já conhece as novas regras do irs para 2015?

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TENDÊNCIAS NOS NEGÓCIOS PARA 2015

Neste artigo iremos dedicar especial atenção às novas regras do

IRS, introduzidas pela Reforma levada a cabo pelo Governo no final

de 2014. Não deixe de estar por dentro das novidades, de modo a

otimizar a sua situação fiscal, minimizando o impacto dos impostos

no seu orçamento familiar.

Numa primeira análise podemos antever algum alívio fiscal para

as famílias. O Quociente Familiar pode representar uma efetiva

poupança, ao permitir considerar no IRS despesas com os filhos e

ascendentes dependentes. Por outro lado, as despesas dedutíveis

em IRS também aumentam e haverá incentivos para quem decidir

trabalhar fora da sua área de residência.

De destacar também a possibilidade de abatimento ao rendimento

líquido até um máximo de 2.250 euros por declaração, para quem

tem despesas de formação e de educação.

Está também prevista uma cláusula de salvaguarda, que pretende

evitar que haja famílias com um agravamento no IRS nos próximos

anos. Assim, durante os próximos três anos, os contribuintes poderão

optar por ser tributados pelas regras de IRS de 2014, caso elas lhe

sejam mais favoráveis.

Um dos aspetos negativos a salientar é impossibilidade de deduzir

os juros do crédito à habitação. Relembre-se que, até 2014, era

possível deduzir encargos com juros do crédito à habitação até um

limite máximo de 502 euros.

Quociente familiar

A partir de 2015 os filhos e os ascendentes a cargo, como os avós, passam

a ser considerados no IRS da família. Cada dependente vale 0,3, havendo um

máximo que cada agregado pode poupar. Quem tem um dependente pode poupar

no máximo 600 euros, para quem tem dois o limite é 1.250 euros, e quem tem

três ou mais poupará até 2 mil euros. Estes valores são para agregados com

tributação conjunta, que devem ser divididos por dois no caso de se optar pela

tributação separada. Em 2016, o quociente familiar deverá aumentar para 0,4

e o limite máximo do benefício para 2.250 euros. Em 2017, a ponderação por

dependente passa para 0,5 e o limite máximo para 2.500 euros.

Outra alteração prende-se com a inclusão dos filhos com idades até aos 25

anos, que vivam com os pais, na declaração de IRS dos pais, mesmo que não

estejam a estudar. Esta medida visa salvaguardar especialmente as situações de

jovens desempregados que hoje afetam as famílias portuguesas.

Alargado o mínimo de existência

O mínimo de existência, isto é, o valor até ao qual não se paga IRS, vai

aumentar dos atuais 8.104 euros para 8.500 euros. Isto permitirá que mais de

119 mil famílias de baixos rendimentos deixem de pagar IRS. Consideremos o

seguinte exemplo: uma pessoa solteira sem filhos, com um rendimento bruto

anual de 8.400 euros, com 500 euros de despesas de saúde e com 1.440 euros de

encargos com imóveis, não irá pagar imposto com a reforma do IRS, enquanto no

sistema atual pagará 143 euros.

Despesas gerais familiares

ACria-se uma nova categoria de deduções para despesas gerais familiares,

que abrange todo o tipo de gastos, desde faturas da água, telefone, compras

de roupa, calçado ou às despesas de supermercado, desde que as faturas sejam

emitidas com número de identificação fiscal. O limite é 600 euros por casal.

No entanto, são reforçadas as deduções fixas dos filhos e ascendentes, que

acrescem aos benefícios do quociente familiar. A dedução por ascendente a

cargo é reforçada para 300 euros e a dedução por filho é aumentada para 325

euros.

O reembolso por despesas de saúde sobem dos atuais 10% para 15% e mantém-

se a dedução à coleta por pedir fatura (benefício e-fatura): 15% do IVA incorrido

na aquisição em quatro setores – cabeleireiros, mecânicos, restaurantes e

hotelaria -, com limite de 250 euros.

