irs 2014 apeca-versao 2

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ANTÓNIO A. JACOB – Instruções de preenchimento – Legislação – Doutrina – Exemplos práticos A APRESENTAR EM 2015 IRS DECLARAÇÃO MODELO 3 E ANEXOS RELATIVAA RENDIMENTOS DE 2014 IRS 55 EDIÇÃO DE APECA

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Manual IRS 2014 APECA

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  • ANTNIO A. JACOB

    InstruesdepreenchimentoLegislaoDoutrinaExemplosprticos

    AAPRESENTAREM2015

    IRSDECLARAOMODELO3EANEXOSRELATIVAARENDIMENTOSDE2014

    IRS

    55EDIO DEAPECA

  • IRS 2014 1

    IRSDeclarao MoDelo 3

    e anexos

  • 2 IRS 2014

  • IRS 2014 3

    Antnio A. Jacob

    IrsDeclarao MoDelo 3

    e anexosrelatIva a renDIMentos De 2014

    a apresentar em 2015

    Instrues de preenchimento Legislao Doutrina Exemplos prticos

  • 4 IRS 2014

    ttulo

    IRS - Declarao Modelo 3 e Anexos relativa a rendimentos de 2014

    autor

    Antnio A. Jacob

    edio

    APECA - Associao Portuguesa das Empresas de Contabilidade e Administrao

    Depsito legal

    388341/15

    I.s.B.n.978-989-8095-17-6

    tiragem:3.500 exemplares

    execuo Grfica

    Tipografia do Ave, s.a. - Vila do Conde

  • IRS 2014 5

    Como sabido, os sujeitos passivos de IRS esto obrigados a apresentar anualmente a declarao de rendimentos modelo 3 e seus anexos, que pode ser feita em suporte papel (impresso de modelo oficial) ou atravs de meios informticos (via Internet), constituindo assim o meio privilegiado para a Administrao Tributria determinar e liquidar o imposto que se mostre devido.

    j um ato rotineiro com o qual os contribuintes se familiarizaram e que, na maior parte dos casos, no apresenta grandes dificuldades no seu cumprimento. Contudo, casos h em que necessrio recorrer s instrues de preenchimento da declarao e seus anexos, ou at mesmo a manuais da especialidade.

    Por isso mesmo, e na expectativa de facilitar o trabalho sobretudo queles que tm situaes mais complexas, afigura-se-me que vale a pena continuar a publicar este livro, no s pelo bom acolhimento que tem tido no meio daqueles a quem se destina, mas tambm porque todos os anos o venho enriquecendo com questes que me parecem relevantes para o fim em vista.

    No final do livro, a parte a que tenho vindo a chamar "NOTAS SOLTAS", reporta--se a questes que no esto diretamente ligadas com o preenchimento da declarao e dos anexos, mas que mesmo assim julgo de interesse ali abordar dado a sua afinidade.

    Continua, pois, a ser um trabalho prtico atravs do qual partilho o estudo permanente que vou fazendo todos os dias desta matria, o qual segue muito de perto as prprias instrues que acompanham a declarao de rendimentos modelo 3 do IRS e dos anexos, e que, mais uma vez, espero seja til a quem dele precisar. Se assim acontecer volto a dizer que valeu a pena o tempo que lhe dediquei.

    O Autor,

    NOTA EXPLICATIVA

  • 6 IRS 2014

  • IRS 2014 7

    DECLARAO

    DE RENDIMENTOS

    MODELO 3

    DO IRS

  • 8 IRS 2014

  • IRS 2014 9

    Declarao MoDelo 3

    FIM A QUE SE DESTINA A DECLARAO

    A declarao de rendimentos modelo 3 do IRS destina-se apresentao anual dos rendimentos respeitantes ao ano anterior e de outros elementos informativos relevantes para a concreta situao tributria dos sujeitos passivos, pessoas singulares, tal como se encontra previsto no artigo 57. do Cdigo do IRS.

    MODO COMO APRESENTADA A DECLARAO

    A declarao de rendimentos modelo 3 do IRS pode ser apresentada em suporte papel ou atravs da Internet, devendo ter-se em ateno as seguintes especificaes:

    Em papel:Podem ser entregues em papel as declaraes que apenas incluam os anexos A, F, G, G1, H e J.

    A declarao, quando entregue em suporte papel, apresentada em duplicado, destinando-se o original ao servio recetor e o duplicado a ser devolvido ao apresentante no momento da entrega, com a autenticao da receo efetuada pelo servio recetor.

    O original e o duplicado do rosto da declarao e dos seus anexos devem pertencer ao mesmo conjunto, de forma a garantir que para cada impresso o cdigo de barras do original e do duplicado seja o mesmo.

    Sempre que o nmero de ocorrncias a declarar for superior ao nmero de campos existentes, deve utilizar-se uma folha adicional ao modelo em causa, indicando-se os elementos respeitantes aos campos dos quadros 2 e 3 e preenchendo-se os dos quadros que se pretendem acrescentar.

    No ato de entrega obrigatrio apresentar o carto de contribuinte ou de cidado:- dos sujeitos passivos (quadro 3A);- dos dependentes (quadro 3B e 3C);- dos dependentes em guarda conjunta (quadro 3D);- dos ascendentes em comunho de habitao (quadro 7B);- dos afilhados civis (quadro 7C); e- dos ascendentes e colaterais at ao 3. grau em economia comum com os sujeitos passivos

    (quadro 7E).

    DECLARAO DE RENDIMENTOS MODELO 3 DO IRS

  • 10 IRS 2014

    Declarao MoDelo 3

    Entregue via Internet O cumprimento da obrigao de entrega da declarao por via eletrnica efetuado atravs do Portal das Finanas em www.portaldasfinancas.gov.pt.

    A entrega da declarao atravs da Internet obrigatria para os sujeitos passivos de IRS titulares de rendimentos a declarar nos anexos B, C, D, E, I e L (cfr. n. 2 do art. 2. da Portaria n. 276/2014, de 26/12). Para os restantes sujeitos passivos a entrega da declarao atravs desta via facultativa.

    Imediatamente aps a submisso da declarao pode visualizar e imprimir a prova de entrega, que um documento equivalente ao duplicado da declarao entregue em papel, o qual pode ser obtido em www.portaldasfinancas.gov.pt / obter / comprovativo / IRS.

    Contudo, o comprovativo da declarao entregue fica apenas disponvel para consulta e impresso depois da declarao ser validada e considerada certa, no endereo atrs indicado.

    Posteriormente data de entrega via Internet, pode a Administrao Tributria e Aduaneira solicitar a apresentao dos documentos comprovativos da composio do agregado familiar, bem como das restantes pessoas identificadas no rosto da declarao.

    QUEM QUE EST OBRIGADO A APRESENTAR A DECLARAO

    Em 2015, com referncia ao ano de 2014, a declarao de rendimentos modelo 3 do IRS obrigatrio ser apresentada:

    - Pelos sujeitos passivos (pessoas singulares), residentes em territrio nacional, quando estes, ou os dependentes que integram o agregado familiar, tenham auferido rendimentos sujeitos a IRS que obriguem sua apresentao (cfr. n. 1 do art. 57. do CIRS).

    - Havendo sociedade conjugar, se, durante o ano a que o imposto respeite, tiver falecido um dos cnjuges, compete ao cnjuge sobrevivo declarar os rendimentos do falecido, identificando-o no quadro 7A (cfr. n. 1 do art. 63. do CIRS, com a redao que vigorou at 31/12/2014).

    - No havendo sociedade conjugar, no caso de falecimento do sujeito passivo, incumbe ao administrador da herana apresentar a declarao de rendimentos em nome daquele, relativa aos rendimentos correspondentes ao perodo decorrido de 1 de janeiro at data do bito (n. 2 do art. 57. do CIRS, com a redao dada pela Lei n. 64-B/2011, de 30/12).

    - Pelo cabea-de-casal da herana indivisa quando esta integre rendimentos empresariais (categoria B).

    - Pelos sujeitos passivos (pessoas singulares), no residentes em territrio nacional, relativamente a rendimentos obtidos no territrio portugus (art. 18. do CIRS), no sujeitos a reteno a taxas liberatrias (rendimentos prediais e mais-valias).

  • IRS 2014 11

    Declarao MoDelo 3

    No caso do n. 2 do artigo 13., isto , existindo agregado familiar, deve ser apresentada uma nica declarao pelos dois cnjuges ou por um deles, se o outro for incapaz ou ausente (n. 1 do art. 59. do CIRS, redao que vigorou at 31/12/2014).

    Cabea-de-casal (a quem incumbe o cargo)

    1 - O cargo de cabea-de-casal defere-se pela ordem seguinte:

    a) Ao cnjuge sobrevivo, no separado judicialmente de pessoas ou bens, se for herdeiro ou tiver meao nos bens do casal;

    b) Ao testamenteiro, salvo declarao do testador em contrrio;

    c) Aos parentes que sejam herdeiros legais;

    d) Aos herdeiros testamentrios.

    2 - De entre os parentes que sejam herdeiros legais, preferem os mais prximos em grau.

    3 - De entre os herdeiros legais do mesmo grau de parentesco, ou de entre os herdeiros testamentrios, preferem os que viviam com o falecido h pelo menos 1 ano data da morte.

    4 - Em igualdade de circunstncias, prefere o herdeiro mais velho.(artigo 2080. do Cdigo Civil)

    QUEM QUE EST DISPENSADO DE APRESENTAR A DECLARAO

    Em 2015, com referncia ao ano de 2014, esto dispensados da apresentao da declarao de rendimentos modelo 3 do IRS os sujeitos passivos que, durante o ano, apenas tenham auferido, isolada ou cumulativamente, os seguintes rendimentos (cfr. art. 58. do CIRS, com a redao que vigorou at 31/12/2014):

    a) Rendimentos sujeitos a taxas liberatrias, quando no sejam objeto de opo pelo englobamento nos casos em que legalmente permitido;

    b) Rendimentos de penses pagas por regimes obrigatrios de proteo social (categoria H), de montante inferior ao da deduo especfica estabelecida no n. 1 do artigo 53. do Cdigo do IRS, ou seja, 4.104,00 euros ( 475 x 12 = 5 700 x 72%).

    c) Rendimentos do trabalho dependente (categoria A) de montante inferior ao da deduo especfica estabelecida na alnea a) do n. 1 do artigo 25. do Cdigo do IRS, ou seja, 4.104,00 euros ( 475 x 12 = 5 700 x 72%).

  • 12 IRS 2014

    Declarao MoDelo 3

    Tenha-se em ateno que, no caso de sociedade conjugal, os limites indicados nas alneas b) e c) anteriores, so considerados relativamente a cada um dos cnjuges.

    Exemplo:Um agregado familiar constitudo pelos 2 cnjuges, que no auferem outros rendimentos para alm das penses de reforma pagas por regimes obrigatrios de proteo social, e que, em 2014, a soma das duas penses anuais de 7.000, correspondendo a um 4.500 e ao outro 2.500, esto ou no obrigados a entregar a declarao de rendimentos modelo 3 do IRS?

    Neste caso, dado que um dos cnjuges aufere como penso anual o montante de 4.500, montante superior deduo especfica estabelecida no n. 1 do artigo 53. do Cdigo do IRS, ficam obrigados entrega da declarao em causa.

    J se um dos cnjuges recebesse como penso anual, v.g., o montante de 4.000 e o outro 3.000, estavam dispensados da entrega de tal declarao ao abrigo da alnea b) do artigo 58. do Cdigo do IRS, com a redao que vigorou at 31/12/2014.

    ONDE DEVE SER APRESENTADA A DECLARAO

    Em conformidade com o disposto no artigo 61. do Cdigo do IRS, a declarao de rendimentos modelo 3, pode ser apresentada:

    a) Quando entregue em suporte papel, em qualquer servio de finanas, ou posto de atendimento;

    b) Por transmisso eletrnica de dados (via Internet), devendo para o efeito, se ainda a no possurem, ser previamente solicitada a senha de acesso para cada um dos sujeitos passivos A e B, atravs do endereo eletrnico www.portaldasfinancas.gov.pt.

