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IXJornadadeIniciaçãoCientíficadaEscoladaCidade

AJornadadeIniciaçãoCientíficaépromovidaanualmente,desde2009,pelaEscoladaCidadecomooportunidadededifusãoedebatedepesquisasdesenvolvidasnagraduaçãodaprópriaescola.Emsua IX edição, a Jornada do ano de 2017 se reafirma como esse espaço prolífico de debateinicialmente idealizado, evidenciandoadiversidadee asmúltiplaspossibilidades assumidaspelapesquisadegraduaçãoemarquiteturaeurbanismo.Buscandoampliarsuasconquistaseobjetivos,o evento deste ano mantém a rica experiência iniciada em 2014, abrindo espaço para aapresentaçãodepesquisasdeiniciaçãocientíficadasáreasdearquiteturaeurbanismo(eafins)nãoapenas desenvolvidas na Escola da Cidade como também por alunos de outras universidades,faculdadeseescolasdeensinosuperior.Apossibilidadedodiálogosobreostrabalhosrealizadospelosalunoséumaoportunidadeúnicadeampliaçãodasperspectivasdedebate,fundamentalparao adensamento do pensamento crítico no âmbito da pesquisa cientifica em arquitetura eurbanismo.

Diantedosucessodosúltimosanosedaaltaprocuradosjovenspesquisadores,aComissãodaIXJornadadeIniciaçãoCientificadaEscoladaCidadeentendeuqueaampliaçãodasmesasseriaumganho positivo para alunos e docentes. Neste sentido, a IX Jornada de Iniciação Científica foiorganizadacom15mesas,quereúnemmaisde70pesquisasdealunosdegraduaçãodetodopaís,equecontamcomoscomentáriosdeprofissionaisdedestaqueemseuscamposdeatuação.

AmesaPolíticasdehabitação-estratégiasedebates,quecontacomaparticipaçãodaProfessoraDra.AnaPaulaKoury,docentedaUSJT,buscadebatersentidosesignificadosemtornodaspolíticashabitacionaisdeinteressesocialdogovernobrasileiro,trazendoàtonatambémreflexõessobreodireito à cidade, cultura e memória. Nesse sentido, os trabalhos abordam a requalificação oureconstruçãodasfavelas,oPlanoPilotodeOlinda(PE),aspolíticasehabitaçõesdeinteressesocialno município de Jundiaí e a política habitacional do Distrito Federal. Já na mesa Arquitetura,memóriaepaisagemurbana,aprofessoraDra.FláviaBritodoNascimento,docentedaFAU-USP,abordaoolharparaapaisagemurbanaesuasedificaçõesentrelaçandorelaçõesdememória,usoeocupaçãodoterritórioapartirdosseguintestrabalhos:olevantamentoarquitetônicodaComissãodeTerraseColonização(RS),18edifíciosartdéco(SP),osedifíciosartdécoemSantaRosa(RS),referenciaisdepaisagemdopercurso“PassosdeAnchieta”(ES)eamesquitaárabe(SP).

Deumoutro viés, amesaPercepção e conforto do ambiente construídobusca discutir, comaprofessora convidada Dra. Andrea Bazarian Vosgueritchian, docente da FAAP, um conjunto depesquisasqueavaliaoconfortoambientaldosequipamentosurbanos,comoastemperaturasnascalçadasdazonanoroestedeSantos(SP),asdiretrizesprojetuaisemprojetosdehabitaçãosocial,oconfortotérmicodashabitaçõesempalafitasemSantos (SP),após-ocupaçãodosmodelosdearquiteturahospitalarnamesmacidadeeomapeamentoacústicodacidadedeRecife(PE).

Ao tratar das experiências das políticas urbanas brasileiras contemporâneas (a nível federal,estadualemunicipal)queimpactamavidadapopulaçãolocal,amesaPolíticasetransformaçõesurbanasemquestãocontacomaparticipaçãodaprofessoraDra.PaulaFreireSantoro,docentedaFAU-USP.Nesseescopo,ostrabalhosaquireunidosdiscutemaSubcomissãodaPolíticaUrbanaedeTransportesnaConstituintede1988,aszonasperiféricassulesudestedacidadedeJoãoPessoa(PB),aáreaportuáriadoCaisMauá(PA)eBeloMonte(PA),alémdaexperiênciadegreenbelts,nosEstadosUnidos.Contribuindosignificativamenteparaoadensamentododebatelatino-americanosobrearquiteturasobretudoentreasdécadasde1930e1970,amesaArquiteturaemdebatenaAméricaLatina,quecontacomaparticipaçãodaconvidadaprofessoraDra.NilceAravecchiaBotas,daFAU-USP,abordatrabalhosquediscutemapolêmicaemtornodomodernismoedaarquiteturatropical no Brasil na década de 1930, o tema da habitação e cidade na revista el ArquitectoPeruano (1937-1977), aproduçãodahistóriaedahistoriografiaemLatinAmericanArchitecture

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since1945,aobraresidencialdeSeverianoPorto,emManaus,eaanálisedesuperfíciesativasdouruguaioEladioDiestesobaóticadaparametria.

EmOutrasterritorialidadesecartografias,oprofessorconvidadoFábioLopes,doutoredocentedoIAU-USP,discuteasterritorialidadesculturaisemdiferentescontextosdomundo.Amesapropiciareflexõessobreostrajetosinvestigativosarespeitodosmapascaricaturaisarticuladosàsimagenspúblicas de bairros de Campinas, das cartografias femininas como prática espacial da cidadecontemporânea,dacartografiadasterritorialidadesculturaisentreSãoPauloeLisboae,emborademaneira distinta, da Jungle de Calais (Abrigo de Calais), um acampamento improvisado derefugiadosemigrantes,queselocalizanumterrenobaldionazonaportuáriadacidadedeCalais,naFrança.JáaprofessoraDra.MonicaJunqueiradeCamargo,docentedaFAU-USP,emModosdemorar e pensar projetualmente a habitação, conduz discussão sobre um conjunto de trajetosinvestigativos que sinalizam diferentes modos de morar e projetos processuais não apenas dearquitetosconsagrados,mastambémdeexperiênciascolaborativaseassociadasaosusuáriosdosedifícios.Paratanto,ostrabalhosaquiapresentadosanalisamoedifíciomodularemsérie(Gemini,LarkeCoronet),osedifíciosGuapiraeHicatu,oConjuntoResidencialJardimAnaRosaeoCasodoJardimdasBandeiras,emSãoPaulo,asobrasdoarquitetoaustro-americanoRichardNeutra,nosEstadosUnidos,easquestõesdegêneroarticuladasàsdiferentesexpressõesnomododemorar.

EmCultura visual e cidade, a professora Dra. CristinaMeneguello, docente do IFCH-UNICAMP,comenta um conjunto de investigações sobre imagens de cidades, a partir de fotografias e docinema, que traz à baila discussões sobre o uso da fotografia como documento em diferentescontextos,asinterpretaçõesdasfontesvisuais,históriaeidentidadeurbanas.OstrabalhosversamsobreosriosdeSãoPauloentreofimdoséculoXIXemeadosdoséculoXX,leiturasfotográficasdocotidianodeontemedehoje, as fotografiasdeAugustoMaltada cidadedoRiode Janeiroem“regeneração”, o cinema comomeio de reflexão da cidade e a identidade urbana de Berlim. AmesaFinanciamento,gestãourbanaepolíticaspúblicascontacomaparticipaçãodaconvidadaprofessoraDra.LucianadeOliveiraRoyer,daFAU-USP,quecomentaráumconjuntodetrabalhosdedicadosaofinanciamentodacidade,àsnovasestratégiasdemobilizaçãoeproduçãohabitacional,aos desafios e perspectivas de utilização do instrumento operação urbana e às ocupações demoradiasapartirdaOcupaçãoPrestesMaia,emSãoPaulo. A convidada professoraMs. Isadora Guerreiro, do Usina CTHA, participará damesa Trabalho emodosdeproduçãodoespaçoquetrazàtonapesquisasreferentesaoscanteirosdeobra,lançandoluzsobreseusdesdobramentos,processosearticulações.Paratanto,ostrabalhosreunidosversamsobreumaanálisecríticadapré-fabricação,omaterial,assessoriatécnicanaVilaAcabaMundo,aparticipaçãodamulhernos casosdos conjuntosUniãode JutaeRiodasPedrasea situaçãodooperário na construção civil no Brasil. Em Narrativas da vida urbana -mapeamentos, táticas eexperimentações,oprofessorconvidadoDr.RenatoCymbalista,daFAU-USP,discutepesquisasqueabordam narrativas urbanas, as práticas artísticas de Francis Alÿs como representação dametamorfoseurbana,umapropostadeurbanismotáticoparaSãoMigueldoOesteeasaventurasdeumpersonagemfictícionacidadedeSãoPaulocontadasemgibi. Com a participação da professora Dra. Catherine Otondo, a mesa Acessibilidade, inclusão ediversidade corporal pretende comentar questões de ergonomia, estímulo sensitivo eacessibilidadeurbanatantoemprojetosdearquiteturaquantoemrelaçãoàhistóriadainclusãodepessoas com deficiência física por meio de uma arquitetura acessível. A professora Dra.MariaBeatrizCruzRufino,daFAU-USP,conduzamesaProcessosurbanos:atoreseimpactosquecolocaráemdebateasmetamorfosesurbanasapartirdoprocessodeocupaçãodoMunicípiodeMauá(SP),dopoloarquitetônicoCidadePirelli,emSantoAndré (SP),daquestãodoespaçopúbliconaVilaItororó (SP) e da configuração de bairros próximos à Instalação Penitenciária do Samaritá (SãoVicente, SP). A mesa Trajetórias profissionais e pensamento arquitetônico, que conta com aparticipaçãodaprofessoradaDra.JoanaMello,daFAU-USP,realizaumareflexãosobretrajetórias

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e pensamentos arquitetônicos a partir dos espaços da Escola do Porto e da Escola Paulista, daexperiênciadeMayumiSouzaLima,emSãoPaulo,doempregodeestruturasmetálicasdeEduardodeAlmeidaedosarquivosdeÍcarodeCastroMelloeLinaBoBardi. Por fim, a convidada professora Dra. Ana Castro, da FAU-USP, discute na mesa Leituras eapropriaçõesculturaisdoespaçourbanocomosedáaarticulaçãodotemadosmodosdevivercomoscenáriosurbanoseculturaisnoBrasil.Nessesentido,ostrabalhosaquireunidosanalisamOrfeudeConceição,asinterligaçõesentrepensamentocoreográficoeumprojetodecidade,ocorponocenáriourbano,aescadarolantecomo íconeecomopensarporviadaculturaahabitaçãoeosmodosdevivernametrópolecontemporânea. ComissãocientíficaProfa.Ms.AmáliaCristovãodosSantosProfa.Dra.AnnaBeatrizAyrosaGalvãoProf.Dr.EduardoCostaProfa.Dra.FernandaPittaProfa.Dra.GloriaKokProf.Dr.LuisOctaviodeFariaeSilvaProfa.Ms.MairaRiosProfa.Dra.MariannaBoghosianAlAssalProf.Ms.PedroBeresinSchlederFerreiraProf.Ms.PedroLopes

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Programação17deoutubrode2017/13h-19h30EscoladaCidadeRuaGeneralJardim,65VilaBuarque/MetroRepublicaMesa1(13h-15h/2oandar)Políticasdehabitação-estratégiasedebatesComentário:Profa.Dra.AnaPaulaKoury(USJT)Coordenação:Prof.Dr.LuisOctaviodeFariaeSilva(EC/USJT)1.Favela:reconstruirourequalificarSandraAparecidaRufino(UniversidadeAnhembiMorumbi)Orientação:Prof.Dr.RobertoAlfredoPompéia(EC/UniversidadeAnhembiMorumbi)2.Morarnopatrimônio-direitoàcidade,culturaememória:agestãodopatrimônioculturalnoPlanoPilotodeOlinda(PE)BeatricePerraciniPadovan(EC/BolsasPE-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Prof.Ms.PedroBeresinSchlederFerreira(EC)3.AnálisedashabitaçõesdeinteressesocialnomunicípiodeJundiaí(SP)apósaextinçãodoBancoNacionaldeHabitação(BNH)JanaynaPriscillaVieiraGuimarães(Unianchieta/ProgramaInstitucionaldePesquisaeIC)Orientação:Prof.Ms.PedroRenanDebiazi(Unianchieta)4.ArecenteproduçãohabitacionalpromovidapelosprogramasdeGovernoeascontribuiçõesparaahistóriadacasabrasileira-ocasodoDistritoFederalEltonSaleseUbiratãFogaça(Faciplac)Orientação:Profa.Dra.FrancineyCarreirodeFrança(Faciplac)5.EstudosereflexõesparaimplantaçãodehabitaçãodeinteressesocialnomunicípiodeJundiaí(SP)SimoneShinzatoColevati(Unianchieta)Orientação:Prof.Ms.PedroRenanDebiazi(Unianchieta)Mesa2(13h-15h/3oandar)Arquitetura,memóriaepaisagemurbanaComentário:Profa.Dra.FlaviaBritodoNascimento(FAU-USP)Coordenação:Prof.Dr.EduardoCosta(EC)1.LevantamentoarquitetônicodaComissãodeTerraseColonizaçãoEstefaniCarolineBasso(InstitutoFederalFarroupilha/CNPq)Orientação:Profa.Dra.AnaClaudiaBöerBreier(InstitutoFederalFarroupilha)2.18edifíciosartdécoIsabela Moraes, Olívia Tavares, Ottavio Paponetti, Paloma Neves (EC / Bolsas PA - ConselhoCientíficoEC)Orientação:Profa.Dra.MariannaBoghosianAlAssal(EC)3.ArtdécoemSantaRosa(RS):OcasodasedificaçõesproduzidaspelaConstrutoraMedaglianaAvenidaRioBrancoBiancaCristinaSalingeHayattHusamMansour(InstitutoFederalFarroupilha)Orientação:Profa.Dra.AnaClaudiaBöerBreier(InstitutoFederalFarroupilha)4.Identificaçãodosreferenciaisdapaisagemassociadosaopercurso“PassosdeAnchieta”(ES)LuayzaPaulaPerimdeOliveira(UFES/ProgramaInstitucionaldeIC-UFES)Orientação:Profa.Dra.EneidaMariaSouzaMendonça(UFES)5.AmesquitacomorepresentaçãodaculturaárabeemSãoPauloHenriqueGarciaPrado(USJT)Orientação:Profa.Dra.AndréadeOliveiraTourinho(USJT)

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Mesa3(13h-15h/4oandar)PercepçãoeconfortodoambienteconstruídoComentário:Profa.Dra.AndreaBazarianVosgueritchian(FAAP)Coordenação:Profa.Ms.AnarritaBuenoBuoro(EC)1.AnálisedastemperaturasemprojeçõesdesombraseradiaçãosolardiretanascalçadasnosbairrosdazonanoroestedeSantos-SPFabrícioBonifácio,MarceloDorneleseVictorLuongo(Unimonte)Orientação:Prof.Ms.ThiagodosSantosGarcia(UNIP/Unimonte)2.Confortoambientalemprojetosdehabitaçãosocial:análisedediretrizesprojetuaisAnitaLouiseBragaDelmasdeLimaeYanMarlonNascimentoBarros(UniversidadeEstáciodeSá)Orientação:Profa.Ms.ElianeSilvaBarbosa(UniversidadeEstáciodeSá)3.AvaliaçãoPósOcupaçãodoConfortoTérmicodasHabitaçõesemPalafitasdaZonaNoroesteemSantos(SP)MartaBorbaFerreiradaSilva(UNIP)Orientação:Prof.Ms.ThiagodosSantosGarcia(UNIP/Unimonte)4.Avaliaçãopós-ocupaçãodosmodelosdearquiteturahospitalarnaregiãodaBaixadaSantistaJéssicaInáciodeJesusSantos(UNIP)Orientação:Prof.Ms.ThiagodosSantosGarcia(UNIP/Unimonte)5.MapeamentoacústicourbanoemRecife-PEThatianneElisaFerreiradaSilva(UFPE/CNPq)Orientação:Prof.Dr.RuskinMarinhodeFreitas(UFPE)Mesa4(13h-15h/5oandar)PolíticasetransformaçõesurbanasemquestãoComentário:Profa.Dra.PaulaFreireSantoro(FAU-USP)Coordenação:Profa.Ms.AmáliaCristovãodosSantos(EC)1.Políticaurbanaemdebate:aSubcomissãodaPolíticaUrbanaedeTransportesnaConstituintede1988BrunoSantanadeOliveira(USJT)Orientação:Profa.Dra.AnaPaulaKoury(USJT)2.AnálisemorfológicaurbanadaszonasperiféricassulesudestedacidadedeJoãoPessoa,comfoconosespaçoslivrespúblicosGiovaniCíceroSoaresdeMedeiros(UFP/CNPq)Orientação:Prof.Dr.JoséAugustoRibeirodaSilveira(UFP)3.AstransformaçõesepermanênciasnaáreaportuáriadoCaisMauáemPortoAlegreWesleydeOliveiraFonseca(USJT)Orientação:Prof.Dr.AndréadeOliveiraTourinho(USJT)4.BeloMonte:umacartografiadaausência–osbeiradeirosatingidosBrunaRibeiroeMaytêCoelho(IFSPeEC/EstágioempesquisaProjetoContracondutas-EC)Orientação: Profa. Dra.Marta Lagreca (EC), Prof. Dr. José Paulo Gouveia (EC) e Prof. Dr. PauloRobertodeAlbuquerqueBomfim(IFSP)5.GreenBelts:docontroledeexpansãourbanaaodesenvolvimentosustentávelLetíciaSantosdeMelo(UEM)Orientação:Profa.Dra.LayaneAlvesNunes(UEM)Mesa5(13h-15h/6oandar)ArquiteturaemdebatenaAméricaLatinaComentário:Profa.Dra.NilceAravecchiaBotas(FAU-USP)Coordenação:Prof.Ms.PedroBeresinSchlederFerreira(EC)1.PolêmicasemtornodomodernismoedaarquiteturatropicalnoBrasilnadécadade1930IsisdaSilvaTelles(FEC-Unicamp/PIBIC-CNPq)

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Orientação:Profa.Dra.JosianneFranciaCerasoli(IFCH-Unicamp)2.Habitaçãoecidadenosperiódicosespecializadoslatino-americanos:umainvestigaçãoapartirdarevistaElArquitectoPeruano(1937-1977)KarinaSilvadeSouza(FAU-USP/FAPESP)Orientação:Profa.Dra.AnaCastro(FAPESP)3.LatinAmericanArchitecturesince1945:históriaehistoriografiaLauraLeviCostaSousa(EC/FAPESP)Orientação:Profa.Dra.MariannaBoghosianAlAssal(EC)4.AobraresidencialdeSeverianoPortoemManaus:levantamentoeanálisecomparativaIsabellaDeBonisSilvaSimões(EC/BolsaVEP-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Profa.Dra.MariannaBoghosianAlAssal(EC)5.AnálisedesuperfíciesativasdeEladioDiestesobaóticadaparametriaMablyRocha(EC/BolsaIC-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Prof.Ms.FelipeMelachos(EC)Mesa6(15h15-17h15/2oandar)OutrasterritorialidadesecartografiasComentário:Prof.Dr.FabioLopes(IAU-USP)Coordenação:Prof.Ms.AlexandreBenoit(EC)1.AnálisedaimagempúblicadobairroVilaNova,Campinas,atravésdemapascaricaturaisThaisBernasconiJardim(FEC-Unicamp/PIBIC-CNPq)Orientação:Prof.Dr.EvandroZiggiatiMonteiro(FEC-Unicamp)2. Representações gestuais: cartografias femininas bordadas como prática espacial na cidadecontemporâneaLetíciaPestana(Senac/ProgramadeIC-Senac)Orientação:Prof.Dr.RicardoLuisSilva(Senac)3.CartografiadasterritorialidadesculturaisBeatrizR.SDias,FelipeA.Brunelli,LucasB.Rodrigues,MaríliaSerra,MarinaSchiesari,MarinaD.Bagnati, Pedro H. Norberto, Rebeca D. de Paula, Sabrina S. Sobreiro, Stella B. Tamberlin (EC /ConselhoTécnico-EC)Orientação:Prof.Dr.PedroM.R.Sales(EC)4.EntreSãoPauloeLisboa:imigração,cidadeeculturagastronômicaOtáviodeOliveiraMelo(FAU-USP/PIBIC-CNPq)Orientação:Profa.Dra.AnaLanna(FAU-USP)5.AJungledeCalais:umacidadeaesperaNathaliaNascentedeLima(FAU-USP/PIBIC-CNPq)Orientação:Profa.Dra.AnaLanna(FAU-USP)Mesa7(15h15-17h15/3oandar)ModosdemorarepensarprojetualmenteahabitaçãoComentário:Profa.Dra.MonicaJunqueiradeCamargo(FAU-USP)Coordenação:Profa.Dra.GloriaKok(EC)1.Oedifíciomodularemsérie:Gemini,LarkeCoronetGuilhermeTrevizaniRibeiro(EC/BolsaIC-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Prof.Dr.CesarIwamizuShundi(EC/FAU-USP)2. Habitação coletiva e espaço urbano em São Paulo: Edifícios Guapira e Hicatu, ConjuntoResidencialJardimAnaRosaRafaelLetizioSedeñoPinto(FAU-USP/FAPESP)Orientação:Profa.Dra.MartaBogéa(FAU-USP)3.Omodernocomoencomendaprivada:ocasodoJardimdasBandeirasLuizaMuylaertVoillotCruz(FAU-USP/PIBIC-CNPq)

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Orientação:Profa.Dra.JoanaMello(FAU-USP)4.FormasdemorarnosEstadosUnidos:RichardNeutraFelipeKilarisGallani(FAU-USP/PIBIC-CNPq)Orientação:Profa.Dra.JoanaMello(FAU-USP)5.Gêneroepreservação:diferentesexpressõesnosmodosdemorarThaysTeixeiraGuimarães(FEC-Unicamp/PIBIC-CNPq)Orientação:Profa.Dra.SabrinaStudartFonteneleCosta(IFCH-Unicamp)Mesa8(15h15-17h15/4oandar)CulturavisualecidadeComentário:Profa.Dra.CristinaMeneguello(IFCH-Unicamp)Coordenação:Profa.Dra.AnnaBeatrizAyrosaGalvão(EC)1.UsosetransformaçõesdosriosdeSãoPauloentrefimdoséculoXIXemeadosdoXX:UmestudohistóricoapartirdefotografiasAlexandreKokMartins(EC/BolsaIC-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Profa.Ms.AmáliaCristovãodosSantos(EC)2.Revelandoocotidiano:leiturasfotográficasdoontemedohojeVanessaRamosAraújo(Senac/ProgramadeIC-Senac)Orientação:Prof.Dr.RicardoLuisSilva(Senac)3.ORionasfotografiasdeAugustoMalta:imagensdeumacidadeem"regeneração"AlexandreDuarteBassanieThomázFortunato(FFLCH-USP/PET-USP)Orientação:Prof.Dr.MiguelSoaresPalmeira(FFLCH-USP)4.OCinemacomomeiodereflexãodacidadeLaraGirardiCaitano(EC/BolsaIC-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Prof.Dr.EduardoCosta(EC)5.Memóriaeidentidade-umestudosobreaidentidadeurbanadeBerlimGabrielaCarolineCavalcante(Unicid)Orientação:Prof.Ms.RodrigoAssumpção(Unicid)Mesa9(15h15-17h15/5oandar)Financiamento,gestãourbanaepolíticaspúblicasComentário:Profa.Dra.LucianadeOliveiraRoyer(FAU-USP)Coordenação:Prof.Ms.MarioReali(EC)1.Ofinanciamentodacidadeeasnovasestratégiasdemobilizaçãodemais-valiaurbanaPedroVitorMonteRabelo(UNIFOR/PIBITI-UNIFOR)Orientação:Prof.Dr.CarlaCamilaGirãoAlbuquerque(UNIFOR)2.Estratégiasdeproduçãohabitacionalemparceriaspúblico-privadasemSãoPauloPedroHenriqueRezendeMendonça(FAU-USP/FAPESP)Orientação:Profa.Dra.PaulaFreireSantoro(FAU-USP)3.DesafioseperspectivasdeutilizaçãodoinstrumentooperaçãourbanaPedroHenriqueBarbosaMunizLima(FAU-USP/FAPESP)Orientação:Profa.Dra.PaulaFreireSantoro(FAU-USP)4.Asocupaçõesdemoradianocentrocomoproduçãodocomum?ReflexõesapartirdaOcupaçãoPrestesMaiaLucasMeirellesBatista(FAU-USP/PUB-USP)Orientação:Profa.Dra.MariaBeatrizCruzRufino(FAU-USP)Mesa10(15h15-17h15/6oandar)TrabalhoemodosdeproduçãodoespaçoComentário:Prof.Ms.IsadoraGuerreiro(UsinaCTHA)Coordenação:Prof.Ms.PedroLopes(EC)

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1.Decompondoocanteiro-umaanálisecríticadapré-fabricaçãoeseuscanteirosdeobraMablyRocha(EC/EstágioempesquisaProjetoContracondutas-EC)Orientação:Profa.Dra.AnáliaAmorim(ECeFAU-USP)eProf.ValdemirLucioRosa(EC)2.OmaterialnaescaladocanteirodeobraCarolinaBosioQuinzani(EC/EstágioempesquisaProjetoContracondutas-EC)Orientação:Profa.Dra.AnáliaAmorim(ECeFAU-USP)eProf.ValdemirLucioRosa(EC)3.Processosdedecisãonaproduçãodamoradia:assessoriatécnicanaVilaAcabaMundoGabrieldaCruzNascimento,LetíciaCamposAraújoPádua(UFMG/Pró-ReitoriadePesquisaUFMGeFapemig)Orientação:Profa.Dra.DeniseMoradoNascimento(UFMG)4.Mulher,canteiroearquitetura:oscasosdosconjuntosUniãodaJutaeRiodasPedrasBeatriceVolpatoTeixeira(IAU-USP/PIBIC-CNPq)Orientação:Profa.Dra.AlineCoelhoSanchesCorato(IAU-USP)5.ASituaçãodooperárionaconstruçãocivil–especulandosoluçõessobaóticadaarquiteturaStelaMorieRafaellaLuppino(EC/EstágioempesquisaProjetoContracondutas-EC)Orientação:Profa.Dra.AnáliaAmorim(ECeFAU-USP)eProf.ValdemirLucioRosa(EC)Mesa11(17h30-19h30/2oandar)Narrativasdavidaurbana-mapeamentos,táticaseexperimentaçõesComentário:Prof.Dr.RenatoCymbalista(FAU-USP)Coordenação:Profa.Dra.FernandaPitta(EC)1.Naalturadoolhar:aproximaçõessobreaGal.JardimTaliLibermanCaldas(EC/BolsaIC-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Prof.Dr.EduardoCosta(EC)2.Narrativasurbanas:memóriasordináriasdeumcotidianorevisitadoCamilaYumideCampos(Senac)Orientação:Prof.Dr.RicardoLuisSilva(Senac)3.AspráticasartísticasdeFrancisAlÿscomorepresentaçãodametamorfoseurbanaJessicaPelegrinelleAlves(Senac/ProgramadeIC-Senac)Orientação:Prof.Dr.RicardoLuisSilva(Senac)4.Urbanismotático-umapropostaparaSãoMigueldoOeste(SC)MariaFernandaPaimVieira(UNOESC)Orientação:Profa.Ms.LeandraDaiprai(UNOESC)5.AventurasdeClaudinho-dolirismoaocaosGuilhermePaschoalRibeiro(EC/BolsaPE-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Prof.Ms.AlexandreBenoit(EC)Mesa12(17h30-19h30/3oandar)Acessibilidade,inclusãoediversidadecorporalComentário:Profa.Dra.CatherineOtondo(IAU-USP)Coordenação:Profa.Ms.MairaRios(EC)1.Critériosdeavaliaçãodaacessibilidadeurbana:estudodecasoPACIIRodrigoRissiGeraldi(CentroUniversitárioMouraLacerda/FAPESP)Orientação:Prof.Dr.JoséAntônioLanchoti(CentroUniversitárioMouraLacerda)2.ErgonomiadospontosdeônibusemLondrina(PR)Isis Mayumi Kono Arabori, Larissa Valvassore Moreira, Nayara Ferreira Prado, Thais Kikuchi eMiyazaki(Unifil)Orientação:Prof.Ms.IvanPradoJr.(Unifil)3.Ahistoricizaçãodopensamentoinclusivo–umaanálisehistóricadainclusãodepessoascomdeficiênciafísicapormeiodeumaarquiteturaacessívelJuliaLaraBaymadeSouzaLima(EC/BolsaIC-ConselhoCientíficoEC)

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Orientação:Prof.Ms.PedroLopes(EC)4.OjardimsensorialeoestímulosensitivoparacriançascomdeficiênciasmúltiplasCaio França Lopes dos Santos e Francisco Leão de Campos Andrade (EC / Bolsa PE - ConselhoCientíficoEC)Orientação:Prof.Dr.AntônioCarlosBarossi(EC/FAU-USP)Mesa13(17h30-19h30/4oandar)Processosurbanos-atoreseimpactosComentário:Profa.Dra.MariaBeatrizCruzRufino(FAU-USP)Coordenação:Profa.Dra.MartaLagrecadeSales(EC)1.OprocessodeocupaçãodoMunicípiodeMauá(SP):1938-1985JayneNunesdosSantos(FAU-USP/FAPESP)Orientação:Profa.Dra.AnaCastro(FAU-USP)2.ImpactourbanonacidadedeSantoAndrécomaconstruçãodopoloarquitetônicoCidadePirelliHerickAlvesCosta(CUFSA/CNPq)Orientação:Profa.Ms.SandraMalvese(CUFSA)3.Avaliaçãopós-ocupaçãoembairrospróximosàInstalaçãoPenitenciáriadoSamaritánacidadedeSãoVicente(SP)RafaellaGarciadeAlmeida(UNIP)Orientação:Prof.Ms.ThiagodosSantosGarcia(UNIP/Unimonte)4.SignificânciasdoEspaçoPúblico:ocasodaVilaItororóeosdebatesemSãoPauloCarolinedePaulaMonteagudo(FAU-USP/FAPESP)Orientação:Profa.Dra.AnaCastro(FAU-USP)Mesa14(17h30-19h30/5oandar)TrajetóriasprofissionaisepensamentoarquitetônicoComentário:Profa.Dra.JoanaMello(FAU-USP)Coordenação:Profa.Dra.MariannaBoghosianAlAssal(EC)1. Espaços de formação na Escola do Porto e na Escola Paulista: a experiência espacial nosambientesdeensinoMirandaZamberlanNedel(IAU-USP/BolsaMobilidade-Santander)Orientação:Prof.Dr.GivaldoLuizMedeiros(IAU-USP)eProfa.Dra.MariaMadalenaFerreiraPintodaSilva(UniversidadedoPorto)2.Arquiteturaeensino:resgatedaexperiênciadeMayumiSouzaLimaemSãoCarlosBeatrizBorgesAraujoFrota(IAU-USP/PIBIC-CNPq)Orientação:Profa.Dra.AlineCoelhoSanchesCorato(IAU-USP)

