jabo ed. 130

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J A B O 130 Jornal da Associação Brasileira de Odontologia Ano XIX - Número 130 - Março/abril - 2011 Reuniões da Diretoria da ABO Nacional com diversos setores da Odontologia levam a benefícios diretos ao CD e reforçam o papel da entidade como principal aglutinadora dos interesses da categoria. CFO (foto), Ministério da Saúde, Associação Médica de MG e iniciativa privada foram alguns dos contatados. Entre os benefícios imediatos, o presidente da ABO Nacional, Newton Miranda de Carvalho, viabilizou a doação de 100 mil kits do Dr. Dentuço e 40 mil kits profissionais da Colgate para ações sociais das unidades da ABO em todo o Brasil. Pág. 5 Medidas de biossegurança no consultório odontológico são as verdadeiras barreiras contra a contaminação de doenças e a infecção cruzada. O cirurgião-dentista e sua equipe são responsáveis por manter esta prática em todos os ambientes da clínica – da sala de espera às salas de atendimento. Devem estar atentos tam- bém ao uso correto de equipamentos de proteção individual (EPIs), que protegem os profissionais e os pacientes. Nesta edição, o JABO coloca em destaque as principais medidas que devem ser ado- tadas para a prevenção de infecções por toda a equipe. Pág. 10 Ações da ABO em prol da profissão Biossegurança: CD deve exercer proteção para todos Programe-se: de 2 a 4 de junho próximo a ABO/ MT recebe a Odonto- logia brasileira para o VI Congresso Odon- tológico. O participante terá abrangente cenário científico, eventos paralelos e concursos. Pág. 6 Sempre de olho na saúde de seu paciente, nem sempre o CD está atento aos prejuízos que estresse, sedentarismo, má alimentação, sobre- peso ou hipertensão podem trazer à sua própria saúde. Veja dicas de como manter seu coração saudável. Pág. 20 Promovido pela ABO/MG entre 23 e 26 de março, o 11º Congresso Internacional de Odontologia de Minas Gerais (Ciomig) reuniu cerca de três mil pessoas no Minascentro, em Belo Horizonte. No evento foi lançado o livro Reabilitação Oral - Previsibilidade e Longevidade, pela editora Napoleão (foto). Exposição comercial também foi destaque, com 80 estandes. Pág. 23 Três mil profissionais já passaram pelas salas de aula da UniABO instalada na ABO/TO. Para este ano estão programados cursos em maio, junho e setembro, em várias áreas de especialização. Confira e inscreva-se. Pág. 8 Mato Grosso realiza VI Congresso em junho ABO/TO qualifica profissionais há 17 anos Cirurgião-dentista: Descarte hábitos que podem prejudicar o seu coração 11º Ciomig reúne 3 mil em Belo Horizonte Odontologia internacional mobiliza-se pelo Japão Pág. 22 Papel de ASBs e TSBs na educação para a saúde Pág. 24 ABO/CE promove ações sociais em comunidades 14ª Conferência focará a qualidade do SUS Participação da entidade garante apoio do CNS a consultas públicas da Anvisa. ABO, que decretou todos os seus ambientes 100% livres de tabaco, tem parceria firmada há um ano com a Aliança de Controle do Tabagis- mo (ACT). Pág. 18 A ABO participa com representação oficial no CNS. Etapas municipais vão até 15 de julho; estaduais, até 16 de julho. De 30 de novembro a 4 de de- zembro acontece a Conferência Nacional de Saúde, com foco no SUS. Pág. 15 Pesquisa: cárie existe há 275 milhões de anos - Pág. 23 Crianças do bairro Sí- tio São João, em For- taleza, foram benefi- ciadas por ação social promovida pela ABO/ CE em parceria com empresas. Houve distribuição de kits, escovação supervi- sionada e aplicação tópica de flúor, entre outras iniciativas. Pág. 17 ABO e CNS apoiam consultas públicas sobre tabagismo

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Distribuição nacional gratuita, a cada dois meses, com informações de interesse para todos os cirurgiões-dentistas. A 130ª edição já está nas mãos dos leitores de todo o Brasil, com novidades. Boa leitura!

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JABO - Ano XIX - Número 130 - Março/abril - 2011 1

J A B O130

Jornal da Associação Brasileira de Odontologia Ano XIX - Número 130 - Março/abril - 2011

Reuniões da Diretoria da ABO Nacional com diversos setores da Odontologia levam a benefícios diretos ao CD e reforçam o papel da entidade como principal aglutinadora dos interesses da categoria. CFO (foto), Ministério da Saúde, Associação Médica de MG e iniciativa privada foram alguns dos contatados. Entre os benefícios imediatos, o presidente da ABO Nacional, Newton Miranda de Carvalho, viabilizou a doação de 100 mil kits do Dr. Dentuço e 40 mil kits profissionais da Colgate para ações sociais das unidades da ABO em todo o Brasil. Pág. 5

Medidas de biossegurança no consultório odontológico são as verdadeiras barreiras contra a contaminação de doenças e a infecção cruzada. O cirurgião-dentista e sua equipe são responsáveis por manter esta prática em todos os ambientes da clínica – da sala de espera às salas de atendimento. Devem estar atentos tam-bém ao uso correto de equipamentos de proteção individual (EPIs), que protegem os profissionais e os pacientes. Nesta edição, o JABO coloca em destaque as principais medidas que devem ser ado-tadas para a prevenção de infecções por toda a equipe. Pág. 10

Ações da ABO emprol da profissão

Biossegurança:CD deve exercer

proteção para todos

Programe-se: de 2 a 4 de junho próximo a ABO/MT recebe a Odonto-logia brasileira para o VI Congresso Odon-

tológico. O participante terá abrangente cenário científico, eventos paralelos e concursos. Pág. 6

Sempre de olho na saúde de seu paciente, nem sempre o CD está atento aos prejuízos que estresse, sedentarismo, má alimentação, sobre-peso ou hipertensão podem trazer à sua própria saúde. Veja dicas de como manter seu coração saudável. Pág. 20

Promovido pela ABO/MG entre 23 e 26 de março, o 11º Congresso Internacional de Odontologia de Minas Gerais (Ciomig) reuniu cerca de três mil pessoas no Minascentro, em Belo Horizonte. No evento foi lançado o livro Reabilitação Oral - Previsibilidade e Longevidade, pela editora Napoleão (foto). Exposição comercial também foi destaque, com 80 estandes. Pág. 23

Três mil profissionais já passaram pelas salas de aula da UniABO instalada na ABO/TO. Para este ano estão programados cursos em maio, junho e setembro, em várias áreas de especialização. Confira e inscreva-se. Pág. 8

Mato Grosso realizaVI Congresso em junho

ABO/TO qualificaprofissionais há 17 anos

Cirurgião-dentista:Descarte hábitos

que podem prejudicaro seu coração

11º Ciomig reúne 3 milem Belo Horizonte

Odontologia internacionalmobiliza-se pelo Japão

Pág. 22

Papel de ASBs e TSBs naeducação para a saúde

Pág. 24

ABO/CE promove açõessociais em comunidades

14ª Conferência focaráa qualidade do SUS

Participação da entidade garante apoio do CNS a consultas públicas da Anvisa. ABO, que decretou todos os seus ambientes 100% livres de tabaco, tem parceria firmada há um ano com a Aliança de Controle do Tabagis-mo (ACT). Pág. 18

A ABO participa com representação oficial no CNS. Etapas municipais vão até 15 de julho; estaduais, até 16 de julho.

De 30 de novembro a 4 de de-zembro acontece a Conferência Nacional de Saúde, com foco no SUS. Pág. 15

Pesquisa: cárie existe há 275

milhões de anos - Pág. 23

Crianças do bairro Sí-tio São João, em For-taleza, foram benefi-ciadas por ação social promovida pela ABO/CE em parceria com empresas . Houve distribuição de kits, escovação supervi-sionada e aplicação tópica de flúor, entre outras iniciativas. Pág. 17

ABO e CNS apoiam consultaspúblicas sobre tabagismo

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J A B O130

Jornal da Associação Brasileira de Odontologia Ano XIX - Número 130 - Março/abril - 2011

Reuniões da Diretoria da ABO Nacional com diversos setores da Odontologia levam a benefícios diretos ao CD e reforçam o papel da entidade como principal aglutinadora dos interesses da categoria. CFO (foto), Ministério da Saúde, Associação Médica de MG e iniciativa privada foram alguns dos contatados. Entre os benefícios imediatos, o presidente da ABO Nacional, Newton Miranda de Carvalho, viabilizou a doação de 100 mil kits do Dr. Dentuço e 40 mil kits profissionais da Colgate para ações sociais das unidades da ABO em todo o Brasil. Pág. 5

Medidas de biossegurança no consultório odontológico são as verdadeiras barreiras contra a contaminação de doenças e a infecção cruzada. O cirurgião-dentista e sua equipe são responsáveis por manter esta prática em todos os ambientes da clínica – da sala de espera às salas de atendimento. Devem estar atentos tam-bém ao uso correto de equipamentos de proteção individual (EPIs), que protegem os profissionais e os pacientes. Nesta edição, o JABO coloca em destaque as principais medidas que devem ser ado-tadas para a prevenção de infecções por toda a equipe. Pág. 10

Ações da ABO emprol da profissão

Biossegurança:CD deve exercer

proteção para todos

Programe-se: de 2 a 4 de junho próximo a ABO/MT recebe a Odonto-logia brasileira para o VI Congresso Odon-

tológico. O participante terá abrangente cenário científico, eventos paralelos e concursos. Pág. 6

Sempre de olho na saúde de seu paciente, nem sempre o CD está atento aos prejuízos que estresse, sedentarismo, má alimentação, sobre-peso ou hipertensão podem trazer à sua própria saúde. Veja dicas de como manter seu coração saudável. Pág. 20

Promovido pela ABO/MG entre 23 e 26 de março, o 11º Congresso Internacional de Odontologia de Minas Gerais (Ciomig) reuniu cerca de três mil pessoas no Minascentro, em Belo Horizonte. No evento foi lançado o livro Reabilitação Oral - Previsibilidade e Longevidade, pela editora Napoleão (foto). Exposição comercial também foi destaque, com 80 estandes. Pág. 23

Três mil profissionais já passaram pelas salas de aula da UniABO instalada na ABO/TO. Para este ano estão programados cursos em maio, junho e setembro, em várias áreas de especialização. Confira e inscreva-se. Pág. 8

Mato Grosso realizaVI Congresso em junho

ABO/TO qualificaprofissionais há 17 anos

Cirurgião-dentista:Descarte hábitos

que podem prejudicaro seu coração

11º Ciomig reúne 3 milem Belo Horizonte

Odontologia internacionalmobiliza-se pelo Japão

Pág. 22

Papel de ASBs e TSBs naeducação para a saúde

Pág. 24

ABO/CE promove açõessociais em comunidades

14ª Conferência focaráa qualidade do SUS

Participação da entidade garante apoio do CNS a consultas públicas da Anvisa. ABO, que decretou todos os seus ambientes 100% livres de tabaco, tem parceria firmada há um ano com a Aliança de Controle do Tabagis-mo (ACT). Pág. 18

A ABO participa com representação oficial no CNS. Etapas municipais vão até 15 de julho; estaduais, até 16 de julho.

De 30 de novembro a 4 de de-zembro acontece a Conferência Nacional de Saúde, com foco no SUS. Pág. 15

Pesquisa: cárie existe há 275

milhões de anos - Pág. 23

Crianças do bairro Sí-tio São João, em For-taleza, foram benefi-ciadas por ação social promovida pela ABO/CE em parceria com empresas . Houve distribuição de kits, escovação supervi-sionada e aplicação tópica de flúor, entre outras iniciativas. Pág. 17

ABO e CNS apoiam consultaspúblicas sobre tabagismo

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JABO - Ano XIX - Número 130 - Março/abril - 20114

E D I T O R I A L

CD, protagonista no SUS

O entendimento da saúde como bem público foi desenvolvido ao longo da história, com base em elementos culturais, sociais, políticos e econômicos, entre outros, e necessita do envolvimento de toda a sociedade para que seja exercido

em sua plenitude. Com o evidente fortalecimento da Odontologia na saúde pública nos últimos tempos, a participação do cirurgião-dentista no controle social das políticas públicas converteu-se de desejável para imprescindível. O profissional da Odontologia não pode ficar alheio à promoção da saúde bucal como bem público, e a ABO tem trabalhado exaustivamente pelo protagonismo do cirurgião-dentista nas tomadas de decisão do poder sobre a saúde da população.

É em nome desse protagonismo que a ABO participa da principal instância de controle social da área, o Conselho Nacional de Saúde (CNS). Foi através dessa atuação que, obedecendo as diretrizes da ABO e de acordo com a parceria firmada entre nós e a Aliança de Controle do Tabagismo (ACT), o CNS manifestou publicamente total apoio à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no que se refere às consultas públicas que dispõem sobre a proibição de aditivos nos produtos derivados do tabaco e sobre o aumento dos espaços para advertências nos maços e materiais de propaganda de produtos fumígenos. Para fazer sua moção de apoio à Anvisa, o CNS levou em consideração as propostas da ABO em parceria com a ACT, que se baseiam em evidências eficazes para a redução do consumo de cigarros e para inibir a iniciação do consumo pelos jovens. É a ABO defendendo, junto ao poder público e à sociedade civil organizada, o controle do tabagismo, tão prejudicial à saúde bucal e à saúde integral.

Essa defesa também será levada pela ABO à 14ª Conferência Nacional de Saúde, que acontece no fim do ano, em Brasília, e, antes disso, a todas as etapas regionais do evento. Também somos a voz do cirurgião-dentista brasileiro nesses espaços para discutir temas como a política de saúde na seguridade social, a participação da comunidade e o controle social da saúde pública e a gestão do SUS, tratando de seu financiamento, da relação entre público e privado na área e do trabalho e da educação em saúde, entre uma série de outras questões urgentes.

O mesmo trabalho é desenvolvido fora do CNS, junto às comissões do Congresso Nacional, ao poder executivo nas instâncias municipal, estadual e federal e em todas as esferas de influência da saúde. Mas esse protagonismo precisa ser exercido, também, desde as bases da Odontologia: do próprio consultório, das salas de aula, de todo espaço em que se exerça e se reflita a prática odontológica. Se é direito do cidadão ter acesso a cuidados em saúde e dever do Estado garantir esses cuidados, é responsabilidade ética de todos participar desse processo. Sem a participação ativa do cirurgião-dentista nisso, corre--se o risco de se desenvolverem modelos de atenção à saúde bucal inadequados à realidade brasileira, insuficientes no atendimento às nossas demandas, profissionalmente injustos e socialmente desiguais.

Por isso, a ABO trabalha obstinadamente pelo fortalecimento do cirurgião-dentista brasileiro, em todo o território nacional, e por sua aproximação dos ideais de universalidade, integralidade e equidade que fundamentam o Sistema Único de Saúde.

