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ISS - Instituições Financeiras - Projeto para Montes Claros SCM- Sistemas Consultoria e Método Ltda. Eng. Sebastião Carlos Martins E-Mail: [email protected] om Fone: (31)9645-0801 Procura-se demonstrar ser possível incrementar para a prefeitura de Montes Claros, uma receita de ISS variando de 130.482,14 a 229.928,01 R$/mês, a um custo médio de 1.294,73R$/mês/Agencia, resultando uma TIR (Taxa Interna de Retorno) variando de 129,386 a 138,233%. Para o Gestor 1, uma receita variando de 13.048,21 a 23.486,7891 R$/mês; para o Gestor 2, variando de 19.572,32 a 35.230,18 R$/mês. Para os Fiscais, por produtividade, um adicional de receita variando de 5.705,82 a 10.252,92R$/mês. O presente estudo se fundamenta na teoria de avaliação dos ISS das Instituições Financeiras, desenvolvida pelo autor com base nos dados disponiveis no Banco Central . http://www.direitobrasil.adv.br/index_ar quivos/Page1474.htm

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Page 1: ISS - Instituições Financeiras · Administrativo, Participação Público Privada e contabilidade básica / avançada. Autor dos Livros a) ISS das Instituições Financeiras (250

ISS - Instituições Financeiras - Projeto para Montes Claros

S C M - S i s t e m a s C o n s u l t o r i a e M é t o d o

L t d a . E n g . S e b a s t i ã o C a r l o s

M a r t i n s E - M a i l :

s c m . s i s t e m a s @ g m a i l . co m

F o n e : ( 3 1 ) 9 6 4 5 - 0 8 0 1

Procura-se demonstrar ser possível incrementar para a prefeitura de Montes Claros, uma receita de ISS variando de 130.482,14 a 229.928,01 R$/mês, a um custo médio de 1.294,73R$/mês/Agencia, resultando uma TIR (Taxa Interna de Retorno) variando de 129,386 a 138,233%. Para o Gestor 1, uma receita variando de 13.048,21 a 23.486,7891 R$/mês; para o Gestor 2, variando de 19.572,32 a 35.230,18 R$/mês. Para os Fiscais, por produtividade, um adicional de receita variando de 5.705,82 a 10.252,92R$/mês.

O presente estudo se fundamenta na

teoria de avaliação dos ISS das

Instituições Financeiras, desenvolvida

pelo autor com base nos dados

disponiveis no Banco Central .

http://www.direitobrasil.adv.br/index_arquivos/Page1474.htm

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Sobre o autor

Eng. Eletricista, pós-graduado em Gerenciamento de Projeto pelo IETEC (Instituto de Educação Continuada – BH, MG), profissional com mais de 30 anos de mercado, com amplos conhecimentos técnicos, administrativo, projetos e acompanhamento de obras, financeiro, contábil e tributário, adquirido nas atividades abaixo relacionadas e consolidado pelo desenvolvimento pessoal de Sistema Gerencial Administrativo, Financeiro e Tributário, já implantado e em perfeito funcionamento em grandes empresas. Ex. prof. da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e PUC ( Pontifícia Universidade Católica do Minas Gerais) com vários artigos técnicos publicados. Conhecimento básico em Direito Tributário, Constitucional, Administrativo, Participação Público Privada e contabilidade básica / avançada. Autor dos Livros

a) ISS das Instituições Financeiras (250 páginas),

b) ISS nas operações com cartões de crédito e débito (tese).

http://www.direitobrasil.adv.br/index_arquivos/Page1474.htm Aprovado no MPU (classificação 118), Tribunal de Justiça (Classificação 135) e ALMG (Assembleia Legislativa do Paraná). Pós-graduação com ênfase em Análise de Investimentos Análise de Balanço para fins de financiamento junto ao BNDES

1) INFORMÁTICA

Excel, Word, Analista e desenvolvedor de Sistemas (sendo autor de um Sistema ERP e CRM ) e Planilha (Excel) para avaliação e análise de decisão em projetos de tubulações nas áreas de saneamento (adutoras e esgoto) e valor de jazidas de minério de ferro.

2) EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL:

Atual-Consultor em Empresas de Saneamento, análise de investimentos industrial e imobiliário, impostos ISSQN tributário municipal. Mineração de ferrosos e não ferrosos (cobre e alumínio), Siderurgia e metalurgia de cobre e alumínio. O grande mérito deste projeto é o de orientar o gestor municipal na obtenção de receitas tributárias do ISS das Instituições Financeira compatíveis com os investimentos e despesas realizadas para a sua obtenção, portanto, considerá-lo como um empreendimento que o justifique econômica e financeiramente, que, além de propiciar menores despesas para a prefeitura relativamente aos valores atuais pagos aos fornecedores de sistemas de gestão permite uma melhor e unificada interatividade entre os agentes fiscais, bem como a obtenção de recursos financeiros para as entidades representativas dos interesses municipais.