3.OempregodeestruturasmetálicastridimensionaisemquatroprojetosdeEduardodeAlmeidaUgoBreytonSilva(EC/BolsaIC-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Prof.Dr.CesarIwamizuShundi(EC/FAU-USP)4.Fotografianaarquitetura:oarquivofotográficodasobrasdeÍcarodeCastroMelloGlauberTrianaChacra(EC/BolsaPE-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Prof.Dr.EduardoCosta(EC)5.Experiência,espaço,desenho-umolharparaaobradeLinaBoBardieosNeoconcretoPedroFerisAraujo(EC/BolsaPE-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Prof.Dr.GilbertoMariotti(EC)Mesa15(17h30-19h30/6oandar)LeituraseapropriaçõesculturaisdoespaçourbanoComentário:Profa.Dra.AnaCastro(FAU-USP)Coordenação:Prof.Dr.GilbertoMariotti(EC)

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1.OrfeudaConceição:OscarNiemeyereoambienteculturalcariocadosanos50SofiaBoldriniSinem(EC/BolsaIC-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Prof.Ms.AlexandreBenoit(EC)2.TeatroseCidade:interligaçõesentreopensamentocoreográficoeumprojetodecidadeCatarinaCalilBreymaiereLaisMaiaraPereiraSilva(EC/BolsaPE-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Profa.Ms.FernandaBarbara(EC)3.Narrativasurbanas:OcorpodesenhadopelocenáriourbanoVitóriaLacerdadeSousaQueiroz(Senac/ProgramadeIC-Senac)Orientação:Prof.Dr.RicardoLuisSilva(Senac)4.InstruçõesparasubirumaescadarolanteMarinaSchiesari(EC/BolsaPE-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Profa.Dra.FernandaPitta(EC)eProf.MarceloAnaf(EC)5.Habitaçãoemodosdeviver:umpontodevistacontemporâneoDirceudeOliveiraCamposNeto(UNIFAJ)Orientação:Profa.Dra.DeniseFernandesGeribello(UNIFAJ)LançamentodaRevistaCadernosdePesquisadaEscoladaCidaden.4(19h30/térreo)

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ResumosdostrabalhosMesa1Políticasdehabitação-estratégiasedebatesComentário:Profa.Dra.AnaPaulaKoury(USJT)Coordenação:Prof.Dr.LuisOctaviodeFariaeSilva(EC/USJT)1.Favela:reconstruirourequalificarSandraAparecidaRufino(UniversidadeAnhembiMorumbi)Orientação:Prof.Dr.RobertoAlfredoPompéia(EC/UniversidadeAnhembiMorumbi)A pesquisa busca verificar questões ligadas aos processos de reurbanização de assentamentosprecários.Oestudodessasestruturasurbanasedeprojetosderequalificaçãodasmesmas,podeserocaminhoparaumentendimentodarealnecessidadedeseusmoradoreseuminstrumentopara repensar a vida urbana e as políticas de habitação social existentes no Brasil. Pretende-seaveriguar se as intervenções urbanísticas, realizadas pelo poder público, são agentes detransformação da realidade das famílias que residem em favelas - levando a elas habitação dequalidade,queatendamàssuasnecessidadesfísicas,sociaiseemocionais-ousecolaboramparaos processos de gentrificação. O estudo foi separado em dois blocos. No primeiro há acontextualização da habitação de interesse social e do crescimento desordenado das cidadescontemporâneas.Nosegundo,setraçaumpanoramadosdesafiosenfrentadosempropostasderequalificaçãodefavelas,expondoadiscussãosobreseémaisviávelremoverourequalificaressesassentamentos.Nessaetapa,háoestudodecasodosprocessosdereurbanizaçãodetrêsfavelasdaRegiãoMetropolitanadeSãoPaulo:FaveladaPedreira;JardimEdith,noBrooklin,SãoPaulo;eNúcleosCapelinhaeCocaia,emSãoBernardodoCampo.Noprimeirocasovimosumacomunidadeinteira,afaveladaPedreiraemGuaianazes,serdizimada,sobopretextodaimplantaçãodenovosprédiosdoCDHU.Edifíciosestesque,apósumano,nãohaviamsaídodopapel.NocasodoJardimEdith, observamos que menos de 12% dos moradores foram contemplados com o direito depermanecernolocalquehabitavam,algunshámaisde40anos.Nossoobjetivonãofoiaavaliaçãodaqualidadearquitetônicadoempreendimentoesimdascondiçõesespaciaisesociaisnoqualomesmofoiconcebido.Aparceriapúblico-privada,nocasodoJardimEdith,acabouporsetornaruminstrumento de gentrificação, selecionando os que ali poderiam ficar e, priorizando o“embelezamento”dobairroemdetrimentodosinteressesdosmoradoresdafavelaquealiexistia.NoestudodarequalificaçãourbanadosassentamentosCapelinhaeCocaianosdeparamoscomumasituaçãoemmuitodivergentedasanteriores,asmoradiasemalvenaria,semproblemasestruturaisforammantidas-preservandoaidentidadedobairro-emelhoriasurbanasforamrealizadasvisandoaqualificaçãodoespaçoeaproteçãoambiental.Temosaquiosurgimentodeumnovobairro,semaquebradememóriasevínculossociais.Apontamosparaaquestãodequeaindaémaiscomumodeslocamentodasfamíliasparaáreasperiféricas,doqueareestruturaçãodosassentamentos,coma permanência dos moradores no local. Os desafios da permanência vão além, envolvem osinteressespolíticoseempresariais,queburocratizamoscaminhosjáprevistosnasleis.Oproblemaestende-se no pós-ocupação, com as dificuldades financeiras provenientes do pagamento dasprestações, dos impostos, do condomínio etc. As políticas públicas que provêm as unidadeshabitacionais,nãopodemgarantirqueasfamíliasconseguirãosemanternolocal.2.Morarnopatrimônio-direitoàcidade,culturaememória:agestãodopatrimônioculturalnoPlanoPilotodeOlinda(PE)BeatricePerraciniPadovan(EC/BolsasPE-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Prof.Ms.PedroBeresinSchlederFerreira(EC)

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O projeto tem como objetivo entender as possíveis relações e intersecções entre habitação epatrimônioculturalapartirdaperspectivadearticulaçãodepolíticasdehabitaçãosocialedegestãopatrimonial pela preservação de habitação de baixo valor econômico-financeiro. Para tanto, foiescolhidocomoestudodecasooProgramadePreservaçãodeNúcleosHistóricosProjetoPilotoOlinda-PEentre1981e1989,ondesedesenvolveuemnívelinstitucionalaparceriaentreumórgãode preservação, SPHAN, e um financiador de habitação social, BNH. Através de documentosproduzidosduranteoprojetopilotoeentrevistascomosagentesqueatuaramnoprocesso,serãoanalisadas as questões, necessidades e respostas que surgiram durante sua execução, asconsequênciasedesdobramentosdesteprogramanacidadeeaspráticasdegestãoepreceitosteóricosqueoembasaram.Comoumaexperiênciadegestãocoletivaeinterministerial,excepcionalno campo do patrimônio, interessa para este projeto entender no Plano Piloto de Olinda asmudanças na forma de olhar o patrimônio e a ampliação de fronteiras e práticas que nele seestabeleceram.AexperiênciadeOlindacolocaempráticaaimportânciadaspopulaçõeslocaisparaagestãodopatrimônio,entendendo-onãocomomonumentoisolado,valoradopelasingularidadedesuaarquiteturaeparaserapreciadoapenaspelasuaqualidadeestética,esimcomopartedeumconjuntoambientaleurbano,palcodevivênciassociaisdopresente,quecolocavalornoconteúdocoletivoenaculturapopular.3.AnálisedashabitaçõesdeinteressesocialnomunicípiodeJundiaí(SP)apósaextinçãodoBancoNacionaldeHabitação(BNH)JanaynaPriscillaVieiraGuimarães(Unianchieta/ProgramaInstitucionaldePesquisaeIC)Orientação:Prof.Ms.PedroRenanDebiazi(Unianchieta)DiantedoreconhecimentodamoradiacomodireitosocialgarantidopelaConstituiçãoFederal,opoderpúblicovemintensificandoedisponibilizando,nasúltimasdécadas,diversosprogramasdehabitação de interesse social (HIS) para atender à demanda da população de baixa renda. Aspesquisasacadêmicasrelacionadasamoradiapopularconstituembaseteóricacadavezmaissólidaparaacompreensãodaprecáriasituaçãohabitacionalbrasileira.Damesmaforma,estasproduçõesajudamaesclareceraincapacidadedagestãopúblicaemampararasnecessidadesdemoradiadapopulação mais pobre e fornecem ampla visão sobre a segregação territorial e as políticashabitacionais no Brasil. De caráter exploratório, esta pesquisa de iniciação científica tem comoobjetivoaidentificaçãoeaanálisedosdiversosempreendimentosdehabitaçãodeinteressesocial(HIS)realizadosnacidadedeJundiaí,entreosanosde1986e2017,comfocoprincipalnosprojetosrealizadosapósaextinçãodoBancoNacionaldeHabitação (BNH)ea implantaçãodoProgramaMinhaCasaMinhaVida (PMCMV).Apesquisaconsisteemrevisãobibliográfica, levantamentoeanálisededadosededocumentosetrabalhodecampo,paraaconfecçãodemapastemáticos.Osdiagnósticos e as reflexões obtidos a partir desta pesquisa contribuem para reconhecer econtextualizar,cronologicamente,oatualcenáriodasHISemJundiaíeasinfluênciassofridaspelosdiferentesprogramashabitacionaisimplantadosnomunicípio.Estesresultadospoderãoauxiliarofomento de diretrizes e instrumentos, orientando a tomada de decisões dos planejadores e dopoder público para desenvolver projetos de empreendimentos habitacionais sustentáveis ecomprometidoscomobem-estareaqualidadedevidadacomunidade,levandoemconsideraçãosuaidentidadeebuscandofortalecerosentidodepertencimentoaoespaçodeusocomum.4.ArecenteproduçãohabitacionalpromovidapelosprogramasdeGovernoeascontribuiçõesparaahistóriadacasabrasileira-ocasodoDistritoFederalEltonSaleseUbiratãFogaça(Faciplac)Orientação:Profa.Dra.FrancineyCarreirodeFrança(Faciplac)OGovernobrasileirolançou,em2009,oProgramaMinhaCasaMinhaVida(PMCMV)comoobjetivodegarantir acessoàmoradiaadequadaemelhoriadaqualidadedevidadapopulaçãodebaixa

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renda.OProgramaestánaFase3e,sealcançadasasmetas,em2018seráquaseumadécadadeconstruçãodemoradiasemilhõesdehabitaçõesem todooBrasil. Esteéomaiorprogramadehabitaçãopopulardopaís,desdeoBNH,eestámudandoascidadesbrasileiraseavidademilhõesdepessoas.Deumlado,constatamososesforçosdepesquisadoresporanalisaroqueissosignificadopontodevistadapolíticahabitacional,deoutrolado,precisamossomarforçasparaentenderoqueissosignificadopontodevistadapropostaarquitetônicaparaahabitaçãosocial.Éfundamentalentender aspropostas espaciais, assim como suas adequaçõese/ouapropriaçõesporpartedosmoradores. O presente trabalho se insere no rol dos estudos sobre o PMCMV, mas com umaabordagem inédita a partir da proposta espacial, seja no aspecto morfológico, bem como daspráticassócioespaciaisnointeriordessashabitações.Oprojetodepesquisaenvolveseisdiferentesáreas da regiãometropolitana do Distrito Federal, abrangendomais de 18mil beneficiários. Opresentetextoapresentaosprimeirosresultadosdapesquisa,realizadaemumadasáreas,aVilaEstrutural.Localizadaa15kmdoPlanoPiloto,aVilaEstruturalfoifundadaapartirdeumaocupaçãoirregularnosarredoresdeum lixãoque ficouconhecidocomoLixãodaVilaEstrutural,aindanadécadade1960.Em2010 foramconstruídas289unidadecomopartedoPMCMV, localizadanaQuadra 08, do então Setor Oeste da Cidade Estrutural. O empreendimento é composto: porunidadesunifamiliarescomcasasgeminadasdispostasem loteurbano;destinadoàs famíliasdafaixa 1 do Programa; está inserido em um universo social pré-existente, portanto, não é umassentamento em área nova e distante do centro urbano, como acontece com outrosempreendimentodoPMCMV;temtempodeimplantaçãosuficienteparaquehajaadequaçõesnoespaçopropostooriginalmente.Importantedestacarquepartedosbeneficiáriosécompostapeloscatadoresde lixo,oriundosdaantiga invasãoconstituíapróximaao lixão.Esteestudo,usandoométododaSintaxeEspacial,abarcaaanálisedaconfiguraçãodessesespaços,nãosódosprojetosexecutados,mastambémdasadequações(sejadeusooudeforma)feitaspeloshabitantes.Importaidentificarseoprogramaestácontribuindoparareveranossaculturadehabitação-oqueénovo?Existealgumanovidadeouapenasrepetiçãodemodelosanteriores?5.EstudosereflexõesparaimplantaçãodehabitaçãodeinteressesocialnomunicípiodeJundiaí(SP)SimoneShinzatoColevati(Unianchieta)Orientação:Prof.Ms.PedroRenanDebiazi(Unianchieta)Buscou-se desenvolver diretrizes de projeto arquitetônico de habitação de interesse social que,baseadonosestudospreliminaresdoentornourbanoapartirdemapastemáticosedepesquisarelacionadaaessetipodehabitação,vianilizoudebatererefletirsobreaadequadaintegraçãodoprojeto com o ambiente urbano e suas particularidades, como estratégia para solucionar asproblemáticas identificadas e estabelecer diretrizes projetuais queorientemos futuros projetosvoltadosàhabitaçãosocialnomunicípiodeJundiaí.Nodesenvolvimentodestetrabalhoeparaocampodesteprojetodepesquisaforamelaboradosmapastemáticosapartirdaanálisedeimagensdesatélite,coletadasporprogramacomputacionalespecíficoparatalfim,cujaobtençãodosdadosfoirealizadaatravésdevisitadecampo,sendopercorridatodaáreaobservando-sediretamenteàsedificações e vias para posterior análise dos apontamentos deduzidos. Destacam-se aspectosrelevantesdomunicípionoqualserápropostooprojetoarquitetônicoparahabitaçãodeinteressesocial,oqualpossibilitouaelaboraçãodoseupartidoalicerçadonaintegraçãocomoespaçopúblicoeseususuários,finalizando-ocomaelaboraçãodeumacartilhasíntesequecontenhamdiretrizesprojetuaisparaaimplantaçãodehabitaçãodeinteressesocialnomunicípiodeJundiaí.EstesmapasforamutilizadosjuntamentecomarevisãobibliográficaparafundamentaçãoteóricadoprocessoprojetualeatualestadodaartedahabitaçãosocialnoBrasil,eemespecialnacidadedeJundiaí.Afundamentaçãoteóricafoibaseadaemlivros,artigoseregistrospertinentesaliteraturabásicadotema.Asdiretrizesdeprojeto foramrepresentadaspormeioderecursosgráficoscomoplantas,cortes,fachadasedemaisgráficos,quefarãoasíntesedasinformaçõesediscussõeslevantadas.Os

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resultadospermitiramtraçarosproblemasurbanísticosobservadosnoentorno,bemcomooperfilsocioeconômicodaregiãoestudada,possibilitandoaproduçãodoscritériosprojetuaisquepodemservirde subsídiosparaosplanejadoresna concepçãodenovosempreendimentosde interessesocialnacidadedeJundiaí.Mesa2Arquitetura,memóriaepaisagemurbanaComentário:Profa.Dra.FlaviaBritodoNascimento(FAU-USP)Coordenação:Prof.Dr.EduardoCosta(EC)1.LevantamentoarquitetônicodaComissãodeTerraseColonizaçãoEstefaniCarolineBasso(InstitutoFederalFarroupilha/CNPq)Orientação:Profa.Dra.AnaClaudiaBöerBreier(InstitutoFederalFarroupilha)Opatrimônioculturalpodeserconsideradoumbem,materialouimaterial,quetenharelevânciahistóricaouculturalnasociedade.Osbensqueapresentamimportânciauniversal,ospatrimôniosmundiais,sãoderesponsabilidadedeinstituiçõescomoaUNESCO-OrganizaçãodasNaçõesUnidaspara a Educação, a Ciência e a Cultura; normalmente tombados total ou parcialmente parapromoversuaconservaçãoepreservação.Outros,influentesacomunidadesmenorespodemserprotegidosanívelnacional,estadualoumesmomunicipal.Osimóveis,patrimôniosculturais,têmimportânciaarquitetônica, influêncianapaisagemenaurbanização.Asedificaçõesaindapodemserconsideradaspatrimônioshistóricosporseremregistrosdos fatosocorridos.O inventáriodopatrimônioculturaldebensimóveisequivale-senaidentificaçãoeregistrodedeterminadosbens,porpesquisase levantamentosdascaracterísticasrelevantes,parareuniramemóriaculturaleaevoluçãodeumsítio.OmunicípiodeSantaRosa-RSpossuiumalistadebensasereminventariados.Aocupaçãodacidadeiniciou-seporvoltade1915,comoobjetivodecolonizararegiãonoroestedo estado do Rio Grande do Sul. Dentro deste contexto, foi construído em 1916, o edifício daComissãodeTerraseColonização.Assimcomooutrasedificaçõescomamesmafinalidade,eraumapropriedadedogovernoestadual,criadaparaorganizaravendaedistribuiçãodasterraslocaisparaasfamíliascolonizadoras.Suaconstruçãoinfluenciouaurbanizaçãodocentrodacidadevelha,queiniciouemseuentorno,comapraçadaindependênciaealgunscomércios.AComissãodeTerraseColonizaçãoéobjetodeestudorealizadopelogrupodeestudosdoInstitutoFederalFarroupilha,com o objetivo de preservar este patrimônio e amemória cultural ligada a evolução urbana earquitetônicadeSantaRosa-RS.O inventárioconsistirána identificaçãoeregistro,pormeiodepesquisaelevantamentodascaracterísticaseparticularidadesdestaedificação.2.18edifíciosartdécoIsabela Moraes, Olívia Tavares, Ottavio Paponetti, Paloma Neves (EC / Bolsas PA - ConselhoCientíficoEC)Orientação:Profa.Dra.MariannaBoghosianAlAssal(EC)OprojetodepesquisaaplicadajuntoaoconvêniodecolaboraçãotécnicaentreaAssociaçãoEscolada Cidade Arquitetura e Urbanismo e o Departamento de Patrimônio Histórico da SecretariaMunicipal de Cultura (DPH) pretende desenvolver uma metodologia de análise acerca doencaminhamento do pedido de tombamento RES 05/11 - 18 edifícios Art Déco. A partir desseprocesso, além do preenchimento de fichas técnicas a serem encaminhadas para o DPH comosubsidioaosestudosdetombamento,sealmejadiscutireanalisarcriticamenteasquestõespráticase conceituais sobre o patrimônio histórico, o estilo Art Déco e outras questões suscitadas peloconjuntoemquestão.Opedidodetombamentodos18edifíciosArtDéco, localizadosnaregiãocentral de SãoPaulonos bairros SantaCecília e Barra Fundapróximos ao ElevadoCosta e Silva

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(Minhocão) e aRuaMarechalDeodoro, surgiu apartir deuma solicitação feita em2009para ademoliçãodoEdifícioTupã(RuaMarechalDeodoro,nº171-SantaCecília),queseencontranaáreaenvoltóriadoTeatroSãoPedro (RuaAlbuquerqueLinsn°207–CamposElíseos).Apósoestudotécnicodoedifícioedeseuentorno,oDPHdeparou-secommais17edifíciosqueseencaixavamnamesmacaracterísticaestilísticaArtDéco.Dessaforma,surgiuoembasamentoarquitetônicoparaotombamentodos18edifícios.3.ArtdécoemSantaRosa(RS):OcasodasedificaçõesproduzidaspelaConstrutoraMedaglianaAvenidaRioBrancoBiancaCristinaSalingeHayattHusamMansour(InstitutoFederalFarroupilha)Orientação:Profa.Dra.AnaClaudiaBöerBreier(InstitutoFederalFarroupilha)O estilo Art Déco surgiu na década de 1920, na França. A origem do nome é proveniente daExposição de Artes Decorativas e IndustriaisModernas, organizada em Paris, em abril de 1925.Consideradoporalgunsautorescomoantecedentedomovimentomoderno,influenciouodesign,asartesplásticaseaarquitetura.Oestiloécaracterizadopelautilizaçãodelinhasgeométricaseaerodinâmicas.NoBrasil,oArtDécorevelou-seumalinguagemacessívelàselites,àsclassesmédiaseàspopulares.Naarquitetura,apartirdeconstruçõesdemaiorporte,ovocabulárioconquistouogosto popular e disseminou-se em edificações comerciais e residências. Em Santa Rosa - RS, apresença de edifícios Art Déco faz parte de uma época de pujante desenvolvimentomunicipal.Emancipada em 1o de julho de 1931, importantes melhorias na infraestrutura santa-rosensepermitiramafirmaçãodesteestilo,comoachegadadaestradadeferro,ainstalaçãodoregimentodacavalaria,otelégrafoeaconstituiçãoda“cidadenova”.DuranteomandatodoprefeitoCapitãoPautilhoPalhares,houveodeslocamentodoeixocomercialdacidade,atravésdatransferênciadachamada “cidade baixa” (primeiro núcleo santa-rosense, nas proximidades da atual Praça daIndependência)paraoentornodaatualPraçadaBandeira,naAvenidaRioBranco,recebendoestaregião a denominação de “cidade nova”. Desta forma, novas edificações foram necessárias e aConstrutoraMedagliafoiresponsávelpormuitasdestas,comoopróprioPalácioMunicipal.Assim,oestiloArtDécofoiintroduzidonaformaçãodacidadedeSantaRosa,estandopresenteemdiversosedifícios,principalmentenonovoeixocomercial,aAvenidaRioBranco.Atravésdesteprojetodepesquisapretende-serealizarumlevantamentoarquitetônicodosedifíciosdesteestilo,construídosnaAvenidaRioBrancoerealizadospelaConstruturaMedaglia,tornandoestesdadosdisponíveisnaformataçãode inventário.Porconseguinte, sepoderãodivulgardados levantados, identificados,selecionados e organizados para a comunidade, incentivando a conhecer a história regional,sobretudodaconfiguraçãoecaracterizaçãoarquitetônicadaáreacentraldomunicípiodeSantaRosa,queproporcionouumaspectodecentrourbanobemdesenvolvido.4.Identificaçãodosreferenciaisdapaisagemassociadosaopercurso“PassosdeAnchieta”(ES)LuayzaPaulaPerimdeOliveira(UFES/ProgramaInstitucionaldeIC-UFES)Orientação:Profa.Dra.EneidaMariaSouzaMendonça(UFES)Este projeto trata das transformações da paisagem no litoral sul capixaba, com enfoque nasidentificações dos referenciais da paisagem associados ao percurso “Passos de Anchieta”- ES,correspondendoàcaminhadarealizadapeloPadreJosédeAnchietaemseusúltimosanosdevida,o“caminhodasquatorze léguas”,eresgatadapelaABAPA(AssociaçãoBrasileiradosAmigosdosPassosdeAnchieta)em1998,ondepassouaserrealizadaanualmenteapartirdoferiadodeCorpusChristientreascidadesdeVitória,VilaVelha,GuaraparieAnchieta,compreendendoumtrechodeestudode,aproximadamente,105quilômetrosdistribuídosemquatrodiasdecaminhadaguiadaspela orlamarinha. Ametodologia segue por estudos bibliográficos a cerca da evolução urbana,levantamentoemapeamentocartográficodasquatroregiões,bemcomopesquisadecampo,ondesetornoupossívelaidentificaçãodosreferenciaisdapaisagemlitorâneapresentesnopercurso.Acaminhada, aqui considerada uma forma de apropriação do litoral, é marcada fortemente por

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monumentosepatrimônioshistóricosepaisagensnaturaisprotegidasqueconstroemumcenárioparticularecaracterizamapaisagemcomaspectosecológicos,culturaisereligiosos.Poroutrolado,notam-seemalgunstrechosapropriaçõesurbanasquecomprometemapermanênciaesaúdedapaisagemnatural,sejanaocupaçãodeáreasparadisíacas,sejapormeiodeedifícioscomgabaritoelevadoemorlaurbanaouimplantaçãodeempreendimentosdegrandeescala.5.AmesquitacomorepresentaçãodaculturaárabeemSãoPauloHenriqueGarciaPrado(USJT)Orientação:Profa.Dra.AndréadeOliveiraTourinho(USJT)Combase na premissa de que amesquita é amáxima representaçãoda culturamaterial árabemuçulmana, a presente pesquisa trata do estudo tipológico das cinco principais mesquitasexistentesnacidadedeSãoPaulo:MesquitaBrasil (1953-56);MesquitadaMisericórdiaSobem-SociedadeBeneficenteMuçulmanaemSantoAmaro (1971);MesquitadeSãoMiguel (1978-82);Mesquita Muhammad Rasul Allah ou Mesquita do Brás (1980); e Mesquita do Pari - Liga daJuventudeIslâmicaBeneficentedoBrasil (2002).Paratanto,analisou-seohistóricodamesquita,entendidacomomanifestaçãoculturaldareligiãoislâmica,ressaltandosuaimportânciaparaaféeparaaarteislâmica,assimcomoapermanênciaeainfluênciadoselementosarquitetônicosdesuatipologiatradicionalao longodotempo.NocasodeSãoPaulo,especificamente,procedeu-seaoestudodaimigraçãoárabenessacidade,queocorreudesdeofinaldoséculoXIX,eocorre,aindahoje,comasnovaslevasdeimigrantesrefugiadosdepaísesabaladosporguerrasounão–incluídosnestegruposíriosmuçulmanos–esuacontribuiçãoparaaconstruçãodeumacidademulticulturale deuma sociedademais plural. Realizou-se, assim, a análise tipológica de cada templode SãoPaulo,apartirdelevantamentobibliográfico,buscasemarquivosparapesquisadedocumentaçãoprimáriasobreasmesquitas,visitasacampoelevantamentodascaracterísticasarquitetônicasdosobjetosdeestudopormeiodeanálisegráficaemmodelotridimensional,quepossibilitou,também,aidentificaçãodainfluênciaarquitetônicadotemplotradicionalquefoiutilizadanaconstruçãodasmesquitasnacidade,eaconstruçãodeumamatrizcomparativaentreoselementosconstituintesdamesquitatradicionalcomosdasmesquitasdeSãoPaulo.Apartirdessaspesquisaseanálises,foipossível compreender quehouve de fato a permanência dessa arquitetura secular, quemesmopassandoporajustes,modificaçõesediferençasgeográficas,aolongodotempo,manteve-seesetornouelementoidentitáriodaculturaárabe-islâmica,e,emSãoPaulo,issopodeserconstatadopelasinfluênciasencontradasnasmesquitasesuaarquiteturaislâmica.Alémdisso,asmesquitaspodemrepresentardeterminadascomunidadesárabescomelasenvolvidas,equepodemounãomorarnoseuentorno,poisháfieisquefrequentamdeterminadamesquitaporoutrasinfluênciasquenãodizrespeitoapenasàsualocalização,mas,também,àinfluênciadaautoridadereligiosa-sheikh-,bemcomoaointeressepeloseventoseatividadessocioculturaisqueaentidadepromove,taiscomocursosefestasrelacionadasaocalendárioislâmicoeoutros.Mesa3PercepçãoeconfortodoambienteconstruídoComentário:Profa.Dra.AndreaBazarianVosgueritchian(FAAP)Coordenação:Profa.Ms.AnarritaBuenoBuoro(EC)1.AnálisedastemperaturasemprojeçõesdesombraseradiaçãosolardiretanascalçadasnosbairrosdazonanoroestedeSantos-SPFabrícioBonifácio,MarceloDorneleseVictorLuongo(Unimonte)Orientação:Prof.Ms.ThiagodosSantosGarcia(UNIP/Unimonte)