Newton Miranda de CarvalhoPresidente da ABO Nacional

A ABO não se responsabiliza pelos serviços e produtos das empresas que anunciam no JABO, as quais estãosujeitas às normas de mercado e do Código de Defesa do Consumidor. Artigos assinados ou conceitos emitidossão de responsabilidade exclusiva dos autores. Permitida a reprodução de textos do jornal desde que citada a fonte.

J A B OE X P E D I E N T E

JABO é uma publicação bimestral da Associação Brasileira de Odontologia, de circulação nacional.Produção/edição: Edita Comunicação Integrada. Al. Santos, 1398 - 8º and. conj. 87. Telefax (+11)3253.6485 e (+11) 3284.1348. CEP 01418-100 - São Paulo - SP - Brasil. E-mail: [email protected] Diretores: Joaquim R. Lourenço e Zaíra Barros. Editora: Zaíra Barros (MTb: 8989); editor assistente: Diego Freire (MTb: 49.614); repórter: Antonio Júnior (MTb:56.580);diagramação/artes: Edita/Rafael Aguiar; fotos: Edita/David de Barros/fotoabout. Fotoabout - e-mail: [email protected]. Publicidade: [email protected]; MN Design - Tel.:(+11) 2975.3916, e-mail: [email protected] ; Ponto 4 Propaganda Ltda. Tel. (+11) 3816.0328; e-mail [email protected]. Impressão: Darthy Gráfica.Tiragem: 100.000 exemplares. Distribuição gratuita. Circulação nos meses de em fevereiro, abril, junho, agosto, outubro e dezembro.

Diretoria Nacional

Registrada no Conselho Nacional do Serviço Social (nº 110.006/54), em 12 de janeiro de 1955. Filiada à FDI e à Fola/Oral. Sede AdminiStrAtivA: Rua Vergueiro, 3153 conjs.82 e 83 - CEP 04101-300 - São Paulo - SP - Telefax: (+11) 5083.4000. E-mail: [email protected] - Site: www.abo.org.br

AssoCIAção BrAsIlEIrA DE oDoNTologIA

ABo/AcrePres. Stanley Sandro da Silva MendesR. Marechal Deodoro, 837, s.469900-210 - Rio Branco - ACTelefax(+68) [email protected]

ABo/AlagoasPres. Tiago Gusmão MuritibaAv.Roberto M. de Brito, s/n.-Jatiuca57037-240 Maceió - ALTelefax(+82) [email protected]

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ABo/MaranhãoPres.Marvio Martins DiasAv. Ana Jansen,7365051-900 - São Luiz - MATel. (+98) 3227.1719/Fax [email protected]

ABo/Mato grossoPres. Luciano Castelo MoraesRua Padre Remeter, 17078008-150 - Cuiabá - MTTelefax(+65) [email protected]

ABo/Mato grosso do sulPres. Paulo Cezar R. OgedaRua da Liberdade, 83679004-150 Campo Grande - MSTelefax (+67)[email protected]

ABo/Minas geraisPres. Carlos Augusto Jayme MachadoRua Tenente Renato César, 10630380-110 - B.Horizonte - MGTel. (+31) 3298.1800/Fax [email protected]

ABo/ParáPres. Lucila Janeth Esteves PereiraRua Marquês de Herval, 229866080-350 - Belém - PATel. (+91) 3277.3212/Fax [email protected]

ABo/ParaíbaPres. Patrícia Meira BuenoAv. Rui Barbosa,3858040-490 - João Pessoa - PBTelefax(+83) [email protected]

ABo/ParanáPres. Osiris Pontoni KlamasRua Dias da Rocha Filho, 62580040-050 - Curitiba - PRTel.(+41)3028.5800/Fax [email protected]

ABo/PernambucoPres. Luiz Gonçalves de MeloRua Dois Irmãos, 16552071-440 - Recife - PETel.(+81) [email protected]

ABo/PiauíPres. Júlio Medeiros Barros FortesRua Dr. Arêa Leão, 545 - SUL64001-310 - Teresina - PITel.(+86) [email protected]

Conselho Executivo Nacional (CEN)Presidente:Newton Miranda de Carvalho (MG)Vice-presidente:Manoel de Jesus R. Mello(CE)secretário-geral:Marco Aurélio Blaz Vasques (RO)Tesoureiro-geral:Wesley Borba Toledo (DF)1ª secretária:Daiz da Silva Nunes (AP)1o tesoureiro:Carlos Augusto Jayme Machado(MG)suplentes: Dilto Crouzeiles Nunes(RS)/ Paulo Murilo Oliveira daFontoura Jr.(RJ)/ Lucila JanethEsteves Pereira (PA)/ Júlio MedeirosBarros Fortes (PI)

Conselho Fiscal NacionalEfetivos: José Silvestre (SP)/ JoséBarbosa Porto (CE)/ Alberto Tadeu doNascimento Borges (AM)suplentes: Rafael de AlmeidaDecúrcio (GO)/ Patrícia Meira Bento (PB)/ Luiz Gonçalves Melo (PE)/ Hamilton de Souza Melo (DF)

Vice-presidentes regionaisNorte: Luiz Fernando Varrone (TO)Nordeste: Tiago Gusmão Muritiba (AL)sudeste: Osmir Luiz Oliveira (MG)sul: Nádia Maria Fava (SC)Centro-oeste: Jander Ruela Pereira (MT)

UniABoCoordenador:Sérgio de Freitas Pedrosa (DF)

ABO nos Estados

Visite o Portal ABO em www.abo.org.br

Vice-coordenador:Egas Moniz de Aragão (PR)secretário: Inácio da Silva Rocha (RJ)

Diretor do Departamentode Avaliação de Produtosodontológicos (Dapo)Oscar Barreiros de Carvalho Jr. (SP)

Diretor científico darevista ABo NacionalFernando Luiz Tavares Vieira (PE)

Conselho Nacional de saúde (CNs)Efetivo: Geraldo Vasconcelos (PE)

Conselho DeliberativoNacional (CDN)Presidente: José Barbosa Porto (CE)Vice-presidente: Nadia Maria Fava (SC)

ABo/rio de JaneiroPres. Paulo Murilo O. da FontouraRua Barão de Sertório,7520261-050 - Rio de Janeiro - RJTel.(+21)2504.0002 /Fax [email protected]

ABo/rio grande do NortePres. Pedro Alzair Pereira da CostaRua Felipe Camarão, 51459025-200 - Natal - RNTel.:(+84) 3222.3812/Fax: [email protected]/www.aborn.org.br

ABo/rio grande do sulPres. Flávio Augusto Marsiaj OliveiraRua Furriel L. A. Vargas, 13490470-130 - Porto Alegre - RSTel.:(+51) 3330.8866/Fax: 3330.6 [email protected]

ABo/rondôniaPres. Antonio Carlos PolitanoRua D.Pedro II, 140778901-150 - Porto Velho - ROTel.: (+69) 3221.5655/Fax: [email protected]

ABo/roraimaPres. Galbânia Policarpo de SáRua D.Pedro II, 140769301-130 - Boa Vista - RRTel. (+95) 3224.0897/ Fax [email protected]

ABo/santa CatarinaPres. Murilo Ferreira LimaRua Dom Pedro I, 224 - Capoeira -88090-830 - Florianópolis- SCTelefax (+48) [email protected]

ABo/são PauloPres. José SilvestreRua Dr. Olavo Egídio, 154 - Santana02037-000 - São Paulo - SPTel.: (+11) 2950.3332/Fax: [email protected]

ABo/sergipePres. Martha Virgínia de Almeida DantasAv. Gonçalo Prado Rollemberg, 40449015-230 - Aracajú - SETel: (+79) 3211.2177 Fax: [email protected]

ABo/TocantinsPres. Luiz Fernando VarroneAv.LO15 602 Sul-Conj. 02 Lote 0270105-020 - Palmas - TOTel.: (+63) 3214.2 246/Fax: [email protected]

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JABO - Ano XIX - Número 130 - Março/abril - 2011 5A B OA B O

No último dia 31 de mar-ço, a Diretoria da ABO Nacional reuniu-se em

Brasília (DF), na sede do Conselho Federal de Odontologia (CFO), com representantes da entidade e da Associação Brasileira dos Cirurgiões-Dentistas (ABCD), para preparar a participação da Odontologia na 14ª Conferência Nacional de Saúde, que aconte-ce no fim do ano (mais na pág. 15). No encontro, foi elaborado documento com as demandas da Odontologia brasileira e propos-tas das três entidades. Pela ABO Nacional, participaram da reunião o presidente da entidade, Newton Miranda de Carvalho; o vice--presidente, Manoel de Jesus Ro-drigues Mello; o secretário-geral, Marco Aurélio Blaz Vasques; e o tesoureiro-geral, Wesley Borba Toledo.

Ainda em março, represen-tantes da ABO reuniram-se com o CFO para tratar da situação dos cursos de especialização da UniA-BO. Foi criada uma comissão mista com a finalidade de deliberar sobre o assunto, composta pelos membros da Comissão de Ensino do CFO e pelos diretores da ABO Manoel de Jesus Rodrigues Mello e Marco Aurélio Blaz Vasques, pelo presidente do Conselho De-liberativo Nacional (CDN), José Barbosa Porto, e pelo coordenador geral da UniABO, Sérgio de Frei-tas Pedrosa.

A parceria com o Ministé-rio da Saúde também mereceu atenção especial da Diretoria da ABO Nacional em março. Foram feitos contato com o coordenador nacional de Saúde Bucal, Gilberto Pucca Jr., para tratar dos convê-nios existentes e da possibilidade de novos, e solicitou-se audiência com o ministro da Saúde, Ale-xandre Padilha, sobre possíveis projetos em parceria.

Em paralelo, a ABO Nacional enviou expediente à Associação Médica de Minas Gerais e à Associação Médica Brasileira manifestando a solidariedade da entidade na paralisação da classe em abril e o inconformismo com as relações de vários planos com os profissionais da saúde.

Parceria corporativaTambém foram realizadas

reuniões com a Unilever e a Clean Line, sobre parcerias para geração de renda para a ABO e fortalecimento de suas ações; com a assessoria jurídica da entidade, em Vitória (ES); na ABO/MG, sobre a participação no 11º Cio-mig, que contou com a presença da Diretoria.

Ainda com o objetivo de for-talecer o trabalho em conjunto com as Seções e as Regionais e sua função social, o presidente da ABO Nacional, Newton Miranda de Carvalho, viabilizou a doação de 100 mil kits do Dr. Dentuço e

Ações da ABO em prol da profissão

40 mil kits profissionais da Colga-te para realização de ações sociais das unidades em todo o Brasil. “Aproveito para enfatizar e agra-decer o apoio e o trabalho de todos que nos tem ajudado e, esperando continuar no firme propósito de trabalharmos juntos em favor da ABO e, consequentemente, dos cirurgiões-dentistas brasileiros”, declarou o dirigente.

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JABO - Ano XIX - Número 130 - Março/abril - 20116

Calendário Oficial de Congressos 2011

Mais sete congressos do

Calendário Oficial da ABO Nacional serão realizados neste ano, até o mês de novembro.O próximo evento acontece em

junho, no Mato Grosso

NoVEMBroABo Maranhão

4º Congresso Maranhense deodontologia

9 a 12 de novembrosão luís (MA)Informações:

[email protected]

20º Congresso Internacional deodontologia do rio de Janeiro

20 a 23 de julhorio de Janeiro (rJ)

Informações:[email protected]

JUlHoABo rio de Janeiro

Congresso Internacional deodontologia da ABo/sP

4 a 6 de setembrosão Paulo (sP)Informações:

[email protected]

sETEMBroABo são Paulo

11º Congresso Internacionalde odontologia do Paraná

6 a 8 de outubroCuritiba (Pr)Informações:

[email protected]

oUTUBroABo Paraná

16º Congresso Internacionalde odontologia de goiás

21 a 24 de setembrogoiânia (go)Informações:

[email protected]

sETEMBroABo goiás

Congresso odontológicoda Paraíba

4 a 6 de agostoJoão Pessoa (PB)

Informações:[email protected]

AgosToABo Paraíba

6º Congresso odontológicode Mato grosso2 a 4 de junhoCuiabá (MT)Informações:

[email protected]

JUNHoABo Mato grosso

CliqueABO

www.abo.org.br

Informações:

A B OA B O

Mato Grosso se prepara para receber cirurgiões--dentistas de todo o

Brasil no mês de junho durante o 6° Congresso Odontológico de Mato Grosso. Promovido pela ABO/MT, o evento acontece de 2 a 4 de junho, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. O tema principal do evento será Conhecimento: Valorização Pro-fissional.

O Congresso Odontológico do Mato Grosso ocorre a cada

três anos e, nesta edição, buscará resgatar a identidade da classe odontológica do Estado. Por meio de uma filosofia inovadora, o evento já tem confirmados gran-des profissionais das diferentes áreas da Odontologia nacional dentro da grade científica. Está sendo esperado para o evento um público de duas mil pessoas, que discutirá a importância do estudo continuado na carreira de cada profissional.

O evento de Mato Grosso

propiciará ainda aos participantes um abrangente cenário científico com os mais renomados pesquisa-dores e professores, permitindo a atualização do que existe de mais moderno em relação a técnicas, materiais odontológicos e cami-nhos a serem percorridos pelo CD. Entre as principais áreas que serão discutidas nos três dias de evento estão Dentística, Ortodon-tia, Implantodontia, Periodontia, Patologia, Endodontia, Odon-topediatria, Prótese Dentária e Fonoaudiologia, entre outras.

Eventos paralelosAlém de palestras, simpósios

e mesas redondas, haverá tam-bém na programação do congres-so o Concurso Científico para Profissionais de Odontologia (Cito) e o Concurso Científico para Estudantes de Odontologia (Cita), nas categorias Revisão de Literatura, Caso Clínico e Pesquisa Experimental. Para sa-ber detalhes de como participar, basta mandar um e-mail para [email protected] (estudan-tes) e [email protected] (profissionais).

Paralelo ao 6° Congresso Odontológico de Mato Grosso, serão realizados dois eventos: a II Jornada da Associação Mato--grossense de Odontopediatria e Odontologia para Bebês e o II Encontro Anual das ABOs Regio-nais. No primeiro, a programação científica incluirá cursos e pales-tras que visam o aprimoramento científico da Odontopediatria no

Estado. Já o Encontro Regional tem como intenção estreitar os relacionamentos profissionais, criando um vínculo mais sólido e

Congresso mato-grossense é evento do Calendário Oficial da ABO Nacional e terá, além da grade científica, concursos para CDs e para acadêmicos

Mato Grosso recebe Odontologia brasileira

fortalecendo a categoria no Mato Grosso, bem como contribuir para a evolução profissional de cada cirurgião-dentista envolvido.

InscriçõesAs inscrições para o 6° Congresso Odontológico de Mato Grosso

podem ser feitas no site www.abomt.com.br, e até o dia 1° de junho os interessados terão descontos. Para associados da ABO, o valor é de R$ 220,00; CD não sócio, R$ 440,00; alunos de pós-graduação, R$ 250,00; estudantes, R$ 120,00; protético, R$ 150,00; e ASB/TSB, R$ 100,00. São várias opções de pagamento: cartão de crédito, dinheiro ou cheque.