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1) Introdução .................................................................................................... 4

2) Premissas .................................................................................................... 4

3) Proposta de Serviços ................................................................................... 6

4) Objetivo do Projeto ...................................................................................... 6

5) Informações do municipio de Montes Claros ............................................... 7

6) Princípio da Autonomia Municipal ................................................................ 9

7) Capacidade Contributiva............................................................................ 10

8) Objetivos Fundamentais da Constituição .................................................. 11

9) Lucro dos Bancos em 2014 ....................................................................... 12

10) Razões para a baixa arrecadação do ISS .............................................. 12

11) Carga Tributária – Curva de Lafer .......................................................... 12

12) Fluxo de Caixa, Receitas e Despesas para a Prefeitura de Divinópolis ..... 13

12.1) Sem recuperação do ISS ..................................................................... 13

a) Estruturação do Projeto ......................................................................... 13

c) Fluxo de Caixa .................................................................................... 14

d) Receitas .............................................................................................. 14

e) Despesas ............................................................................................ 15

f) Gráfico das Receitas e Despesas ....................................................... 15

g) Inviabilidade do Projeto ....................................................................... 15

12.2) Com recuperação do ISS ..................................................................... 16

a) Estruturação do Projeto ......................................................................... 16

h) Quadro das Despesas – Com recuperação do ISS ............................ 16

i) Fluxo de Caixa .................................................................................... 17

j) Receitas .............................................................................................. 18

k) Gráfico das Receitas e Despesas ....................................................... 18

l) Despesas ............................................................................................ 19

m) Remuneração por Produtividade Fiscal ........................................... 19

13) Receitas para os Gestores ......................................................................... 20

a) Sem recuperação do ISS ....................................................................... 20

b) Com recuperação do ISS ....................................................................... 20

14) Balancetes (arquivos do Banco Central) – Razão do Incremento ISS ....... 20

a) Receitas Operacionais–com os COSIF 7.1.4.00.00-0 e 7.1.8.00.00-2 21

b) Receitas Operacionais–sem os COSIF 7.1.4.00.00-0 e 7.1.8.00.00-2 21

15) Financiamento do empreendimento ........................................................... 22

16) Resumo do projeto ..................................................................................... 22

16.1) Para a Prefeitura de Montes Claros ........................................................ 22

16.2) Para fornecedor do sistema .................................................................... 23

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a) Sem a recuperação do ISS ................................................................. 23

b) Com a recuperação do ISS ................................................................. 23

17) Lei da Responsabilidade Fiscal – LRF (Lei 101/2000) ............................... 24

18) Características básicas do sistema DESIF ................................................ 25

19) Benefício de um sistema único para os bancos ......................................... 27

20) Conclusão: ................................................................................................. 27

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Projeto para Incrementar a receita tributária de ISS das Instituições Financeiras em Montes Claros Acréscimo de Receita líquida para o(a);

a) Prefeitura variando de 130.482,14 a 229.928,01 R$/mês;

TIR (Taxa Interna de Retorno) variando de 129,386 a 138,233%

Licença de Uso de 1.294,73 R$/mês, b) Para os Gestores do Projeto (ver definições):

Gestor 2, variando de 19.572,32 a 35.230,18 R$/mês,

Gestor 1, variando de 13.048,21 a 23.486,7891 R$/mês R$/mês,

c) Fiscais (produtividade) de 5.705,82 a 10.252,92 R$/mês.

1) Introdução

Apresento-me como consultor especializado em analise de investimento, não

desenvolvedor/fornecedor de sistemas de gestão pública, portanto, não

pretendendo a comercialização de qualquer software.

Acessei os dados que as Instituições Financeiras mantem junto ao Banco

Central e, a partir destes, desenvolvi um sistema que me permite avaliar, com

razoável aproximação, os valores mensais do ISS, por elas creditados, sendo

capaz, inclusive, de prever sua provável sonegação.

O presente estudo visa demonstrar o quanto é viável a adoção de um único

sistema de gestão de ISS das Instituições Financeiras nos 64 municípios do

Estado de Minas Gerais com mais de 50.000 habitantes com base nas

seguintes premissas.

2) Premissas

a) Utilização de um sistema de gestão de ISS, de terceiros, já desenvolvido

e consolidado,

b) O valor de licença de uso do sistema será gerado para as situações sem

recuperação de ISS de formas a se obter um Lucro para o

desenvolvedor do sistema, avaliado sobre o custo, de 50,00 %,

c) Aquisição Inicial dos direito de uso do sistema = R$ 0.000.000,00,

d) Aquisição de Imóvel para a administração do projeto = R$ 0.000.000,00,

e) Custo da licença de uso avaliado em 1.294,73 R$/mês/Agencia bancária.

f) Haverá um bônus para os gestores do projeto de 20,00 %, calculado

sobre a expectativa de incremento de ISS, sendo assim distribuído:

Para o Gestor 1 - Consultor Tributário = 40,00 %,

Para o Gestor 2 – Represente dos Municípios = 60,00%.

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O presente estudo se fundamenta na teoria de avaliação dos ISS das

Instituições Financeiras, desenvolvida pelo autor deste estudo, com base em

dados disponiveis no Banco Central.

Site - http://www4.bcb.gov.br/fis/cosif/estban.asp

Posteriormente foi comparado os resultados obtidos pela teoria construida base

nos dados do ESTBAN contra as informações reais colhidas junto as;

a) Secretaria da Fazenda da Prefeitura de Belo Horizontes, cujos

desvios foram inferiores a 4,00 %, conforme gráfico abaixo.

b) Secretaria da Fazenda da Prefeitura de Divinópolis (132,980

habitantes - MG), cujos desvios foram inferiores a 1,20 %, conforme

gráfico abaixo.

c)

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d) Secretaria da Fazenda da Prefeitura de Contagem

(637.961habitantes, MG) cujos desvios foram inferiores a 10,80 %,

conforme gráfico abaixo.