    O envio da declarao de rendimentos modelo 3 do IRS por transmisso eletrnica de dados obrigatrio sempre que se trate de sujeitos passivos titulares de rendimentos dos anos 2001 e seguintes, a declarar nos:- anexos B ou C (rendimentos empresariais ou profissionais);- anexo D (imputao de rendimentos);- anexo E (rendimentos de aplicao de capitais);- anexo I (herana indivisa); e- anexo L (residentes no habituais).

    c) Pode ainda ser enviada pelo correio (caso a entrega seja em suporte papel) para o servio de finanas ou direo de finanas da rea do domiclio fiscal dos sujeitos passivos, acompanhada de fotocpia dos cartes de contribuinte ou de cidado:- dos sujeitos passivos (quadro 3A);- dos dependentes que integram o agregado familiar (quadro 3B e 3C);- dos dependentes em guarda conjunta (quadro 3D);- dos ascendentes em comunho de habitao (quadro 7B);

  • IRS 2014 13

    Declarao MoDelo 3

    - dos ascendentes e colaterais at ao 3. grau em economia comum (quadro 7E); e- dos afilhados civis (quadro 7C).

    Neste caso (envio pelo correio), a sua remessa dever fazer-se at ao ltimo dia do prazo fixado na lei. Se for recebida depois de findo tal prazo, o apresentante no ser responsabilizado se provar que a expediu at ao ltimo dia do prazo legal (cfr. art. 148. do CIRS, com a redao que vigorou at 31/12/2014).

    A declarao de substituio, quando entregue dentro do prazo legal e em suporte de papel (nos casos em que no obrigatrio o seu envio pela Internet), pode ser apresentada em qualquer servio de finanas.

    Porm, se a declarao de substituio for entregue fora do prazo legal, quando apresentada em suporte de papel (nos casos em que no obrigatrio o seu envio pela Internet), deve ser entregue no servio de finanas do domiclio fiscal do sujeito passivo.

    PRAZO PARA A ENTREGA DA DECLARAO

    De acordo com a redao dada ao artigo 60. do Cdigo do IRS pela Lei n. 3-B/2010, de 28/4, a declarao de rendimentos modelo 3 do IRS, e respetivos anexos, deve ser entregue:

    a) Em suporte papel:

    i) Durante o ms de maro, quando os sujeitos passivos apenas hajam recebido ou tenham sido colocados sua disposio rendimentos do trabalho dependente (categoria A) e/ou penses (categoria H);

    ii) Durante o ms de abril, se tiverem sido obtidos rendimentos de outras categorias ou for exigvel a apresentao do anexo G1.

    b) Por transmisso eletrnica de dados (via Internet):

    i) Durante o ms abril, quando os sujeitos passivos apenas hajam recebido ou tenham sido colocados sua disposio rendimentos do trabalho dependente (categoria A) e/ou penses (categoria H);

    ii) Durante o ms de maio, se tiverem sido obtidos rendimentos de outras categorias ou for exigvel a apresentao do anexo G1.

    c) Em suporte papel ou via Internet.

    Nos 30 dias imediatos quele em que se tornou definitivo o valor patrimonial de prdios alienados quando superior ao valor declarado no anexo G, reposio de rendimentos em ano diferente (cfr. n. 2 do art. 60. do CIRS) ou reconhecimento de iseno (n. 3 do art. 39. do EBF), para alm do prazo de entrega da declarao.

  • 14 IRS 2014

    Declarao MoDelo 3

    Durante o ms de janeiro do ano seguinte quele em que se tiver tornado definitivo o valor patrimonial dos imveis alienados, apenas no mbito da categoria B, quando superior ao anteriormente declarado no anexo B ou C (rendimentos empresariais e profissionais), se data em que for conhecido o valor definitivo j tiver decorrido o prazo para a entrega da declarao a que se refere o artigo 57. (cfr. n. 2 do art. 31.-A do CIRS).

    Quando o ltimo dia do prazo para a entrega da declarao (na situao do n. 2 do art. 60. do CIRS) termine em sbado, domingo ou feriado, este transfere-se para o primeiro dia til seguinte, nos termos do disposto na alnea e) do artigo 279. do Cdigo Civil. Tambm assim ser quando o ltimo dia coincidir com dispensa de comparncia ao servio com encerramento deste.

    J assim no quando os prazos so designados por meses do calendrio. Em tal situao, quando o ltimo dia coincidir com sbado, domingo, feriado ou dispensa de comparncia ao servio, o prazo para o cumprimento da obrigao tem de ser observado at ao fim daquele ms, no podendo ser transferido para o primeiro dia til do ms seguinte.

    NOTA:Com a entrada em vigor da Lei n. 82-E/2014, de 31/12, passaram a existir novos prazos de entrega da declarao de rendimentos modelo 3 do IRS e dos respetivos anexos, os quais produzem efeitos apenas a partir de 1 de janeiro de 2016 (cfr. n. 8 do art. 17. daquela Lei).

    COIMA PELA FALTA DE ENTREGA OU ENTREGA FORA DO PRAZO LEGAL DA DECLARAO

    A falta de declaraes que para efeitos fiscais devem ser apresentadas a fim de que a administrao tributria especificadamente determine, avalie ou comprove a matria coletvel, bem como a respetiva prestao fora do prazo legal, punida com coima de 150 a 3750. (n. 1 do art. 116. do Regime Geral das Infraes Tributrias, com a redao dada pela Lei n. 64-B/2011, de 30/12)

    Porm, os n.s 1, 2 e 3 do artigo 29. do Regime Geral das Infraes Tributrias (RGIT), com a redao dada pela Lei n. 66-B/2012, de 31/12, que consagram o direito reduo das coimas, dizem-nos que:

    1 - As coimas pagas a pedido do agente so reduzidas nos termos seguintes:

    a) Se o pedido de pagamento for apresentado nos 30 dias posteriores ao da prtica da infrao e no tiver sido levantado auto de notcia, recebida participao ou denncia ou iniciado procedimento de inspeo tributria, para 12,5% do montante mnimo legal;

    b) Se o pedido de pagamento for apresentado depois do prazo referido na alnea anterior, sem que tenha sido levantado auto de notcia, recebida participao ou iniciado procedimento de inspeo tributria, para 25% do montante mnimo legal;

  • IRS 2014 15

    Declarao MoDelo 3

    c) Se o pedido de pagamento for apresentado at ao termo do procedimento de inspeo tributria e a infrao for meramente negligente, para 75% do montante mnimo legal;

    2 Nos casos das alneas a) e b) do nmero anterior, considerado sempre montante mnimo da coima o estabelecido para os casos de negligncia.

    3 Para o fim da alnea c) do n. 1 deste artigo, o requerente deve dar conhecimento do pedido ao funcionrio da inspeo tributria, que elabora relatrio sucinto das faltas verificadas, com a sua qualificao, que ser enviado entidade competente para a instruo do pedido.

    Quadro prtico da reduo da coima(artigo 29. do R.G.I.T.)

    nos 30 dias posteriores ao da prtica da infrao

    12,5% do montante mnimo legal

    ( 150)

    aps os 30 dias posteriores ao da prtica da infrao

    25% do montante mnimo legal

    ( 150)

    at ao termo do procedimento da inspeo tributria

    75% do montante mnimo legal

    ( 150)

    25,00 (1)

    37,50 112,50

    (1) - 150,00 x 12,5% = 18,75. Porm o limite mnimo da coima a pagar, nos casos em que haja lugar sua reduo, passa para 25,00 (cfr. n. 3 do art. 26. do RGIT, com a redao dada pela Lei n. 64-B/2011, de 30/12).

    NOTA:Todavia, nas situaes a que se refere o n. 1 do artigo 29. do RGIT, e de acordo com o n. 4 do mesmo normativo, aditado pela Lei n. 66-B/2012, de 31/12, pode no ser aplicada coima quando o agente seja uma pessoa singular e desde que, nos cinco anos anteriores, o agente no tenha:

    a) Sido condenado por deciso transitada em julgado, em processo de contraordenao ou de crime por infraes tributrias;

    b) Beneficiado de pagamento de coima com reduo nos termos deste artigo;

    c) Beneficiado da dispensa prevista no artigo 32. (a).

    Lembramos que esta disposio, constante do n. 4 do artigo 29. do RGIT, no se aplica a procedimentos de reduo de coima iniciados at 31 de dezembro de 2012 (cfr. art. 225. da Lei n. 66-B/2012, de 31/12).

    (a) O artigo 32. do RGIT, tem a seguinte redao:

    1 - Para alm dos casos especialmente previstos na lei, pode no ser aplicada coima, desde que se verifiquem cumulativamente as seguintes circunstncias:

  • 16 IRS 2014

    Declarao MoDelo 3

    a) A prtica da infrao no ocasione prejuzo efetivo receita tributria;

    b) Estar regularizada a falta cometida;

    c) A falta revelar um diminuto grau de culpa.

    2 - Independentemente do disposto no n. 1, a coima pode ser especialmente atenuada no caso de o infrator reconhecer a sua responsabilidade e regularizar a situao tributria at deciso do processo.

    COIMA PELAS OMISSES OU INEXATIDES PRATICADAS NA DECLARAO OU NOS DOCUMENTOS QUE A DEVAM

    ACOMPANHAR

    1 As omisses ou inexatides relativas situao tributria que no constituam fraude fiscal nem contraordenao prevista no artigo anterior, praticadas nas declaraes, bem como nos documentos comprovativos dos factos, valores ou situaes delas constantes, (...) so punveis com coima de 375 a 22 500.

    2 No caso de no haver imposto a liquidar, os limites das coimas previstas no nmero anterior so reduzidos a um quarto.

    3 Para os efeitos do n. 1 so consideradas declaraes as referidas no n. 1 do artigo 116. e no n. 2 do artigo 117..(cfr. n.s 1, 2 e 3 do art. 119. do Regime Geral das Infraes Tributrias, com a redao dada pela Lei n. 64-B/2011, de 30/12)

    EXTINO DA COIMA(por morte do infrator)

    A obrigao de pagamento da coima e de cumprimento das sanes acessrias extingue--se com a morte do infrator (art. 62. do Regime Geral das Infraes Tributrias).

    luz deste preceito, a obrigao do pagamento da coima e do cumprimento das sanes acessrias nunca se transmite aos herdeiros do infrator.

    Assim, mesmo que tenha havido deciso condenatria transitada em julgado, e a coima j esteja a ser objeto de execuo fiscal, a supervenincia da morte do arguido/executado extingue a obrigao de pagamento e consequentemente a execuo, tal como se pode ver da alnea a) do n. 2 do artigo 176. do Cdigo de Procedimento e do Processo Tributrio (CPPT), onde se diz que nas execues por coimas ou outras sanes pecunirias o processo executivo extingue-se tambm por morte do infrator.

  • IRS 2014 17

    Declarao MoDelo 3

    ENTREGA FORA DO PRAZO PREVISTO NO ARTIGO 60. DO CIRS DA DECLARAO MODELO 3

    POR PARTE DOS SUJEITOS PASSIVOS DISPENSADOS DE O FAZER(no passvel de penalizao)

    Tendo sido suscitada a questo da aplicao do regime contraordenacional tributrio constante do Regime Geral das Infraes Tributrias (RGIT), aos sujeitos passivos que embora dispensados da entrega da declarao de rendimentos do IRS, nos termos do artigo 58. do Cdigo do IRS, procedem quela entrega fora do prazo estabelecido no artigo 60. do mesmo Cdigo, por razes ou motivos de natureza extra-fiscais, foi, por despacho do Senhor Diretor-Geral dos Impostos, de 31/07/2009, sancionado o seguinte entendimento:

    1 - Para as situaes abrangidas pelo artigo 58. do Cdigo do IRS, a apresentao da declarao anual de rendimentos, fora dos prazos previstos no artigo 60. do mesmo Cdigo, no passvel de penalizao porque a sua apresentao nesses termos no configura a prtica de facto ilcito tal como se encontra enunciado no artigo 2. do RGIT.