Valor da inscrição até 01/06/2011

Associados ABO – R$ 220,00Não associados ABO – R$ 440,00

Alunos de pós-graduação – R$ 250,00Estudantes – R$ 120,00

Protético – R$ 150,00ASB/TSB – R$ 100,00

Serviço

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JABO - Ano XIX - Número 130 - Março/abril - 2011 7A B OA B O

Clube de estudo oferece ao CD aprendizado em ambiente multimídia e com interação entre profissionais de todo o mundo

O ABO-Dental Tr ibune Study Club (www.abo-dtstudyclub.com.br) já

tem agendado para o mês de maio – dia 5, às 19h30 – o seu próximo curso on-line: Filoso-fia da Restauração Endodônti-ca, ministrado pelo doutor em Endodontia pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP) Rielson José Alves Cardoso, com 34 anos de experiência na área.

A intenção do curso é enten-der a função da restauração como meio de proteção à obturação endodôntica; compreender a re-cuperação da função como meio de levar à reparação; e produzir restaurações que previnam a fra-tura indesejável e que inviabiliza a manutenção do elemento den-tal. No mês de abril, o destaque do clube de estudos foi a palestra da PhD em Endodontia e pesqui-sadora das Universidades de Co-lumbia e Oslo, Selma Camargo.

O ABO-Dental Tribune Stu-dy é um clube de estudos que oferece ao cirurgião-dentista a oportunidade de aprender e interagir com profissionais de diversas procedências e experi-ências em ambiente multimídia. A novidade é fruto de parceria entre a ABO e a Dental Tribune International. Por meio do clube, o CD tem acesso a cursos on-line interativos e ao vivo 24 horas, aprovados pela American Dental Association (ADA); revisões de produtos em vídeo, através das quais líderes de opinião divulgam novas tecnologias e os últimos serviços disponíveis à comunidade odontológica, compartilhando as primeiras aná-lises; fóruns que proporcionam atualização e real possibilidade de networking além das frontei-ras, criando uma verdadeira rede odontológica global; e estudos de casos revisados, com colegas compartilhando seus próprios casos para revisão entre seus pares on-line. O participante também concorre a webconfe-rências gratuitas com ensino a distância certificadas pela ADA, entre outros benefícios.

Além dos próprios profissio-nais de Odontologia, empresas, instituições de ensino e pales-trantes em geral podem utilizar o ABO-Dental Tribune Study Club para expandir o alcance de suas informações por meio de semi-nários na web. Através do clube é possível oferecer palestras ao vivo on-line, com interação en-tre os participantes, alcançando ainda mais CDs mundialmente. Comodidade para o espectador e para o palestrante, que pode ministrar sua palestra de qualquer lugar: do consultório, do escritó-

rio ou de casa. O palestrante tem ainda uma

série de vantagens, como 30 mi-nutos de perguntas e respostas com o publico on-line após os 60-90 minutos de seminário ao vivo; anúncios no site do Dental

ABO e Dental Tribune realizam

curso on-line em maio

Tribune Study Club e no Portal ABO; publicação on-line de en-trevista, artigo clínico ou artigo de caso relativo ao conteúdo do seminário; e envio de e-mail de mala direta para a lista de assi-nantes do clube e da ABO.

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JABO - Ano XIX - Número 130 - Março/abril - 20118

Desde 1994, a UniABO instalada na ABO/TO tem contribuído para a atuali-

zação profissional dos cirurgiões--dentistas da região. Ao longo de todo o ano, são realizados cursos, palestras, atividades científicas que ajudam a formar profissionais cada vez mais capacitados e cons-cientes de seu papel. Para se ter uma ideia do alcance da UniABO no Estado, é formada uma média de 185 profissionais de diversas áreas da Odontologia por ano. Em 17 anos foram quase três mil profissionais que passaram pela instituição.

Em 2006, com a demanda que estava recebendo, a sede da UniABO no Tocantins precisou passar por uma grande reforma para atender melhor os profissio-nais que a procuravam. Com isso, puderam ser iniciados os cursos de especialização em diversas áreas, como Ortodontia, Implan-todontia, Prótese, Endodontia e Odontopediatria, que até então não existiam naquela escola da UniABO.

A ampliação proporcionou ainda que novas atividades e even-tos científicos fossem realizados.

Para atender à atualização dos cirurgiões-dentistas da região e a comunidade que participa dos projetos da UniABO, a entidade conta com duas clínicas com 24 equipamentos odontológicos completos, duas salas de aulas teóricas, salas de raios-X e cen-trais de distribuição de materiais, duas salas de aulas teóricas, laboratório, biblioteca e sala de esterilização.

A biblioteca da UniABO no Tocantins possui um acervo com mais de 200 livros e 100 mo-nografias, além de periódicos nacionais e internacionais. Nela, é possível encontrar publica-ções das mais distintas áreas da Odontologia, como Odontologia Clínica, Prevenção, Anatomia, Radiologia, Cirurgia, Patologia, Periodontia,Endodontia, Ortodon-tia, Odontopediatria, Dentística,

Prótese, Materiais Dentários e Implante.

Segundo o presidente da ABO/TO, Luiz Fernando Varrone, a instituição tem se fortalecido e crescido em atendimento aos profissionais e à população. “Não medimos esforços quando se trata de capacitar ainda mais nossos profissionais – tudo isso, pela con-fiança que recebemos de todos e também por esta ser a melhor for-ma de promover a saúde bucal da população tocantinense”, afirma.

CampanhasA UniABO no Tocantins tam-

bém realiza várias campanhas em todo o Estado, transportando a sala de aula para as comunidades carentes. Um bom exemplo é a Semana Estadual da Saúde Bucal, realizada anualmente e que presta atendimento a 500 crianças por ano dos bairros periféricos de Palmas. Estimulando a doação de sangue, durante todo o ano, alunos, professores e associados da ABO/TO distribuem panfletos, enviam e-mails e divulgam a iniciativa.

Além disso, a UniABO envolve os alunos em três iniciativas: na campanha ABO Amiga do Peito, na qual recolhem vasilhames que são doados ao Programa Banco de Leite Humano; no projeto Coleta Seletiva de Lixo, cujo material recolhido é doado à Cooperativa de Catadores, beneficiando uma mé-dia de 30 famílias; e no Programa Palmas Sem Carbono, parceria com

Três mil profissisonais já passaram pela instituição. Confira grade de atividades e programe-se para os sete cursos deste ano

ABO/TO: há 17 anosqualificando profissionais

UniABOUniABO

Inscrições abertas. Confira!Curso de Atualização em EndodontiaCoord. Prof. Luiz Fernando Varrone e Profª Dione Lima TeixeiraInício: maioDuração: 10 mesesPeriodicidade: MensalVagas: 12

Curso de Atualização em Cirurgia Oral MenorCoord. Prof. José Afonso de Almeida e Profª Renata Hinhug VilarinhoInício: maioDuração: 5 mesesPeriodicidade: MensalVagas: 12

Curso de Atualização em EstomatologiaCoord. Profª Ana Claudia Garcia RosaInício: junhoDuração: 6 mesesPeriodicidade: MensalVagas: 24

Curso de Especialização em Dentística com Ênfase em Reabilitação Oral EstéticaCoord. Prof. Ricardo Léllis Marçal e Profª Ana Luiza Vilas Boas StrangInício: setembroDuração: 24 mesesPeriodicidade: MensalVagas: 12

Curso de Especialização em OrtodontiaCoord. Profª Maria Aparecida Ferreira SobreiroInício: setembroDuração: 30 mesesPeriodicidade: MensalVagas: 12

Curso de Especialização em ImplantodontiaCoord. Prof. James Carlos NeryInício: setembroDuração: 30 mesesPeriodicidade: MensalVagas: 12

Curso de Especialização em EndodontiaCoord. Prof. Dr. Marcos Porto de Arruda e Prof. Marcos ArrudaInício: setembroDuração: 24 mesesPeriodicidade: MensalVagas: 12

Mais informações(+63) 3214.2246/1659www.abo-to.org.br [email protected]

a Prefeitura de Palmas que consiste em adotar uma área verde e iniciar um trabalho de reflorestamento e cuidado com a vegetação.

CursosMAIO - No mês de maio terão

início dois cursos: o primeiro, de atualização em Endodontia, com coordenação de Luiz Fer-nando Varrone e Dione Lima Teixeira,terá duração de 10 me-ses. Também está programado o curso Cirurgia Oral Menor, coor-denado por José Afonso Almeida e Renata Hinhug Vilarinho, que durará cinco meses. Para ambos serão oferecidas 12 vagas com periodicidade mensal.

JUNHO - No mês de junho acontecerá o curso de Estomato-logia, com Ana Cláudia Garcia Rosa, que terá duração de seis meses, periodicidade mensal e 24 vagas.

SETEMBRO - Em setembro serão iniciados quatro cursos de especialização, cada um com 12 vagas. As áreas são: Dentística com Ênfase em Reabilitação Oral Estética, coordenado por Ricardo Léllis Marçal e Ana Luiza Vilas Boas Strang, com duração de 24 meses; Ortodontia, com Maria Aparecida Ferreira Sobreiro e 30 meses de duração; Implantodon-tia, sob a coordenação de James Carlos Nery, com duração de 30 meses; e Endodontia, com Marcos Porto de Arruda e duração de 24 meses.

Duas clínicas, biblioteca, 24 equipes odontológicas (abaixo) e salas de apoio

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JABO - Ano XIX - Número 130 - Março/abril - 2011 9A B OA B O

Em reunião, foram discutidos acordos entre a ABO e a British Dental Association (BDA). Novo encontro está agendado para maio

ABO planeja parceriascom Reino Unido

O Reino Unido está entre os países com maior desen-volvimento científico na

Odontologia. Anualmente, são in-vestidos bilhões na área de pesquisa em saúde – cerca de 6% do seu PIB. Sabendo disso, a ABO Nacional reuniu-se em fevereiro com o Con-sulado Britânico com a intenção de fortalecer as relações entre o Reino Unido e o Brasil e formar parcerias entre a entidade brasileira e a British Dental Association (BDA).

Durante a reunião, foi elaborado um memorando de entendimento entre a ABO e o Reino Unido, no qual foram apontados os possíveis acordos entre os dois países. Para estreitar a relação foi proposta ainda uma reunião entre representantes da ABO, da BDA e da indústria da área odontológica com o coorde-nador nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gilberto Pucca Júnior, para estabelecer as diretrizes de relacionamento. Mas antes desse encontro, no mês de maio, haverá outra reunião entre as duas entida-des odontológicas para apresentar vantagens à indústria na parceria que está surgindo.

Com as fortes pesquisas que são realizadas no Reino Unido, um dos pontos bastante abordados durante o encontro foi a possibilidade de parceria entre as universidades do daquele país e a UniABO para troca de informações e conhecimentos. Além disso, a entidade brasileira tem interesse no intercâmbio de professores para reforçar a pesquisa nacional. Foi explanada para os representantes do Consulado Bri-tânico a Lei de Diretrizes e Bases da Educação brasileira, além da diferença entre os três níveis: gra-duação, pós-graduação lato sensu e pós-graduação stricto sensu. A ABO também se preocupou em explicar como funciona a supervisão da Co-ordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, a Capes,

para a qualidade dos mestrados e doutorados do País.

ParceriasA indústria odontológica não

ficou de fora da reunião. Além do intercâmbio de conhecimentos, as entidades brasileira e britânica pre-tendem aproximar as empresas dos dois países, já que o Brasil possui algumas das maiores do mundo – foi citado o exemplo da Dabi Atlante – e o Reino Unido tem empresas

que querem conquistar o mercado local. A ideia é também facilitar a compra de produtos, permitindo que o cirurgião-dentista brasileiro tenha acesso a ferramentas de ponta, resultado de pesquisas avançadas.

A parceria ainda permitirá que empresas do Reino Unido interes-sadas em apresentar seus produtos no Brasil possam participar dos congressos realizados no País com a ABO. Diretores da ABO com representantes do Consulado Britânico

Vacina reduz danos causados por infarto em mais de 60% Um estudo realizado no Reino

Unido comprovou que uma vacina aplicada em vítimas de ataque car-díaco pode reduzir em até 60% as inflamações do tecido cardíaco e os danos sobre as células do cérebro que se seguem a um infarto.

A maior parte dos danos a longo prazo ocorre quando a circulação se inicia novamente --e as próprias de-fesas do organismo atacam as células privadas de oxigênio.

Esse efeito, que ocorre normal-mente entre nove e 12 horas após um ataque cardíaco ou derrame, causa inflamação de grandes proporções e provoca mais de 80% dos danos per-manentes sofridos. Testes da vacina com seres humanos devem começar dentro de dois anos.

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10 JABO - Ano XIX - Número 130 - Março/abril - 2011

O descuido com medidas de biossegurança tem intensificado

o ciclo de infecções cruzadas, colocando em risco a saúde do paciente, do cirurgião-dentista

e de todos os envolvidos no atendimento odontológico. O

profissional é responsável pela manutenção da cadeia asséptica e pelo cumprimento das normas

de qualidade e segurança

Os profissionais de Odonto-logia – cirurgiões-dentistas, auxiliares e técnicos em Saú-

de Bucal, técnicos de laboratório de prótese, entre outros – estão expostos a uma grande variedade de micro-

Exerça a proteção para todos-organismos veiculados pelo sangue e pela saliva dos pacientes que podem conter agentes etiológicos de doença infecciosa, mesmo não apresentando os sintomas clínicos ou desenvol-vendo a doença. A flora bucal abriga em média 300 diferentes micro--organismos. Isso significa que em todos os instrumentos odontológicos, dos mais simples aos mais sofistica-dos, esconde-se um universo imenso de espécies patogênicas. Todas essas informações são de amplo conheci-mento dos cirurgiões-dentistas, mas o risco de infecções cruzadas exige que elas nunca sejam desconsideradas.

Uma cadeia potencial de in-fecção acontece por meio da con-

taminação de instrumentos e dos profissionais da Odontologia pelos micro-organismos. Para evitar essa contaminação é necessário obedecer protocolos de biossegurança, não só de proteção do paciente, mas do pró-prio profissional. Para a prevenção da infeccção cruzada, o CD deve empregar processos de esterilização dos materiais e seguir rigorasamente todos os procedimentos destinados a manter a cadeira asséptica, realiza-dos em relação ao pessoal odontoló-gico, aos instrumentos e acessórios, ao equipamento e ao paciente.

De acordo com pesquisas, os micro-organismos têm driblado as medidas de segurança adotadas na atualidade, colocando cada vez mais em risco profissionais e pacientes, e a falta de cuidados em relação à biossegurança tem propi-ciado a intensificação do ciclo de

infecções cruzadas. Para que a biossegurança seja completa, os CDs e pessoal auxiliar nunca devem atender a um paciente ou manipu-lar instrumentos, material

biológico em superfícies contaminadas. A dedicação e

o cuidado devem ser constantes, desde a sala de espera até o próprio consultório.

