janela de johari
DESCRIPTION
Janela de Johari é uma ferramenta conceitual, criada por Joseph Luft e Harrington Ingham em 1955, que tem como objetivo auxiliar no entendimento da comunicação interpessoal e nos relacionamentos com um grupo.TRANSCRIPT
2
Janela de
Johari
Compilação de
Felix J Lescinskiene
2013
3
Janela de Johari
Janela de Johari é uma ferramenta conceitual,
criada por Joseph Luft e Harrington Ingham
em 1955, que tem como objetivo auxiliar no
entendimento da comunicação interpessoal e
nos relacionamentos com um grupo.
A palavra Johari origina-se da composição
dos prenomes de seus criadores: Jo(seph) e
Hari(Harrington).
O modelo se baseia em uma "janela" que é um
diagrama formado por um grande quadrado
dividido em quatro partes iguais. A cada uma
destas partes corresponde uma característi-
ca:
1 - EU ABERTO
2 - EU FECHADO
3 - EU CEGO
4 - EU DESCONHECIDO
4
Em suas relações interpessoais o indivíduo
apresenta quatro facetas diferentes, como se
vê na figura acima: o "eu aberto", o "eu fecha-
do", o "eu cego" e, o "eu desconhecido".
As duas áreas da figura, o "eu aberto" e o "eu
fechado", correspondem às partes conhecidos
pela própria pessoa. As áreas, o "eu cego" e o
"eu desconhecido", são por elas ignoradas.
A região 1, do "eu aberto", representa os as-
pectos da personalidade de que o indivíduo
tem conhecimento e aceita compartilhar com
5
os outros. Segundo pesquisas, a produtivida-
de e a eficácia estão relacionadas à quantida-
de de informações possuídas mutuamente
num relacionamento, ou seja, dependem de
uma maior área aberta. Quanto menor a área
aberta no relacionamento interpessoal de um
grupo ou organização, menor a sua eficácia.
A região 2, do "eu fechado", representa os as-
pectos que a pessoa conhece, mas consciente
e deliberadamente esconde dos outros por
motivos diversos, tais como: insegurança, sta-
tus, medo da reação, medo do ridículo etc. Es-
sa região constitui a chamada fachada em que
o indivíduo se comporta de maneira defensi-
va. A defesa é inerente a toda pessoa. Mas a
questão é saber qual a quantidade de defesa
tolerável que não iniba o inter-
relacionamento nem impeça seu crescimento.
A região 3, do "eu cego" refere-se àquilo que
inconscientemente escondemos de nós mes-
mos, mas que faz parte de nossa personalida-
de e é comunicado aos outros através de nos-
6
sas atitudes e desconhecidas por nós. As pes-
soas falam através de tudo e não apenas pelas
palavras. Em suas atitudes e comportamentos
muita coisa é transmitida, sem que o próprio
indivíduo perceba. A área cega é um fator li-
mitante da região 1 e é inibidora da eficácia
interpessoal.
Finalmente a região 4, do "eu desconhecido",
é a área desconhecida pelo próprio e pelos
outros. Nelas estão incluídas as potencialida-
des, talentos e habilidades ignoradas, os im-
pulsos e sentimentos mais profundos e re-
primidos, a criatividade bloqueada. Como e-
xemplo da área desconhecida, pesquisadores
em Criatividade afirmam que, em geral, utili-
zamos apenas cerca de 15 ou 20 por cento de
nosso potencial criativo. A região 4 pode tor-
nar-se conhecida à medida que aumenta a e-
ficácia interpessoal dentro de um processo
dinâmico.
Não obstante o quadro estático na represen-
tação gráfica, o modelo da Janela de Johari é
7
bastante dinâmico e pode ser combinado di-
ferente de acordo com o estilo de cada indiví-
duo.
