iob - icms/ipi - distrito federal - nº49/2015 - 1ª sem dezembro

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Boletim j Manual de Procedimentos Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Construção civil - Edificação - Exclusão do conceito de industrialização a ICMS - Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza a ICMS - Industrialização triangular ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 49/2015 Distrito Federal / a Federal IPI Apuração do imposto 01 / a Distrito Federal ICMS Mostruário 07 / a IOB Setorial Federal Transporte - IPI - Responsabilidade dos transportadores 12 / a IOB Comenta Distrito Federal ICMS - Descaracterização de operação de exportação na venda a estran- geiros 12 / a IOB Perguntas e Respostas IOF Alíquota - Operações de crédito - Cooperativa e cooperados 13 Base de cálculo - Renovação, novação, consolidação, confissão de dívida e assemelhados 13 ICMS/DF Crédito fiscal - Vedação 14 Documentos fiscais - Nota fiscal de entrada - Aquisição de veículo de pessoa física 14

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IOB ICMS-IPI, Distrito Federal, 49-20151,a Sem Dezembro

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Page 1: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº49/2015 - 1ª Sem Dezembro

Boletimj

Manual de Procedimentos

Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Construção civil - Edificação - Exclusão do conceito de industrialização

a ICMS - Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza

a ICMS - Industrialização triangular

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 49/2015

Distrito Federal

/a FederalIPIApuração do imposto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a Distrito FederalICMSMostruário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07

/a IOB SetorialFederalTransporte - IPI - Responsabilidade dos transportadores . . . . . . . . . . . . 12

/a IOB ComentaDistrito FederalICMS - Descaracterização de operação de exportação na venda a estran-geiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

/a IOB Perguntas e RespostasIOFAlíquota - Operações de crédito - Cooperativa e cooperados . . . . . . . . 13Base de cálculo - Renovação, novação, consolidação, confissão de dívida e assemelhados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

ICMS/DFCrédito fiscal - Vedação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14Documentos fiscais - Nota fiscal de entrada - Aquisição de veículo de pessoa física . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

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© 2015 by IOB | SAGE

Capa:Marketing IOB | SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB | SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : apuração do imposto.... -- 11. ed. -- São Paulo : IOB SAGE, 2015. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2600-0

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

15-10356 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

49-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2015 - Fascículo 49 DF

IPI

Apuração do imposto SUMÁRIO 1. Introdução 2. Apuração mensal 3. Registro de Saídas 4. Registro de Entradas 5. Registro de Apuração do IPI 6. Escrituração Fiscal Digital (EFD) 7. Prazos de recolhimento 8. Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) 9. Infrações e penalidades

1. INTRODUÇÃOO Imposto sobre Produtos Industrializados

(IPI), de competência da União, tem como princípios básicos a seletividade e a não cumulatividade.

A seletividade é aplicada em função da essencialidade do produto e a não cumulatividade pela com-pensação do imposto que for devido em cada operação com o montante cobrado nas operações anteriores.

O imposto incide sobre produtos industrializados, nacionais e estrangeiros, obedecidas as especifica-ções constantes da Tabela de Incidência do IPI (TIPI), conforme o disposto no art. 2º, caput, do Regulamento do IPI (RIPI), aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010.

O campo de incidência do IPI abrange todos os produtos com alíquota, ainda que zero, relacionados na TIPI, observadas as disposições contidas nas respecti-vas Notas Complementares (NC), excluídos aqueles a que corresponde a notação “NT” (não tributados).

O cálculo do imposto é feito mediante a aplicação das alíquotas constantes da TIPI sobre o valor tribu-tável dos produtos, ressalvada outra modalidade de cálculo estabelecida em legislação específica.

Por outro lado, a não cumulatividade é efetivada pelo sistema de crédito atribuído ao contribuinte, do imposto relativo a produtos entrados em seu estabele-cimento, para ser abatido do que for devido pelos pro-dutos dele saídos no respectivo período de apuração.

O direito ao crédito é também atribuído para anu-lar débito de imposto referente a produtos saídos do estabelecimento e a este devolvidos ou retornados.

O sistema de crédito abrange também os valores escriturados a título de incentivo, bem como os resul-tantes das seguintes situações específicas:

a) do valor do imposto já escriturado, no caso de cancelamento da respectiva nota fiscal antes da saída da mercadoria; e

b) do valor da diferença do imposto em decorrência de redução de alíquota,

nas hipóteses em que tenha havido lançamento antecipado, quando ocorrerem:b.1) venda à ordem ou para entre-ga futura do produto; ou

b.2) faturamento integral no caso de produto cuja unidade não possa ser

transportada de uma só vez.

Nota

Os estabelecimentos de contribuintes do ICMS/IPI estão obrigados a adotar a Escrituração Fiscal Digital (EFD) - ICMS/IPI e, por esta razão, devem observar as regras de preenchimento dos diversos campos dos registros dos respectivos blocos, previstas no Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008 e no Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital.

Esta obrigatoriedade não se aplica ao microempreendedor individual (MEI) submetido ao Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples Nacional (Simei) e à microempresa (ME) e empresa de pequeno porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional, salvo a que estiver impedida de recolher o ICMS por este regime na forma da Lei Complementar nº 123/2006, art. 20, § 1º.

No tocante às empresas inscritas no Simples Nacional, a dispensa da exigência da EFD-ICMS/IPI está disciplinada pelo art. 25, §§ 4º, 4º-A, § 4º-B e § 4º-C da Lei Complementar nº 123/2006.