Doenças evitadas - Doenças infec-tocontagiosas como catapora, hepa-tites B e C, conjuntivite herpética, herpes simples e zoster, rubéola, gripe, HIV, papilomavírus humano e sarampo, entre outras, podem ser causadas por vírus no próprio consultório odontológico. Também podem ser transmitidas doenças causadas por bactérias, como a pneumonia, pseudomonas, infecção

por estafilococos, estreptoco-cos, kledsiella, bacilos como da tuberculose, e ainda fungos, associados, por exemplo, à candidíase. Por isso, o CD e a equipe

devem se vacinar. É importante destacar

que é preciso cumprir as nor-mas de biossegurança baseadas

em leis, portarias e normas técnicas do Ministério da Saúde, Ministério do Trabalho e secretarias estaduais e municipais, que observam desde pro-teções contra radiações ionizantes, radiações de luz halógena, medidas para o controle de doenças infecto--contagiosas, destinação de resíduos e proteção ao meio ambiente. As san-ções previstas na lei podem ir desde uma simples advertência ou multa classificada como leve, grave ou

gravíssima, até a interdição do estabelecimento, de acordo com a Lei Federal 6.437, de 20 de agosto de 1977.

Cuidados - Para haver um controle de infecção, algu-

mas medidas universais po-dem ser adotadas como forma

eficaz de redução do risco ocupacio-nal e de transmissão de micro-orga-nismos nos serviços de saúde. Entre as preocupações universais estão: Uso de barreiras ou equipamentos de proteção individual / Prevenção da exposição a sangue e fluidos corpóreos / Prevenção de acidentes com instrumentos perfurocortantes / Manejo adequado dos acidentes de trabalho que envolvam a exposição

a sangue e fluidos orgânicos e de procedimentos de descontaminação e do destino de dejetos e resíduos nos serviços de saúde.

Consultório - O cuidado com a biossegurança começa ao projetar-se o consultório. É fundamental efetuar um estudo do espaço físico, das ins-talações hidrossanitárias, elétricas, de gases medicinais e a distribuição dos equipamentos odontológicos fixos e móveis. De acordo com a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC)/Anvisa, o consultório odon-tológico individual deve possuir área mínima de 9 m². Para consultórios coletivos, a área mínima depende do número e da quantidade de equipa-mentos utilizados, devendo possuir uma distância mínima livre de 0,8 m na cabeceira e de 1 m nas laterais de cada cadeira odontológica. Devem possuir ainda: sala de espera para pacientes e acompanhantes; depó-sito de material de limpeza (DML), equipado com tanque; sanitários para clientes e para o próprio CD; e cen-tral de material esterilizado (CME).

EPI - Uma importante maneira de assegurar a biossegurança é o uso de equipamentos de proteção individu-al (EPI), que têm a finalidade de impedir que micro-organis-mos provenientes de pacientes através de sangue, fluidos orgâni-cos, secreções e excreções contaminem o profissional de saúde e sua equipe. Os EPIs, que de-vem ser usados exclusivamente no consultório e durante o atendimento, incluem luvas próprias para cada procedimento, avental impermeável, gorro, máscara e óculos de proteção.

Doenças como tuberculose, rubéola, escarlatina, coqueluche, cachumba, meningite, herpes, sa-rampo, entre outras, podem ser evitadas somente com o uso de EPIs.

A ordem correta para colocar os EPIs em cirurgias e outros procedi-mentos é: manilúvio (inicial) / propé / manilúvio (minucioso) / avental / óculos / máscara / luvas. A retirada obedece a uma ordem diferente: avental / luvas / óculos/ máscara / propé / manilúvio final (minucioso).

Assepsia de materiais - A assepsia de materias é um item importantís-simo em relação à biossegurança. Entre os métodos físicos de esteri-lização existentes, dois são bastante utilizados no consultório odontoló-gico, devido à facilidade e segurança que oferecem: esterilização por calor úmido no autoclave e calor seco em forno Pasteur (estufa esterilizadora).

Em autoclave - A esterilização pelo vapor de água tem sido o método padrão de eliminação de micro--organismos na Odontologia. Este método apresenta excelente pene-tração de vapor, alcançando todas as superfícies do instrumento, apre-senta tempo de ciclo relativamente curto e pode esterilizar líquidos que contenham água. Nos autoclaves convencionais, o material deverá sair do aparelho com a embalagem umedecida, o que denota cuidados para não danificar a mesma e con-taminar o material.

Para ser esterilizado em autocla-ve, o material rigorosamente limpo deve ser acondicionado em pacotes, os quais devem ser feitos com ma-terial que permita a passagem do vapor: os mais recomendados são papel manilha e kraft. Pode-se utili-zar também tecido de algodão cru ou filme de poliamida. Deve-se tomar com este aparelho as seguintes pre-cauções: a) não utilizar recipientes fechados; b) pode danificar itens plásticos e de borracha; c) pode cor-roer itens metálicos não-inoxidáveis.

Em forno Pasteur - Por este método podem ser esterilizados materiais que não podem ser mo-lhados, como algodão, compressas de gaze, óleos, gorduras, ceras e pós, desde que não se alterem pelo aqueci-mento. Para instrumentos metálicos e equipamentos de vidro é considerado método de esterilização eficaz.

Na estufa, deve-se utilizar a seguinte técnica: a) colocar o ma-terial devidamente acondicionado sem sobrecarregar o forno; b) ligar o aparelho, regulando a tempera-tura de 160 ou 170°C por meio do termostato; c) esperar que o apa-

relho atinja a temperatura desejada, controlando

sempre por um ter-mômetro colocado no orifício que se encontra na parte su-perior do aparelho. O

termostato serve ape-nas para uma regulagem

grosseira da temperatura, pois não apresenta sensibilidade;

d) a partir desse momento iniciar a contagem de tempo. Após o período de esterilização, não abrir a porta do aparelho imediatamente, pois o calor interno é muito superior ao externo, podendo danificar os materiais, principalmente os vi-dros, como também, pode levar à combustão de papel ou tecidos.

Descarte de material - Os CDs devem tomar cuidado também na hora de descartar o lixo do consul-tório. Há cinco tipos principais: o infectante, que pode causar doenças infecciosas; o contaminado, que en-trou em contato com sangue e outros fluidos orgânicos; o de risco, capaz de causar perigo para seres humanos ou ambiente; o tóxico, capaz de ter um efeito tóxico; e o médico, que é qualquer lixo sólido, semi-sólido, líquido ou gasoso gerado no diag-nóstico, tratamento ou imunização de seres humanos ou animais.

Cada CD é responsável pelo destino final dos resíduos gerados, por isso deve se cadastrar junto a serviços de coleta diferencia-da. Todo o material descartável e contaminado deve ser colocado em sacos de lixo branco e leitoso com rótulo de “contaminado”. Todo estabelecimento deve possuir lixeiras com saco branco nos locais onde os resíduos contaminados são gerados. A destinação final de todo material perfurocortante que pode causar ferimento deve ser feita em recipiente rígido, estanque, vedado e identificado pela simbologia de substância infectante.

Fontes: Anvisa, Inbravisa e Ma-nual de Biossegurança Odontoló-gica da FO-USP.

Luvas e aventaisNo caso do avental, para procedimentos mais invasivos, devem

ser utilizados os descartáveis. Quando ocorrer conta-minação com sangue ou saliva, deve-se submeter a roupa à temperatura de 70°C por 15 a 30 minutos ou mergulhar em solução aquosa de hipoclorito de sódio (água sanitária diluída em quatro partes de água) por 30 minutos. Em seguida, deve-se realizar a lavagem habitual, separadamente das roupas do dia a dia e de outras pessoas da família. Outro item importante são os sapatos, que devem ser trocados no consultório, não devendo ser utilizados utilizados na rua.

As luvas também são fundamentais, pois reduzem a contaminação das mãos com material infectado de qualquer origem, e também diminuem a possibilidade de contaminação com micro--organismos provenientes do paciente. As luvas de procedimento (não estéreis) não devem ser utilizadas para procedimentos invasivos. Nestes casos deve-se usar as luvas estéreis. Após o tratamento de cada paciente, o CD deve remover e descartar as luvas, não reu-sando- as, e lavar as mãos. Em procedimentos de longa duração, as luvas deverão ser substituídas, pois não resistem ao contato prolon-gado com as secreções e a sua lavagem pode causar a penetração de líquidos através de furos imperceptíveis.

Limpeza do consultórioO cuidado também deve existir na hora de limpar o

consultório. O funcionário que tem essa função precisa ser orientado para que não haja erros. É importante saber a diferença entre limpar um consultório e lim-par uma casa, por exemplo, e sempre utilizar o EPI. Alguns passos são importantes:Não fazer varredura a seco para não provocar a presença de partículas em suspensão / Usar carri-nhos próprios para transportar o material de limpeza e os sacos de lixo / Começar a limpeza das áreas menos contaminadas para as mais contaminadas / Limpar em sentido único, de cima para baixo, do teto para o chão, nunca em vaivém / Recomenda-se os seguintes desinfetantes: solução de água sanitária a 10% para pisos, paredes, banheiros, balcões e superfícies; e fenol sintético para equipamentos, torneiras e todos os dispositivos me-tálicos / A desinfecção dos armários e bancadas deve ser realizada entre cada atendimento com desinfetantes / Todo o material usado (baldes, panos, vassouras) deve ser limpo e desinfetado.

Lavar as mãosNa rotina de consultório, para proteção do paciente, o CD

deve higienizar as mãos imediatamente antes de iniciar qualquer atendimento. Se as mãos estão secas e limpas, basta aplicar soluções que dispensam enxágue. Após retirar as luvas, é necessário lavar as mãos, devido a resíduos deixados pela cobertura interna deste EPI, que podem causar irritação na pele, e pela possibi-lidade de contaminação, mesmo que reduzida, por secreções e sangue que eventualmente possam ter passado pelas porosidades do material (microfuros). Instruções: Manter o corpo afastado da pia / Abrir a torneira e molhar as mãos sem tocar na superfície da pia / Aplicar a quantidade de produto recomendada pelo fabricante (3 a 5 ml, em geral), suficiente para cobrir toda a superfície das mãos / Ensaboar as mãos, friccionando uma na outra por aproximadamente 15 segundos, com o objetivo de atingir toda a superfície / Friccio-nar, com especial atenção, os espaços interdigitais, as unhas e as pontas dos dedos / Enxaguar as mãos em água corrente, retirando totalmente o resíduo do sabonete, sem tocar na superfície da pia ou na torneira / Enxugar as mãos com papel-toalha descartável (não utilizar toalhas de uso múltiplo).

BiOssegUrAnçA BiOssegUrAnçA

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JABO - Ano XIX - Número 130 - Março/abril - 2011 11

A biblioteca eletrônica SciE-LO Brasil, sigla para Scien-tific Library Online, foi

classificada em primeiro lugar no ranking mundial de portais de aces-so aberto Webometrics, divulgado pelo laboratório Cybermetrics, grupo de pesquisa vinculado ao Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha. Outros des-taques brasileiros foram a Biblio-teca SciELO de Saúde Pública, na 9ª posição, e a coleção Brasiliana, da USP, em 24ª posição.

A SciELO não ocupava o pri-meiro lugar em nenhum dos quatro quesitos medidos no ranking, mas o somatório rendeu-lhe a liderança. Ocupava o 2° lugar tanto no item tamanho quanto no de presença no portal acadêmico Google Scholar, 3° em número de arquivos em formato pdf e 4° em visibilidade, que é a quantidade de links que re-metem a páginas do portal. Ocupar o primeiro lugar na categoria portal significa estar à frente de renoma-das universidades internacionais, como o Massachusetts Institute of Technology (MIT). A segunda posição coube ao portal HAL, do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França. Coleções SciELO de outros países também foram bem no ranking, como é o caso do Chile (6º lugar) e Cuba (12º). O Webometrics é uma ini-ciativa de relevância, com toda a complexidade que vem junto com metodologia e estratégias de hierarquizar o desempenho na internet. Ele utiliza um método que consegue avaliar produtos e serviços e sistemas que operam em acesso aberto na web, dividindo-os em repositórios e portais.

A SciELO Brasil, criada em 1997, é um programa especial da Fapesp, em parceria com o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme) e com a participação do Conselho Nacional de Desenvol-vimento Científico e Tecnológico (CNPq), e abrange uma coleção selecionada de 221 periódicos brasileiros, publicados em acesso aberto na internet. A biblioteca tem um papel importante na qua-lificação das revistas científicas brasileiras. Para ser admitido e depois se manter na coleção, cada periódico precisa cumprir uma série de exigências rígidas, em relação à qualidade de conteúdo, à originalidade das pesquisas, à regularidade da publicação, à revisão e aprovação por pares das contribuições publicadas e à exis-tência de um comitê editorial de composição pública e heterogênea.

Categoria repositórioO Brasil também foi destaque

na categoria repositório: a Bibliote-ca Digital de Teses da Universidade de São Paulo (USP) ficou na 14ª po-sição, e a Biblioteca Digital Jurídi-ca do Superior Tribunal de Justiça despontou no 12° lugar. O primeiro

lugar coube ao Social Science Re-search Network (SSRN). Se forem consideradas somente as coleções institucionais, a biblioteca sobe mais uma posição.

Criada em 2001 pelo Centro de Informática de São Carlos (Cisc) da USP, e mantida pelo mesmo órgão, a Biblioteca Digital conta atualmente com um acervo de mais de 27 mil trabalhos e ainda este ano deve alcançar a marca de 100 mil

SciELO Brasil tem 221 periódicos em sua coleção e a Biblioteca Digital da USP conta com acervo de 27 mil trabalhos e deve alcançar a marca de 100 mil teses neste ano

SciELO e USP são destaques no ranking mundial de portais de acesso aberto

teses e dissertações defendidas. No ano passado, seu conteúdo passou a ser disponibilizado em quatro idiomas (português, inglês, espa-nhol e francês), o que representou uma significativa contribuição no processo de internacionalização que vem sendo alavancado pela Universidade.

A Biblioteca Digital está as-sociada a Networked Digital Li-brary of Theses and Dissertations

CiÊnCiACiÊnCiA

(NDLTD), uma iniciativa global reconhecida pela Unesco. Este ano estão sendo previstas várias ações para ampliar o acesso à produção científica da Universidade, como a instalação de um repositório institu-cional para reunir toda a produção científica da instituição, incluindo artigos científicos dos pesquisado-res. A Biblioteca de Teses e Disser-tações pode ser acessada por meio do endereço www.teses.usp.br.

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JABO - Ano XIX - Número 130 - Março/abril - 201114

Analisar as representações sociais sobre saúde bucal e o controle social entre

lideranças da União de Movimen-tos Populares de Saúde de São Paulo (UMPS) foi o objetivo da tese de doutorado “Saúde bucal na perspectiva de usuários do Sistema Único de Saúde na cidade de São Paulo no início do século XXI”, defendida pelo cirurgião-dentista Marco Antonio Manfredini, no

Tese de doutorado defendida por Marco Antonio Manfredini na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP) trata do controle social na área e dos entraves à promoção da saúde bucal

Pesquisa analisa percepção pública da saúde bucal no SUS

último dia 4 de fevereiro, na FSP--USP. No trabalho, o pesquisador verificou que o acesso à assistên-cia odontológica pública continua sendo um dos principais problemas da área.