    2 - Com efeito, uma declarao s pode ser considerada como apresentada fora do prazo e, consequentemente, dar origem a uma situao de incumprimento sancionado, se existe obrigao da sua apresentao dentro do prazo legalmente previsto para o efeito, o que, nas situaes de dispensa, no se verifica.(Ofcio-Circulado n. 60 071, de 02/09/2009, da Direo de Servios de Justia Tributria)

    NOTA:Esta doutrina est agora consagrada no n. 3 do artigo 116. do Regime Geral das Infraes Tributrias (RGIT), aditado pela Lei n. 82-E/2014, de 30/12, em cuja redao consta que: O disposto no n. 1 no aplicvel quando o sujeito passivo, no ano a que respeita a declarao de rendimentos, esteja abrangidos por uma das situaes de dispensa de declarao previstas no artigo 58. do Cdigo do IRS.

    PROCEDIMENTOS A ADOTAR PELOS SERVIOS (quando a declarao de rendimentos modelo 3 no seja entregue)

    I - As disposies contidas nos artigos 65. e 76. do Cdigo do IRS, na sequncia das alteraes introduzidas pela Lei n. 53-A/2006, de 29 de dezembro, apenas devero ser aplicadas quando o facto previsto - falta de entrega da declarao de rendimentos Modelo 3 - tenha ocorrido aps a sua entrada em vigor, ou seja, 1 de janeiro de 2007.

    Neste caso, devem ser seguidos os seguintes procedimentos:

    1 - Nos termos do n. 3 do artigo 76. do Cdigo do IRS, quando no seja apresentada a declarao, o titular dos rendimentos notificado por carta registada para cumprir a obrigao em falta no prazo de 30 dias, findo o qual efetuada a liquidao.

  • 18 IRS 2014

    Declarao MoDelo 3

    2 - Esta liquidao ter por base os elementos de que a Autoridade Tributria e Aduaneira disponha, nos termos da alnea b) do n. 1 do artigo 76., sem se atender ao disposto no artigo 70. (mnimo de existncia) e sendo apenas efetuadas as dedues previstas na alnea a) do n. 1 do artigo 79. (dedues por cada sujeito passivo) e no n. 3 do artigo 97. (importncias efetivamente retidas ou pagas nos termos dos artigos 98. a 102.) do Cdigo do IRS.

    3 - No que respeita participao do contribuinte, nos termos do artigo 60. da LGT, refere a alnea b) do n. 2 deste artigo que dispensada a sua audio no caso de a liquidao se efetuar oficiosamente, com base em valores objetivos previstos na lei, desde que tenha sido notificado para apresentao da declarao em falta, sem que o tenha feito.

    II - Quando for detetada a falta de entrega de declaraes de rendimentos cujo facto gerador do imposto tenha ocorrido at 31 de dezembro de 2006, os procedimentos conducentes fixao dos rendimentos devem reger-se pelas disposies ento em vigor.(cfr. Informao vinculativa, Proc. 440/07, com despacho concordante do Diretor-Geral dos Impostos, de 15/02/2008)

    NOTA:Para alm dos procedimentos transcritos, os interessados ficam ainda sujeitos coima prevista no n. 1 do artigo 116. do Regime Geral das Infraes Tributrias.

    DOCUMENTOS QUE DEVEM ACOMPANHAR A DECLARAO MODELO 3

    Anexos A a L A declarao de rendimentos modelo 3 do IRS deve ser acompanhada dos anexos relativos aos rendimentos obtidos e, quando for caso disso, do anexo G1 (Mais-Valias no Tributadas), do anexo H (Benefcios Fiscais e Dedues) e do anexo I (Herana Indivisa), do anexo J quando haja rendimentos obtidos no estrangeiro ou for necessrio declarar o nmero das contas de depsito ou de ttulos abertas em instituies financeiras no residentes em territrio portugus, ou do anexo L quando o residente no habitual pretender identificar os rendimentos de elevado valor acrescentado.

    A identificao do nmero de anexos ser efetuada no quadro 8 do rosto da declarao.

    Outros documentos Quando for exercida a opo de englobamento, no anexo E, relativamente a rendimentos sujeitos a taxas liberatrias (n. 6 do art. 71. do CIRS), deve juntar-se declarao de rendimentos entregue em suporte de papel o documento comprovativo dos rendimentos e retenes (n. 3 do art. 119. do CIRS). Nestes casos, deixou de ser obrigatrio que tais documentos contenham declarao expressa dos sujeitos passivos autorizando a Administrao Tributria a averiguar junto das respetivas entidades se, em seu nome ou dos restantes membros do agregado familiar, existem outros rendimentos da mesma natureza.

  • IRS 2014 19

    Declarao MoDelo 3

    Havendo lugar a crdito de imposto por dupla tributao internacional (cfr. art. 81. do CIRS), e caso a declarao seja entregue em suporte de papel, devero ser juntos mesma os documentos originais emitidos pelas respetivas autoridades fiscais ou fotocpias devidamente autenticadas dos mesmos, comprovativos dos rendimentos obtidos no estrangeiro e dos correspondentes impostos sobre o rendimento a pago, acompanhados da nota explicativa dos cmbios utilizados.

    Se a declarao for enviada pela Internet, os documentos atrs referidos devem ser remetidos para o servio de finanas da rea do domiclio fiscal, salvo nos casos indicados nas instrues do anexo J.

    OBRIGAO DE COMPROVAR OS VALORES DECLARADOS

    Os documentos comprovativos dos valores constantes das declaraes, no necessitam de ser apresentados no ato da entrega da declarao de rendimentos modelo 3 do IRS, nem sero verificados pelos funcionrios recetores, salvo se o sujeito passivo pretender ser esclarecido sobre o enquadramento legal da situao em causa ou tiver dvidas quanto ao correto preenchimento da declarao.

    Contudo, a Administrao Tributria e Aduaneira pode, dentro do prazo de caducidade do direito liquidao (prazo este que consta do n. 1 do art. 45. da LGT), notificar os sujeitos passivos para apresentarem a documentao comprovativa dos valores e demais elementos declarados. A este respeito, o artigo 128. do Cdigo do IRS, com a redao dada pela Lei n. 82-E/2014, de 31/12 diz que:

    1 - As pessoas sujeitas a IRS devem apresentar, no prazo de 15 dias, os documentos comprovativos dos rendimentos auferidos, das dedues e de outros factos ou situaes mencionadas na respetiva declarao, quando a Autoridade Tributria e Aduaneira os exija.

    2 - O prazo previsto no nmero anterior alargado para 25 dias quando o sujeito passivo invoque dificuldade na obteno da documentao exigida.

    3 - A obrigao estabelecida no n. 1 mantm-se durante os quatro anos seguintes quele a que respeitem os documentos.

    4 - O extravio dos documentos referidos no n. 1 por motivo no imputvel ao sujeito passivo no o impede de utilizar outros elementos de prova daqueles factos.

    Informao vinculativa

    1 - O artigo 128. do Cdigo do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (CIRS) dispe que as pessoas sujeitas a IRS devem apresentar, no prazo que lhes for fixado (que, atualmente, de 15 dias), os documentos comprovativos dos rendimentos auferidos, das dedues e abatimentos e de outros factos ou situaes mencionados na respetiva declarao, quando a Autoridade Tributria e Aduaneira o exigir.

  • 20 IRS 2014

    Declarao MoDelo 3

    2 - Por sua vez, o artigo 133. (a) do mesmo Cdigo, sob a epgrafe "Dever de Colaborao" dispe que todos devem, dentro dos limites da razoabilidade prestar a colaborao que lhes for solicitada pelos servios competentes, tendo em vista o exerccio, por estes, dos respetivos poderes.

    (a) - Atualmente, este artigo est revogado pela Lei n. 82-E/2014, de 31/12.

    3 - Na verdade a colaborao que a Administrao pode solicitar aos contribuintes deve conter-se dentro dos limites da razoabilidade, isto , deve ser adequada e proporcional aos objetivos que pretende prosseguir, e o pedido de colaborao no razovel (adequado) se no pode ser satisfeito pelo obrigado.

    4 - Alm disso, o princpio da proporcionalidade (art. 5., n. 2 do CPA), que um dos princpios que rege o procedimento tributrio (art. 55. da LGT) e se encontra igualmente referido no n. 3 do artigo 63. da LGT, em sede de procedimento de inspeo, impe que a Administrao no afete os direitos e interesses legtimos dos administrados em termos no adequados e proporcionais aos objetivos a realizar.

    5 - Atendendo aos princpios expostos ser de distinguir duas situaes:

    a) Comprovao dos elementos constantes da declarao de rendimentos, de acordo com o preceituado no artigo 128. do CIRS;

    Neste caso o contribuinte deve comprovar os elementos constantes da declarao de rendimentos, com os documentos que possui, sob pena de incorrer nas penalidades da lei.

    b) Confirmao dos elementos declarativos (rendimentos e retenes), atravs da comparao com as declaraes modelo 10 entregues pela entidade patronal.

    No dever ser exigido ao contribuinte o cumprimento de uma obrigao que a lei no lhe impe, nem deve ser penalizado por um facto que no lhe imputvel, cabendo Administrao Tributria a realizao de todas as diligncias necessrias satisfao do interesse pblico e descoberta da verdade material (princpio do inquisitrio - art. 58. da LGT).

    Em sntese:

    Verificando-se que determinada entidade patronal no cumpriu as suas obrigaes acessrias, designadamente no procedeu entrega da declarao modelo 10, dever a Administrao Tributria encetar procedimentos necessrios a que a mesma cumpra a referida obrigao, notificando-a para a apresentar com o pagamento da coima que se mostre devida.

    Caso a mesma no cumpra essa obrigao, no prazo que lhe for fixado, no dever, por esse motivo, continuar suspensa a liquidao do contribuinte [desde que tenha sido feita a comprovao referida no ponto 5 alnea a)], sob

  • IRS 2014 21

    Declarao MoDelo 3

    pena de se afetar os direitos e interesses legtimos dos administrados em termos no adequados e proporcionais aos objetivos a realizar, ferindo-se o princpio da proporcionalidade.

    Assim, deve emitir-se o reembolso a que o contribuinte eventualmente tenha direito, sem embargo de se prosseguir as aes tendentes ao cumprimento da obrigao, nomeadamente desencadeando-se uma ao inspetiva.(Informao vinculativa, Proc. n 5247/05, sancionada por despacho do Senhor Subdiretor-Geral, em substituio do Senhor Diretor-Geral, de 06/12/2005)

    DECLARAES CONSIDERADAS NO CLARAS OU COM FALTAS OU OMISSES

    Sempre que as declaraes no forem consideradas claras ou nelas se verifiquem faltas ou omisses, a Autoridade Tributria e Aduaneira notifica os sujeitos passivos ou os seus representantes para, por escrito, e no prazo que lhes for fixado, no inferior a 5 nem superior a 15 dias, prestarem os esclarecimentos indispensveis.(n. 5 do artigo 57. do CIRS - Lei n. 64-B/2011, de 30/12)

    ASSINATURA DAS DECLARAES

    1 - As declaraes devem ser assinadas pelos sujeitos passivos ou pelos seus representantes, legais ou voluntrios, ou por gestor de negcios, devidamente identificados.

    2 - Sero recusadas as declaraes que no estiverem devidamente assinadas, sem prejuzo das sanes estabelecidas para a falta da sua apresentao.