(Constituição Federal/1988, art. 153, IV, § 3º, I e II; Lei Complementar nº 123/2006, arts. 20, § 1º, e 25, §§ 4º, 4º-A, 4º-B e 4º-C; RIPI/2010, arts. 2º, 189, 225 e 240; TIPI - Decreto nº 7.660/2011; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008; Protocolo ICMS nº 3/2011)

a Federal

O período de

apuração do IPI incidente na saída de produtos dos

estabelecimentos industriais ou a eles equiparados

é mensal

Page 4: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº49/2015 - 1ª Sem Dezembro

49-02 DF Manual de Procedimentos - Dez/2015 - Fascículo 49 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

2. APURAÇÃO MENSAL

O período de apuração do IPI incidente na saída de produtos dos estabelecimentos industriais ou a eles equiparados é mensal.

Essa regra não se aplica, entretanto, ao IPI incidente no desembaraço aduaneiro de produtos importados, que deverá ser recolhido antes da saída do produto da repartição que processar o despacho, na forma do art. 1º, § 2º, da Lei nº 8.850/1994 c/c art. 262, I, do RIPI.

(Lei nº 8.850/1994, art. 1º, caput, § 2º; Lei nº 11.933/2009, art. 4º; RIPI/2010, art. 262)

3. REGISTRO DE SAÍDAS

O livro Registro de Saídas, modelo 2, é destinado à escrituração da saída de produtos, a qualquer título, do estabelecimento.

Serão também escriturados os documentos fiscais relativos à transmissão de propriedade e à transferência dos produtos que não tenham transitado pelo estabelecimento.

A escrituração do movimento de cada dia será feita dentro dos 5 dias subsequentes ao da ocorrência do fato gerador, observada a codificação das opera-ções, de acordo com o Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP).

Na escrituração, o contribuinte poderá optar pela ordem de data da emissão das notas fiscais, vedado o uso simultâneo desse critério com o descrito no parágrafo anterior.

Quando se verificar, à vista da via conservada no talonário ou na sanfona, ou da cópia feita no livro copiador, que a nota fiscal não contém a data de saída do produto, será considerada para efeito de ocorrência do fato gerador que a saída se realizou no dia da emissão do documento fiscal, sem prejuízo do disposto no art. 427 do RIPI, que trata das notas consideradas sem valor pela legislação.

Os registros serão feitos da seguinte forma:

a) nas colunas sob o título “Documento Fiscal”: espécie, série, se houver, números inicial e fi-nal e data dos documentos fiscais emitidos;

b) na coluna “Valor Contábil”: valor total constan-te das notas fiscais;

c) nas colunas sob o título “Codificação”:c.1) coluna “Código Contábil”: o mesmo códi-

go que o contribuinte eventualmente utili-ze no seu plano de contas;

c.2) coluna “Código Fiscal”: o previsto no CFOP;

d) nas colunas sob o título “IPI - Valores Fiscais” e “Operações Com Débito do Imposto”:d.1) coluna “Base de Cálculo”: valor sobre o

qual incide o imposto;d.2) coluna “Imposto Debitado”: montante do

imposto;e) nas colunas sob o título “IPI - Valores Fiscais” e

“Operações Sem Débito do Imposto”:e.1) coluna “Isento ou Não-Tributado”: o valor

da operação, quando se tratar de produ-tos cuja saída do estabelecimento tenha sido beneficiada com isenção do impos-to ou esteja amparada por imunidade ou não incidência, bem como o valor da par-cela correspondente à redução da base de cálculo, quando for o caso;

e.2) coluna “Outras”: o valor da operação, quando se tratar de produtos cuja saída do estabelecimento tenha sido beneficia-da com suspensão do imposto ou com a alíquota zero; e

f) na coluna “Observações”: anotações diversas.

A escrituração será encerrada no último dia de cada período de apuração do imposto, isto é, no último dia de cada mês.

(RIPI/2010, arts. 427, 459 e 460)

4. REGISTRO DE ENTRADAS

O livro Registro de Entradas, modelo 1, é desti-nado à escrituração da entrada de mercadorias a qualquer título.

As operações serão escrituradas individualmente, na ordem cronológica das efetivas entradas de merca-dorias no estabelecimento ou na ordem das datas de sua aquisição ou do desembaraço aduaneiro, quando não transitarem pelo estabelecimento adquirente ou importador.

Os registros serão feitos, documento por do-cumento, desdobrados em linhas de acordo com a natureza das operações, segundo o CFOP, da seguinte forma:

a) na coluna “Data da Entrada”: a data da entra-da efetiva do produto no estabelecimento ou a data da sua aquisição ou do desembaraço aduaneiro, se o produto não entrar no estabe-lecimento;

Page 5: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº49/2015 - 1ª Sem Dezembro

49-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2015 - Fascículo 49 DF

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

b) na coluna sob o título “Documento Fiscal”: es-pécie, série, se houver, número e data do do-cumento fiscal correspondente à operação, bem como o nome do emitente e seus núme-ros de inscrição no CNPJ e no Fisco estadual, facultado, às Unidades da Federação, dispen-sar a escrituração das duas últimas colunas anteriormente referidas;

c) na coluna “Procedência”: a abreviatura da ou-tra Unidade da Federação, se for o caso, onde se localiza o estabelecimento emitente;

d) na coluna “Valor Contábil”: o valor total cons-tante do documento fiscal;

e) nas colunas sob o título “Codificação”:

e.1) coluna “Código Contábil”: o mesmo códi-go que o contribuinte eventualmente utili-ze no seu plano de contas; e

e.2) coluna “Código Fiscal”: o previsto no CFOP;

f) nas colunas sob o título “IPI - Valores Fiscais” e “Operações Com Crédito do Imposto”:

f.1) coluna “Base de Cálculo”: o valor sobre o qual incide o imposto;

f.2) coluna “Imposto Creditado”: o montante do IPI;

g) nas colunas sob o título “IPI - Valores Fiscais” e “Operações sem Crédito do Imposto”:

g.1) coluna “Isenta ou Não Tributada”: o valor da operação, quando se tratar de entra-da de produtos cuja saída do estabeleci-mento remetente tenha sido beneficiada com isenção do imposto ou esteja am-parada por imunidade ou não incidên-cia, bem como o valor da parcela corres-pondente à redução da base de cálculo, quando for o caso;

g.2) coluna “Outras”: o valor da operação, deduzida a parcela do imposto, se con-signada no documento fiscal, quando se tratar de entrada de produtos que não confiram ao estabelecimento destinatário crédito do imposto, ou quando se tratar de entrada de produtos cuja saída do es-tabelecimento remetente tenha sido be-neficiada com suspensão do imposto ou com a alíquota zero; e

h) na coluna “Observações”: anotações diversas.

Os documentos fiscais relativos às entradas de mer-cadorias para uso ou consumo próprio poderão ser tota-lizados segundo a natureza da operação, para efeito de escrituração global, no último dia do período de apuração.

Os contribuintes arquivarão as notas fiscais segundo a ordem de escrituração.

A escrituração será encerrada no último dia de cada período de apuração do imposto, ou seja, no último dia de cada mês.

(RIPI/2010, arts. 456, 457 e 458)

5. REGISTRO DE APURAÇÃO DO IPIO livro Registro de Apuração do IPI, modelo 8, é

destinado a consignar, de acordo com o respectivo período de apuração, os totais dos valores contábeis e dos valores fiscais das operações de entrada e de saída, extraídos dos livros próprios, atendido o CFOP.

Nesse livro serão também registrados os débitos e os créditos do imposto, os saldos apurados e outros elementos que venham a ser exigidos.

Os contribuintes autorizados à emissão de livros fiscais por processamento eletrônico de dados pode-rão emitir, pelo mesmo sistema, o livro modelo 8, nas condições estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).

Sob esse aspecto, a Instrução Normativa SRF nº 67/1995 dispõe que os contribuintes autorizados à emis-são de documentos fiscais, nos termos do Convênio ICMS nº 57/1995, ficam autorizados a emitir, pelos mesmos sistemas e processos, o livro Registro de Entrada e Saída do Selo de Controle e o livro Registro de Apuração do IPI, independente de nova autorização pela RFB, sujeitando--se às normas estabelecidas no mencionado Convênio.

(RIPI/2010, arts. 477 e 478; Instrução Normativa SRF nº 67/1995, art. 1º, caput)

5.1 Apuração por contribuinte que fabrica produtos enquadrados em mais de um código de receita para fins de preenchimento do DarfNo livro Registro de Apuração do IPI, modelo 8, são

lançados os valores totais, extraídos dos livros Registro de Saídas e Registro de Entradas, de acordo com o CFOP atribuído a cada uma das respectivas operações.

Na coluna “Codificação” desse livro, existe a pos-sibilidade de escrituração de dois códigos, a saber:

a) contábil; e

b) fiscal (CFOP).

Portanto, o contribuinte que eventualmente fabricar produtos que se enquadrem em mais de um código de receita, para fins de preenchimento do Darf (veja item 8) poderá, a nosso ver, utilizar a coluna “Codificação/Con-tábil” (letra “a”), para controlar os respectivos códigos de receita.

Page 6: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº49/2015 - 1ª Sem Dezembro

49-04 DF Manual de Procedimentos - Dez/2015 - Fascículo 49 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Exemplo:

(RIPI/2010, art. 477)

6. ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL (EFD)

Os contribuintes do IPI/ICMS devem observar as disposições contidas no Convênio ICMS nº 143/2006 e no Ajuste Sinief nº 2/2009, relativamente à EFD, além de outros atos que disciplinam a matéria, tais como o Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, que dispõe sobre as especificações técnicas para a geração de arquivos da EFD, e os arts. 453 a 455 do RIPI.

A EFD substitui a escrituração e impressão dos seguintes livros fiscais:

a) Registro de Entradas;b) Registro de Saídas;c) Registro de Inventário;d) Registro de Apuração do IPI;e) Registro de Apuração do ICMS; f) do documento Controle de Crédito de ICMS

do Ativo Permanente (Ciap), modelos “C” ou “D”; e

g) Registro de Controle da Produção e do Esto-que (RCPE).

Nota

O Ajuste Sinief nº 8/2015 deu nova redação ao § 7º da cláusula terceira do Ajuste Sinief nº 2/2009 e acrescentou os §§ 8º e 9º à referida cláusula. A exigência da EFD do Registro de Controle da Produção e do Estoque (bloco K) foi escalonada para 1º.01.2016, 1º.01.2017 e 1º.01.2018, conforme es-pecificação nos incisos I a III do § 7º daquela cláusula, a seguir transcritos:

“I - 1º de janeiro de 2016:

a) para os estabelecimentos industriais classificados nas divisões 10 a 32 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) pertencentes a empresa com faturamento anual igual ou superior a R$ 300.000.000,00;

b) para os estabelecimentos industriais de empresa habilitada ao Re-gime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob Controle Infor-matizado (Recof) ou a outro regime alternativo a este;

II - 1º de janeiro de 2017, para os estabelecimentos industriais classi-ficados nas divisões 10 a 32 da Classificação Nacional de Atividades Eco-nômicas (CNAE) pertencentes a empresa com faturamento anual igual ou superior a R$ 78.000.000,00;

III - 1º de janeiro de 2018, para: os demais estabelecimentos industriais; os estabelecimentos atacadistas classificados nos grupos 462 a 469 da Clas-sificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e os estabelecimentos equiparados a industrial.”