Com base nas informações da pesquisa, Manfredini questiona se os cuidados em saúde bucal são sentidos como necessidade por li-deranças de movimentos populares de saúde, e como elas lidam com

o tema. O pesquisador identificou como resultado que o processo saúde-doença foi reconhecido como socialmente determinado. A associação da saúde bucal à saúde geral foi apontada como necessidade, e a não identificação da saúde bucal como prioridade foi atribuída à população, aos fatores econômicos, aos governos e à falta de vinculação entre saúde bucal e saúde geral.

Saúde bucal e cidadaniaO princípio da universalização na

saúde bucal gerou discursos contradi-tórios, com forte presença da ideia de que a assistência odontológica deve ser dirigida para as crianças, com a presença de cirurgiões-dentistas nas escolas. As lideranças apontaram, no trabalho, que a assistência odontoló-gica pública é insuficiente para ga-rantir o acesso, não é resolutiva, tem problemas de infraestrutura e dispõe

de profissionais que não atendem às exigências da comunidade, e que a organização da população é condi-ção necessária para a implantação e manutenção de serviços assistenciais por parte do Estado. Manfredini aponta na tese defendida que há um forte componente do conceito de saúde enquanto direito de cidadania, e de que a luta política e social é um vetor para a organização de redes assistenciais.

Sobre a assistência odontológica na cidade de São Paulo, o trabalho registra que, entre 2000 e 2009, houve crescimento expressivo no número de beneficiários de planos odontológicos, que se elevou de cerca de 660 mil para aproximada-mente 1,97 milhão, com a cobertura se expandindo de 6,3% para 17,9% da população paulistana. Por outro lado, ainda seria precário o acesso aos serviços públicos. Os indica-dores Cobertura de Primeira Con-sulta Odontológica Pro gramática e Cobertura Populacional Potencial, publicados na tese, registraram 3,8% e 8,2%, respectivamente, em 2009.

A pesquisa concluiu que as re-presentações sociais das lideranças indicam sua visão de mundo e de sua inserção social destacando-se a condição com que conseguem influenciar, em algum grau, o pro-cesso de decisões sobre as políticas públicas de interesse para a saúde. Ainda segundo a tese, o capital social não se configura como referencial teórico suficientemente potente para a compreensão das contradições re-lacionadas à saúde bucal na cidade. Os serviços públicos odontológicos cobrem menos de 10% da população, expande-se a cobertura dos planos odontológicos (em 18%) e se repro-duz a transformação dos cuidados odontológicos em mercadorias, acessíveis apenas aos que podem comprá-la no mercado em saúde.

Sobre o pesquisadorAlém do doutorado recém-con-

cluído, Marco Antonio Manfredini cursou mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Co-ordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Graduou-se em Odonto-logia pela USP em 1986. Publicou 14 artigos em periódicos especiali-zados e possui 10 capítulos de livro. Ministra aulas, palestras e conferên-cias, como especialista convidado, em cursos de pós-graduação lato e stricto sensu em várias universidades brasileiras, e presta consultoria ao Ministério da Saúde, ao Conselho de Secretários Municipais de Saúde de São Paulo e a outros órgãos públicos nas áreas de Formação de Recursos Humanos e Planejamento e Progra-mação em Saúde e Saúde da Família.Mais informações: [email protected]

Marco Antonio Manfredini

sAÚDesAÚDe

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Foi definido o tema da 14ª Conferência Nacional de Saúde: será Todos Usam o

SUS! SUS na Seguridade Social – Política Pública, Patrimônio do Povo Brasileiro, que acontecerá no período de 30 de novembro a 4 de dezembro deste ano, em Brasília (DF). A conferência terá como eixo Acesso e Acolhimento com Qualidade: Um Desafio para

A ABO participa através de sua representação no Conselho Nacional de Saúde (CNS), o cirurgião-dentista Geraldo Vasconcelos, membro efetivo do órgão

Qualidade do SUS em foco na 14ª Conferência Nacional de Saúde

sAÚDesAÚDe

o SUS, aprovado durante a 217ª Reunião Ordinária. A convocação foi publicada no Diário Oficial da União no dia 4 de março.

A 14ª Conferência tem como intenção discutir a política nacional de saúde, segundo os princípios da integralidade, da universidade e da equidade. São também espaços destinados a analisar os avanços e retrocessos do SUS e a propor

diretrizes para a formulação das po-líticas de saúde. Elas contam com a participação de representantes de diversos segmentos da sociedade e, atualmente, são realizadas a cada quatro anos.

Entre os temas que serão discu-tidos no eixo aprovado destacam-se a política de saúde na seguridade social, a participação da comuni-dade e controle social e a gestão

do SUS (financiamento; pacto pela saúde e relação público-privado; gestão do sistema, do trabalho e da educação em saúde). A função do Conselho Nacional de Saúde é aprovar e editar o regimento inter-no da 14º Conferência Nacional de Saúde, mediante portaria do minis-tro de Estado da Saúde, Alexandre Padilha, responsável por presidir a Conferência.

Uma das estratégias da 14ª Con-ferência Nacional de Saúde em 2011 é promover a participação da comu-nidade nas Conferências Municipais. As etapas municipais já estão sendo realizadas desde o dia 1º de abril e se estende até o dia 15 de julho; e as etapas estaduais terão início no dia 16 de julho e vai até 31 de outubro. Já a nacional acontecerá de 30 de novembro a 4 de dezembro.

Uma parceria inovadora entre a Coordenação Nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde e a ABO permitiu a realização, du-rante o ano de 2010, do Curso de Licitações Públicas e Contratos Administrativos para Gestores de Saúde Bucal. A capacitação proporcionou as profissionais que atuam como coordenadores municipais de Saúde Bucal co-nhecimento básico para aquisição de equipamentos e insumos odon-tológicos seguindo as normas de compras públicas. Todos os cursos foram gratuitos.

O curso foi realizado em Florianópolis (SC), Rio de Ja-neiro (RJ), Goiânia (GO), Porto Velho (RO) e Fortaleza (CE), contemplando as cinco regiões brasileiras, capacitando ao todo mais de 500 profissionais, gra-tuitamente. Praticamente 100% das vagas foram preenchidas em todas as regiões, demonstrando o enorme interesse que o tema gera entre os cirurgiões-dentistas que atuam na gestão em Saúde Bucal nos municípios.

Ministrados por especialistas em contratos e licitações públicas, o curso foi considerado sucesso pelos participantes, que, ao final, elogiaram a iniciativa da ABO de promover capacitação em um tema que não é especificamente odontológico, mas que influi diretamente no atendimento à po-pulação, já que compras públicas bem feitas permitem a aquisição de equipamentos e materiais de qualidade, além de economia de recursos para os municípios.

Segundo o coordenador nacio-nal de Saúde Bucal, Gilberto Puc-ca Júnior, o êxito na experiência incentivou o Ministério da Saúde a continuar a parceria com a ABO, e outros cursos já estão sendo propostos na mesma temática, com o objetivo de transformar a iniciativa em um processo de educação permanente.

Saúde e ABO capacitam

gestores em saúde bucal

Saúde Bucal

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Começa a vigorar nova identidade civil dos brasileirosA Casa da Moeda do Brasil irá expedir os primeiros cartões do novo Registro de Identidade Civil (RIC), documento que gradativamente substituirá as atuais cédulas do RG. Serão investidos R$ 90 milhões. O RIC está sendo anunciado como um dos mais modernos documentos de identificação do mundo, e também mais seguro e prático, já que incorpora em um só documento diversos dados de segurança. A nova identidade integrará o CPF e o título de eleitor, entre outros do-cumentos. A incorporação de novas tecnologias ampliará a segurança do cidadão em diversos processos hoje realizados, como abertura de contas, operações bancárias e concessão de créditos, reduzindo a possibilidade de fraudes e prejuízos. Com o RIC, cada cidadão brasileiro passa a ser identificado por um único número em nível nacional, vinculado direta-mente às impressões digitais e registrado num chip presente no cartão do RIC, que terá também informações como gênero, nacionalidade, data de nascimento, foto, filiação, naturalidade, assinatura, órgão emissor, local de expedição, data de expedição e data de validade do cartão, além de informações referentes a outros documentos, como título de eleitor, CPF etc. Ao longo de 2011 serão produzidos dois milhões de cartões RIC. As primeiras cidades a participar do projeto-piloto serão Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Hidrolândia (GO), Ilha de Itamaracá (PE), Nísia Floresta (RN) e Rio Sono (TO). A perspectiva é que a troca de todos os atuais documentos de identidade pelo cartão RIC seja feita num prazo de 10 anos.

Cartão de crédito: novas regras a partir de 1° de junhoA partir do dia 1º de junho, as regras para o setor de cartões de crédi-tos irão sofrer alterações. As principais modificações anunciadas pelo Banco Central, por meio do Conselho Monetário Nacional (CMN), são a redução drástica do número de tarifas cobradas pelos bancos, a criação de uma porcentagem fixa para pagamento mínimo da fatura e a padronização dos tipos de cartões que as empresas poderão emitir. As novas regras valerão para os contratos de cartões fechados a partir de 1° de junho de 2011. Para aqueles que já estão em circulação no mercado ou que venham a ser emitidos até junho deste ano, as novas regras entram em vigor a partir de junho de 2012. Com a nova regula-mentação, os cartões de crédito terão apenas cinco tipos de tarifas – uma diminuição considerável diante das cerca de 80 taxas que os bancos cobram atualmente de seus clientes. A intenção é também aumentar o percentual de pagamento mínimo da fatura, contribuindo para que o consumidor se planeje melhor. Atual-mente, o pagamento mínimo da fatura é basicamente de 10% e, com a nova regulamentação, em dezembro de 2011 passará a 20%. Para os que optarem por essa alternativa sobram 80% da dívida para entrar no chamado crédito rotativo, o mais caro do mercado. Também estão em negociação com as administradoras de cartão de crédito medidas para reduzir o custo para os lojistas o que, se aprovado, refletiria numa diminuição do custo ao consumidor também.

Outras mudanças:

l ExtratoBancos terão que enviar aos clien-tes um extrato detalhado sobre tarifas, juros e encargos. l TarifasSó poderão ser cobradas tarifas de anuidade, emissão de segunda via, uso de saque na função crédito, pagamentos de contas e, quando houver necessida-de, avaliação emergencial do limite de crédito. l CancelamentoClientes poderão cancelar o cartão a qualquer momento, mesmo que haja dívida de parcelamento, que deverá ser quitada. l Emissão de cartãoFica proibido o envio de cartão sem pedido expresso do cliente.

Finanças

Consumidor tem espaço para queixas na web

Nos últimos tempos, um site tem sido o porta-voz dos con-sumidores insatisfeitos: trata-se do Reclame Aqui (www.recla-meaqui.com.br), espaço no qual as pessoas podem expressar sua reclamação quanto a atendimen-to, compra, venda, produtos e serviços. Em época de sites de compras de coletivas, muitos estão registrando os seus descon-tentamentos no Reclame Aqui. E o melhor: tem dado resultado, as empresas estão respondendo às reclamações.

O site, criado em 2000 por quatro sócios (três administrado-res de sistema e um publicitário), funciona assim: se o consumidor tem alguma reclamação contra qualquer empresa do Brasil, acessa o site, cadastra-se e envia seu descontentamento. Caso a empresa esteja cadastrada no banco de dados do Reclame Aqui, automaticamente receberá um e-mail com a sua reclamação, e poderá responder diretamente no site. Caso não seja cadastrada, a equipe do Reclame Aqui entra em contato com a empresa para informar que a mesma possui uma queixa registrada. Em alguns casos, o site, a critério próprio, pode divulgar a reclamação na mídia e encaminhar para órgãos e autoridades competentes que possam colaborar na defesa dos interesses do consumidor. Tudo é feito gratuitamente

CadastramentoPara se cadastrar no

site, é preciso informar alguns dados, inclusive CPF. Não é permitido utilizar apelidos. A intenção com isso é registrar reclamações verdadeiras e fundamentadas, fazendo com que o site tenha mais credibilidade e não prejudique nenhuma empre-sa com reclamações falsas e sem fundamentos.

Acessando o site Reclame Aqui, o usuário ainda tem acesso, diretamente na página principal, a dois rankings de reclamações: o primeiro mostra as empresas que mais receberam reclamações e que as responderam, e outro exibe aquelas que mais receberam reclamações, mas as ignoraram.

O site Reclame Aqui também possui um serviço chamado Atenda Brasil, que faz gravação telefônica para quem quiser entrar em contato diretamente com o SAC de empresas. O usuário paga apenas o valor de uma ligação para celular para utilizar o serviço. As conversas são gravadas e enviadas para a área privada no próprio site, e estão à disposição para download a qualquer hora.Mais informações: www.reclameaqui.com.br

serViçOsserViçOs

Pro-Odonto Estéticatem novo ciclo

Com a intenção de atuali-zar permanentemente os cirurgiões-dentistas, o

Pro-Odonto, Programa de Atu-alização em Odontologia, é o resultado da parceria entre a ABO e a Artmed Panamericana Editora, por meio do Sistema de Educação em Saúde Continuada a Distância (Sescad). O conteúdo tem a chancela da ABO, que indi-ca os diretores acadêmicos. Seis especialidades são enfocadas: Cirurgia, Estética, Implanto-dontia, Ortodontia, Prevenção e Prótese – os três últimos já com novos ciclos.

O Ciclo 5 do Pro-Odonto Estética se mantém atento às ino-vações da especialidade. Entre os temas está “A minimização da sensibilidade dental causada pelo clareamento de dentes vi-tais”, trabalhado por conta do crescimento da demanda por tratamentos de clareamento. Há destaque também para o artigo “Diagnóstico e etiologia das lesões cervicais não cariosas: teorias e estratégias”, pela sua relevância tanto do ponto de vista da estética quanto do diagnóstico e da abordagem clínica. “São ocorrências muito frequentes e de difícil tratamento”, explica

José Carlos Pereira, dire-tor acadêmico, ao lado de Marco Antônio Masioli, que, por outro lado, ressalta a perspectiva de constante revisão dos temas como uma premissa do Pro-Odonto.

O ingresso no Ciclo 5 do Pro-Odonto Estética pode ocorrer em qualquer momen-to ao longo dos 12 meses de vigência de cada ciclo. Bem como em qualquer lugar do País, uma vez que os quatro módulos são entregues em casa. A ABO outorga certi-ficado de 180 horas/aula aos aprovados na avaliação final de cada ciclo.