As diversas áreas não são estáticas e podem
variar de dimensão. O inter-relacionamento
grupal pode aumentar a região do "eu aber-
to". Esse alargamento ocorre com a redução
da achada: aumenta a confiança grupal e o
indivíduo se comporta de maneira menos de-
fensiva e disposto a correr riscos. Esse pro-
cesso é chamado pelos criadores da Janela de
Johari, Luft e Ingham, de exposição. Ele impli-
ca numa abertura de sentimentos e de conhe-
cimentos pertinentes, com diminuição pro-
gressiva do "eu oculto".
Igualmente, o "eu cego", dentro de um pro-
cesso dinâmico, pode diminuir cada vez mais
com a boa vontade estabelecida de lado a la-
do.
Do lado do indivíduo, a superação das barrei-
ras defensivas facilita-lhe realizar o feedback
8
aceitando as informações e avaliações gru-
pais e vendo como é visto pelos outros.
Do lado do grupo, a maior cooperação e o
clima de confiança possibilitam a maior
transmissão de dados. Numa palavra, a supe-
ração do "eu cego" só é possível com a queda
das defesas rígidas e com o estabelecimento
da confiança grupal.
O objetivo de uma dinâmica de grupo é o de
aumentar o "eu aberto" dos indivíduos, dimi-
nuindo o "eu fechado e o "eu cego", e conse-
qüentemente, descobrindo e explorando mais
o "eu desconhecido" de cada um.
Combinando as quatro regiões, é possível es-
tabelecer quatro estilos diferentes de relacio-
namento.
TIPO A
É o estilo bastante impessoal de relaciona-
mento, com o mínimo de exposição e o míni-
mo de feedback. A área do "eu aberto" é mui-
to pequena e o "eu desconhecido" é a área
9
dominante. As pessoas que usam este estilo
são retraídas, distantes e fechadas.
Este tipo de pessoa é mais encontrado em or-
ganizações burocráticas. Pelo seu aspecto de
relacionamento muito frio e impessoal, as
pessoas que adotam esse estilo provocam
muita hostilidade, pois põem barreiras às ne-
cessidades de comunicação dos outros.
TIPO B
Como no primeiro caso, é um estilo também
avesso à exposição, sendo o "eu fechado" a
área dominante por causa de uma desconfi-
ança básica nos outros. A fachada é grande e
nada de pessoal é comunicado.
Ao contrário do tipo A, este tipo utiliza exces-
sivamente o feedback no desejo de estabele-
cer relacionamento. Sua falta de confiança
provoca a desconfiança dos outros membros,
gerando também sentimentos de desprezo e
de hostilidade. Este estilo é adotado pelas
pessoas inibidas que bloqueiam a sua comu-
10
nicação pessoal, particularmente quando es-
tão em grupo. Preferem falar pouco e ouvir
muito. Estão muito atentas ao que passa, mas
ninguém sabe o que elas pensam.
TIPO C
Ao contrário do tipo B, este estilo baseia-se
no uso excessivo da exposição, em detrimen-
to do feedback.
O "eu cego" é a área dominante por isso a
pessoa não se dá conta do impacto negativo
que transmite aos outros. Ela reflete muita
necessidade de afirmação e pouca confiança
na opinião alheia. As próprias opiniões são
muito valorizadas. Este é o estilo característi-
co dos autocratas.
As outras pessoas sentem-se desconsideradas
pelo indivíduo que apresenta este estilo. A-
cham que ele não dá atenção às suas contri-
buições e não se preocupa com seus senti-
mentos. Por isso alimentam frequentemente
em relação a ele sentimentos de hostilidade,
11
insegurança e ressentimentos. Em contrapar-
tida, aprendem a se comportar de forma a
perpetuar o "eu cego" do indivíduo, privando-
o de informações importantes ou fornecendo-
lhe apenas um feedback seletivo.
TIPO D
Neste estilo, que é o ideal, os processos de
exposição e de feedback são bastante usados
e de maneira equilibrada. Procede-se com
sinceridade e honestidade e ao mesmo tem-
po, com sensibilidade em relação aos outros.
O "eu aberto" é a região dominante no rela-
cionamento. Graças à sua atuação, a área do
"eu desconhecido", própria e dos outros, pode
ser progressivamente descoberta e aprovei-
tada.
