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PETIÇÃO--~
PETlçXO 6995 PROCEDo : DISTRITO FEDERAL ClUGEM. , pet-6995-SUPREMO TRIBIDiAL FEO:::RAl.
RELATOR{A): MIN. EDSON FACHIN REOTE. (5) SOB SIGILO PROC. (A/51 (E5) SOB SIGILO
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DISTRIBUIÇÃO EM 05/05/201?
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MINISlÍRIO PúBLICO FEDERAL Procuradoria-Geral da República
Nº 106297/2017-GTL]/PGR Relator: Ministro Edson Fachin Distribuição por conexão à Petição nº 6.890
Supremo Tribunal Federal Pet 0006996 - 05/05/2017 14:35
0004508-07.2017.1.00.0000
I 11111111111111111 IIIIIIII! I111
PROCESSO PENAL. PROCEDIMENTO SIGILOSO AUTUADO COMO PETIçAo. TERMO DE DECLARAçAO COLHIDO NO ÂMBITO DE ACORDOS DE COLABORAçAO PREMIADA. FATOS INVESTIGADOS NO BOJO DE OUTRO INQUÉRITO. MANIFESTAÇAO PELA JUNTADA A INQUÉRITOS REQUERIDOS OU INSTAURADOS.
1. Celebração e posterior homologação de acordos de colaboração premiada no decorrer da chamada "Operação Lava Jato". Conjunto de investigações e ações penais que tratam de esquema criminoso de corrupção de agentes públicos e lavagem de dinheiro relacionados a entes e órgãos federais.
2. Colheita de termos de declaração de colaboradores nos quais se relatam fatos já investigados no bojo de outro inquérito.
3. Manifestação pela juntada a inquérito requerido para apurar os fatos.
o Procurador-Geral da República vem perante Vossa
Excelência se manifestar nos termos que se seguem.
• ,
,e
PGR
1. Da contextualização dos fatos
O Ministério Público Federal, no decorrer das investigações da
"Operação Lava Jato", firmou acordos de colaboração premiada
com JOÃO CERQUEIRA DE SANTANA FILHO, MÔNICA
REGINA CUNHA MOURA e ANDRÉ LUIS REIS DE
SANTANA.
Em decorrência dos referidos acordos de colaboração, foram
tomados 19(dezenove) termos de colaboração de MÔNICA
MOURA, 10(dez) de JOÃO SANTANA e 04(quatro) termos de
colaboração de ANDRÉ SANTANA, no bojo dos quais relatou-se
a prática de distintos crimes por pessoas com e sem foro por
prerrogativa de função no Supremo Tribunal Federal, relacionados
diretamente ou não com a "Operação Lava Jato".
O Ministro Edson Fachin homologou os acordos de
colaboração em 03 de abril de 2017. Após, vieram os autos à
Procuradoria-Geral da República para manifestação.
Cumpre lembrar que os Colaboradores compuseram o
núcleo publicitário da organização criminosa que vem sendo
desvendada pelas investigações em curso na cognominada
"Operação Lava Jato", sendo responsáveis por empresas que
prestavam serviços de marketing publicitário prestados em
campanhas eleitorais no Brasil e no exterior.
Em geral, os fatos narrados dizem respeito a operações ilícitas
envolvendo transferências de valores com pagamentos em espécie e
entre contas abertas em nome de offthores, em especial a offthore
Shellbill, em benefício dos publicitários MÔNICA MOURA e
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PGR
JOÃO SANTANA.'
Por fim, embora a maior parte dos fatos não envolvam, a
princípio, autoridades com prerrogativas de foro, os termos e
documentos apresentados pelos colaboradores interessam
diretamente à investigação em curso no Inquérito nQ 4.325jSTF,
instaurado para apurar a organização criminosa composta por
alguns integrantes do Partido dos Trabalhadores no âmbito da
"Operação Lava Jato". Nesse sentido, cópia dos referidos Termos
serão oportunamente anexados àqueles autos.
2. Do caso concreto
A presente Petição trata dos Termos de Depoimento nº' 03 e
07 de JOÃO CERQUEIRA DE SANTANA FILHO e Termo de
Depoimento nº' 05 de MÔNICA REGINA CUNHA MOURA.
Narra a colaboradora MÔNICA MOURA, em seu Termo de
Depoimento nQ 5, pagamentos relacionados à campanha eleitoral de
MARTA SUPLICY à Prefeitura de São Paulo no ano de 2008 .