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Comapresentepesquisapretende-sediagnosticarastemperaturasdascalçadasondecontenhammultifáriosportesdeárvores,cujafinalidadeserácompararadiferençaentreastemperaturasdesombrasgeradascomastemperaturassemsombrasemdiasquentesdasquatroestaçõesdoanonaZonaNoroestedomunicípiodeSantos.Parasubvencionaroobjetivosupraditofoiaplicadoumlevantamentobibliográfico,alémdolevantamentogeoreferencialdaZonaNoroestedacidadedeSantoscujafinalidadeé identificaradistribuiçãodevegetaçãourbananaáreadepesquisa.Paramelhor análise, determinaram-semedições das temperaturas, realizadas in loco através de umtermômetro digital infravermelho com mira laser, da marca Instrutemp, modelo ITTI 380.Posteriormente, realizaram-se cálculos amostrais, identificando os desvios padrões dastemperaturas e as médias das temperaturas das sombras de cada espécie das árvores locaisavaliadas.Aúltimaetapacontemplaráoprocessodecompatibilizaçãoparafinalizaçãodasleiturasálgebrasdosresultadosaseremobtidos,atravésdetabelasegráficosmatemáticos.Osresultadosdestapesquisaidentificamasprincipaiscausasdedesconfortotérmicourbanoprovenientes,nãosódasradiaçõessolaresdiretas,mastambémdasilhasdecalorgeradaspelafaltadearborizaçãolocal.Espera-sequeestapesquisa,aoseufinal,possaorientarapopulaçãolocaleagestãopública,dequeoprocessoconscientedeplantiodeárvoresemáreasdegrandedensidadeurbanapossacolaborarcomaqualidadeambientalesocialmotivadaspelocultivocorretodevegetaçãoemáreaspoucoarborizadas.Observou-sequedistintasespéciesdeárvorespodemcolaborarcomaquedadetemperatura,causadapelaradiaçãosolardiretaepelasilhasdecalordaenvoltóriaurbana,nassuperfíciessombreadasmelhorandoascondiçõesdeconfortotérmicourbano.2.Confortoambientalemprojetosdehabitaçãosocial:análisedediretrizesprojetuaisAnitaLouiseBragaDelmasdeLimaeYanMarlonNascimentoBarros(UniversidadeEstáciodeSá)Orientação:Profa.Ms.ElianeSilvaBarbosa(UniversidadeEstáciodeSá)Opresenteestudo fazpartedapesquisaemandamentoqueapresentacomotemaaanálisedeestratégiasprojetuaisemhabitaçõessociaiscomênfaseemconfortoambiental.ConsiderandoaimportânciadasconstruçõeshabitacionaisnoBrasileabuscaconstanteporumareduçãododéficithabitacional,muitosmodelosdehabitaçõessociaisvêmsendoimplantadosnosúltimosanos.DesdemeadosdoséculoXXatéosdiasatuais,algunsprojetosdeedifíciospodemserdestacadoscomrelação às soluções projetuais que impactam no conforto ambiental do interior das unidadeshabitacionais.Os espaços edificados têm como funçãoprincipal o atendimento às necessidadeshumanas indo além das questões de abrigo e proteção. O espaço residencial é de importânciainquestionável na vida das pessoas, sendo imprescindível garantir as condições ambientaisfavoráveis, contemplando o conforto térmico, acústico e lumínico. O edifício, com seu caráterarquitetônico e funcional, é capaz demodificar a qualidade de vida dos seus usuários, sendo ocontrole das variáveis ambientais um dos primeiros passos para uma contribuição positiva. Aescolhapeloperíodomodernoédevidoaograndenúmerodeedificaçõesvoltadasparahabitaçãosocialcomumavariedadesignificativadesoluçõesemconfortoambiental.Entendendoarquiteturacomooresultadode iniciativasembuscademelhoracolherohomem,a teoriaeaciência,quepodem ser complementadas por obras documentadas e passíveis de visitas a obras de grandeimportância social. Tendoemvistaa importânciahistóricadealguns conjuntoshabitacionaisdoséculoXXparaacidadedoRioJaneiroeavariedadedesoluçõespoucoeficientesquevemsendoimplantadas, concentra-se nesse intervalo de tempo e lugar, a análise de estudos de casoscontemplandoahabitaçãosocialnacidadedoRiode Janeiro.Sendoapropostadestapesquisa,compararqualitativamenteedifícioshabitacionaissociaisdoperíodomodernocomosedifíciosdemesmatemáticadosdiasatuais.Afimdepromoverhabitaçõessociaisdequalidadeéfundamentala participação do Arquiteto e Urbanista. A função social do arquiteto é alcançada quando eledesempenha seu ofício buscando o maior número possível de informações para atender asnecessidadesdousuário,sejaeledebaixarendaoudeclassealta.Nãosepretendecomesseestudodiminuirarelevânciadosprojetosdehabitaçõesdealtopadrão,massimvoltarumolharparaum

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tipodeprojetoeusuáriopoucoexploradoporprofissionaisdearquitetura.Jáexistemmovimentossociaiseiniciativasqueagregamaideiademoradiaadequada,direitoacidade,saúdepublica,masque infelizmenteaindasãopouconumerosos frenteàsnecessidadesdaspopulaçõespobres.Aolongo dos anos as construções deixaram de responder às necessidades mínimas de confortoambientaldosindivíduoseàsnovasnecessidadesdeconservaçãodeenergiadopaís.Pensaremhabitação social significa muito mais que fornecer um espaço construído, é pensar emtransformaçãodavidadeseususuários,comqualidadeespacial,segurança,confortoebaixocustodemanutenção.Acasaprecisaseracolhedora,oferecerconsolointerminávelaoserhumano,tendocomoqualidademaisimportanteoconforto.3.AvaliaçãoPósOcupaçãodoConfortoTérmicodasHabitaçõesemPalafitasdaZonaNoroesteemSantos(SP)MartaBorbaFerreiradaSilva(UNIP)Orientação:Prof.Ms.ThiagodosSantosGarcia(UNIP/Unimonte)Apresentepesquisa, temcomofocoaavaliaçãodospadrõesdemoradiasnaspalafitasdazonanoroeste em Santos, identificando se as mesmas estão adequadas aos parâmetros ideais deconforto térmico quando comparadas com as normas vigentes. Para a elaboração da pesquisa,houveacoletadedadossobreolocaldiretamentecomosmoradoresdaspalafitas,epormeiodequestionárioseentrevistas,baseando-seAvaliaçãoPósOcupaçãoAPO.Aregiãofoisetorizadaemcincomacroáreas,parapoderdiagnosticarosproblemasexistentesemdiferentespontosdobairro,juntoàsqueixasdosmoradoresconseguimosidentificararealnecessidadedosmoradoresquealiresidem,ométodousadoparaseleçãodaspessoasentrevistadas, foiométododeamostranãoprobabilísticaouporconveniências,umatécnicaqueémuitocomumeconsisteemselecionarumaamostradapopulaçãoqueestejaacessível.Ouseja,osindivíduosempregadosnessapesquisasãoselecionadosporqueelesestãoprontamentedisponíveis,nãoporqueelesforamselecionadospormeio de um critério estatístico. Após toda a coleta e análise dos dados, todo material foisistematizado através de gráficos para melhor entendimento dos resultados obtidos nolevantamento,chegandoaoresultadofinaldequeasmoradiasempalafitasnãoestãodentrodospadrõesdeconfortotérmicoeambientalgerandoofimdestapesquisa.4.Avaliaçãopós-ocupaçãodosmodelosdearquiteturahospitalarnaregiãodaBaixadaSantistaJéssicaInáciodeJesusSantos(UNIP)Orientação:Prof.Ms.ThiagodosSantosGarcia(UNIP/Unimonte)A saúde pública sempre esteve em evidência, seja por conta da ineficiência do sistema ou porfatores secundários, não menos importante, como a precariedade da estrutura hospitalarprojetada. Onde o papel dos hospitais como instrumento damelhoria e qualidade de vida temsofridograndesmudanças.Diagnosticareentenderadeficiênciaexistente,defatoéamelhorformade buscar uma diminuição de erros em projetos. O objetivo desta pesquisa constitui-se emdiagnosticarasituaçãodoedifíciohospitalarProntoSocorroVeraCruz,localizadonomunicípiodeMongaguá, identificando os principais fatores sob o olhar dos trabalhadores. O levantamentoqualitativo contribui na identificação de fatores que prejudicam o desempenho das atividadesmédicasquecomprometemdiretamenteostratamentosaosusuários.AtravésdarealizaçãodeumaAvaliaçãoPós-Ocupação,métodoondeseobtémresultadospormeiodosusuários,identificandoecompatibilizandoosproblemasfísicosdatipologiaarquitetônicarealizados in loco.Osresultadospoderãoservircomobaseparaodesenvolvimentodeumaanálisetécnicaqueorienteosedifícioshospitalares, incluindo a melhoria do hospital analisado nesta pesquisa, a obterem projetosadequadosàscondiçõesdeusoparaprofissionaisepacientes.5.MapeamentoacústicourbanoemRecife-PE

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ThatianneElisaFerreiradaSilva(UFPE/CNPq)Orientação:Prof.Dr.RuskinMarinhodeFreitas(UFPE)Atualmente, com o aumento do número de fontes produtoras de ruído nas cidades, devido aocrescimentodeseuscentrosurbanos,tem-seumamaiorpreocupaçãocomaquestãoacústica.Oaltoíndicedepoluiçãosonoracomprometeaqualidadedoespaçourbanoeobem-estardeseususuários.EsteassuntotemsidoobjetodeinvestigaçãopeloLaboratóriodeConfortoAmbientaldaUFPE,querealizouumacaracterizaçãoacústicadeRecife-PE,apartirdemediçõesemcadaumdeseus 96 bairros. O objetivo geral desta pesquisa foi aprofundar o conhecimento, avaliando odesempenhoacústiconoespaçopúblicourbanoemtrezebairrosnacidadedeRecife,erelacioná-loàscaracterísticasdaformaedopadrãodeusoeocupaçãodosolo.Paratal,foramfeitasmediçõesdos níveis sonoros em 220 pontos, distribuídas nos bairros de Afogados, Bongi, Ilha do Retiro,Mangueira,Mustardinha,BoaViagem,BoaVista,Soledade,Madalena,Prado,Zumbi,Pau-FerroeImbiribeira, a cada 10 segundos, durante cinco minutos, em cada uma das duas baterias demedições em cada ponto, totalizando 13.200 valores registrados. Dessa etapa, resultou umacaracterizaçãoacústica,que,associadaàlegislaçãoeàsnormastécnicasvigentes,apontaramzonasde conforto e de desconforto acústico nos recintos de estudo. Constatou-se que os valoresregistradosnamaioriadospontos(97,27%)estãoacimadosíndicesadequados,oqueproporcionaambientesdesconfortáveisaoscidadãosqueusufruemdessesespaços.Comoconsequência,aoseexpor ao ruído por maior quantidade de tempo, a pessoa pode adquirir enfermidades, comoalteraçõestransitóriasdaaudição,alémdeoutrossintomasassociadosaobem-estareàqualidadedevida,comoestresse,distúrbiosdosonoouenxaqueca.OusopredominantementeresidencialeaaltadensidadedevegetaçãoemPauFerroconferiramaobairroamenormédialogarítmicadosbairrosestudados.Emcontrapartida,noslocaisdecomérciomaisintenso,comonasimediaçõesdeummercadopúblico,emAfogados,ouemruascomprevalênciadeusocomercial,nobairrodaBoaVista,foramregistradososvaloresmaisaltosderuído.Nota-se,também,queaformaestreitadasvias associada à alta densidade construtiva favorece o aumento do nível de ruído, como foiregistradoemruasdaBoaVistaeMadalena.NosgruposdeBoaViagemeAfogados,percebe-sequeospontoscommaioresníveisdeintensidadesonoraestãolocalizadosnasprincipaisviasdosbairroseforamocasionados,principalmente,porruídosprovenientesdeautomóveis.Otipodematerialutilizado na pavimentação do solo também impactou nos resultados obtidos. O piso da via emparalelepípedocausavavaloresaltosdeintensidadesonoraduranteofluxodeveículos,chegandoaaumentarmaisde30dBemcomparaçãoaosvaloresregistradosnaausênciadefluxo.Apartirdarelaçãofeitaentreníveisdeintensidadesonora,expressosnacaracterizaçãodoruídonosbairros,eaformaecomponentesdacidade,pode-seidentificarasprincipaisfonteseintensificadoresdepoluiçãosonora.Torna-se,portanto,umaimportanteferramenta,capazdeembasardiretrizesdeplanejamentourbano,deformapreventivaoucorretiva,visandoàqualidadeacústicadoambienteeaoconfortodosusuários.Mesa4PolíticasetransformaçõesurbanasemquestãoComentário:Profa.Dra.PaulaFreireSantoro(FAU-USP)Coordenação:Profa.Ms.AmáliaCristovãodosSantos(EC)1.Políticaurbanaemdebate:aSubcomissãodaPolíticaUrbanaedeTransportesnaConstituintede1988BrunoSantanadeOliveira(USJT)Orientação:Profa.Dra.AnaPaulaKoury(USJT)

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O objetivo da pesquisa, será o de percorrer as reuniões da Subcomissão da Questão Urbana eTransporte da Constituinte de 1988, de forma a atestar ou não, a presença e deliberaçãodeterminantedossetorespopularesquesãoinseridosnosdiálogosdasreuniões,comocontaatesedominante sobre a política urbanabrasileira. Será apresentadoo debate da questão urbananoBrasil,apontandoemprimeiromomento,umpanoramasobreosdiálogossobreaReformaUrbanaentreoperíodode1962-85.Períodoestequeseconstituidediversasnarrativas,perspectivasediagnósticosnãosomentecomapautaespecíficadoplanejamentodascidades,comotambémdesuaarticulaçãocomestratégiasdedesenvolvimentonacional.Dadoestepanorama,serádelineadaqualatesequeconstituihegemonicamenteanarrativasobreareformaurbananoBrasil.Teseesta,quesedádiantedocerceamentodaautocraciabrasileira,equandosetorescomprometidoscomaredemocratizaçãodopaísapartirdosanos1970,epelamilitânciaurbanaeterritorialascendemcomoagentespolíticos.Apartirdestecontextoformula-seatesesobrecomodevesedesenharapolítica urbana brasileira, fazendo-se valer fundamentalmente da retórica participativa daConstituintede1988.Oprincipalobjetodeanáliseparaapesquisa,seráaSubcomissãodePolíticaUrbanaeTransporte,analisandoasatasemqueforamdiscutidospontoscruciaisparaconstruiranarrativa que temos hoje sobre a política urbana. Nas atas serão identificados: os agentes quepossuíam relevância histórica, política e social no debate, e que foram decisivos para asdeliberações;anarrativadentrodeumaperspectivahistóricaqueestesagentesdefendiam,eseusgruposqueestavam representando.Desta forma será apresentado, apartir da reconstruçãododebateseguidoàépoca,arealcomplexidadedoqueestavaemjogoedoquerealmenterepresentaoparadigmadoplanejamentourbano.Centradonoobjetivodereconstruirosdebateseocenárioconcreto da Subcomissão da PolíticaUrbana e Transportes, as atas das reuniões servirão comoobjeto de estudo, para que sejam trazidos à tona os agentes, representantes, falas eposicionamentodossetoresdasociedadeenvolvidosnestedebate.DestaformapoderáseentenderdemaneiraconstrutivaosatoresinseridosnadiscussãodaReformaUrbananoBrasil,semsevalermeramentedocenárioaparenteformuladoenquantotesehegemônicasobreoplanejamentodascidadesbrasileiras.2.AnálisemorfológicaurbanadaszonasperiféricassulesudestedacidadedeJoãoPessoa,comfoconosespaçoslivrespúblicosGiovaniCíceroSoaresdeMedeiros(UFP/CNPq)Orientação:Prof.Dr.JoséAugustoRibeirodaSilveira(UFP)Esta comunicaçãovisa relatarumestudo realizadonos limitesperiféricos Sule Sudestede JoãoPessoa, especificamente os bairros de Gramame,Muçumagro, Barra de Gramame, Valentina eParatibe. Consiste na classificação morfológica da área e na descrição de formas dedesenvolvimentodamalhaurbana,deacordocomoprocessodeexpansãodacidade, tal comoelencaosprincipaisfatoresdeterminantesdoespaçoenvolvidosnesteprocesso.JoãoPessoaéumacidadedeportemédio,capitaldaParaíba,quesofreutransformaçõesespaciaisintensasapartirde1970, devido ao desenvolvimento dos sub-centros urbanos. O resultado deste processo é oespraiamento’ecrescimentofragmentadodotecido,queacarretatambémemumainfraestruturaurbanadeficiente.Nessecontexto,esteestudoaprofundaosconhecimentosnasbordasurbanasdeJoãoPessoaque,devidoaesteprocessodedesenvolvimentodamanchaurbana,foidesenvolvidasemumplanejamentourbanoadequado,carentedeinfraestruturaeserviçosbásicos,emfunçãode sua localizaçãodistantedaurbe consolidada. Emparalelo, investiga-se amaneira comoessaforma urbana contribui, positiva ou negativamente, na consolidação do tecido. Para a análisemorfológica aplicou-se a metodologia de Rômulo Krafta, definindo conceitos de elementosmorfológicosdeJoséManoelLamas,considerandoaclassificaçãode‘dimensãourbana’,ouescaladebairro. Em termosgerais, constatou-sea fragmentaçãodo tecidourbanodaáreadeestudo,característicadecidadesdeportemédio,demodoquediversostiposdedesenhourbanoforamidentificadosemmalhasdeáreaspróximas,eemdescontinuidadeentresi.Emescalamaisampla

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estestecidostambémestãoemdescontinuidadedotecidodaurbeconsolidada,comarranjosdequadrasemtipologia‘mista’quenãoseguemumplanooudirecionamento.Porsetratardeumaáreaperiférica,asáreasverdesedepreservaçãointerferemdiretamentenaformaresultante.Seporumladoelasmoldamocrescimentodamanchaurbana,poroutrosofremconstantesinvasõesterritoriais,devidoà conflitosdeusoeocupação,eameaçasdedegradação,poluiçãodo soloeáguas,causandoprejuízoaessasáreas.3.AstransformaçõesepermanênciasnaáreaportuáriadoCaisMauáemPortoAlegreWesleydeOliveiraFonseca(USJT)Orientação:Prof.Dr.AndréadeOliveiraTourinho(USJT)Osportossempretiveramgrandeimportânciaparaodesenvolvimentourbano,econômicoesocialemcidadesquepossuemorlasmarítimasoumesmofluviaiselacustres,oqueocorretambémnascidadessul-americanasdesdeoiníciodesuaformação.Entretanto,apartirdasegundametadedoséculo XX, com a reestruturação produtiva da base econômica das cidades, as principaisinfraestruturasurbanasdetransportedemercadorias-comoaferroviaeosportos-,queestavamvinculadas à primeira fase da industrialização, foram gradativamente sendo abandonadas,ocasionando, consequentemente, aobsolescênciae adegradaçãodas infraestruturasportuáriasexistentes.Nesseprocesso,muitosportosforamobjetodeabandonoparaimplantaçãoemoutroslugares,modernizações e/ou ampliações, tendo surgido vários projetos para essas áreas. Dessaforma, muitas dessas áreas têm recebido, nas últimas décadas, projetos de revitalização ourequalificação, que tratam, de distinta forma, a herança deixada pelas estruturas portuárias dopassado.Apresentepesquisatemcomoobjetivocompreenderasrelaçõesentreosprocessosdetransformaçãoeapersistênciadepermanênciasurbanas,comoasdosbenspatrimoniaisemáreasportuáriasdecaráterhistórico,pormeiodoestudodosprojetosparaoCaisMauáemPortoAlegre.Pretende-severificarotratamentoconferidoàpreservaçãodoconjuntodearmazénsaolongodaorla do Lago Guaíba, no projeto de requalificação urbana para a área, considerando a suaimportância para a identidade cultural da cidade. Esta pesquisa procede, ainda, ao estudocomparativoentreprojetossimilaresemcidadessul-americanas,comooprojetoparadigmáticodePuertoMadero(1985)emBuenosAires,enoBrasil,aEstaçãodasDocas,noBelémdoPará(2000),etambémomaisrecenteprojeto,doPortoMaravilha,noRiodeJaneiro(2015),comoobjetivodeentenderasestratégiasadotadas,quepodemcontribuirparaaanálisedoprojetoderequalificaçãourbanaparaáreadoCaisMauá.Realizou-seassim,umlevantamentobibliográficosobreatemáticadoplanejamentourbanoedapreservaçãodopatrimôniourbano,documentaçãocartográficasobreaáreaemquestãoelevantamentodalegislaçãoincidente,alémdepesquisaacamporealizadoemviagemdeestudosparaascidadesportuáriasdeBuenosAiresePortoAlegre,documentadaspormeiodefotoseanotações,pararealizaçãodeanálisescomparativasentreasduasáreasportuárias.4.BeloMonte:umacartografiadaausência–osbeiradeirosatingidosBrunaRibeiroeMaytêCoelho(IFSPeEC/EstágioempesquisaProjetoContracondutas-EC)Orientação: Profa. Dra.Marta Lagreca (EC), Prof. Dr. José Paulo Gouveia (EC) e Prof. Dr. PauloRobertodeAlbuquerqueBomfim(IFSP)AUsinaHidrelétricadeBeloMonteéaterceiramaiorhidrelétricadomundo,construídanabaciadorioXingu,próximoaomunicípiodeAltamira,nonortedoPará.OprojetodaconcessionáriaNorteEnergiaS.A.éumaobracontidanoPAC-PlanodeAceleraçãodeCrescimento,programadogovernofederal lançadoem2007,quevisaaconstruçãodeobrasde infraestruturaa fimdealavancarodesenvolvimentonacional,analogamenteaplanosanterioresnoBrasil.Desdeoinício,talprojetoéacompanhado de controvérsias, principalmente atreladas a impactos socioambientais. Dentreestes, está a desterritorialização da população ribeirinha e indígena, impactando diretamente omodo de vida dessas comunidades, que já estão em condições vulneráveis, esquecidas e

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invisibilizadas por esse mesmo ideal de planejamento que prevê a construção dos grandesempreendimentosdeinfraestrutura.Alémdisso,háumgrandecontingentedetrabalhadoresparaa construção deste empreendimento, oriundos de diversos estados brasileiros, gerando umamigraçãocomplexaecausandouminchaçonadensidadedemográficadosmunicípioslindeirosàusina,comconsequênciascomo:oaumentodacriminalidade,dedenúnciasdeviolênciacontraamulher, de drogadição, exploração sexual, além da possível ocorrência de trabalho análogo aoescravo,umfatorligadoagrandesobrasdaconstruçãocivil.Dessemodo,apresentepesquisabuscacompreendereressaltarosprocessosgeradoresdeconflitossociaisdesencadeadospelaconstruçãodeBeloMonteapartirdeprocedimentoscartográficosetextuais,entendendoquearepresentaçãodo espaço é aomesmo tempo produto da sociedade e indicador de como ela é impactada. Aimportância da cartografia veio da própria necessidade do indivíduo de reconhecer o espaço erepresentá-lointencionalmente.Espaçoestequecontemplatantoasforçasprodutivasquantoasrelaçõesdeprodução,portantoalémdeespaçofísico,arcabouçodematéria-prima,eletambémsetorna mercadoria, desse modo, demonstrando que a cartografia também revela as formas deconstruçãosocialdoespaço.Buscamos,atravésdaanálisederepresentaçõescartográficasoficiaisenãooficiais,identificarsuasconvenções,perspectivaseperíodohistórico.Descarta-seapremissade neutralidade científica, observando o espaço além desta visão quantitativa, a partir de umacartografiasimbólicaerealdasrelaçõessociaiseculturais,pelaóticadaanálisedasausências,afimdecompreenderosprocessosignoradosouocultosnoslevantamentosoficiais.Portanto,visamosdiscutirestarededeimpactos,criticá-losapartirdeumarepresentaçãocartográficaquebusquerepresentaraorganicidadedosconflitossociaisgerados.Aformaescolhidaparaautilizaçãodesteespaço deixa ausente, propositalmente, intenções políticas, econômicas e sociais, carregandoconsigoocarátersimbólicododesenvolvimentomoderno.Principalmentenopresenteestudodecaso,oqualestásituadoemumaregiãomarcadapelacarênciadeinfraestruturabásicaeporumambiente de violência, gerado pela ocupação irregular do território, grilagem de terras, dentreoutras mazelas as quais essa localidade foi condicionada em decorrência das políticas deplanejamentoimplementadasnopaís.5.GreenBelts:docontroledeexpansãourbanaaodesenvolvimentosustentávelLetíciaSantosdeMelo(UEM)Orientação:Profa.Dra.LayaneAlvesNunes(UEM)Busca-se, com o presente trabalho, compreender a formação do conceito de green belt comoferramentadecontroledaexpansãourbana,verificandoquaissãosuasaplicações,característicasetransformações,alémdeestabelecerasuarelaçãocomoconceitodedesenvolvimentosustentável.Paraisso,foirealizadaumarevisãobibliográficasobreotema,comrecortetemporalqueseinicianoséculoXIXesefinalizanoséculoXXI.Osgreenbelts tornaram-seferramentasdecontroledocrescimentourbanoapartirdoiníciodoséculoXX,atravésdapublicaçãodolivroGardenCitiesofTomorrow,porEbenezerHoward,em1902,edasubsequenteimplantaçãodasnovascidadesdeLetchwortheWelwyn,naInglaterra.Emseulivro,Howarddissertasobreacriaçãodatipologiadecidades-jardim,inseridaemumarededecidadesinterligadaspelotransportedemassa.Estasteriambaixa densidadepopulacional, e tamanho controladopela delimitaçãode umamplogreen belt.Assim,quandoumacidadeatingisseotamanhoestimado,outraseriaconstruídaapósocinturão,comasmesmascaracterísticasdaanterior.Ogreenbeltteria,também,asfunçõesdemanteráreaagricultávelparaabastecimentodascidades,eproverespaçosdelazer.Todavia,oconceitodegreenbeltéutilizadoantesmesmodapublicaçãodeHoward,quandoWilliamLightdesenvolve,em1837,oprojetodacidadedeAdelaide,aoSuldaAustrália.Suafunçãoseriaadesepararcampoecidade,contendoaexpansãoeabrigandoinstituiçõespúblicas;diferentementedopropostoporHoward,oprojetonãoabrangeuaregiãometropolitana.AlémdeAdelaide,foramutilizadosgreenbeltsemalgumasnovascidadesneozelandesasdadécadade1840.Nadécadade1940,umextensogreenbelt foi desenvolvido por Patrick Abercrombie ao redor de Londres, para promover a

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descentralizaçãourbana,semquehouvesseaconurbaçãodecidades;no interiordaáreaverde,oitonovascidadesseriaminseridas,asNewTowns.Apartirdeentão,aideiaseespalhouportodoomundo,sendoaplicadaatéhoje;naAmérica,têm-seoscasosdoscinturõesdeOttawaeToronto,noCanadá;naÁsia,osdeTóquioeSeoul;eaindaseregistrasuaocorrênciaemSãoPaulo.Estesforambrevementeanalisados,noestudoproposto,everificou-secomoforamimplantados,quaisseusobjetivosefunções,pontosfortesefracos,oquenospossibilitouconstatarqueoscinturõesdevem ser reinventados juntamente com a evolução das áreas urbanas, adaptando-se àsnecessidades e realidades locais. Sobre a correlação entre o conceito do green belt e o dedesenvolvimentosustentável,conclui-sequeautilizaçãodocinturãoauxiliaesteúltimodeinúmerasformas,talcomonacontençãodaexpansão,promovendoacompactaçãoe,consequentemente,oaumentodadensidade;atuatambémcomozonadeabsorçãodeCO²;promoveáreasverdesdeusopúblico;efavoreceamanutençãodeáreasagricultáveisparaaproduçãoalimentícia.Acríticaquese volta à aplicaçãodesteelementoéoprovável aumentode valordo solourbano.Apesquisademonstra,emsíntese,queogreenbeltéumaferramentaquesecorrelacionacomoplanejamentourbanosustentável.Mesa5ArquiteturaemdebatenaAméricaLatinaComentário:Profa.Dra.NilceAravecchiaBotas(FAU-USP)Coordenação:Prof.Ms.PedroBeresinSchlederFerreira(EC)1.PolêmicasemtornodomodernismoedaarquiteturatropicalnoBrasilnadécadade1930IsisdaSilvaTelles(FEC-Unicamp/PIBIC-CNPq)Orientação:Profa.Dra.JosianneFranciaCerasoli(IFCH-Unicamp)Frank Lloyd Wright (1867-1959), em breve visita ao Brasil em 1931 para participar do júri doconcursodomonumentoemhomenagemaCristóvãoColombo,testemunhaumcontextoagitado,comarecentedemissãodeLúcioCostadocargodediretordaEscolaBrasileiradeBelasArteseadecorrentegrevedeestudantes.Wrightaceitaprontamenteopedidodeapoioàcausafeitopelosestudantes,edeixaoconcursoemsegundoplano.Participadevárioseventoseconferências,nosquaisapolêmicaemtornodomodernismoestáconstantementeempauta.AúltimaconferenciaérealizadanaSededaAssociaçãodosArtistasBrasileiros(AAB)–mesmainstituiçãoque,doisanosmaistarde,em17deabrilde1933,inauguraoISalãodeArquiteturaTropical,tendoWrightcomopresidentedehonra.EstapesquisaproblematizaopapeldasdiscussõesdeWrightnosdiscursossobre arquitetura tropical, elementos pouco abordados por grande parte da historiografia domovimentomoderno brasileiro. Este trabalho teve como objetivos: compreender a inserção doSalãodeArquiteturaTropicalnocontextododebatenacional;nodiálogodaarquiteturamodernainternacional através da análise dos textos deWright; e namemória e historiografia acerca daarquiteturamodernabrasileira.Paratantofoielaboradoumglossárioparacompararostermoseconceitosrelacionadosàarquiteturamodernapresentesnodiscursodoarquitetonorteamericano,comosexistentesnostextosproduzidosnoâmbitodoSalão.Ostextosanalisadosforamagrupadosde acordo com o contexto em que foram produzidos para a identificação de característicassemelhantesecomparaçãoentreosdiscursos:(a)Opontodepartidaparaapesquisasituou-senasaulasdeWrightlecionadasnaUniversidadedePrincetonem1930,conhecidascomoKahnLectures,alémdostextosrelacionadosaelaspublicadosentre1908e1925.(b)TextosrelacionadosàestadiadeWright no Brasil: As principais conferências foram parcialmente registradas pelos jornais daépoca. (c) Os artigos publicados nos Jornais Correio daManhã e ANoite, relativos ao Salão deArquiteturaTropical. (d) "ANossaCasa",uma sériedominical sobrearquiteturapublicadaentre1929a1934noCorreiodaManhã.Apartirdessaanálise,algunsconceitosimportantesaoideárioda chamada arquitetura tropical se destacaram: integral, tropical, estilo, tradição e lógico. O