Acaba a discriminação fiscal do casamento

A tributação separada do casal passa a ser a regra no IRS, embora se

salvaguarde a opção pela tributação conjunta – que protege os casais em que

os contribuintes obtenham rendimentos de valores díspares. Com esta mudança

estrutural do IRS, que acompanha os regimes fiscais da esmagadora maioria dos

países da União Europeia, pretende-se simplificar e reduzir significativamente as

obrigações declarativas dos contribuintes.

Vale educação para jovens até aos 25 anos

As novas regras vão alargar os vales sociais de educação atribuídos às famílias

com filhos em idade escolar, e que poderão abranger os dependentes até aos 25

anos. Esta medida fiscal permitirá que as entidades patronais possam pagar aos

seus trabalhadores parte dos vencimentos em vales sociais de educação, também

conhecidos como “ticket escola”, isentos de tributação. Estes vales poderão

ser utilizados para pagamento de serviços, materiais escolares e também inclui

estudantes universitários.

Incentivo ao empreendedorismo

Os trabalhadores por conta de outrem, que iniciarem uma atividade económica

por conta própria, passam a beneficiar de uma redução de 50% no IRS no

primeiro ano de atividade e de 25% no segundo ano. Esta medida visa apoiar

o início da atividade empresarial, como forma de promoção do investimento

privado e criação do próprio emprego. De ressalvar que esta medida também

abrange os desempregados que iniciem uma atividade económica por conta

própria.

Mais despesas dedutíveis aos rendimentos prediais

O arrendamento é agora encarado como atividade económica e,

consequentemente, existirá a possibilidade de dedução da maioria dos gastos

que sejam efetivamente suportados e pagos pelo contribuinte que aufira

rendimentos prediais. O conjunto de despesas que poderão ser dedutíveis aos

rendimentos prediais, da categoria F do IRS, é alargado. Passam a ser dedutíveis

gastos como obras no imóvel, despesas com advogados ou com empresas

imobiliárias. De fora ficam os custos com eletrodomésticos, mobiliário e artigos

de decoração.

Venda de imóveis isenta de IRS

As mais-valias obtidas na venda de imóveis beneficiam de isenção de IRS,

desde que o valor da venda seja utilizado no pagamento ou amortização parcial

de empréstimos contraídos para a aquisição da habitação. Esta é uma forma de

proteger as famílias que enfrentam dificuldades no pagamento dos empréstimos

ao banco e que assim podem vender a casa e optar pelo arrendamento.

Alargamento do incentivo fiscal à poupança

O regime de tratamento fiscal mais favorável aplicável aos seguros de

capitalização será alargado a outras formas de poupança, com prazos de

imobilização entre cinco a oito anos, principalmente depósitos a prazo, como

forma de incentivar a poupança dos contribuintes individuais. Desta forma,

os depósitos a prazo entre cinco a oito anos pagam menos IRS sobre os juros.

Recorde-se que a taxa efetiva deste imposto nos seguros de capitalização

é reduzida em mais de metade para aplicações com prazo superior a oito

anos (11,2%), quando comparado com a taxa liberatória de 28% aplicada, por

exemplo, aos juros dos depósitos ou dos certificados de aforro.

Mobilidade geográfica sem tributação

Com o intuito de promover a mobilidade geográfica dos trabalhadores para o

interior, está prevista a exclusão de tributação para a compensação recebida por

quem aceitar trabalhar para uma localidade situada a mais de 100 quilómetros

do seu domicílio. Este regime é alargado de forma a abranger não só a

compensação, mas também as despesas e encargos suportados diariamente com

despesas de transporte.

Nova declaração simplificadaTodos os contribuintes abrangidos pela tributação separada passarão a

beneficiar de uma “declaração simplificada” que estará totalmente pré-

preenchida pela administração fiscal. Os contribuintes apenas terão de a

confirmar, caso a informação esteja correta. Esta medida permitirá reduzir

significativamente as obrigações declarativas de um universo potencial de 1,7

milhões de famílias em Portugal.

Regime específico para expatriadosNo sentido de apoiar a internacionalização das empresas portuguesas,

é criado um regime de tributação para expatriados. Com este regime, o

rendimento pago a título de compensação para quem se desloca para fora do

país, passa a estar isento de tributação até ao limite de 10 mil euros.

TENDÊNCIAS NOS NEGÓCIOS PARA 2015

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