Por outro lado, a cláusula vigésima segunda do Ajuste Sinief nº 2/2009 dispõe que se aplicam à EFD, no que couber:

a) as normas do Convênio Sinief s/nº, de 15.12.1970;

b) a legislação tributária nacional e de cada Uni-dade da Federação, inclusive no que se refere à aplicação de penalidades por infrações;

c) as normas do Ajuste Sinief nº 8/1997, o qual instituiu o Ciap.

Para a apuração do IPI, deverão ser observadas as orientações constantes do Guia Prático da EFD, espe-cialmente, quanto à utilização dos seguintes registros:

a) registro E500: Período de Apuração do IPI. Este registro deve ser apresentado pelos estabele-cimentos industriais ou equiparados, conforme dispõe o RIPI, para identificação do período de apuração. O período informado deve abranger todo o período previsto no registro 0000;

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig

01 REG Texto fixo contendo “E500” C 004 - O

02 IND_APUR

Indicador de período de apuração do IPI: 0 - Mensal; 1 - Decendial

C 1* - O

Page 7: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº49/2015 - 1ª Sem Dezembro

49-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2015 - Fascículo 49 DF

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig

03 DT_INI Data inicial a que a apuração se refere N 008* - O

04 DT_FIN Data final a que a apuração se refere N 008* - O

b) registro E510: Consolidação dos valores do IPI. Este registro deve ser preenchido com os valores consolidados do IPI, de acordo com o período in-formado no registro E500, tomando-se por base as informações prestadas no registro C170 ou, nos casos de notas fiscais eletrônicas de emis-são própria, no registro C100. Faz-se a consolida-ção pela sumarização do valor contábil, base de cálculo e imposto relativo a todas as operações, conforme a combinação de CFOP e código da si-tuação tributária do IPI (CST_IPI). As informações oriundas dos itens dos documentos fiscais - regis-tro C170 ou do documento NF-e de emissão pró-pria - serão consideradas no período de apura-ção mensal, conforme preenchimento do campo IND_APUR. Chave do registro: CFOP e CST_IPI;

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig

01 REG Texto fixo contendo “E510” C 004 - O

02 CFOP Código Fiscal de Ope-ração e Prestação do agrupamento de itens

N 004* - O

03 CST_IPI

Código da Situação Tributária referente ao IPI, conforme a Tabela indicada no item 4.3.2.

C 002* - O

04 VL_

CONT_IPI

Parcela corresponden-te ao “Valor Contábil” referente ao CFOP e ao Código de Tributa-ção do IPI

N - 02 O

05 VL_BC_IPI

Parcela corresponden-te ao “Valor da base de cálculo do IPI” re-ferente ao CFOP e ao Código de Tributação do IPI, para operações tributadas

N - 02 O

06 VL_IPI

Parcela corresponden-te ao “Valor do IPI” re-ferente ao CFOP e ao Código de Tributação do IPI, para operações tributadas

N - 02 O

c) registro E520: Apuração do IPI. Este registro deve ser preenchido para demonstração da apuração do IPI no período;

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig

01 REG Texto fixo contendo “E520” C 004 - O

02 VL_SD_ANT_IPI

Saldo credor do IPI transferido do período anterior

N - 02 O

03 VL_DEB_IPI

Valor total dos débitos por “Saídas com débi-to do imposto”

N - 02 O

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig

04 VL_CRED_IPI

Valor total dos crédi-tos por “Entradas e aquisições com crédi-to do imposto”

N - 02 O

05 VL_OD_IPI

Valor de “Outros débi-tos” do IPI (inclusive estornos de crédito)

N - 02 O

06 VL_OC_IPI

Valor de “Outros cré-ditos” do IPI (inclusive estornos de débitos)

N - 02 O

07 VL_SC_IPI

Valor do saldo credor do IPI a transportar para o período se-guinte

N - 02 O

08 VL_SD_IPI

Valor do saldo deve-dor do IPI a recolher N - 02 O

d) registro E530: Ajustes da apuração do IPI. Este registro deve ser apresentado para discriminar os ajustes lançados nos campos “Outros Débi-tos” e “Outros Créditos” do registro E520;

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig

01 REG Texto fixo contendo “E530” C 004 - O

02 IND_AJ

Indicador do tipo de ajuste: 0- Ajuste a débito; 1- Ajuste a crédito

C 001* - O

03 VL_AJ Valor do ajuste N - 02 O

04 COD_AJ

Código do ajuste da apuração, conforme a Tabela indicada no item 4.5.4.

C 003* O 04

05 IND_DOC

Indicador da origem do documento vincula-do ao ajuste: 0 - Processo Judicial; 1 - Processo Adminis-trativo; 2 - PER/DCOMP; 9 – Outros.

C 001* - OC

06 NUM_DOC

Número do documento / processo / declara-ção ao qual o ajuste está vinculado, se hou-ver

C - - OC

07 DES-CR_AJ

Descrição detalhada do ajuste, com cita-ção dos documentos fiscais.

C - - O

e) registro E990: Encerramento do bloco E. Este registro destina-se a identificar o encerramen-to do bloco E e a informar a quantidade de li-nhas (registros) existentes neste bloco.