Declarou que o convite para que JOÃO SANTANA
trabalhasse no marketing publicitário desta campanha partiu da
própria MARTA e ANTÔNIO PALOCCI, considerado um
conselheiro político durante as eleições de 2008 e responsável pelos
pagamentos não oficiais.
Esclareceu que as tratativas sobre os pagamentos ocorreram
1 Registre-se que os colaboradores já foram denunciados por crime de organização criminosa no bojo da Ação Penal n" 5046271-57.2015.404.7000 em trâmite na 13" Vara Criminal de Curitiba/PRo
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PGR
com ANTÔNIO PALOCCI e com EDSON FERREIRA, que era
o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores paulista, e homem de
confiança da então candidata MARTA SUPLICY.
Com relação aos valores e formas de pagamento, informou a
colaboradora que o total da campanha (dois turnos) foi de
aproximadamente R$ 18.000.000,00 (dezoito milhões de reais).
Deste valor, R$ 7.597.000,00 (sete milhões, quinhentos e noventa e
sete mil reais) foram pagos oficialmente. O restante de R$
10.000.00,00 (dez milhões) foi pago com valores não
contabilizados.
Detalhou que uma pequena parte foi paga pelo próprio
EDSON FERREIRA, em espécie, entregues pessoalmente na casa
que MÔNICA MOURA e JOÃO SANTANA alugaram em São
Paulo para funcionar como a produtora da campanha, sendo a
maior parte do pagamento saldada por ANTÔNIO PALOCCI por
intermédio da ODEBRECHT.
Destacou a colaboradora que, nesta campanha, JUSCELINO
DOURADO, assessor de PALOCCI, pediu que ela alugasse um flat
fixo para que a entrega não mais ocorresse na Loja de Chá Tee
Gschwendner, localizada no Shopping 19uaterni.
Foi então que MÔNICA MOURA alugou um flat mobiliado,
na região dos Jardins (Golden TOWER, na Avenida 9 de julho), por
06 (seis) meses, para receber valores de JUSCELINO a mando de
PALOCCI.
Esclareceu que, nesta campanha, passou a negocIar com
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PGR
HILBERTO SILVA que havia assumido o lugar de PEDRO
NOVIS. Neste período, passa a tratar também com FERNANDO
MIGLIACCIO, a quem competia operacionalizar os pagamentos.
Disse, ainda, que HILBERTO SILVA era o superior de
FERNANDO MIGLIACCIO na ODEBRECHT. Por fim,
esclareceu que não negociou valores com a ODEBRECHT, sendo
de PALOCCI o papel de negociação de valores junto a
ODEBRECHT .
MÔNICA MOURA atesta fatos que apontam que MARTA
SUPLICY tinha ciência dos valores da campanha e da sistemática
dos pagamentos.
Acrescentou a colaboradora a informação de que MARTA
pediu para JOÃO SANTANA empregasse "ficticiamente" seu
então esposo na campanha Luís FAVRE. A justificativa do pedido
seria porque ele era estrangeiro e MARTA SUPLICY queria que ele
tivesse um rendimento oficial no país para poder comprar coisas
em nome próprio.
Segundo MÔNICA MOURA, FAVRE foi contratado pela
Empresa POLIS, com um salário mensal de R$ 20.000,00 (vinte mil
reais) durante cerca de 12 meses. Os valores pagos para FAVRE
eram oriundos do montante acertado com PALOCCI. .
Ao final, MÔNICA relata que, nesse período, surge no radar
dele o BRANISLAY, assessor do PALOCCI, que auxiliava ela na
cobrança dos valores da campanha.
Com relação a esses fatos, JOÃO SANTANA, no seu Termo
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PGR
de Depoimento nº 3, relata fatos relacionados a trabalhos feitos
para o PT, incluindo a campanha de MARTA SUPLICY do ano de
2008.
JOÃO SANTANA detalhou, em seu Termo de Depoimento
nº 7, fatos relativos à campanha que MARTA SUPLICY
Acrescentou que o pagamento não oficial da campanha foi
gerenciado por PALOCCI, com participação de EDSON
FERREIRA, tesoureiro do diretório do PT !PAULISTA e homem
de confiança de MARTA.