Observação: Pela teoria desenvolvida, desvios entre os valores apurados pelo

sistema e os informados pelas Instituições Financeiras, são

indicadores de sonegação, merecendo uma investigação.

3) Proposta de Serviços

Fundamentado nas informações e conhecimentos que exponho neste

documento, proponho meus serviços consultivos a fim de lhes assegurar a

obtenção dos resultados colimados neste projeto, no exato momento em que

os escassos recursos financeiros disponíveis pelos entes públicos devam ser

objeto de profunda avaliação quanto ao seu emprego para que não haja mau

emprego de verbas públicas.

4) Objetivo do Projeto

4.1) Para a prefeitura

Este projeto tem por objetivo a informatização de Montes Claros para o

exercício de uma boa gestão do ISS das Instituições Financeiras nela sediada

desonerando-a dos encargos de especialização de seus fiscais, bem como

propiciar-lhe interação com outras prefeituras decorrentes de ações consultivas

asseguradas pelos gestores do projeto.

4.1) Para o consultor – gestor 1

A remuneração do consultor tributário (gestor 1), será feita pela entidade

representante dos municípios (gestor 2) na proporção de 40,00 % do que lhe

couber, conforme definido no item premissa deste projeto.

4.2) Para a entidade representante dos municípios – gestor 2

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Especificamente para a entidade representante dos municípios, este projeto

visa custear de suas despesas com pessoal técnico e administrativo e

propiciar-lhe recursos para seu desenvolvimento institucional e mecanismos de

interação com o Banco Central tendo por meta o aprimoramento do controle da

gestão do ISS das Instituições Financeiras.

Portanto, com os objetivos mencionados, apresentamos um sucinto estudo de

viabilidade econômico financeiro visando à informatização de Montes Claros

com um único sistema de gestão de ISS das Instituições Financeiras, com as

seguintes repercussões:

a) Redução do custo para as prefeituras,

b) Uniformização no processo de gestão, daí decorrendo a facilidade de

troca de informações entre os fiscos e o respectivo aprimoramento

administrativo e fiscal, tem por consequência obvia a maximização de

receita tributária,

c) Receita, extra, ao(s) gestor(es) pela coordenação do projeto, avaliada

em 20,00% do acréscimo de arrecadação de ISS resultante do projeto.

5) Informações do municipio de Montes Claros

População = 385.898 habitantes;

Índice de Desenvolvimento Humano = 0,770; PIB / Habitante = 12.436 R$/habitante.

As informações e gráficos, registrados neste item, são resultados do

processamento de dados obtidos junto ao Banco Central com base em teoria

desenvolvida pelo autor deste documento e confronto com informações de

pagamentos de ISS das Instituições Financeiras sediadas nos municipios

presquisados (Barbacena, Contagem e Belo Horizonte).

5.1) Cidades com 300.000 à 400.000 Habitantes – Dados Relevantes

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5.2) Receita mensal, esperada, para ISS dos serviços bancários

Dados das operações de crédito – ano 2014

Operação de crédito = R$ 21.894.931.999,00;

Outras operação de crédito = R$ 106.016.381,00;

Outras créditos = R$ 625.656.855,00;

Outros Recebimentos = R$ 1.881.839,00;

Empréstimo de descontos de títulos = R$ 10.271.859.862,00.

Dados das operações de crédito – ano 2015

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5.1) Previsão do ISS esperado por Instituição Financeira

6) Princípio da Autonomia Municipal

O princípio de autonomia municipal sempre esteve implícito no sistema

federativo brasileiro.

A Constituição Federal de 1988 traz expressamente redigida o princípio de

autonomia no art. 18, capítulo I, onde trata da Organização Político-

Administrativa, dispondo que:

“a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil

compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos

autônomos, nos termos desta Constituição” (BRASIL, CF/1988).

O princípio da autonomia municipal vem contido, basicamente, nos arts. 29 e

30 da Carta Magna. Tão expressivo é o princípio insculpido nestes artigos, que

lei alguma, nenhum poder, nenhuma autoridade (inclusive judiciária), poderá,

direta ou indiretamente, mediante ação ou omissão, derrogá-lo ou, de algum

modo, amesquinhá-lo (CARRAZZA, 2006, p. 159-160).

Para Jose Afonso da Silva, a autonomia municipal tem como fundamento

quatro capacidades:

a) de auto organização, mediante a elaboração de lei orgânica

própria;

b) de auto governo pela eletividade do prefeito e dos vereadores as

respectivas Câmaras Municipais;

c) normativa própria ou capacidade de auto legislação, mediante a

competência de elaboração de leis municipais sobre áreas que são

reservadas à competência exclusiva e complementar;

d) de auto administração (administração própria, para manter e

prestar os serviços de interesse local) (SILVA, 1989, p. 8).

O reconhecimento da autonomia municipal possibilitou que alguns

doutrinadores desenvolvessem teorias de inconstitucionalidade de leis

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complementares que limitam a competência municipal, a exemplo da Lei

Complementar 116/2003, que limita os serviços a serem tributados, por

entenderem que seu caráter taxativo ofende o princípio da autonomia municipal

e do federalismo (VALE, 2002, p.35).

Não se concretiza o princípio constitucional da automonomia municipal com

dependência financeira dos municipios aos minguados recursos financeiros

provinientes da UNIÃO.

