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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IOF - Operações de câmbio a ICMS - Base de cálculo reduzida ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 16/2014 Ceará / a Federal IPI Isenção - Veículos destinados a pessoas com deficiência 01 / a Estadual ICMS Pagamento do imposto 05 / a IOB Setorial Estadual Transportes - Base de cálculo reduzida do ICMS nas operações com biodiesel 10 / a IOB Comenta Federal IPI - Recolhimento espontâneo de débito em atraso após o início de fiscalização 10 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Estorno de crédito - Furto ou roubo de insumos 11 Regime especial - Cigarros 12 ICMS/IPI Sped - EFD - Obrigatoriedade 12 ICMS/CE Consignação mercantil - Substituição tributária - Não aplicabilidade 12 Extração de jazidas naturais - Dispensa do pagamento do imposto 12 ISSQN Sociedade de profissionais - Documento fiscal 13

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IOF - Operações de câmbio

a ICMS - Base de cálculo reduzida

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 16/2014

Ceará

/a FederalIPIIsenção - Veículos destinados a pessoas com deficiência . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSPagamento do imposto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05

/a IOB SetorialEstadualTransportes - Base de cálculo reduzida do ICMS nas operações com biodiesel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

/a IOB ComentaFederalIPI - Recolhimento espontâneo de débito em atraso após o início de fiscalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

/a IOB Perguntas e RespostasIPIEstorno de crédito - Furto ou roubo de insumos . . . . . . . . . . . . . . . 11Regime especial - Cigarros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

ICMS/IPISped - EFD - Obrigatoriedade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

ICMS/CEConsignação mercantil - Substituição tributária - Não aplicabilidade 12Extração de jazidas naturais - Dispensa do pagamento do imposto . 12

ISSQNSociedade de profissionais - Documento fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : isenção : veículos destinados a pessoas com deficiência.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2130-2

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-02583 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

16-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 CE

IPI

Isenção - Veículos destinados a pessoas com deficiência SUMÁRIO 1. Introdução 2. Beneficiários 3. Automóveis nacionais 4. Prazo para utilização 5. Documentação 6. Autorização para aquisição 7. Indeferimento do pedido 8. Estabelecimento industrial ou equiparado a industrial 9. Restrições à fruição do benefício fiscal 10. Alienação efetuada antes de 2 anos da aquisição do veículo 11. Falecimento do beneficiário 12. Considerações finais

1. INtroduçãoA legislação prevê a concessão

de isenção do IPI para os automó-veis de passageiros destinados a pessoas portadoras de deficiên-cia física, visual, mental severa ou profunda, ou autistas.

Neste texto, examinaremos as disposições legais e os requisitos para a fruição desse benefício fiscal, com fundamento na Lei nº 8.989/1995 e na Instrução Normativa RFB nº 988/2009.

(Lei nº 8.989/1995; Instrução Normativa RFB nº 988/2009)

2. BENEFICIárIoSAs pessoas portadoras de deficiência física, visual,

mental severa ou profunda, ou autistas, ainda que meno-res de 18 anos, poderão adquirir com isenção do IPI, até 31.12.2016, diretamente ou por intermédio de seu representante legal, automóvel de passageiro ou veículo de uso misto, de fabricação nacional, classificado na posição 87.03 da Tabela de Incidência do IPI (TIPI).

NotaConsideram-se representantes legais os pais, os tutores e os curado-

res, conforme definido pelo Código Civil Brasileiro - Lei nº 10.406/2002 (Ins-trução Normativa RFB nº 988/2009, art. 11, VI).

Para efeito de fruição do benefício, considera-se pessoa portadora de:

a) deficiência física: aquela que apresenta alte-ração completa ou parcial de um ou mais seg-mentos do corpo humano, acarretando o com-prometimento da função física, apresentando--se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetra-paresia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemi-paresia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformida-des estéticas e as que não produzam dificul-dades para o desempenho das funções; e

b) deficiência visual: aquela que apresenta acui-dade visual igual ou menor que 20/200

(tabela de Snellen) no melhor olho, após a melhor correção, ou cam-

po visual inferior a 20º, ou ocor-rência simultânea de ambas as situações.

A condição de pessoa portadora de deficiência men-

tal severa ou profunda, ou de autista, será atestada conforme cri-

térios e requisitos definidos pela Portaria Interministerial SEDH/MS nº 2/2003.

Considera-se adquirente do veículo com isenção a pessoa portadora de deficiência ou o autista, que deverá praticar todos os atos necessários à fruição do benefício, diretamente ou por intermédio de seu representante legal.

Ressalte-se que a isenção do IPI para deficientes não se aplica às operações com arrendamento mer-cantil (leasing).

