nos diz que a maioria dos homicídios contra adoles-centes não acontece em pa-íses que estão em conflito, como Síria, mas nos países da América Latina e do Ca-ribe, e o Brasil encontra-se entre aqueles com as taxas mais alta de homicídios de adolescentes do mundo”, afirma a representante do Unicef.Florence Bauer representande do Unicef

Cambé, 27 de janeiro de 2017Página 16 Jornal Nossa Cidade | www.cambejnc.com.br Cambé, de 10 a 16 de novembro de 2017

Exposição de escolas

Arte no Centro de Eventos até o dia 22Trabalhos podem ser visto inclusive neste sábado,dia 18, das 8 horas até às 18h30

Prosseguem até o dia 22, no Centro de Eventos, a 7ª edição da Exposição “Cam-bé: em cada canto, um en-canto”, e a 7ª Mostra do En-sino de Arte, com trabalhos de alunos das escolas e cen-tros municipais de educação infantil provenientes de pro-jetos da Secretaria Municipal de Educação.

A Exposição “Cambé: em cada canto, um encanto”,

é resultado do projeto “Via-gem Histórica pelos Cami-nhos de Cambé”, realizado nas disciplinas de história e geografia. Após aulas dire-cionadas ao tema, passeios pela cidade e pelo Museu Histórico, foram produzi-dos materiais relacionados à história do Município: qua-drinhos, cartazes, linha do tempo, catálogo de fotos e cartões postais.

A Mostra do Ensino de Arte foi para reforçar a im-portância do ensino da dis-ciplina nas escolas, com a exposição de desenhos, pin-turas, esculturas, gravuras, instalações e outras lingua-gens.

Podem ser visitadas das 8 horas às 18h30, inclusive nos sábados (Da Secretaria Municipal de Comunicação/PMC).

DiaMundial do Vaso Sanitário

A falta de saneamento básico para bilhões de pes-soas no Mundo deu origem ao World Toilet Day, que no Brasil pode ser traduzido como Dia Mundial do Vaso Sanitário. Comemorada em 19 de novembro, a data seria uma tentativa de conscientizar os governos sobre a enorme quantidade de pessoas que não possuem acesso à um vaso sa-nitário limpo e com sistema de saneamento adequado. Isso significa proliferação de doenças como malária e diarreia. O Dia Mundial do Vaso Sanitário foi oficializa-do pela Organização das Na-ções Unidas (ONU) em julho de 2003, a partir de proposta apresentada por Cingapura, onde há grandes problemas. Mas tudo começou dois anos antes, quando o empresário Jack Sim fundou, em 2001, o World Toilet Organization. Ele levou à proposta além, até chegar à ONU. Por isso é co-nhecido como “Sr. Sanitário”.

Dia Internacionaldo Homem

É também no 19 de No-vembro que se comemora o Dia Internacional do Homem. O objetivo é chamar atenção para os cuidados da saúde masculina. A data marca ain-da a luta contra o sexismo, destacando a igualdade entre os gêneros na comunidade, no casamento, nas construções familiares e na educação dos

filhos. A International Men’s Day foi comemorada pela pri-meira vez em 1999, em Trini-dad e Tobago, promovida pelo Dr. Jerome Teelucksingh e com o apoio das Organizações das Nações Unidas (ONU). No Brasil, o Dia do Homem deveria ser, também, come-morado nacionalmente em 15 de julho.

Dia da bandeiraMas é o tremu-

lar do verde, ama-relo, azul e branco que enche os olhos dos brasileiros, em diferentes ocasi-ões. Pois o Dia da Bandeira é come-morado também em 19 de novem-bro. Foi em 1889 que o Brasil trocou a antiga bandeira imperial pela ban-deira da Repúbli-ca, adotada pelo decreto nº 4, no dia 19 de novem-bro de 1889. Ela foi desenhada por Décio Vilares, com 22 estrelas. Em 11 de maio de 1992 passou a ter 27 es-trelas.

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Cambé, 27 de janeiro de 2017Página 18 Jornal Nossa Cidade | www.cambejnc.com.br Cambé, de 10 a 16 de novembro de 2017

O que muda......com a reforma trabalhistaPor enquanto, até que venham os ajustes negociados pelo próprio governo ousurjam novidades no STF, a reformatrabalhista é isso que temos abaixo

Feito e aprovado ao balan-ço dos interesses de diferentes grupos políticos e econômicos e sem a adequada participação da população brasileira, a reforma trabalhista em vigor desde sába-do, 11, é um remendão costurado com agulha enferrujada e exige adequação do próprio governo.

Conforme anúncio feito segunda-feira, 13, o presidente Michel Temer quer que os pon-tos tidos como polêmicos sejam remendados com uma Medida Provisória. Mas o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, acenou na mesma data ser contrário. O Senado está com o presidente e Maia, por sua vez, já demonstrou ceder.