De início, este estilo pode provocar certa ati-
tude defensiva dos outros, por não estarem
acostumados a relacionamentos baseados em
sinceridade e confiança. Mas a perseverança
tende a promover uma norma de sinceridade
recíproca com o passar do tempo, possibili-
12
tando a obtenção de confiança e o aproveita-
mento do potencial criativo.
Fatores que contribuem para a eficácia e a qualidade do feedback
1 - Construtividade
É o fator número um. Deve ficar bem claro,
através de clima positivo criado, que ao dar o
feedback a intenção é contribuir para o me-
lhorar e desenvolver o outro e não usar o fe-
edback como pretexto para atacar, diminuir
ou derrubar ("fodeback").
2 - Transparência
Expressar realmente o que se pensa e sente.
"Amigo é o que diz o que precisamos ouvir e
não o que gostaríamos de ouvir."
3 – Sensibilidade e tato
É preciso dizer a verdade, mas com sensibili-
dade e habilidade, de forma a não estimular e
13
provocar atitudes defensivas. O ser humano é
por natureza defensivo.
Necessário se torna saber expressar as ver-
dades incômodas, de forma a ser de fato ou-
vido, conseguindo receptividade.
4 - Confiança
Tentar ganhar a confiança da outra parte de
modo a que ela se desarme e se predisponha
a ouvir. A melhor forma é dar exemplo, sa-
bendo ouvir e expor-se.
5 - Positividade
Dar feedback não é apontar somente os pon-
tos negativos ou a melhorar.
Reconhecer os pontos fortes/positivos é fun-
damental do ponto de vista psicológico. É o
reconhecimento do que a pessoa tem de bom
que dá a ela a força e a segurança para ouvir
sobre o que tem a melhorar.
14
6 - Clareza
Falar de forma clara, evitando obscuridades.
Dar exemplos, ajudando a parte interessada à
aprender melhor.
7 - Objetividade
Saber ir aos pontos mais importante e priori-
tários, evitando prolixidade, detalhes sem
importância ou excesso de feedback de uma
só vez.
8 – Senso nas colocações
Ter o senso exato do que se afirma, evitando
julgamentos radicais e generalizados. Ao in-
vés afirmar: "você é isto", dizer "Está se com-
portamento de tal forma" é diferente.
9 - Iniciativa
Sempre que necessário, tomar a iniciativa pa-
ra receber ou dar feedback. Não esperar que
os outros venham primeiro. Demonstrar que
ele será sempre bem recebido. Igualmente,
tomar a iniciativa para dar feedback sempre
15
que necessário sem esperar que primeiro seja
pedido.
10 – Persistência e continuidade
Repetir o feedback tantas vezes quanto for
necessário. Apesar da boa intenção, as recaí-
das fazem parte do ser humano. A prática do
feedback deve ser constante.
11-Plano de ação
É a chave de ouro.
Não adianta só ouvir, entender e aceitar. É
preciso agir com determinação estabelecendo
um plano de ação, começando por atacar o
que for mais importante e prioritário: o que,
como e quando. Buscar ajuda quando neces-
sário.
16
Fatores que prejudicam o feedback
A – Da parte de quem dá o feedback
1. Clima de luta, aberta ou mascarada, e/ou
competição excessiva:
Usar o feedback como arma para diminuir
ou derrubar o opositor/competidor a
quem se dá feedback.
2. Postura negativa:
Apontar apenas os pontos negativos que
deixam a desejar sem reconhecer os pon-
tos positivos.
3. Colocações agressivas ou frias:
Falta de tato e sensibilidade ao dar feed-
back sem preocupar-se com a forma de ex-
pressar-se e como a pessoa vai receber e
entender.
17
4. Julgamentos muito radicais:
Ao invés de dizer "você me passa tal im-
pressão ou está agindo assim", fazer afir-
mações categóricas e generalizadas: "você
é isto".