A solução será a de buscar estes recursos através de uma eficiente gestão do

ISS dos bancos. A própria União já assim está procedendo através do aumento

em 5,00 % na CSLL (Contribuição Social sobre o Lucros Líquido dos bancos).

a) “O Plenário aprovou nesta terça-feira (15) o Projeto de Lei de Conversão (PLV)

11/2015, oriundo da Medida Provisória (MP) 675/2015, que eleva de 15% para

20% a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de

instituições financeiras, e de 15% para 17% a alíquota paga pelas cooperativas

de crédito. A cobrança é valida até 31 de dezembro de 2018, retornando ao

patamar de 15% a partir de 2019. A matéria será encaminhada à sanção

presidencial.”

b) Gleisi reconheceu as críticas de que a alíquota de 20% ainda é tímida diante

do lucro dos bancos. A relatora disse que encampou quatro de um total de

193 emendas, e que o ideal seria uma alíquota entre 25% e 30%.

7) Capacidade Contributiva

A Constituição Federal, no $ 1º do artigo 145, determina:

“Sempre que possível, os imposto terão caráter pessoal e serão graduados

segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração

tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar,

respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os

rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.”

José Maurício Conti, interpretando o entendimento de Ives Gandra, afirma que:

“a capacidade contributiva é aquela derivada de uma relação jurídica

entre o Fisco e o Contribuinte, em que o primeiro detém um poder sobre

o segundo, de forma a fazer com que este último tenha um dever com o

primeiro.”

Assim, tem capacidade contributiva aquele contribuinte que está

juridicamente obrigado a cumprir determinada prestação de natureza

tributária para com o poder tributante.

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Tal situação não deixa dúvida quanto a legalidade e exigência do ISS

das Instituições Financeiras pelos serviços prestados em conformidade

com a lei 116/2003 e a obrigatoriedade destes em satisfazê-la,

principalmente quanto se tem por objetivos na tributação a satisfação de

bem maior de interesse público, a saúde e educação, de

responsabilidade dos gestores municipais.

Não há como alcançarmos uma nova ordem social sem a cooperação de toda

a sociedade e, por uma questão de justiça, devem contribuir mais aqueles que

possuem maior capacidade contributiva. Mas, uma proposição de tão fácil

entendimento, jamais se efetivará enquanto aqueles que possuem maior

capacidade contributiva (Instituições Financeiras e Administradoras de Cartões)

continuarem a usar seu poder econômico para esquivar-se da tributação,

deixando o fardo social sobre os ombros do elo mais fraco da corrente.

8) Objetivos Fundamentais da Constituição

Temos que, conforme reza o art. 3º, são objetivos;

I - Construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - Garantir o desenvolvimento nacional;

III - Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais

e regionais;

IV - Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,

idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Não se alcançará os objetivos enunciados quando se falta recurso para sua

consecução. A solução de conflitos de interesse será alcançada quando o

Banco Central fizer constar a obrigatoriedade de observância da lei 116/2005 e

o enquadramento das declarações de ISS das Instituições Financeiras

conforme as contas do COSIF e em conformidade com a referida lei.

De um artigo do Dr. Ives Gandra, extraímos:

“Segundo a Receita Federal, no Brasil, a carga tributária para os setores

produtivos ficou em 35,86%, se aproximando da Alemanha (36,35%), que, no

entanto, presenteia os contribuintes com excelentes serviços propiciando-lhes

alto padrão de vida, coisa que não ocorre no Brasil.”

Uma boa gestão do ISS das Instituições Financeiras poderá ser uma

expressiva fonte de recursos. Enquanto o país entra em franca recessão, os

bancos apresentaram no ano de 2014 lucros estratosféricos, conforme

ilustrado abaixo:

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9) Lucro dos Bancos em 2014

Itaú – R$ 20,6 bilhões,

Bradesco – R$ 15,3 bilhões,

Banco do Brasil – R$ 11,3 bilhões,

Caixa – R$ 7,1 bilhões,

Santander – R$ 5,8 bilhões.

10) Razões para a baixa arrecadação do ISS

Embora tenha sido o incremento da cobrança por taxa e serviços um dos

componentes do expressivo lucro das Instituições Financeiras, não existe a

devida correspondência no acréscimo do ISS devidos aos municípios, pois

estas deixam de considerar em suas obrigações tributárias o expressivo

contingente de serviços passíveis de tributação, ignorando inúmeros serviços

bancários previstos na LC 116/2003 abrangidos pela expressão congêneres e

outros serviços acessórios e autônomos prestados aos seus clientes.

11) Carga Tributária – Curva de Lafer

Não obstante os impostos se constituam na principal fonte de receita do

governo, a sociedade não suporta mais carga tributária e a tentativa de

obtenção de recursos financeiros desta forma pode trazer resultados

indesejados, conforme se pretende demonstrar através da Curva de Lafer.

O incremento de receitas tributárias pode e deve ser resultado de uma

eficiente e eficaz administração dos impostos através da observância às leis,

seguido de uma fiscalização adequada.

A Curva de Lafer mostra que um aumento na taxa de impostos eleva a

receita tributária até determinado ponto (máximo). A partir daí, maiores taxas

reduzem a receita tributária, pois desestimulam o trabalho, uma vez que seu

resultado no aumento da renda da classe produtiva deixa de ter efeito

agregado nas melhores condições de vida para os que, efetivamente,

contribuem na formação do PIB.

