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HÁ QUEM VIVA A RECORDAR. NÓS RECORDAMOS O QUE VIVEMOS.

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“1970” 1970… Foi o ano em que os Dawn, ansiosos por passar para lá da porta que os separava do sucesso, tiveram mesmo que “Knock Three Times” antes que alguém se dignasse a abrir a dita cuja. Parece que foi Dave Edmunds quem atendeu com cara de poucos amigos, pois, quem viu, conta que ele a abriu com uma careta gritando “I Hear You Knocking”. “Call Me Super Bad”, apresentou-se James Brown que se apressou junto da porta de uma forma simpática, seguido logo por Santana que, com um breve aceno de mão, cumprimentou-os de longe com um simples “Oya Como Va”. Simpática esta malta… Quem não se achava fechado por trás de qualquer porta, eram os Beatles, sim porque estes rapazes andavam um pouco como Deus anda; Ou seja, por toda a Terra e “Across The Universe”, ou como diria Van Morrison, “Into The Mistyc”. Sim, esta foi sem dúvida uma altura na música em que o misticismo e a religião se misturaram ainda mais na sua receita. As músicas eram transformadas em preces e, com a ajuda de substâcias psicotrópicas, para quem as usava, criavam muitas vezes uma ponte imaginária por onde se podia ir para lá deste mundo. “My Sweet Lord” era frequentemente aclamado da boca de George Harrison; Sim, este é um dos muitos que andava sempre lá e cá… É, o mundo, nesta altura, andava muito diferente, musicalmente falando, claro. Como diria Cat Stevens, era um “Wild World”; Porque enquanto muitos procuravam equilíbrio espiritual através da música, outros, como os Black Sabbath, usavam-na para declarar a guerra, fosse ela porque fosse. Cá para nós, que ninguém nos ouve, sempre fui da opinião que esta banda foi sempre um pouco “Paranoid”. Lembram-se do seu grito de guerra - “War Pigs”? De loucos…

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Gostos e opiniões à parte, defendo que cada um tem e deve ter a sua própria visão da vida e da música, por isso, “No Matter What”, não deverá haver alguma “Question” sobre a liberdade de expressão de cada um, como certamente defenderiam os Moody Blues. E, por falar em blues, o que dizer do “Roadhouse Blues” dos Doors? Eu sei, muita coisa, mas já não temos muito tempo. Para terminar, talvez valha a pena falar do tempo. “Who´ll Stop The Rain”? Perguntaram os Creedence ClearWater Revival no chuvoso ano de 70, e pergunto também eu agora, porque isto, meus amigos, está que não se pode… Eu sei que “We´ve Only Just Begun” mas, infelizmente, está na horinha de me ir embora, porque o “Big Yellow Taxi” já se encontra á minha espera lá fora, e o taxímetro esta a contar! Por isso, meus amigos, desejo um “Merry Christmas Darling” a todos, e não se esqueçam de “Carry On” da melhor maneira que conseguirem. Eu sei que o “Instant Karma” muitas vezes se opõe á nossa vontade, mas o que tem de ser… “Let It Be”.

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“NO COMBOIO AO CIRCO” Nesta época festiva, e recuando até à minha infância, na já longínqua década de 70, é incontornável passar ao lado do Natal das memórias, principalmente as que brotam do tempo em que éramos criança, uma altura que, sem se perceber muito bem porquê, apresentava-se com muitos e únicos sabores, verdadeiramente intensos. Ao longo dos próximos dias, por estas bandas, tentarei colocar em palavras o que as minhas memórias (res)guardam do Natal: o sapato em cima do fogão, a espreitadela à prenda antes de ela aparecer no tal sapato, o cheiro a “farrapo velho”, os pinhões, comidos enquanto se jogava, e aquela sensação especial… aquela envolvência única que sabia especialmente bem… Hoje, e porque há que coordenar o calendário com as memórias, opto pela parte mais fácil: aquela em que um simples anúncio publicitário, ano após ano, nos indicava que o Natal estava (mesmo) a chegar. É, o anúncio televisivo era um marco, um marco determinante. (quase me atrevo a dizer que, naquela altura, sem ele, o Natal não seria a mesma coisa) E era assim, em jeito quase religioso que, quando a televisão nos brindava com a história de: “No comboio ao circo…” começávamos a sentir o nervoso miudinho que nos transportaria dias e mais dias até àquela tal noite, aquela em que demorávamos muito mais a adormecer, na pressa de chegar à manhã seguinte, para ver se o facto de nos portarmos bem geraria a prenda (uma só!) tão desejada, mesmo sem saber o que era, embora sabendo. (porque ia sempre desvendá-la ao cimo do guarda-vestidos onde a minha mãe a “escondia”, uns dias