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig

01 REG Texto fixo contendo “E990” C 004 - O

02 QTD_LIN_E Quantidade total de linhas do Bloco E N - - O

(Ajuste Sinief nº 8/1997; Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008; Convênio Sinief s/nº, de 1970; Convê-nio ICMS nº 143/2006; RIPI/2010, arts. 453 a 455)

Page 8: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº49/2015 - 1ª Sem Dezembro

49-06 DF Manual de Procedimentos - Dez/2015 - Fascículo 49 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

7. PRAZOS DE RECOLHIMENTO

Reproduzimos, a seguir, quadro sinótico com os prazos de recolhimento do IPI:

Prazos de recolhimento - Apuração mensal do IPI

Descrição Prazo

a) produtos classificados no código 2402.20.00, da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM)

Até o 10º dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fa-tos geradores

b) demais produtos (exceto os descritos nas letras “a”, “c” e “d”)

Até o 25º dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fa-tos geradores

c) cervejas sujeitas ao Regime de Tributa-ção de Bebidas Frias (Lei nº 13.097/2015, arts. 14 a 36; Decreto nº 8.442/2015; Ato Declaratório Executivo Codac nº 70/2008)d) demais bebidas sujeitas ao Regime de Tributação de Bebidas Frias (Lei nº 13.097/2015, arts. 14 a 36; Decreto nº 8.442/2015; Ato Declaratório Executivo Co-dac nº 70/2008)

Nota

Se o dia do vencimento não for dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o 1º dia útil que o anteceder.

(Lei nº 8.383/1991, art. 52, I, “a” e “c”, § 4º; Lei nº 8.850/1994, art. 1º; Lei nº 13.097/2015, arts. 14 a 36; Decreto nº 8.442/2015; Ato Declaratório Executivo Codac nº 70/2008)

8. DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO DE RECEITAS FEDERAIS (DARF)

Admitindo-se que determinado contribuinte, não optante pelo Simples Nacional, tenha apurado no mês de agosto/2015 débito do IPI no valor de R$ 150.000,00, com prazo para recolhimento até 25.09.2015, e que o produto por ele fabricado esteja classificado em “Demais produtos - código Darf 5123”, o pagamento deverá ser efetuado por meio do Darf, em 2 vias, cujo preenchimento ilustramos a seguir:

DARF

(Instrução Normativa SRF nº 81/1996, Anexo Único; Instrução Normativa RFB nº 736/2007, Anexo II)

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49-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2015 - Fascículo 49 DF

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

9. INFRAÇÕES E PENALIDADES

Constitui infração toda ação ou omissão, volun-tária ou involuntária, que importe em inobservância de preceitos estabelecidos ou disciplinados pelo Regulamento do IPI ou pelos atos administrativos de caráter normativo destinados a complementá-lo.

Sob esse aspecto, é importante destacar que a responsabilidade por infrações independe da inten-ção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.

Por outro lado, o estabelecimento industrial ou a ele equiparado submetido à ação fiscal por parte da RFB poderá pagar, até o 20º dia subsequente à data de recebimento do termo de início de fiscalização, o tributo já declarado, de que for sujeito passivo como contribuinte ou responsável, com os acréscimos legais aplicáveis nos casos de procedimento espontâneo.

As infrações são punidas com as seguintes penas, aplicáveis separada ou cumulativamente:

a) multa;

b) perdimento da mercadoria; e

c) cassação de regimes ou controles especiais estabelecidos em benefício de contribuintes ou de outras pessoas obrigadas ao cumpri-mento dos dispositivos do RIPI.

Destaca-se entre as multas por infrações previs-tas no RIPI/2010 a constante de seu art. 589, o qual dispõe que estarão sujeitos à multa de 5 vezes a pena prevista no art. 597 (multa mínima de R$ 21,90) aqueles que simularem, viciarem ou falsificarem os documentos ou a escrituração de seus livros fiscais ou comerciais, ou utilizarem documentos falsos para iludir a fiscalização ou fugir ao pagamento do imposto, se não couber outra multa maior por falta de lançamento ou pagamento do imposto.

(RIPI/2010, arts. 548, 551, 555, 589 e 597)

N

ICMS

Mostruário SUMÁRIO 1. Introdução 2. Conceito 3. Fato gerador 4. Base de cálculo 5. Remessa do mostruário 6. Retorno de mostruário 7. Penalidades 8. Exemplos de notas fiscais

1. INTRODUÇÃO

Algumas empresas utilizam a remessa de mos-truário por intermédio de seus representantes comer-ciais como ferramenta de vendas.

Por se tratar de saída de mercadoria a qualquer título, essas remessas também se constituem fato gerador do imposto, devendo o contribuinte observar todas as obrigações principais e acessórias a ele relacionadas.

Nesta matéria poderão ser observados os aspec-tos fiscais relacionados à operação de remessa e retorno de mostruário, tendo como princípio as regras aplicáveis ao procedimento.

2. CONCEITO

O mostruário consiste na amostra de mercadoria com valor comercial, entregue ou remetida a um intermediário, seja este um empregado ou um repre-sentante comercial do estabelecimento.

Essa operação tem por finalidade apresentar aos clientes, em todo o território nacional, as mercadorias comercializadas pela empresa e, à vista delas, efetuar vendas de outras mercadorias da mesma espécie, possibilitando às pessoas que conheçam o produto antes de decidirem pela realização da sua compra.

A legislação tributária do Distrito Federal define a operação com mostruário como a remessa de amostra de mercadoria, com valor comercial, a empregado ou representante, desde que retorne ao estabelecimento de origem em 90 dias.

a Distrito Federal

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49-08 DF Manual de Procedimentos - Dez/2015 - Fascículo 49 - Boletim IOB

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ICMS - IPI e Outros

O prazo retromencionado poderá ser prorrogado, por igual período, a critério da Secretaria de Estado de Fazenda.