De qualquer forma, com Medida Provisória ou outro meio mais alinhado à Constituição em vigor, resta ainda a posição, do Supremo Tribunal Federal, quan-to aos recursos ajuizados desde junho, quando alguns segmentos da sociedade civil enxergaram de-feitos na colcha de retalhos resul-tante do jogo de interesses durante a aprovação.

No meio da confusão, quando nem o Senado e nem a Câmara se entenderam sobre o teor da refor-ma, o que se tem no momento são

os pontos alterados ou novos que até o momento estão valendo. A produção a seguir é da Agência Brasil:

Negociação - convenções e acordos coletivos poderão pre-valecer sobre a legislação. É o chamado “acordado sobre o le-gislado”. Sindicatos e empresas podem negociar condições de tra-balho diferentes das previstas em lei. Não podem ser negociados os direitos mínimos garantidos pelo artigo 7º da Constituição. Em negociações sobre redução de salários ou de jornada, deverá ha-ver cláusula prevendo a proteção dos empregados contra demissão durante o prazo de vigência do acordo. Esses acordos não preci-sarão prever contrapartidas para um item negociado. No caso de empregados com nível superior e salário igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos bene-fícios do INSS (R$ 5.531,31), os acordos individualizados se so-brepõem ao coletivo.

Férias - poderão ser fracio-nadas em até três períodos, caso o empregador concorde, sendo que um deles não poderá ser inferior a 14 dias corridos. Os demais não poderão ser inferiores a 5 dias corridos cada um. Há vedação do

início das férias dois dias antes de feriado ou repouso semanal.

Jornada de trabalho - A jornada diária poderá ser de 12 horas com 36 horas de descanso, respeitando o limite de 44 horas semanais (ou 48 horas, com as horas extras) e 220 horas mensais.

Tempo na empresa - Algu-mas atividades dentro da empresa deixam de ser consideradas parte da jornada de trabalho, como pe-ríodo para alimentação, higiene pessoal, lazer, troca de uniforme e estudo.

Descanso - O intervalo pode-rá ser negociado, desde que seja no mínimo de 30 minutos. Se o empregador não conceder o in-tervalo mínimo para almoço ou concedê-lo parcialmente, o fun-cionário poderá deverá ser inde-nizado com acréscimo de 50% do

valor da hora normal de trabalho, percentual que deverá incidir ape-nas sobre o tempo não concedido.

Remuneração - O pagamen-to do piso ou salário mínimo dei-xa de ser obrigatório no cálculo da remuneração por produtividade. Além disso, trabalhadores e em-presas poderão negociar todas as formas de remuneração, que não precisarão fazer parte do salário.

Transporte - O tempo des-pendido até o local de trabalho e o retorno, por qualquer meio de transporte (oferecido pela em-presa, público ou particular) não será mais computado na jornada de trabalho.

Trabalho intermitente (por período) - O trabalhador poderá ser pago por período trabalhado, recebendo em horas ou diária. Ele terá direito a férias, FGTS, previ-

uma tarifação dos danos morais. A lei impõe limite ao valor a ser pleiteado pelo trabalhador, estabe-lecendo um teto para cada pedido de indenização conforme o grau do dano. No caso de ofensas gra-ves cometidas pelo patrão, a inde-nização deve ser de, no máximo, 50 vezes o último salário contra-tual do ofendido. Passa a prever também o direito de as empresas demandarem reparação por danos morais.

Contribuição sindical - A contribuição sindical será opcio-nal, condicionada à autorização prévia e expressa do trabalhador.

Terceirização - Continua va-lendo a terceirização para todas as atividades da empresa. Haverá uma quarentena de 18 meses im-pedindo que a empresa demita o trabalhador efetivo para recontra-tá-lo como terceirizado. O texto prevê ainda que o terceirizado deverá ter as mesmas condições de trabalho dos efetivos, como atendimento em ambulatório, ali-mentação, segurança, transporte, capacitação e equipamentos ade-quados.

Gravidez - Gestantes e lac-tantes não poderão trabalhar em atividades que tenham grau máxi-mo de insalubridade. Em ativida-des de grau médio ou mínimo de insalubridade, a gestante deverá ser afastada quando apresentar atestado de saúde de um médico de sua confiança. As lactantes de-pendem de atestado médico para afastamento de atividade insalu-bre em qualquer grau.