Como funciona o Pro-OdontoO objetivo fundamental do

sistema é atender às necessidades de atualização permanente por meio de ferramentas de estudo flexíveis, de acordo com as dis-ponibilidades de horário e tempo e as possibilidades econômicas dos acadêmicos e dos profissio-nais. Os inscritos têm acesso ao e-learning, um ambiente virtual de aprendizagem. Nele é pos-sível encontrar o Clipping Saú-de, atualizado diariamente com entrevistas, matérias, notícias científicas e resumos de jornais

internacionais. Outro benefício é o acesso irrestrito ao Dentistry & Oral Sciencies Source (DOSS), completo banco de dados em to-das as áreas da Odontologia, com 134 periódicos científicos e 30 li-vros, todos com textos completos e atualizações diárias. Mais uma vantagem é o desconto de 15% na compra de livros do catálogo do Grupo A, que inclui Artmed e Editora Artes Médicas.Mais informações:[email protected](+51) 3025.2550

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A ABO/CE, com o apoio da ABO Nacional e da inicia-tiva privada, está aproxi-

mando os cirurgiões-dentistas de comunidades carentes do Estado. Várias campanhas estão sendo rea-lizadas, melhorando a qualidade da saúde bucal de pessoas que não têm acesso a serviços odontológicos.

Ao longo do ano, várias ativi-dades são desenvolvidas em áreas onde vivem pessoas de baixo poder aquisitivo, como no bairro Sítio São João, em Fortaleza. Em alguns meses deste ano, crianças de diver-sas idades participaram de ações como orientação de higiene bucal, aplicação tópica de flúor, escova-ção supervisionada, distribuição de lanches, jogos e brincadeiras, além de encaminhamento dos casos mais complicados para tratamento clínico em postos de saúde.

Graças à responsabilidade so-cial da ABO/CE, várias pessoas tiveram seus problemas bucais resolvidos. Os profissionais en-volvidos e a iniciativa de várias empresas são peças fundamentais para o êxito das campanhas realiza-das pela Seção, que faz a doação do consultório completo. As empresas doam materiais e instrumentos e os cirurgiões-dentistas oferecem um pouco de seu tempo para o atendi-mento voluntário.

Entre as empresas que contri-buem com a iniciativa estão Nova DFL, Cristófoli, Ice, Med Donto, Colgate, Oral-B e Sispack. Os CDs também podem doar instrumentos que não são mais utilizados nos consultórios, como calçadores para restaurações, porta-amálgama, bandejas, porta-algodão, porta--detrito e curetas periodontais, en-tre outros.

ABO/CE e parceiros promovem ações sociais em comunidades

A ABO/CE agradece a contribuição dos parceiros Nova DFL, Cristófoli, Ice, Med Donto, Colgate, Sispack e Oral-B na realização das ações sociais realizadas em Fortaleza

Seção aproxima cirurgião-dentista às

comunidades carentes de todo o Estado em prol da qualidade da

saúde bucal depessoas sem acesso

a serviços de Odontologia

AçÃO sOCiALAçÃO sOCiAL

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Representação da ABO no Conselho Nacional de Saúde garante apoio do órgão a consultas públicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária sobre tabagismo

ABO e CNS apoiam consultas públicas sobre tabagismo

Fumante tem 2 vezes mais chances de infarto

AnTiTABAgisMOAnTiTABAgisMO

Através da parceria esta-belecida pela ABO com a Aliança de Controle do

Tabagismo (ACT), o Conselho Nacional de Saúde (CNS) enviou moção de apoio à Agência Nacio-nal de Vigilância Sanitária (Anvi-sa) pela Resolução das Consultas Públicas nº 112 e 117, que dispõem sobre a proibição de aditivos nos produtos derivados do tabaco e sobre o aumento dos espaços para advertências nos maços e materiais de propaganda de produtos fumí-genos, respectivamente. Também é objetivo proibir a exposição de maços de cigarros nos pontos de venda. O apoio foi definido entre a ACT e a Presi-dência da ABO, através do representante da en-tidade no CNS, Geraldo Vasconcelos, membro efetivo do órgão.

As propostas da ABO e da ACT para o apoio do CNS às consul-tas públicas se baseiam em evidências científicas eficazes para a redução do consumo de cigarros e a inibição à iniciação do consumo pelos jovens. Além disso, as propostas estão de acordo com a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, tratado internacional de saúde pública ratificado pelo Brasil e mais de 170 países. Na moção assinada pelo CNS, o órgão explica que, “considerando que pesquisas reve-lam que 90% dos fumantes come-çam a fumar antes dos 19 anos”, justifica-se a “proibição do uso de aditivos, como cravo, menta e cereja, que tornam o cigarro mais palatável e atrativo para crianças e adolescentes”. O CNS também enfatiza no documento que “dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que o tabagismo é a principal causa evitável de mor-tes, e ceifa mais de 5,4 milhões de vidas no mundo por ano”.

Para o presidente nacional da ABO, Newton Miranda de Carvalho, “as consultas públicas contemplam os princípios de controle e participação cidadã nas políticas públicas, e o tabagismo, que é questão urgente de saúde pú-blica, demanda toda a atenção dos governantes, da sociedade civil organizada, da iniciativa privada e de todos os cidadãos”.

Todos contra o tabacoAlém da ABO, 56 organiza-

ções representativas da sociedade civil também enviaram carta de apoio às consultas públicas 112 e 117. O documento explica que “não há, no tratado internacional ou nas propostas da Anvisa, qual-quer medida que vise proibir a pro-dução ou o consumo de produtos de tabaco, e menos ainda crimina-

lizá-lo”. O objetivo, esclarece a carta, é “desestimular o con-sumo através, entre outras medidas, da proibição da publi-cidade e do aumento

da informação aos consumidores”. Para as entidades que assinam o manifesto, “a proibição do uso de aditivos, prevista na Consulta Pública 112 – como aromatizantes e flavorizantes, a exemplo dos sabores de chocolate, baunilha, morango e menta, entre outros –, é necessária pois impede que os produtos de tabaco se tornem mais palatáveis e atrativos para crianças e adolescentes, que, juntos, repre-sentam 90% dos iniciantes”.

Sobre a Consulta Pública 117, as entidades esclarecem que, “di-ferente do que se tem difundido, (ela) não proíbe a fabricação de cigarros nem abre caminho para o mercado ilegal”, mas trata da “restrição de publicidade de

produtos de tabaco nos pontos de venda, e não de sua comerciali-zação, bem como da ampliação das advertências sanitárias”. A carta qualifica as tentativas de impedir a realização da consulta pública como “antidemocráticas e autoritárias, excluindo o debate e o esclarecimento da população”.

As propostas estão de acor-do com a atuação da Anvisa, dentro da competência que a Lei 9.782/1999 atribui ao órgão, “não implicando em criar códigos de comportamento ou violar a liber-dade individual”, enfatiza a carta aberta. “Ao contrário, as medidas propostas visam reduzir consumo e iniciação ao ampliar o conheci-mento dos cidadãos sobre produto que causa doença, incapacidade e morte. Cidadãos bem informados é que podem, efetivamente, fazer escolhas conscientes”, conclui.

A íntegra do documento pode ser acessada no site da ACT (www.actbr.org.br).

ABO e ACT: um ano de parceria

A parceria da ABO com a organização não-governamental Aliança de Controle do Tabagis-mo (ACT) foi firmada no dia 2 de fevereiro do ano passado, em São Paulo (SP), entre o presidente da ABO Nacional, Newton Miranda de Carvalho, o secretário-geral da entidade, Marco Aurélio Blaz Vasques, a vice-diretora da ACT, Mônica Andreis, e a advogada da ONG, Adriana Pereira de Carvalho. O trabalho em conjunto tem o objetivo de orientar e conscientizar a população, em especial os cirurgiões-dentistas, sobre os malefícios do tabaco para a saúde bucal e geral, além de unir forças na luta por políticas públicas e leis de controle do tabagismo.

A ideia da parceria surgiu quando a Diretoria da ACT teve acesso à reportagem “Tabaco, epidemia global”, publicada na edição 97 (ago/set de 2009) da Revista ABO Nacional. A instituição promove ações para a diminuição do impacto sanitário, social, ambiental e econômico gerado pela produção, consumo e exposição à fumaça do tabaco, e é composta por representantes da sociedade civil comprometidos com o controle da epidemia tabagística.

ABO 100% livre do tabacoAs unidades da ABO em todo o Brasil são instruídas pela ABO

Nacional a decretar seus ambientes – sedes, escolas, clínicas, reu-niões, congressos e outros – 100% livres do tabaco.

A medida está em consonância com as resoluções antitabagis-mo da Federação Dentária Internacional (FDI), que, entre outras definições, divulgam que:

l A fumaça do cigarro/tabaco no ambiente é um risco muito grave à saúde;

l Não há nível seguro de exposição ao ar contaminado por fu-maça de cigarro/tabaco;

l Não há alternativa além de declarar e impor que lugares públi-cos e de trabalho sejam 100% livres de cigarro/tabaco;

l É necessário que se promulguem leis, sem exceções, para proteger as pessoas dos perigos da fumaça do cigarro alheio;

l Nem a ventilação, nem os sistemas de filtros para o ar, nem tampouco os setores ou salas especialmente designados para fu-mar, podem proteger as pessoas do perigo da fumaça de tabaco no ambiente;

l Todas as pessoas que trabalham têm o direito a ambientes livres de fumaça;

l O cumprimento, a implementação e a supervisão adequados são componentes essenciais para uma legislação efetiva

Previna-se

As chances de um fumante sofrer um ataque cardíaco é duas vezes maior naquele que não fuma, e fumantes passivos também têm o risco aumentado. Isso porque o fluxo de sangue e a irrigação sanguínea entre o pulmão e o coração são intensos, e o funciona-mento que depende da relação entre os dois órgãos é prejudicado pela fumaça do cigarro. Há contaminação do sangue arterial, que, ao cumprir sua função de levar o oxigênio às células, transportará, também, monóxido de carbono. Além disso, com o passar do tempo, os alvéolos pulmonares vão sendo cimentados pelos componentes da fumaça, perdendo sua funcionalidade. O hábito de fumar também está associado ao acidente vascular encefálico, doenças arteriais periféricas e inúmeros outros problemas de saúde.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o consumo de tabaco ganhou proporção de uma epidemia global, atingindo seu pico entre homens na maioria dos países desenvol-vidos e agora se difundindo entre homens e mulheres de todos os países. São 1,3 bilhão de fumantes em todo o mundo. Para se livrar dos males causados pelo cigarro, o melhor é sempre abandoná-lo. Para o CD que deseja largar o cigarro, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) recomenda alguns passos iniciais para ter uma vida mais saudável e com menos riscos:

l pense no assuntol tome a decisão de parar de fumarl reduza o número de cigarros gradualmente ou pare de uma vezl não fique com o maço de cigarrosl adquira confiança de que é capaz de parar e ir sentindo, aos

poucos, os benefícios para saúde e para o seu bolsoNas fases mais difíceis do processo de abandono do vício,

devido à abstenção de nicotina na circulação sanguínea, a SBC recomenda que você:

l respire profundamente, inspirando e expirando lentamente *beba muita água durante o dia, especialmente durante a fase de ‘fissura’

l faça algo que mantenha a mente afastada da ansiedade causada pela falta de nicotina

l afaste-se o máximo possível da carteira de cigarros. Alguns métodos vêm sendo aplicados com sucesso pelos médicos

como reposição de nicotina com discos adesivos via transdérmica, além de auto-ajuda, acupuntura, terapia (muito do vício é psicológico), entre outras. A prevenção da recaída também deve acontecer, pois 85% dos ex-fumantes voltam a fumar em seis meses.

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Nos dias 20 e 21 de maio, a Associação de Medici-na Intensiva Brasileira

(Amib) realiza o II Simpósio AMIB de Odontologia, que acon-tece no Park Inn By Radisson (Avenida Ibirapuera, 2543), em São Paulo. Para os associados da Amib, o valor da inscrição é de R$ 80,00; para não associa-dos, R$ 200,00; estudantes de graduação pagam R$ 120,00. As inscrições podem ser feitas no site www.amib.org.br/simpodonto.

A intenção do II Simpósio AMIB de Odontologia é propor-cionar um espaço favorável à troca de conhecimentos, de ex-periências na área da Odontologia em UTI, inclusive, de reflexões sobre a prática, as pesquisas e seus reflexos no futuro. O even-to também visa entremear os avanços conquistados na área da pesquisa, com o trabalho efetivo do cirurgião-dentista no ambiente hospitalar, passando pelos recur-sos de formação e de desenvolvi-mento da especialidade.

Odontologia na UTI, o papel do cirurgião-dentista no ambiente hospitalar e recursos de formação dos profissionais estão entre os temas do evento

Amib realiza II Simpósio de Odontologia em maio

ProgramaçãoA programação está dividida

em quatro módulos, dois em cada dia do simpósio. No primeiro será abordado o Histórico da Odon-tologia em Ambiente Hospitalar; as Considerações Médicas sobre a Importância da Interdisciplina-ridade; Biossegurança; Cuidados na Manipulação do Paciente com Ventilação Mecânica; e Cuidados com a Articulação Temporo-

mandibular em Pacientes En-tubados. Na parte da tarde será iniciado o segundo módulo com o tema Adequação do Meio Bucal, seguido de Alterações Bucais Decorrentes do Uso de Medi-camentos, Métodos Químicos Alternativos de Controle de Bio-filme Bucal e a sessão temática Assistência Odontológica sobre Pacientes Soropositivos, Onco--hematológicos, Cardiopatas e

Nefropatas. A sessão temática iniciará

as atividades do segundo dia do simpósio e o terceiro módulo abordando Nutrição, Fonoaudio-logia, Médico e Cirurgião-dentis-ta. Em seguida será realizada a conferência Assistência Odonto-lógica na Criança Hospitalizada. O último módulo também terá início com a sessão temática Infecções abordando O Impacto

da Condição Bucal no Paciente Crítico; Infecção Periodontal no Paciente Crítico; A Importância do Cirurgião-Dentista no Con-trole da Infecção Bucal e Risco Infeccioso da Cavidade Bucal. Ao final haverá ainda a avalia-ção dos painéis e será realizado o Primeiro Consenso sobre as Habilidades e Competências do Cirurgião-dentista no Ambiente Hospitalar com Ênfase em UTI.

Diagnóstico de Alzheimer tem revisão de diretrizes

Informe-se

As diretrizes para diagnóstico de Alzheimer foram revisadas depois de 27 anos. Quatro artigos publicados na revista científica Alzheimer’s and Dementia reco-lhem os avanços das últimas dé-cadas no conhecimento da doença.

As principais mudanças foram a diferenciação do Alzheimer em três estágios, que vão da ausência completa de sintomas à demência, passando por comprometimentos cognitivos leves. Os novos critérios também pretendem impulsionar as pesquisas clínicas de medicamen-tos, especialmente para as fases iniciais da doença.

Segundo a Associação Ameri-cana de Alzheimer, as mudanças não impactarão a prática clínica no curto prazo, pois não existe nenhum teste novo que deva ser solicitado por enquanto, mas vão ajudar um grande número de estu-dos clínicos promissores que são realizados atualmente.