(Lei nº 8.989/1995, art. 1º, caput, IV, §§ 1º a 3º; Código Civil - Lei nº 10.406/2002; Decreto nº 3.298/1999, arts. 3º e 4º; TIPI - Decreto nº 7.660/2011; Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 2º, caput, §§ 1º, 2º e 5º, e art. 14; Portaria Interministerial SEDH/MS nº 2/2003)

a Federal

O direito à aquisição do veículo com o benefício da isenção poderá

ser exercido apenas uma vez a cada 2 anos, sem limite do número de

aquisições

16-02 CE Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

3. AutoMóvEIS NACIoNAIS

A isenção do IPI é aplicada a automóveis de fabricação nacional. Contudo, a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), por meio de diversas solu-ções de consulta, entre as quais a de nº 46/2008, a seguir reproduzida, expõe o entendimento no sentido de que o benefício fiscal também se aplica aos automóveis estrangeiros, quando importados de países em relação aos quais, por meio de acordo ou convenção internacional firmados pelo Brasil, tenha sido garantida igualdade de tratamento, quanto aos tributos internos, para o produto importado, originário do país em questão e o nacional.

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 46 de 01 de Fevereiro de 2008

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

EMENTA: ISENÇÃO. VEÍCULOS ADQUIRIDOS POR PORTA-DORES DE DEFICIÉNCIA FÍSICA. A isenção do IPI prevista no art. 1º, inciso IV, da Lei nº 8.989, de 1995, e alterações, incorporada ao art. 52, inciso IV, do RIPI em vigor, Decreto nº 4.544, de 2002, contempla, em regra, veículos nacionais, assim entendidos aqueles que resultem das operações de industrialização mencionadas no art. 4º do mesmo RIPI, realizadas no Brasil. O benefício, no entanto, estende-se aos veículos estrangeiros, quando importados de países em relação aos quais, através de acordo ou convenção internacional firmados pelo Brasil, tenha sido garantida igualdade de tratamento, quanto aos tributos internos, para o produto importado, originário do país em questão, e o nacional. Tal ocorre, por exemplo, nas importações prove-nientes de países integrantes do Mercosul, por força do art. 7º do Tratado do Mercosul, promulgado pelo Decreto nº 350 de 1991, contanto que se trate de veículos que atendam às normas de origem aplicáveis àquele tratado e contem com a pertinente certificação de origem. [...]

(Solução de Consulta nº 46/2008)

3.1 Manutenção do crédito fiscal

É assegurada a manutenção do crédito do IPI relativo:

a) às matérias-primas, aos insumos (produtos intermediários e material de embalagem) efe-tivamente utilizados na industrialização dos automóveis saídos com isenção do estabele-cimento industrial; e

b) ao imposto pago no desembaraço aduaneiro de automóvel de passageiros originário e pro-cedente de países integrantes do Mercado Comum do Sul (Mercosul), saído do estabe-lecimento importador de pessoa jurídica fabri-cante de automóveis da posição 87.03 da TIPI, com isenção do imposto.

(Lei nº 8.989/1995, art. 4º)

4. PrAzo PArA utIlIzAçãoO direito à aquisição do veículo com o benefício

da isenção poderá ser exercido apenas uma vez a cada 2 anos, sem limite do número de aquisições.

Em qualquer hipótese, esse prazo:

a) deverá ser obedecido para uma nova aquisi-ção de veículo com isenção do IPI; e

b) terá como termo inicial a data de emissão da nota fiscal da aquisição anterior com isenção do IPI.

(Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 2º, §§ 3º e 4º)

5. doCuMENtAção

Para fins de habilitação à fruição da isenção, a pessoa portadora de deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou o autista, deverá apresentar, diretamente ou por intermédio de seu representante legal, formulário de requerimento (modelo constante no Anexo I da Instrução Normativa RFB nº 988/2009) à unidade da RFB de sua jurisdição, dirigido ao Delegado da Delegacia da Receita Federal do Brasil (DRF) ou ao Delegado da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária (Derat), acompanhado dos seguintes documentos:

a) laudo de avaliação, na forma dos Anexos IX, X ou XI da Instrução Normativa RFB nº 988/2009, emitido por prestador de:a.1) serviço público de saúde; ou a.2) serviço privado de saúde, contratado ou

conveniado, que integre o Sistema Úni-co de Saúde (SUS); também poderá ser considerado, para fins de comprovação da deficiência, laudo de avaliação obtido:a.2.1) no Departamento de Trânsito (De-

tran) ou em suas clínicas creden-ciadas, desde que contenham todas as informações constantes dos anexos referidos na letra “a”;

a.2.2) por meio de serviço social autô-nomo, sem fins lucrativos, criado por lei, fiscalizado por órgão dos Poderes Executivo ou Legislativo da União, observados os modelos de laudo constantes dos anexos referidos na letra “a”;

b) Declaração de Disponibilidade Financeira ou Patrimonial da pessoa portadora de deficiência ou do autista, apresentada diretamente ou por intermédio de seu representante legal, compa-tível com o valor do veículo a ser adquirido;

16-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 CE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

c) cópia da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do beneficiário da isenção, caso ele seja o condutor do veículo;

d) cópia da CNH de todos os condutores autori-zados;

e) declaração de que o serviço médico privado é integrante do SUS ou de que o serviço médico é credenciado no Detran, se for o caso;

f) documento que comprove a representação le-gal da pessoa deficiente ou autista; e

g) cópia da nota fiscal relativa à última aquisição de veículo com isenção do IPI ou a via da autori-zação anteriormente concedida e não utilizada.

Notas(1) Em caso de dúvida quanto ao conteúdo do Laudo de Avaliação, o

Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) poderá, motivadamente, requerer a apresentação de novo laudo, a ser emitido por outra entidade en-tre as anteriormente descritas (Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 10).