5. Colocações excessivamente políticas e sem
autenticidade:
Por insegurança ou por interesse não ex-
pressar o que pensa ou sente, mas o que
pega melhor ou o que a outra parte quer
ouvir. É o que acontece em geral quando
liderados dão feedback para líderes autori-
tários e temíveis.
B – Da parte de quem recebe o feedback:
1. Postura excessivamente defensiva ou falta
de receptividade:
Encarar o feedback como um ataque e não
uma contribuição, fechando-se numa posi-
ção defensiva. Pessoas que têm fantasias
persecutórias são as mais defensivas. Tudo
é vivido como ataque ou perseguição.
18
2. Auto-suficiência e comportar-se como o
dono da verdade:
Essas pessoas muito auto-suficientes man-
têm-se muito fechadas e têm um "eu cego"
grande, rejeitando qualquer feedback:
"Não é nada disto" ou "não concordo." A-
ceitam apenas feedback positivos ainda
que não verdadeiros.
3. Insegurança
Medo de ouvir feedback de pontos não po-
sitivos ou a melhorar, achando que vai fi-
car arrasado e nada vai sobrar.
4. Teimosia
Teimar contra a evidência e contra todos.
" Não é, não é, não é."
5. Comportamento político:
Representar. Fazer de conta que ouve e a-
ceita para impressionar bem sem de fato
aceitar internamente.
19
6. Escutar sem ouvir e processar:
Escutar superficialmente sem aprofundar
nem processar, trabalhando o que foi ou-
vido. Tudo morre ali e nada muda.
7. Não partir para a ação
Pode-se até aceitar bem e ouvir, mas sem
tomar atitudes concretas para mudar e me-
lhorar. Não se estabelece um plano de a-
ção: "O que precisa mudar e o que vou fa-
zer para isto". É a consciência sem a cons-
cientização.
20
Questionário Janela de Johari
Instruções Não existem respostas “certas” ou “erradas”. A melhor resposta é simplesmente aquela que mais se aproxima da representação de sua maneira habitual de relacionar-se com os outros. Seja honesto consigo mesmo. Para cada uma das perguntas deste questio-nário, indique qual das alternativas é mais ca-racterística, ou representativa, da maneira pela qual você conduziria situação descrita. Algumas alternativas podem ser igualmente representativas de sua conduta. Apesar de e-xistir essa possibilidade, escolha aquela que mais se aproxime de sua conduta. Para cada pergunta você terá cinco pontos, que pode em uma das seguintes combinações:
1. Se A é completamente representativa do que você faria e B está totalmente fora de cogitação, escreva “5” ao lado da letra
21
A e “0” ao lado da letra B, em sua folha de respostas do questionário.
2. Se A é bastante representativa do que vo-
cê faria em relação a B, escreva “4” ao lado da letra A e “1” ao lado da letra B.
3. Se A é somente um pouco mais repre-
sentativa do que você faria em relação a B, escreva “3” ao lado da letra A e “2” ao la-do da letra B.
4. Cada uma das combinações anteriores
pode ser usada de maneira oposta, quando B é mais representativo que A.
22
Questões 1. Se um amigo meu tivesse um conflito de
personalidade com um conhecido comum a nós dois, com o qual fosse importante mantermos boas relações, o que eu faria?
A. Diria a esse meu amigo que a sua res-
ponsabilidade é parcial nos problemas com o nosso conhecido comum, e procu-raria fazê-lo ver de que forma esse co-nhecido foi afetado.
B. Não me envolveria, pois não seria ca-
paz de manter um bom relacionamento com ambos ao mesmo tempo, uma vez que já teria decidido o caminho que de-veria seguir.
2. Se tivesse travado, recentemente, uma dis-
puta acalorada com um amigo, e percebes-se que ele ficara com dúvidas a meu respei-to, o que eu faria?
A. Evitaria que as coisas piorassem,
chamando a atenção para o seu compor-
23
tamento,deixando, entretanto, que as coisas se resolvessem por si mesmas.
B. Chamaria a atenção sobre o seu com-
portamento e perguntaria a ele como a disputa teria afetado nossas relações.