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Cirurgião-dentista, cuide do seu coração

De acordo com a Organi-zação Mundial de Saúde (OMS), até 2040 o índice

de doenças cardiovasculares no Brasil deve aumentar 250%. Hoje, 300 mil brasileiros morrem anu-almente por causa desses proble-mas. De 14% a 25% dos infartos ocorrem sem sinal de dor. Além disso, 30% dos brasileiros são hipertensos e, de cada 100, apenas de 25 a 30 têm a doença controla-da. Com o estresse, o excesso de informações e a vida sedentária, o coração fica ainda mais sobre-carregado. O cirurgião-dentista está muito propenso ao estresse: a autonomia do trabalho, o desgaste físico, a pressão do dia a dia, a competitividade do mercado de trabalho, entre outros, são fatores que podem prejudicar a saúde do coração do profissional. O estresse exige que o corpo coloque em ação mecanismos adaptativos, para pre-servar a integridade e o equilíbrio.

As cardiopatias abrangem di-versas doenças relacionadas ao coração e ao sistema circulatório, como as arritmias, infarto do miocárdio ou ataque cardíaco, aterosclerose, insuficiência cardí-aca, angina, doenças coronárias, valvárias e do músculo cardíaco, endocardite, entre outras. Estas doenças acontecem em decorrência de fatores de risco que se dividem em modificáveis e não modificáveis e, normalmente, se somam, pre-judicando ainda mais o paciente. Fatores como idade, sexo e his-tórico familiar, que independem do comportamento do paciente, dificilmente são alterados. Alguns hábitos como alto consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo, má alimentação, sedentarismo e estres-se contribuem para que o coração comece a “falhar” e comprometa a saúde.

Diante dessas pressões, o cor-po responde, mas de forma tensa. Produção e consumo de energias crescem, trazendo sensação de desconforto e tensão contínua. Em sua forma aguda, há aumento da pressão arterial, da velocidade da respiração, da frequência cardíaca e do nível de glicose e adrenalina no sangue. As ondas elétricas

cerebrais ficam mais rápidas e irregulares, os músculos mais ten-sos, as manifestações emocionais mais aguçadas, caracterizando a reação de lutar ou fugir. Isso tudo prejudica o coração e representam um grande risco à saúde e à vida do profissional, do ponto de vista dele próprio também vir a se tornar, em algum momento, um paciente. O CD nunca deve esquecer o cuidado e atenção com seu próprio coração e da sua saúde para garantir, ele próprio, longevidade com quali-dade de vida.

Para livrar-se do estresse, algu-mas atitudes podem ser tomadas.

l Tente manter uma postura de vida construtiva, mesmo diante das adversidades

l Administre bem o seu tempol Cultive o afeto das pessoas

à sua voltalRelaxe durante alguns mo-

mentos do dia, procurando esque-cer os problemas, circunstâncias ou preocupações

l Dedique-se a atividades que dêem prazer e que sejam relaxantes

l Mantenha uma alimentação balanceada

l Faça atividades físicas regu-lares e bem orientadas

l Evite hábitos negativos, como tabagismo, uso excessivo de be-bidas alcoólicas, automedicação, drogas etc.

Inimigos do coraçãoSão vários fatores de risco para

cardiopatias, todos caracterizados por condições que predispõem o indivíduo a apresentar maior risco de desenvolver doenças do coração e dos vasos. Algumas pessoas possuem mais propensão a elas, como filhos de portadores de doenças cardíacas, pessoas acima de 65 anos, sendo que as mulheres idosas que sofrem um ataque cardíaco têm duas vezes mais chances de morrer. Apesar dessa peculiaridade dos mais ve-lhos, homens, mesmo numa faixa etária menor, têm grandes chances de ter um ataque cardíaco. Entre as mulheres, a ocorrência de cardio-patias aumenta pós-menopausa, mas ainda assim não é tão elevada como a dos homens.

TabagismoEntre os fatores de risco para

doenças do coração algumas são modificáveis. Entre os mais co-muns está o tabagismo (ver mais na pág. 18).

Colesterol, pressão alta e diabetes

O colesterol pode ser de dois tipos: o LDL (da sigla em inglês, Low Density Proteins) ou HDL (High Density Lipoproteins). O colesterol que faz parte das LDL é o que participa da formação das placas de aterosclerose que obstrui as artérias e deve ser combatidos. Já o colesterol HDL é bom e possui efeito protetor, pois retira o colesterol dos teci-dos e o leva para o fígado, onde é eliminado ou reaproveitado. Isso quer dizer que, quanto maior o teor destas liproteínas HDL ou de alta densidade, mais se evita a obstrução pela aterosclerose. Os níveis de LDL podem se elevar por dois motivos: o genético – o mais importante, por isso pessoas com histórico familiar de proble-mas com colesterol devem acom-panhar de perto os seus níveis sanguíneos – e a dieta.

O recomendável é que se tenha muita atenção com alimentos de origem animal, pois são eles que contêm colesterol. Os alimentos originários do reino vegetal não possuem colesterol. Para você que tem o problema, o melhor é evitar leite integral e seus derivados (queijos – principalmente os ama-relos –, manteiga e creme de leite), biscoitos amanteigados, croissants, folhados, sorvetes cremosos, em-butidos em geral (linguiças, salsi-chas e frios), carnes vermelhas gor-durosas, carne de porco (bacon e torresmos), vísceras (fígado, miolo, miúdos), gema de ovo, entre outros. É comum que os níveis do mau colesterol se relacionem com outro fator de risco, também resultante de dietas não-balanceadas, para as doenças cardiovasculares: a obesi-dade. No entanto, isso não significa que pessoas magras não possam ter colesterol alto. Os níveis alterados de triglicérides e HDL-colesterol também são comuns entre os diabé-ticos. É importante que as pessoas acima de 20 anos devam determi-nar seus níveis de colesterol a cada cinco anos. Todas as pessoas com aterosclerose devem acompanhar o seu colesterol, assim como crianças e adolescentes de 2 a 19 anos de idade com antecedentes de doença aterosclerótica precoce na família (abaixo dos 55 anos e 65 anos para

Mesmo ciente de todas as implicações que o estilo de vida acarreta em sua saúde, nem sempre o cirurgião-dentista nutre os hábitos mais saudáveis no dia a dia estressante do consultório odontológico. Doenças

cardiovasculares são algumas das que mais oferecem riscos àqueles que descuidam da sua própria saúde

Olho na posturaTrabalhar oito horas diárias sentado significa ter 2.688 horas de

pressão sobre os discos da coluna em um ano. Isso pode provocar vários danos à coluna do CD que passa muito tempo sentado atendendo um paciente. Para ter uma ideia da gravidade das posturas inadequadas, quando um indivíduo mediano senta-se incorretamente aumenta em 50 quilos a pressão sobre o disco de L5, localizado na região lombar. Essa pressão, com o passar do tempo, ocasiona dores de cabeça, lombalgias e até hérnias de disco. Para evitar problemas na coluna, a cada meia hora, procure dar uma levantada e ande um pouco pela sala – nem que seja só até o bebedouro ou o banheiro. Isto vai ajudar na sua circulação sanguínea nas pernas e braços, eliminando aquela tensão que se dá por ficar muito tempo sentado. Se você puder tirar pausas maiores, dê uma volta maior em torno da quadra e use as escadas (em vez do elevador) para descer. Além de fazer suas pernas voltarem à ativa, você também poderá respirar um pouco de ar fresco.

Alguns exercícios de alongamento também ajudam. Faça alguns no seu consultório:

l Pescoço: flexione a cabeça para frente e para trás, de um lado a ou-tro, e vire a cabeça para esquerda e direita. Isto pode ser feito a qualquer momento para diminuir a tensão. Nunca faça movimentos circulares com sua cabeça; isto pode causar danos às juntas do pescoço.

l Ombros: Role seus ombros para frente umas 10 vezes e depois repita para trás. Isto ajuda a liberar a tensão dos seus ombros.

l Pulsos: Role seus pulsos regularmente a cada hora. Faça movimento circular em sentido horário 10 vezes, e em seguida repita em sentido anti-horário.

l Abdômen: Contraia seus músculos abdominais e glúteos, segure por alguns segundos e em seguida solte. Repita isto várias vezes durante o dia.

l Panturrilhas: Enquanto estiver sentado, levante e abaixe seus pés na base dos dedos (como se estivesse usando um salto-alto). Repita até ficar confortavelmente cansado. Repita 10 minutos mais tarde e continue fazendo este exercício durante uma hora. Isto vai exercitar a batata da perna e ajuda a prevenir coágulos sanguíneos de se formarem em suas pernas, comum entre usuários de computador de meia-idade.

respectivamente parentes diretos do sexo masculino e feminino), história de colesterol alto na famí-lia e com obesidade, hipertensão e diabetes.

Outro fator de risco para doen-ças cardíacas é a pressão arterial elevada. Para mantê-la em níveis altos, o coração realiza um trabalho maior, o que hipertrofia o músculo cardíaco, que se dilata e fica mais fraco com o tempo. Para quem sofre desse mal, o melhor é não ficar parado, mexa-se. Caminhar mais, subir e descer escadas em vez de usar o elevador, manter o peso ideal, ter uma alimentação saudável são algumas medidas que devem ser acompanhadas de tratamento médico e medicação.

Também inimigo do coração, o diabetes consiste na produção deficiente de insulina, substância responsável pela conversão de açúcar em energia no organismo. O excesso de açúcar no sangue fa-vorece o acúmulo de gorduras que se depositam com mais facilidade nas paredes das artérias, os vasos ficam entupidos e o risco de ataque cardíaco aumenta. Por isso, os diabéticos precisam cortar o açúcar da alimentação, evitar carboidratos e as bebidas alcoólicas. Diante de tudo isso, o melhor é sempre cuidar do coração e da saúde o quanto antes, construindo assim uma vida com mais qualidade, mais tranquila e curtindo os prazeres da vida de forma mais prazerosa.

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CD maratonistaEsportista

Caro colega,Comecei a correr há

sete anos, no intuito de dar continuidade ao que sempre gostei de fazer, que é praticar atividade física. Antes da corrida eu praticava artes marciais, mas uma hérnia de disco cervical fez com que eu inter-

rompesse meus treinos e me impos-sibilitou de tantos outros. Para não parar a prática de esportes, resolvi dar uma caminhada no parque. De lá para a corrida foi um pulo – ou melhor, um passo. E quando me vi, já estava correndo e participando de competições.

Tudo foi acontecendo natu-ralmente, mas de forma intensa, porque sempre fui um atleta ama-dor que age como um profissional. Comecei a ter bons resultados em corridas amadoras e intensifiquei os treinos mesmo não tendo tempo de treinar adequadamente nem de descansar o tanto que precisava. Acabei ganhando mais uma lesão, que interromperia o esporte que já tinha se tornado uma paixão.

Não sei se é fácil entender a frustração que isso significa para um atleta. Você dedica o que tem e o que não tem para um bom resul-tado e, ao final, tem que parar para fazer um tratamento que o leva a quase seis meses esperando pela cura definitiva da lesão.

O retorno foi gradual dessa vez. Tive que agir com cautela, pois não queria parar novamente. A

Nesta edição, o colunista de esporte do JABO, Osíris Pontoni Klamas, apresenta o relato do cirurgião-dentista Jorivê Sousa Castro, presidente da ABO/GO e maratonista, sobre os benefícios da prática esportiva para a saúde, a vida social e, como consequência, também a profissional

C O L U n A C O L U n A

partir daí eu entrei em uma equipe de corrida, tenho um treinador e faço exames periódicos para ver como está minha saúde. Acho que encontrei o caminho certo: já estou há alguns anos sem me lesionar e não penso mais na corrida como um meio de obter somente bons resultados.

Participo de competições re-gularmente de forma amadora, e gosto de uma em especial: a Meia Maratona do Rio de Janeiro, que considero a prova mais bonita de que eu já participei. Outras cor-ridas que me marcaram foram a Maratona de Curitiba (um grande desafio!), a corrida noturna da Fila (Fila Night Run) e a Corrida Oral-B, realizada pela Corpore, em São Paulo.

Aqui em Goiânia, através da ABO/GO e em parceria com outras entidades, já realizamos algumas corridas para promover o esporte junto aos colegas e promover os colegas junto à sociedade. Foram experiências muito gratificantes, apesar de toda a dificuldade em se realizar um evento fora da nossa área de atuação.

osíris Pontoni KlamasCirurgião-dentista, presidente da ABO/PR e consultor da Presidência da ABO Nacional

CD Jorivê Sousa Castro

Penso que o esporte pode e deve ser praticado de maneira que possa dar prazer, saúde e um convívio social, e a corrida pode oferecer tudo isso! Para isso, sem muita pretensão e com minha “amadora” experiência, arrisco algumas dicas que acho que fazem a diferença:

• A corrida parece um esporte simples e fácil de praticar, mas a orientação de um profissional espe-cializado é fundamental para melho-rar a performance e prevenir lesões

• Faça check-ups anuais, sempre orientado por um médico

• Seja cordial! Um sorriso e um “bom dia” sempre trazem novos amigos

• Alongamento: é um pecado co-meçar ou terminar um treino sem ele

• Aprenda a descansar e correr devagar; o descanso também faz parte do treino

• Tente manter-se no peso ade-quado

• Em caso de dor, procure seu treinador, e se houver necessidade, um médico ortopedista

• Durma bem, pois é durante o sono que repomos nossa energia para o próximo dia

• Aprenda a vibrar com as com-petições, mesmo que seu tempo não tenha melhorado muito

A corrida é uma atividade al-tamente democrática: ela pode ser adaptada a cada perfil de corredor, ao estilo e à fase da vida em que cada pessoa se encontra. Indepen-dente dos objetivos de cada um, a corrida é um esporte para todos. Prepare-se para este novo desafio.

Planos

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) flexibilizou as regras para a portabilidade de carên-cias nos planos de saúde. A partir de agora, o período mínimo para a segunda mudança de operadora re-cuou de dois para um ano e o prazo para requerer a troca aumentou de dois para quatro meses a partir da data de aniversário do contrato. Os beneficiários de planos coletivos por adesão também poderão fazer a mudança sem perder a carência, antes restrita a usuários dos planos individuais e familiares.

A intenção da medida é recu-

Usuários terão prazo menor para migração

perar a credibilidade da regra, que passou a valer há dois anos, mas é considerada um fracasso. Até outubro de 2010, segundo dados da ANS, só 2,1 mil pessoas fizeram a portabilidade, num universo de mais de 40 milhões de usuários. O princi-pal problema é que beneficiários dos planos coletivos empresariais - cerca de 70% do total de contratos - conti-nuam impedidos de exercer a troca de plano sem perda de carências. Planos contratados antes de 1999, quando passou a valer a lei que regulamenta o setor, também estão de fora das novas regras.

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Unimed e ABOA ABO Nacional continua

beneficiando seus asso-ciados oferecendo amplo

acesso a serviços de saúde através da Unimed, operadora de planos de saúde de qualidade largamente conhecida e com ampla rede de as-sistência médica. A Unimed, maior cobertura do Brasil, está presente em 74,9% do território nacional, com 377 cooperativas médicas em mais de 4.500 municípios. São mais de 106 mil médicos coopera-dos prestando assistência a cerca de 15 milhões de clientes e a 73 mil empresas.