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antes) Este ano, mais de 35 anos depois, fui uma vez mais ao circo, acompanhado por um “Anjo” que, ainda há pouco, ansioso, me dizia que falta uma semana para o Natal… Ou seja; já não falta tudo, além do comboio… e das fantasias de Natal que, também religiosamente, vão “desaparecendo” da actual árvore de Natal. (se há algo do qual não prescindo, desde que sou pai, é dos chocolates na árvore de Natal)

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“OS TÉNIS E O TAILLEUR” Esta era a típica série em que sonhava em ser... a personagem. O meu futuro: uma yuppie de sucesso - não interessava qual a profissão isso era o menos importante - bonita a viver numa "Big City", a apanhar o metro ou a ir a pé para o emprego de belo conjunto "saia-casaco" e enviar uns ténis nos pés, qual mulher saudável e dinâmica (confesso que faço isso frequentemente, valeu pela lindíssima Maddie. "Modelo e Detective" durou cerca de cinco temporadas e era a típica série dos anos 80: dois colegas de trabalho - completamente diferentes, a começar pelo género - e as suas aventuras como detectives privados. Cybill Shepherd e Bruce Willis criaram um dos casais mais marcantes de toda a história da Televisão. Maddie era uma antiga modelo, chique, vaidosa e metódica, em permanente tensão (sexual inclusive) com o colega David, o galã meio que bruto, meio que chico-esperto, o seu parceiro nas investigações que incluíam tudo o que era necessário para a série: toque policial (claro), drama, humor, algum romance - mais para o tórrido do que para o de "xarope" - e a restante equipa ( a começar pela cómica da recepcionista) para moldurar a conclusão bem realizada da série. Não faltava, sequer, o clássico tema do genérico, com um instrumental tão habitual nestas coisas dos anos 80...

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NIK KERSHAW Bom dia, bom dia! Lá vou eu ter um desgosto e desfazer mais um sonho de menina (credo, agora parecia o Tony Carreira!). Quem vos trago hoje chegou a fazer parte das encadernações das minhas capas escolares. E porquê? Porquê??? Me pergunto eu hoje.... O rapazito não era feio, mas também não era assim uma coisa de fazer tirar o ar a uma gaja, ainda por cima descobri hoje que é rodinha 24 e para me chegar ia precisar de um banquinho. Safam-se as músicas mais ou menos audíveis e a histeria que nos saudosos anos oitenta andava de volta dele. Sim, só posso explicar que ele tenha passado pelas minhas capas com a histeria colectiva que as meninas tinham quando se falava dele.... Das suas músicas, lembro-me do The Riddle, I Wont Let The Sun Go Down On Me e Wouldn't It Be Good e depois, puffffffff.............. desapareceu o rodinhas baixas para nunca mais eu ouvir falar dele até hoje de manhã me lembrar que existia. Despeço-me com o velhinho Wouldn't it be good. Afinal, não é assim tão mau como isso e já me está aqui a arrancar sorrisos marotos. Beijinhos e abraços e outras manifestações de carinho a quem de direito,