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elementocomumpredominantenodiscursowrightianoenostextosnoâmbitodoSalãoéosentidointegraldaarquitetura,enfatizadonaarquiteturatropical.2.Habitaçãoecidadenosperiódicosespecializadoslatino-americanos:umainvestigaçãoapartirdarevistaElArquitectoPeruano(1937-1977)KarinaSilvadeSouza(FAU-USP/FAPESP)Orientação:Profa.Dra.AnaCastro(FAPESP)EssapesquisadeiniciaçãocientíficasededicaamapearasdiscussõessobrehabitaçãoecidadenaAméricaLatinapormeiodapesquisanarevistaElArquitectoPeruano(1937-1977),comopartedeumgrupodeinvestigaçõesligadasaoprojeto“Ascidadeseasideias.AméricaLatinacomoproblemaparaahistóriadacidadeedourbanismo:Lima,BogotáeSãoPaulo(1940-1970)”,desenvolvidanaFAU USP. Privilegia-se aqui os diálogos sul-sul que se estabeleceram no Segundo pós-guerra,buscando identificar os temas que informaram as discussões sobre a “cidade latino-americana”enquanto categoria do pensamento social e da vida urbana. Ao reconstruir redes locais cujasatuaçõespuderamcontribuirnumprimeiromomentopara formularpropostaseposteriormentepara discutir os problemas advindos do processo de modernização, tenta-se aqui identificarconstantes,mastambémpeculiaridadesquepermitamavançarnacompreensãodossentidosdessacategoriaecontribuirparaahistóriadascidadeslatino-americanas.Assimcomooutrosperiódicosespecializadoslatino-americanos,ElArquitectoPeruanoéreconhecidocomoumimportantefórumdentro do campo disciplinar da arquitetura e do urbanismo e nosmostra como os arquitetos eurbanistascontemporaneamenteperceberamosavançosdaurbanização,especialmentenacapitalperuana, Lima, que passou por umprocesso bastante precoce de urbanização vivenciando umaconsequentefavelização.Arevistasurgecomopartedessecontextodecrescimentoexponencialedefomentoaumidealdeprogressoperuano.As356edições,comumamédiade50páginasempretoebrancocada,temumaperiodicidadevariadaaolongodosanos.Inicialmente,apublicaçãotinhaaintençãodeintegrarosprofissionaisdearquiteturaedeconstrução,ecomotempo,alinhou-se com os princípios de seu idealizador, Fernando Belaúnde Terry, arquiteto e posteriormentepresidentedoPeru,difundindoaarquiteturaeoplanejamentourbanocomoosmeiosparaobem-estar social. Supõe-se que exista outro deslizamentode ideias, da defesa da arquitetura eruditapromovidapeloEstadoaoelogiodaautoconstrução,refletindoumdebatequecomeçaaganharforçaapartirdadécadade1960 -hipóteseasercomprovadacomoavançodapesquisa.Dessaforma, a pesquisa busca, através da sistematização do periódico e do apoio em bibliografiasecundária, fazeruminventáriodeobrasetextospublicados,pararecuperarcomoaquestãodahabitaçãosocialedaurbanizaçãodascidadeslatino-americanasaparecemaolongodosanos,demodoanotarquaisasmudançasequaisaspermanênciasqueseestabelecemnoperíodoedequeformaelasaconteceram.3.LatinAmericanArchitecturesince1945:históriaehistoriografiaLauraLeviCostaSousa(EC/FAPESP)Orientação:Profa.Dra.MariannaBoghosianAlAssal(EC)

Apresentepesquisadedica-seaoestudosistemáticoeaprofundadodapublicaçãodohistoriadorestadunidense Henry-Russel Hitchcock, Latin American Architecture since 1945 - catálogo daexposiçãodemesmonomerealizadaem1955noMuseudeArteModernadeNovaYork-,buscandoanalisarseussentidoshistóricosehistoriográficos.Porumlado,procura-seentenderaexposiçãotantonoâmbitodequestõesafeitasàrevisãoqueomodernismosofreránosegundopós-guerra,quantodeaspectosmaisamplosdecunhopolíticoecultural.Poroutrolado,procura-seentenderodiscursoaliconstruídoequesedifundirácomovisãodaarquiteturamodernalatino-americana.Assim,nãoapenasasescolhasfeitaspelacuradoria,mastambémaconjunturasocial,históricaepolíticadoMoMA-noquedizrespeitoaoseupoderdedivulgaçãoecriaçãodeumanovacríticaà

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artemoderna-passamaseraspectoscentraisparaodesenvolvimentodapesquisa.Oprojetotentaentenderosinteressesportrásdofiltronorte-americanoaovenderaarquiteturalatino-americanapara omundo, e para isso é necessário entender os discursos e os arquitetos apresentados nocatálogodeHitchcock,de formacosturadaaocontextoemque foipublicado.A investigação sedebruçouno livroLatinAmericanArchitecturesince1945 tratando-ocomodocumentohistórico,soboconhecimentodequeoquadropolíticopós-guerracatalisouoentrelaçamentoentreoMoMAeogovernoestadunidense,assimestabelecendocondiçõesparaorecebimentodaAméricaLatinanaagendadoMuseu,numatentativadeafirmaçãodealiançaspolíticasinteramericanas.Hitchcock,afimderecolheromaterialnecessárioparaaexposição,viajaàAméricaLatinaem1954,visitando11paísesamericanos.Apartirmapasetabelascomparativasproduzidosnodecorrerdapesquisa,visualizou-seumaclaradiscrepâncianonúmerodeobrasdecadapaísmencionadonocatálogo,eessas escolhas são dignas de serem analisadas para se compreender a construção do discursopresente na exposição. A pesquisa tambémprocura entender que características arquitetônicasestavamsendocelebradasnaexposição,eoporquêdessasescolhas.Hitchcockelenca3principaiscaracterísticasdaarquiteturalatino-americana:ousoextensivodoconcretoarmado;dispositivosdecontroledocalorexcessivo;eousodecores fortesevivas.Noentanto,percebe-seque taiscaracterísticas abordam principalmente a arquitetura brasileira e mexicana, que tem grandeprotagonismonaexposição.Assim,odiscursodohistoriadorapontasutilmentequeospaísesdeorigem hispano-lusa formam um grande grupo homogêneo, sugerindo a existência de uma“atmosferalatino-americana”,oquetemgrandeimportâncianaconstruçãoculturaldoimagináriode uma identidade latino-americana, que, no entanto, é construído em “vias demão dupla” –atravésde intercâmbiosculturais,viagensdearquitetosehistoriadores,revistas internacionaiseexposições. Em linhas gerais, essa pesquisa pretende entender as diversas esferas de umaconstrução historiográfica a respeito da arquitetura moderna latino-americana nesse cenáriopolítico, assim como investigar as dinâmicas internacionais que estabeleceram um imaginárioparticulardaAméricaLatina.

4.AobraresidencialdeSeverianoPortoemManaus:levantamentoeanálisecomparativaIsabellaDeBonisSilvaSimões(EC/BolsaVEP-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Profa.Dra.MariannaBoghosianAlAssal(EC)ApresentepesquisafoiformuladacomaintençãodeestudaraobradeSeverianoPorto,arquitetoformadopelaFNA(FaculdadeNacionaldeArquitetura,atualUFRJ)em1954eradicadoemManausde1966a2003,intervalodetempoemquemanteveumescritórioprodutivoquefezcercade280projetos. Severiano trouxe do Rio de Janeiro sua formação moderna e aplicou-a na Amazôniaconsolidandoumaestéticaprópria,emquemateriaisetécnicasestavamdeacordocomoclima,aculturaeoutrasespecificidadesdaregião.Comessaproduçãoquesediferenciavaporcontemplarcarácteres regionais, Severiano se destacou no cenário latino-americano. Nesse contexto, esseprojetotevecomoobjetivo investigarsuaproduçãoapartirdasobrascotidianasquetrouxeramprestígioelongevidadeparaseuescritório,essasobrasaindasãopoucoconhecidasepesquisadas,contribuemparaumentendimentomaisamplosobresuaprodução.Pelaquantidadedeprojetosdo escritório e pela diversidade dos programas realizados, essa pesquisa decidiu focar na obraresidencialunifamiliardoarquiteto,quesomaaproximadamente90residências.Dessasresidênciasqueforamlevantadashápoucasinformações,enãosesabeasquedefatoforamconstruídas,asque já foramdemolidasouoestadoatual emque seencontram.Dessamaneira, essapesquisalevantouessesprojetosnoacervopessoaldeSeveriano,que foidoadoaoNúcleodePesquisaeDocumentaçãodaUFRJ,parapodercomeçaramapearecriarfichasquesintetizasseminformaçõessobre cada uma dessas residências, atentando para: o nome e ano do projeto, o cliente que oencomendou,ainserçãourbana,astécnicasconstrutivas,osmateriaisutilizados,osdetalhamentose a composição arquitetônica. Esse método de estudo contribuiu para a organização dasinformaçõeslevantadasepossibilitouumaanálisecríticaseriadade15dessesprojetos.

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5.AnálisedesuperfíciesativasdeEladioDiestesobaóticadaparametriaMablyRocha(EC/BolsaIC-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Prof.Ms.FelipeMelachos(EC)A pesquisa está inserida namacro-temática de processo de projeto, e seu objetivo principal éanalisar a concepção estrutural de superfícies ativas de Eladio Dieste a partir da modelagemparamétricaefabricaçãodigital.OobjetivosupracitadosugereassuperfíciesativasdeEladioDiestecomopremissadeobjetodeestudo,cujorecorteconsistedasabóbadasautoportantesestruturadasem cerâmica armada presentes nos galpões industriais de Eladio Dieste erguidos no cone sulduranteasegundametadedoséculoXX.Ametodologiadestetrabalhoestácalcadanaanáliseeesgotamentodeestudosdecaso,pormeiodeseuredesenho,modelagemparamétricaefabricaçãodigital.OssoftwaresinicialmenteelencadosparaestapesquisasãooRhinocerosjuntamentecomopluginGrasshopper,de tal sorteaauxiliaraextraçãodomáximodepontosdeconcentraçãodeesforçose indíciosdoprocessoprojetual propriamentedito.A concepçãoestrutural naobradeEladio Dieste carece de explorações acadêmicas a altura de suamagnitude, de tal sorte que amodelagemparamétricaeafabricaçãodigitalserãoúteisnosentidoderefletiracercadesuatécnicaconstrutiva em cerâmica armada e seu resultado formal. A justificativa desta pesquisa se pautajustamentenasupracitadaescassezdediscussõesacadêmicasacercadaconcepçãodaestruturanaarquitetura através do desenho paramétrico bem, assim como pesquisas de viés analítico equantitativoacercadesuperfíciesativaseaobradeEladioDiestepropriamentedita.Mesa6OutrasterritorialidadesecartografiasComentário:Prof.Dr.FabioLopes(IAU-USP)Coordenação:Prof.Ms.AlexandreBenoit(EC)1.AnálisedaimagempúblicadobairroVilaNova,Campinas,atravésdemapascaricaturaisThaisBernasconiJardim(FEC-Unicamp/PIBIC-CNPq)Orientação:Prof.Dr.EvandroZiggiatiMonteiro(FEC-Unicamp)A análise da paisagem urbana não deve se limitar à morfologia e às questões físico-espaciaisurbanas,mastambémconsiderarquecadacidadãopossuivastasassociaçõescomelaegeraumaimagemcomlembrançasesignificados.Logo,deve-seconsiderarqueoshabitantesnãosãomerosobservadoresdacidade,maspartedela.Oconjuntodessasimagensmentaisforma,segundoKevinLynch (1960), a imagem pública da cidade. Em seu trabalho, Lynch (1960) refere-se a cincoelementosquesãodeimportânciavitalparaoreconhecimento,locomoçãoelocalizaçãodentrodacidade.Esseselementospodemserconsideradossuamatéria-primaesãoclassificadosdaseguintemaneira:vias(canaisdecirculaçãocomoruas,rodovias,canais),limites(fronteirasentreduasfases),bairros(regiõesmédiasougrandesdeumacidadecomcaracterísticasprópriasqueosdefinem),marcos(referêncianãopenetrávelpeloobservador)epontosnodais(lugaresestratégicosdeumacidade para quais ou a partir dos quais o observador se locomove). Com base na teoria emetodologiapropostaporLynch,foirealizadoumestudodecasodobairroVilaNova,emCampinas,SP,afimdecompreenderaimportânciadarelaçãosensorialdoshabitantescomsuacidade.Alémdeoestudovisarextrairaimagempúblicadobairro,apesquisatambémtevecomofocobuscaracompreensão subjetiva da cidade, a experimentação de novos modos de mapeamento erepresentaçãodacidade.Paraisso,testouaeficiênciadousodenovosmodosderepresentaçãourbanaatravésdemapasmentaisoucognitivos(aquelequedependediretamentedacogniçãodoobservadoremrelaçãoaoseuambiente)emapascaricaturais(aqueledesenhadocomelementostridimensionais, enfatizando locais da cidade conforme seu significado para determinadas

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comunidades).Comoresultado,pode-seafirmarqueobairropossuiumalegibilidadevisualclara,jáquehouvecorrespondênciaentreolevantamentotécnico-espacialeaimagempública(mapascognitivoseentrevistas).Alémdisso,osmapascaricaturaisseapresentaramcomoumaboaformaderepresentaçãográficaalternativa.Apesquisavalidaaimportânciadeassociarmétodostécnico-objetivoscomosdenaturezasócioperceptivaparaaanálisedapaisagemurbana,poisacidadepossui aspectos físicos que são compreendidos por uma leitura técnica e através de uma facesubjetivareveladapelosseushabitantes.2. Representações gestuais: cartografias femininas bordadas como prática espacial na cidadecontemporâneaLetíciaPestana(Senac/ProgramadeIC-Senac)Orientação:Prof.Dr.RicardoLuisSilva(Senac)Oprojeto,aindaemdesenvolvimento,integraalinhadepesquisaMetamorfoseUrbana-CidadeMapeada: narrativas urbanas e metamorfoses espaciais na cidade contemporânea e pretendeinvestigarasrelaçõesestabelecidasentreocorpo-individualfemininoeoespaço-temponacidadecontemporâneatendocomomeiodeaproximaçãoobordadoeamemória.Ainvestigaçãoocorreráatravésdemapasafetivos,poéticos,físicos,sociaisdostrajetoscotidianosetambémdaconstruçãode um bordado-memória pormeio de cartografias gestuais e da vivência individual, observadosempreasrepresentaçõesespaciaisrefletidasnapaisagem.Aqui,opontodobordadoserelacionacomo atode caminhar, ambos sediferemdo tempoda cidade.Obordadoexigeoutro tempo,assumindoassimqueparaviveracidadeemsuatotalidadeéprecisopriorizaraescalamenoresualentidão.OprojetoéaplicadoemtrêsruasdaregiãocentraldeSãoPaulo:RuaAugusta,AvenidaSão João e Rua 25 de Março, que foram escolhidas através da criação de uma lista depotencialidades que incluem itens como engajamento social, passagens notáveis do tempo,resquíciosdetipologias,multiplicidadedeusosepossibilidadesdiversasdediálogoscomocorpo.Nessas ruas, vêm sendo explorados seis conceitos-base da pesquisa: psicogeografia, caminhar,cotidiano,etnografiaurbana,coleçãoeflâneuse.Conceitosestesqueajudamanarrareconstruirapaisagem,a fimdedesvendarquais sãoos rastros femininosdeixadosnamemóriadessas ruas,descobrirquemsãoaspersonagensquecompõemesseespaçoetambémparaentendercomoessecorpopercebeeserelacionacomocotidianonacidadecontemporânea.Ocorpofemininocitadoéumageneralidadeemâmbito social, portanto, contempla todomodode sermulher,mas comoprocessometodológico, a pesquisadora assume seu olharmais atento à cidade e constrói suasprópriasexperiênciascomoflâneuse.“Quandojánãonoscontentamoscomamerarepresentaçãodo objeto, quando apostamos que todo conhecimento é uma transformação da realidade, oprocesso de pesquisar ganha uma complexidade que nos obriga a forçar os limites de nossosprocedimentosmetodológicos[...]Nessesentido,conhecerarealidadeéacompanharseuprocessodeconstituição,oquenãopodeserealizarsemumaimersãonoplanodaexperiência.Conhecerocaminho de constituição de dado objeto equivale a caminhar com esse objeto, constituir esseprópriocaminho,constituir-senocaminho.Esseéocaminhodapesquisa-intervenção”(PASSOS;BARROS.2015.p.30-31).3.CartografiadasterritorialidadesculturaisBeatrizR.SDias,FelipeA.Brunelli,LucasB.Rodrigues,MaríliaSerra,MarinaSchiesari,MarinaD.Bagnati, Pedro H. Norberto, Rebeca D. de Paula, Sabrina S. Sobreiro, Stella B. Tamberlin (EC /ConselhoTécnico-EC)Orientação:Prof.Dr.PedroM.R.Sales(EC) Cartografia das Territorialidades Culturais é um projeto desenvolvido por uma equipeinterdisciplinardaEscoladaCidade.TeveinícioemumconvêniofirmadoentreafaculdadeeoSesc,visandoaconstruçãodaunidadedefinitivadoSescCampoLimpo.Estapesquisatevecomoobjetivo

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estudaraproduçãoculturaldaregiãoeosespaçosemquesedáparaoferecersubsídiosaoprojetoarquitetônicodoSescCampoLimpo.ParaconsiderarsuainfluêncianafuturaunidadedoSesc,foramconsideradosos coletivos culturaisque se localizamemum raiode3kmdoSescCampoLimpo,escolhidosdeacordocomadefiniçãodeTerritorialidadeCultural-“Modosdepovoarcoletivamenteotempo,foradasegmentaçãoduradavida:família,escola,assistênciaesuas“idades”-diantedaformacomoestas seapropriamdo territórioapartirdoempregode seuconteúdoeexpressãodiscursiva.Diantedestadefiniçãodasterritorialidadesculturais,anoçãodeculturaadotadaemsuaestruturaçãoéumaquevisoutrilharentreossentidosdapalavraculturanaantropologia.SegundoWagner(2010)“podemosfalardeculturacomocontrole,refinamentoeaperfeiçoamentogeraisdohomemporelemesmo,emlugardaconspicuidadedeumsóhomemnesseaspecto”.Porsuavez,ManuelaCarneirodaCunha (2009) adescreve como“esquemas interiorizadosqueorganizamapercepçãoeaaçãodaspessoasequegarantemumcertograudecomunicaçãoemgrupossociais”.Esta pesquisa, utilizou métodos de pesquisa variados e se dividiu nas seguintes etapas: (a)Constelações:Descriçãoestatísticaegeoprocessadatantodalocalizaçãodeespaçoseeventosdeproduçãoculturalnão institucional -espaçoseeventosaqui identificadoscomoterritorialidadesculturais - quando dos contextos urbanos em que se encontram inseridos e com os quais serelacionam diretamente. (b) Redes: A partir do levantamento de campo e de elaboração dediagramasvetoriais,busca-seadescriçãodasescalasnela(s) implicadas(local,urbana,regionalemetropolitana)eosfluxos(depessoas,deideias,deritmos,denarrativas,hábitosecondutas),queatravessam,arrastam,operamedãosentidoacadaterritorialidadecultural(c)Tipos:Mapeamentoe sistematização dos tipos dos espaços (condições ou suportes físicos) onde se dá a produçãoculturalcoletivano territóriodoCampoLimpo,apartirdo identificar,caracterizareagruparemsériespertinentes,asestruturasmorfológicasdacidadeedosedifíciosparadefiniroslugaresdeoperação de cada territorialidade cultural. (d) Grid: Produção de material gráfico que reúne,sistematizaeconfrontaentresiasinformaçõesobtidasnasfasesprecedentesdiantedeummesmopesoemedida,comoobjetivodefazeremergirpadrõesderegularidadesreconhecíveisentreasdiversas manifestações e eventos que constituem cada uma das territorialidades mapeadas eanalisadas. (e)Cruzamento:Atividadedevolutivaatravésdediscursoedebateabertoatodososagentes culturais do Campo Limpo que tenham participado da pesquisa, organizados segundodinâmicaqueincluiexposiçãofísicaedivulgaçãomaterialdosrelatóriossínteseeoraldosresultadosobtidos. (f) Site: Reunião de modo conclusivo dos resultados e conclusões de modo a seremrelatadasemformadetexto,desenhostabelasequadrosaprepararmaterialparaosite.4.EntreSãoPauloeLisboa:imigração,cidadeeculturagastronômicaOtáviodeOliveiraMelo(FAU-USP/PIBIC-CNPq)Orientação:Profa.Dra.AnaLanna(FAU-USP)SãoPauloeLisboasãolugaresexemplaresnacontínuaformaçãodeumapaisagemmulticultural,ondeaexperiênciaeoespaçourbanoemsi,sãomarcadospelacoexistênciadeelementosdegruposde grupos culturalmente diferenciados. Tal cenário se dá principalmente pela presença denumerosos grupos imigrantes de diversas nacionalidades que transitam pelas cidades e nelasconstroem lugares de identificação, importantes no processo de fixação dessas populações. Osespaçosconstruídosporimigrantesemambasascidadesreúnememsioglobaleolocal,etornampossívelaanálisedofenômenomigratórioapartirdediferentesníveisdeescalas,queoperamemrelação contínua. Na medida em que são resultados das circulações estrangeiras e objeto deinteresse de setores importantes das sociedades receptoras, esses lugares concentram tambémquestõesnosdizemdarelaçãoentregruposculturaisdiversosedaconstituiçãodenovosespaçosurbanos e urbanidades possíveis, que se dão a partir das trocas negociadas entre nacionais eestrangeiros.Escolhemosentãoanalisarapopulaçãodeorigemafricanaqueseinstalaemambasas cidades, estabelecendo um quadro comparativo que nos permita compreender algumasdimensõesdossignificadosdeserafricanoemSãoPauloeemLisboa,quesedãoapartirdarelação

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potente entre a gastronomia e as estratégias de inserção na comunidade de acolhimento, bemcomoentreagastronomiaeavalorizaçãodeumamulticulturalidadeporpartedascidades.SendoentãoaexperiênciadessesafricanoscentralparaumestudoquecompreendeascidadesdeSãoeLisboa a partir do campo cultural referenciado nas contribuições estrangeiras. Assim, a culturagastronomianospermitecompreenderasdimensõessociaiseculturaisnarelaçãoentrenacionaiseestrangeiros,umavezqueoatodesealimentarnãoéapenasbiológico,masétambémsocialecultural.Possuiumsignificadosimbólicoparacadasociedadeeparacadacultura,configurando-secomoumfatordediferenciaçãocultural,umavezquea identidadeécomunicadapelaspessoastambématravésdoalimento.Éapartirdanoçãodequeaalimentaçãoétambémmemóriasocial,quepodemoscompreendercomoosgruposestudadosexpressamsuasmarcasdeculturaedelassevalemparabuscaracolhimentonassociedadesqueosreceberam,reconfigurandotambémsuaspróprias identidades. A gastronomia assume um papel de intermediária na relação entre asdiferenças,superandoaideiadequesejaapenasumveículodetransmissãodebagagensculturais.É então nos espaços dos restaurantes africanos que podemos observar esta multiplicidade designificadosdaculturagastronômica,daculináriaedoalimento.Apesquisavale-seentãodoestudodedoisrestaurantesafricanos,o“Biyou’z"(camaronês)localizadoemSãoPauloeo“CantinhodoAziz” (moçambicano) localizadoemLisboa.Escolhidosporcongregarememsi,diversosaspectosdestarelaçãoentrenacionaiseestrangeirosquetangehistóriasnacionais,constituiçõesespaciaiseexperiênciasurbanas.5.AJungledeCalais:umacidadeaesperaNathaliaNascentedeLima(FAU-USP/PIBIC-CNPq)Orientação:Profa.Dra.AnaLanna(FAU-USP)Esta pesquisa tem como enfoque o acampamento de refugiados Jungle de Calais, no norte daFrança,quetevesuasorigensaindanosanos90,atingiuseuaugenosanosde2015e2016,oqueculminouemsuadesmontagememoutubrode2016.Esteacampamentoganhoubastanteespaçonamídianosúltimosanosporlevar,paraocontinenteeuropeu,problemáticasepopulaçõesantesmantidasadistância–empregando,noterritório francês, lógicasdeocupaçãomuitodistintasdacidadehistórica tradicional. Chegando a abrigar de 6000 a 10000 “imigrantes” ou “exilados” noiníciode2016, a JungledeCalais foi tratadaora comoumaameaçaao território e à sociedadefrancesa (por grande parte da mídia) ora como uma forma urbana inovadora que deveria servalorizada(porgruposdepesquisacomooPEROUeseuprojeto“NewJungleDelire”,doqualfizparte durantemeu intercâmbio). Nesta pesquisa, essas duas formas de visão são justapostas àpercepçãoerepresentaçãodestelugarapartirdaexperiênciadeseuspróprioshabitanteseatores,deformaapensar,espacialmente,oconceitocolocadopeloantropólogoMichelAgierdocampoderefugiadoscomoumacidadeemespera,comumaurbanidadeempotencial.ApartirdeumagrandevariedadededocumentosproduzidosemvisitasdecampopelospesquisadoresdogrupoPEROU(fotos,mapas, desenhos, análises) e de entrevistas e levantamentos feitos pormim, é possívelapresentar a organização e as dinâmicas do acampamento, problematizando sua relação comacidade formal. Os documentos levantados mapeiam e estruturam o espaço construído doacampamento, o que permite uma descrição detalhada, não só espacial, mas também social eculturaldaJungleCalaisduranteoperíodoqueelachegouaoseuaugepopulacionaletambémaocomeçodesuadesaparição.Asprincipaisquestõescolocadassão,inicialmente,aatuaçãodoEstadofrancêsnoacolhimentoeafastamentodessaspopulações.Baseando-senoenfoquedepensadorescomoBaumaneMichelAgier,entende-sequeaodeixarosimigrantessobocontroledo“governohumanitário”,ainserçãodessesnasociedadeenacidadeformalnãoéprevistaeassim,elesficampermanentementemantidosàmargem(espacialesocialmente).Emseguida,apartirdaanálisedosdocumentos, pensa-se na organização espontânea do espaço como uma forma de suporteidentitário.Issoporqueasformasdemoraredeviverdasdiferentesculturasquepassarampeloacampamentoforamespacializadas.Paraessaleitura,oredesenhoeoestudodasplantasecortes

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dasestruturasconstruídasesuasformasdecomposiçãosãoessenciais.AbasebibliográficaparaesteestudotrazconceitosdepensadorescomoMarcAugé(fundaçãodoespaçoantropológico),ArjunAppadurai(produçãodelocalidade),GastonBachelard,KevinLynchemaisumavezdeMichelAgier (raizamentodessaspopulações). Considera-se,por fim,queatravésdeumamaterialidademuito frágil, embasada por uma organização social potente, constroe-se o que parece ser umacidade, ou um povoado próprio. Por meio de ações políticas e de empreendedorismo de seushabitantes,oacampamentoadquireidentidade,dinâmicas,eformasdesociabilizaçãoprópriasquepodemserconsideradasreveladorasdeumaurbanidadeincipiente.Mesa7ModosdemorarepensarprojetualmenteahabitaçãoComentário:Profa.Dra.MonicaJunqueiradeCamargo(FAU-USP)Coordenação:Profa.Dra.GloriaKok(EC)1.Oedifíciomodularemsérie:Gemini,LarkeCoronetGuilhermeTrevizaniRibeiro(EC/BolsaIC-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Prof.Dr.CesarIwamizuShundi(EC/FAU-USP)OmotedestapesquisaéaprofundarotrabalhoiniciadoporCesarIwamizuShundi,apartirdesuatesededoutorado EduardodeAlmeida: Reflexões sobre estratégias deprojeto e ensino.Assimsendo,essapesquisaelege,dentreváriosedifíciosmulti-familiaresdoarquiteto,oEd.Gemini,de1969,divisordeáguasemsuaproduçãoarquitetônica.EsteprojetoestáinseridonocontextodoboomdaconstruçãocivilnacidadedeSãoPaulo,nosanos60,sendopromovidopelaconstrutoraFormaespaço. Desta maneira, mesmo sendo um projeto direcionado para a classe média emexpansão da cidade, deveria ser umprojeto de rápida e barata execução. Alémdisso, uma dasdeterminaçõesdaconstrutoraeradequeoprojetodoedifíciofossereproduzívelemoutroslotes.PararesolvertaisdemandasEduardodeAlmeidaoptouporumprojetoracionalizado,modulareutilizandoumasériedeelementosindustrializados.Destamaneira,escolhimeaprofundarnoEd.Geminiesuasrepetiçõesemoutroslotes-LarkeCoronet-demaneiraacompreenderaconcepçãoprojetual deste projeto de Edifício Modular a finco. Assim sendo, procurei entender como oselementoscriadosporEduardodeAlmeidanoedifícioenostérreosdiferememseusbenefíciosaopassoquesealteram.Dopontodevistametodológico,apesquisaconsideroudeinícioautilizaçãodo redesenho dos desenhos técnicos das obras e produção de diagramas para a melhorcompreensãodosprojetos,alémdisso,afacçãodemodelostridimensionaisfoiimprescindívelparaacompreensãodequestõesqueseampliamparaotridimensional.2. Habitação coletiva e espaço urbano em São Paulo: Edifícios Guapira e Hicatu, ConjuntoResidencialJardimAnaRosaRafaelLetizioSedeñoPinto(FAU-USP/FAPESP)Orientação:Profa.Dra.MartaBogéa(FAU-USP)OConjuntoResidencialJardimAnaRosafoiumempreendimentoimobiliáriodeaproximadamente55.000m²na regiãodo LargoAnaRosa realizadopeloBanco Lar Brasileiro entre 1950e 1960econtavacomedifíciosdedestacadosarquitetospaulistasdaépoca,comoAbelardodeSouza,PlinioCroce, Roberto Aflalo e, posteriormente, Salvador Cândia. O conjunto se destaca por rejeitar oraciocínio lote a lote e apresentar um leque de soluções formais relacionadas ao movimentomoderno. (BEDOLINI, 2014) (BARBARA, 2004). Eduardo Augusto Kneese de Mello projetou econstruiuosedifíciosGuapiraeHicatuentre1952e1953.Kneeseentraparaogrupodearquitetosdoempreendimentoquando,pormotivoseconômicos,estepassaporumarevisão.Osdoisedifícios