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Pelo menos dois motivos podem explicar esse comportamento. Em

primeiro lugar, um aumento nos impostos representa redução de receita no

retorno sobre cada hora adicional de trabalho. Isso pode, a partir de

determinado ponto, levar as pessoas a trabalhar menos, buscando mais lazer.

Em outras palavras, o imposto tem um efeito distorcido sobre a opção

entre renda e lazer.

Em segundo lugar, taxas de impostos muito altas podem criar incentivos

à sonegação, ou levar as pessoas a procurarem atividades cuja tributação seja

menor.

Se vale a Curva de Lafer, o grande desafio do governo consiste em

descobrir em que ponto ele está na curva. Se estiver à esquerda de tmax,

poderá aumentar sua receita com a elevação das taxas. Se estiver à direita,

isso não é possível.

12) Fluxo de Caixa, Receitas/Despesas para a Prefeitura de Montes Claros

Para melhor entendimento do projeto procuraremos demonstrar seus efeitos

considerando-o sem e com recuperação do ISS ainda não prescrito.

12.1) Sem recuperação do ISS

a) Estruturação do Projeto

População global = 385.898 habitantes;

Arrecadação Média Mensal = 229.928,01 R$/mês,

Previsão Acréscimo Líquido mensal = 130.582,14 R$/mês,

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14

Custo mensal com o projeto = 63.694,02 R$/mês,

Custo mensal por agência = 1.294,73 R$/mês/Agencia,

Bônus para o 1# Gestor do Projeto = 13.048,21 R$/mês,

Bônus para o 2# Gestor do Projeto = 19.572,32 R$/mês,

TIR para os municípios = 129,386 %,

VPL para o município = R$ 1.633.117,64

Custo Implantação/Licença Inicial USO = 9.705,78 a 13.865,41R$/mês,

Custo de aquisição imóvel = R$ 0.000.000,00.

c) Fluxo de Caixa

d) Receitas

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e) Despesas

f) Gráfico das Receitas e Despesas

g) Inviabilidade do Projeto

No quadro abaixo mostra a correlação entre os % de acrescimos na

arrecadação com os respectivos preços de licença de uso que inviabilizam o

projeto, bem com os acréscimos, previstos, de arrecadação.

Exemplo: Se houver apenas 50,00 % do acréscimo esperado de arrecadação,

o projeto se tornará inviável para valores acima de 48.144,90 R$/mês

de licença de uso. De mesma forma, este projeto tornar-se-á

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inviável, economicamente, se sua licença de uso for maior que

4.033,78 R$/mês.

12.2) Com recuperação do ISS

a) Estruturação do Projeto

População global = 385.898 habitantes;

Arrecadação Média Mensal = 229.928,01 R$/mês,

Previsão Acréscimo Líquido mensal = 234.867,84 R$/mês,

Custo mensal com o projeto = 119.245,45 R$/mês,

Custo Mensal Licença de USO = 31.073,48 R$/mês,

Custo mensal por agência = 1.294,73 R$/mês/Agencia,

Despesas Max. por Produtividade Fiscal= 10.252,92 R$/mês,

Bônus para o 1# Gestor do Projeto = 23.486,78 R$/mês,

Bônus para o 2# Gestor do Projeto = 35.230,18 R$/mês,

TIR para os municípios = 138,233 %,

VPL para o município = R$ 5.121.291,38

Custo de aquisição imóvel = R$ 0.000.000,00.

h) Quadro das Despesas – Com recuperação do ISS

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i) Fluxo de Caixa

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j) Receitas

k) Gráfico das Receitas e Despesas

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l) Despesas

m) Remuneração por Produtividade Fiscal

O projeto prevê a remuneração por Produtividade Fiscal na ordem de 5,00 % do

incremento previsto pela recuperação de ISS ainda não prescrito, limitado à

70,00 % do custo da licença de uso, correspondendo a 5.705,82 R$/mês no 10º

mês, alcançando 10.252,92 R$/mês no 33º mês.

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13) Receitas para os Gestores

O projeto prevê uma receita extra de 20,00 % sobre o incremento de receita de

ISS para os gestores a se iniciar a partir de seu surgimento, conforme

mostrado abaixo, podendo atingir, a partir do 14º mês os valores de:

a) Sem recuperação do ISS

Para o Gestor1 = 13.048,21 R$/mês,

Para o Gestor2 = 19.572,32 R$/mês.

b) Com recuperação do ISS

Para o Gestor1 = 23.486,78 R$/mês,

Para o Gestor2 = 35.230,18 R$/mês.

14) Balancetes (arquivos do Banco Central) – Razão do Incremento ISS

Examinando o arquivo de Balancetes que as Instituições Financeiras registram

no Banco Central localizamos informações registradas nas contas COSIF do

grupo de contas 7.1.00.000-8 – Receitas Operacionais – com seus

desdobramentos passíveis de geração de ISS o que nos leva a concluir que

maior deveria ser seu valor de ISS das Instituições Financeiras registrados em

favor dos municípios, pois não só as contas do grupo 7.1.7.00.00-9 (Rendas de

Prestações de Serviços) do COSIF geram ISS como também outras que

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registram o IOF, quando a elas estiver vinculadas outras atividades acessórias

autônomas das quais os bancos cobram de seus clientes serviços de cadastros

e outros congêneres, normalmente não são pagos aos municipios.