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“EMAIL AO PAI NATAL” P.S.: Hoje a minha crónica não vem com a memória de um desenho animado que já vimos, mas espero que ao ler se lembrem do que sentiam quando acreditavam no Pai Natal (se é que algum dia acreditaram.) “Email ao Pai Natal” Querido Pai Natal, Desculpa escrever-te a poucos dia do Grande DIA, já entramos em contagem decrescente, faltam 5 dias e umas horas para o Natal. Sabes que agora com as novas tecnologias tudo é diferente, antes precisava de uma folha de papel, uma caneta e depois do envelope do selo e cuspe (para colar o selo e fechar o envelope), agora somos muito poupadinhos e mandamos email ouvi dizer que o teu email é [email protected], é verdade? (já viste o cuspe que se poupa?) Só tenho pena porque aqui não dá para fazer corações por cima dos “i”, ficava uma carta muito mais bonita. Antes de irmos ao que interessa que é a minha lista de presentes, tenho umas perguntas a fazer. Oh! Pai Natal, afinal, quantos anos tens? Desde que me lembro como gente que continuas igual, sempre a mesma barriga, a mesma roupa e a mesma barba. Quanto à roupa eu acho que deves ter um guarda-fatos com uma enorme coleção de calças e casacos vermelhos e brancos, nem quero imaginar que na verdade não tomas banho. E isso de ano para ano não teres nem mais uma ruga já descobri o teu segredo é de seres do Polo Norte, não é? Os duendes congelam-te de ano para ano, depois 1 mês antes, ligam a lareira e descongelam-te, deves ser como a minha tartaruga que inverna, tenho de acrescentar à minha lista de prendas umas férias no Polo Norte.

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Não te vou incomodar mais com as minhas perguntas e divagações porque estás muito ocupado, vamos ao que interessa, este ano não quero a Barbie, sim já sei que agora também há a Barbie de todas as cores mas ela é muito magrinha e eu fico triste, também não quero o Nenuco, dão muito trabalho, por favor, não quero nenhum conjunto de panelas nem a brincar vou ter muito tempo na minha vida para brincar com panelas a sério… Este ano quero prendas diferentes e olha que sou simpática, vou ajudar-te a viajar bem mais leve, este ano quero uma caixinha que tenha sorrisos, muitos sorrisos (ultimamente vejo as pessoas muito triste), quero amor (as pessoas andam a esquecer-se de amar), quero fé e esperança (quero acreditar que apesar de tudo o que possa vir, amanhã vai ser um bom dia), quero sonhos (e não, não são aqueles de comer, alias já viste bem a tua barriga, comes as bolachas todas que te deixam ao lado da lareira, já te disse que tens de fazer dieta? Tens de ter cuidado com o colesterol…) quero daqueles sonhos que fazem bem a alma. Depois preciso que tragas em quantidades industriais pós de alegria, felicidade, amor, bom humor, paz e harmonia depois damos a volta ao mundo (não vai ser em 80 dias mas 80 minutos para sermos diferentes) e distribuímos pelas pessoas enquanto dormem, para quando acordarem sintam se bem e se lembrem que o espirito de Natal não é o que damos aos outros em material mas sim em sentimentos e quem sabe esses pozinhos duram um ano inteiro, mas não te esqueças que quando isto acabar de por na tua lista que para o próximo ano vamos precisar de descarregar mais uma nova dose de pozinhos e continuaremos a descarregar até que um dia já não seja preciso, que esses pozinhos se tornem a essência da humanidade. Mas não penses que depois te vais reformar há sempre trabalho para o Pai Natal. Acho que não peço demais, simplesmente o que é necessário, diz-me lá que não sou tua amiga. Beijinhos HEIDI HO! HO! HO! HO! HO! FELIZ NATAL. Recordar o passado é bom mas criar novas recordações ainda é melhor. Vamos criar novas recordações para o amanhã, e sejam felizes hoje (agora). Até à semana. Beijinhos

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“...EM 1980” Este foi um ano do caraças. Nem sei por onde começar… Mas vamos a isto. O ano começou mal, logo no primeiro dia. Em várias ilhas dos Açores, mas especialmente na Terceira, um sismo de magnitude 7,2 provocou 71 mortos e 400 feridos, causando grande destruição. E, se mal começou, mal acabou. A 4 de Dezembro, um acidente (???) com uma avioneta em Camarate, provocou a morte de Francisco Sá Carneiro e de Adelino Amaro da Costa, respectivamente Primeiro Ministro e Ministro da Defesa de Portugal. Dizem alguns (e eu acredito) que muito do futuro de Portugal ficou ali enterrado. O futuro o dirá. Ou será que já diz hoje?... Já que falei em mortes, aproveito e continuo com a “secção de necrologia”, por sinal muito concorrida: Mortes como a do filósofo francês Jean Paul Sartre, do nosso escritor e dramaturgo Bernardo Santareno e do grande poeta e compositor brasileiro Vinícius de Moraes, deixaram o mundo mais pobre. Mas, mesmo consciente que isto está a ficar um tanto mórbido, permito-me salientar ainda mais duas figuras importantes que morreram em 1980: - Jesse Owens, atleta americano que ficou famoso em 1935, ao bater 6 (seis) recordes mundiais de atletismo em apenas 45 minutos. Logo no ano seguinte, em 1936, “humilhou” Hitler ao arrebatar 4 medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Berlim. É obra! - John Lennon, ex-elemento dos Beatles, baleado por um fã de nome Mark Chapman. O assassino foi preso, pois ficou no local à espera que a polícia chegasse. Ao entrar na