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eram parte dos blocos propostos pelo arquiteto em substituição à inúmeras residênciasunifamiliares.Osdemaisnão são construídosdevidoaumanova revisão,em1954,quando sãosubstituídosporduaslâminasdeSalvadorCândia.OsedifíciosprojetadosporKneesedeMelloseapresentamcomolâminasorientadasnosentidoLeste-Oesteetotalizam84unidades,42emcadabloco. Ao aliar o grande desnível do terreno à opção por apartamentos duplex, o arquitetoeconomizounasáreas comunsdecirculação,poisos seispavimentosprevistosemcadaedifícionecessitariamdeapenas trêsníveisdeacesso, todos ligadosdiretamenteà rua. (REGINO,2008)(SAMPAIO, 2002) Vale mencionar que tanto o primeiro projeto do Conjunto como a revisãopropostaporKnessedeMellomerecerampublicaçõesnaRevistaAcrópole,importanteperiódicode arquitetura da época. O objetivo da pesquisa é compreender a relação entre a arquiteturapropostaeatransformaçãodacidadeatravésdoprojetodosedifíciosGuapiraeHicatu,alémdasestratégiaseprincípiosprojetuaistomadospeloarquiteto.Nessesentido,apesquisapropõe:a)aanáliseespacialdastipologiaspropostas;b)arelaçãodessastipologiascomacidadeexistente;c)atransformação desses espaços do habitat no desenvolvimento da cidade; d) a recepção eincorporaçãoàdisciplinadasdiferentesalternativasee)aconsolidaçãodocumentaldessesprojetosparafuturaspesquisas.OestudosegueasistematizaçãopropostapelosCadernosdeHabitaçãoColetiva(CHC),baseadanametodologiadesenvolvidanaUniversidadePolitécnicadeMadridpeloGrupodeInvestigaciónenViviendaColectiva(GIVCO).Estaconsistenasistematizaçãodedadosdosedifíciosrelativosàsuaconstrução, localização, fachadas,usose tiposdehabitação.Consiste tambémno redesenhodeelementosprojetuais,comoplantas,corteseelevações,alémdoredesenhodebasescartográficasrelevantes. A presente pesquisa está ligada a outras pesquisas de iniciação científica e dácontinuidade ao projeto de pesquisa “Cadernos deHabitação Coletiva (CHC)”, coordenado peloprofessor LeandroMedranoe comaparticipaçãodosprofessoresHelenaAyoub, LuizRecamán,MartaBogéaeMiltonBraga.Emconjunto,pretende-seformarumestudoabrangentedassoluçõesarquitetônicasrelativasàhabitaçãocoletivanacidadedeSãoPauloemdiferentesépocas.3.Omodernocomoencomendaprivada:ocasodoJardimdasBandeirasLuizaMuylaertVoillotCruz(FAU-USP/PIBIC-CNPq)Orientação:Profa.Dra.JoanaMello(FAU-USP)Essetrabalhoseinserenapesquisa“Oavessodaarquiteturamoderna:domesticidadeeformasdemorar na habitação privada brasileira 1940-1960”, elaborada pela Profa. Dra. Joana Mello deCarvalhoeSilvaecompartilhacomelaseuobjetivoprincipaldeentenderaaceitaçãodaarquiteturamodernanoBrasilpelosclientesprivados,porémcomumrecortetemporalligeiramentediferente:entre os anos 1950 e 1970. A disseminação da arquitetura moderna no Brasil coincide com aintensificaçãodosprocessosdemetropolização.EmSãoPaulo,comoemoutrascapitaisdopaís,umconjunto de loteamentos foi aberto ou ocupado em meados do século XX, a maior parte dasconstruçõessendoderesidênciasunifamiliaresemuitasdelasseguindoalinguagemconsagradaapartirdaexposiçãoBrazilBuilds(1943).Partindodessacoincidêncianamaterialidadedacidadeetraçando comparações com o pressuposto divulgado pela historiografia de que a arquiteturamoderna,teriasedisseminadonascamadasmédiasbrasileiras(MARTINS,2002),assimcomonomundo,apósessaexposiçãonoMoMA,apresentepesquisasepropõeaaveriguarcomoequaismudançasnasociedadebrasileiradosanos1950teriamlevadoàencomendadecasasmodernasenãodeumoutroestiloarquitetônicoqualquerporpartedaclientelaprivada,alémdedefinirqualomodernoqueestavasendoproduzidonoperíodo,diferentedaquelereconhecidocomoBrazilianStyle.Entendendoquenãosepodeavaliarumatendênciasocioculturaltomandoumacasaisolada,foiestudadaaocupaçãodobairroJardimdasBandeiras.Paratanto,buscou-seinvestigarasformasde divulgação da arquitetura ditamoderna pelos veículos especializados, assim como daquelesvoltadosparaopúblicoemgeral,partindodahipótesedequehánoperíodoumamudançanosentido de domesticidade que se materializa na construção de um novo padrão residencial

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impulsionadopormudançassociais,nasformasdeestruturaçãodafamíliaenasrelaçõesdegênero,bemcomopeloidealdoamericanwayoflife.4.FormasdemorarnosEstadosUnidos:RichardNeutraFelipeKilarisGallani(FAU-USP/PIBIC-CNPq)Orientação:Profa.Dra.JoanaMello(FAU-USP)EstapesquisatemporobjetivoanalisarosprojetosresidenciaisdoarquitetoRichardJosephNeutra(1892-1970).ApartirdolevantamentodeseusprojetosresidenciaisedaanáliseespecialdaDesertHouse (1946), também conhecida como Casa Kaufmann, avaliou-se o contexto histórico e oprocessocriativodoarquiteto,reconhecendotransformaçõessociais,especialmentenotocanteaosideaisdedomesticidade, as relaçõesde gêneroedisciplinares. Contribuiupara a investigaçãooacessoàcoleçãoRichardandDionpapers,1925-1970(UCLA)quepermitiualémdaidentificaçãodecaracterísticas da sociedade norte-americana a comprovação da singular relação que Neutramantinha com seus clientes em cada um dos projetos. Assim, entendendo a casa como umdocumento,apesquisapodecontribuirparaahistóriadahabitaçãomoderna.5.Gêneroepreservação:diferentesexpressõesnosmodosdemorarThaysTeixeiraGuimarães(FEC-Unicamp/PIBIC-CNPq)Orientação:Profa.Dra.SabrinaStudartFonteneleCosta(IFCH-Unicamp)Apresentepesquisadedica-seaoestudodosregistrosdaspráticasdomésticassobumaperspectivadegênero.Oestudoéfeitoatravésdaanáliseprincipaldetrêsespaçosdistintos:aCasadeDonaYayá, o Museu Frida Kahlo e a E1027, situadas em São Paulo, na Cidade do México e emRoquebrune-Cap-Martin,respectivamente.Osambientesemqueasresidênciasmencionadasestãoinseridassãocontextualmenteefisicamentedistintos,oquepermiteumaanálisedecadaumaemsuas singularidades. Através desta pesquisa, se percebe a discussão de gênero praticamenteintrínsecaaoespaçodoméstico.Assim,procura-seentenderanarrativaconstruídaemcadaumadas residênciasumavezqueelasmostrammuitodos rituaisemodosdepensareviverdeseushabitantes.Ashilan(2009)serefereàscasascomolaboratóriosdomésticosdavidacotidianaederituaisprivados,oquejustificaamotivaçãoparaatransformaçãoespacialemmuseus.Odebatesobreasdiferentesexpressõesdehabitabilidadebemcomosobreosprocessosdeconservaçãoeintervenção que tomaram posse em tais ambientes é feito através de uma comparação cominstituições casa-museu já consolidadas. Sobretudo, foram escolhidas residências da primeirametadedoséculoXX,devidoàsnotáveismudançasnospadrõesdeorganizaçãodomésticaedopapel dasmulheres nestes ambientes internos – período tambémde ingresso dasmulheres nodomíniopúblico.AhistoriadoraVâniaCarvalho(2008),escreveuemseulivro“GêneroeArtefato”,é na moradia que observamos com facilidade os fenômenos de produção e reprodução dasdiferençasentrehomensemulheres.Paraavançaradiscussãosobreaausênciafemininanoquadrodepersonalidadesquetiveramseusregistrospreservadosatravésdoprojetodacasa,apesquisatentaseapresentarsobaperspectivademulherescentraisnaformaçãodoprogramadomésticosejamelasarquitetas,usuáriasouclientes.Oprojetotrazà luzapercepçãodequeascasassãoconstruídasatravésde três fatores: apersonagemquenela residiu,oedifícioe sua inserçãonoespaçoeépoca,paracontribuirparadespertaropotencialdeatuaçãodefuturascasas-museueaconservaçãodecasashistóricasedamemóriadeseuspersonagens.ComorelembraNora(1993),sehabitássemosaindanossamemória,nãoteríamosnecessidadedelheconsagrarlugares,porquenãohaveriamemóriatransportadapelahistória.Mesa8CulturavisualecidadeComentário:Profa.Dra.CristinaMeneguello(IFCH-Unicamp)

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Coordenação:Profa.Dra.AnnaBeatrizAyrosaGalvão(EC)1.UsosetransformaçõesdosriosdeSãoPauloentrefimdoséculoXIXemeadosdoXX:UmestudohistóricoapartirdefotografiasAlexandreKokMartins(EC/BolsaIC-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Profa.Ms.AmáliaCristovãodosSantos(EC)

Apesquisa‘UsosetransformaçõesdosriosdeSãoPauloentrefimdoséculoXIXemeadosdoXX:Um estudo histórico a partir de fotografias’ tem como objetivo compreender o processo deurbanização que se deu entre final do século XIX e início do XX, a partir de umolhar para trêsimportantes rios de São Paulo: Anhangabaú, Tamanduateí e Tietê. Esta época da cidade foi umperíododegrandestransformaçõesurbanas,tantopeloaumentodecapital-geradopelasfazendascafeeiras - como pelo aumento populacional e mudança de padrão estético das elites –influenciadospelaimigraçãoeuropeiaqueaconteciaemmassanoperíodo.Estapesquisatevecomodocumento de pesquisa principal fotografias de época. Para isto, foram selecionadas fotos deautoresmaisconhecidosdoperíodoetambémdeautoriasanônimas.Apartirdelas,foramfeitasanálisesdastransformaçõesurbanasqueculminariamnotemadereflexãoproposto:osusosdosriosdemeandrosnaturaisecanalizados.Parafazerasanálisesurbanasdacidade,foramutilizadasfotografias de época, sendo amaioria de fotógrafos já conhecidos e estudados, alémde algunsautoresanônimos.Para isso,as imagens foramselecionadasdedoisacervosdigitais -aCasadaImagemeaBrasilianaFotográfica,ondeestãoas fotografiasdo InstitutoMoreira Salles.Apósaescolhadasimagens,cadaumadelasfoicatalogada,elencandoautor,data,local,orioregistradoealgunselementosperceptíveisnafoto-como,porexemplo,amargemoriginaloumodificada,apresençadelavadeiras,canoasebanhistas.Simultaneamenteaesteprocessoiconográfico,foramlidos livros e teses que buscam explicar o desenvolvimento da cidade de São Paulo no períodoestudadoequaisasrelaçõesurbanascomosrios.Paraisto,foramlidosalgunsautorestradicionais-RichardMorseeErnaniSilvaBruno-eoutroscontemporâneos,comoJoséPauloGouvêaeHugoSegawa.ParaaleituradasimagensostextosdeThaísAraújo,UlpianoMeneses,BorisKossoyeVâniaCarneirodeCarvalhoeSolangeFerrazdeLima.Apósasleiturasdasfotografias,percebe-sequeasobrasdecanalizaçãoeretificaçãodosriosdiminuíramarelaçãoentreaspessoaseosfluxosd’água.Comasmargensnaturais,osrioseramlocaisdelazer,deserviçodomésticoedeextraçãodeargila.Todosestesprocessosocorriamsimultaneamente.Porém,apósasobrasde intervenção,os riosdeixamdeserlocaisondemuitasatividadesacontecem.Aáguanosespaçospúblicospassaaterafunçãodeesgotoemalgunsfluxosoudecorativaemfonteselagos.Assim,arelaçãodiretacomaspessoasacabaeosrioscaemnainvisibilidadecotidianadacidadedeSãoPaulo.

2.Revelandoocotidiano:leiturasfotográficasdoontemedohojeVanessaRamosAraújo(Senac/ProgramadeIC-Senac)Orientação:Prof.Dr.RicardoLuisSilva(Senac)O projeto, ainda em andamento, dentro da linha de pesquisa 'Metamorfoses Urbanas - CidadeMapeada’,investigatrêslocaispróximosgeograficamente,situadosnaregiãocentraldacidadedeSãoPaulo,queguardamdistinçõesesemelhançasentresi:aspraçasdaRepública,RooseveltedaSé.Carregadademuitashistóriasetransformaçõesaolongodesuaexistência,aPraçadaSééhojefrequentadaporpoucos,considerandoseuportee importância.Édividida:umaparte(pátioemfrenteàigrejacomaspalmeiras)maisàvistaeocupada,tambémusadacomopassagem;aoutraparte (espelhosd’água) pouco frequentadaehabitada, cujonoespaço físico é, no geral, poucoexplorado e com pouca diversidade de uso. Essas características foram consequência de suastransformações.APraçadaRepúblicatambémseconfiguraemduasgrandespartes,evidenciadaspelodesenhodepiso,assinalandopontosdepassagemeparadadepedestres.Numasepodeusaradiversidadeconstantedearranjosetransformaçõesefêmerasaolongodasemana.Nela,mesmo

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quandonenhumafeiraououtrotipodeeventoacontecehápessoasusandooupassando.Naoutraparteavelocidadeparecediminuirdebaixodagrandemassadeárvores,pelosomdaáguadolago,avistadapontequetetrazreferênciasdeumaépocaquepassou,masaindapermanece,etambémosomdascriançasdaescolaaliexistente,abrigadapelasárvoresenvolventes,queconvivecomasdiferençasquealihabitamoespaço.APraçaRoosevelttransmiteasensaçãodeserimensamentemaiorpelousointensoevariado,quepareceestardiretamenterelacionadoàdiversidadedosusosemseuentorno.Napartemenor,poucovista,nasombradeumapequenamassadeárvoresseesconde o que seria um pequeno parque infantil, que assumiu novos usos construídos pelocotidiano dos passantes. Outras áreas são usadas por skatistas, agitadores culturais e outrosvisitantescomfinsmúltiplos.Noprocessodeinvestigaçãoempíricasurgiuanecessidadederegistrodosgestosurbanosqueocorrematualmenteepesquisarascaracterísticasdessaspraçasemépocasanteriores,paramelhorentende-las,sendoinevitávelestabelecerumprocessodeseleção,dadaaimensidãodomaterialencontrado,optando-seporolharparasuasmultiplicidades.“Emseulugar,podesercultivadaaatençãocartográficaque,atravésdacriaçãodeumterritóriodeobservação,faz emergir um mundo que já existia como virtualidade e que, enfim ganha existência ao seatualizar” (KASTRUP, 2013, p.50). Foram realizadas sessões fotográficas rápidas e pesquisas dahistória dos locais estudados. Num momento posterior de reflexão serão gerados recortes docotidianoquepropõemumdiálogodopassadocomocontemporâneoeentreosmapeamentosafetivoehistóricocomfiltrossensíveisparacategorizaradiversidadedeusos,percepções,daquiloquesecaptavisualmenteeatravésdeoutrossentidosemeios,fundamentaisparaavidaurbana.3.ORionasfotografiasdeAugustoMalta:imagensdeumacidadeem"regeneração"AlexandreDuarteBassanieThomázFortunato(FFLCH-USP/PET-USP)Orientação:Prof.Dr.MiguelSoaresPalmeira(FFLCH-USP)Esta pesquisa procurou investigar a criação de um discurso visual e fotográfico elaborado porAugustoMaltanaprefeituradacidadedoRiodeJaneironoperíododasreformasurbanasdePereiraPassosnoiníciodoséculoXX.Buscoulocalizarolugardestanarrativafotográficaemumregimedevisualidademodernoesuafunçãopolíticadecriarumaimagemsobreacidadeemtransformaçãoapartirdaanálisedeumconjuntodefotografiasqueveicularamsimbolismospolíticosatravésdodiscursovisual.FoidesenvolvidacomoSeminárioAbertodePesquisa,noâmbitodoProgramadeEducaçãoTutorial.4.OCinemacomomeiodereflexãodacidadeLaraGirardiCaitano(EC/BolsaIC-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Prof.Dr.EduardoCosta(EC)A presente pesquisa - O Cinema como meio de reflexão da cidade - tem como objetivo deinvestigaçãodoiscurtas-metragensproduzidosporarquitetasecineastas,noambienteacadêmicodaUniversidadedeSãoPaulo.Lançadosnosanos1990ehojepertencentesàseçãodeIconografiada Biblioteca da FAU-USP, São Paulo, Sinfonia e Cacofonia e São Paulo, Cinema-Cidade foramproduzidoscomfinanciamentodaFAPESPecolocaramemdebatealinguagemaudiovisualcomomeio para se pensar a cidade. Esta pesquisa propõe avaliar estes dois curtas-metragens comodocumentosexemplaresdosmodosdesepensaracidadeeoseuplanejamento,nofinaldoséculoXX.Trata-se,portanto,dereconhece-loscomodocumentosdeumahistóriaintelectual,assimcomoexpressõesdesignificativovalorparaahistóriadaarquiteturanoBrasil.5.Memóriaeidentidade-umestudosobreaidentidadeurbanadeBerlimGabrielaCarolineCavalcante(Unicid)Orientação:Prof.Ms.RodrigoAssumpção(Unicid)

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OconceitodeTerrainVague(vaziosurbanos)édefinidopeloArquitetoIgnasideSolà-Moralescomoespaçosociososnosquaisaausênciaéassociadaalugaresdesabitados,vistocomopossíveislocaisdeencontronoespaço.Essetrabalho,colocaemdiscussãoumdessesvaziosurbanos,apresentadosno filme Asas do desejo. Primeiro será analisado as diversas fases de Potsdamer Platz.Posteriormenteevidenciamosquestõesdenarrativas,memória,pertencimentoevaziosinseridosemumaquestãosimbólicadoterritório.Nessesentido,apresentaremosadiscussãosobrememóriaenarrativaoespaçohabitadonacidadedeBerlimatravésdofilme,ondeaspersonagensvivenciamaangústiadacidadepós-modernaaomesmotempoemquetentamreconstruirsuasmemóriasemumacidadeoutrorasegmentadapeloMurodeBerlim.Sobopontodevistametodológico,háumaaproximação epistemológica da cidade apresentada no filme e as percepções de memória epertencimento,narradasporumpersonagemespecifico.Oquepropomoscomessaanálisedofilmeé estabelecer uma possibilidade de leitura do espaço urbano, a partir de uma narrativacinematográfica. Portanto, o presente trabalho versa sobre a Potsdamer Platz de Berlim, e asrelaçõesdeidentidadesurbanas.Mesa9Financiamento,gestãourbanaepolíticaspúblicasComentário:Profa.Dra.LucianadeOliveiraRoyer(FAU-USP)Coordenação:Prof.Ms.MarioReali(EC)1.Ofinanciamentodacidadeeasnovasestratégiasdemobilizaçãodemais-valiaurbanaPedroVitorMonteRabelo(UNIFOR/PIBITI-UNIFOR)Orientação:Prof.Dr.CarlaCamilaGirãoAlbuquerque(UNIFOR)Apesquisaampara-senacompreensãodosprocessosdeproduçãodoespaçourbano,partindodopressupostoqueasrelaçõesestabelecidasentreoEstadoea iniciativaprivadaestruturam-senapremissadegeraracumulaçãodecapital.Ditoisso,aoadotarateoriadarendadaterradeMarx,vislumbra-seumanovaformadeextraçãoderendadaterraurbanizadaapartirdaapropriaçãodosproveitosdavalorizaçãodoespaço.Dessa forma,apesquisaencontra-seorganizadaem3 (três)momentos: primeiramente realizou-se uma coleta de experiências, em busca de soluçõesalternativas e inovadoras para novas alternativas de financiamento da política urbana;posteriormente, desenvolve-se uma análise mais minuciosa do contexto local da cidade deFortaleza,natentativadecompreendereinvestigarosmecanismosutilizadospelopoderpúblicopara o desenvolvimento urbano, onde percebe-se uma tendência progressiva da PrefeituraMunicipaldeFortalezanautilizaçãodeinstrumentoscomoOutorgaOnerosadoDireitodeConstruire a Operação Urbana Consorciada como a principal forma de dinamizar socioeconomicamenteespaçosdacidade.Onde,istoposto,procura-sesistematizareanalisarasOperaçõesUrbanaslocaisafimderealizarumaanálisecríticadoreferidoinstrumentocorrelacionandosuasdiretrizeslegaisesuadevidaimplantaçãonacidade.Porfim,naterceiraetapadapesquisa,apósamontagemdoreferencialteórico,inseridoemumcontextodeinvestigaçãopropositiva,busca-setraçarcaminhosalternativosparaodesenvolvimentodasOUC,nointuitodealcançarocompartilhamentoequitativodos custos e benefícios, servindo de apoio à gestão e, respectivamente, melhores soluçõesurbanísticas e sociais. Para tanto, elabora-se uma matriz conceitual, para suporte à gestão doreferidoinstrumento,aqualfoipensadavisandoelencarvariáveisrelacionadasaoprojetourbano,asquaiscaracterizariamindicadoresdeavaliaçãodosmesmos.Istoposto,apartirdascorrelaçõespossibilitadaspelamatriz,realiza-sesimulaçõesdeintençõesprojetuaisemdeterminadasáreasdacidade,a fimdeviabilizarapropostadesenvolvida,ondeestas foramplanejadastomandocomopremissa principal a mobilização e a respectiva recuperação da mais-valia urbana pelo poderpúblico, na tentativa de obter a distribuição equânime dos bônus e ônus proporcionados peloprojetourbano.

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2.Estratégiasdeproduçãohabitacionalemparceriaspúblico-privadasemSãoPauloPedroHenriqueRezendeMendonça(FAU-USP/FAPESP)Orientação:Profa.Dra.PaulaFreireSantoro(FAU-USP)Apesquisafoidesenvolvidacomobjetivodecompreenderosprocessosdeestruturaçãoregulatória,institucionaleespacialdaParceriaPúblico-Privada (PPP)HabitacionaldeSãoPaulo.EssaPPP foiassinadaem2014peloGovernodoEstadodeSãoPaulojuntoàconstrutoraCanopusHoldingS/A,comobjetivodeconstruiregerirpor20anos3.686UnidadesHabitacionaisnaregiãocentraldacidadedeSãoPaulo.Essafoiaprimeiravezemqueumaparceriadotipofoiaplicadanapromoçãodepolíticashabitacionaisnopaís,oquedemandoupesquisasobrearegulamentaçãodasPPPsnoBrasil e no Estado de São Paulo. Os resultados desse levantamento, cruzados com a estruturainstitucional construída pelo Governo Paulista para promover parcerias e com os objetivos eestratégiasdaPPPHabitacionalpermitiuidentificaralgumascontradiçõesinerentesàessaformadeestruturação empresarialista do Estado. Em primeiro lugar, foi possível identificar como, noprocesso demodelagem da PPP, o Estado abriumão de promover uma política territorial bemdefinidaemnomedagarantiajurídicadeseuparceiroprivado.Osperímetrosdeintervençãoforamabandonados,eaaçãoacabouseconcentrandonadisposiçãodeterraspúblicas.Alémdosterrenos,o Estado também remunera o parceiro privado com uma contraprestação paga por unidadehabitacional, garantida por recebíveis da CDHU e pela Companhia Paulista de Parcerias. EssacompanhiatemlastrofinanceiroemaçõesdaSABESP,créditosdeconcessõesrodoviáriasepeloleilão de terrenos públicos em áreas de expansão do mercado imobiliário – muitos dos quaisocupadosporpopulaçãovulnerável,quesãoleiloadossemavisoouatendimentoprévioàsfamílias.Assim, os riscos assumidos pelo parceiro privado são baixos, enquanto os custos sociais einstitucionaisassumidossãoelevados.Por fim,as faixasderendaerequisitosparaatendimentopelaPPPHabitacionalnãodialogamcomasdemandasreaisdoshabitantesdocentrooucomasfaixasmaisafetadaspelodéficithabitacional.Omodeloadotadobuscaatenderfamíliascomrendamaior, a fim de diminuir a contraprestação e o risco de inadimplência, e escolhe omodelo depropriedade para conceder os atendimentos, em contraste com a moradia por aluguel quepredomina nas áreas centrais. A exigência de comprovar emprego formal no centro impede oatendimentoafamíliascompoucaestabilidadeempregatícia.Comas informações levantadasnapesquisa,épossívelconcluirqueomodelo institucionalqueestruturaasPPPsnoEstadodeSãoPauloeaPPPHabitacionalpossuemobjetivosconflitantes.Apesardaexpectativadeproduçãode20milunidadesviaPPPnocentroapartirde2011,aestratégiacontratoumenosde4milunidadesatéomomento,adespeitodetodososesforçosempreendidospeloEstadoedetodooônussocialassumido.3.DesafioseperspectivasdeutilizaçãodoinstrumentooperaçãourbanaPedroHenriqueBarbosaMunizLima(FAU-USP/FAPESP)Orientação:Profa.Dra.PaulaFreireSantoro(FAU-USP)Asoperaçõesurbanasocupam,desdeosanos1990,papeldedestaquecomoinstrumentosparaimplementação de projetos urbanos em São Paulo, num contexto produzido de crise dofinanciamentopúblicoeemergênciadoempresariamentourbanoedasparceriaspúblico-privadascomo únicas respostas supostamente possíveis. A partir das primeiras experiências deimplementaçãodoinstrumentofoiconstruídaumacríticaquemostrouadificuldadedasoperaçõesurbanasempromoverinteressespúblicos,sobretudopolíticashabitacionaisdesenhadasapartirdasnecessidadesdosterritórios.Alteraçõesrecentesderegulaçãoegestãoocorreramemdiálogocomestacrítica.Resultaramemmodificaçõesnasleisdeoperaçõesemvigorenaproposiçãodenovasoperações urbanas consorciadas – OUCs Água Branca e Bairros do Tamanduateí. Um dosdesdobramentos desta pesquisa é mostrar como essas mudanças foram insuficientes para

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implementarpolíticashabitacionaisconsistenteseincapazesdereverteralógicasegregadoradasoperações.Propomosumadiscussãosobreessaincapacidadenosvárioscontextosdeoperaçõesurbanas na cidade e argumentamos que as causas estão no modo de funcionamento doinstrumento. Dependente do desenvolvimento imobiliário concentrado, subordina os interessespúblicosàsnecessidadeseconômicasea lógicadoqueémais rentável,oque temsemostradoincompatível com uma política habitacional diversificada, pautada em direitos, e focada naspopulaçõesdemaiorvulnerabilidadesocial.Ahabitaçãosocialtemsidoempregadanosprojetosdereestruturaçãourbanarecentescomoinstrumentodenegociaçãopolíticaeferramentadediscurso,legitimandotransformaçõesterritoriaismotivadasporinteressesfinanceirosdoEstado-Capital.Umpapelcontraditório,porqueaindaquehajamresultadospositivos,sãoresiduaisoumitigadores,edeformaabrangente,têmcontribuído,emmuitoscasos,comprocessosdevalorizaçãoimobiliáriae aprofundamento das desigualdades socioterritoriais. Construímos na pesquisa leiturashabitacionais alternativas às que embasaram os projetos da OUCs Água Branca e Bairros doTamanduateí. Essas leituras tentammostrar a diversidadede situaçõesdeprecariedade, emaisalém, que há uma sobreposição de vulnerabilidades nas populações, apontando que asnecessidadesnãosãosomentehabitacionais,masurbanas,exigindoenfrentamentosprofundosediversos. Ao contrário, a fragilidade e ausência de leituras oficiais e da regulação conduzem àproposição de uma estratégia única de atendimento, a provisão, que não dialoga com asnecessidadesdosterritórios,masconversacomalógicaderentabilidade.Porisso,entendemosqueéestruturantedosprojetos,enãoumalacunaquepodeserpreenchida.Assim,seadesigualdadenascidadesbrasileiraséumaquestãoaserenfrentadadefato,eseéumhorizonteaproduçãodoespaçourbanodemocrático,pautadaporuma lógicadedireitos,propomos reflexõessobre (i)aimportânciadoolharparaaspreexistênciasnosterritóriossobreosquaisaterrissamosprojetosdereestruturaçãourbana;(ii)asincapacidadesdeorigemdasoperaçõesurbanasparapromoveraçõesquenãodialoguemcomalógicadarentabilidade-oqueincluipolíticashabitacionaisconsistentes;(iii)aincongruênciadodiscursodeneutralidadedosinstrumentosurbanísticosedainsistêncianoempresariamentocomoúnicaestratégiapossível,quetemlevadoacaminhosconhecidos;e(iv)anecessidadederepensarospressupostosdosprojetoseosprocessosdetransformaçãourbana.4.Asocupaçõesdemoradianocentrocomoproduçãodocomum?ReflexõesapartirdaOcupaçãoPrestesMaiaLucasMeirellesBatista(FAU-USP/PUB-USP)Orientação:Profa.Dra.MariaBeatrizCruzRufino(FAU-USP)OiníciodoséculoXXIfoimarcadoporumaintensificaçãodaproduçãoimobiliária,impactandonoaumentodopreçodasunidadeshabitacionaisenovalordosaluguéis,resultandonaampliaçãodonúmerodeocupaçõesaedificaçõesnosúltimostrêsanos.Nocontextodecrescentemercantilizaçãodascidadesdecorrentedoavançoneoliberalobservaumaondadeprivatizaçõesecerceamentosno âmbito urbano. Como resposta, são fortalecidos uma série demovimentos de caráter anti-sistêmico,confrontadodemododiretoesseavanço,abrindoperspectivaparapráticasquepartemdaideiadeumarevoluçãodocomum.Ointeressecrescentedeumconjuntodeautoresrelevantesna contemporaneidade sobre o tema do comum vem fortalecendo sua conceituação teórica ealgunsdesdobramentosconcretos.Visandoacompreensãodeumprocessoconcreto-asocupações-ereferenciando-senosdebatesemergentessobreotemado“comum”,tem-secomoobjetivoadiscussão das formas de organização dos espaços e afazeres coletivos nas ocupações,problematizandoapotencialidadecomoformadeproduçãodamoradiaenquantovalordeuso,osconflitosexistentesnocursodesuaconsolidaçãoesuaslimitações.Adiscussãoseráemtornodocomuminterpretandocomoosespaçossão(re)produzidosegeridos,dequemaneiraasaçõeseregrassãoestabelecidas,equaisasrelaçõesexistentesentreespaçoscompartilhadose.Ahipóteseéquenestasrelaçõesemergirocomum.Procura-seanalisardequeformaosconflitosinternoseexternosdaocupaçãoemergemesãotratados.Interroga-sesobreaslimitaçõesdacriaçãodeum

