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Tarik Al Salam

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

SALAM, Tarik Al

Islamismo – A grande batalha espiritual para evangelização nos fins dos

tempos – Tarik Al Salam – Curitiba: A.D. Santos Editora, 2012, 136 p.

ISBN – 978.85.7459-266-4

1. Apologética cristã 2. Heresiologia 3. Islamismo

CDD – 235

1ª Edição: Março / 2012 – 3.000 exemplares.

Proibida a reprodução total ou parcial,por quaisquer meios a não ser em citações breves,

com indicação da fonte.

Edição e Distribuição:

Capa:

Igor Braga

Projeto gráfico e editoração:

Manoel Menezes

Revisão ortográfica:

Priscila R. A. Laranjeira

Impressão e acabamento:

Gráfica Impressul

UMA PALAVRA

A história desse livro tem a ver não apenas com oconhecimento, mas com a vivência.

A intenção do autor é que o amor verdadeiro, além dacompreensão teórica possa produzir o amor de Deus, revela-do na pessoa maravilhosa de seu filho Jesus Cristo, diante dodesafio de alcançar os muçulmanos para Jesus. E este é o maiordesafio deste milênio.

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Perguntas de Avaliação

Teste de Avaliação Inicial

Você deverá tentar responder essas perguntas abaixo, antes da lei-tura do livro. Esse teste visa trazer uma pré-avaliação do nível doseu conhecimento sobre o assunto.

DEPOIS DA LEITURA DO LIVRO, faça novamente o teste e veja oquanto você reteve das noções gerais sobre o ISLAMISMO.

PERGUNTAS:

Aluno(a)

1. Qual a diferença entre Islamismo, árabes, turcos e Muçulma-nos?

2. Xiitas vêm a ser o quê?

3. Muhammad, Ali, Hussein, Hassam são os nomes de quaispersonagens na História do Islamismo?

4. O que vem a ser a Hégira?

5. Apenas cite os 5 pilares do Islamismo.

6. Qual o principal motivo dos muçulmanos não acreditaremque Jesus é filho de Deus?

7. O que vem a ser o evangelho de Barnabé?

8. Que tipo de muçulmanos vivem na África?

9. Que experiência você já teve ao evangelizar um muçulma-no?

10. Cite alguns princípios no evangelismo de muçulmanos ealguma estratégia que você conhece.

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SUMÁRIO

Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1

I. Quem são os Muçulmanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

II. O Ambiente Religioso que Antecedeu a Muhammad (Maomé) . . 15

III. O Profeta Maomé – O Início do Islamismo . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

IV. O Livro Sagrado do Islamismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

V. Alcorão (Al-Qur’ãn) um Manual de Vida?. . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

VI. O Corão e a Bíblia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .59

VII. Os Cinco Pilares do Islamismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

VIII. O Islamismo: da Morte do Profeta aos Dias de Hoje . . . . . . . . 89

IX. Estrutura Política e Social do Islamismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97

X. Ganhando os Muçulmanos Para Cristo – Um Desafio . . . . . . . . 105

XI. Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .117

Glossário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .123

Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .127

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iv

INTRODUÇÃO

Muitos ainda estão se perguntando sobre o futuro do mundo árabe eo efeito sobre as demais nações, a partir de protestos que se iniciaramno final de 2010 e continuam se expandindo até os dias de hoje.Manifestações no Oriente Médio e no Norte da África se tornaramdestaque. Revoluções na Tunísia, Egito, Líbia com a queda de gover-nantes e grandes protestos na Argélia, Bahrein, Djibuti, Iraque, Jor-dânia, Síria, Omã e Iémen e outros de menor repercussão. Outrosque de alguma forma também estão vivendo o temor desse momen-to são Kuwait, Líbano, Mauritânia, Marrocos, Arábia Saudita, Sudãoe Saara Ocidental.