    3 - Sempre que o cumprimento das obrigaes declarativas se faa por meio de transmisso eletrnica de dados, a certificao da respetiva autenticidade feita por aposio de assinatura eletrnica ou por procedimentos alternativos, consoante o que seja definido em Portaria do Ministro das Finanas.(artigo 146. do CIRS)

    NOTA:As declaraes de rendimentos de IRS, apresentadas por sujeitos passivos casados e no separados judicialmente de pessoas e bens, devem ser assinadas por ambos os cnjuges, como resulta do disposto no artigo 146. do Cdigo do IRS.

    Contudo, no pode ser recusada uma declarao de rendimentos que se mostre assinada por apenas um dos cnjuges, desde que se refira expressamente que este assina por si e pelo outro. A comprovao da impossibilidade de assinatura por um dos cnjuges apenas de exigir em processo onde eventualmente a questo seja expressamente discutida.(cfr. Ofcio-Circular n. X-1/93, de 28/01/93, da ento DGCI)

  • 22 IRS 2014

    Declarao MoDelo 3

    ARQUIVO E CONSERVAO DOS DOCUMENTOS

    Caso se trate de sujeitos passivos de IRS sem rendimentos provenientes de atividades profissionais, comerciais, industriais, agrcolas, silvcolas e pecurios, os documentos indispensveis avaliao da respetiva situao tributria devero manter-se em arquivo e boa ordem, pelo menos, durante o perodo de 4 anos seguintes quele a que os rendimentos respeitam (prazo de caducidade), de acordo com o disposto no n. 3 do artigo 128. do Cdigo do IRS.

    Lembramos que a Administrao Tributria, sempre que entender conveniente, poder, dentro daquele prazo e de acordo com tal normativo, notificar os sujeitos passivos para apresentarem os documentos comprovativos da sua situao pessoal e dos valores declarados, em prazo e local a fixar.

    Tratando-se de sujeitos passivos de IRS com rendimentos abrangidos pela categoria B (rendimentos profissionais, comerciais, industriais, agrcolas, silvcolas e pecurios), o arquivo, tanto dos livros de escriturao como dos documentos com ela relacionados, dever ser mantido em boa ordem durante os doze anos civis subsequentes (cfr. n. 2 do art. 118. do CIRS, com a redao dada pela Lei n. 82-E/2014, de 31/12).

    Quanto a este alargamento do prazo de arquivo e conservao dos livros de escriturao, bem como dos documentos de suporte com ela relacionados, de dez anos para doze anos, entendemos que se aplica apenas quanto aos perodos de tributao que se iniciem em ou aps 1 de janeiro de 2015, tal como foi esclarecido, em situao idntica, em sede de IRC, atravs da Informao Vinculativa, Proc. n. 1995/2014, com Despacho de 2014/10/08 do Diretor-Geral.

  • IRS 2014 23

    Declarao MoDelo 3

    A identificao dos sujeitos passivos deve efetuar-se nos campos 03 e 04 deste quadro 3A onde, para alm dos respetivos nmeros de identificao fiscal, se deve indicar, sendo caso disso, o grau de incapacidade permanente quando for igual ou superior a 60%, desde que devidamente comprovado atravs de atestado mdico de incapacidade multiuso, emitido pela entidade competente, indicando-se ainda, na quadrcula que est reservada para o efeito, se so deficientes das Foras Armadas (FA).

    A indicao do grau de invalidez permanente assume particular importncia na medida em que o Cdigo do IRS prev, no artigo 87., benefcios fiscais para os deficientes, que so calculados automaticamente na liquidao do imposto, de acordo com esse grau.

    A situao pessoal e familiar dos sujeitos passivos relevante para efeitos de tributao aquela que se verificar no ltimo dia do ano a que o imposto respeite (cfr. n. 7 do art. 13. do CIRS, redao que vigorou at 31/12/2014).

    Em cada ano, livre a escolha de qualquer das pessoas, a quem incumbe a direo do agregado familiar, figurar como sujeito passivo A ou como sujeito passivo B.

    DECLARAO MODELO 3

    QUADROS 1 e 2

    MODELO 3

    1

    Servio de Finanas da rea do domiclio fiscal

    do(s) sujeito(s) passivo(s)

    2

    Ano dos rendimentos

    Reservado leitura ptica

    Cdigo do Servio de Finanas

    01 |__|__|__|__|

    02 |2_|__|__|__|

    No campo 01, do quadro 1, deve ser indicado o cdigo do servio de finanas do domiclio fiscal dos sujeitos passivos na data da entrega da declarao.

    O domiclio fiscal das pessoas singulares, conforme a alnea a)do n. 1 do artigo 19. da Lei Geral Tributria, o local da sua residncia habitual. Por sua vez, o artigo 16. do Cdigo do IRS estabelece os critrios de residncia para efeitos deste imposto.

    No campo 02, do quadro 2, deve ser indicado o ano a que respeitam os rendimentos, e no o ano em que apresentada a declarao.

    QUADRO 3A

    3 Composio do agregado familiar A

    Nome(s) do(s) sujeito(s) passivo(s)

    Nmero fiscal de contribuinte

    Deficientes Grau F. A.

    Sujeito Passivo A

    03 |__|__|__|__|__|__|__|__|__|

    ____ |____|

    ___ |___|

    Sujeito Passivo B

    04 |__|__|__|__|__|__|__|__|__|

    ____ |____|

    ___ |___|

  • 24 IRS 2014

    Declarao MoDelo 3

    Feita essa escolha, a identificao dos sujeitos passivos na declarao e nos respetivos anexos dever manter-se uniforme durante esse ano. Nos anos seguintes podero, se assim o entenderem, alterar a posio.

    Porm, em caso de falecimento de um dos cnjuges, o cnjuge sobrevivo, na declarao do ano em que ocorreu o bito, dever, obrigatoriamente, assumir a posio de sujeito passivo A. Por sua vez, o cnjuge falecido ser identificado no quadro 7A, no podendo constar como sujeito passivo B.

    J os rendimentos relativos aos bens transmitidos e correspondentes ao perodo posterior data do bito so considerados, a partir de ento, nos englobamentos a efetuar em nome das pessoas que os passaram a auferir, procedendo-se, na falta de partilha at ao fim do ano a que os rendimentos respeitem, sua imputao aos sucessores e ao cnjuge sobrevivo, segundo a sua quota ideal nos referidos bens (cfr. art. 64. do CIRS).

    Agregado familiar (constituio)

    Para efeitos fiscais, o agregado familiar constitudo:

    pelos cnjuges no separados judicialmente de pessoas e bens e os seus dependentes.

    por cada um dos cnjuges ou ex-cnjuges, respetivamente, nos casos de separao judicial de pessoas e bens ou de declarao de nulidade, anulao ou dissoluo do casamento, e os dependentes a seu cargo;

    pelo pai ou a me solteiros e os dependentes a seu cargo;

    pelo adoptante solteiro e os dependentes a seu cargo.(cfr. n. 3 do art. 13. do CIRS, redao que vigorou at 31/12/2014)

    Agregado familiar (deficiente maior sob tutela de uma irm)

    Maria, por deciso do Tribunal Judicial, foi nomeada tutora de um seu irmo, com 42 anos de idade, que sofre de doena congnita denominada sndrome de "X-Frgil", com uma incapacidade permanente de 95% e inapto para o trabalho e para angariar meios de subsistncia, que apenas aufere mensalmente uma penso inferior ao salrio mnimo nacional, tendo mesmo o Tribunal decretado a sua interdio definitiva, sem condies fsicas nem psquicas para assegurar a sua sobrevivncia.

    A interessada (tutora) solicitou ento Direo-Geral dos Imposto (DGCI) para ser esclarecida se este seu irmo, para efeitos de IRS, pode fazer parte do seu agregado familiar, figurando, consequentemente, na sua declarao de IRS como seu dependente.

    A resposta da AT foi a seguinte:Em resposta ao assunto exposto, informa-se que nos termos da alnea c) do

  • IRS 2014 25

    Declarao MoDelo 3

    n. 4 do artigo 13. do CIRS (redao que vigorou at 31/12/2014), consideram-se dependentes os filhos, adotados, enteados e os sujeitos a tutela, maiores, inaptos para o trabalho e para angariar meios de subsistncia, quando no aufiram rendimentos superiores ao salrio mnimo nacional mais elevado.

    De acordo com o disposto no n. 4 do artigo 87. do CIRS, considera-se pessoa com deficincia aquela que apresente um grau de incapacidade permanente, devidamente comprovado mediante atestado mdico de incapacidade multiuso emitido nos termos da legislao aplicvel, igual ou superior a 60%.

    Assim, para que o seu irmo possa ser considerado como dependente nos termos do artigo 13. do CIRS, necessrio que do atestado de incapacidade multiusos conste a inaptido para o trabalho e para angariar meios de subsistncia.

    Mais se informa que o mesmo dependente no pode constar em mais do que um agregado familiar.(Ofcio n. 25 337, de 02/10/2009, da Direo de Servios do IRS)

    Agregado familiar (dependente com 22 anos de idade que, no ano em que completou o curso do ensino superior, comeou a trabalhar)

    Um agregado familiar tem um filho com 22 anos de idade que completou o curso do ensino superior em julho do corrente ano e comeou a trabalhar em novembro do mesmo ano (trabalho dependente), recebendo um rendimento total de 2500 .

    Este filho, para efeitos fiscais, no ano em que terminou o seu curso, pode ainda fazer parte do agregado familiar desta famlia, e assim constar da declarao de rendimentos modelo 3 do IRS dos seus pais?

    Uma vez que no ano em causa o filho no tem mais de 25 anos de idade, frequentou nesse ano um estabelecimento de ensino superior e no mesmo ano no auferiu um rendimento superior ao valor da retribuio mnima mensal garantida, de considerar no conceito de dependente para efeitos de integrao no agregado familiar, conforme previsto na alnea b) dos n. 4 do artigo 13. do Cdigo do IRS (redao que vigorou at 31/12/2014), uma vez que a lei no exige que, em 31 de dezembro do ano a que o imposto respeita, o dependente ande a frequentar o ensino, mas sim que nesse ano tenha frequentado, nos termos antes indicados.

    Assim, nesse ano, o filho pode ainda continuar a fazer parte do agregado familiar dos seus pais.

    Nesta situao, caso existam despesas suportadas com a educao e/ou sade, devidamente documentadas, so as mesmas dedutveis como tal.

    Por sua vez, os rendimentos obtidos pelo filho (neste caso do trabalho dependente) so de englobar no quadro 4 do anexo A do agregado familiar de

  • 26 IRS 2014

    Declarao MoDelo 3

    que faz parte, j que o mesmo no pode integrar um agregado familiar e ser, no mesmo ano, considerado sujeito passivo autnomo.

    Deficientes (dedues coleta)

    1 - So dedutveis coleta por cada sujeito passivo com deficincia uma importncia correspondente a quatro vezes o valor do IAS (a) e por cada dependente com deficincia, bem como, por cada ascendente com deficincia que esteja nas condies da alnea e) do n. 1 do artigo 79., uma importncia igual a 1,5 vezes o valor do IAS (a).

    2 - So ainda dedutveis coleta 30% da totalidade das despesas efetuadas com a educao e reabilitao do sujeito passivo ou dependentes com deficincia, bem como 25% da totalidade dos prmios de seguro de vida ou contribuies pagas a associaes mutualistas que garantam exclusivamente os riscos de morte, invalidez ou reforma por velhice.

    3 - Nos casos de contribuies pagas para reforma por velhice a deduo depende de o benefcio ser garantido, aps os 55 anos de idade e cinco anos de durao do contrato, ser pago por aquele ou por terceiros, e desde que, neste caso, tenham sido comprovadamente tributados como rendimentos do sujeito passivo, com o limite de 65, tratando-se de sujeitos passivos no casados ou separados judicialmente de pessoas e bens, ou de 130, tratando-se de sujeitos passivos casados e no separados judicialmente de pessoas e bens.