(2) O modelo da Declaração de Disponibilidade Financeira ou Patrimo-nial consta no Anexo II da Instrução Normativa RFB nº 988/2009.

(3) Os modelos das declarações citadas na letra “e” constam nos Ane-xos XII e XIII da Instrução Normativa RFB nº 988/2009.

O Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) verificará a regularidade fiscal dos impostos e contribuições administrados pela RFB, exceto quanto à contribuição previdenciária do contribuinte individual.

Será objeto de declaração do interessado, sob as penas da lei, nos termos dos Anexos XIV ou XV:

a) a condição de não contribuinte do Regime Ge-ral de Previdência Social (RGPS); ou

b) a situação de regularidade quanto à contribui-ção previdenciária, na hipótese em que o inte-ressado seja contribuinte individual do RGPS.

Na hipótese de o portador de deficiência ou o autista, beneficiário da isenção, não ser o condutor do veículo, por qualquer motivo, este deverá ser dirigido por condutores autorizados pelo requerente, conforme identificação constante do Anexo VIII da Instrução Normativa RFB nº 988/2009.

Poderão ser indicados até 3 condutores autoriza-dos, sendo permitida a sua substituição por meio de apresentação de nova identificação.

A indicação de condutores não impede que a pessoa portadora de deficiência conduza o veículo, desde que esteja apta.

(Instrução Normativa RFB nº 988/2009, arts. 3º e 10, Ane-xos II, VIII, XII e XIII)

6. AutorIzAção PArA AQuISIção

O Delegado da DRF ou da Derat emitirá, em 2 vias, autorização (conforme modelo previsto no Anexo V da

Instrução Normativa RFB nº 988/2009), em nome do beneficiário, para que o requerente adquira o veículo com a isenção do IPI, sendo que uma via lhe será entregue, mediante recibo aposto na outra via, a qual ficará anexada ao processo.

O original da via será entregue pelo interessado ao distribuidor autorizado, sendo remetido ao fabri-cante ou ao estabelecimento equiparado a industrial.

O prazo de validade da autorização será de 180 dias contados da sua emissão, sem prejuízo da possibilidade de formalização de novo pedido pelo interessado, na hipótese de não ser utilizada dentro desse prazo.

No caso de novo pedido, a autoridade fiscal poderá, a seu juízo, aproveitar os documentos já entregues à RFB.

(RIPI/2010, arts. 597 e 598; Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 4º)

7. INdEFErIMENto do PEdIdo

Caso não se verifique o cumprimento dos requi-sitos estabelecidos na legislação, o AFRFB poderá, antes do indeferimento do pedido, intimar o requerente a regularizar a situação no prazo de 30 dias, contados da data da ciência do interessado.

Transcorrido o prazo citado sem que haja a regularização, o pedido será indeferido, por meio de despacho fundamentado.

(Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 5º)

8. EStABElECIMENto INduStrIAl ou EQuIPArAdo A INduStrIAl

O estabelecimento industrial ou equiparado a industrial só poderá dar saída aos veículos com isen-ção quando estiver de posse da autorização emitida pela RFB.

Na nota fiscal de venda do veículo, que deverá ser emitida em nome do beneficiário, deverá ser indicado, no quadro “Dados Adicionais” do campo “Informações Complementares”, o valor do IPI deso-nerado e a observação “Isento do Imposto sobre Produtos Industrializados - Lei nº 8.989, de 1995, autorização nº_______, conforme processo adminis-trativo nº_________”.

(Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 6º, caput, §§ 1º e 2º)

16-04 CE Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

8.1 Acessórios opcionaisO IPI incidirá normalmente sobre quaisquer aces-

sórios opcionais que não sejam equipamentos originais do veículo adquirido.

Considera-se original do veículo todo o equipa-mento, essencial ou não ao seu funcionamento, que integre o modelo fabricado e disponibilizado para venda pela montadora, de acordo com o código expedido pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), cadastrado no Sistema Nacional de Trânsito.

(Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 6º, §§ 3º e 4º)

9. rEStrIçõES à FruIção do BENEFíCIo FISCAl

A aquisição do veículo com isenção realizada por pessoa que não preencha as condições estabeleci-das na legislação, bem como a utilização do veículo por pessoa que não seja beneficiária da isenção, salvo o condutor autorizado (conforme Anexo VIII da Instrução Normativa RFB nº 988/2009), em benefício daquela, sujeitará o adquirente ao pagamento do IPI dispensado, acrescido de juros e multa de mora, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.

(Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 7º, Anexo VIII)

10. AlIENAção EFEtuAdA ANtES dE 2 ANoS dA AQuISIção do vEíCulo

10.1 Adquirente que satisfaça os requisitos para o gozo da isenção

A alienação ocorrida antes de 2 anos da aquisição do veículo com o benefício de isenção dependerá de autorização do Delegado da DRF ou da Derat, na forma dos Anexos VI ou VII da Instrução Normativa RFB nº 988/2009, e somente será concedida se comprovado que a transferência será feita para pessoa que satisfaça os requisitos estabelecidos pela legislação, ou que foram cumpridas as obrigações descritas no subitem 10.2.