Vivendo um novo tempo de mobilização para que o mundointeiro se envolva e apoie esses atos, todos os meios possíveis têm setornado mola propulsora para simpatizantes. Temos visto o uso dasmídias sociais, como Facebook, Twitter e Youtube sendo usadospara organizar, comunicar e sensibilizar a população e a comunidadeinternacional em face de tentativas de repressão e censura na Inter-net por parte dos países em questão.1

1

1 Sant Anna, Lourival. Atualidades FUVEST - Primavera árabe – 24.10.2011. fonte:

http://tv.estadao.com.br/videos,atualidades-na-fuvest—primavera-arabe,150427,250,0.htm

A maioria dessas etnias é de formação religiosa islâmica.Diante do quadro histórico tão alarmante, o povo cristão tem se per-guntado que parte da escatologia estamos vivendo. Porém, o desta-que que faço é que devemos perguntar sim se estamos preparadospara expor nossa fé em Jesus para um povo tão convicto e que estáinvadindo os espaços geográficos de todos os povos com sua reli-gião.

Nossa ideia é continuar na tentativa de suprir a necessidadedo conhecimento da religião islâmica, desde a sua origem e ser uminstrumento de Deus para abrir os olhos do mundo cristão paraaquilo que acredito ser o MAIOR DESAFIO MISSIONÁRIO DETODO MUNDO ATÉ A VOLTA DE JESUS CRISTO. Em outraspalavras: devemos estar preparados para responder a razão da nossa

fé.2 (1 Pedro 3:15)

A grande maioria do mundo evangélico realmente acreditaque a “Muralha de areia do mundo Muçulmano” é a grande batalhaespiritual para evangelização nos fins dos tempos. Muitos estão seenfileirando no “front” de batalha, e outros estão sendo convocadospelo Senhor da Seara. Por outro lado, não podemos jamais esquecera tarefa para todos os seguidores de Cristo: “Portanto ide, fazei discí-pulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, edo Espírito Santo” (Mt 28.19).

Orações do mundo inteiro têm tocado a vida dos que seembrenharam no deserto do mundo islâmico. Mas, o desafioconvoca toda a igreja espalhada pelo mundo. A expansão dos muçul-manos tem alcançado povos e nações, até mesmo as que não têmorigem árabe. Não só no Oriente Médio (Líbano, Iraque, ArábiaSaudita...), mas vários países da África, Ásia e Europa têm recebido oimpacto da presença deles. Na Europa, fundaram em um culto “ecu-

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2 1Pe 3.15

mênico” com o Papa, a maior Mesquita (templo muçulmano) daEuropa, exatamente na chamada “capital cristã” - Roma. Regiões daAmérica Latina têm se tornado centro de concentração religiosa epolítica deles. Fontes extraoficiais mostram mais de 12 mil muçul-manos vivendo entre Ciudad del Este (Paraguai) e Foz do Iguaçu(Brasil). Em outros lugares, como Irã, Iraque, Egito e Indonésia, osseguidores de Maomé já são a maioria. Fontes seguras nos alertamque o avanço populacional muçulmano no último decênio do século,ultrapassa um bilhão e quatrocentos milhões de muçulmanos. Fon-tes de instituições missionárias afirmam, seguramente, que atual-mente o Islamismo é a religião que mais cresce no mundo. Eles ultra-passaram o número de Católicos no mundo.3

“As missões islâmicas (Da’wa – em árabe: “apelo” ou missãoislâmica ) não apenas tomam a forma de Jihad (a qual chamam deGuerra Santa),4 mas se manifestam de várias formas. O Corão, cita-do por eles afirma “ para Deus a religião é o Islam. E os adeptos do

livro (que somos nós – nota do autor) só discordam por inveja,depois que a verdade lhes foi revelada. Porém, quem nega os versícu-los da Palavra de Deus, sabe que Deus é destro em ajustar as contas.5

“São jovens (muitos saem para estudar em outros países como estra-tégia de islamizar) que dedicam suas vidas a Allah e, sem remunera-ção, saem batendo às portas, testemunhando nas ruas, e por outrolado profissionais muçulmanos da área social - médicos, dentistas,enfermeiros e outros - dispostos a ir para qualquer parte do mun-do”.6

– A grande batalha espiritual –

3

3 (fonte: http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/

4 Nota explicativa: O significado original da palavra Jihad é “combater com esforço” e não o

significado histórico da implantação do Islã como estratégia de uma Guerra Santa,