    4 - A deduo dos prmios de seguros ou das contribuies pagas a associaes mutualistas a que se refere o n. 2 no pode exceder 15% da coleta de IRS.

    5 - Considera-se pessoa com deficincia aquela que apresente um grau de incapacidade permanente, devidamente comprovado mediante atestado mdico de incapacidade multiuso emitido nos termos da legislao aplicvel, igual ou superior a 60%.

    6 - dedutvel coleta, a ttulo de despesas de acompanhamento, uma importncia igual a quatro vezes o valor do IAS (a) por cada sujeito passivo ou dependente, cujo grau de invalidade permanente, devidamente comprovado pela entidade competente, seja igual ou superior a 90%.

    7 - Por cada sujeito passivo com deficincia das Foras Armadas abrangido pelo Decreto-Lei n. 43/76, de 20 de janeiro, e pelo Decreto-Lei n. 314/90, de 13 de outubro, que beneficie da deduo prevista no anterior n. 1, , ainda dedutvel coleta uma importncia igual ao valor do IAS (a).

    8 - As dedues previstas nos n.s 1, 6 e 7 so cumulativas.(artigo 87. do CIRS, com a redao dada pela Lei n. 64-B/2011, de 30/12)

    (a) - At que o valor do indexante dos apoios sociais (IAS), institudo pela Lei n. 53-B/2006, de 29 de dezembro, atinja o valor da retribuio mnima mensal garantida

  • IRS 2014 27

    Declarao MoDelo 3

    em vigor para o ano de 2010 ( 475,00), mantm-se aplicvel este ltimo valor para efeito das indexaes previstas nos artigos 12., 17.-A, 25., 79., 83., 84. e 87. do Cdigo do IRS.(cfr. n. 1 do artigo 98. da Lei n. 55-A/2010, de 31/12)

    Deficientes (comprovao da deficincia fiscal relevante)

    Face entrada em vigor do Decreto-Lei n. 291/2009, de 12 de outubro, que alterou e republicou o Decreto-Lei n. 202/96, de 23 de outubro, que estabelece o regime de avaliao de incapacidade das pessoas com deficincia, suscitaram-se dvidas sobre o grau de incapacidade fiscalmente relevante para efeitos de IRS, determinado nos termos do n. 5 do artigo 87. do respetivo Cdigo, tendo sido por despacho do Secretrio de Estado dos Assuntos Fiscais, n. 187/2012-XIX, de 28 de maro, sancionado o seguinte entendimento:

    1 - Os atestados mdicos de incapacidade multiusos emitidos ao abrigo do Decreto-Lei n. 202/96, de 23 de outubro (alterado e republicado atravs do Decreto-Lei n. 291/2009, de 12 de outubro), mantm-se vlidos desde que certifiquem incapacidades definitivas, ou seja, no suscetveis de reavaliao.

    2 - Caso os mesmos atestados comprovem a deteno de uma incapacidade temporria, tendo como condio a reavaliao desta ao fim de determinado prazo, sero igualmente de aceitar como vlidos enquanto estiverem dentro do seu "prazo de validade".

    3 - Nas situaes de reviso ou reavaliao da incapacidade, sempre que resulte desse procedimento a atribuio de grau de incapacidade inferior ao anteriormente certificado, mantm-se inalterado esse outro, mais favorvel ao sujeito passivo, desde que respeite mesma patologia clnica que determinou a atribuio da incapacidade em questo.

    4 - Quando desse mesmo procedimento, resulte a atribuio de grau de incapacidade inferior ao anteriormente certificado, aplicvel a outra patologia, passando a pessoa em causa a considerar-se curada da anterior, o grau de deficincia fiscalmente relevante o grau adquirido desta reviso ou reavaliao.(Ofcio-Circulado n. 20 161, de 11/05/2012, da Direo de Servios do IRS)

    Deficientes (efeitos retroativos do atestado multiusos)

    2 - Os documentos comprovativos da deficincia fiscalmente relevantes s produzem efeitos a partir da data da sua emisso, sendo no entanto considerada, para efeitos de liquidao, a situao pessoal do sujeito passivo em 31 de dezembro de cada ano, sem prejuzo do disposto no nmero seguinte.

    3 - Se os documentos comprovativos da deficincia fiscalmente relevante referirem que aquela expressamente se reporta a data anterior da respetiva

  • 28 IRS 2014

    Declarao MoDelo 3

    emisso, podero os mesmos fundamentar a interposio de reclamao graciosa ou de impugnao judicial contra liquidaes de IRS respeitantes a anos anteriores, desde que ainda decorra prazo legal para o efeito.(cfr. n.s 2 e 3 da Circular n. 15/92, de 14/09/1992, da ento DGCI)

    Sem prejuzo do disposto no n. 9 do artigo 78., do Cdigo do IRS, os dependentes no podem, simultaneamente, fazer parte de mais de um agregado familiar nem, integrando um agregado familiar, serem, no mesmo ano, considerados sujeitos passivos autnomos (cfr. n. 6 do art. 13. do CIRS, com a redao que vigorou at 31/12/2014).

    A situao pessoal e familiar dos sujeitos passivos relevante para efeitos de tributao aquela que se verificar no ltimo dia do ano a que o imposto respeita, ou seja 31 de dezembro do ano a que respeita a declarao (cfr. n. 7 do art. 13. do CIRS, com a redao que vigorou at 31/12/2014).

    Tal como se encontra esclarecido pelo Ofcio-Circulado n. 20 156, de 02/02/2012, da Direo de Servios do IRS, lembramos que, no ano de 2014, os afilhados civis no integram o conceito de agregado familiar, nos termos do artigo 13. do Cdigo do IRS, pelo que no devem ser considerados no preenchimento dos Quadros 3B ou 3C da declarao modelo 3. Porm, a partir de 01/01/2015, com a entrada em vigor das alteraes introduzidas pela Lei n. 82-E/2014, de 31/12, os afilhados civis passaram a ser considerados dependentes, e por isso a fazer parte do agregado familiar, de acordo com a alnea d) do n. 5 do artigo 13. do CIRS.

    Nos casos de divrcio, separao judicial de pessoas e bens, declarao de nulidade ou anulao do casamento, sendo as responsabilidades parentais exercidas por ambos os progenitores, os dependentes (filhos, adoptados e enteados, menores no emancipados, bem como os menores sob tutela) integram o agregado familiar (n. 8 art. 13. do Cdigo do IRS):

    - Do progenitor a que corresponder a residncia determinada no mbito da regulao do exerccio das responsabilidades parentais;

    - Do progenitor com o qual o dependente tenha identidade de domicilio fiscal no ltimo dia do ano a que o imposto respeite, quando, no mbito da regulao do exerccio das responsabilidades parentais, no tiver sido determinada a sua residncia ou no tenha sido possvel apurar a sua residncia habitual.

    B Dependentes no deficientes C Dependentes deficientes

    D 1 NIF |__|__|__|__|__|__|__|__|__| D 3 NIF |__|__|__|__|__|__|__|__|__|

    D 2 NIF |__|__|__|__|__|__|__|__|__| D 4 NIF |__|__|__|__|__|__|__|__|__|

    DD 1 NIF |__|__|__|__|__|__|__|__|__|

    DD 2 NIF |__|__|__|__|__|__|__|__|__|

    |___|

    |___|

    |__|

    |__|

    QUADROS 3B E 3C

  • IRS 2014 29

    Declarao MoDelo 3

    Dependentes no deficientes - Quadro 3B:

    A identificao dos dependentes no deficientes deve ser indicada no quadro 3B atravs de indicao do respetivo nmero de identificao fiscal nos campos numerados com D (D1).

    Importa referir que, no preenchimento dos anexos que constituem a declarao modelo 3, sempre que se solicite a identificao do titular dos rendimentos, dos benefcios e das dedues e este seja um dependente no deficiente, devem mencionar-se os cdigos D1, D2, etc., consoante o caso, de acordo com a atribuio efetuada aquando do preenchimento do quadro 3B.

    Nas declaraes em suporte papel, se o nmero de dependentes no deficientes que se pretende identificar for superior a quatro, deve utilizar-se uma folha adicional que seja fotocpia deste modelo, onde se acrescentaro as identificaes dos dependentes que no couberam na primeira folha, devendo considerar-se como cdigo de identificao, a numerao sequencial, ou seja, D5, D6, etc..

    Dependentes (opo pela tributao autnoma)

    De acordo com o previsto no n. 5 do artigo 13. do Cdigo do IRS, com a redao que vigorou at 31/12/2014,

    - aos filhos, adotados e enteados, menores no emancipados, bem como os menores sob tutela,

    - aos filhos, adotados e enteados, maiores, bem como aqueles que at maioridade estiveram sujeitos tutela de qualquer dos sujeitos a quem incumbe a direo do agregado familiar que, no tendo mais de 25 anos nem auferindo anualmente rendimentos superiores ao valor da retribuio mnima mensal garantida; e

    - aos filhos, adotados, enteados e os sujeitos a tutela, maiores, inaptos para o trabalho e para angariar meios de subsistncia, quando no aufiram rendimentos superiores ao valor da retribuio mnima mensal garantida,

    permitida a opo pela tributao autnoma, exceto se, tratando-se de filhos, adotados e enteados, menores no emancipados, bem como dos menores sob tutela, a administrao dos rendimentos por eles auferidos no lhes pertencer na totalidade.

    Tenha-se em ateno que os dependentes quando optem pela tributao autnoma deixam de poder fazer parte, para efeitos do Cdigo do IRS, do agregado familiar a que pertencem.

    Dependentes menores com mais de 16 anos (podem ser tributados autonomamente relativamente ao produto do seu trabalho)

    Um casal tem uma filha com 17 anos de idade que se encontra a estudar.

  • 30 IRS 2014

    Declarao MoDelo 3

    Porque esta participou numa telenovela, teve que se coletar como trabalhadora independente (atriz) para receber os respetivos honorrios.

    Quando o casal entregar a declarao de rendimentos modelo 3 do IRS pode continuar a fazer constar a filha como fazendo parte do seu agregado familiar, declarando os rendimentos auferidos pela mesma conjuntamente com os dos pais, ou ter a filha que ser tributada autonomamente?

    Uma filha que em 31 de dezembro de determinado ano seja menor de 18 anos considerada como dependente para efeitos fiscais, o que significa que integra o agregado familiar dos pais e que os rendimentos que aufira so declarados conjuntamente com os dos pais. No caso concreto, os rendimentos auferidos pela menor devem constar do anexo B com a indicao, no campo 8 do quadro 3A (do mesmo anexo B), do seu nmero fiscal de contribuinte.

    No entanto, como estamos perante rendimentos (trabalho independente), cuja administrao, nos termos legais, atribuda menor, pode ser exercida a opo prevista no atual n. 6 do artigo 13. do CIRS (era o anterior n. 5 - Lei 82-E/2014, de 31/12), ou seja a filha pode, se assim o entender, apresentar uma declarao em nome dela com os rendimentos por si obtidos, mas nesse caso deixa de poder fazer parte, para efeitos de IRS, do agregado familiar a que pertence, no podendo por isso, nesse ano, constar do nmero de dependentes do quadro 3B da declarao de rendimentos modelo 3 que os pais apresentem.

    Lembramos que os menores carecem de capacidade para o exerccio de direitos (art. 123. do Cdigo Civil). Porm, esta regra comporta excees.

    Efetivamente, o artigo 127. do Cdigo Civil, reporta de excecionalmente vlidos certos atos do menor que se traduzem afinal num exerccio de direitos, nomeadamente (e selecionando apenas aqueles com maior relevncia tributria em sede de IRS), os atos de administrao ou disposio de bens que o menor com mais de dezasseis anos haja adquirido pelo seu trabalho [art. 127., n. 1, alnea a) do Cdigo Civil].