3. Se um amigo começasse a esquivar-se de
um relacionamento comigo, provocando afastamento e separação entre nós, o que eu faria?
A. Diria-lhe o que penso sobre o seu
comportamento e sugeriria que ele também dissesse o que pensa.
B. Imitaria a sua conduta e faria com
que os nossos encontros fossem rápidos e esparsos, conforme a sua vontade.
4. Se eu e mais dois amigos estivéssemos
conversando, e um deles trouxesse à tona um problema pessoal meu, envolvendo um terceiro amigo, sem que o outro amigo es-tivesse inteirado do problema, o que eu fa-ria?
24
A. Mudaria a conversa e insinuaria a meu amigo que fizesse o mesmo.
B. Informaria a meu amigo que o outro
não estava inteirado do problema, suge-rindo-lhe que tratássemos do assunto mais tarde.
5. Se um amigo me dissesse que, em sua opi-
nião, tenho feito coisas que me tornam menos eficiente do que poderia ser em mi-nhas relações sociais, o que eu faria?
A. Pediria que explicasse, detalhada-
mente, o que ele observou e me sugeris-se as mudanças necessárias.
B. Ficaria ressentido com as suas críti-
cas e procuraria justificar meu compor-tamento.
6. Se um de meus amigos aspirasse um posto
em nossa organização para o qual eu não considerasse qualificado e, se ele fosse in-dicado para este posto, por decisão do che-fe do nosso grupo, o que eu faria?
25
A. Não mencionaria meu receio nem a meu amigo e nem ao meu chefe, deixan-do que eles tratassem do assunto de maneira pessoal.
B. Manifestaria a meu amigo e ao meu
chefe, meu receio, deixando que eles tomassem a decisão final.
7. Se um de meus amigos passasse a ser des-
leal comigo e com outras pessoas, e ne-nhuma delas lhe chamasse a atenção para sua atitude, o que eu faria?
A. Perguntaria a essas pessoas como es-
tavam encarando a situação, para saber se elas também consideravam que ele estaria sendo desleal.
B. Não pediria aos outros a sua opinião
sobre nosso amigo, mas esperaria que eles comentassem comigo.
8. Se estivesse preocupado com alguns as-
suntos pessoais e um amigo me dissesse que estava começando a mostrar-me irri-tado com ele e com os outros, aborrecen-
26
do-os a respeito de coisas sem importân-cia, o que eu faria?
A. Diria a esse amigo que tenho estado
preocupado e, provavelmente, nervo-so, preferindo não ser incomodado por algum tempo.
B. Escutaria suas queixas e não me pre-
ocuparia em explicar-lhe minhas ações. 9. Se eu escutasse alguns amigos lançando
um boato negativo a respeito de um outro amigo meu, que poderia prejudicá-lo e se esse meu amigo perguntasse o que sabia a respeito, o que eu faria?
A. Diria a esse amigo que nada sabia so-
bre o assunto, e que ninguém poderia acreditar de modo algum num boato como esse.
B. Diria a esse amigo exatamente o que
havia escutado, quando e de quem teri-a partido o boato.
27
10. Se um amigo me mostrasse, de fato, que tenho um conflito de personalidade com outro amigo, com o qual seria importante me dar bem, o que eu faria?
A. Consideraria seus comentários fora
de hora e diria que não desejava discu-tir esse assunto.
B. Falaria sobre o assunto abertamen-
te com ele, procurando determinar de que forma meu relacionamento com o outro amigo teria sido afetado por essa situação.
11. Se minhas relações com um amigo fos-
sem abaladas por sucessivos conflitos sobre um problema de importância para ambos, o que eu faria?
A. Tomaria cuidado nas minhas con-
versas com ele, para que esse proble-ma não surgisse novamente e viesse piorar nossas relações.
B. Assinalaria os pontos de controvér-
sia que estariam abalando nossa rela-
28
ção, sugerindo que discutíssemos até conseguir resolvê-los.