5 Sura 3,vers.19

6 Desafio ao avanço do cristianismo. Ação Global, 1993.

Atualmente, numa previsão não oficial, a cada 5 pessoas naface da Terra, segundo o crescimento atual, uma é muçulmana. Nosúltimos 100 anos ela cresceu 19%.7 O mais alarmante em tudo istopara Igreja de Cristo, é que “dentre 85 mil pessoas que morrem diari-amente sem Cristo, a cada dia, 20 mil são muçulmanas”.8 Conformenos informa CC (Crescent Consultants) em 1900 os muçulmanoseram apenas 12% da população mundial, sendo que em 2011 são emtorno de 23%. Eles não têm medido esforços para alcançar seusobjetivos, pois “desde a formação em 1972, da Organização da Con-ferência Islâmica, têm aumentado seus investimentos, num total de83 bilhões de dólares”,9 enquanto que o Cristianismo, em Missões,tem investido uma média anual de apenas 9,9 bilhões de dólares.10

Quando constroem mesquitas é normal vermos doações espontâne-as de no mínimo $ 100,00 por pessoa (já presenciei no meio árabeeste fato).

Por causa da proibição da liberdade religiosa em seus países,os fundamentalistas islâmicos têm matado cristãos e isso em nomede Allah. Por exemplo: A Arábia Saudita vive através da Lei de Sha-ria, sua interpretação e aplicação dos ensinos de dois livros islâmicos,o Alcorão e o Hadith. Debaixo da Sharia11 é proibida a Bíblia, consi-derado um material corrompido. Muitos dos muçulmanos con-vertidos ao Cristianismo são condenados à morte. Uma das notíciasmais trágicas que tivemos recentemente saiu na página de PortasAbertas que relatou: “No dia 22 de Setembro de 2011, supostos militantes

do grupo islâmico Boko Haram, na cidade de Mandala, no estado de Níger, ata-

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4

7 Fonte: http://www.slideshare.net/virnoka/isl-5927579

8 Fonte: http://marvyopriscila.wordpress.com/por-que-missoes/

9 Ação Global, Ibid.

10 David B. BARRET. Annual Statistical Table on Global Mission (International Bulletin of

Missionary Research, USA, 1994, p. 24.

11 Charia: código de leis do islamismo.

caram as propriedades comerciais de cristãos por volta das 8 horas da manhã.

Os extremistas ordenaram que eles recitassem versos do Alcorão, mas os cristãos

não sabiam nenhum verso do livro islâmico e, então, foram assassinados.”12

Embora a Arábia Saudita pertença às Nações Unidas, suaposição oficial é discordar dos padrões internacionais para direitoshumanos e viver através da lei islâmica rígida negando qualquer esti-lo de adoração não muçulmana e se reservam ao direito para torturarou matar os que desobedecem. Isso de acordo com documentos deDepartamentos Estatais em direitos humanos (fonte não identificada,

recebida em sigilo por E-Mail).

E, quanto a nós, o quanto temos dado de nossas vidas pela féque é a verdadeira, pelo caminho, que é o único - Jesus? O apóstoloPaulo foi firme e convicto: “Porque para mim o viver é Cristo, e omorrer é lucro” (Fp 1.21). Um pastor pregando em uma cerimôniafúnebre afirmava “a fila da morte é a única fila que todos fazem ques-tão de dar a vez”. É hora de revertermos o quadro da passividade edormência, e darmos nossas vidas pelo amor que nos constrangeu -o de Cristo, que morreu por todos nós.

Temos que entender que apesar do crescimento e do fanatis-mo muçulmano, estamos vivendo um tempo de colheita no centrodo próprio mundo islâmico, no Oriente Médio. Temos notícias demilagres e conversões na Arábia Saudita, no próprio Irã e no Egito.No Iraque tivemos a alegria de ver o testemunho da reabertura daigreja evangélica de NÍNIVE, tão conhecida por causa da história deJonas. Na Arábia Saudita, o centro da religião deles, Deus tem feitomilagres através pessoas consagradas. Numa campanha arrojada defé, se reuniram centenas em um Estádio, e como fruto, mais de 500pessoas tomaram decisão ao lado de Cristo. Em viagem para o Orien-te Médio presenciamos testemunhos maravilhosos de dezenas de