Sempre procurando oferecer serviços de qualidade aos asso-ciados, a parceria entre a ABO Nacional e a Unimed tem como opção o plano eletivo nacional, com consultas com hora marcada. Assim, o usuário pode utilizar a rede credenciada Unimed de todo o Brasil, além das coberturas que fazem parte do Rol de Procedimen-tos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Este plano possui ainda cobertura de Extensão Assistencial – em caso de faleci-mento do titular, os dependentes

que estiverem no plano continuarão tendo assistência médica e hos-pitalar por mais dois anos, sem o custo das mensalidades. Há ainda o seguro de morte natural e acidental, também com o objetivo de amparar a família no caso de morte do titular. Outras vantagens deste plano são os preços mais justos e a copartipação limitada por procedimento: aqueles que utilizam pouco o serviço pagam a mensalidade menor, e aqueles que utilizam com maior frequência

têm a tranquilidade de saber que as coparticipações estão limitadas por procedimentos, além de isenção de coparticipação para internação e cirurgias.

A parceria ABO/Unimed é in-termediada pela Sestini Corporate, corretora especializada em planos corporativos de saúde, e regula-mentada pela Lei 9.656/98.Mais informações: 0800 703 5401 e www.sestiniseguros.com.br/abo

EVENTOS

inTernACiOnALinTernACiOnAL

Japão: Odontologia internacional se mobiliza

pela reconstrução Em meio aos esforços de for-

talecimento do Japão após o terremoto que devastou

grande parte do país no último mês de março, professores da Univer-sidade Federal Fluminense (UFF), que possuem trabalhos em conjunto com a comunidade odontológica japonesa, planejam expandir a parceria nipobrasileira e chamam a atenção para a situação dos cirur-giões-dentistas nas áreas afetadas. A intenção é parte da mobilização internacional em favor da recons-trução do país, que tem contado com a colaboração, também, da comunidade odontológica.

Um dos principais trabalhos de colaboração entre a UFF e entidades odontológicas japonesas foi o 46º Meeting Anual da ISO/TC-106, primeira reunião da Organização Internacional para Normalização (ISO, na sigla em inglês) no Brasil, realizada em setembro do ano passa-do, no Rio de Janeiro (RJ), em par-ceria com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a ABO e a Federação Dentária Internacional. O evento foi copatrocinado pela empresa japonesa J. Morita Corpo-ration e recebeu uma delegação de 62 experts japoneses – entre eles, Jiro Masuda, assessor da Faculdade de Odontologia da Universidade de Osaka e tradicional líder no desenvolvimento de normas técni-cas internacionais, que participou da organização da edição anterior do evento, na cidade japonesa de Osaka. Masuda estava no aeroporto de Osaka, preparando-se para viajar aos USA, quando o terremoto e o tsunami aconteceram. Professores de Odontologia da UFF de Niterói

Sino Dental 2011 - ChinaA Sino Dental – China Inter-national Dental Exhibition & Scientific Conference – é con-siderada a maior feira odon-tológica da China e sempre recebe profissionais de todo o mundo. Ano passado foram mais de 72 mil visitantes de 82 diferentes países. Gran-des novidades aguardam os profissionais e estudantes que visitarão essa edição do evento. A área de exposição crescerá 10% em relação ao ano passado, com 30 mil metros quadrados, e mais de 600 expositores de 20 países, como Alemanha, Japão, Coreia e Estados Unidos, apresentando seus produtos de ponta e serviços. Entre os produtos odontólogicos expostos estão instrumentos, equipa-mentos, materiais e produtos de saúde. Produtos internacionais, superiores em tecnologia e qualidade, estarão com preços mais justos para atender a demandas dos visitantes. A programação científica contará com mais de 100 seminários, além de programas educacionais, cursos de intercâmbio técnico e muito mais. Para ajudar os profissionais de Odontologia, países como Brasil, Alemanha, França e Estados Unidos irão dispor de pessoal treinado para orientar quem comparecer à Sino Dental. InformaçõesData: 7 a 12 de junhoLocal: China National Convention Center – BeijingSite: www.sinodental.com.cn

Sidex 2011 - CoreiaO Seoul International Dental Ehxibitions & Scientific Congress 2011 é o maior congresso científico da Coreia e reúne cerca de 10 mil cirurgiões-dentistas de todo o mundo. Esta edição do evento come-morará o 86° aniversário do Seoul Dental Association (SDA) e terá várias palestras acadêmicas que poderão ser aplicadas de imediato e tratarão sobre as tendências recentes da ciência odontológica. Grandes profissionais da área estarão presentes apresentando temas atuais da Odontologia. Palestras, simpósios, cursos estão garantidos na progra-mação. Além disso, haverá uma feira apresentando o que há de mais avançado em produtos e serviços. InformaçõesData: 24 a 26 de junhoLocal: COEX Conference Room (South), SeoulSite: www.sidex.or.kr

e de Friburgo se encaminhavam para San Diego, na costa oeste dos EUA, para participar do 89º Con-gresso da Associação Internacional de Pesquisa Odontológica (IADR), quando souberam da devastação. Jiro Masuda informou que as três ci-dades mais afetadas pela catástrofe, Iwate, Miyagi e Fukushima, tinham mais de 2.500 consultórios odonto-lógicos, mas era incerto o número de cirurgiões-dentistas vitimados pela tragédia. A comunidade odontológi-ca local é numerosa. Iwate tem 1.026 profissionais registrados, Miyagi tem 1.745 e Fukushima, onde fica a usina nuclear, 1.423.

A Associação Japonesa de Odontologia (AJO) criou, na ma-nhã do dia seguinte ao terremoto, uma sede especial em resposta à catástrofe, sob a coordenação do presidente da entidade, Mitsuo Okubo. Desde então, a AJO vem realizando uma série de ações para

contingenciar a crise gerada pela tragédia, como envio de equipes de cirurgiões-dentistas para as áreas devastadas para identificação de vítimas, exames do estado de con-sultórios odontológicos, hospitais e instalações relacionadas a saúde bucal e disponibilização de clínicas móveis para prestar cuidados de saúde bucal em abrigos.

Como ajudarInternacionalmente, a FDI

iniciou campanha para arrecadar fundos para auxiliar a AJO na recuperação dos serviços odonto-lógicos nas áreas devastadas pelo terremoto e pelo tsunami. Mais informações estão disponíveis no site da entidade, na página www.fdiworldental.org/content/help--japans-recovery-efforts.

O site da AJO (www.jda.or.jp) também tem chamada urgente para doações.

SERVIÇO

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11º Ciomig reúne 3 milem Belo Horizonte

Promovido pela ABO/MG entre 23 e 26 de março, o 11º Congresso Internacional

de Odontologia de Minas Gerais (Ciomig) reuniu cerca de três mil pessoas no Minascentro, em Belo Horizonte. Nos quatro dias de ati-vidades científicas, 196 professores de renome no Brasil e no exterior apresentaram cursos, palestras, seminários e simpósios alinhados ao tema Qualidade com Simplici-dade. A feira comercial do evento, com 80 estandes, possibilitou que os congressistas tivessem acesso a produtos, materiais e equipamentos avançados com preços e condições de pagamento especiais.

Um dos momentos mais aplau-didos foi a participação dos pro-fessores da Universidade de Nova York, com o tema Estética: Maxi-mizando com Simplicidade. Em uma apresentação moderna, o brasileiro Nelson Silva e o estadu-nidense Jonathan Ferencz, ambos da Universidade de Nova York, acompanhados do belga Eric Van Doreen, mostraram os produtos e equipamentos disponíveis no mer-cado e apontaram o que o futuro

reserva para a Odontologia.Uma das novidades do con-

gresso foi o lançamento do livro Reabilitação Oral - Previsibilidade e Longevidade, pela editora Napo-leão (foto). De acordo com o co-ordenador da Comissão Científica do Congresso, Eduardo Miyashita, a obra proporciona aos clínicos e aos especialistas, nas diferentes áreas da Odontologia, uma visão de planejamento clínico integrado dentro do contexto de promoção da saúde na clínica privada.

Na avaliação do presidente da ABO/MG, Carlos Augusto Jayme Machado, o resultado mostra o comprometimento da entidade com a saúde bucal e a qualificação de seus profissionais. Ele também ressaltou o trabalho realizado pela Comissão Organizadora como a base para o sucesso do evento. O presidente do 11º Ciomig, Wilson Batista Mendes, também destacou o trabalho realizado pela Comissão, “que tanto se empenhou para que o Congresso fosse bem sucedido”.

Lançamento do livro Reabilitação Oral - Presibilidade e Longevidade foi destaque

As primeiras evidências de cárie datam de pelo menos 200 milhões de anos, mas a mandíbu-la de um réptil pré-histórico com idade superior indica que esse mal existiu bem antes do que os cientistas pensavam.

O fóssil estudado é de um réptil onívoro com 275 milhões de anos de idade, o Labidosaurus hamatus, que mediria cerca de 75 centímetros.

A equipe liderada pelo pro-fessor da Universidade de To-ronto (Canadá) Robert Reisz, ao analisar com um scanner uma mandíbula bem preservada de um fóssil encontrado em Coffee Creek, no Texas, encontrou uma

infecção considerável provocada pela perda de vários dentes e destruição da arcada dentária por abscessos.

Com dentes fixos que não cresciam de novo depois da perda de um deles, o animal con-sumia mais propriamente plantas fibrosas e caules, além de insetos voadores e rastejantes.

Mas essa estrutura também se mostrou um “calcanhar de Aquiles” do réptil por torná-lo vulnerável a um mesmo tipo de bactéria dentária, também encon-trada na boca humana.

“Nossas descobertas permi-tem que especulemos sobre como o próprio sistema humano de ter

apenas dois conjuntos de dentes [permanentes e não permanentes], embora sejam vantajosos para mascar e processar diferentes tipos de comida”, diz Reisz, “é mais suscetível a inflamações”.

PESQUISA

Cárie existe há 275 milhões de anos

Setas indicam local de dente perdido devido a cárie por réptil pré-histórico que viveu há 275 milhões de anos

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JABO - Ano XIX - Número 130 - Março/abril - 201124 PrOFissÃOPrOFissÃO

Papel de ASBs e TSBsna educação para a saúde

Discussões sobre a posição estratégica de técnicos e auxiliares em Saúde Bucal no cuidado odontológico chamam a atenção para o papel dos profissionais na promoção da saúde através da educação dos pacientes

O artigo Auxiliares e Técnicos de Saúde Bucal – Agentes e Su-

jeitos da Educação para a Saúde, de autoria de Maria Aparecida de Oliveira, Alcione Lúcia Moraes Rímulo, Orlando Santiago Júnior, Anilton Rímulo, Licínia Maria de Souza Pires do Rio e Cecília M. Carvalho Soares Oliveira, chama a atenção para a natureza empírica do papel de educador que ASBs e TSBs, por vivenciarem “com intensidade as necessidades, an-siedades e a dor tão comumente reveladas pelos pacientes”, podem desempenhar, mesmo não sendo educadores formais ou docentes graduados – e a importância desse papel. Isso porque “a educação para a saúde é considerada eixo estruturante para a operacionali-zação do modelo de promoção da saúde e dele não pode se desvin-cular”, e “o alinhamento entre a filosofia do modelo assistencial e a sua prática depende de como a educação para a saúde é concebida e desdobrada pelos profissionais”, explicam os autores. E embora a educação permeie todo o processo de cuidado, o trabalho observa

os comportamentos com relação à saúde bucal, relacionando-se com cada paciente e o considerando como “sujeito singular que tem história própria, valores, hábitos, desejos, costumes, paixões e con-flitos”. Para os pesquisadores, “o ambiente de atendimento, como espaço educativo, é, necessaria-mente, um verdadeiro encontro intermediado pela partilha e pelo diálogo”, não se limitando à transmissão de orientações e co-nhecimentos, mas, “mais que isso, sendo a construção e a conquista de um espaço em comum, por isso demanda tempo e entrega, assumindo um curso próprio caso a caso”.

O trabalho pondera que, embo-ra se reconheça o papel estratégico dos ASBs e TSBs na proposta de educação no ambiente de saúde, não há como desvinculá-la da ação da equipe de saúde bucal como um todo. “A integração dos profissionais formata a unidade de trabalho da área odontológica e não pode ser rompida, mesmo que na presente abordagem o foco tenha se voltado para o corpo de auxiliares”, enfatizam os autores.

O estudo é resultado de ativi-dade científica do 11º Congresso Internacional de Odontologia de Minas Gerais (Ciomig), promo-vido pela ABO/MG em março, que contemplou temática diri-gida especificamente para ASBs e TSBs com a participação de 250 profissionais da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, técnicos da Escola de Saúde Pública e outros profissio-nais do setor privado. A íntegra do trabalho pode ser solicitada pelo e-mail [email protected].

sob a luz do modelo tradicional de ensino brasileiro”, alertam os autores.

Foram traçados três eixos de discussão, relativos ao significado e aos valores da educação para a saúde; ao alinhamento da proposta educativa ao modelo de atenção; e aos saberes necessários para a prática educativa em saúde bucal. “A educação deve basear-se no diálogo efetivo sobre a saúde, de forma a valorizar a bagagem de conhecimentos e experiências do paciente, desvendando como cada pessoa lida com a saúde/doença no cotidiano, as dificuldades que enfrenta e as alternativas que utiliza.” Como produto e instru-mento desse modelo de promoção de saúde, a educação promovida pelos ASBs e TSBs funcionaria como mediação estratégica, com o potencial de reforçar alianças e engajar os diferentes setores. Com base na qualificação científica desses profissionais, caberia a eles a identificação dos elementos que caracterizam a prática da educação para a saúde. “Elementos esses relacionados às ações de melhoria da saúde bucal, à atuação sobre os determinantes e fatores de risco, à escolha de metodologias apropriadas às circunstâncias, à contextualização da saúde bucal em uma visão integral e o posi-cionamento da atividade educativa como prática social, um encontro ético e um compromisso afetivo”, ponderam os pesquisadores.

Linha direta com o pacienteDessa forma, é defendido que

ASBs e TSBs devem estar atentos aos aspectos de natureza cultural e antropológica que determinam

que “são os auxiliares, técnicos e agentes comunitários de saúde que concentram em maior proporção as atividades que implicam dire-tamente na educação, individual e coletiva”.

Educadores estratégicosNo caso da Odontologia, essa

polarização das ações educativas sob a responsabilidade dos profis-sionais auxiliares seria ainda mais evidente. “O certo é que tornou-se estratégica a posição do auxiliar e do técnico quando o assunto é educação para a saúde bucal”, consideram os autores. Essa rea-lidade demanda investimentos no perfil profissional condizente com a lógica promotora de vigilância à saúde na área odontológica, o que levaria, entre outras frentes de trabalho, à reconfiguração de propostas pedagógicas para a for-mação e capacitação de ASBs e TSBs. “O adiamento desse debate incorre em riscos significativos para o modelo assistencial e para a qualidade do cuidado, principal-mente se observado o conteúdo desqualificador, potencialmente herdado pelas gerações educadas

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