12. Se durante uma discussão pessoal com
um amigo, sobre seus problemas de com-portamento ele sugerisse, repentinamen-te, que abordássemos meus problemas e comportamento da mesma forma como tratamos os seus, o que eu faria?
A. Trataria de conservar a discussão
fora dos meus problemas, dando a en-tender que outros amigos, freqüente-mente, abordam esses assuntos.
B. Receberia bem a oportunidade de
ouvir a opinião a meu respeito e esti-mularia seus comentários.
13. Se um amigo começasse a falar sobre os
seus sentimentos de hostilidade em rela-ção a outro amigo, que ele considerasse pouco amável com os outros (e eu esti-vesse francamente de acordo), o que eu faria?
29
A. Ouviria e também expressaria meus sentimentos, de modo que ele conhe-cesse o meu ponto de vista.
B. Ouviria, mas não expressaria meus
próprios pontos de vista e opiniões negativas,uma vez que ele poderia co-mentar o que lhe dissera confidenci-almente.
14. Se fosse espalhado um boato negativo a
meu respeito, e eu suspeitasse de que um dos meus amigos o teria escutado, o que eu faria?
A. Evitaria mencionar o problema e
esperaria que ele resolvesse me co-municar, se quisesse.
B. Correria o risco de ofendê-lo, per-
guntando-lhe diretamente o que esta-ria sabendo sobre o assunto.
15. Se observando um amigo, eu consideras-
se que ele está agindo de maneira preju-dicial à suas relações pessoais, o que eu faria?
30
A. Correria o risco de que ele me con-
siderasse um intrometido e lhe diria o que observei, bem como as minhas re-ações frente a isso.
B. Guardaria minhas opiniões para não
parecer que interfiro em assuntos que não são da minha competência.
16. Se estivesse conversando com dois ami-
gos, e um deles, inadvertidamente, men-cionasse um problema pessoal, no qual eu estaria envolvido, mas sem ter conhe-cimento, o que eu faria?
A. Iria pressioná-lo para que me in-
formasse sobre o problema e suas opi-niões a respeito.
B. Deixaria a critério de meus amigos
me informar ou não, dando-lhes opção para que mudassem de assunto se as-sim o desejassem.
17. Se um amigo se mostrasse preocupado,
começasse, inclusive, a aborrecer-se com
31
coisas aparentemente sem importância e a irritar-se comigo e com outros sem uma causa real, o que eu faria?
A. Trataria esse amigo com muita cau-
tela durante algum tempo, supondo que ele estivesse com problemas pes-soais passageiros, que não seriam da minha competência.B.
B. Trataria de falar com ele a respeito
e lhe mostraria como seu comporta-mento estava afetando as pessoas.
18. Se certos hábitos de um amigo começas-
sem a me desagradar, a ponto de afetar o prazer que sentia na sua companhia, o que eu faria?
A. Não lhe diria nada diretamente, mas
faria perceber os meus sentimen-tos,ignorando-o cada vez que manifes-tasse os hábitos que me desagradam.
B. Manifestaria meus sentimentos de
maneira aberta e franca, de modo
32
que pudéssemos manter nossa amiza-de agradável e com satisfação.
19. Em uma discussão sobre o comportamen-
to social com um de meus melhores ami-gos, o que eu faria?
A. Evitaria mencionar seus defeitos e
imperfeições de modo a não ferir seus sentimentos.
B. Apontaria seus defeitos e imperfei-
ções de forma que ele pudesse melho-rar sua habilidade no trato com as pes-soas.
20. Sabendo que poderia ser designado para
um importante cargo dentro de nosso grupo e percebendo que meus amigos começavam a mudar de atitude comigo, o que eu faria?
A. Discutiria minhas limitações com
meus amigos, a fim de que pudesse descobrir aspectos nos quais devo me-lhorar.