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12 Fonte:www.portasabertas.org.br/noticias/2011/10/

iraquianos, sírios, libaneses, sudaneses, que foram salvos pela graçapreciosa de Jesus. Na Jordânia mais de 1 milhão puderam assistirpela televisão ao filme: JESUS - segundo o evangelho de São Lucas.Oramos pelos nomes de convertidos, cujas cartas estavam num“aquário” abençoado. Há pouco tempo soubemos que extremistasislâmicos colocaram fogo na sala onde estavam as fitas e as cartas.O que nos consola realmente é que os que foram salvos, tornaram-seVERDADEIRAS CARTAS VIVAS DE CRISTO, conforme2 Coríntios 3:2. Outra questão impactante e positiva foi o lançamen-to no ano de 2004 do filme PAIXAO DE CRISTO, de Mel Gibson,revolucionando o momento histórico do mundo árabe islâmico eprovocando um reestudo apologético da possível ou não morte deCristo na Cruz. Na concepção islâmica, Jesus Cristo não morreu cru-cificado (veremos isto em outro tópico). Mesmo sabendo que amotivação foi a polêmica de quem matou Jesus onde o filme retrataque o evangelho diz terem sido os judeus, o fato é que em vários paí-ses muçulmanos, o filme continua passando e vidas estão sendotransformadas.

Sabendo que o Islamismo tem o crescimento na “ordem de16% ao ano e o Cristianismo apenas 9%” 13é hora de revertermostotalmente este quadro, cingindo os lombos com a verdade doEvangelho de Jesus Cristo. 14

O nosso desejo é que juntos vejamos a queda total da“CORTINA DE AREIA DO MUNDO MUÇULMANO”. Este é ogrande ministério evangelístico antes da volta do Senhor Jesus!

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13 Feitiço desastroso. Revista Ultimato. Viçosa, MG, Ultimato, ano 28, n1 234, 1995, p. 11.

14 Efésios 6.14

Aplicação 1

1. Compartilhe quais experiências você tem tido com respeito aoconvívio com o mundo chamado islâmico. Você já viu, conver-sou ou compartilhou a fé com algum deles, ou apenas pelosmeios de comunicação?

2. Diante da visão que você recebeu nessa primeira parte a respeitodo desafio islâmico, compartilhe o assunto sob o seguinte pris-ma:

a) Há esperança para o mundo muçulmano ?

b) Quanto você estaria disposto a colocar-se na brecha de ora-ção por esse grande desafio?

3. Nesse momento pare para orar por esse desafio, observandoque os missionários que atuam no meio deles precisam de sabe-doria, poder e proteção.

– A grande batalha espiritual –

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I

QUEM SÃO OS MUÇULMANOS

Caso se faça uma pesquisa geral, em várias cida-des de nosso país sobre Islamismo, rapidamentese descobrirá confusão de terminologia. Alguns,por falta total de informações, identificam termoscujos significados são outros. Assim, vejamoscomo pressuposto inicial algumas palavras impor-tantes para o seu conhecimento do Islamismo.

1. Identificando os Termos

1.1. Muçulmanos

São aqueles que professam a fé da religião chamada Islamis-mo. Submetem-se como servos dos desejos de Allah (palavra árabepara Deus - corresponde a “Elohim” do hebraico). A raiz é de umapalavra ARAMAICA. Falaremos mais sobre o assunto em capítulopróprio analisando o fato – Deus é Allah ou não?

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1.2. Islamismo (Islã ou Islam)

É o nome da religião que teve origem no profeta Muhammad(Maomé). A palavra Islã é de origem árabe e tem o significado básicode “SUBMISSÃO”. Para uma das facções, esta submissão não seresume só em Allah, mas às doutrinas do Corão (livro sagrado dosmuçulmanos) e os ensinos do profeta. Observamos também que apronúncia em árabe é ISLAM, porém o termo mais utilizado na lín-gua portuguesa é Islã.