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condomínio como resultado final de um processo coletivo reforçando a individualização dapropriedade, procurando interpretar criticamente como as ocupações demoradia representamumaanunciadapeloconceitodecomum.Paraaprofundarodebateacercadocomumapartirdepráticasconcretas,optou-seporestudarocasodaOcupaçãoPrestesMaia.Foramdefinidasfrentesmetodológicas,possibilitandoumamaiorabrangênciadeconteúdosencadeandoapesquisa.Foramestas:Estudodecaso,pesquisabibliográficaequalitativacomlideresdomovimento,arquitetos,advogadosemoradores.Conclui-sequeomododeorganizaçãodomovimentoocorredemaneirahorizontaleverticaldeacordocomdeterminadosâmbitos.Demaneiraverticalacoordenaçãoatuacomo“umaestruturadegovernançaqueasseguraareproduçãode longoprazodorecursoedacomunidadequegoverna”(CORIAT,2016p.5)poroutroladoautilizaçãoosespaçoscoletivosdecadaandarocorredamaneiraqueesteacharmaisadequado,apartirda“coproduçãoderegrasdedireitoporumcoletivo”(DARDOTeLAVAL,2015p.271)emlocaisondeemergemmomentosdesolidariedadequeajudamafortaleceramanutençãodocomum.Conclui-sequeasocupaçõesseencontram nomeio de um embate de forças contraditórias. Se de um lado o espaço criado seemergeapartir do valordeuso representandogermesdoespaçodiferencial edaproduçãodocomumestevisaoenquadramentonoespaçoabstrato(BASTOSetal,2017).Mesa10TrabalhoemodosdeproduçãodoespaçoComentário:Prof.Ms.IsadoraGuerreiro(UsinaCTHA)Coordenação:Prof.Ms.PedroLopes(EC)1.Decompondoocanteiro-umaanálisecríticadapré-fabricaçãoeseuscanteirosdeobraMablyRocha(EC/EstágioempesquisaProjetoContracondutas-EC)Orientação:Profa.Dra.AnáliaAmorim(ECeFAU-USP)eProf.ValdemirLucioRosa(EC)Apresentepesquisainsere-senoprojetoacadêmico-científicodoContracondutas,desenvolvidonaEscoladaCidade,demaiode2016ajaneirode2017,quepartedequestõesabertaspelafiscalizaçãosobretrabalhoanálogoaotrabalhoescravoemumagrandeobraemGuarulhos,oTerminal3doAeroporto Internacional. Nela, pretende-se através de pesquisas acadêmicas e jornalísticas,associadas a atividades didático-pedagógicas, levantar, analisar, debater, problematizar ecomunicardeformaabrangenteasituaçãodotrabalhoanálogoaotrabalhoescravonaconstruçãocivil,refletindosobreseusrebatimentosnaproduçãodaarquiteturaeurbanismo.Estapesquisa,assimcomo todasasoutrasdesteprojeto, fazpartedoconvênioAssociaçãoEscoladaCidadeeMinistériodoTrabalho, tendo sido financiadapelaverbadoTermodeAjustamentodeConduta(TAC).Estalinhadepesquisaemespecial,insere-sedentrodogrupodeTecnologia,quetemcomoobjetivocomumaanálisetécnicadocanteirodeobras,seussistemasestruturaisedetrabalho,para entender e depurar dentro dos seus processos, o que propicia a ocorrência de casos tãofrequentesdetrabalhoescravonoescopodocanteirodeobras.Paratalintento,apesquisautilizacomoestratégiadeestudoacomparaçãoentreosprocessosdeproduçãodissonantesdoTerminal3doAeroporto Internacional deGuarulhosde SãoPauloeodoCentro Internacional SarahdeNeurorreabilitaçãoeNeurociênciasdoRiodeJaneiro.Osestudoscomparativosdestesdoiscasosforamfeitostomandocomobaseosseguintesitensouaspectos:projetodearquitetura,definindopeças construtivas; o projeto e planejamento para produção destas peças; os materiais deconsumo;amãodeobrautilizadanaconstruçãodeambososedifícios;osprojetosdosrespectivoscanteiros;otransportedaspeçaseasuamontagem.2.OmaterialnaescaladocanteirodeobraCarolinaBosioQuinzani(EC/EstágioempesquisaProjetoContracondutas-EC)Orientação:Profa.Dra.AnáliaAmorim(ECeFAU-USP)eProf.ValdemirLucioRosa(EC)

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O projeto de pesquisa proposto pretende colocar em debate os processos e as condições detrabalhonocanteirodeobras,partindodeumolharatentoparaasespecificidadesdosmateriaisutilizadosnaconstruçãocivil-aresistência,aorigem,ocusto,opeso,omanuseio,otransporte,oarmazenamento,afixação,bemcomoaproduçãodecarbonoeoutrastoxinas.Procura-se,apartirdaclarezadessesfatores,entenderasrelaçõesqueelesestabelecementresi,comocanteirodeobrasecomotrabalhodosoperários.Propõe-se,então,estudarumcasoespecífico,oAeroportoInternacionaldeGuarulhosTerminal3,paraentenderemuma situaçãopráticaoque sãoessasrelaçõesestabelecidasentreosmateriaisutilizados,osprocessoseasdinâmicasdocanteiro.Paramaiorentendimentoeclarezadosdadoseinformaçõesapresentadosnapesquisa,elapropõetrêslistagensetrêstabelasquesintetizameorganizamoconteúdodotrabalho.Demaneirageralessastrêslistasmostramoporquêdessesnovefatoresseremtãoimportantesquandoseéabordadoaquestãodomaterialecomoelesinfluenciamnaformaçãodeumcanteirosustentável,assimcomoapontaquaisfatoresvariamapartirdeoutrosfatores,comointuitodemostrarqueaanálisedeveserconjunta,assim,aoanalisarumdessesfatoresosoutrosoitorestantestambémprecisamseranalisadosparaentenderassuasvarianteseoqueéprecisoparaumaescolhacorretadomaterialpara cada função que ele desempenhara no projeto. As tabelas, por outro lado, organizam asinformações de forma clara e linear, para o entendimento do comportamento dos principaismateriais-concretopré-fabricado,concretoin-loco,aço,cortinadevidro(tiposchüco-vedação),painelsandwichchapalisa(vedação)epainelsandwichchapanervurada(vedação)-utilizadosnoTerminal3,apartirdosnove fatoresanteriormentecolocados.OestudodecasodoTerminal3,ainda, abre espaço para outras questões também pertinentes para construção civil na linha daformaçãodo canteiro de obras, como: será possível construir um canteiro de uma grandeobrapensandounicamentenaescaladooperário?Esenão,seráqueissoéumproblema?Ouseráqueapenasocanteironãoéorganizadoeplanejadoosuficienteparatrabalharcomdiferentesescalas?Emlinhasgerais,apesquisaevidenciacomoaescolhadomaterialinterferenaorganizaçãodaobraenaescalasaudáveldetrabalhodooperário,contribuindocomumamaiorcompreensãoeclarezadoqueéesseespaço,denominadocanteirodeobra,eemqueescalaeleépensadoapartirdosmateriaisselecionadosparaaconstrução.Assim,comotentaabrirmaiordiálogosobreasquestõestécnicasehumanasquerodeiamaconstruçãocivil,emespecialocanteirodeobras,afinaltrata-sedeumassuntotãonecessário.3.Processosdedecisãonaproduçãodamoradia:assessoriatécnicanaVilaAcabaMundoGabrieldaCruzNascimento,LetíciaCamposAraújoPádua(UFMG/Pró-ReitoriadePesquisaUFMGeFapemig)Orientação:Profa.Dra.DeniseMoradoNascimento(UFMG)ALei11.888/2008assegura“àsfamíliasdebaixarendaassistênciatécnicapúblicaegratuitaparaoprojeto e a construção de habitação de interesse social”. A assistência técnica, comumentepraticada, foca no resultado da moradia-objeto com base em condicionantes técnico-formaissimilares à prestação de serviço. Portanto, a prática da assistência pressupõe uma relaçãohierarquizadaentreoarquiteto(técnico)eomorador(assistido),ondeastomadasdedecisãosãoconduzidas a reboque do conhecimento profissional-técnico, excluindo-se as condições sociais,políticas,econômicaseespaciaisprópriasdecadacaso.Nacontramão,apesquisaaquiapresentada- Processos de decisão na produção da moradia - pressupõe a relação entre a prática daautoconstruçãoeospressupostosdaarquiteturaaberta(openbuilding),asaber:(1)osprocessosdo projeto e da construção do espaço devem ser decididos por seus usuários e pelos diversosprofissionaiseparticipantesenvolvidos;(2)assoluçõestécnicasdevempermitirasubstituiçãodesistemas,maspreservandoasfunçõesdotodo;(3)oambienteconstruídodevesercompreendidocomoumprodutoemevoluçãoepassíveldeconstantetransformação.PormeiodaconstruçãodeprocessoscompartilhadosestabelecidospelogrupoPRAXIS-EA/UFMGemoradoresdaVilaAcaba

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Mundo(RegiãoCentro-suldeBeloHorizonte),oartigopropostoabordaaassessoriatécnicaemquese incorporaoconhecimentoempírico-socialaoconhecimentotécnico,evice-versa,detodososagentesenvolvidosnaproduçãodamoradia.Assim,ascomplexidadesdestesefazerpresentenasperiferias e ocupaçõesda cidade, não só em relação aos seus aspectos físicos e técnicos, comotambémemrelaçãoaosaspectossociais,políticoseeconômicosdomacrocontextosurgem:comoa cidade se estrutura e responde aos processos de ocupação; qual a relação entre a cidade, asocupações e vilas; quais os processos de decisão inferidos no processo de produção da cidadecontemporânea. Dessa forma, busca-se romper a linha abissal criada entre o saber técnico-acadêmicoeosaberempírico-popular,naperspectivadePauloFreire,eincorporaroutrosagentesno campo de produção da cidade, sob a ótica de Bourdieu, através de diálogos e práticas deassessoriatécnica,nasquaisépreservadaaautonomiadomoradorparaatomadadedecisãonoprocessoassessorado.Paratanto,partimosdaaproximaçãodosmoradorespormeiodeimersõeseconversasmediadasporentrevistas, interfaces, jogoseobjetosquepossibilitema inversãodemetodologiatecnicistanabuscadadesconstruçãodacodificação,dacompreensãodosprocessosdeprodução,damoradiaportodasaspartesenvolvidasedareduçãododistanciamentoentreelas.4.Mulher,canteiroearquitetura:oscasosdosconjuntosUniãodaJutaeRiodasPedrasBeatriceVolpatoTeixeira(IAU-USP/PIBIC-CNPq)Orientação:Profa.Dra.AlineCoelhoSanchesCorato(IAU-USP)A pesquisa, financiada por seismeses, teve a intenção de investigar e revisar historicamente otrabalhodamulhereseupapelnaproduçãodosespaçosdacidadeatravésdoestudoemconfrontodedoiscasosdeconstruçõesemmutirãoconhecidospelagrandepresençafemininanocanteirodeobras:osconjuntoshabitacionaisUniãodaJutaeRiodasPedras,desenhadosrespectivamentepelaassessoriatécnicaUsinaepeloescritórioVigliecca&Associadosentre1992e2001.Alémdisso,tevepapeldeavaliaraspossibilidadesqueumapesquisa focadanasquestõesdamulherpodetrazerparaoestudodaproduçãodaarquiteturacontemporâneanoBrasileparaasreflexõesdecarátergeralsobreArquitetura.Ambososobjetosdeestudos,situadosnacapitalpaulista,foramgeradosnoperíododagestãodeLuizaErundinanaPrefeituradeSãoPaulo(1989-1993).Tratou-sedeummovimentoExperimentalista,quecriouumarelaçãoentreaarquiteturaeaosmovimentossociaispelaexposiçãodocarátersocialdatecnologiaatravésde“sistemasconstrutivosleves”quetornama construção e a autogestão possíveis ao trabalhador demutirão. Tal iniciativa criou uma novamaneiradetrataraquestãodamoradiapopular,influenciandooutrosprogramasjáexistentestantonaimplementaçãodemutirãoautogeridoquantonatipologia.Atravésdeumarevisãobibliográficasobreoassuntoedorecolhimentoderelatosoraisdeprojetistas,trabalhadoresdomutirãoeoutrosprofissionaisenvolvidosnaconstruçãodashabitaçõesemquestão,foramfeitasanálisesespaciaisdosprojetosestudadose visita técnicaao conjuntodoRiodasPedras.Asentrevistas realizadasrevelaraminformaçõesnão-documentadasnabibliografia,sobretudoaquelasrelativasàsquestõesdegênero.Oestudoentrelaçadodosprojetoseentrevistasresultouemumquadrodosespaçosreservadosàsmulheresnosprojetos,escritóriosecanteiros.OolharcruzadoentrearquiteturaegêneropermitiuaconstruçãodenovasperguntasparaoestudodaproduçãorecentenoBrasilepara apráticadoprojeto, iluminandopontospoucoestudados.Alémdisso, observou-sequeosconjuntos habitacionais selecionados, já anômalos pelas diferenças em relação aos canteirostradicionais, foram excepcionais em relação à participação feminina, constituindo-se comolaboratóriosdeinvestigação,mas,aindaassim,revelaramtambémdificuldadesnaconsideraçãodasnecessidades da mulher e na igualdade de gêneros, reproduzindo a construção socialinstitucionalizadanaplanta,nocanteiroenaprofissão.5.ASituaçãodooperárionaconstruçãocivil–especulandosoluçõessobaóticadaarquiteturaStelaMorieRafaellaLuppino(EC/EstágioempesquisaProjetoContracondutas-EC)Orientação:Profa.Dra.AnáliaAmorim(ECeFAU-USP)eProf.ValdemirLucioRosa(EC)

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Estainiciaçãocientíficalevantaproblemáticassobreocanteirodeobrascomaintençãodupladeexporasituaçãodooperárionesseambienteaomesmotempoemquerefletesobrea inserçãosocialdoarquitetodentrodessecontexto.ElaestabeleceumrecortedeestudoqueultrapassaoslimitesdocasoocorridonoTerminal3,elavaiemdireçãoaocanteirodeobraseutilizacomoobjetodeestudooprojetodoCentroInternacionaldeNeurociênciaseNeurorreabilitação(RJ)paraentraremdiálogocomoutrapesquisa,tambémdoContracondutas,querepetiuomesmoprocedimentometodológicoparaocasodoTerminal3doAeroportodeGuarulhos.Oobjetivodestapesquisanãoé exaltar um canteiro de obras emdetrimento de outro,mas refletir sobre as relações entre oarquitetoeooperárionosdoiscasospararepensaressarelaçãonaatualidade.Pretende-seanalisarsenós,enquantoarquitetos,poderíamosajudarnasituaçãodotrabalhadoresehápertinênciaemtal esforço. Para isso serão abordadas questões como: a situação do trabalhador, a relação doarquitetocomocanteirodeobraseaindustrialização,utilizandoaprimeiracomoproblemáticaeasdemaiscomosoluçãoespeculativa.Mesa11Narrativasdavidaurbana-mapeamentos,táticaseexperimentaçõesComentário:Prof.Dr.RenatoCymbalista(FAU-USP)Coordenação:Profa.Dra.FernandaPitta(EC)1.Naalturadoolhar:aproximaçõessobreaGal.JardimTaliLibermanCaldas(EC/BolsaIC-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Prof.Dr.EduardoCosta(EC)Aseguintepesquisaaproxima-se,apartirdoolharparamicrodinâmicasurbanas,dealgunsusosecaracterizações da calçada de uma grande cidade. A partir de um primeiro estudo sobre ocomportamentodohomemnoespaçopúblico,marcadoporestímulosetensões,orecortedadoàscalçadasdaRuaGeneralJardim,VilaBuarque,SãoPaulo,comoobjetodepesquisa,sedápeloseupapelestruturadornaconstruçãodesteespaçoeporsuarelaçãodiretacomaescalahumana.Nestapesquisa,nãoéde interesseautilizaçãodemetodologiasestruturadasapenasem instrumentosobjetivos e estáticos do urbanismo, mas sim direcionar o olhar às dinâmicas do espaço,aproximando-sedaantropologiaurbana, tendosempreemvistaopapelcentraleodiscursodaescala humana que o produz e ocupa. Tal estudo apoia-se diretamente emobras pontuais quetratamdoconceitodeespaçoe suaapropriação,de trêspensadoresquenãosãoarquitetosouurbanistas, mas que pensam o espaço público e as relações dos indivíduos neste espaço: JaneJacobs,MichelFoucaulteRichardSennett.Otrabalhotevecomoobjetivoprimeiroentendertaisobras contemporaneamente e buscar assim uma compreensão não tradicional, porémfundamental, do espaço público urbano, restrito nesta pesquisa a uma única e complexa rua,levandoemconsideraçãosuahistóriaecontextourbano.ARuaGeneralJardim,nestaabordagem,éumlaboratóriodacidade,umapequenaparceladavidaurbanadeSãoPauloquesemostraaomesmotempolimitadaemseurecorte,masamplaemsuapotencialidade.Ainterdisciplinaridadeabordadanapesquisaéconsequênciadeumdesejoinicialelatentedeseestudararquiteturaemdiálogocomoutrasdisciplinas,outrosolhares.Estapesquisabuscou,apartirdaleituradediversosautores que estudaram ou estudam o espaço público e as relações dentro dele, descobrir, nosentidodeevidenciar,aspectossignificativosdeumapequenaparceladeespaçopúblicodeSãoPaulo.Apossibilidadedesepensarascidadesnãomaiscomoobjetosconstruídos,mascomoumcampocomplexo,marcadoporconflitoseváriascamadasdesignificadosetrocas,tornaseuestudocada vez menos restrito, evidenciando a necessidade de se observar múltiplas disciplinas oumúltiplasabordagensparaseaproximardeumacompreensãodoespaço.

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2.Narrativasurbanas:memóriasordináriasdeumcotidianorevisitadoCamilaYumideCampos(Senac)Orientação:Prof.Dr.RicardoLuisSilva(Senac)Comoocotidianoacontece?Comoasexperiênciasconstruídasnacidadecontemporâneapodemserretidas?Apesquisapretendeevidenciarametamorfosedacidadecontemporânea,pormeiodediferentesmétodosnarrativos.Comoapreenderacidadequeéefêmera?Apartirda leituradasobrasdeGeorgesPerec,ocotidianosetornouumaquestão.Aformacomooautorsedetémas“pequenas” coisas que constroem o cenário do dia, torna-se um recorte para as narrativas. Damesmaforma,outrasleiturascomoItaloCalvino,WalterBenjamin,tornam-semétodonarrativo,uma vez que foram entendidas como forma de assimilação da realidade (do contexto que apesquisadora se coloca). Coma leituradeCidades Invisíveis deCalvino, pretende-seperceber eescrever sobreoutras cidadesque são criadas emapenasum lugar. Já o texto “Onarrador”deBenjamin,queconstróiahistóriadanarrativa,seráutilizadocomoreferência lógicapararelaçãonarrativaepassagemdo tempo.Utilizarahistóriadanarrativa,paraestabelecerumacoerênciaentre o ato de narrar associado ao conversar, passar história e a cidade contemporânea que énarrada, majoritariamente, por imagens. A pesquisadora adota o método cartográfico. Estefunciona com o conjunto do percurso da pesquisa, o objeto da pesquisa e as percepções dopesquisador.Aaçãodeumasobreaoutravairesultandonapesquisadesejada.“Acartografiacomométododepesquisaéo traçadodesseplanodaexperiência,acompanhandoosefeitos (sobreoobjeto, o pesquisador e a produção do conhecimento) do próprio percurso da investigação”(PASSOS;DEBARROS,2015,p.18).Existeuma intençãode investigarmaneirasdematerializarocotidianodacidadecontemporâneaeassimmostrarcomoosespaçossãoconstruídostodososdias,de acordo com a experiência que cada indivíduo se permite viver. O objetivo da pesquisa emandamento,écolecionarnarrativasde3lugares/perímetros,previamenteselecionado,sendoeles:VilaMadalena, Av. Paulista e centro, utilizando de 3 prédios novos como referência para essaseleção,respectivamente:PopYXZ, IMS,SESC24demaio.Paracadaumdos lugares,5métodosnarrativosserãoaplicados.Essesmétodosdialogaramentresie tambémocom lugarescolhido,podendovariarounão.Seoslugaresmudamatodoinstante,comoosreconheço?Existeummoldeda realidade que é constituído a partir da percepção e sensibilidade de cada um. As narrativastentamapreender ora a experiência doobservado, ora doobservador. A imagemdo lugar seráconstruídapeloleitoresuaexperiência,mostrandocomoumlugarpodeserqualqueroutro,umavezqueasvivênciassãodistintas.Estapesquisaestávinculadaaoprojeto:“MetamorfoseUrbana-CidadeMapeada: narrativas urbanas emetamorfoses espaciais na cidade contemporânea”, quecorresponde a proposta de investigar possíveis representações de narrativas que considerem oespaçodacidadecontemporânea,suasmetamorfoseseapassagemdotempo.3.AspráticasartísticasdeFrancisAlÿscomorepresentaçãodametamorfoseurbanaJessicaPelegrinelleAlves(Senac/ProgramadeIC-Senac)Orientação:Prof.Dr.RicardoLuisSilva(Senac)Estapesquisa,aindaemdesenvolvimento,pretendeinvestigarasrelaçõescorporaisassumidascomoatualespaçourbanoapartirdoestudodaspráticasartísticasdeFrancisAlÿs,precursordaarteperformática.Levandoemconsideraçãoquearelaçãocorpo-espaçofoiressignificadadiversasvezesaolongodahistória,acompanhandoastransiçõesculturaisetecnológicas,acidadecontemporâneaassumeumsimbólicoetradicionalcomportamentosocial,onde“tudoqueéeravividodiretamentetornou-se uma representação” (DEBORD, 1997, p.13). O perímetro utilizado para aplicação doestudo será compostopelaSé,AnhangabaúeRepública,nocentroexpandidodacidadedeSãoPaulo.AocupaçãodacidadedeSãoPauloteveinicioem1553,edesdeentãopassoupordiversastransformações,tantofísicasquantosociais.Acompanhandoastransiçõesdeperíodoseinfluenciasdeestilosarquitetônicos–doneoclássicoeecléticoaomodernoecontemporâneo–etambémde

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mudançasnasleisurbanísticas,querevelamdeimediatoedificaçõesescalonadaspararesolveroproblemadepoucaluzsolar,jáqueocupamoterrenointeiro,eposteriormenteedificaçõesmaisaltas,mascomrecuo,oCenário foi sendomodificado.Alémdisso,a supervalorizaçãodeoutrasáreasdacidaderefletiunumanovaconfiguraçãoenovosusosdadosaosespaçosdaregiãocentral,eospersonagenstambémforamsendosubstituídosoureinventados,deacordocomanecessidadedecadaperíodo.Hojeocentroéumgrandepalco,ondeacontecemespetáculosdiários,comumpúblicodiverso,quevaidossenhoresquemantémohabitodelerosjornaisdiáriosnasvitrinesdasbancas, aos trabalhadores. Entre outros, há moradores de rua, artistas que vendem, cantam,dançamoufazemalgumtipodeshow,quecaracterizameocupamocentroemgrandequantidade.Aquantidadedeinformaçõespropostas,juntoàpressacotidiana,onde“parecemosestaratrasadosnãoemrelaçãoaonossofuturo,masemrelaçãoaonossoprópriopresente”(TUCHERMAN,1999,p.15),colocamemquestãoanovarelaçãoestabelecidaentreonão-corpoeonão-lugar,jáquea“identidadehumanapressupõea identidadedo lugar” (NORBERG-SHULZ,2006,p.457).Oartistabelga/mexicanoFrancisAlÿs,nascidoem1959,utilizaocorpoeoespaçourbanopararealizarsuasexperiênciasartísticas.Suasobrasconstroemalémdarelaçãocorpo-espaço,tambémarelaçãocomotempo,jáqueaspráticasassumemoespaçonoinstanteemquesãorealizadaseque,porisso,acabamporretratarsuametamorfose.Nestesentido,ométododesuaspráticasartísticasseigualaaodacartografia,“desenhaaomesmotempoemquegera,conferindoaotrabalhodapesquisaseucaráter de intervenção” (PASSOS; BENEVIDES, 2015, p.109); além de ser um processo deconhecimento:“Conheceré,portanto,fazer,criarumarealidadedesiedomundo[...].Quandojánão nos contentamos com a mera representação do objeto, quando apostamos que todoconhecimento é uma transformação da realidade, o processo de pesquisar ganha umacomplexidadequenosobrigaaforçaroslimitesdenossosprocedimentosmetodológicos”(PASSOS;BENEVIDES,2015,p.30).4.Urbanismotático-umapropostaparaSãoMigueldoOeste(SC)MariaFernandaPaimVieira(UNOESC)Orientação:Profa.Ms.LeandraDaiprai(UNOESC)Opresenteestudoconsideraaocupaçãodoespaçourbanocentralda cidadedeSãoMigueldoOeste (SC), atravésde intervenções táticas. Estas intervenções sãodecaráter temporárioe têmcomo objetivo ressignificar e dar vitalidade a espaços degradados, agindo por meio de açõespontuais,decurtoprazo,baixocustoecommãodeobralocal.Constata-sequenamedidaemqueaocupaçãodacidadesetornamais intensa,osproblemasrelacionadosà faltade infraestruturabásica começam a ficar ainda mais evidentes. Confrontar o espaço urbano levantandoquestionamentostãodelicados-aquemédestinadooseuuso,quaisáreaspodemedevemserocupadas,quemsãoosresponsáveispelamanutençãodessesespaços,eomaisimportante,qualaimportância do papel que o cidadão desempenha na cidade - permitiu uma análise sob umaperspectiva humanizada, que não se deteve em apresentar soluções para os problemas que sedesenvolveramcomourbanismoneoliberal,porém,evidenciarastáticaseasacupunturasurbanasquepotencializamedãovidaàpaisagemdacidade,empoderandooprotagonistadesta,ocidadão.Éprecisoesclarecerqueoatodenãoevidenciar,nesteestudo,oprojetoarquitetônicoquepensaosespaçosdeformapermanente,nãoédeformaalgumaoatodenegá-looudesmerecê-lo,vistoquesemoespaçoconcretoeformalnãohaveriapaisagemurbana,cidadeoulugarparaseintervir.Ofocodestetrabalhoestánapremissadapopulaçãocomogeradoraegestoradoespaço,edoquãovalioso é para o arquiteto e para a produção projetual, adotar e se beneficiar da postura deobservador para entender as reais vontades e necessidades do público através de suasmanifestações. Os ensaios discutidos não buscam lutar contra o fluxo de automóveis, nemcondicionarum tipodeuso,ou solucionarproblemasurbanos complexos,mas tirarproveitodamutabilidade e das potencialidades locais, ressignificando a paisagem, testando possibilidades,teorias e vontades. Apesar de poder parecer controverso esse caráter impermanente proposto

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pelasintervençõestáticas,aideiacentral,quenãoéomesmoqueoobjetivo-produzirmudançasreaisnoespaçourbanoacurtoprazo,combaixocustoemãodeobralocal-édequeaarquiteturatranscendaatravésdasuamultidisciplinaridade.Issoacontecequandoelaserevelaatravésdaarte,do discurso, das analogias emetáforas, e qualquer outro tipo demanifestaçãoqueprovoque adiscussãosobreavivênciaeas reaisnecessidadesdaspessoasdentrodeumacidade.Oespaçourbanoprósperonãoéaquelecomacapacidadedeconservarquasequeintactosaotempoosseusedifícios,masaquelequefoicapazdeadaptarseusedifíciosàspessoasdeseutempo.Acidadeseconstróipelapermanênciadaspessoas,enãodassuasobrasdearquitetura.5.AventurasdeClaudinho-dolirismoaocaosGuilhermePaschoalRibeiro(EC/BolsaPE-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Prof.Ms.AlexandreBenoit(EC)Estapesquisaexperimentalconsisteemumahistóriaemquadrinho,emqueroteiroedesenhossãoretiradosdeleiturasdasobras:“Asfloresdomal”,deCharlesBaudelairee“CharlesBaudelaireumlírico no auge do capitalismo”, deWalter Benjamin. Este produto, tem a intenção de discutir oespaçodacidadeatravésdodesenho.Taldiscussãoépensadaatravésdeumasériedeparaleloscomamodernidade,permitindoentendernossarealidadecomoreflexodequestõesembrionadasnesteperíodomoderno.Oprimeiroatofoilerospoemasde“Asfloresdomal”,estaleituradesdeoprimeiroinstantesepôscomoumdesafioparaestequevosescreve,pois,aleituradogênerodepoesiaparaolhosdesacostumadosé tarefaárdua.Aospoucosa relaçãocomaescritadopoetafrancês se tornamais acessível sendo possível extrair asmetáforas e figuras que compõemumcontundenteregistrodeParis.EstaParissetornamaisnítidacomBenjamin.Suaprecisãonaescritaeseusmúltiplosexemplosrecriamaoleitorumanoçãocompletadeumperíodotãoemblemático.Opensadoralemãoutiliza-sedeumasériedeexemplosda literatura,da imprensa impressa,daproduçãoartísticaedoscostumesdaépocaparaconstruirseupensamentodecidade.Esteestilodeempregarvárias referênciasafimdeconstruirumpensamento foi fortementeempregadonaelaboraçãodapesquisa.Ainvestigação,alémdeteórica,possuíaumviésgráfico,noqualodesejode elaborar desenhos críticos de cidade era de grande relevância. No começo os desenhoselaborados por mim erammuito genéricos, no sentido de se limitarem apenas a desenhos deobservaçãodecenasurbanas,ondeasquaispossuíamumagrande limitaçãodaminhacondiçãosocialdehomembranco, classemédiaealunodaescolada cidade.Ou seja,nãoapresentavamcontundênciaalgumaparaumadiscussãoampladecidade.Aospoucos,atravésdasorientaçõesedasleituras,odesenhoacabouporevoluirparaumahistóriaemquadrinhosondeasimagenseoroteiroservemdealegoriasparaaspassagensdo textodeBenjamin,Baudelaireeumasériedereferênciasquesurgiramao longodoprocesso,comoéocasodasdiversascitaçõesdofilmedeGlauberRocha“Terraemtranse”.NestequadrinhoopesquisadorClaudinho,apósmuitonavegar,depara-secomumailha.Ilhaestaqueàprimeirainstância,parecemaiscomoumailhaqualquer,portantoeraaIlhadeSãoBerlis.Nestailha,nossoqueridopesquisadorirásedepararemergulharemsituaçõescotidianasdosnativos. Imersonestecontexto,nossopesquisador iráseperder, iráamar,irátransar,irámatar,irábebereirásofrer.Curiososparasabercomotudoissosedesenrola?Leiaamaisnova,eincrível,aventuradeClaudinho!Nesteepisódio:dolirismoaocaos!Mesa12Acessibilidade,inclusãoediversidadecorporalComentário:Profa.Dra.CatherineOtondo(IAU-USP)Coordenação:Profa.Ms.MairaRios(EC)1.Critériosdeavaliaçãodaacessibilidadeurbana:estudodecasoPACIIRodrigoRissiGeraldi(CentroUniversitárioMouraLacerda/FAPESP)