    Quer isto dizer que o menor, nestas circunstncias, dispe de plena capacidade de administrao, ou mesmo pode dispor do produto do seu trabalho e de quaisquer rendimentos produzidos por bens adquiridos com o produto desse trabalho.

    Lgico ser pois, que a lei fiscal se adeqe a este regime reconhecendo ao menor personalidade tributria, traduzida na possibilidade de ser tributado autonomamente ( uma faculdade no uma obrigao), sempre que a administrao dos rendimentos por ele auferidos lhe pertena na totalidade. o que resulta do atual n. 6 do artigo 13. do Cdigo do IRS.

    Contudo, vedada a tributao autnoma ao maior de 16 anos e menor de 18 que aufere isolada ou conjuntamente, rendimentos cuja administrao lhe no pertena na totalidade, integrando, nesse caso, obrigatoriamente o agregado familiar como dependente (cfr. Manual do IRS, editado em 2007 pela ento DGCI, pg. 107).

  • IRS 2014 31

    Declarao MoDelo 3

    Dependentes que no ultrapassem 3 anos de idade at 31 de dezembro do ano a que respeita o imposto (deduo coleta)

    1 - A Lei n. 67-A/2007, de 31 de dezembro, (OE para 2008) Introduziu uma alterao ao artigo 79., n. 3 do CIRS, no sentido de estabelecer a elevao para o dobro da deduo coleta prevista na alnea d) do n. 1, para os dependentes que no ultrapassem 3 anos de idade at 31 de dezembro do ano a que o imposto respeita.

    2 - Considera-se que esto nestas condies os dependentes que, em 31 de dezembro do ano a que o imposto respeita, tenham idade igual ou inferior a 3 anos, ou seja, que nesta data no tenham ainda completado 4 anos de idade.(Informao vinculativa, Proc. 508/99, com despacho concordante do Senhor Diretor-Geral dos Impostos, de 10/02/2009)

    Netos (para efeitos de IRS, no podem ser considerados dependentes do agregado familiar dos avs)

    Um casal tem uma filha maior (que no tem mais de 25 anos), estudante universitria, me solteira, dependente financeiramente e a viver com os avs, ela e a criana.

    Para efeitos de IRS, esta criana pode ser includa no agregado famlia dos avs como dependente?

    O conceito de dependente para efeitos de IRS encontra-se estabelecido no atual n. 5 do artigo 13. do respetivo Cdigo.

    Em nenhuma das situaes previstas nas diferentes alneas daquele normativo est prevista a possibilidade de um neto integrar o agregado familiar dos avs, uma vez que a apenas se referem os filhos, enteados, adotados ou menores sob tutela que preencham as condies indicadas nas referidas alneas.

    Contudo, lembramos que, por Despacho de 25/06/1991, a Administrao Fiscal entendeu que um neto menor pode integrar o agregado dos avs desde que tal resulte de acordo sancionado pelo Tribunal que lhes atribua o exerccio do poder paternal.

    Consequentemente, no se verificando a situao prevista no pargrafo anterior, no caso em anlise no possvel considerar o neto como dependente do agregado familiar dos avs para efeitos de IRS, no obstante existir a dependncia econmica.

    Pr-adoo (efeitos fiscais durante o perodo prvio deciso judicial de adoo)

  • 32 IRS 2014

    Declarao MoDelo 3

    Nos termos do artigo 1973. do Cdigo Civil o vnculo da adoo constitui-se por sentena judicial e, em rigor, s existe aps uma deciso judicial expressa nesse sentido.

    A adoo no um ato instantneo, mas sim um processo constitudo, legalmente, por duas fases:

    - uma, em que o menor entregue ao adotante durante um prazo suficiente para se poder avaliar da convenincia da constituio do vnculo (art. 1974. do Cdigo Civil e art. 9. do Dec. Lei n. 185/93, de 22/5);

    - outra, respeitante ao cumprimento das respetivas formalidades com vista constituio efetiva do vnculo de adoo.

    Na fase denominada "perodo de pr-adoo", o menor fica confiado ao candidato a adotante mediante confiana administrativa, confiana judicial ou medida de promoo e proteo de confiana e pessoa selecionada para adoo (art. 8. do Dec. Lei n. 185/93, de 22/5).

    Decretada ou estabelecida qualquer destas medidas com vista ao cumprimento da fase preliminar do processo de adoo, durante esse perodo, os menores so considerados dependentes para efeitos do artigo 13. do Cdigo do IRS, desde a data em que foi proferida a deciso judicial ou estabelecida a confiana a quem foi selecionado para se constituir adotante.(Informao vinculativa, Proc. 5376/06, com despacho concordante do substituto legal do Diretor-Geral dos Impostos, de 27/12/2006)

    Dependentes deficientes - Quadro 3C:

    Os dependentes deficientes que sejam portadores de grau de incapacidade permanente, igual ou superior a 60%, quando devidamente comprovado atravs de atestado multiusos, devem ser identificados atravs da indicao dos respetivos nmeros de identificao fiscal (NIF) nos campos numerados com as letras DD (DD1).

    Em termos de preenchimento, dever ser indicado o respetivo grau de invalidez permanente quando igual ou superior a 60% e se so deficientes das Foras Armadas (FA).

    As regras de preenchimento que foram indicadas para o quadro 3B tambm se aplicam para os dependentes deficientes, com a diferena de que os respetivos cdigos de identificao tero duas letras (DD) a que se seguir o nmero de ordem respetivo.

    No preenchimento dos anexos que constituem a declarao modelo 3, sempre que se solicite a identificao do titular dos rendimentos ou de dedues e este for um dependente deficiente, devem mencionar-se os cdigos DD1 ou DD2, consoante o caso, de acordo com a atribuio efetuada aquando do preenchimento do quadro 3C.

  • IRS 2014 33

    Declarao MoDelo 3

    Nas declaraes em suporte papel, se o nmero de dependentes que se pretende identificar for superior a 2, deve utilizar-se uma folha adicional que seja fotocpia deste modelo, onde se acrescentaro as identificaes dos dependentes que no couberem na 1 folha, devendo considerar-se como cdigo de identificao a numerao sequencial, ou seja DD3, DD4, etc..

    Dependentes deficientes maiores e inaptos para o trabalho e para angariar meios de subsistncia (comprovao da situao para o efeito)

    Certa contribuinte solicitou Direo de Servios do IRS para ser esclarecida sobre a seguinte situao:

    Por deciso do Tribunal Judicial de Vila Nova de Gaia, fui nomeada tutora do meu irmo, de maior idade, que sofre de doena congnita denominada sndrome de "X-Frgil", com uma incapacidade permanente de 95% e inapto para o trabalho e para angariar meios de subsistncia, que apenas aufere mensalmente uma penso inferior ao salrio mnimo nacional, tendo o Tribunal decretado a sua interdio definitiva, sem condies fsicas nem psquicas para assegurar a sua sobrevivncia.

    Quando me foi passado o respetivo atestado mdico de incapacidade multiusos, a autoridade respetiva no fez constar do mesmo que o meu irmo inapto para o trabalho e para angariar meios de subsistncia (e na altura eu no me apercebi).

    Tendo o Tribunal decretado a sua interdio definitiva, sem condies fsicas nem psquicas para assegurar a sua sobrevivncia, como se pode ver da cpia da sentena que junto envio, mesmo assim, para efeitos fiscais, necessrio que conste tambm do atestado mdico multiusos que o meu irmo inapto para o trabalho e para angariar meios de subsistncia?

    A Direo de Servios do IRS, atravs do seu Ofcio n. 8955, de 02/05/2011, prestou a seguinte informao:

    Em resposta sua carta dirigida a esta Direo de Servios, relativamente ao assunto em epgrafe, informa-se o seguinte:

    So considerados dependentes, para efeitos fiscais, os filhos adotados, enteados e os sujeitos a tutela, maiores, inaptos para o trabalho e para angariar meios de subsistncia, quando no aufiram rendimentos superiores ao salrio mnimo nacional mais elevado, conforme o estabelecido na alnea c) do n. 4, do artigo 13., do Cdigo do IRS (atualmente a alnea c) do n. 5 do art. 13. - Lei 82-E/2014, de 31/12).

    Para comprovar a inaptido para o trabalho e para angariar meios de subsistncia suficiente a Certido emitida pelo Tribunal Judicial da Comarca de Vila Nova de Gaia, considerando que o dependente portador do grau de deficincia

  • 34 IRS 2014

    Declarao MoDelo 3

    de 95%, comprovado pelo atestado mdico de incapacidade multiusos, passado pela entidade competente para o efeito, conforme exigido no artigo 87. do Cdigo do IRS.

    Neste quadro deve indicar o nmero de identificao fiscal do dependente e eventual grau de incapacidade, quando devidamente comprovado atravs de atestado mdico de incapacidade multiuso, bem como o nmero de identificao fiscal do outro progenitor que partilha a responsabilidade parental com o sujeito passivo, na sequncia de divrcio, separao judicial de pessoas e bens, declarao de nulidade ou anulao do casamento, tal como se encontra previsto pelo n. 9 do artigo 78. do Cdigo do IRS, na redao que vigorou at 31/12/2014.

    Os dependentes que se encontrem em guarda conjunta devem ser identificados apenas neste quadro.

    Dependentes em guarda conjunta (deduo coleta)

    Nos casos em que, por divrcio, separao judicial de pessoas e bens, declarao de nulidade ou anulao do casamento, as responsabilidades parentais relativas aos filhos so exercidas em comum por ambos os progenitores, as dedues coleta so efetuadas nos seguintes termos:

    a) 50% dos montantes fixados na alnea d) do n. 1 e n. 3 do artigo 79. e nos n.s 1, 2 e 6 do artigo 87., relativamente a cada dependente;

    b) 50% do limite previsto no n. 4 do artigo 87., respetivamente, por cada dependente;

    c) 50% dos restantes limites quantitativos estabelecidos para as dedues previstas nas alneas b), c), e) e j) do n. 1 deste artigo e no n. 2 do artigo 74. do Estatuto dos Benefcios Fiscais, salvo se no mesmo agregado existirem outros dependentes que no estejam nestas condies.(n. 9 do art. 78. do CIRS, com a redao que vigorou at 31/12/2014)

    D Dependentes em guarda conjunta - n. 9 do art. 78. Identificao dos dependentes

    DG1 NIF |__|__|__|__|__|__|__|__|__| DG2 NIF |__|__|__|__|__|__|__|__|__|

    Deficientes Identificao do outro progenitor

    NIF |__|__|__|__|__|__|__|__|__| NIF |__|__|__|__|__|__|__|__|__|

    Grau |___| |___|

    QUADRO 3D

  • IRS 2014 35

    Declarao MoDelo 3

    Campo 1

    Este campo deve apenas ser assinalado quando se trate da 1. declarao do ano indicado no quadro 2.

    Campo 2

    A declarao de substituio deve ser apresentada pelos sujeitos passivos que anteriormente tenham entregue, com referncia ao mesmo ano, uma declarao de rendimentos com omisses ou inexatides ou quando ocorra qualquer facto que determine alterao de elementos j declarados.

    A declarao de substituio deve conter todos os elementos, como se de uma primeira declarao se tratasse, no sendo aceites aquelas que se mostrem preenchidas apenas nos campos respeitantes s correes que justifiquem a sua apresentao, visto que os dados nela indicados substituem integralmente os da declarao anterior.

    Reposio de salrios (declarao de substituio)

    Certo sujeito passivo (trabalhador por conta de outrem) reps uma verba recebida a mais de vencimento referente ao ano de 2013.

    Porque essa reposio aconteceu no ano de 2014, como proceder regularizao?

    Nos termos do n. 2 do artigo 60. do Cdigo do IRS, sempre que ocorra qualquer facto que determine alterao dos rendimentos j declarados, deve ser apresentada uma declarao de substituio nos 30 dias imediatos sua ocorrncia.