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viatura, pediu desculpas pelo "transtorno que havia causado". Palhaço! Quanto a Lennon, um sonhador inveterado, deixou-nos músicas imortais. “Imagine” o que teria ainda para nos dar… Deixando as coisas tristes para trás, arrisco dizer que, em termos musicais, este é bem capaz de ter sido o melhor ano de sempre. Tanta coisa de que vos poderia falar… Entre grandes bandas que acabaram, outras tantas que nasceram, grandes álbuns e grandes músicas foram publicados em 1980. Mas hoje apetece-me dar uma de bairrista! Por isso vou falar de dois nomes de Portugal. Do Porto! - Os Jáfumega (inicialmente Mini-Pop), que lançaram o seu primeiro álbum em 1980. Embora totalmente cantado em inglês, tinha o título de “Estamos aí”. Talvez a fazer de ponte de passagem para outras margens… - Rui Veloso, que, ao lançar o seu “Ar de Rock”, influenciou para sempre o Rock Português. Grande “Chico Fininho”… Agora vou ter que, uma vez mais, “mutilar” a história e saltar vários acontecimentos muito importantes, como os Jogos Olímpicos de Moscovo (boicotados por 59 países), a fundação do sindicato Solidariedade (na Polónia), ou a independência de Vanuatu. Mas não podia deixar de mencionar que Edson Arantes do Nascimento - Pelé - foi eleito o futebolista do século. E dos séculos dos séculos, digo eu. Ponto. Não pensem que me esqueci de falar de mim. Nem podia, pois foi em 1980, a 26 de Outubro, que contraí Matrimónio. Com a tal mulher dos meus sonhos. E vou valer-me do relato dum fulano que, algures numa crónica chamada “A cor dos trocos”, escrevia assim: “… Como “não me deixaram” ir à tropa e já que estava encontrada a mulher da minha vida, resolvi casar. Com Comunhão de Bens e tudo. Tinha 20 anos. Tudo de arromba! Casamento na “Catedral” - Escola primária onde, ao Domingo, tínhamos Missa e Catequese; Boda na Quinta “Garagem do Sogro” - estreita mas comprida o suficiente para uns tantos comensais; Tacho preparado, com muito amor e carinho, por familiares e amigas; Família e muitos amigos; E festa, muita festa que a Felicidade é sempre em frente. Ainda hoje, digo eu, dizemos nós”. FELIZ NATAL! Beijos e abraços e até para a semana.

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“PAI NATAL” A última semana antes do Natal – e, para mim, Natal era o período que ia da noite de consoada até à manhã seguinte até ao desembrulhar da prenda., era muito diferente das outras do ano, ao ponto de sentir uma vontade imensa em ser mais simpático, mais colaborador e mais amigo do meu amigo, não fosse o Pai Natal (a minha mãe) estar a ver e cortar no “tamanho” da prenda. Quanto ao Pai Natal, o tal que era personificado em apenas algumas ruas do grande Porto, confesso que, ainda hoje, nunca percebi muito bem se acreditava nele ou não, mas que me dava jeito acreditar, lá isso, dava, nem que fosse para me manter na expectativa do que poderia acontecer. Naqueles meados da década de 70, ainda (que me lembre) sem grandes superfícies comerciais, nas redondezas da Rua de Sta. Catarina, limitava-me a dizer à minha mãe o que pretendia que ela “comunicasse” ao Pai Natal, mostrando-lhe exemplos do pretendido, em função das montras que íamos percorrendo juntos. - Kiko, olha que o Pai Natal não te pode dar tudo. E olha que ele não pode dar coisas caras, porque tem os meninos todos do mundo à espera de prenda! – dizia-me ela, Natal, sim, Natal, sim. No fundo, no fundo, eu sabia que a minha mãe não podia gastar dinheiro com prendas de suporte complicado para a “féria” (salário mensal), mesmo havendo o subsídio do desafogo que permitia “extravagâncias” bem mais importantes do que os brinquedos. E por isso, nunca fui de lhe pedir “este mundo e o outro”, pelo contrário. Penso que sabia até onde ia o “fundo da carteira” dela.