Para efeitos da transferência:

a) o alienante e o adquirente deverão apresen-tar formulário de requerimento, bem como os documentos comprobatórios de que o adqui-rente satisfaz os requisitos para a fruição da isenção (item 2); e

b) o alienante deverá apresentar cópia das notas fiscais emitidas pelo estabelecimento indus-trial ou equiparado a industrial.

Nota

O modelo de requerimento de que trata a letra “a” consta no Anexo III da Instrução Normativa RFB nº 988/2009.

(Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 8º, caput, § 1º, Anexo III)

10.2 Adquirente que não satisfaça os requisitos para o gozo da isenção

Para a autorização da alienação de veículo adqui-rido com o benefício, a ser efetuada antes de 2 anos da sua aquisição, para pessoa que não satisfaça os requisitos estabelecidos na legislação, o alienante deverá apresentar, além de requerimento na forma do Anexo IV da Instrução Normativa RFB nº 988/2009:

a) uma via do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) correspondente ao pagamento do IPI; e

b) cópia da nota fiscal emitida pelo estabeleci-mento industrial ou equiparado a industrial, por ocasião da saída do veículo.

(Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 8º, § 2º, Anexo IV)

10.2.1 Pagamento do imposto

No caso de alienação de veículo adquirido com o benefício, efetuada antes de 2 anos da sua aqui-sição, para pessoa que não satisfaça os requisitos estabelecidos na legislação, o IPI dispensado deverá ser pago:

a) sem acréscimo de juros de mora, se efetuada com autorização do Delegado da DRF ou da Derat;

b) com acréscimo de juros e multa de mora, se efetuada sem autorização do Delegado da DRF ou da Derat, mas antes de iniciado pro-cedimento de fiscalização;

c) com acréscimo da multa de ofício de 75% do valor do IPI dispensado e dos juros de mora, se efetuada sem autorização do Delegado da DRF ou da Derat; ou

d) com acréscimo da multa de ofício de 150% do valor do IPI dispensado e dos juros moratórios, na hipótese de fraude.

NotaO termo inicial para a incidência dos acréscimos legais é a data da emis-

são da nota fiscal de saída do veículo do estabelecimento industrial ou equipa-rado a industrial (Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 9º, parágrafo único).

(Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 9º)

11. FAlECIMENto do BENEFICIárIo

Em caso de falecimento do beneficiário depois de concedida a autorização, sem que o veículo tenha sido adquirido, o direito à isenção será extinto, não sendo transferido em nenhuma hipótese.

A transferência por sucessão de propriedade de veículo adquirido com benefício fiscal há menos de 2 anos sujeitará o sucessor ao pagamento do IPI dis-pensado, acrescido de juros de mora, salvo se este

16-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 CE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

satisfizer os requisitos estabelecidos na legislação para o gozo da isenção.

(Instrução Normativa RFB nº 988/2009, arts. 12 e 13, ca-put, § 1º)

12. CoNSIdErAçõES FINAIS

Para efeito de fruição do benefício de isenção:

a) não se considera alienação a alienação fidu-ciária em garantia de veículo adquirido pelo beneficiário da isenção, nem a sua retoma-da pelo proprietário fiduciário, em caso de inadimplemento ou mora do devedor;

b) considera-se alienação, sendo alienante o proprietário fiduciário, a venda realizada por este a terceiro, do veículo retomado;

c) não se considera mudança de destinação a to-mada do veículo pela seguradora quando, de-pois de efetuado o pagamento de indenização em decorrência de furto ou roubo, o veículo fur-tado ou roubado for posteriormente encontrado;

d) considera-se mudança de destinação se, no caso da letra “c”, ocorrer:d.1) a integração do veículo ao patrimônio da

seguradora; oud.2) a sua transferência a terceiros que não

preencham os requisitos previstos na le-gislação, necessários ao reconhecimen-to do benefício;

e) considera-se data de aquisição a da emissão da nota fiscal de venda ao beneficiário.

No caso da letra “d”, a mudança de destinação do veículo antes de decorridos 2 anos contados da data de aquisição pelo beneficiário somente poderá ser feita com prévia autorização do Delegado da DRF ou da Derat, observado o descrito no item 10, devendo o responsável pela mudança de destinação recolher o IPI dispensado, acrescido dos encargos previstos na legislação, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.

(Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 11)

N

a Estadual

ICMS

Pagamento do imposto SUMÁRIO 1. Introdução 2. Responsabilidade pelo pagamento do imposto 3. Forma 4. Prazos 5. Vencimento em dia não útil 6. Pagamento espontâneo efetuado fora dos prazos

previstos na legislação 7. Penalidades 8. Exemplificação

1. INtrodução

A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

O fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.

O sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária.

As referidas disposições tratam da obrigação tributária, disciplinada no âmbito das normas gerais de direito tributário, previstas no art. 113, § 1º, arts. 114 e 121, todos da Lei nº 5.172/1966 (CTN).

No que concerne a legislação tributária do Estado do Ceará, analisaremos o tema relativo ao pagamento do ICMS com ênfase na forma, nos prazos e nos acréscimos legais devidos quando do recolhimento do imposto aos cofres públicos.