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Orientação:Prof.Dr.JoséAntônioLanchoti(CentroUniversitárioMouraLacerda)Opresenteprojetotemcomoobjetivoestudaraacessibilidadenoambienteurbanocomoreflexodamobilidadedascidades.Atualmenteamobilidadeurbanavemsendoumdosmaioresproblemasdascidades,vistoqueasredesdetransportepúblicoeprivadoestãoemconstantesconflitos,tantopeloaumentodeveículosparticularesnosúltimosanosquantopelafaltadepolíticaspúblicasparaincentivarousodemeioscoletivosdetransporte.OGovernoFederal,pormeiodoMinistériodasCidades lançou, em 2012, o programa denominado PAC II Mobilidade Médias Cidades. Cominvestimentos que ultrapassam 7 bilhões de reais, o programa consiste em realizar obras infraestruturaisdemobilidadeurbananasconsideradasmédiascidades,ouseja,asquepossuementre200e700milhabitantes,sendoobrigatóriocontemplarotransportecoletivo.Aproblemáticadaacessibilidadetornou-seumproblemacrônicodascidadespelafaltadeaplicaçãodosinstrumentosdeplanejamentoexistentes.Comissoascidadeseseusespaçospúblicostêmimposto inúmerasbarreiras para uma determinada classe de cidadãos, que são indivíduos com deficiência oumobilidadereduzida.EsteprojetobuscaanalisaredebateramobilidadeurbanaeacessibilidadedacidadedeRibeirãoPreto,interiordoEstadodeSãoPaulo,equefoicontempladapeloprogramaejápossuiseusprojetosaprovadosjuntoaoaludidoMinistério.Ademais,visa-severificarinlocosetaislocalidadesondeestãosendopropostasintervençõesestãoemcondiçõespararecebertodososcidadãos,semdistinção.Comadiscussãoedebatedaacessibilidadeatualmente,positiva-seanecessidadedeambientesmais inclusivospara todos,ouseja,alémdamelhoriaemmobilidadeurbana, os ambientes devem assegurar a garantia do direito de locomoção sem barreiras elimitações.Para tanto, apesquisa visaalémdedebater suamobilidadee seuplanoproposto, aidentificaçãodas questõesde acessibilidadenas áreas convergentes as propostas apresentadas,ondevisa-seescolhereixosdeestudoeidentificarosequipamentosurbanosdeseuentornoemumraiode300metros.Apóstraçadososeixoseidentificadososequipamentos,objetiva-seapontarrotasdeacessibilidadeapartirdoseixosporondepassaotransportecoletivoatéosequipamentosurbanos identificados, qualificando-as segundo critérios de análise da acessibilidade defendidaspeloProf.Dr.JoséAntônioLanchotiemsuatesededoutoramento.Sendoassim,oprojetotorna-sedesumaimportância,umavezquevisaidentificaredirecionarsoluçõesàumaproblemática,queéa violação de direito fundamental à esta classe de cidadãos que tem seu direito tolhido porproblemasinfraestruturais,osquaisimpedemseubem-estarautônomo.2.ErgonomiadospontosdeônibusemLondrina(PR)Isis Mayumi Kono Arabori, Larissa Valvassore Moreira, Nayara Ferreira Prado, Thais Kikuchi eMiyazaki(Unifil)Orientação:Prof.Ms.IvanPradoJr.(Unifil)Omobiliáriourbanoéumtemaquemerece importanteatençãoquandose tratadamobilidadeurbana em uma cidade. Dentro da categoria de mobiliário urbano pode-se considerar comocomponenteessencialparaamobilidadeopontodeônibusdevidoaoseuusopelamaiorpartedapopulaçãoquesedeslocapormeiodotransportecoletivo.Dessaforma,apresentepesquisatempor objetivo analisar as tipologias de pontos de ônibus em Londrina com foco na ergonomia,analisandodeformaqualitativaospontosdeônibuseaformacomqueousuárioseapropriadesseespaço.ForamselecionadasnacidadedeLondrinaseistipologiasdepontosdeônibus,tendoumatipologia duas variações, localizados em vias arteriais ou coletoras, resultando no total de setetipologias. Foramrealizados levantamentosdimensionaiseaplicadosquestionárioselaboradosapartirdecategoriasdeanáliseergonômicaqueenglobamafaixaetáriadousuárioeosaspectosfísicosdomobiliário,comoprofundidade,comprimento,altura, inclinaçãoematerialdoassento;proteçãoaosoleachuva,arelaçãoentrematerialeruídosprovocadosporintempéries,proteçãoemrelaçãoaosventos,poluição,manutenção,legibilidade,segurançaeestética,comoobjetivodeanalisarasdeficiênciasepotencialidadesdoespaçoduranteoperíododeesperadosusuários.Os

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resultados dos levantamentos foram organizados em gráficos e desenhos técnicos onde foramanalisadososdadosobtidos combasenaergonomiaenasnormas técnicasdeacessibilidade.Aanálisedessesdadoslevantouosprincipaisproblemasquevariamdeacordocomapresençaounãodositenscomplementaresnecessáriosaoconfortodousuário.Destemodo,pode-seobservarumaevolução dos pontos de ônibus associada com a preocupação crescente do ponto de vistaergonômicoporpartedopoderpúblico comousuário, porémháum importante aspecto a serressaltado, que se refere a dificuldadede adaptaçãodosusuários a ummobiliário queestá emprocesso de ampliação de aplicação dos conceitos de desenho universal, revelando a falta deconscientizaçãosobrea importânciadainserçãodaacessibilidadenomeiourbano.Dessaforma,aindaexistemquestõesaseremdiscutidasetrabalhadasarespeitodaergonomiaempontosdeônibus como a presença de informações, segurança e acessibilidade universal objetivando oconfortodousuário.3.Ahistoricizaçãodopensamentoinclusivo–umaanálisehistóricadainclusãodepessoascomdeficiênciafísicapormeiodeumaarquiteturaacessívelJuliaLaraBaymadeSouzaLima(EC/BolsaIC-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Prof.Ms.PedroLopes(EC)Odebatesobreacessibilidade, inclusãoeDesignUniversalébastanterecentee foi resultadodemudanças na mentalidade da sociedade ao longo dos anos. Os primeiros movimentos pelaeliminaçãodebarreirasarquitetônicasacontecememumcontextodepósSegundaGuerraMundial(1939-1945), momento no qual os soldados, retornando feridos da guerra, necessitavam dereabilitação.Nos EUA,os veteranosde guerra, pessoasquehaviam se sacrificadopelanaçãoe,portanto,possuíamalegitimidadedereivindicaçãoqueatéentãonãoeraatribuídaàspessoascomdeficiência,iniciamentãoummovimentoquepassaalutarpelacriaçãodosprimeiroscentrosdereabilitação.Ésónosanos70,comomodelosocialdadeficiência,queaspessoascomdeficiênciacomeçamaganharvoz.Omodelosocialdadeficiênciafazreferênciaàdiscriminaçãoporpartedasociedade frente aos diferentes tipos de corpo, declarando que, portanto, é a sociedade e osespaçosporelaconstruídosquedevemseadaptaraoscorposdiversos,enãoocontrário.Apesquisaexplora,atravésdeumaanalisehistórica,alutadaspessoascomdeficiênciaedequemaneiraodebatechegaecriaraízesnoBrasil,tentandoaindacompreenderqualfoiopapeldaarquiteturanabuscapelademocratizaçãodoacessoepermanêncianosespaços.Paratantoéprecisoreconhecera existência de uma corporalidade padrão, considerada “normal”, e que, apesar de ser restritanormalmenteacorposmagros,altoseempé,comooModulardeLeCorbusier,éaindaconsideradauniversal.Éimportantetambémentenderopapeldogovernonademocratizaçãodosespaços,poisacidadedevesemoldarasnecessidadesdeoutroscorposquenãoosconsideradospadrõesparaqueaspessoascomdeficiênciapossamcircular,exercendosuasvontadespolíticasereivindicandoseusdireitos.ApropostadoDesignUniversal,criadoem1985,éacolher,sejaemumespaçoouatravés de um produto, o maior número de usuários possível. É preciso tornar os espaçosconvidativosefavoráveisàapropriaçãodetodosparaquecadavezmaisascidadessejamreceptivasà diversidade. Neste contexto, as faculdades de arquitetura agem como produtoras ou não deprofissionais atentos para essas questões. O papel ainda subordinado a outras prioridades, doDesignUniversal em cursos de graduação e pós-graduação colabora para amanutenção de umsistema urbano excludente. Assim a pesquisa se viu impulsionada a investigar, sistematizar eapresentar soluções metodológicas encontradas pelo país. Por fim, os esforços cumulativos dapesquisa resultaram na elaboração de um workshop sobre inclusão e Design Universal comoparâmetrodeprojeto.4.OjardimsensorialeoestímulosensitivoparacriançascomdeficiênciasmúltiplasCaio França Lopes dos Santos e Francisco Leão de Campos Andrade (EC / Bolsa PE - ConselhoCientíficoEC)

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Orientação:Prof.Dr.AntônioCarlosBarossi(EC/FAU-USP)EssaéumapesquisaexperimentalquefoiconstruídaapartirdeumpedidodaCrecheEspecialMariaClarodeSorocabaporumjardimsensorialeumplaygroundcomacessibilidade.Naproduçãodesteprojetopropõe-sediscutirasinúmerasmaneirasdealiarumdesenhoarquitetônicoepaisagísticoàspremissasdoprojeto.Ojardimsensorialeoplaygroundcomacessibilidadetêmcomotemáticaa construção de umespaço lúdico para crianças comdeficiênciasmúltiplas. Assim, esse espaçoprecisaestarequipadocomasinfraestruturascapazesdeatenderasnecessidadesdeseupúblicoalvoeparaarealizaçãodeterapiasocupacionais,atividadeindispensávelnodesenvolvimentofísicoe cognitivo das crianças atendidas pela Creche. Portanto, faz parte dessa pesquisa odesenvolvimentododesenhoprojetualcomopartedomaterialfinaldapesquisaacadêmica,quesupriráaexpectativadacoordenaçãodaCreche,comotambémconcretizaatravésdodesenhoassoluçõesencontradaspornós.E,entende-sequeapesquisaparaodesenvolvimentoparatalespaçogere discussões e conhecimento dignos e contundentes para a Faculdade de Arquitetura eUrbanismoEscoladaCidade,bemcomooprodutofinal,suasconclusõesesuaprodução.Mesa13Processosurbanos-atoreseimpactosComentário:Profa.Dra.MariaBeatrizCruzRufino(FAU-USP)Coordenação:Profa.Dra.MartaLagrecadeSales(EC)1.OprocessodeocupaçãodoMunicípiodeMauá(SP):1938-1985JayneNunesdosSantos(FAU-USP/FAPESP)Orientação:Profa.Dra.AnaCastro(FAU-USP)A pesquisa “O processo de ocupação do Município de Mauá (1938-1985)” tem como objetivocompreenderoprocessodeocupaçãodoatualmunicípiodeMauá,naRegiãoMetropolitanadeSãoPaulo,apartirde1938,iníciodoprocessodeemancipaçãodascidadesdoABC,até1985,anoquemarcaaredemocratizaçãodopaíseindicatransformaçõesnosprocessoseconômicosesociaisdaregião. Pretende-se, coma pesquisa, reconstituir o caminhodessa ocupação, procedendo a umlevantamentodacartografiaexistente,comfoconoterritórioquecompreendeaatualcidadedeMauá,eanalisaratravésdessematerial,entrecruzadoaosdadoscensitários,documentoscartoriaisearquivosdacidade,alémdosregistrosbibliográficos,aformacomooterritóriofoiseconstituindo.Com isso espera-se formular as bases para inserir os processos de industrialização e demetropolizaçãodemaneiramaisqualificadanacompreensãodaocupaçãodeMauá-fugindodasexplicações genéricas de “cidade-dormitório”, bairro de ocupação informal, cidade ilegal, entreoutras,quecostumamserusadasparasintetizarprocessosmaiscomplexosemenossimilares.Comoauxíliodabibliografiaedepesquisaemarquivosmunicipais,buscou-serecuperarasprimeirastransações fundiárias do município, de modo a tentar precisar seus primeiros loteadores,relacionandoessas transações aos processos sociaismais amplos. Relacionando a história destaparte do território com a expansão da metrópole paulista, a pesquisa quer contribuir para acompreensãodaprópriametropolização,jogandoluzempartesaindapoucoclarasdesteprocesso,que ou por não serem consideradas centrais, ou por abrigarem os extratos mais pobres dapopulação,poucovisíveisnacompreensãodaindustrialização,deixaramdeserpesquisadascomoatores sociais relevantes. Focalizando no período de intensificação da industrialização e deemancipaçãodacidade,pode-seobterumquadromaisprecisodesseprocesso.2.ImpactourbanonacidadedeSantoAndrécomaconstruçãodopoloarquitetônicoCidadePirelliHerickAlvesCosta(CUFSA/CNPq)Orientação:Profa.Ms.SandraMalvese(CUFSA)

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Esteprojetoénorteiaapretensãodecompreenderquaissãoosimpactosurbanísticosdecorrentesda construção do complexo arquitetônico Cidade Pirelli, no município de Santo André. Paradesvendar a complexidade da dinâmica do meio urbano em sua variação espacial e temporal,buscamosassimilarasaçõesdediversosatoressociaisedestescomomeio.Comfoconaformaçãoourequalificaçãoterritorialdosbairrosdoentorno,quepraticamentesesobrepõeàmicrobaciadocórregoCassaquera,analisaremosomovimentodasdinâmicasdeocupaçãoeusodosolo,fazendoumparalelohistóricoentreadécada90,naqual surgemaspropostasdoempreendimento,emcontrapontocomoanode2014, iníciodasatividadesdoshopping.Levantarelementosreaisdoimpactodiretoe indiretoqueoempreendimentoemquestãogeranavidada cidadeede seusmembros.Quaisosprósecontrasdopontodevistadopoderpúblicoedosmunícipes.Alémdaspossíveis relações do capital nacional e internacional no território destes tipos de intervençãourbana,apartirdasuapropostacomoatividadeeconômicaeimplicações.3.Avaliaçãopós-ocupaçãoembairrospróximosàInstalaçãoPenitenciáriadoSamaritánacidadedeSãoVicente(SP)RafaellaGarciadeAlmeida(UNIP)Orientação:Prof.Ms.ThiagodosSantosGarcia(UNIP/Unimonte)Osestabelecimentospenais trazemprofundasmudançasna vidaurbanadedeterminada regiãoondesãoimplantados.APenitenciáriaIeaPenitenciáriaIIdeSãoVicente,possuemrelevânciaparaa Região Metropolitana da Baixada Santista, pois são as únicas unidades da região que sãodestinadasaregimefechado,oquecontribuiparaumamigraçãopopulacionaldefamíliasdeoutrasregiões para áreas próximas aopresídio.Oobjetivo desta pesquisa é identificar qual o impactogeradonosbairrosquetangenciamospresídiossegundoseusmoradores.Ametodologiaadotadaenvolve a aplicação de uma Avaliação Pós-Ocupação com base nas respostas dos moradorespróximos as instalações das penitenciárias. O diagnóstico resultante das entrevistas esclarece odesenvolvimentodeumaanálisetécnica,ondeidentificou-sequaissãoosreaisimpactospositivosenegativosnasinstalaçõesdepenitenciáriasemregiõespredominantementeurbanas.4.SignificânciasdoEspaçoPúblico:ocasodaVilaItororóeosdebatesemSãoPauloCarolinedePaulaMonteagudo(FAU-USP/FAPESP)Orientação:Profa.Dra.AnaCastro(FAU-USP)Inauguradaem1922comoumpalaceteeumconjuntoderesidênciasdealuguel,contendoumapequenaáreaparticulardelazer,aVilaItororó,situadanomunicípiodeSãoPaulo,desempenhouafunçãoresidencialdurantequasetodooséculo20.Apartirdadécadade1970,entretanto,notam-sepelomenos trêsmomentos emqueo Estadomanifestou interesse em transformá-la emumespaçodeusopúblico.Em1974,apartirdoprojetoencomendadoaosarquitetosClaudioTozzi,DécioTozzieBeneditoLimadeToledopelaCoordenadoriaGeraldePlanejamento (COGEP);em1989, quando um concurso de revitalização do bairro do Bexiga promovido pela PrefeituraMunicipal de São Paulo (PMSP) incorporava o conjunto da vila a sua área de interesse; emaisrecentemente em 2006, quando a vila foi finalmente desapropriada pelo governo do Estado ecedidaàPMSP,sendoobjetodeumnovoprojetoderestaurocomaintençãodetransformá-laemumespaçodeusocultural,atualmenteemimplementaçãopelaInstitutoPedra,organizaçãonãogovernamental dirigida pelo arquiteto Luís Fernando de Almeida. Devido a existência de poucomaterialrelativoàpropostaatual,optou-sepelarealizaçãodeentrevistascomoarquitetoBenjaminSavianiecuradorculturalBenjaminSeroussi,amboscolaboradoresdoInstituto.Estasconstituírammaterialfundamentalparasepensaroconjuntonaatualidadeenquantoespaçodeusoculturaldeimpactometropolitano-aindaque,desdesuainauguração,aVilafosseumpontodeencontroelazerdecaráterlocal,sendosuporteparaasociabilidadenobairroefrequentadapormoradores

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nãosódoconjuntomastambémdeseuentornopróximo.TomandoaVila Itororócomoeixodapesquisa,estetrabalhodeiniciaçãocientíficapretendeanalisarossentidosqueoespaçopúblicoadquirenestesmomentos,deformaatraçarumpanoramadacategoriaapartirdadécadade1970quepermitadiscutirseusrumosnacontemporaneidade.Assim,tomandooconjuntoarquitetônicocomo cenário para a abordagem das práticas da PMSP para com seus espaços, foca-se nodesenvolvimentodestasaçõesnosdiasatuais,avaliandooprojetoemdesenvolvimentopelaONGeinvestigandotendênciasdeespaçopúblicoqueapartirdelesematerializam.Mesa14TrajetóriasprofissionaisepensamentoarquitetônicoComentário:Profa.Dra.JoanaMello(FAU-USP)Coordenação:Profa.Dra.MariannaBoghosianAlAssal(EC)1. Espaços de formação na Escola do Porto e na Escola Paulista: a experiência espacial nosambientesdeensinoMirandaZamberlanNedel(IAU-USP/BolsaMobilidade-Santander)Orientação:Prof.Dr.GivaldoLuizMedeiros(IAU-USP)eProfa.Dra.MariaMadalenaFerreiraPintodaSilva(UniversidadedoPorto)Como fimde avaliar o papel da arquitetura na formaçãodos indivíduos e cidadãos, elege-se oedifícioescolar comoobjetodeestudoda relaçãoentrearquiteturaeeducaçãonocontextodeprodução arquitetônica da denominada Escola do Porto. Abordam-se os edifícios de ensino nointuitodeanalisarainter-relaçãoentrearquiteturaeconcepçõespedagógicas,sobopressupostode que a condição espacial é um elemento determinante na constituição de um ambienteeducacional,enquantoPaideia(NOSELLA,2002).Apartirdoestadodaartesobreotemaeenquantoextensão de iniciação científica anteriormente realizada (“Concepções espaciais e práticaspedagógicas: análisedeobrasarquitetônicas referenciaisnoensinopúblicopaulista”, financiadapela FAPESP durante 2015-2016), realizou-se um intercâmbio de pesquisa com o objetivo deassimilarcommaiorprecisãoerefinamentocríticoaspectoseparticularidadesinerentesàEscoladoPorto,que,umavezconfrontadoscomodesenvolvimentohistóricodoespaçoescolaremSãoPaulo,permitemmelhorqualificaracompreensãodarelaçãoentreconcepçõesespaciaisepráticaspedagógicas.Apesquisaabordadoisaspectos:acomparaçãoentreedifícioseducacionaiseentreEscolas deArquitetura, como propósito de observar continuidades, ressonâncias, divergências,similitudes e modificações. A investigação realizou-se em duas partes concomitantes ecomplementares, cada qual vinculada ao desenvolvimento de pesquisa de campo e entrevistasespecíficas:I-estudodeobrasdeinteressearquitetônicodeautoriadegeraçõesdearquitetosdaEscola do Porto, resultando em um conjunto de três arquitetos por geração: 1ª Geração (anos20/30)-FernandoTávora,ÁlvaroSiza,AlexandreAlvesCosta/SérgioFernandez;2ªGeração(anos40/50) -ManuelFernandesdeSá,FranciscoBarata,EduardoSoutodeMoura;3ªGeração (anos60/70) -NunoBrandãoCosta,NunoValentimLopes,FilipadeCastroGuerreiro/TiagoCorreia; II-estudodeescolasdeinteressepedagógicolocalizadasnodistritodoPortoeentorno,motivadopordiferenciadas propostas pedagógicas ou por distinta relação entre arquitetura e pedagogia. Pormeio de inicial revisão de material bibliográfico e iconográfico, fundamentou-se a seleção dosarquitetosdesumaimportânciaàEscoladoPorto,supracitados,assimcomodasobrasescolaresreferenciais à temática da pesquisa, a fim de realizar, em fase subsequente, visitas técnicas àsescolas selecionadas e entrevistas aos arquitetos e coordenadores pedagógicos dos respectivosprojetos.Paraavaliaravigênciadessaprodução,mobiliza-seaexperiênciafenomênicadoespaço,pormeiodasvisitastécnicas,quecorrespondemaumainserçãocorporalefruiçãoemmovimentodo espaço arquitetônico, na busca de apreensão do que não é discernível na iconografiaarquitetônicaouemdiscursospedagógicos,aquiloqueostranspassa:aefetivavivênciadosespaços

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deensino.Apesquisavisacontribuirparaacompreensãodasrelaçõestecidasentredoisníveisdeespaços educativos: entre edifícios escolares e entre Escolas de arquitetura, a fim de avaliar,respectivamente,ospontosdevinculaçãoentreprojetosarquitetônicoseconcepçõespedagógicas,assimcomoos“temposcomuns,cruzamentos,atalhos,becosebifurcações”(NAVES,2005,p.XI)presentesnasproduçõesarquitetônicasdasrenomadasEscolasdearquiteturadosdoispaíses.2.Arquiteturaeensino:resgatedaexperiênciadeMayumiSouzaLimaemSãoCarlosBeatrizBorgesAraujoFrota(IAU-USP/PIBIC-CNPq)Orientação:Profa.Dra.AlineCoelhoSanchesCorato(IAU-USP)ApesquisatemcomofocoaatuaçãodaarquitetaMayumiWatanabedeSouzaLima(1934-1994),entre1987e1994,comoprofessoradoentãoCursodeGraduaçãoemArquiteturaeUrbanismodaEscoladeEngenhariadeSãoCarlos(EESC-USP),hojepartedoInstitutodeArquiteturaeUrbanismodeSãoCarlos(IAU-USP).Assimsendo,orientou-separaoresgatedamemóriadocursoedeMayumiSouzaLimaenquantomulherearquitetapreocupadacomopapelsocialdaarquitetura.Esseresgatetevecomofoco,assim,acompreensãodoposicionamentodeMayumiSouzaLimafrenteaoensinode arquitetura e às questões abordadas por ela no cursode SãoCarlos, com focono temadosequipamentospúblicos,principalmenteaquelesdestinadosàeducação,desenvolvidoemsuasaulasde projeto e pesquisas acadêmicas. Além disso, também foi importante para a pesquisa umentendimento das outras atividades profissionais realizadas pela arquiteta, comdestaque à suacarreiradocenteeao trabalhoemórgãospúblicos,buscandoa formacomoessas atividades seinterligaramecontribuíramparasua formação.ApassagempelocursodeSãoCarlos,no fimdadécadade80einíciode90,marcaomomentofinaldacarreiradocentedeMayumi.Nacarreiraprofissionaldaarquiteta,essemomentoestáligadoàatuaçãonadiretoriadaCEDEC/Emurb,comaproduçãodeequipamentospúblicosparaacidadedeSãoPaulonocontextodasnovasconcepçõesdegovernodemocráticoedaslutaspopularesqueganharamforçacomaaberturapolíticadopaís.Asatividadesdesenvolvidasduranteapesquisaincluíramumarevisãobibliográficaeainvestigaçãoemfontesprimáriasesecundárias.Foramfeitaspesquisasemacervospessoaiseinstitucionais,comfoconosregistrosdatrajetóriadeMayumiSouzaLimanocursodeSãoCarlos.Abordou-se,ainda,aanálisedeapostilas,programaseementasdedisciplinas,propostasdeexercíciosetextosdecaráterdocenteproduzidospelaarquiteta.Outrométodofoiaqueledoregistroeestudodeentrevistascomex-alunoseprofessoresdocursodeArquiteturaeUrbanismodaUSPSãoCarlosquetiveramcontatopróximocomaarquiteta.Atravésdeconsultasdirecionadasaacervosedarealizaçãodeentrevistas, foi possível o estudodametodologia das aulas, bemcomodasquestõespolíticas etécnicasqueserviamcomosuporteteóricoparaasdisciplinas.Destaca-se,assim,adefesadeumaarquiteturavoltadaparademandassociaiseaimportânciadadapelaarquitetaaoestudodatécnicaconstrutiva. Para além do resgate damemória deMayumi Souza Lima e do curso, foi possívelestabeleceratravésdesuafiguraumareflexãogeralsobrearquiteturaeensinoenquantoprocessospolíticosdeconstruçãodomundo.Aponta-seaindissociabilidadeentresuaatuaçãocomoarquitetaecomoprofessora,sempreorientadaparaoprojetodeequipamentosdecaráterpúblicoesocial,pensados em rede e a partir da investigação das possibilidades técnicas e de produção daarquitetura.3.OempregodeestruturasmetálicastridimensionaisemquatroprojetosdeEduardodeAlmeidaUgoBreytonSilva(EC/BolsaIC-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Prof.Dr.CesarIwamizuShundi(EC/FAU-USP)EstapesquisapartedaTesedeDoutoradodeCesarShundiIwamizu(EduardodeAlmeida.Reflexõessobre estratégias de projeto e ensino) e do levantamento por ele produzido acerca da vastaprodução do arquiteto Eduardo de Almeida. Diante deste levantamento, que possibilitou meu

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contatocomaobradoarquiteto,foramselecionadosquatroprojetos,próximostemporalmenteeem relação à solução estrutural adotada, com intuito de jogar luz a novas leituras e possíveisaproximaçõesemrelaçãoasuaprodução.Busqueiexploraraolongodapesquisaasrelaçõesentreestes quatro projetos produzidos por Eduardo de Almeida no período de 1969 a 1977, queapresentamcontinuidadesnapesquisatécnica-projetualdoarquitetoemrelaçãoaoempregodetreliçasmetálicas-tridimensionaisesoluçõesdeprogramaecirculação.Dentreosquatroprojetos(Pavilhão Brasileiro - Expo70; Centro Georges Pompidou; Fábrica Altemio Spinelli; Escritório daMorlan em São Paulo), apenas o último, de 1977, chegou na fase do Projeto Executivo e foiconstruído.Dosoutrostrês,osprimeirosforamenviadosparaconcursos(nacionaleinternacional)enãosaíramvencedores;eoprojetodeFábrica,paraumamigodoarquiteto,foiconstruídocomoutra solução estrutural e de cobertura. A abordagem desta pesquisa busca levantar e discutiralgunsaspectosquepermeiamestaprodução,levandoemcontaseucarátersingularemrelaçãoàcarreiradoarquiteto, sobretudonoquediz respeito à soluçãoestrutural com treliçasmetálicasespaciais,presenteemapenasumprojetoconstruídopeloarquiteto.Mastambém,emrelaçãoaosprogramasdecadaprojeto(pavilhão,centrocultural,fábricaeescritório),partidoarquitetônicoe,alémdisso,oforteimpactodoperíodohistórico-temporaldaviradadadécadade1960para1970no exercício de projeto - principalmente nas propostas enviadas aos concursos para o PavilhãoBrasileiroeoCentroGeorgesPompidou,ondeaparecemcomclarezaasreferênciasdegruposearquitetosligadosàscorrentesdearquiteturadosanos1960-daaltatecnologiaedopensamentomegaestrutural.4.Fotografianaarquitetura:oarquivofotográficodasobrasdeÍcarodeCastroMelloGlauberTrianaChacra(EC/BolsaPE-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Prof.Dr.EduardoCosta(EC)ApesquisaaquiapresentadasebaseianoestudodoarquivofotográficodaobradoarquitetoÍcarodeCastroMello,maisespecificamentecomosdocumentosdoperíododeproduçãodoarquiteto,entre1935e1986.Esteencontra-senoacervodeprojetosdeÍcaro,abrigadopeloescritórioTeubaArquitetura e Urbanismo - de Christina de Castro Mello - e está atualmente em processo decatalogação,cujointuitofinaléafuturadoaçãodomesmoàFaculdadedeArquiteturaeUrbanismodaUniversidadedeSãoPaulo.Diferentementeaoacervodeprojetos,oarquivo fotográficonãopossuiumacatalogação.Paratanto,foidesenvolvidanestapesquisaexperimentalumapublicaçãoqueatravésdetrêsmeiosdedescrição(escritaemformadetextocorrido,listagemevisual)criaumacatalogaçãodestesdocumentos,paraqueosmesmossejamcapacitadosàdoação juntoaoacervo. Além disso, este trabalho busca funcionar como um possível material de referênciametodológica para outras pesquisas com estamesma temática, e dar visibilidade ao acervo deprojetosdoarquitetoÍcarodeCastroMello,detalformaestendendooconvitefeitopelaprofessoraJoanaMello-nolivrodaobradoarquiteto,publicadopelaJ.J.CarolEditora,emnovembrode2005- para que novos estudos sobre a arquitetura moderna no Brasil e, especialmente, sobre essearquitetoocorram.5.Experiência,espaço,desenho-umolharparaaobradeLinaBoBardieosNeoconcretoPedroFerisAraujo(EC/BolsaPE-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Prof.Dr.GilbertoMariotti(EC)O trabalho se estrutura a partir do desenho experimental como objeto, meio e método queinvestiga,atravésdeumaproduçãoplástica,aexperiênciaespacialevisualnasobrasdaarquitetaLinaBoBardiapartirdaaproximaçãocomalgumasintençõespropostasporartistasvinculadosaomovimentoNeoconcreto.Asproduçõesgráficassematerializaramemquatroetapas,nominadas:Coisanº1,Coisanº2,Coisanº3eCoisanº4.Intitulá-lasdemaneiraatônitasugereumasegregação