Assim sendo, as receitas auferidas pelas instituições financeiras nestas

atividades autônomas são verdadeiras prestações de serviços que enquadram

na expressão – CONGENRES – mencionada na lei 116/2003, devendo,

portanto, ser objeto do ISS.

a) Receitas Operacionais–com os COSIF 7.1.4.00.00-0 e 7.1.8.00.00-2

Eliminando do quadro acima as contas;

7.1.4.00.00-0 Rendas de Aplicações Interfinanceiras de Liquidez,

7.1.8.00.00-2 Rendas de Participações,

por serem as que podem encontrar maiores resistência para seu

enquadramento como tributáveis além do IOF, temos que nas a

atividades a elas associadas e desvinculadas de seu núcleo financeiro,

por terem características de prestações de serviço por prestadores à

tomadores com CNPJ diferentes, devem incidir o ISS.

Devido, entretanto, a polemica do assunto resolvemos desconsiderá-las,

gerando, por consequência, o quadro abaixo, sobre o qual teceremos

nossas considerações.

b) Receitas Operacionais–sem os COSIF 7.1.4.00.00-0 e 7.1.8.00.00-2

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Do exame do quadro acima, vemos que as as atividades que mais propiciaram

elevadas receitas às Instituições Financeiras são as referentes a RENDAS DE

CAMBIO e RENDAS COM TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS, que tem

pouca vinculação com as atividades relacionadas à geração do PIB,

demonstrando que mesmo em situações de retração da economia é possivel o

crescimento dos lucros dos bancos.

Temos as seguintes explicações para as receitas das Instituições Financeiras:

a) RENDAS DE CAMBIO – acha-se vinculada a desvalorização do Real

frente ao Dolar ocorrida no período de 01/2014 à 11/2015.

b) RENDAS COM TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS – aquisições de

títulos do governo e sua posterior recolocação no mercado a preços

superiores ao de suas respectivas compras,

c) RENDAS DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – rendas que tem

vinculações com as atividades do setor produtivo, apresentaram um

retração de 41,16 %, caracterizando descrença dos empresarios no

crescimento do país,

d) RENDAS DE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS – rendas que têm direta

relação com as atividades economicas, apresentaram um crescimento

de 8,89%, que, descontado a inflação de 6,41%, e 10,71%,

respectivamente para os anos 2014 e 2015 (totalizando-se em 17,12%),

vê-se que neste mesmo periódo houve, portanto, uma retração, na

prestação de serviços da ordem de 8,23 %, que demonstra, claramente

uma retração da economia no mesmo.

Melhores explicações poderão ser encontradas no livro – ISS das Instituições

Financeiras -.

15) Financiamento do empreendimento

O financiamento para o empreendimento pode ser obtido através de

recursos provenientes de Bancos de Desenvolvimento contratado à taxa de 1,0

% ao mês. Será demonstrado que o custo de financiamento será pago pelo

adicional de receita tributária advinda de uma boa gestão do ISS das

Instituições Financeiras.

16) Resumo do projeto

A seguir, o resumo do projeto para o município de Montes Claros, incorporando

os valores mais relevantes para as situações sem e com recuperação de ISS

ainda não prescritos.

16.1) Para a Prefeitura de Montes Claros

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16.2) Para fornecedor do sistema

A seguir aprestamos duas tabelas que destacam os valores relevantes para o fornecedor do sistema de gestão do ISS, nas situações sem e com recuperação do ISS.

a) Sem a recuperação do ISS

Temos para: TIR = 8,676 %,

Lucro Líquido = 50,00 %,

VPL = R$ 69.163,45

b) Com a recuperação do ISS

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Temos para: TIR = 10,640 %,

Lucro Líquido = 73,56 %,

VPL = R$ 109.226,06

17) Lei da Responsabilidade Fiscal – LRF (Lei 101/2000)

É regra que o principal objetivo da Lei de Responsabilidade Fiscal, de

acordo com o caput do art. 1º, consiste em estabelecer normas de finanças

públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal.

Em seu parágrafo primeiro procura definir o que se entende como

“responsabilidade na gestão fiscal”, estabelecendo os seguintes postulados:

Ação planejada e transparente;

Prevenção de riscos e correção de desvios que afetem o equilíbrio

das contas públicas;

Garantia de equilíbrio nas contas, via cumprimento de metas de

resultados entre receitas e despesas, com limites e condições para a

renúncia de receita e a geração de despesas com pessoal,

seguridade, dívida, operações de crédito, concessão de garantia e

inscrição em restos a pagar.

Entende-se por Renuncia de Receita toda ação ou omissão que tenha como

consequências a perda de receitas por parte do gestor púbico, ato enquadrado

na LRF e passível de punição.

Esta renúncia pode caracterizar-se pela omissão em fatos presentes e

pretéritos sobre os quais incidam a obrigação tributária, portanto, é

responsabilidade do gestor público, também, a busca de recursos pretéritos,

devidos e não pagos, dos quais venha tomar conhecimento, devendo promover

uma ação planejada e respectiva prevenção de riscos para uma adequada

administração e gestão de impostos devidos.

Portanto, no momento em que o gestor público dispõe de meios e recursos

para buscar os impostos devidos aos entes municipais, este tem o dever legal

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de fazê-lo sobre pena de descumprimento de preceitos legais e, portanto,

passível das penalidades correspondentes por sua omissão.