2. rESPoNSABIlIdAdE PElo PAgAMENto do IMPoSto

Observa-se que contribuinte é o sujeito passivo da obrigação tributária que possui relação direta com a incidência da norma jurídica tributária, ou seja, que tenha relação direta com o fato gerador do tributo, correspondente ao indivíduo que participa da consti-tuição do fato gerador.

16-06 CE Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Já o responsável tributário é o sujeito passivo da obrigação tributária que tem relação indireta com o fato gerador do tributo, mas que, por força de lei assume a obrigação de recolher o tributo.

A seguir, demonstramos as pessoas eleitas pelo legislador cearense como responsáveis pelo paga-mento do ICMS:

a) os armazéns-gerais e estabelecimentos depo-sitários congêneres:

a.1) na saída de mercadoria depositada por contribuinte de outro Estado;

a.2) na transmissão de propriedade de mer-cadoria depositada por contribuinte de outro Estado;

a.3) no recebimento para depósito ou na saída de mercadoria sem documento fis-cal ou com documento fiscal inidôneo;

b) o transportador, em relação à mercadoria:

b.1) proveniente de outro Estado para entre-ga em território deste Estado a destinatá-rio não designado;

b.2) negociada em território deste Estado, du-rante o transporte;

b.3) que aceitar para despacho ou transpor-tar sem documento fiscal, ou sendo este inidôneo;

b.4) que entregar a destinatário ou em local diverso do indicado no documento fiscal;

c) o remetente, o destinatário, o depositário ou qualquer possuidor ou detentor de mercado-ria ou bem desacompanhados de documento fiscal, ou acompanhados de documento fiscal inidôneo, ou sem o selo fiscal de trânsito;

d) o contribuinte ou destinatário, no recebimen-to de mercadorias ou bens e na prestação de serviços cujo ICMS não tenha sido pago, no todo ou em parte;

e) o contribuinte, em relação às operações ou prestações cuja fase de diferimento tenha sido encerrada ou interrompida;

f) o síndico, comissário, inventariante ou liqui-dante, em relação ao imposto devido na saída de mercadoria decorrente, respectivamente, de alienação em falência, concordata, inven-tário ou dissolução de sociedade;

g) o leiloeiro, em relação ao ICMS devido na saída de mercadoria ou bem decorrente de ar-rematação em leilão, salvo o referente à mer-

cadoria ou bem importados e apreendidos ou abandonados;

h) o prestador, em relação às prestações de ser-viço de comunicação iniciadas no exterior e destinadas a este Estado;

i) o tomador do serviço de comunicação, refe-rente à transmissão das informações relativas à captação de jogos lotéricos, à efetivação de pagamento de contas e a outras transmissões que utilizem o mesmo canal lotérico.

Na hipótese das letras “b” e “c”, caso as pessoas indicadas não tenham domicílio neste Estado, a res-ponsabilidade poderá ser atribuída a estabelecimento pertencente à mesma pessoa jurídica, inclusive do remetente, domiciliado no Estado do Ceará.

Nota

O RICMS-CE/1997, em seu art. 22, elenca os responsáveis solidários pelo pagamento do ICMS.

Ressalta-se que o Código Tributário Nacional, art. 134, dispõe que, nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação princi-pal pelo contribuinte, respondem aqueles solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis.

(RICMS-CE/1997, art. 21)

3. ForMA

O imposto, inclusive multas e acréscimos legais, será recolhido, preferencialmente, na rede bancária do domicílio fiscal do contribuinte, na forma disposta em Manual do Sistema de Arrecadação, baixado pelo secretário da Fazenda.

O recolhimento do imposto deve ser efetuado pelo contribuinte por meio do Documento de Arrecadação Estadual (DAE), disponível no site www.sefaz.ce.gov.br.

(RICMS-CE/1997, art. 73)

4. PrAzoS

O ICMS devido, ao Estado do Ceará, incidente sobre as operações e prestações, deverá ser reco-lhido, nos seguintes prazos:

a) até o último dia útil do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador, por estabeleci-mento industrial ou produtor agropecuário, ex-ceto em relação aos fatos geradores ocorridos no mês de novembro, cujo vencimento ocorre-rá no penúltimo dia útil do mês de dezembro;

b) até o 20º dia do mês subsequente:

16-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 CE

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b.1) ao da retenção do ICMS devido por subs-tituição tributária por entradas no estabe-lecimento, para os contribuintes substitu-tos a que se referem as seções I, II, X, subseção II da seção XI, seções XII, XIII, XVIII, XX e XXIII, e na seção XXI, os con-tribuintes enquadrados nas CNAE-Fiscal 4771-7/01 (“Comércio varejista de pro-dutos farmacêuticos, sem manipulação de fórmulas”), 4771-7/02 (“Comércio va-rejista de produtos farmacêuticos, com manipulação de fórmulas”) e 4771-7/03 (“Comércio varejista de produtos farma-cêuticos homeopáticos”), todas do Ca-pítulo II do Título I do Livro Terceiro do RICMS-CE/1997;

b.2) ao da retenção do ICMS devido por subs-tituição tributária ou antecipação, para os contribuintes credenciados a recolherem o imposto na rede bancária credenciada;

b.3) ao da ocorrência do fato gerador, para os demais contribuintes inscritos no Cadas-tro Geral da Fazenda (CGF);

c) até o 5º dia do mês subsequente àquele em que ocorrer a entrada da mercadoria, nos ca-sos em que a legislação exija a emissão da nota fiscal em entrada;

d) no momento da expedição do documento fis-cal avulso;

e) antes da saída da mercadoria ou do bem da repartição em que se processar o despacho, o desembaraço aduaneiro ou realizar-se o leilão, pelo importador ou arrematante;

f) no momento da ocorrência do fato gerador, nos demais casos.