Esclareceu que EDSON também participou do pagamento
não contabilizado da companha, mas com valor pequeno, sendo
que o grande montante ficou na responsabilidade de PALOCCI e
da ODEBRECHT
Confirma também a contratação simulada de LUIS l<"'AVRE,
marido de MARTA, pela empresa POLIS, a pedido da então
candidata, cujos valores eram quitados com o caixa da campanha ..
Esclareceu, ainda, que o residual do pagamento das .
campanhas de MARTA SUPLICY foi assumido por PALOCCI (pT .
Nacional), que pagou o montante ao longo de 2009 via.
ODEBRECHT
JOÃO SANTANA frisa, em diversos momentos, que.
MARTA SUPLICY tinha pleno conhecimento da sistemática de.
pagamentos de sua campanha.
Os fatos relativos ao recebimento indevido de valores da
ODEBRECHT por parte da Senadora MARTA SUPLICY, a
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PGR
pretexto de contribuição eleitoral, já são objeto do Inquérito nº
4.404/STF. Desta feita, é providência pertinente ao objeto desta
petição a juntada dos elementos colhidos ao referido Inquérito.
3. Dos requerimentos
Em face do exposto, o Procurador-Geral da República requer:
a) juntada dos Termos de Depoimento nº' 03 e 07 de JOÃO
CERQUEIRA DE SANTANA FILHO e dos Termos de
Depoimento nº' OS de MÔNICA REGINA CUNHA MOURA,
e documentos correlatos ao Inquérito 4.404/STF;
b) o levantamento do sigilo em relação aos termos de
depoimento aqui referidos, uma vez que não mais subsistem
motivos para tanto.2
Brasília (DF), 04 <W!Ji1nllt -'2017.
Rodrigo Jano
era! da República
MF(AC
2 "É certo que a Lei 12.850;2013, quando trata da colaboração premiada em investigações· criminais, impõe regime de sigilo ao acordo c aos procedimentos correspondentes (art 7fl). sigilo que, em princípio, perdura até a decisão de recebimento da denúncia, se for o caso (art. 72
, § 3~. Essa restrição, todavia, tem como finalidades precípuas (a) proteger a pessoa do colaborador e de seus próximos (art. 5"', lI) c (b) garantir o êxito das investigações (art~ 72
, § 22). No caso, o desinteresse manifestado pelo órgão acusador revela não mais subsisti ... rem razões a impor o regime restritivo de publicidadeH
• (pet 6.121, Rclator(aJ: Min. TEOIU ZAVASCKI, julgado em 25/10/2016, publicado em DJe-232 DIVULG. 28/10/2016, PU" BLIC. 03/11/2016).
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l
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Coordenadoria de Processamento Inicial Seção de Recebimento e Distribuição de Originários
Pet nO 6.995
CERTIDÃO
Certifico, para os devidos fins, que fiz o recebimento do processo
protocolizado sob o número em epígrafe, contendo um volume
acompanhado de mídia. Certifico, ainda, que procedi à autuação e
distribuição deste feito com as cautelas de sigilo previstas no art. 230-C,
§2°, do RISTF, bem como na Resolução 579/STF (sigiloso).
Brasília, 5 de aio de 2017.
Patrícia Pere' o ra Martins - Mal. 1775
- , -
Tenno de recebimento e autuação
Estes autos foram recebidos e autuados nas datas e com as observações abaixo: Petn06995 PROCEDo : DISTRITO FEDERAL ORIGEM. : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NUMERO DO PROCESSO NA ORIGEM: 6995 REQTE.(S): SOB SIGILO PROC.(A/S)(ES): SOB SIGILO
• . QTD.FOLHAS: 10 QTDVOLUME: 1 QTD.APENSOS: O
•
ASSUNTO: DIREITO PROCESSUAL PENAL I Investigação Penal
DATA DE AUTUAÇÃO: 05/05/2017 - 17:29:15
Certidão de distribuição
Certifico, para os devidos fins, que estes autos foram distribuldos ao Senhor MIN. EDSON FACHIN, com a adoção dos seguintes parâmetros: - Característica da distribuição:PREVENÇÃO DO RELATOR/SUCESSOR - Processo que Justifica a prevenção Relator/Sucessor: PETiÇÃO nO 6890 - Justificativa: RISTF, art. 69, caput DATA DE DISTRIBUiÇÃO: 05/05/2017 -17:54:00
Ce.:-t:1dAo gera<:!a em 05/05/2017 Js 17:54:56.