    A reposio de vencimento enquadra-se naquela norma, pelo que deve ser apresentada uma declarao modelo 3 de substituio para o ano de 2013, que se for apresentada no prazo acima referido (30 dias aps a reposio) no est sujeita a coima.

    Substituio da declarao de rendimentos modelo 3 (casos em que h lugar ao pagamento de uma coima)

    1 - As omisses ou inexatides relativas situao tributria que no constituam fraude fiscal nem contraordenao prevista no artigo anterior, praticadas nas declaraes, bem como nos documentos comprovativos dos factos, valores ou situaes delas constantes, (...) so punveis com coima de 375 a 22 500.

    QUADRO 4

    4 Natureza da declarao

    1 declarao do ano 1 |__| Declarao de substituio 2 |__|

  • 36 IRS 2014

    Declarao MoDelo 3

    2 - No caso de no haver imposto a liquidar, os limites das coimas previstas no nmero anterior so reduzidos a um quarto.

    3 - Para os efeitos do n. 1 so consideradas declaraes as referidas no n. 1 do artigo 116. e no n. 2 do artigo 117..(cfr. n.s 1, 2 e 3 do art. 119. do Regime Geral das Infraes Tributrias, com a redao dada pela Lei n. 64-B/2011, de 30/12)

    Porm, os n.s 1, 2 e 3 do artigo 29. do Regime Geral das Infraes Tributrias (RGIT), com a redao dada pela Lei n. 64-B/2011, de 30/12, que consagram o direito reduo das coimas, dizem-nos que:

    1 - As coimas pagas a pedido do agente so reduzidas nos termos seguintes:

    a) Se o pedido de pagamento for apresentado nos 30 dias posteriores ao da prtica da infrao e no tiver sido levantado auto de notcia, recebida participao ou denncia ou iniciado procedimento de inspeo tributria, para 12,5% do montante mnimo legal;

    b) Se o pedido de pagamento for apresentado depois do prazo referido na alnea anterior, sem que tenha sido levantado auto de notcia, recebida participao ou iniciado procedimento de inspeo tributria, para 25% do montante mnimo legal;

    c) Se o pedido de pagamento for apresentado at ao termo do procedimento de inspeo tributria e a infrao for meramente negligente, para 75% do montante mnimo legal;

    2 - Nos casos das alneas a) e b) do nmero anterior, considerado sempre montante mnimo da coima o estabelecido para os casos de negligncia.

    3 - Para o fim da alnea c) do n. 1 deste artigo, o requerente deve dar conhecimento do pedido ao funcionrio da inspeo tributria, que elabora relatrio sucinto das faltas verificadas, com a sua qualificao, que ser enviado entidade competente para a instruo do pedido.

    Quadro prtico da reduo da coima (quando haja imposto a liquidar)

    nos 30 dias posteriores ao da prtica da infrao

    12,5% do montante mnimo legal

    ( 375)

    aps os 30 dias posteriores ao da prtica da infrao

    25% do montante mnimo legal

    ( 375)

    at ao termo do procedimento da inspeo tributria

    75% do montante mnimo legal

    ( 375)

    46,88 93,75 281,25

  • IRS 2014 37

    Declarao MoDelo 3

    NOTA:Todavia, nas situaes a que se refere o n. 1 do artigo 29. do RGIT, e de acordo com o n. 4 do mesmo normativo, aditado pela Lei n. 66-B/2012, de 31/12, pode no ser aplicada coima quando o agente seja uma pessoa singular e desde que, nos cinco anos anteriores, o agente no tenha:

    a) Sido condenado por deciso transitada em julgado, em processo de contraordenao ou de crime por infraes tributrias;

    b) Beneficiado de pagamento de coima com reduo nos termos deste artigo;

    c) Beneficiado da dispensa prevista no artigo 32. (a).

    Lembramos que esta disposio, constante do n. 4 do artigo 29. do RGIT, no se aplica a procedimentos de reduo de coima iniciados at 31 de dezembro de 2012 (cfr. art. 225. da Lei n. 66-B/2012, de 31/12).

    (a) O artigo 32. do RGIT, tem a seguinte redao:

    1 - Para alm dos casos especialmente previstos na lei, pode no ser aplicada coima, desde que se verifiquem cumulativamente as seguintes circunstncias:

    a) A prtica da infrao no ocasione prejuzo efetivo receita tributria;

    b) Estar regularizada a falta cometida;

    c) A falta revelar um diminuto grau de culpa.

    2 - Independentemente do disposto no n. 1, a coima pode ser especialmente atenuada no caso de o infrator reconhecer a sua responsabilidade e regularizar a situao tributria at deciso do processo.

    Substituio da declarao de rendimentos modelo 3 (casos em que no h lugar aplicao de qualquer coima)

    Tendo chegado ao conhecimento desta Direo de Servios, atravs de algumas Direes de Finanas, que no ser uniforme a atuao dos Servios no que respeita ao assunto acima referido, quanto aplicao em concreto das coimas por apresentao de declaraes de substituio modelo 3 de IRS nos termos do n. 3 do artigo 59. do C.P.P.T., nomeadamente da alnea b) e subalneas I, II e III, foi, por despacho de 10/09/2004, do Senhor Diretor-Geral dos Impostos, decidido tendo em conta a necessidade de uniformizao de procedimentos sobre esta matria o seguinte:

    Referindo-se na alnea b) do n. 3 do artigo 59. do C.P.P.T. que apenas esto sujeitas ao procedimento por contraordenao as declaraes apresentadas pelos sujeitos passivos quando delas resulte imposto superior ou reembolso inferior ao anteriormente apurado, no haver lugar aplicao de qualquer coima para as declaraes de substituio apresentadas nos termos e prazos previstos nas subalneas I e II do referido normativo legal sempre que das

  • 38 IRS 2014

    Declarao MoDelo 3

    mesmas resulte uma liquidao de imposto inferior ou um reembolso superior ao anteriormente apurado, para o que se dever efetuar a respetiva simulao de liquidao no ato da receo das referidas declaraes, se necessrio.(cfr. Ofcio-Circulado n. 60 037, de 18/10/2004, da Direo de Servios de Justia Tributria)

    Substituio da declarao de rendimentos modelo 3 (local de apresentao das declaraes de substituio)

    As declaraes de substituio, quando apresentadas em suporte papel, no que se refere ao local de apresentao, o n. 4 do artigo 59. do C.P.P.T. dizia que, nestes casos, as mesmas deviam ser apresentadas no servio local da rea do domiclio fiscal dos sujeitos passivos. Dado que este normativo foi entretanto revogado pelo Lei n. 64-B/2011, de 30/12, (OE para 2012), afigura-se-nos que tais declaraes, quando entregues dentro do prazo legal, podem agora ser apresentadas em qualquer servio de finanas. O n. 1 do artigo 61. do CIRS, que se refere ao local de entrega das declaraes, no distingue, para tal efeito, a 1. declarao do ano da declarao de substituio.

    Porm, se a declarao de substituio for entregue fora do prazo legal, quando apresentada em suporte de papel, deve ser entregue no servio de finanas do domiclio fiscal do sujeito passivo.

    Substituio da declarao de rendimentos modelo 3 (prazo para a sua apresentao em caso de erro de facto ou de direito)

    3 - Em caso de erro de facto ou de direito nas declaraes dos contribuintes, estas podem ser substitudas:

    a) Seja qual for a situao da declarao a substituir, se ainda decorrer o prazo legal da respetiva entrega;

    b) Sem prejuzo da responsabilidade contraordenacional que ao caso couber, quando desta declarao resultar imposto superior ou reembolso inferior ao anteriormente apurado, nos seguintes casos:

    I) Nos 30 dias seguintes ao termo do prazo legal, seja qual for a situao da declarao a substituir;

    II) At ao termo do prazo legal de reclamao graciosa ou impugnao judicial do ato de liquidao, para a correo de erros ou omisses imputveis aos sujeitos passivos de que resulte imposto de montante inferior ao liquidado com base na declarao apresentada;

    III) At 60 dias antes do termo do prazo de caducidade, para a

  • IRS 2014 39

    Declarao MoDelo 3

    correo de erros imputveis aos sujeitos passivos de que resulte imposto superior ao anteriormente liquidado.

    5 - Nos casos em que os erros ou omisses a corrigir decorram de divergncia entre o contribuinte e o servio na qualificao de atos, factos ou documentos invocados, em declarao de substituio apresentada no prazo legal para a reclamao graciosa, com relevncia para a liquidao do imposto ou de fundada dvida sobre a existncia dos referidos atos, factos ou documentos, o chefe de finanas deve convolar a declarao de substituio em reclamao graciosa da liquidao, notificando da deciso o sujeito passivo.(cfr. n.s 3 e 5 do art. 59. CPPT)

    Substituio da declarao de rendimentos modelo 3 (procedimento dos Servios quando se trate de erros detetados pelos mesmos)

    Tm vindo a surgir algumas queixas de contribuintes pelo facto de, aquando da fiscalizao pelos Servios dos elementos constantes das declaraes modelo 3 de IRS, serem convidados a apresentar declaraes de substituio nos casos em que se verifica a existncia de omisses ou incorrees, vindo s mais tarde a ter conhecimento do respetivo procedimento contraordenacional.

    Tendo em ateno o dever de colaborao recproco existente entre os rgos da Administrao Tributria e os contribuintes, consignado no artigo 59. da L.G.T., chama-se a especial ateno dos Servios para o seguinte:

    1 - O n. 4 do artigo 65. do Cdigo do IRS permite que a Administrao Tributria proceda correo dos elementos declarados pelo contribuinte sempre que, no havendo lugar fixao dos rendimentos, existam erros evidenciados nas prprias declaraes ou quando ocorram divergncias na qualificao dos atos, factos ou documentos com relevncia para a liquidao do imposto.

    Tal facto no retira, no entanto, ao contribuinte a possibilidade de, aquando da realizao pelos servios da anlise da declarao e dos respetivos documentos de suporte, nos casos em que seja alertado para a existncia de incorrees, poder voluntariamente proceder a uma retificao dos elementos anteriormente declarados, mediante a apresentao de uma declarao de substituio nos termos do n. 3 do artigo 59. do C.P.P.T..

    2 - O convite formulado ao contribuinte para que proceda a esta retificao, mediante a apresentao de uma declarao de substituio, insere-se no mbito do dever de colaborao da Administrao Tributria, no sentido de lhe permitir o correto cumprimento das suas obrigaes fiscais.

    3 - No entanto, a apresentao de declaraes de rendimentos, ainda que de substituio, fora dos prazos estipulados para o efeito no artigo 60. do Cdigo do IRS, constitui uma infrao tributria, tal como a mesma definida no artigo 2. do Regime Geral das Infraes Tributrias (RGIT), aprovado pela Lei n. 15/2001, de 5 de junho, pelo que h lugar ao pagamento de uma coima.

  • 40 IRS 2014

    Declarao MoDelo 3

    4 - Este convite apresentao de uma declarao de substituio, tem assim, como objetivo permitir ao contribuinte regularizar voluntariamente a sua situao tributria, de uma forma menos onerosa, atravs de:

    a) Uma reduo do montante da coima, nos termos dos artigos 29. e 30. do R.G.I.T.;

    b) Uma reduo do montante dos juros compensatrios que forem devidos, nos casos em que da correo resulte imposto a pagar ou a reposio de reembolso recebido, uma vez que estes so contados at data em que for apresentada a declarao de substituio ou, caso contrrio, at data em que for levantado o auto de notcia, nos termos do artigo 35. da Lei Geral Tributria.

    5 - No entanto, o contribuinte no est obrigado a entregar esta declarao de substituio, at porque pode no concordar com a qualificao feita pela Administrao Tributria dos atos, factos ou documentos, que estejam na origem das correes.