Excluem-se do disposto no caput deste artigo os regimes especiais de tributação concedidos com fundamento no RICMS-CE/1997, arts. 567 a 569.

(RICMS-CE/1997, art. 74)

4.1 ICMS devido por substituição tributária nas operações internas e interestaduais objeto de convênio ou protocolo

O ICMS incidente nas operações, internas e in-terestaduais sujeitas ao regime da substituição tribu-tária disciplinadas por convênio e protocolo, deverá ser recolhido até o 9º dia do mês subsequente ao da saída da mercadoria.

O referido prazo poderá ser fixado em outra data, desde que assim seja estabelecido nos respectivos instrumentos.

(RICMS-CE/1997, art. 437, II)

4.2 ICMS devido por substituição tributária nas operações internas com regulamentação estadual

O ICMS devido por substituição tributária inci-dente nas operações internas com regulamentação estadual deverá ser recolhido até o 10º dia do mês subsequente.

Observa-se que na entrada de mercadoria oriunda de outro Estado, sem que haja sido feita a retenção do ICMS pelo estabelecimento remetente, caberá ao destinatário o pagamento do imposto devido, por ocasião da passagem no 1º posto fiscal de entrada neste Estado.

Ocorrendo operação de entrada interestadual com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária, o imposto será recolhido por ocasião da passagem da mercadoria pelo 1º posto fiscal deste Estado.

A Secretaria da Fazenda poderá autorizar, excepcionalmente, que o recolhimento do imposto seja efetuado na rede arrecadadora do domicílio do contribuinte, através do documento de arrecadação, até o 10º dia após o mês em que ocorrer a entrada neste Estado.

(RICMS-CE/1997, art. 437, §§ 1º a 3º)

4.3 operações internas realizadas pelas indústrias de tecidos e aviamento e pelos demais contribuintes quando das aquisições no próprio Estado

O ICMS devido por substituição tributária nas ope-rações internas realizadas pelas indústrias de tecidos e aviamentos assim como pelos demais contribuintes, quando das aquisições no próprio Estado, deverá ser recolhido até o 10º dia do 2º mês subsequente.

(Decreto nº 28.443/2006, art. 4º, I)

4.4 Pagamento do diferencial de alíquotas pelas empresas de construção civil

O ICMS devido a título de diferencial de alíquotas, devido pelas empresas de construção civil enquadra-das de que trata o RICMS-CE/1997, art. 725, desde

16-08 CE Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 - Boletim IOB

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ICMS - IPI e Outros

que credenciado pelo Fisco, poderá ser recolhido no 20º dia do 4º mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador.

O pagamento do imposto pelas empresas de construção civil não credenciadas deverá ser reco-lhido no momento da passagem no 1º posto fiscal de entrada no Estado do Ceará.

Nota

Conforme dispõe o RICMS-CE/1997, art. 3º, XIV e XV, ocorre o fato ge-rador do ICMS relativo ao diferencial de alíquotas, no momento:

a) da utilização, por contribuinte, de serviços cuja prestação tenha ini-ciado em outro Estado e não esteja vinculada a uma operação ou prestação subsequente;

b) da entrada da mercadoria, do estabelecimento de contribuinte; de mercadoria ou bem oriundos de outra Unidade da Federação, desti-nados a uso ou consumo ou ativo permanente.

(RICMS-CE/1997, art. 725, § 1º)

4.5 Contribuintes enquadrados no decreto nº 26.594/2002

O pagamento do ICMS relativo à antecipação tributária e o diferencial de alíquotas devido pelos contribuintes enquadrados nas CNAE, constantes no Decreto nº 26.594/2002, Anexo Único, será recolhido até o 20º dia do 4º mês subsequente ao da entrada da mercadoria no Estado do Ceará, desde que creden-ciados pelo Fisco.

Os contribuintes não enquadrados no referido decreto poderão recolher o ICMS até o 20º dia do mês subsequente ao da entrada da mercadoria no Estado do Ceará, desde que credenciados pelo Fisco.

(Decreto nº 26.594/2006, art. 3º, I e II; RICMS-CE/1997, art. 770)

5. vENCIMENto EM dIA Não útIl

O prazo para o pagamento do imposto cujo vencimento ocorra em data na qual, por qualquer motivo, não funcione agência bancária localizada no domicílio fiscal do contribuinte, fica prorrogado para o 1º dia subsequente.

A referida prorrogação não se aplica quando o prazo de vencimento do ICMS esteja previsto para o último dia do mês, hipótese em que o recolhimento deverá ser efetuado até o dia útil anterior.