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No Natal, sempre tive um faro especial para detectar a chegada da prenda, uns 3 ou 4 dias antes do tal dia. (risos) E era fácil. Bastava a minha mãe chegar mais tarde do emprego para se perceber que tinha andado às compras de Natal. Claro que ela inventava inúmeras desculpas, mas aquele seu subir a um banco para guardar a prenda em cima do guarda-vestidos era delatora. (risos) E era o mesmo banco aquele que, mal não houvesse “perigo”, eu usava para lá ir buscá-la – à prenda. – para, com todo o cuidado, descolar a fita-cola num dos lados e decifrar o que acabaria por estar plantado como que “por milagre” ao lado do meu sapato na manhã do dia de Natal. Apesar de dormir do quarto ao lado, nunca descobri como é que a minha mãe conseguia colocar a prenda no fogão da cozinha sem que eu me apercebesse, já que, das poucas horas que conseguia dormir, eu era o primeiro a acordar, perto das 7 da matina, para, claro, ir abrir a prenda, a minha tão aguardada prenda. Hoje, mais de 35 anos depois, e pensando melhor, chego à conclusão de que o Pai Natal, se calhar, existe mesmo. Deve ser quem, durante a noite, bota ante bota, pega nas prendas que estão em cima dos guarda-vestidos e as coloca em cima dos fogões. Só pode! (sorrisos)

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Em mais um ano que se “estreia” nestas linhas, e numa altura em que o seu mentor volta a estar no centro das atenções, viajamos até 1995, que assinala com estrondo o fim do cavaquismo e a viragem do país à esquerda, depois de uma década de governos do homem que hoje ocupa a cadeira de Belém – talvez então se tenha lembrado do “Houston, we have a problem” que TOM HANKS celebrizara uns meses antes... O ano do nascimento do DVD e do eBay traria ainda outros fins, com a extinção da pena de morte na África do Sul e o Mississipi a tornar-se no último estado norte-americano a aprovar a abolição... da escravatura (!); mas, como tantas vezes sucede na cadeia de eventos que faz a História, aos progressos opõem-se tristes acontecimentos e o meu aniversário nesse ano assinalou a entrada dos sérvios da Bósnia em Srebrenica, a que se sucederiam os massacres que o Secretário-Geral da ONU classificou como o pior crime em solo europeu depois da 2ª Guerra. Ano de memórias tristes também para mim, com o desaparecimento daquela velhinha de cabelo alvo que me criou – a minha avó Luísa, que para mim era tantas vezes “Louizzy” e que (talvez porque esse fado a comovia) amiúde lembro na frase “olha bem para os meus olhos... já choram por te não ver”. Por coincidência, é também uma espécie de epitáfio que hoje vos trago – quando o MAURÍCIO, meu comparsa de escritos nesta página, já se perguntará “mas este gajo só não fala da minha banda preferida?”, propus-me falar-vos de “Made in Heaven”, dos QUEEN. O testamento musical – designação quiçá mais apropriada – da banda e do seu carismático líder, “aberto” 4 anos depois do seu desaparecimento, é quase todo composto por temas re-trabalhados pela banda, e começa por reciclar um antigo e