Brasília, 05 de Maio de 2017.
Coordenadoria de Processamento Iniciai (documento eletrônico)
TERMO DE CONCLUSÃO
Faço estes autos conclusos , ao(a) Excelentíssimo(a) Senhor(a) Ministro(a) Relator(a). com (j volume(s).· Brasília, {)Ç de maio de 2017
Patrícia pe~ns - 1775 \ .
Est:a c,,",rtidAo pode Ser validada em https:II",""w.lJtf.julJ.bt:/p::.rlal/autenticacao/ AutenLi carDoc'UI:1"" to. asp com o seyuint" c6diyo ÇYDOVPMGMYQ.
PATRICIAP, em 05/05/2017 às 18:11.
•
PETIÇÃO 6.995 DISTRITO FEDERAL
RELATOR REQTE.(S) PROC.(AlS)(ES)
: MIN. EDSON FACHIN :SOB SIGILO :SOB SIGILO
DECISÃO: 1. Trata-se de petição instaurada com lastro nps declarações prestadas pelos colaboradores João Cerqueira de Santana
Filho, Mônica Regina Cunha Moura e André Luis Reis de Santana., no
âmbito de acordos de colaboração premiada celebrados com o Ministério
Público Federal. De acordo com o Procurador-Geral da República, os fatos narrado,s
são relacionados a operações ilícitas envolvendo transferências de valores
com pagamentos em espécie e entre contas abertas em nome de offshores,
em especial a offshore Shellbill, em benefício dos publicitários Mônica
Moura e João Santana. No caso concreto, a petição refere-se aos Termos de Depoimento ns:
3 e 7 de João Santana e ao Termo de Depoimento n. 5 de Mônica Moura,
cujos fatos, em síntese, relacionam-se a pagamentos em favor da campanha eleitoral de Marta Suplicy, então candidata à Prefeitura
Municipal de São Paulo nas eleições do ano de 2008.
Afirmando que os fatos relacionados ao recebimento indevido de,
valores do Grupo Odebrecht, por parte da parlamentar, já são objeto de, investigação no Inq 4.404, requer a juntada dos referidos termos de, depoimento aos autos indicados. Postula, por fim, o levantamento do',
sigilo dos autos (fls. 7-8). 2 .. De fato, conforme relato do Ministério Público, o conteúdo dos'
termos de depoimento em análise se relaciona com o objeto do Inquérito n. 4.404, de minha relatoria, o que autoriza o requerimento de juntada aos
respectivos autos. 3. Com relação ao pleito de levantamento do sigilo dos autos, anoto
que, como regra geral, a Constituição Federal veda a restrição à publicidade dos atos processuais, ressalvada a hipótese em que a defesa do interesse social e da intimidade exigir providência diversa (art. 5°, LX), e desde que" a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação "(art. 93, IX).
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08.12001, que institui a Infraestrutura de Cha .... es Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico hHp:/IwNw.stf.jus.br/portal/autenticacaol sob o número 12879708.
, PET 6995/ DF
Percebe-se, nesse cenário, que a própria Constituição, em antecipado
juízo de ponderação iluminado pelos ideais democráticos e republicanos, I
no campo dos atos jurisdicionais, prestigia o interesse público à'
informação. Acrescenta-se que a exigência de motivação e de publicidade das decisões judiciais integra o mesmo dispositivo constitucional (art. 93, IX), fato decorrente de uma razão lógica: ambas as imposições, a um só
tempo, propiciam o controle da atividade jurisdicional tanto sob uma,
ótica endoprocessual (pelas partes e outros interessados), quanto! extraprocessual (pelo povo em nome de quem o poder é exercido). Logo,
o Estado-Juiz, devedor da prestação jurisdicional, ao aferir a, indispensabilidade, ou não, da restrição à publicidade, não pode se '
afastar da eleição de diretrizes normativas vinculantes levadas a efeito
pelo legislador constitucional. D'outro lado, a Lei 12.850/2013, ao tratar da colaboração premiada
em investigações criminais, impôs regime de sigilo ao acordo e aos procedimentos correspondentes (art. 72), circunstância que, em princípio, perdura, se for o caso, até o eventual recebimento da denúncia (art. 72, §
3°). Observe-se, entretanto, que referida sistemática deve ser I compreendida à luz das regras e princípios constitucionais, tendo como lastro suas finalidades precípuas, quais sejam, a garantia do êxito das
investigações (art. 7°, § 2º) e a proteção à pessoa do colaborador e de seus próximos (art. 5º, II). Não fosse isso, compete enfatizar que o mencionado
art. 72, § 3° relaciona-se ao exercício do direito de defesa, assegurando ao
denunciado, após o recebimento da peça acusatória, e com os meios e recursos inerentes ao contraditório, a possibilidade de insurgir-se contra a denúncia. Todavia, referido dispositivo que, como dito, tem a preservação da ampla defesa como finalidade, não veda a implementação da publicidade em momento processual anterior.