(RICMS-CE/1997, art. 75)

6. PAgAMENto ESPoNtâNEo EFEtuAdo ForA doS PrAzoS PrEvIStoS NA lEgISlAção

6.1 Mora

O pagamento espontâneo do imposto, fora dos prazos previstos na legislação e antes de qualquer procedimento do Fisco, ficará sujeito à mora de 0,15% por dia de atraso, até o limite máximo de 15%, calcu-lado sobre o valor original do débito.

(RICMS-CE/1997, art. 76)

6.2 Juros

O débito fiscal do ICMS, inclusive o decorrente de multa, quando não pago na data de seu vencimento, será acrescido de juro de mora equivalente à taxa refe-rencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), acumulada mensalmente, ou a qualquer outra taxa que vier a substituí-la.

Os juros moratórios incidirão a partir do 1º dia do mês subsequente ao do vencimento do débito.

(RICMS-CE/1997, art. 77, caput e § 1º)

7. PENAlIdAdES

Entre outras penalidades previstas na legislação regulamentar do ICMS do Estado do Ceará, destaca-mos as seguintes:

a) multa equivalente a uma vez o valor do impos-to em razão da falta de recolhimento do impos-to, no todo ou em parte, inclusive o devido por substituição tributária, na forma e nos prazos regulamentares, em todos os casos não com-preendidos nas letras “b” e “c” a seguir expos-tas;

b) multa de 50% do valor do imposto devido na hipótese em que for verificada a falta de reco-lhimento, no todo ou em parte, na forma e nos prazos regulamentares, quando as operações, as prestações e o imposto a recolher estive-rem regularmente escriturados;

c) multa equivalente a 2 vezes o valor do impos-to retido e não recolhido em razão da falta de recolhimento, no todo ou em parte, do imposto de responsabilidade do contribuinte substituto que o houver retido.

(RICMS-CE/1997, art. 878, I, “c” a “e”)

16-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 CE

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8. ExEMPlIFICAção

A título de exemplificação, elaboramos o cálculo do ICMS devido por contribuinte, enquadrado no regime normal de apuração, que efetuou o recolhi-mento do imposto em atraso.

Na hipótese descrita, o contribuinte enquadrado no regime normal de tributação teria apurado o ICMS

no valor de R$ 100,00, no mês de novembro/2011, cujo vencimento ocorrera em 20.12.2011.

O pagamento do imposto fora efetuado no dia 20.03.2014 e ficara sujeito aos seguintes encargos moratórios:

Valor nominal do ICMS R$ 100,00Multa: 15% R$ 15,00Juros (Taxa Selic): 19,41% R$ 19,41Total a ser recolhido: R$ 134,41

8.1 Preenchimento do documento de Arrecadação (dAE)

N

16-10 CE Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 - Boletim IOB

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EStadual

Transportes - Base de cálculo reduzida do ICMS nas operações com biodiesel

O biodiesel é um combustível biodegradável deri-vado de fontes renováveis, que pode ser obtido por diversos processos. Ele pode ser produzido a partir de gorduras animais ou de óleos vegetais, existindo dezenas de espécies vegetais no Brasil que podem ser utilizadas, tais como mamona, palma do dendê, girassol, babaçu, amendoim, pinhão manso, soja, dentre outras.

A utilização desse produto substitui total ou parcialmente o óleo diesel de petróleo em motores de caminhões, tratores, automóveis, geradores de eletricidade e calor, entre outros.

Esse combustível pode ser usado puro ou mis-turado ao diesel em diversas proporções. A mistura atual de biodiesel no mercado brasileiro é de 4% ao diesel de petróleo, o B4. O biodiesel puro é denomi-nado B100.

Assim, verificamos a grande importância desse produto no mercado brasileiro, tanto na questão da produção de energias quanto no consumo utilizado para movimentação de cargas e pessoas.

Nesse sentido, o Estado do Ceará prevê a redu-ção da base de cálculo do imposto nas saídas do biodiesel.

O ICMS, conforme mandamento constitucional, poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços, ou seja, os produtos supérfluos podem ser tributados com alíquotas maio-res, e aqueles considerados essenciais podem ser tributados com alíquotas menores.

A redução da base de cálculo também colabora com o referido princípio, uma vez que, quando con-cedida, resulta em uma carga tributária efetiva menor.

A base de cálculo do imposto será reduzida, até 31.12.2014, em 29,41%, de forma que a carga tributária seja equivalente a 12% de biodiesel B-100 resultante da industrialização de grãos, sebo bovino, sementes e palma. Não se aplica o disposto no RICMS-CE/1997, art. 66, V, o qual dispõe que o crédito será apropriado proporcionalmente nos casos em que a operação ou prestação subsequente for beneficiada por redução da base de cálculo, na forma prevista na legislação tributária.

(RICMS-CE/1997, arts. 44-A e 66, V)

N

a IOB Setorial

a IOB Comenta

FEdERal

IPI - Recolhimento espontâneo de débito em atraso após o início de fiscalização

As infrações à legislação do IPI são apuradas me-diante processo administrativo fiscal. Constitui infração toda ação ou omissão, voluntária ou involuntária, que importe em inobservância de preceitos estabelecidos ou disciplinados pelo Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, ou por atos administrati-vos de caráter normativo destinados a completá-lo.

Note-se que a responsabilidade por infrações independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.

Não se considera espontânea, entretanto, a denúncia apresentada após o início de qualquer pro-cedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.