(RICMS-DF/1997, art. 260-J e § 3º)

2.1 Não se considera mostruário

Não é considerado mostruário aquele formado por mais de uma peça com características idênticas, como mesma cor, mesmo modelo, mesma espessura, mesmo acabamento e numeração diferente.

Na hipótese de produto formado por mais de uma unidade, como meias, calçados, luvas, brin-cos, somente será considerado como mostruário se composto apenas por uma unidade das partes que o compõem.

(RICMS-DF/1997, art. 260-J, §§ 1º e 2º)

3. FATO GERADOR

As saídas de mostruários estão sujeitas ao paga-mento regular do imposto, qualquer que seja o des-tinatário ou recebedor (empregado ou representante comercial), ressalvada a hipótese de benefício fiscal previsto na legislação para a mercadoria objeto dessa saída e desde que sejam cumpridos os requisitos que condicionam a sua aplicação.

O contribuinte deve emitir nota fiscal com todos os requisitos legalmente exigidos, em nome do desti-natário, com o destaque do imposto, se devido, que servirá para acobertar o transporte dos mostruários nos trajetos percorridos.

(RICMS-DF/1997, arts. 3º, I, e 84)

4. BASE DE CÁLCULO

O valor da base de cálculo na saída de mostruário é o mesmo utilizado nas demais operações, ou seja, o valor da operação, seguindo-se a regra geral pre-vista no art. 34 do Regulamento do ICMS do Distrito Federal.

(RICMS-DF/1997, art. 34, I, “a”)

4.1 Determinação da base de cálculo na falta de valor da operação

Caso o contribuinte não tenha realizado opera-ções com a mercadoria e, portanto, não possua o valor da operação, a base de cálculo a ser utilizada na saída do mostruário será:

a) o preço corrente da mercadoria, ou de sua si-milar, no mercado atacadista do local da ope-ração ou, na sua falta, no mercado atacadista regional, caso o remetente seja produtor, ex-trator ou gerador, inclusive de energia elétrica;

b) o preço free on board (FOB) estabelecimento industrial à vista, se o remetente for industrial;

c) o preço FOB estabelecimento comercial à vis-ta, nas vendas a outros comerciantes ou in-dustriais, se o remetente for comerciante.

Para aplicação do preço FOB mencionado nas letras “b” e “c”, deverá ser adotado o preço efetiva-mente cobrado pelo estabelecimento remetente na operação mais recente ou, na impossibilidade de sua aplicação pelo fato de o remetente não ter efetuado venda da mercadoria, o preço corrente da mercadoria ou de sua similar no mercado atacadista do local da operação ou, na falta deste, no mercado regional.

Na impossibilidade de aplicação do preço FOB citado na letra “c”, pelo fato de o estabelecimento comercial não efetuar vendas a outros comerciantes ou industriais ou, em qualquer caso, se não houver mercadoria similar, a base de cálculo será equivalente a 75% do preço de venda corrente no varejo, sempre com base no preço efetivamente cobrado na ope-ração mais recente.

Ressaltamos que, nas operações com mostruário, o valor do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) integra a base de cálculo do ICMS, tendo em vista que não se trata de operações realizadas entre contribuintes e relativas a mercadorias destinadas a posterior comercialização ou industrialização.

(RICMS-DF/1997, arts. 37 e 38)

5. REMESSA DO MOSTRUÁRIO

A saída de mostruário constitui fato gerador do ICMS e do IPI. Isso ocorre porque ambas as legisla-ções dispõem que são irrelevantes para a caracteri-zação do fato gerador a natureza ou o título jurídico da operação.

Desse modo, a nota fiscal que acobertar a res-pectiva saída deverá conter o destaque do ICMS e o lançamento do IPI, observando-se que:

a) para lançamento do IPI, o contribuinte deverá considerar como valor tributável o preço cor-rente do produto, ou seu similar, no mercado atacadista da praça do remetente;

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49-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2015 - Fascículo 49 DF

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b) para destaque do ICMS, o contribuinte deve-rá considerar como base de cálculo o preço FOB estabelecimento industrial à vista (caso o remetente seja industrial) ou o preço FOB es-tabelecimento comercial à vista, nas vendas a outros comerciantes ou industriais (caso o re-metente seja comerciante).

Em qualquer uma das hipóteses, deverá ser ado-tado o preço efetivamente cobrado na operação mais recente. Por se tratar de mercadoria não destinada à comercialização, há de se acrescentar à base de cálculo do ICMS a parcela do IPI.

(RICMS-DF/1997, arts. 3º, I, 37 e 38)

5.1 Emissão do documento fiscal

Na saída de mercadoria destinada a mostruário, o contribuinte deverá emitir nota fiscal indicando como destinatário o seu empregado ou representante, que conterá, além dos demais requisitos, as seguintes indicações:

a) no campo natureza da operação, a expressão: “Remessa de mostruário”;

b) no campo do CFOP, o código 5.949 ou 6.949, conforme o caso;

c) o valor do ICMS, quando devido, calculado pela alíquota interna da Unidade da Federa-ção de origem;

d) no campo “Informações Complementares”, a observação: “Mercadoria enviada para com-por mostruário de venda”.

O trânsito de mercadoria destinada a mostruário, no território do Distrito Federal, deverá ser efetuado com a nota fiscal retromencionada (Danfe) desde que a mercadoria retorne no prazo de 90 dias.