O ISS das Instituições Financeiras, se devidamente fiscalizado e monitorado,

pode incrementar a receita tributária do município. Esta afirmação se respalda

no fato destas terem a facilidade de alocar seus serviços prestados aos seus

clientes em contas não tributáveis, pela natureza de que estes se revestem,

incrementando seus lucros, quando deveriam, conforme relação de itens de

serviços da lista 15 da lei 116/2003, ser tributados.

18) Características básicas do sistema DESIF

Um sistema de registro e transferência de Declaração dos Serviços prestados

pelas Instituições Financeiras deve apresentar características próprias que,

além de ensejar qualidade e eficiência nos serviços de fiscalização, promovam

um incremento de arrecadação do ISS.

Assim, este deverá apresentar e possibilitar as seguintes características

básicas:

a) Registrar a apuração do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza

dos serviços prestados pelas Instituições Financeiras e equiparadas

autorizadas a funcionar pelo Banco Central (BACEN) e demais Pessoas

Jurídicas obrigadas a utilizar o Plano de Contas das Instituições do

Sistema Financeiro Nacional (COSIF).

b) Analisar as informações prestadas pelas Instituições Financeiras, com

as informações disponibilizadas ao Banco Central do Brasil, com a

finalidade de homologar as declarações, ou, complementá-la com

lançamento de ofício.

c) Ser capaz de produzir mecanismo para apurar e lançar as possíveis

diferenças na base de cálculo do ISS.

d) Proporcionar o incremento da arrecadação como finalidade primordial.

e) Assegurar à Administração Tributária uma prestação de serviços aos

Contribuintes com qualidade e eficiência, uma vez que é a ligação entre

o Fisco e Contribuinte.

f) Deverá validar e transmitir as declarações de acordo com o modelo

conceitual ABRASF e ser capaz de viabilizar o sincronismo de

informações entre Contribuintes e Municípios, e desses com outros

órgãos de Governo das esferas Federal e Estaduais.

Com o cruzamento das informações obtidas nas declarações é possível

que ocorra um aumento considerável na base de cálculo apurada.

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A primeira análise é referente ao enquadramento dos serviços prestados

a lista anexa a Lei Complementar 116/2003 que será interligada com a

Lei Municipal;

Identificação dos Serviços Prestados pelas Instituições Financeiras e

não incluso na apuração da base de cálculo.

Uma das características dos tributos com lançamento por homologação

é que o pagamento ocorre antecipadamente.

O fisco assim analisa os lançamentos, homologa-os, ou, realiza o

lançamento de ofício para complementar a base de cálculo e apuração

do imposto.

Neste diapasão, o sistema deve apurar a nova base de cálculo de

acordo com a legislação vigente e configurações realizadas pelo Fisco

Municipal.

Mas a maior possibilidade de incremento na receita está no fato dos

bancos não incluírem na base de cálculo os descontos condicionados.

• E, descontos condicionados integram a base de cálculo do Imposto,

conforme entendimento predominante na corte superior.

• Assim com a comparação entre os valores reais das tarifas e os valores

praticados pelas Instituições em descontos condicionais oferecidos aos

seus clientes em função do volume de movimentação é prática ilegal e,

uma vez identificada cabe o arbitramento de ISS.

O sistema deverá ser baseado no modelo conceitual desenvolvido pela

Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais (ABRASF)

com apoio da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), e exigir ainda as

declarações referentes aos:

Pacotes de serviços;

Movimentação das tarifas realizadas pelas Instituições Financeiras;

Número de Correntistas.

Deverá assegurar melhores condições de fiscalização por parte dos agentes

fazendários bem como prestar melhores serviços aos contribuintes,

possibilitando que fiscalização seja realizada de formas a:

Cobrar, numa primeira fase, somente o que o banco declara, pois, o ISS

é um imposto de lançamento sujeito a homologação, assim, para evitar o

contencioso da parte incontroversa, recebe a declaração e gerar a guia

de recolhimento e em seguida gerar o Auto de Infração da parte apurada

que não declarada;

Identificar a diferença entre número de correntistas, pacotes de serviços

com seus respectivos valores assegura o incremento de receita, mas,

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por ser matéria sujeita a questionamento, estes valores poderão ser

lançados em um Auto de Infração posterior.

19) Benefício de um sistema único para os bancos

A adoção de um único sistema de gestão das Instituições Financeiras além de

ser uma solução economicamente vantajosa, permite, ainda, os seguintes

benefícios para todos:

Uma uniformização de gestão permitindo ampla troca de experiência

entre os municípios,

Independência de terceiros, visto ser sua operacionalização vinculada à

sua própria estrutura operacional,

Sua posterior expansão para as demais entidades municipais dos outros

estados permitirá uma sensível redução de suas licenças de usos,

maximizando suas receitas municipais de ISS das Instituições

Financeiras, além de fortalecer o pacto Federativo no momento em que

estes se fazem mais independentes das benevolências da União,

Em termos políticos globais cria mecanismos que fortalece o poder dos

entes municipais face à União e Instituições Financeiras e creia melhor

entrosamento entre o Governo do Estado e os entes municipais,

Assegura ISS das Instituições Financeiras aos municípios mais carentes

de recursos financeiros e tecnológicos.

20) Conclusão:

Pelo exposto neste trabalho, embora estimativo, por sua relevância se faz

necessário uma investigação mais detalhada do ISS das Instituições

Financeiras a bem da sociedade contra a ganância do sistema financeiro

que a cada ano vê seus lucros crescendo de formas injustificáveis

perante a realidade sócio econômica do Brasil.