4. No caso, a manifestação do órgão acusador, destinatário da I
apuração para fins de formação da opinio delicti, revela, desde logo, que não mais subsistem, sob a ótica do sucesso da investigação, razões que determinem a manutenção do regime restritivo da publicidade.
Em relação aos direitos do colaborador, as particularidades da
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2,200-2/2001 de 24f08f2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrãnico http://wv.t.N.stf.jus.br/portal/autenticacao/sob o número 12879708.
PET 6995 / DF
situação evidenciam que o contexto fático subjacente, notadamente o
envolvimento em delitos associados à gestão da coisa pública, atraem o
interesse público à informação e, portanto, desautorizam o afastamento·
da norma constitucional que confere predileção à publicidade dos atos
processuais. Com esse pensamento, aliás, o saudoso Min. TEORl
ZAVASCKI, meu antecessor na Relatoria de inúmeros feitos a este!
relacionados, já determinou o levantamento do sigilo em autos de
colaborações premiadas em diversas oportunidades, citando-se: Pet. 6.149
(23.11.2016); Pet. 6.122 (18.11.2016); Pet. 6.150 (21.11.2016); Pet. 6.121
(25.10.2016); Pet. 5.970 (01.09.2016); Pet. 5.886 (30.05.2016); Pet. 5.899
(09.03.2016); Pet. 5.624 (26.11.2015); Pet. 5.737 (09.12.2015); Pet. 5.790
(18.12.2015); Pet. 5.780 (15.12.2015); Pet. 5.253 (06.03.2015); Pet. 5.259'
(06.03.2015) e Pet. 5.287 (06.03.2015). Na mesma linha, registro o
julgamento, em 21.02.2017, do agravo regimental na Pet. 6.138 (acórdão'
pendente de publicação), ocasião em que a Segunda Turma desta Corte,
por unanimidade, considerou legítimo o levantamento do sigilo de autos
que contavam com colaboração premiada, mesmo anteriormente ao:
recebimento da denúncia.
À luz dessas considerações, tenho como pertinente o pedido para
levantamento do sigilo, em vista da regra geral da publicidade dos atos l
processuaIs.
5. Ante o exposto: (i) defiro o levantamento do sigilo dos autos; (ii)
defiro o pedido do Procurador-Geral da República para que requeira a;
juntada de cópia das declarações prestadas pelos colaboradores João
Cerqueira de Santana Filho (Termos de Depoimento ns. 3 e 7) e Mônica,
Regina Cunha Moura (Termo de Depoimento n. 5), além dos documentos
apresentados, aos autos do Inq. 4.404.
Oficie-se ao Procurador-Geral da República e, após, arquivem-se.
Publique-se. Intime-se.
Brasília, 10 de maio de 2017.
Ministro EDSON FACHIN
Relator Documento assinado digitalmente
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2,200-212001 de 24/0812001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira ·ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http:ltwww.stf.jus.br/portal/autenticacao/sob o número 12879708.
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PET 6995
CERTIDÃO
Certifico que foi feita cópia de segurança da mídia acostada à folha 09.
Brasília, 11 de maio de 2017.
DENIS ~S FERREIRA Matrícula 2190
CERTIDÃO
Certifico que retifiquei a autuação destes autos para retirar ° I A regime de s1;l0'
Brasília, n de./YltO..A de 2017.
DENIS MA,u,T1I1..(\,ERREIRA Ma-;;i~~1;-2}90
TERMO lJE vISTA Faço vista destes autos, para fins dr. intimaçftn, ao Excclentjtimo Pr?;.waajy-Geral da R,~ca. Brasília!1"Lde 4'1rYfij(J. de 20'9
DENIS ,..ti~;tÂrs FERREIRA '~~~-~'& 2190