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pequeno improviso de FREDDIE em “It’s a Beautiful Day” – que diria, ainda assim, suficiente para relembrar porque é que, nas suas próprias palavras, “ninguém o haveria de parar” (pelo menos, a voz que aí exibe ficou para sempre); e também há-de terminar com a ‘reprise’ do tema, acrescida do “Yeah” e – para quem, como eu, tenha o CD – de uma faixa escondida, ora feérico ‘requiem’, ora com laivos de instrumental experimentalista, adequada saída de cena (ou ascensão musicada aos céus, no dizer de alguns fãs) de um músico absolutamente extraordinário. De permeio, surge logo a faixa-título, originalmente publicada por MERCURY a solo, mas a que a banda consegue, na minha opinião, emprestar todas as componentes do som QUEEN, com destaque para o inconfundível dedilhar de BRIAN MAY, cuja voz – numa partilha rara, a que ROGER TAYLOR se junta – também marca presença em “Let Me Live”, num ambiente marcadamente ‘gospel’ que, mesmo assim, não compromete a sonoridade ‘rock’ de que a banda é incontestável sinónimo. E se “I Was Born To Love You” também fora originalmente publicada a solo, a sua “adopção” resulta igualmente em pleno, com os britânicos a demonstrarem com uma quase épica maestria que nem só de baladas se fazem canções de amor. Num álbum de produção peculiar, não se estranha o surgimento, em “My Life Has Been Saved”, de um tema essencialmente composto pelo baixista JOHN DEACON, como que a juntar-se ao tributo dos membros sobreviventes ao icónico vocalista; aliás, também o sonho de “Heaven For Everyone” – que me convoca as palavras de LENNON em “Imagine” – é da autoria de TAYLOR, enquanto a MAY se deve a beleza lírica de “Too Much Love Will Kill You”.

Verdadeiramente novas são a sonoridade ‘techno-pop’ de “You Don’t Fool Me” e também “Mother Love”, o último tema (sentidamente) cantado por MERCURY, onde o dramatismo intrínseco do verso “I long for peace before I die” é reforçado se lhe acrescermos o conhecimento da forçada substituição pelo guitarrista na interpretação da última estrofe, para ser apenas um pouco atenuado pela finalização “ao vivo”, extraída do celebérrimo concerto de Wembley. Ainda novo é o tema com que “corro as cortinas” por hoje, a última canção escrita e composta por FREDDIE e que já há muito tempo me fez reservar a crónica sobre o disco para esta altura – a beleza calma e melancólica, os coros e uma guitarra mágica em “Winter’s Tale” fazem dela o meu “postal sonoro” do Natal, que aí verdadeiramente “vejo” e vos desejo... Muito Feliz!

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“ERA UMA VEZ...” Há dias, no meu feed de notícias do FaceBook deparei-me com uma história que, pensei, encaixava na perfeição no espírito desta quadra que estamos a viver. De imediato, decidi que hoje, nesta crónica que antecede o Natal, eu vos contaria essa mesma história que, como todas as histórias, começa assim: Era uma vez… um menino chamado Ryan Hreljac. Ryan tinha seis anos e frequentava a primeira classe. Um dia, a professora, procurando que os seus alunos percebessem o seu lugar no mundo, falou-lhes das condições difíceis em que viviam muitos meninos em África. Ryan ficou particularmente comovido ao saber que algumas crianças morriam de sede, por não terem acesso a uma torneira e água limpa. Ryan quis saber como seria possível levar água para África e a professora falou-lhe numa organização, a WaterCan, que se dedicava a abrir poços e que para tal seriam necessários 70 dólares. A ideia de ajudar os meninos africanos não mais lhe saiu do pensamento e, quando chegou a casa, disse à mãe que precisava dessa quantia para “comprar” um poço. Susan, depois de tanta insistência do filho, acabou por concordar em ajudá-lo, mas Ryan teria de ganhar esse dinheiro pelo seu esforço e, deste modo, propôs-lhe a realização de determinadas tarefas em troca das quais receberia determinada quantia. Ryan pôs mãos à obra e mal conseguiu reunir os 70 dólares foi à WaterCan que o recebeu e o informou de que o custo real da perfuração do poço era de 2.000 dólares. Os pais de Ryan deixaram claro que não poderiam disponibilizar tal quantia, mas o menino não esmoreceu. Com a ajuda dos irmãos, começou a realizar tarefas para