O governo central, que reúne as contas da Previdência Social, Tesouro Nacional e Banco Central, registrou, no ano de 2015, resultado primário deficitário em R$ 114,985 bilhões, ou 1,94% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas do país. Trata-se do pior resultado anual, desde o início da série histórica, em 1997. Em 2014, o déficit registrado ficou em R$ 17,2 bilhões ou 0,3% do PIB. A diferença entre 2014 e 2015 supera R$ 97 bilhões.

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Eng. Sebastião Carlos Martins

Consultor de Tributos Municipais

E.Mail: [email protected]

Telefone: (31) 9265-0801

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RESUMO – Montes Claros

Projeto para adequação e/ou implementação de novo projeto de gestão de ISS das Instituições Financeiras.

Os estudos conduzidos pelo autor baseou-se nos dados disponíveis no arquivo

ESTBAN do Banco Central que registram, parcialmente, as operações das

Instituições Financeiras no âmbito dos municípios que as abrigam.

(http://www4.bcb.gov.br/fis/cosif/estban.asp).

Este projeto tem por objetivo avaliar as despesas esperadas para a obtenção

do incremental esperado de receitas com o ISS das Instituições Financeiras,

conforme estudos do autor deste trabalho, e, em seguida, avaliar a viabilidade

econômico financeira da implantação/adequação de projeto visando o

incremento de ISS.

Conforme será demonstrado neste trabalho, todos os envolvidos em sua

realização, isto é prefeitura, gestores do projeto e fornecedor de sistema, terão

ganhos razoáveis, sendo que para o fornecedor de sistema e prefeitura foi

avaliado suas respectivas TIR (Taxas Internas de Retorno).

No caso específico da prefeitura, os elevados valores da TIR impulsionam-na

em direção a execução deste projeto, tornando-o uma obrigação dos gestores

conforme prescreve a LRF (Lei da Responsabilidade Fiscal – Lei 101/2000). Lei da Responsabilidade Fiscal – LRF (Lei 101/2000)

É regra que o principal objetivo da Lei de Responsabilidade Fiscal, de

acordo com o caput do art. 1º, consiste em estabelecer normas de

finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal.

Em seu parágrafo primeiro procura definir o que se entende como

“responsabilidade na gestão fiscal”, estabelecendo os seguintes

postulados:

Ação planejada e transparente;

Prevenção de riscos e correção de desvios que afetem o equilíbrio das

contas públicas;

Garantia de equilíbrio nas contas, via cumprimento de metas de resultados

entre receitas e despesas, com limites e condições para a renúncia de

receita e a geração de despesas com pessoal, seguridade, dívida,

operações de crédito, concessão de garantia e inscrição em restos a

pagar.

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Entende-se por Renuncia de Receita toda ação ou omissão que tenha como

consequências a perda de receitas por parte do gestor púbico, ato enquadrado

na LRF e passível de punição.

Esta renúncia pode caracterizar-se pela omissão em fatos presentes e

pretéritos sobre os quais incidam a obrigação tributária, portanto, é

responsabilidade do gestor público, também, a busca de recursos pretéritos,

devidos e não pagos, dos quais venha tomar conhecimento, devendo promover

uma ação planejada e respectiva prevenção de riscos para uma adequada

administração e gestão de impostos devidos.

Procuramos demonstrar ser possível:

a) Para a prefeitura d) Prefeitura variando de 130.482,14 a 229.928,01 R$/mês;

TIR (Taxa Interna de Retorno) variando de 129,386 a 138,233%

Licença de Uso de 976,72 R$/mês, e) Para os Gestores do Projeto (ver definições):

Gestor 2, variando de 19.572,32 a 35.230,18 R$/mês,

Gestor 1, variando de 13.048,21 a 23.486,7891 R$/mês R$/mês,

f) Fiscais (produtividade) de 5.705,82 a 10.252,92 R$/mês.

Incrementar, para a prefeitura, uma receita de ISS variando de

130.482,14 a 229.928,01 01 R$/mês, a um custo médio de 976,72

R$/mês/Agencia, resultando numa TIR (Taxa Interna de Retorno)

variando de 129,386 a 138,23 %

Despesas visando a implementação de projeto com perspectiva de

desembolso financeiro na faixa de 4.033,78 R$/mês/agencia não se

justificam perante a expectativa de incremento esperado variando de

variando de 130.482,14 a 229.928,01 R$/mês, pois conduzem a uma TIR

de aproximadamente 2,00 % ao mês, valor próximo do que daria uma

aplicação de títulos públicos.

a) Para os gestores:

Para o gestor 1, é esperado um acréscimo de Receita líquida variando

de 13.048,21 a 23.486,7891 R$/mês;

Para o gestor 2, acréscimo de receita variando de 19.572,32 a 35.230,18

R$/mês.

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b) Para os Fiscais, por produtividade, um adicional de receita variando de

5.705,82 a 10.252,92 R$/mês.

b)

A seguir, o resumo do projeto comparando seus valores mais relevantes de

incremento de receita do ISS para as situações sem e com recuperação de

ISS ainda não prescritos. Maiores informações podem ser obtidas no

documento completo ou em contato com o autor.

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Eng. Sebastião Martins

E-Mail: [email protected]

Fone : (31) 99645-0801