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asentidosatribuídoscorriqueiramenteafirmandoumaautonomiaaessesobjetos,quenadamaissão do que coisas. Trata-se da releitura sobre momentos da obra da arquiteta sendo,respectivamente:EscadadoSolardoUnhão;CavaletedeVidro;SescPompeia.Transitandoporestasescalaspensa-seodesenhocomoelementoativoemtodoprocesso,agenteinvestigativo,objetoemétodoqueatuatambémemdiferenteescalasesuportes.Porfim,otrabalhoencontranolivro-objetosuportepassíveldeapropriaçãoemetalinguagem,amedidaqueoprocessodiagramáticoeconceptivo desta mídia incorpora o assunto abordado, sugerindo uma constante interação doespectador.Mesa15LeituraseapropriaçõesculturaisdoespaçourbanoComentário:Profa.Dra.AnaCastro(FAU-USP)Coordenação:Prof.Dr.GilbertoMariotti(EC)1.OrfeudaConceição:OscarNiemeyereoambienteculturalcariocadosanos50SofiaBoldriniSinem(EC/BolsaIC-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Prof.Ms.AlexandreBenoit(EC)Estapesquisatemcomofocooestudodapeça“OrfeudaConceição:TragédiaCarioca”escritaporVinícius deMoraes em 1954 e lançada em 1956. Para sua realização, o poeta reuniu diversosartistas,comoOscarNiemeyerparaprojetarocenário,CarlosScliareDjaniraparacriaroscartazese,oatéentãopoucoconhecido,maestroAntônioCarlosJobimparacomporatrilhamusical.Estaobra marca a primeira parceria entre Vinícius de Moraes e Tom Jobim, capítulo essencial naformaçãodaBossaNovacom“ChegadeSaudade”,álbumdeJoãoGilbertode1959.Comoobjetivopretende-se,apartirdeconexõesestabelecidasentreroteiro,música,cenárioefigurino,investigararelaçãodesseambienteculturalcariocacomOscarNiemeyer,arquitetoque,desdeoprojetodocomplexodaPampulha,despontavacomoapersonalidademaisrelevantedaarquiteturabrasileiradoperíodo.Aprimeiraetapadapesquisavolta-separaumestudodoprocessodemontagemdapeçacomênfasenaconcepçãoerealizaçãodocenário.Asegundaparteconcentra-seemrelacionara peça com o ambiente cultural carioca, posicionando o arquiteto em relação ao poeta, aocompositoreaoutrosinterlocutoresdoRiodeJaneironadécadade50.Comoconclusão,espera-se verificar a relevância, ou não, do “cenógrafo” Oscar Niemeyer no interior de sua produçãoprojetualemummomentodecisivodesuatrajetóriajáqueBrasíliaépraticamentecontemporâneaàpeça.2.TeatroseCidade:interligaçõesentreopensamentocoreográficoeumprojetodecidadeCatarinaCalilBreymaiereLaisMaiaraPereiraSilva(EC/BolsaPE-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Profa.Ms.FernandaBarbara(EC)EssapesquisasurgiudentrodeumgrupodeestudosquejáexistianaEscoladaCidade,aPlataformaPlus,queestudaumperímetroqueabrangeaVilaBuarque,partedaSantaCecíliaeapartedaConsolação.Apesquisapretendeajudaracompreenderahistóriaeaformaçãodeumlugar,davidacotidiana,dosseusritmosedascaracterísticaspeculiaresdaregiãodaVilaBuarque,apartirdosobjetosdeestudospropostos;oTeatroOficina,oElevadoPresidenteJoãoGoulart(Minhocão)eoTeatrodeArena.Aideiaestáatreladaatentarcompreenderacidadeapartirdaperspectivadosteatros.OTeatrodeArenafoiescolhidoporestardentrodoperímetroestabelecidopelaPlataformaPlusetambémportodaforçaqueeleconseguiuexercernadécadade60.Apesardenãoternomomento nenhum grupo atrelado a ele, acreditamos que talvez seja valido estudarmos ele e,dependendodoandamentodapesquisa,realizaralgumaintervenção.OTeatroOficinanospareceubastanteinteressantepor,alémdeterumaorigemcomumcomoTeatrodeArena(oTPE–Teatro

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Político Estudantil), já ter estabelecida toda essa relação como entorno.Quanto aoMinhocão,escolhemoselepelocontextoqueelefoiinseridoecomoeleprejudicoutodaavidaculturalquehaviaseestabelecidonaregiãocentraldacidade.Alémdisso,acabasendoumeixoqueconectaosdois teatrosemquestão.O intuitoécompreenderacidadesoboolhardos teatros,poisambospossuemuma relação intrínseca, os teatros nasceramnas ruas das cidades, e são testemunhosdessaocupação.Por se tratardeumaPesquisaExperimental,pretendemosconcomitantementecomoandamentodapesquisa,realizarumprojetoquesejaumaglutinadordasrelaçõessociaisequejogueluzasquestõesedesejoslevantadosdobairro.EsseprojetovaiocorreremparalelocomasatividadesqueestãosendorealizadaspelaCompanhiaTeat(r)oOficinaUzynaUzona.3.Narrativasurbanas:OcorpodesenhadopelocenáriourbanoVitóriaLacerdadeSousaQueiroz(Senac/ProgramadeIC-Senac)Orientação:Prof.Dr.RicardoLuisSilva(Senac)Oprojetodepesquisaemdesenvolvimento, integraa linhadepesquisa“MetamorfoseUrbana -Cidade Mapeada: narrativas urbanas e metamorfoses espaciais na cidade contemporânea” epretendeinvestigaratravésdefotomontagensasrelaçõesestabelecidasentreocorpoeoespaçourbano.Acidadecomeçacompassosquenãopodemsercontados,cadauméqualitativodeumestilodeapropriação.Essespassosnãoconstituemumasérieesuamovimentaçãoéumaalteridadede singularidades e peculiaridades, principalmente individualidade, assinaturas urbanas no solo.Essespassosdesenhamoslugares,deixamrastrosnostrajetoscriandoespaçoseoscaminhosqueserãodiariamenterepetidos.Ospassospodemsermaislentosoumaisrápidostudodependedeporqueelesestãoacontecendo.Oatodecaminharpodereportaredespertaraocaminhanteasdescobertaseapropriaçõesdosespaçosurbanos.Esseprocessodeapropriaçãoéumarealizaçãoespacial que implica com outras relações diferentes e contatos corriqueiros sob a forma demovimento,ascaminhadastambémprivilegiamasvariaçõeseprincipalmenteasimprovisaçõesquemodificamoupassamporelementosespaciaisquepodembarrarouqueoimpedemdeprosseguir.Aocaminharepararocorpoexperimentaacidade,ocaminhantetransformacadaespacialidadeemumaexperiência,oudeveria.Essacidadeporondesepassamospassos,oscaminhantesouandarilhos, é também berço dos conflitos, diferenças e desigualdades, uma rede de habitantestomadaporcirculaçõesecaminhos.Ocotidianodacidadeécompostodefragmentosdetrajetórias,eessapesquisabuscaregistrareevidenciarestefenômenodocotidiano,asrelaçõesdocorpocomacidadeeoencontrocomooutro,edocumentaratravésdefotografiasemapaspsicográficosocotidianodacidadecontemporânea,essacidadeglobalizadaeconectadaqueganhaumpapeldecenárioondetudoacontece,umlocaldeconflitoscomumahistóriaparacadaautor.OprojetoéaplicadoemumapraçalocalizadanazonasuldeSãoPaulo:APraçaGeneralGentilFalcão,naregiãodaBerrini.Olocalfoiescolhidoporserumdoseixoseconômicosimportantesdacidadecomgrandefluxodepessoasquealipassamdiariamente,comaintençãodeidentificar,vivenciareinterpretarocotidianodacidadeeaconstruçãodarelaçãodocorpocomoespaço.4.InstruçõesparasubirumaescadarolanteMarinaSchiesari(EC/BolsaPE-ConselhoCientíficoEC)Orientação:Profa.Dra.FernandaPitta(EC)eProf.MarceloAnaf(EC)Remetendoàcrônica“InstruçõesparaSubirumaEscada”,naqualJulioCortázarensinacomosubirumaescadasomentepormeiodaescrita,estapesquisatemcomoobjetivoentender,pormeiodeumensaiofotográfico,arelaçãodaescadarolanteeseuusuárioemdiferentesespaços.Optou-seporanalisaraescadarolantenãosócomoumelementoarquitetônicofuncionalparao fluxodepessoas, mas também suas diferentes funções dentro da contemporaneidade. A partir da suafunçãodeliberadadeotimizaçãodefluxos,aescadarolantepassouateroutrasfunçõesquelheconferiramumcaráterderessignificação.Ofluxodecorrentedesuadisposiçãotornou-sepretexto

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paraatingiroutrosobjetivos,comooaumentodasvendas.Emlojasdedepartamentoeshoppingcenters,escadasrolantesatraemconsumidorespelasualinguagemtecnológica,alémdeseremumaplataformadeexposiçãodoconsumidorparavereservisto. Jánasestaçõesdemetrô,alémdepossibilitar um fluxo maior de pessoas, a disposição da escada rolante contribui para umadesaceleração do ritmo de circulação e propicia ummomento de pausa para os passageiros. Aescadarolanteé,portanto,umelementodaarquiteturadosistemacapitalistaglobalqueconectadiferentesníveiscomosefossemumsó,fazendocomquesepercaanoçãodeescalaedetempo.Buscapadronizareofereceromesmoconfortoaousuárioemqualquercontexto,alémdepriorizaroespaçoindividualdentrodeumelementodecirculaçãodemassa.Apartirdoestudodaintegraçãodaescadarolanteeseuentorno,edarelaçãoentreobjetoeusuário,propõe-sechegaraconclusõessobre(i)asdiferentessensações,reaçõesecomportamentosquedespertaemseususuáriosmesmoreproduzindoamesmafunçãoemespaçosdistintos;e(ii)asregras,osfluxos,easproduçõesdelugaresuaapropriaçãocomomercadoriae(iii)omodocomoqualesteelementosecomunicacomacidade.5.Habitaçãoemodosdeviver:umpontodevistacontemporâneoDirceudeOliveiraCamposNeto(UNIFAJ)Orientação:Profa.Dra.DeniseFernandesGeribello(UNIFAJ)Esta pesquisa busca explorar as transformações nas formas de habitar a arquitetura moderna.Pretende-seaprofundarosconhecimentosacercadaarquiteturadasegundametadedoséculoXX,tendocomobaseseuimpactonavidacotidianadeseushabitantes.Busca-seexplorar,também,asadaptaçõessofridasporessaarquiteturaparadarcontadasmodificaçõesnosmodosdevidadesdesuaconstruçãoaopresente.Pormeiodedocumentáriossobrehabitaçõescoletivas,pretende-seproblematizar os modos de morar evidenciados pelos moradores e usuários dos conjuntosconflitando com as cenas e enquadramentos estabelecidos pelos diretores dos documentáriosselecionados. Para tanto, vêm sendo analisados os filmes EdifícioMaster, de Eduardo Coutinho(2002), Copan 60 horas, de Cristina Aragão (2016) e Pedregulho -O sonho é possível, de IvanaMendes(2006).Destemodo,busca-seaprofundaroconhecimentoacercadosobjetosdeestudosalémdefomentardiscussõessobrehabitaçõescoletivas,suasformasdeapropriaçãoeopatrimôniohistórico.

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ProfessoresconvidadosProfa.Dra.AnaCastroPossuigraduaçãoemArquiteturaeUrbanismopelaUniversidadedeSãoPaulo(1997),mestradoemArquitetura eUrbanismo pelaUniversidade de São Paulo (2005) e doutorado emArquitetura eUrbanismopelaUniversidadedeSãoPaulo(2013).FoiProfessoradaEscoladaCidade(2005-2014)eatualmenteéprofessoradaFaculdadedeArquiteturaeUrbanismoUSP.Temexperiêncianaáreade Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Fundamento Sociais da Arquitetura e Urbanismo.Atuandoprincipalmentenosseguintestemas:cidade,história,historiografia,culturaurbana,SãoPauloeAméricaLatina.Profa.Dra.AnaPaulaKouryProfessoradoProgramadePósGradaçãoemArquiteturaeUrbanismodaUniversidadeSãoJudasTadeu(desde2008)edoCursodeGraduação(desde2003).ArquitetaeUrbanistapelaEscoladeEngenhariadeSãoCarlos-USP(1991),mestrepelamesmainstituição(1999)edoutorapelaFAUUSP(2005).FulbrightVisitingProfessorCátedraCUNYGlobalCities(BernardandAnneSpitzerSchoollofArchitecture, Fall-2016) com o projeto Planning for a global democracy resultado da pesquisaPlanningandparticipation:anewagendaforurbanandenvironmentalpoliciesinBrazilcoordenadaemparceria comFernando Luiz Larae comapoio FapespeUniversidadedoTexas (2014-2016).ParticipoudapesquisaFormacióneinvestigacióncomparadaentreArgentinayBrasil.LaviviendasocialenlaspolíticaspúblicasdeVargasydePeróncoordenadaporRosaAboyefinanciadapelaSecretariadePolíticasUniversitáriasdoMinistériodaEducaçãodaArgentina (2015).CoordenoucomNabilBondukiolevantamento,sistematizaçãodedadoseproduçãodetextosparaapublicaçãoem3volumesdaColeçãoPioneirosdaHabitaçãoSocialnoBrasil(2000-2014).Atualmenterealizaestágio de Pós-doutorado no Instituto de Estudos Brasileiros onde colaborou com o projeto depesquisaRômuloAlmeidaeasBasesInstitucionaisdaNaçãocoordenadoporAlexandredeFreitasBarbosa.Profa.Dra.AndreaBazarianVosgueritchianProfessora universitária na FAAP e sócia do Estúdio Tupi. Possui graduação em Arquitetura eUrbanismoFAU-MACK,especializaçãoemconfortoambientaleeficiênciaenergéticaemestradoemTecnologiadaArquiteturaFAU-USP.DoutoraemPlanejamentoUrbanoeRegionaldaFaculdadedeArquiteturaeUrbanismodaUniversidadedeSãoPaulo,compesquisafinalistanoPremiodaXBienal IberoamericanadeArquiteturaeUrbanismo.FoiassistentedeensinonaáreadeTeoriaeHistóriadaarquiteturanaArchitecturalAssociationSchoolofArchitectureemLondres.Atuouemescritório Londrino BDSP Partnership em São Paulo, no cargo de Gerente de Projetos, sendoresponsável pela coordenação de projetos comerciais e multifuncionais de assinatura deFoster+Partners,Triptyque,DalPianArquitetos,entreoutros.ConsultoraLEEDAP.Profa.Dra.CatherineOtondoPossui graduação em Arquitetura e urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo daUniversidadedeSãoPaulo(1993). IniciouseusestudosemArquiteturana-ÉcoleD’ArchitectureParislaSeine(1987).LecionouLinguagemArquitetônicanoEnsinoMédiodoColegioSantaCruz(SP)entre1991-1996.Em2013obteveotitulodeDoutorpelaFaculdadedeArquiteturaeUrbanismodaUSP,comatese:PensareFazer:desenhoeespaçoconstruídonaobradePauloMendesdaRocha.Desde2015éprofessoradoInstitutodeArquiteturaeUrbanismodaUniversidadedeSãoPauloemSãoCarlos,nadisciplinaProjetodeEdificaçõesIV.NocampodapráticaésóciadiretoradoescritóriodearquiteturaBaseUrbana,queatuanasdiversasescalasdocampodeatuaçãodoarquitetoeurbanista:odesenhodacidadeeosmeiosdesuaconstrução.Recebeuem2014oPrêmioMelhorUrbanidadedaAssociaçãoPaulistadeCríticosdeArte,peloprojetodereurbanizaçãodaFaveladoSapéemSãoPaulo.

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Profa.Dra.CristinaMeneguelloPossuigraduaçãoemHistóriapelaUniversidadeEstadualdeCampinas(1988),mestradoemHistóriapelaUniversidadeEstadualdeCampinas(1992),realizoudoutorado-sanduíchenaUniversidadedeManchester (Reino Unido) obtendo o título de doutora na Universidade Estadual de Campinas(2000).Realizouestágiodepós-doutoramentonaUniversidadedeVeneza(IUAV),Itália,em2005,enaUniversidadedeCoimbra,Portugal,em2008.ÉdocenteemregimedededicaçãoexclusivadodepartamentodeHistóriadaUniversidadeEstadualdeCampinasdesde1998,atuandonoscursosde História e de Arquitetura e Urbanismo. Recebeu, dentre outros prêmios, o Prêmio deReconhecimentoAcadêmicoZeferinoVazem2011.Foipor4anospresidentedoComitêBrasileirode Preservação do Patrimônio Industrial (TICCIH-Brasil), do qual é membro fundadora, e érepresentante nacional junto ao TICCIH Internacional (The International Committee for theConservationoftheIndustrialHeritage).ÉtambémmembrodoBoarddoTICCIHInternacional.FoipresidentedaANPUHSãoPaulo(AssociaçãoNacionaldeHistória-regionalSãoPaulo)entre2012e2014. É coordenadora da Olimpíada Nacional em História do Brasil para escolas públicas eparticulares,assimcomodosCursosdeFormaçãoonlinedaOlimpíada,voltadosaosprofessoresdehistória.ÉcoordenadoradoMestradoemEnsinodeHistóriadaUNICAMP.Temexperiêncianaáreade História Contemporânea, Cultura Visual, Divulgação Científica, Ensino de História, HistóriaPública e Preservação do Patrimônio, em especial Patrimônio Industrial e no debatememória-patrimônio.Prof.Dr.FabioLopesPossui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo daUniversidadedeSãoPaulo(1980),MasterofArtspeloRoyalCollegeOfArts(1984)edoutoradoemArquiteturaeUrbanismopelaUniversidadedeSãoPaulo(2000).Realizoudiversasexposiçõesdeartesplásticas.Atualmenteéprofessordoutordo InstitutodeArquiteturaeUrbanismoemSãoCarlos,UniversidadedeSãoPaulo.ÉmembrodoConselhoEditorialdaRevistaRisco(SãoCarlos).Temexperiênciadocentenaáreadearquiteturaeurbanismo,atuandoprincipalmentenostemasarteecidade,identidadenacionaleartesplásticas.Profa.Dra.FlaviaBritodoNascimentoProfessora do Departamento de História de Arquitetura e Estética do Projeto na Faculdade deArquiteturaeUrbanismodaUniversidadedeSãoPaulo(FAU-USP).BacharelelicenciadaemHistóriapelaUniversidadeFederalFluminense,graduadaemArquiteturaeUrbanismopelaUniversidadeFederaldoRiodeJaneiro,obteveotítulodemestreededoutoraemArquiteturaeUrbanismopelaUniversidadedeSãoPaulo.Trabalhoueminstituiçõesdepreservaçãodopatrimônioculturalemdiversos níveis (Iphan, Inepac eUnesco), desenvolvendoestudos de tombamento, inventários etrabalhostécnicos,comoostombamentosdoCentroHistóricodeSãoPedrodaAldeia(RJ)edaViladeEstrela(RJ),aPaisagemCulturaldoValedoRibeira(SP)eotombamentodoCentroHistóricodeIguape(SP).TrabalhouemprojetoseobrasderestaurocomodoArquivoNacionaledoConjuntoResidencialdoPedregulho.IntegrouogrupodepesquisaPioneirosdaHabitaçãoSocialescrevendoartigosparaasériedelivrosdemesmonome.FoiprofessoravisitantenaUniversidadedaCalifórnia,Berkeley,EstadosUnidos,vinculadaaoIASTE-InternationalAssociationfortheStudyofTraditionalEnvironments.Suaspesquisastratamprincipalmentedostemasdepatrimôniocultural,políticasdepreservação, patrimônio urbano, habitação social, conjuntos residenciais e história do Rio deJaneiro.Profa.Ms.IsadoraGuerreiroGraduadaemArquiteturaeUrbanismopelaFaculdadedeArquiteturaeUrbanismodaUniversidadedeSãoPaulo.PossuitítulodeMestreemArquiteturaeUrbanismopelaUniversidadedeSãoPaulo(2010).AtualmenteédoutorandapelaFaculdadedeArquiteturaeUrbanismodaUniversidadede

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SãoPaulo.ÉmembroeEx-coordenadoradoColetivoUsina-CentrodeTrabalhosparaoAmbienteHabitado.FoiprofessoradenocursodeArquiteturaeUrbanismodaUniversidadeBandeirantesnasdisciplinasdeTeoriaeHistóriadaArquiteturaedoUrbanismo,alémdeProjetodeEdificações. Profa.Dra.JoanaMelloÉ docente do Departamento de História da Arquitetura e Estética do Projeto da Faculdade deArquiteturaeUrbanismodaUniversidadedeSãoPaulo,grupodedisciplinasHistóriaeTeoriasdaArquitetura. Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura eUrbanismo da Universidade de São Paulo (1997), mestrado em Arquitetura e Urbanismo peloDepartamentodeArquiteturaeUrbanismodaEscoladeEngenhariadeSãoCarlosdaUniversidadedeSãoPaulo(2005),doutoradoemHistóriaeFundamentosdaArquiteturaedoUrbanismopelaFAU-USP(2010)epós-doutoradopeloInstitutodeFilosofiaeCiênciaHumanasdaUnicamp(2015).FoiprofessoradaEscoladaCidade(2003-2016)edoCursodePós-GraduaçãoLatoSensuOProjetodeArquiteturanaCidadeContemporâneadaFaculdadedeArquiteturadoMackenzie(2010-2012).AtuoucomoredatoradaEnciclopédiadeArtesVisuaisdoItaúCultural.TemexperiêncianaáreadeArquitetura eUrbanismo, comênfase emHistória e Fundamentos deArquitetura eUrbanismo.IntegraoLaboratórioparaOutrosUrbanismos(FAU-USP).Profa.Dra.LucianadeOliveiraRoyerGraduadaemarquiteturaeurbanismopelaFaculdadedeArquiteturaeUrbanismodaUniversidadede São Paulo (1995), desenvolveu o mestrado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo daUniversidadedeSãoPaulo(2003)comdissertaçãointituladaPolíticaHabitacionalnoEstadodeSãoPaulo: Estudo sobre a CDHU. Defendeu o doutorado na mesma instituição (2009) com a teseFinanceirização da Política Habitacional: Limites e perspectivas. Participa do Laboratório deHabitaçãoeAssentamentosHumanosdaFAU-USPdesdesuafundaçãoem1997.FoiGerentedeProjetosnoMinistériodasCidadeseSecretariaExecutivadoConselhoMunicipaldeHabitaçãodoMunicípiodeSãoPaulo. Integrouequipestécnicasnaadministraçãopúblicamunicipale federal,comexperiênciaempolíticaurbanaehabitacional,planejamentourbanoe regionalegestãodepolíticaspúblicas. Foi arquiteta concursadanaCaixa Econômica Federal em2003,ondeexerceucargodesupervisoraecoordenadoradeprogramasespeciais.FoiprofessoradoBachareladoemGestão de Políticas Públicas da Escola de Artes, Ciências e Humanidades daUSP (EACH-USP). ÉprofessoradogrupodedisciplinasdeplanejamentourbanodaFAU-USP.Profa.Dra.MariaBeatrizCruzRufinoProfessora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo daUniversidade de São Paulo (FAU-USP).PossuigraduaçãoemArquiteturaeUrbanismopelaUniversidadeFederaldoCeará(2001),mestradoemPlaneamentoeProjectodoAmbienteUrbanopelaFaculdadedeArquiteturadaUniversidadedo Porto (2005) e doutorado no Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo daUniversidadedeSãoPaulo(2012).AtuoucomodocentenaáreadePlanejamentoeProjetoUrbanonaUniversidadeFederaldoCeará(2006-2008).Profissionalmente,desenvolveudiversostrabalhosnaáreadeplanejamentourbanoehabitação,tendoparticipadodaequipedecoordenaçãodoPlanoDiretor de Fortaleza junto a Prefeitura de Fortaleza e, mais recentemente, atuado comopesquisadoradoInstitutoPolis.Atualmentedesenvolvepesquisasemtornodosseguintestemas:produçãoimobiliária;programaseprojetoshabitacionais;planejamentoeprojetourbano.Profa.Dra.MonicaJunqueiradeCamargoArquiteta graduada pelaUniversidadeMackenzie (1977),mestrado emArquitetura pelamesmaUniversidadeedoutoradonaFaculdadedeArquiteturaeUrbanismodaUniversidadedeSãoPaulo(2000),livre-docênciaem2009pelamesmoUniversidade.Trabalhoucomoarquitetade1977a2003naPrefeituradoMunícipiodeSãoPaulo,pesquisandonoDepartamentodoPatrimônioHistóricoenaDivisãodePesquisasdoCentroCulturalSãoPaulo.LecionouHistóriadaArquiteturanoBrasilna

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UniversidadeMackenziede1987a2003.DesdeentãoéprofessoradaFaculdadedeArquiteturaeUrbanismodaUniversidadedeSãoPaulo,ondedesenvolvealinhadepesquisaArquiteturaeCidadeModerna e Contemporânea, com particular interesse à arquitetura brasileira e ao patrimôniohistórico,tendosidoconselheiradoConprespnoperíodode2004a2007.DiretoradoCPC-CentrodePreservaçãoCulturaldaUSP(2014-atual).Profa.Dra.NilceAravecchiaBotasArquitetaeUrbanistapelaUniversidadedeSãoPaulo(2000),mestre(2005)edoutora(2011)pelaUniversidade de São Paulo. Docente doDepartamento deHistória da Arquitetura e Estética doProjetodaFAUUSP.Temexperiêncianaáreadearquiteturaeurbanismo,comênfasenaspesquisasde história, atuando principalmente nos seguintes temas: história da habitação; o papel dosengenheiros e dos arquitetos no serviço público; história da tecnologia e da industrialização naarquitetura habitacional; arquitetura, habitação e processos de urbanização nas questões dodesenvolvimentonoBrasilenaAméricaLatina.IntegraoLaboratórioparaOutrosUrbanismo(FAU-USP).Profa.Dra.PaulaFreireSantoroArquiteta urbanista, professora nas disciplinas de Planejamento Urbano do Departamento deProjeto da FAUUSP, atualmente coordena projeto observaSP junto ao LabCidade FAU-USP(https://observasp.wordpress.com/)ecoordenagrupodepesquisaCNPq.GraduadapelaFaculdadedeArquiteturaeUrbanismopelaUniversidadedeSãoPaulo-FAUUSP(1997),mestreemEstruturasAmbientaisUrbanasFAU-USP(2004)edoutoraemHabitatFAU-USP(2012).Fezpartedodoutoradona Universidade Politécnica da Cataluña (ETSAB-UPC) em Barcelona, Espanha (2010). CursouespecializaçãoemPolíticadeTerrasnaAméricaLatinapeloLincolnInstituteofLandPolicy,Panamá(2007).FoiAssistenteTécnicadoMinistérioPúblicodoEstadodeSãoPaulonostemasHabitação,UrbanismoeMeioAmbiente (2011-2013). FoiprofessoradaEscoladaCidade (2009-2013).Temexperiência na área de Arquitetura e Urbanismo, atuando principalmente nos seguintes temas:PlanoDiretor,PlanejamentoTerritorial,MeioAmbiente,Urbanismo,PlanoUrbano,GestãoSocialdaValorizaçãodaTerra,MobilidadeUrbana,espaçopúblico/comum.Prof.Dr.RenatoCymbalistaDocentedoDepartamentodeHistóriadaArquiteturaeEstéticadoProjeto,grupodedisciplinasUrbanização e Urbanismo. Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade deArquiteturaeUrbanismodaUniversidadedeSãoPaulo(1996),mestradoemEstruturasAmbientaisUrbanas pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (2001) edoutorado em Estruturas Ambientais Urbanas pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo daUniversidadedeSãoPaulo(2006).CoordenadordonúcleodeurbanismodoInstitutodeEstudos,FormaçãoeAssessoriaemPolíticasSociais (2003-2008).PesquisadordePós-doutoradodo IFCH-UNICAMP,noprojetotemáticoDimensõesdo ImpérioPortuguês(2008-2010).EditorAdjuntodaRevistaBrasileiradeEstudosUrbanoseRegionais(2010-2012).PresidentedoInstitutoPólis(desde2012). Integra o Conselho Administrativo da Casa do Povo (desde 2014) Associado do InstitutoGoehte(desde2016).IntegraoLaboratórioparaOutrosUrbanismos(FAU-USP).