(RICMS-DF/1997, arts. 85 e 260-L)

5.2 Escrituração fiscal

O documento fiscal emitido na forma do subtó-pico anterior será lançado no livro Registro de Saídas, nas colunas sob o título “Operações com Débito do Imposto”, e no livro Registro de Controle da Produção e do Estoque (modelo 3), se a ele o contribuinte esti-ver obrigado.

Nota

Redação conforme o RICMS-DF/1997, devendo o contribuinte adap-tar à legislação a utilização do Livro Fiscal Eletrônico, conforme disposto no Decreto nº 26.529/2006 e nas normas estabelecidas pela Portaria SEF nº 210/2006.

(RICMS-DF/1997, arts. 174 a 176)

6. RETORNO DE MOSTRUÁRIO

6.1 Nota fiscal de retorno

No retorno do mostruário entregue ou remetido anteriormente ao empregado ou ao representante legal não inscrito como contribuinte do ICMS, o trans-porte deverá sempre ser acobertado pela nota fiscal de remessa original (Danfe).

O contribuinte que receber em retorno os mostruá-rios dessas pessoas deverá emitir nota fiscal relativa à entrada, creditando-se do imposto em valor igual ao do débito fiscal da saída.

(RICMS-DF/1997, arts. 84, II, e 260-N)

6.2 Escrituração fiscal

A nota fiscal de retorno (entrada) será lançada no Registro de Entradas do livro, nas colunas sob o título “Operações com Crédito do Imposto”, e no livro Registro de Controle da Produção e do Estoque (modelo 3), se a ele o contribuinte estiver obrigado.

Nota

Redação conforme o RICMS-DF/1997, devendo o contribuinte adap-tar à legislação a utilização do Livro Fiscal Eletrônico, conforme disposto no Decreto nº 26.529/2006 e nas normas estabelecidas pela Portaria SEF nº 210/2006.

(RICMS-DF/1997, art. 172)

7. PENALIDADES

O descumprimento das obrigações, principal ou acessórias, sujeita o infrator às penalidades previstas na legislação do ICMS.

Entre as penalidades, destacamos que sobre o valor do imposto não recolhido, no todo ou em parte, aplica-se, após o prazo-limite para pagamento, multa nos seguintes percentuais:

a) 100%, na hipótese de não escrituração de do-cumento fiscal relativo às operações de saída de mercadoria ou à prestação de serviços;

b) 200%, na hipótese de remessa, transporte, entrega, recebimento, estocagem ou manu-tenção em depósito de mercadoria desacom-panhada de documentação fiscal idônea.

(RICMS-DF/1997, art. 362, IV, “a”, V, “d”)

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49-10 DF Manual de Procedimentos - Dez/2015 - Fascículo 49 - Boletim IOB

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8. EXEMPLOS DE NOTAS FISCAIS

Exemplificamos, com dados hipotéticos, a forma de emissão da nota fiscal de saída de mostruário, bem como a nota fiscal de entrada a ser emitida por ocasião de seu retorno ao estabelecimento remetente.

Ressaltamos que o contribuinte deverá preencher todos os campos do documento fiscal no momento

de sua emissão, em conformidade com as exigências previstas na legislação vigente.

Nos exemplos a seguir, por serem meramente ilustrativos, alguns campos das notas fiscais deixaram de ser preenchidos, como o do IPI, por não ser objeto desta matéria, no entanto devem ser observados e preenchidos pelo emissor conforme o caso.

SAÍDA DE MOSTRUÁRIO

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49-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2015 - Fascículo 49 DF

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Manual de Procedimentos

RETORNO DE MOSTRUÁRIO

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49-12 DF Manual de Procedimentos - Dez/2015 - Fascículo 49 - Boletim IOB

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FEDERAL

Transporte - IPI - Responsabilidade dos transportadores

A responsabilidade dos transportadores está expressamente definida pelo Regulamento do IPI (RIPI), aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010.

Sob esse aspecto, os transportadores não poderão aceitar despachos ou realizar o transporte de produtos que não estejam acompanhados dos documentos fiscais exigidos pela legislação tributária.

A proibição, ora referida, estende-se aos casos de manifesto desacordo dos volumes com a sua discriminação nos documentos, de falta de discrimi-nação ou de descrição incompleta dos volumes que impossibilite ou dificulte a sua identificação e de falta de indicação do nome e do endereço do remetente e do destinatário.

Os transportadores são pessoalmente responsá-veis pelo extravio de documentos que lhes tenham sido entregues pelos remetentes dos produtos.

Na hipótese de suspeita de existência de irregula-ridade quanto a mercadorias a serem transportadas, a empresa transportadora deverá:

a) tomar as medidas necessárias à retenção das mercadorias no local de destino;

b) comunicar o fato à unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) do destino; e

c) aguardar, durante 5 dias, as providências da unidade da RFB.

Cabe destacar que idêntico procedimento será adotado pela transportadora, se a suspeita somente ocorrer na descarga da mercadoria.

A RFB, por sua vez, poderá adotar normas sobre o prévio exame da regularidade dos produtos de procedência estrangeira e dos nacionais.

Outro aspecto a salientar é que o despachante aduaneiro, o transportador, o agente de carga, o depositário e os demais intervenientes em operação de comércio exterior ficam obrigados a manter em boa guarda e ordem, bem como a apresentar à fisca-lização aduaneira, quando exigidos, os documentos e registros relativos às transações em que intervierem, ou outros definidos em ato normativo da RFB, na forma e nos prazos por ela estabelecidos.

Quanto ao aspecto da penalidade, dentre outras previstas na legislação, incorrerá na multa de 50% do valor comercial da mercadoria o transportador que conduzir produto de procedência estrangeira que saiba, ou deva presumir pelas circunstâncias do caso, ter sido introduzido clandestinamente no País, ou importado irregular ou fraudulentamente.