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os vizinhos e a sua história acabou por se tornar notícia devido à forma determinada e empenhada como encarava a sua missão. A comunidade mobilizou-se e, ao fim de poucos meses, Ryan tinha na mão os 2.000 dólares de que necessitava. Em Janeiro de 1999, numa vila no norte do Uganda, foi perfurado um poço com o dinheiro que Ryan havia angariado. Entretanto, a escola que frequentava começou a corresponder-se com uma escola que se situava próximo do poço. Foi assim que Ryan entrou em contacto com Akana, um jovem ugandês, e querendo conhecê-lo, viajou até ao Uganda, em 2000. Quando chegou, um corredor de gente estava à sua espera e, à medida que avançava, as pessoas batiam palmas e gritavam o seu nome. Ryan ficou surpreso e o guia disse-lhe que todos, num raio de 100 quilómetros em redor do poço, sabiam o seu nome. Os anos passaram-se, mas Ryan não mais parou este seu projecto. Actualmente, com 21 anos, ele tem a sua própria fundação (Ryan's Well Foundation) e já levou mais de 400 poços para a Africa. Num tempo em que renovamos a esperança num futuro melhor, o exemplo do pequeno Ryan, a força das suas convicções e o modo determinado como agiu em prol do seu semelhante, lembra-nos o melhor que há na nossa condição de seres humanos e dá-nos fundadas esperanças nesse futuro que está aí a chegar… Um Feliz e Santo Natal para todos!

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"Quem vem e atravessa o rio, junto à serra do Pilar, vê um velho casario que se estende até ao mar. E esse teu ar grave e sério dum rosto e cantaria que nos oculta o mistério dessa luz bela e sombria" - Rui Veloso, na letra da música "Porto Sentido". É sem dúvida esta uma das melhores descrições que posso imaginar sobre a beleza da zona ribeirinha da cidade Invicta, popularmente designada apenas por "Ribeira". Área de comércio por excelência, a Ribeira, foi palco da azáfama comercial da cidade desde tempos imemoriais. O lugar seria mesmo o ponto de partida e desenvolvimento desta cidade, em virtude do desembarque de inúmeros navios que carregavam variadas mercadorias, entre as quais o virtuoso e popular "Vinho do Porto". Quem visita o Porto não pode deixar de conhecer a Ribeira. Localizada junto ao rio Douro, trata-se da zona mais castiça da cidade. Aqui, pode deambular entre vendedoras populares que se juntam à conversa, ou então escolher uma esplanada para descansar, ou um restaurante típico para saborear a gastronomia portuense e retemperar forças. Este local concentra inúmeros monumentos, desde a estátua de São João, obra de João Cutileiro, que veio ocupar o nicho da Fonte da Ribeira que esteve vazio mais de 200 anos, ao Muro dos Bacalhoeiros (continuação da Muralha Fernandina) que constitui um ótimo local para apreciar as vistas das margens do rio. Mais acima visite a Igreja de São Francisco, o Palácio da Bolsa, a Casa do Infante, entre outros edifícios de interesse histórico-cultural. À noite, a Ribeira ganha nova vida e é invadida pelos portuenses que procuram diversão num dos muitos bares que por aqui se encontram. A Ribeira do Porto é outro dos ex-libris da cidade. É um dos locais mais antigos e

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típicos da cidade, sendo uma das zonas da cidade mais visitadas pelos turistas (especialmente estrangeiros) e pelos próprios "tripeiros", especialmente à noite pelos seus bares e restaurantes. Desprovida da sua essência mercantil, a Ribeira viveria uma nova fase que fez dela polo de vida noturna, com a criação de inúmeros "pubs" que mercê do encanto das suas vielas e vista pitoresca, trouxeram vida a esta parte da cidade. Durante o dia, o mercantilismo ainda está presente, nas inúmeras lojas de "souvenirs" e pequeno comércio que deliciam os turistas, enquanto estes tiram fotos ao rio, à Ponte D.Luís e à contígua cidade de Vila Nova de Gaia. É também ponto de partida e chegada dos cruzeiros fluviais que circulam pelo rio Douro, até à Régua, mostrando pelo caminho os socalcos de vinhedo que fazem do Douro, "Património Mundial", pela sua beleza e tradição. Por tudo isto, a Ribeira merece destaque, neste roteiro turístico da cidade.

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