Todavia, o estabelecimento industrial ou o a ele equiparado, submetido à ação fiscal por parte da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), poderá pagar, até o 20º dia subsequente à data de recebi-

16-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 CE

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Manual de Procedimentos

mento do termo de início de fiscalização, o tributo já declarado, de que for sujeito passivo como con-tribuinte ou responsável, com os acréscimos legais aplicáveis nos casos de procedimento espontâneo.

Os débitos não recolhidos nos prazos previstos na legislação estão sujeitos à multa de mora à razão de 0,33% por dia de atraso, calculada a partir do 1º dia útil subsequente ao do vencimento do débito até o dia em que ocorrer o seu efetivo recolhimento, limitada a 20%.

Sobre o respectivo débito incidem juros de mora calculados à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir do 1º dia do mês subsequente ao vencimento do prazo até o último dia do mês anterior ao do recolhimento e de 1% no mês do recolhimento.

(RIPI/2010, arts. 548 a 554)

N

a IOB Perguntas e Respostas

IPI

Estorno de crédito - Furto ou roubo de insumos

1) Em casos de furto ou roubo de matéria-prima, é exigido o estorno do respectivo crédito fiscal na apuração do IPI?

Sim. Devem ser anulados, mediante estorno na escrita fiscal, não só os créditos de matérias-primas como também de produtos intermediários, material de embalagem e de quaisquer outros produtos que tenham sido furtados ou roubados, inutilizados ou deteriorados ou, ainda, empregados em outros produtos que tenham tido a mesma sorte.

(RIPI/2010, art. 254, IV)

16-12 CE Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Regime especial - Cigarros

2) Os importadores e as pessoas jurídicas que industrializam cigarros e cigarrilhas podem optar pelo Regime Especial de Apuração e Recolhimento do IPI apenas por um dos seus estabelecimentos?

Não. A opção pelo regime especial de apuração e recolhimento do IPI, nos termos do Decreto nº 7.555/2011, será exercida pela pessoa jurídica em relação a todos os seus estabelecimentos.

(Decreto nº 7.555/2011, art. 6º, caput)

ICMS/IPI

Sped - EFD - Obrigatoriedade

3) Quais são as empresas obrigadas à Escritura-ção Fiscal Digital (EFD)?

A EFD é de uso obrigatório por todos os contri-buintes do ICMS e do IPI, ressalvadas as hipóteses de dispensa previstas na legislação.

O Protocolo ICMS nº 3/2011 fixou, em sua cláu-sula primeira, o prazo de obrigatoriedade da EFD para todos os estabelecimentos de contribuintes, com efeitos desde 1º.01.2014.

Ficam dispensados da EFD os estabelecimentos de:

a) microempreendedor individual (MEI) optan-te pelo Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples Nacional (Simei);

b) microempresa (ME) e empresa de pequeno porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional, salvo o que estiver impedido de recolher o ICMS por este regime na forma do § 1º do art. 20 da Lei Complementar nº 123/2006.

Para os estabelecimentos mencionados na letra “b” (ME e EPP), a dispensa da Escrituração Fiscal Digital encerrar-se-á em 1º.01.2016, quando estarão obrigados à EFD, podendo esta data ser antecipada a critério de cada Unidade da Federação.

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 20, § 1º; Protocolo ICMS nº 3/2011, cláusulas primeira e segunda)

ICMS/CE

Consignação mercantil - Substituição tributária - Não aplicabilidade

4) O tratamento tributário referente à consignação mercantil poderá ser aplicado às mercadorias sujeitas à substituição tributária?

As disposições relativas à consignação mercantil não se aplicam às mercadorias sujeitas ao regime de antecipação e à substituição tributária.

(RICMS-CE/1997, art. 686)

Extração de jazidas naturais - Dispensa do pagamento do imposto

5) Nas operações relativas à extração, em jazidas naturais localizadas no Ceará, de materiais em estado primário utilizados em obras públicas administradas pelo Departamento de Edificações e Rodovias (DER), é devido o ICMS?

Ficam dispensadas do recolhimento do ICMS as operações relativas à extração, em jazidas natu-rais localizadas no Estado do Ceará, de materiais em estado primário utilizados em obras públicas administradas pelo Departamento de Edificações e Rodovias (DER), custeadas pela administração direta ou indireta deste Estado, ainda que extraídos e trans-portados por empresa contratada para a execução do serviço.

Na hipótese de o transporte dos citados materiais ser realizado por empresa contratada ou subcontratada, os motoristas dos respectivos veículos deverão portar cópia, devidamente auten-ticada, do contrato de prestação do serviço, a qual deverá ser apresentada ao Fisco sempre que solici- tado.

(Decreto nº 29.783/2009, art. 1º)

16-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 CE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

ISSQN

Sociedade de profissionais - Documento fiscal

6) As sociedades de profissionais estão dispensadas da emissão da Nota Fiscal de Serviços no Município de Fortaleza?

Não. As sociedades de profissionais, mesmo recolhendo o ISSQN por quota fixa mensal, ficam obrigadas a cumprir as obrigações acessórias a que as pessoas jurídicas ou equiparadas estão sujeitas.

(RISSQN-Fortaleza/2004, art. 64)