Rescisão contratual - A ho-mologação da rescisão do con-trato de trabalho pode ser feita na empresa, na presença dos advo-gados do patrão e do funcionário – que pode contar com assistência do sindicato.

dência e décimo terceiro salário proporcionais. No contrato, deve-rá estar definido o valor da hora de trabalho, que não pode ser in-ferior ao salário-mínimo por hora ou à remuneração dos demais em-pregados que exerçam a mesma função. O empregado deverá ser convocado com, no mínimo, três dias corridos de antecedência. No período de inatividade, pode pres-tar serviços a outros contratantes.

Trabalho remoto (home office) - Tudo o que o trabalhador usar em casa será formalizado com o patrão via contrato, como equipamentos e gastos com ener-gia e internet. O controle da pres-tação de serviços será feito por tarefa.

Trabalho parcial - A jornada poderá durar até 30 horas sema-nais, sem possibilidade de horas extras semanais ou de 26 horas semanais ou menos, com até 6 ho-ras extras, pagas com acréscimo de 50%. Um terço do período de férias pode ser pago em dinheiro.

Demissão - Além das mo-dalidades anteriores de extinção, o contrato de trabalho poderá ser extinto encerrado de comum acordo, com pagamento de me-tade do aviso-prévio e metade da multa de 40% sobre o saldo do FGTS. O empregado poderá ain-da movimentar até 80% do valor depositado pela empresa na conta do FGTS, mas não terá direito ao seguro-desemprego.

Danos morais - Passa a valer

Jornal Nossa Cidade | www.cambejnc.com.brCambé, de 10 a 16 de novembro de 2017 Página 19

Por Glacimeire [email protected]

Viva CambéAconteceu dia 13 de outubro, na Igreja Matriz de Cambé, o casamento de Thais Kamimura Korki e Lucas Henrique Beffa, o Grupo Soave e a decoração de Katia Flor, encantaram convidados que se

emocionaram com a celebração feita pelo padre Francisco Navarro. A recepção animada pelo DJ Shirô e Gaviões Londrinenses foi até altas horas. O belíssimo traje da noiva foi assinado pelo estilista Eduardo Calijon, produção de cabelo e maquiagem by Lincoln Tramontini. O ateliê Doce mimo de Bruna Moreira ficou responsável pelos deliciosos bem-casados e doces de Maria Inês Sella. Os noivos foram conduzidos

por um carro antigo da AC noivas. Fotos Risca de Giz e arquivo particular.

Está chegando o dia do casamentode Flávia Mazei Moscato e Diogo Sola, essa semana os últimos preparativos para cerimônia e recepção

que prometem abalar o Möress Contemporâneo.

Os pais do noivo Anor Beffa, Silvana Scaliante Beffa, os noivos Lucas e Tais, e os pais da noiva, Maria Rosangela Kamimura Korki e João Valdecir Korki, no tradicional brinde.

Miss Teenager Cambé 2017Nayara Fávaro.

Miss Teenager Londrina 2017,Natália Tays da Silva.

Miss Teenager Rolândia 2017,Maria Isabela Paes.

Mariana Kamimura Korki e Mayara Cavalheiro.

Farah Kamimura e Gabriel Ludwig, Darcy Kamimura, Adauto Kamimura sua esposa Marli e a neta Elorah, Marcus Vinicius sua

esposa Emanuelle e a filha Mariah, Juliana e Adauto Filho.

Ruy Almeida e Natália Zambrim, Marcos Vinicius Bovolin, Glaceli de Camargo e Eduardo Bovolin, Glacirene de Camargo, Mayara Cavalheiro, Tereza e Antonio Celson de Camargo, Adauto Shigutsi e Ruy

de Almeida Cardoso Junior.

Casamento de Thais e Lucas

Viva os noivos

Concurso Miss Teenager Paraná/ Brasil 2017 Acontece dia 17 de novembro, no Chateau Village em Maringá, organizado pela BMW Eventos by Wall Barrionuevo e equipe São 47 candidatas que

disputarão o título, onde serão escolhidas a Miss Teenager Brasil, Miss Teenager Paraná, e princesas Sob coordenação de GC Produções e Eventos as Misses Teenagers Cambé, Londrina e Rolândia tem

muitas chances de trazerem o título para nossa região Todas foram patrocinadas por Academia Mega Corpo, Fotógrafo Gil Pascueto, Studio Desirée Soares franquia de Cambé, Ateliê Bruna Vasconcelos Agradecimentos também ao HTC, Posto Prata, Roze e Nico Magalhães, Katiane e Michele Bezerra,

Sílvia Lucatelli, Luxo Grife, Cleverson Hair, Ateliê Cris Angels, Dom Store, Ateliê Mel Noivas, Josi Amorim, ao Jornal Nossa Cidade e família das Misses.

Cambé, 27 de janeiro de 2017Página 20 Jornal Nossa Cidade | www.cambejnc.com.br Cambé, de 10 a 16 de novembro de 2017