    6 - E nesse caso devero os servios competentes proceder alterao dos elementos declarados pelo contribuinte, notificando-o previamente do projeto de deciso de alterao, com a respetiva fundamentao, para efeito do exerccio do direito de audio, previsto no artigo 60. da L.G.T., sem prejuzo do levantamento do auto de notcia que servir de base ao procedimento contraordenacional.

    7 - A fim de evitar que tais queixas se repitam, devero os servios a que se encontram atribudas as funes de anlise das declaraes, agir no sentido de:

    a) Serem claramente apresentados aos contribuintes os fundamentos das incorrees verificadas nas declaraes;

    b) Convidar os contribuintes a proceder s correes que se mostrarem necessrias mediante a apresentao de uma declarao de substituio, explicando-lhes as suas implicaes (nomeadamente com referncia ao pagamento da coima), bem como as vantagens desse procedimento, tanto no que respeita ao montante da coima a pagar como ao clculo dos juros compensatrios;

    c) Simultaneamente imprimir uma dinmica ao longo de todo o procedimento de modo a diminuir o perodo de tempo que decorre entre a realizao da anlise e o tratamento da informao subsequente, no sentido de no ser retardado o apuramento do imposto em falta ou dos reembolsos que se mostrem devidos, consoante os casos, evitando assim tanto o atraso na arrecadao da receita devida como o aumento dos encargos, nomeadamente com o pagamento de juros indemnizatrios, nos termos em que dispe o artigo 16. do Decreto-Lei n. 42/91, de 22 de janeiro, com a redao que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n. 160/2003, de 19 de julho.(Ofcio-Circulado n. 20 089, de 10/12/2003, da Direo de Servios do IRS)

  • IRS 2014 41

    Declarao MoDelo 3

    A residncia a que se refere este quadro 5 a que respeitar ao ano a que se reporta a declarao, de acordo com o disposto nos artigos 16. e 17. do Cdigo do IRS, e no quele em que apresentada.

    O quadro 5A destina-se a ser preenchido pelos residentes em territrio portugus (Continente, Regio Autnoma dos Aores e Regio Autnoma da Madeira).

    O campo 1 (Continente) deve ser assinalado pelos sujeitos passivos residentes em territrio portugus que, segundo as regras do artigo 17. do Cdigo do IRS, no podem ser considerados residentes nas Regies Autnomas.

    O campo 2 destina-se a ser assinalado por quem, no ano a que respeita o imposto, tenha sido residente na Regio Autnoma dos Aores.

    O campo 3 destina-se a ser assinalado por quem, no ano a que respeita o imposto, tenha sido residente na Regio Autnoma da Madeira.

    O quadro 5B destina-se a ser preenchido pelos no residentes, os quais devem assinalar o campo 4 e indicar o nmero de identificao fiscal do respetivo representante no campo 5, nomeado nos termos do artigo 130. do Cdigo do IRS.

    Se reside noutro Estado da Unio Europeia e no nomeou representante em territrio nacional, tal como lhe permite o n. 2 do artigo 130. do CIRS, com a redao dada pela Lei n. 64-B/2011, de 30/12, indique o cdigo do pas da residncia de acordo com a tabela disponvel que se encontra a anotar o Quadro 6 do anexo J, com o ttulo "Lista de Pases, Territrios ou Regies e respetivos cdigos".

    Campos 4 e 5

    Os no residentes (salvo se residirem noutro Estado membro da Unio Europeia ou no Espao Econmico Europeu, desde que neste ltimo caso esse Estado membro esteja vinculado a cooperao administrativa no domnio da fiscalidade equivalente estabelecida no mbito da UE), tero obrigatoriamente de indicar o nmero fiscal de contribuinte do seu representante, nomeado nos termos do artigo 130. do Cdigo do IRS.

    QUADRO 5

    OR

    IGIN

    AL

    PAR

    A A

    AT

    MO

    DE

    LO E

    M V

    IGO

    R A

    PA

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    R D

    E J

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    E 2

    015

    Os

    dado

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    e

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    Inte

    rnet

    dev

    endo

    , cas

    o ai

    nda

    no

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    uam

    , sol

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    etiv

    a se

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    epr

    oced

    er

    sua

    cor

    re

    o ou

    adi

    tam

    ento

    nos

    term

    os d

    as le

    is tr

    ibut

    ria

    s.

    AUTENTICAO DA RECEO

    10

    ANTES DE PREENCHER LEIA ATENTAMENTE TODO O IMPRESSO E CONSULTE AS INSTRUES

    Sujeito Passivo B

    COMPOSIO DO AGREGADO FAMILIAR

    Sujeito Passivo A

    NOME(S) DO(S) SUJEITO(S) PASSIVO(S)

    6 ESTADO CIVIL DO(S) SUJEITO(S) PASSIVO(S)

    Casados Separado de facto Unidos de facto

    B

    SERVIO DE FINANAS DA READO DOMICLIO FISCAL

    DO(S) SUJEITO(S) PASSIVO(S)1

    Cdigo do Servio de Finanas

    RESERVADO LEITURA TICAANO DOSRENDIMENTOS2MINISTRIO DAS FINANAS

    DECLARAO DE RENDIMENTOS - IRS

    MODELO 3

    AUTORIDADE TRIBUTARIA E ADUANEIRA

    NMERO FISCAL DE CONTRIBUINTEDEFICIENTES

    NIF

    NIF

    NIF

    GRAU F.A.

    Declarao de substituio

    1. declarao do ano

    5RESIDENTESA

    RESIDNCIA FISCAL

    NO RESIDENTEB

    Pretende a tributao pelo regime geral ou opta por um dos regimes abaixo indicados

    NIF/NIPC

    Total dos rendimentosobtidos no estrangeiro

    PasOpo pelas regras dos residentes - art. 17.A do CIRS

    8

    Regime no casados 10 11Regime Tributao Conjunta

    12 . . ,

    13

    REPRESENTANTE4

    6 7

    9

    Se reside na Unio Europeia ou no Espao Econmico Europeu indique:

    Continente 1 R. A. Aores 2 R. A. Madeira 3

    AssinaturaQuando a declarao for entregue por um representante ou gestor de negcios:

    NIF

    B)Assinatura

    A)

    ____________ /_______ /_______

    AssinaturaData O(s) Declarante(s)

    A PRESENTE DECLARAO CORRESPONDE VERDADE E NO OMITE QUALQUER INFORMAO

    R. P.

    3

    5

    1 2 4

    RESIDNCIA EM PAS DA UE

    NIF

    NIF

    C

    3

    4DEPENDENTES EM GUARDA CONJUNTA-N. 9 do art. 78 do CIRS NATUREZA DA DECLARAO

    IDENTIFICAODOS DEPENDENTES

    IDENTIFICAODO OUTRO PROGENITOR

    Opo pelas taxas gerais do art. 68. do CIRS - Relativamente aos rendimentos no sujeitos areteno liberatria - Art. 72., n. 9 do CIRS

    02 201

    DEFICIENTES

    GRAU

    A

    NIF

    D

    DEPENDENTES NO DEFICIENTES

    DD2

    DEPENDENTES DEFICIENTES

    NIF

    NIF

    DD1

    2

    1

    PRAZOS ESPECIAIS

    1

    2

    DiaMsAno

    3

    DiaMsAno

    7

    DATAS:

    A declarao de substituio foi entregue dentro do prazode reclamao graciosa ou de impugnao judicial?

    9

    8Limite do prazo de entrega

    Da receo

    Nmero de lote

    Nmero da declarao

    10 RESERVADO AOS SERVIOS

    O Chefe do Servio:

    Se respondeu SIM:

    - Vai ser convolada em processo de reclamao

    Prazos especiais: n. 2 do art. 60. ou n. 2do art. 31.-A do CIRS. Esto cumpridos osrequisitos:

    43SIM NO

    2NOSIM 1

    65SIM NO

    B ASCENDENTES EM COMUNHO DE HABITAO COM SUJEITO PASSIVO

    7A SOCIEDADE CONJUGAL - BITO DE UM DOS CNJUGES

    INFORMAES DIVERSAS

    DEFICIENTEGRAU

    DEFICIENTEGRAU

    DEFICIENTEGRAU F.A.NMERO FISCAL DE CONTRIBUINTE

    AS2

    9

    AS1

    Solteiro, vivo, divorciadoou separado judicialmente

    NIFAC2

    ASCENDENTES E COLATERAIS AT 3 GRAU EM ECONOMIA COMUM

    AFILHADOS CIVIS EM COMUNHO DE HABITAO COM SUJEITO PASSIVOCAF1 AF2NIF NIF

    REEMBOLSO POR TRANSFERNCIA BANCRIADNIB - O nmero de identificao bancria deve pertencer ao sujeito passivo A e/ou B

    NIF

    NIF

    NIFAC1

    E

    1

    D1

    D2

    DG1

    DG2

    D3

    D4

    NIF

    NIF

    04

    03

    8 ANEXOS Quantidade Quantidade

    Anexo DAnexo E

    Anexo B

    Anexo C

    Anexo A

    Anexo F

    Anexo I

    Anexo G1Anexo H

    Anexo G

    Anexo J

    6

    5

    4

    1

    3

    2

    12

    11

    10

    13

    8

    ANEXOS

    7

    Anexo LOutros documentos

    9

    Prazo especial (n. 2 art. 60.do CIRS)

    Data do facto que determinouo prazo especial

    Prazo especial (n. 2 art. 31.-Ado CIRS)

  • 42 IRS 2014

    Declarao MoDelo 3

    Tenha-se em ateno que, segundo o disposto no n. 1 do artigo 124. do Regime Geral das Infraes Tributrias, com a redao dada pela Lei n. 64-B/2011, de 30/12 (OE para 2012), a falta de designao de uma pessoa com residncia, sede ou direo efetiva em territrio nacional para representar, perante a administrao tributria, as entidades no residentes neste territrio, bem como as que, embora residentes, se ausentem do territrio nacional por perodo superior a seis meses, no que respeita a obrigaes emergentes da relao jurdico-tributria, bem como a designao que omita a aceitao expressa pelo representante, punida com coima de 75 a 7500.

    Representante fiscal dos no residentes (em que casos a sua designao obrigatria ou meramente facultativa)

    1 - Os no residentes que obtenham rendimentos sujeitos a IRS, bem como os que, embora residentes em territrio nacional, se ausentem deste por um perodo superior a seis meses devem, para efeitos tributrios, designar uma pessoa singular ou coletiva com residncia ou sede em Portugal para os representar perante a Autoridade Tributria e Aduaneira e garantir o cumprimento dos seus deveres fiscais.

    2 - O disposto no nmero anterior no aplicvel, sendo a designao de representante meramente facultativa, em relao a no residentes de, ou a residentes que se ausentem para, Estados membros da Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu, neste ltimo caso desde que esse Estado membro esteja vinculado a cooperao administrativa no domnio da fiscalidade equivalente estabelecida no mbito da Unio Europeia.

    3 - A designao a que se referem os nmeros anteriores feita na declarao de incio de atividade, de alteraes ou de registo de nmero de contribuinte, devendo nela constar expressamente a sua aceitao pelo representante.

    4 - Na falta de cumprimento do disposto no n. 1, e independentemente da sano que ao caso couber, no h lugar s notificaes previstas neste Cdigo, sem prejuzo dos sujeitos passivos poderem tomar conhecimento das matrias a que as mesmas respeitariam junto do servio que, para o efeito, seja competente.(artigo 130. do CIRS, com a redao dada pela Lei n. 64-B/2011, de 30/12)

    Campos 6 e 7

    Os residentes noutro Estado membro da Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu, desde que, neste ltimo caso, exista intercmbio de informaes em matria fiscal, podem optar pela aplicao das regras gerais (campo 6) ou por um dos regimes referidos nos campos 8 ou 9 (cfr. n. 9 do art. 72. do CIRS).

    Assinalando o campo 7, deve indicar no campo 12 o total dos rendimentos obtidos no estrangeiro e no campo 13 o cdigo do pas da residncia fiscal.

    Para efeitos de determinao