1.3. Al Corão

(Al: Artigo definido O, em árabe - Corão)

É o livro sagrado do Islamismo. Segundo apregoam, o conte-údo do livro foi revelado pelo anjo Gibrail (Gabriel) ao profetaMuhammad durante 23 anos de sua vida. E, este profeta, mesmosendo iletrado, de forma milagrosa, reteve o ensino transmitido aosseus idôneos seguidores, transformando a revelação em livro. Afir-mam que o Corão é uma cópia fiel de um original que está no Céu. 15

Teremos um capítulo exclusivo para conhecermos com maisdetalhes este livro sagrado islâmico.

1.4. Árabe

Refere-se basicamente em sua origem semântica ao povochamado “árabe” - povo de terra árida. Geralmente ligado aos povosconsiderados da Arábia. Hoje, com respeito ao aspecto geopolítico,

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15 Oliveira, Miriam Cristina Zanutti. Presença de Muçulmanos no Brasil – Influencia e desafio

para a igreja evangélica Brasileira. Teste de Mestrado – Viçosa - MG – Março de 2004.

teremos que envolver o Oriente Médio, o Norte da África e terras dosudoeste da Ásia, com a presença dos árabes. No mundo árabevivem atualmente uns 400 milhões de árabes, sendo que a totalidadede muçulmanos é quase 4 vezes mais do que isto. Que desafio!

Ainda com respeito ao termo “árabe”, convém não confun-dirmos - nem todo árabe é muçulmano - existem católicos, drusos,maronitas, ortodoxos, etc., que são da etnia árabe; como tambémnem todo muçulmano é árabe. Observamos ainda que todo muçul-mano respeita o árabe, pois Muhammad era árabe, e o livro sagradodo Islã foi escrito em árabe.

Árabes e libanês também não são a mesma coisa, pois o liba-nês é o que nasceu no país chamado Líbano, cuja língua oficial é oárabe.

Existem 23 países árabes, dos quais o Líbano, Síria, Egito,Marrocos, Líbia, Jordânia, são alguns exemplos, todavia a maioriamuçulmana é de países não árabes. O maior exemplo é a Indonésiacom mais de 190 milhões de muçulmanos.

1.5. Turco

Alguns generalizam e chamam todo árabe de turco. Estasemântica foi adotada em particular no Brasil e de forma carinhosa,identificando todo árabe como sendo turco porém, é importanteconhecer que a única coisa comum entre eles é o Islamismo. O turcoé aquele que nasceu no país chamado Turquia. Um país que fica situ-ado no ponto mais ocidental do Oriente, dividido pelos estreitos deBósforo e Dardanelos. Por outro lado, se conhecemos a históriasabemos que os países árabes do Oriente Médio têm marcas políticasfortes de guerra com os turcos. É inesquecível o domínio turco nosanos de 1281-1924.

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1.6. Maometismo

Maometismo está associado ao nome do profeta Muhammad(Maomé). Maometano seria aquele que segue os ensinos de Maomé.Os muçulmanos não aceitam serem chamados de maometanos, poisdizem que sua religião não é de homens, isto é, Maomé não é o quedeve ser adorado, e sim, Deus. Pessoalmente acredito que acabamcolocando o nome do profeta no mesmo nível de confissão de fé(Shahada), professam crer em Deus e no profeta Muhammad, comomensageiro de Deus.

Outros termos importantes poderão estar em sua mente -MECA, MEDINA, KAABA, PEDRA PRETA, PEREGRINA-ÇÃO (HAJJ), RAMADÃ, SUNITA, XIITA, JIHAD (Guerra Santa),e outros. Na sequência dos capítulos os significados serão tratadosde acordo com a necessidade.

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Aplicação 2

1. Identifique os termos abaixo fazendo um comentário sobre arelação que existe entre eles:

- Islamismo

- Muçulmano

- Turco

- Árabe

2. Faça uma avaliação crítica sobre o ambiente histórico que existiano tempo do surgimento do profeta do Islamismo Muham-mad(Maomé). Observe o caos religioso frente a qualquer cora-ção que suplicasse por uma resposta que satisfaça o anseio docoração.

a) O fator Idolatria

b) A influência do Paganismo

c) A deficiência da prática do Judaísmo e do Cristianismodaquela época.

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