(RIPI/2010, arts. 323 a 326, 544 e 574)

N

a IOB Setorial

a IOB Comenta

DISTRITO FEDERAL

ICMS - Descaracterização de operação de exportação na venda a estrangeiros

Uma dúvida comum entre os contribuintes do ICMS é sobre a venda de produtos a turistas estrangeiros, se esta operação se enquadraria como exportação ou não, lembrando que a exportação de

mercadorias para o exterior, por força do disposto na Constituição Federal de 1988, art. 155, § 2º, X, “a”, e na Lei Complementar nº 87/1996, art. 3º, II, não sofre a incidência do ICMS.

O Distrito Federal também prevê, no Regulamento do ICMS, a não incidência do imposto sobre operação ou prestação que destine mercadorias ao exterior, inclusive produtos primários e industrializados, bem como os semielaborados, ou serviços.

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49-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2015 - Fascículo 49 DF

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Manual de Procedimentos

Vale observar que se equipara à operação expor-tação, observadas as regras de controle definidas nos arts. 309 a 312 do RICMS-DF/1997, a saída de mercadoria, quando realizada com o fim específico de exportação para o exterior, destinada:

a) à empresa comercial exportadora, inclusive trading, ou outro estabelecimento da mesma empresa;

b) a armazém alfandegado, à estação aduaneira de interior ou a entreposto aduaneiro.

Esclarecemos que a venda de mercadorias a turistas estrangeiros que visitam o País não pode ser considerada como exportação, tendo em vista que não atende aos requisitos previstos na legislação que a caracteriza.

A exportação de mercadorias, para que se caracterize como tal, depende de comprovação da sua remessa ao exterior, por meio dos processos de despacho aduaneiro e do recebimento do valor da operação em moeda estrangeira, convertida em moeda nacional, por meio do fechamento de contrato de câmbio.

Deve-se comprovar o efetivo embarque da mer-cadoria para o exterior, de acordo com as normas previstas no Regulamento Aduaneiro, aprovado pelo Decreto nº 6.759/2009, e em normas complementa-res, com o devido registro da exportação. O referido

registro compreende o conjunto de informações de natureza comercial, financeira, cambial e fiscal que caracteriza a operação de exportação de uma mer-cadoria e define o seu enquadramento, devendo ser efetuado de acordo com as normas estabelecidas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

O registro da exportação, no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), nos casos previstos pela Secex, é requisito essencial para o despacho de exportação de mercadorias nacionais, nacionalizadas ou de reexportação.

Ante o exposto, não cumpridos os requisitos que caracterizam a operação como exportação, conclui-se que na venda de mercadorias a turistas estrangeiros (vendas à vista no balcão), denominadas popular-mente “exportações via balcão”, em que o fornecedor não promove a saída delas com destino ao exterior, mas sim efetua a entrega diretamente aos comprado-res, localizados ou não em regiões de fronteira, regra geral, haverá a tributação normal do ICMS.

Nesse caso, a nota fiscal de venda ao turista será emitida com o destaque dos impostos incidentes, por não ser considerada exportação, salvo se houver benefício específico para a mercadoria negociada.

(RICMS-DF/1997, arts. 5º, I, §§ 1º e 2º e 309 a 312; Regula-mento Aduaneiro - Decreto nº 6.759/2009)

N

a IOB Perguntas e Respostas

IOF

Alíquota - Operações de crédito - Cooperativa e cooperados

1) Qual é a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas operações de crédito entre a cooperativa e seus cooperados?

A alíquota do IOF, nas operações de crédito entre a cooperativa e seus cooperados, está reduzida a zero.

Entretanto, a operação é tributada com o adicional de 0,38%.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 8º, caput, II, § 5º)

Base de cálculo - Renovação, novação, consolidação, confissão de dívida e assemelhados

2) Nos casos de renovação, novação, consolida-ção, confissão de dívida e negócios assemelhados, qual será a base de cálculo do IOF quando este for calculado sobre os saldos devedores diários?

Se a base de cálculo original for a soma mensal dos saldos devedores diários, a base de cálculo será o valor renegociado na operação, com exclusão da parte amortizada na data do negócio.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, §§ 7º e 8º)

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49-14 DF Manual de Procedimentos - Dez/2015 - Fascículo 49 - Boletim IOB

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ICMS/DF

Crédito fiscal - Vedação

3) Em que situações será vedado o crédito do ICMS destacado em documento fiscal idôneo?

É vedada a apropriação de crédito do ICMS des-tacado em documento fiscal, mesmo que idôneo, que:

a) indicar, como destinatário da mercadoria ou tomador de serviço, estabelecimento diverso daquele que o registrar;

b) não for a 1ª via, exceto quanto à Nota Fiscal Eletrô-nica (NF-e), devendo o contribuinte manter nes- te caso, pelo prazo decadencial, o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe).

(RICMS-DF/1997, art. 58, § 3º)

Documentos fiscais - Nota fiscal de entrada - Aquisição de veículo de pessoa física

4) Como o contribuinte dará entrada na empresa no caso de adquirir veículo de pessoa física?

O estabelecimento contribuinte que adquirir bens ou mercadorias, novas ou usadas remetidos, a qualquer título, de produtor rural não equiparado a comerciante ou industrial, ou de pessoa física ou jurí-dica não obrigada à emissão de documentos fiscais, deverá emitir a nota fiscal de entrada, regularizando a operação.

(RICMS-DF/1997, art. 84, II, “a”)