33
B. Trataria de descobrir sozinho mi-nhas imperfeições, de maneira que pudesse superá-las.
Entendendo os resultados do questionário No questionário que você acaba de preencher existem 10 perguntas relacionadas com sua receptividade ao feedback (retorno de infor-mações) de seus amigos ou conhecidos e 10 perguntas relacionadas com sua disposição à auto-abertura para proporcionar Feedback a seus amigos ou conhecidos. Passe a sua pon-tuação da folha de respostas do questionário para o quadro abaixo. Uma vez terminado, some os pontos da coluna receptividade ao feedback e os pontos da coluna disposição à auto-abertura.
34
35
Sua pontuação
Receptividade ao feedback:
Disposição à auto-abertura:
36
Trace uma linha horizontal e outra vertical, partin-do de sua pontuação, de tal modo que no resultado se veja a Janela de Johari.
Exemplo de modelo próximo do ideal, onde o “eu
aberto” tenha a maior incidência e do "eu desco-
nhecido" a menor.
37
Outro método de avaliação Esta avaliação pode ser enriquecida com um pro-cedimento adicional. Joseph Luft e Harry Ingham, os autores deste
instrumento da psicologia cognitiva, propõem
55 adjetivos para a caracterização dos indiví-
duos, enquanto intervenientes na comunica-
ção interpessoal e na sua relação com os ou-
tros.
Forma de aplicação:
O avaliado deve escolher seis desses cin-
qüenta e cinco adjetivos relativamente a si
mesmo.
No passo seguinte, deve pedir a seus tercei-
ros (colegas, amigos, parentes e familiares)
que também escolham seis desses cinquenta
e cinco adjetivos que julguem pertencer a si
(o avaliado).
38
O tratamento a dar a essas escolhas fica de-
pendente da comparação entre as escolhas
efetuadas por cada participante em relação a
si próprio ou dos outros em relação a ele.
Arrumam-se os adjetivos nas 4 casas da jane-
la de Johari observando-se a seguintes regras:
Os adjetivos escolhidos quer pelo avaliado
quer pelos seus terceiros vão para a região 1,
do "eu aberto".
Quanto aos adjetivos escolhidos apenas pelo
avaliado, mas não pelos seus terceiros, vão
para a região 2, do "eu fechado".
Quanto aos adjetivos escolhidos pelos tercei-
ros, vão para a face da aparência A região 3,
do "eu cego" .
Os adjetivos que não são escolhidos ficam na
face desconhecida, a região 4, do "eu desco-
nhecido". Sendo óbvio que alguns não se apli-
cam e outros ainda não se manifestaram na
personalidade do participante.
39
Exemplo:
40
Lista de Adjetivos qualificativos
Adjetivos
capaz
integrado
adaptável
atrevido
corajoso
calmo
delicado
alegre
esperto
complicado
confiante
confiável
digno
enérgico
extrovertido
amigável
altruísta
feliz
prestável
idealista
independente
engenhoso
41
inteligente
introvertido
amável
conhecedor
lógico
amoroso
maduro
modesto
nervoso
atento
organizado
paciente
poderoso
orgulhoso
sossegado
ponderado
relaxado
religioso
responsável
curioso
auto-consciente
assertivo
sensível
sentimental
42
Tímido
Tolo
Espontâneo
Simpático
Tenso
Sincero
Terno
Sensato
Espirituoso
Da mesma forma o método pode ser utilizado com
adjetivos desqualificativos, conforme a tabela:
Lista de Adjetivos desqualificativos
Adjetivos
incompetente
Intolerante
Inflexível
Tímidos
Covarde
Violento
Distante
Taciturno
43
Estúpido
simples
inseguro
irresponsável
vulgar
letárgico
retirada
hostil
egoísta
infeliz
inútil
cínico
carente sem imagina-ção
fútil
impetuoso
cruel
ignorante
irracional
distante
infantil
prepotente
indiferente
44
imperceptível
Caótico
impaciente
fraco
constrangido
ruidoso
vazio
apavorado
antiético
insensível
auto-satisfação
passivo
presunçoso
exantema
imparcial
melodramático
maçante
previsível
insensível
desatento
confiável
frio
insensato
Mal humorado
45